Programa Revive teve 263 milhões executados em 2019 e é para continuar

  • Lusa
  • 14 Setembro 2020

Já foram aprovados 1.176 projetos de reabilitação de edifícios e espaços públicos, representando um investimento de 855 milhões de euros, dos quais 263 milhões de euros já se encontram executados.

O Governo aprovou, até ao final de 2019, projetos de reabilitação de edifícios e espaços públicos, no âmbito do programa Revive, no valor de 855 milhões de euros, dos quais apenas 263 milhões de euros foram executados.

A informação consta do projeto de proposta de lei das Grandes Opções do Plano (GOP) para 2021, aprovado na quinta-feira pelo Conselho de Ministros, a que a Lusa teve acesso.

No documento, intitulado “Grandes Opções do Plano 2021/2023”, o Governo explica que pretende dar continuidade ao programa de reabilitação e valorização de património do Estado, ou seja, os Revive Património e Revive Natureza, para cumprir os objetivos da Estratégia Turismo 2027.

Num balanço daquele programa de reabilitação, lê-se que, “até ao final de 2019, foram contratualizados cerca de mil milhões de euros de investimento com mais de 200 municípios, no âmbito dos quais já foram aprovados 1.176 projetos, representando um investimento de 855 milhões de euros, dos quais 263 milhões de euros já se encontram executados”.

Segundo o Governo, este ano ainda serão lançados todos os concursos Revive Património e serão anunciados os “primeiros concursos do Revive Natureza”.

O programa de reabilitação e valorização de património do Estado (Revive Património e Revive Natureza) é uma iniciativa conjunta dos ministérios da Economia, da Cultura e das Finanças, e “pretende recuperar imóveis que se encontrem devolutos ou em mau estado de conservação, que não tenham potencial para serem adaptados para fins de habitação, permitindo que neles se desenvolvam projetos turísticos com recurso a investimento público e privado”.

Conventos, fortalezas, mosteiros, fortes, castelos e palacetes são alguns tipos de edifícios abrangidos por este programa de reabilitação e, em muitos dos casos, são destinados a exploração hoteleira.

O projeto de proposta de lei das Grandes Opções do Plano (GOP) para 2021 será analisado e alvo de parecer por parte do Conselho Económico e Social (CES).

Em abril, o parlamento aprovou um regime excecional do processo orçamental que permitiu adiar a entrega do Programa de Estabilidade e que a apresentação da proposta das Grandes Opções seja feita com a do Orçamento do Estado para 2021.

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Melhoria do projeto do aeroporto do Montijo continua nos planos do Governo

  • Lusa
  • 14 Setembro 2020

Governo defende que período de recuperação da aviação aos níveis pré-Covid-19 deve ser usado para desenvolver e melhorar o projeto do novo aeroporto do Montijo.

O Governo defende, no projeto de proposta de lei das GOP para 2021, que o período de recuperação da aviação aos níveis pré-Covid-19 deve ser usado para desenvolver e melhorar o projeto do novo aeroporto do Montijo.

“A crise pandémica afetou de forma avassaladora todos os setores e, de forma especial, o da aeronáutica”, começa por sublinhar o executivo no projeto das Grandes Opções do Plano (GOP) para 2021 aprovado na quinta-feira em Conselho de Ministros e a que a Lusa teve acesso.

“A recuperação da aviação e o regresso ao volume de passageiros pré-Covid-19 demorará algum tempo. Esse período – ainda imprevisível – deve ser utilizado para recuperar o atraso que Portugal registava na oferta adequada da capacidade aeroportuária de Lisboa, fundamental para a sua economia, desenvolvendo e melhorando o projeto do novo aeroporto do Montijo e das obras no Aeroporto Humberto Delgado”, pode ler-se no documento.

O primeiro-ministro, António Costa, assegurou em 24 de julho, no debate sobre o estado da nação, que “não haverá aeroporto do Montijo” sem se resolver os problemas ambientais detetados no município da Moita, sublinhando que o Governo não iria desistir.

No projeto das GOP para 2021, quanto à ferrovia, o Governo refere que “o próximo ano será um ano de grande dinâmica de obra com todas as empreitadas do Ferrovia 2020 em fase de contratação, em obra no terreno ou mesmo concluídas”.

“Serão consignadas relevantes empreitadas na generalidade do território, nomeadamente na Linha da Beira Alta, na Linha do Norte, na Linha do Sul, na Linha do Alentejo, na Linha do Oeste e na Linha do Algarve, abrangendo a obra em curso mais de 600 km da rede ferroviária nacional”, pode ler-se no documento.

Quanto à rodovia, o Governo destaca, além dos projetos nacionais, as ligações internacionais, como “a conclusão da ligação da autoestrada portuguesa A25 com a autovía espanhola A62, em Vilar Formoso, a reabilitação da ponte internacional sobre o Rio Guadiana em Vila Real de Santo António e a conclusão dos trabalhos de reparação noutra das pontes mais emblemáticas do país, a Ponte 25 de Abril”.

O executivo garante que “o ano de 2021 ficará ainda marcado como o ano de arranque de um período excecional de investimento rodoviário ao abrigo do plano de Recuperação e Resiliência em preparação”.

O projeto de proposta de lei das GOP para 2021 foi aprovado na quinta-feira pelo Conselho de Ministros e será agora analisado e alvo de parecer por parte do Conselho Económico e Social (CES).

Em abril, o parlamento aprovou um regime excecional do processo orçamental que permitiu adiar a entrega do Programa de Estabilidade e que a apresentação da proposta das Grandes Opções seja feita com a do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021).

Este ano a proposta do OE2021 deverá ser entregue dia 12 de outubro, porque a data limite prevista na Lei de Enquadramento Orçamental, 10 de outubro, coincide com o fim de semana.

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Governo mantém atualização anual de salários na Função Pública

  • Lusa
  • 14 Setembro 2020

Estado mantém o objetivo de aumentar o salário mínimo nacional de forma progressiva, dos 635 euros para 750 euros em 2023.

O Governo mantém o objetivo de atualização anual dos salários da Função Pública no projeto de proposta de lei das Grandes Opções do Plano (GOP) para 2021, assim como a implementação de uma política de pré-reformas setorial.

No projeto aprovado na quinta-feira em Conselho de Ministros, a que a Lusa teve acesso, o Executivo mantém as prioridades para a Administração Pública, nomeadamente a “alteração da política de baixos salários, reposição da atualização anual dos salários e valorização da remuneração dos trabalhadores de acordo com as suas qualificações e reconhecimento do mérito”.

As atualizações anuais dos salários na Função Pública foram retomadas em 2020, após dez anos de congelamento, com aumentos generalizados de 0,3%, mas o Governo já admitiu que, devido à pandemia de Covid-19, poderá não ser cumprido o compromisso anteriormente assumido de acréscimos de 1% em 2021.

No projeto das GOP que será agora analisado e alvo de parecer por parte do Conselho Económico e Social (CES), o Governo volta também a manifestar a intenção de “implementar políticas ativas de pré-reforma nos setores e funções que o justifiquem, contribuindo para o rejuvenescimento dos mapas de pessoal e do efetivo”.

O regime de pré-reformas é uma das medidas com vista ao rejuvenescimento da função pública e estava já previsto nas GOP anteriores, tendo sido objeto de discussão entre o Governo e as estruturas sindicais.

Na área da Administração Pública, o Governo volta ainda a defender a necessidade de “aprofundar o atual modelo de recrutamento e seleção de dirigentes superiores e intermédios, através da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP)” e a “reativar a avaliação dos serviços com distinção de mérito associada aos melhores níveis de desempenho e refletir essa distinção em benefícios para os respetivos trabalhadores”.

O projeto das GOP a que a Lusa teve acesso não inclui o cenário macroeconómico estimado pelo Governo para 2021, indicando que o mesmo se encontra “em elaboração” pelo Ministério das Finanças.

O Conselho de Ministros aprovou na quinta-feira o projeto de proposta de lei das Grandes Opções para 2021, que será agora analisado e alvo de parecer por parte do Conselho Económico e Social (CES). “Foi aprovado, na generalidade, o projeto de proposta de lei das Grandes Opções para 2021, o qual foi enviado para análise e parecer do Conselho Económico e Social”, refere o comunicado do Conselho de Ministros.

Em abril, o Parlamento aprovou um regime excecional do processo orçamental que permitiu adiar a entrega do Programa de Estabilidade e que a apresentação da proposta das Grandes Opções seja feita com a do Orçamento do Estado para 2021. Em causa está um diploma que estabelece “um regime excecional e temporário de processo orçamental” devido à situação económica e financeira decorrente da pandemia provocada pelo novo coronavírus.

Assim, em 2020, a apresentação da proposta de lei das Grandes Opções (até aqui conhecidas por Grandes Opções do Plano – GOP), incluindo a programação orçamental plurianual, será feita em simultâneo com a proposta de lei do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021).

Este ano a proposta do OE2021 deverá ser entregue dia 12 de outubro, porque a data limite prevista na Lei de Enquadramento Orçamental, 10 de outubro, coincide com o fim de semana.

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Empresas dão incentivo a transporte individual aos trabalhadores

  • ECO
  • 14 Setembro 2020

Privilegiar o trabalho presencial a quem possa evitar o transporte público, incentivos ao aluguer de bicicleta e ao uso de viatura própria entre as medidas das empresas para prevenir contágios.

A pandemia está a levar as empresas nacionais a refazerem planos com vista a limitar o risco de contágios dos seus funcionários, com o destaque para o reforço do teletrabalho e incentivos ao transporte individual, revela o Público esta segunda-feira (acesso condicionado).

O jornal contactou vários dos maiores maiores grupos empresariais nacionais, sendo que estas sinalizam estar a reforçar o teletrabalho e a privilegiar o trabalho presencial a quem possa evitar o transporte público e estão a dar incentivos ao aluguer de bicicleta, ao automóvel próprio e ao maior uso da viatura própria, com a disponibilização de parque de estacionamento, por exemplo.

Numa altura em que os contágios pelo novo coronavírus voltam a acelerar em Portugal, as medidas de segurança ditadas pelas entidades de saúde pública são para cumprir e serão reavaliadas pelas empresas nos próximos tempos, de forma a retomar a atividade de forma presencial. Para já, a prioridade é avançar com cautela.

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Galp acelera 1% e dita ganhos na bolsa de Lisboa

Praça lisboeta recupera após dois dias de perdas alinhada com as pares europeias, com o PSI-20 a ser suportado sobretudo pelo avanço das ações da Galp.

A bolsa nacional começa a semana com o pé direito alinhada com as pares europeias, com os investidores confiantes face aos progressos rumo ao encontro de uma vacina contra o coronavírus e animados por negócios de fusões. Em Lisboa, os ganhos do PSI-20 que recupera após dois dias de perdas, são suportados pelos ganhos de mais de 1% da Galp Energia.

O PSI-20 valoriza 0,47%, para os 4.331,68 pontos, com a quase totalidade dos 18 títulos que o compõem em terreno positivo. Na Europa, o Stoxx 600 — índice que reúne as 600 principais capitalizações bolsistas do Velho Continente — acelera 0,6%.

O sentimento positivo nos mercados acontece depois de no sábado, a AstraZeneca ter anunciado a retoma dos testes clínicos para a sua vacina contra o novo coronavírus desenvolvida em parceira com a Universidade de Oxfod, e do CEO da Pfizer ter revelado entretanto que os americanos deverão ter uma vacina contra o coronavírus disponível ainda no final deste ano.

No caso da praça bolsista lisboeta, o sentimento geral também é positivo, com a Galp Energia a ser a cotada que mais fôlego dá ao PSI-20. As ações da petrolífera ganham 1,07%, para os 9,044 euros, num dia em que as cotações do “ouro negro” também valorizam nos mercados internacionais.

Entre as subidas destaque ainda para o resto do setor da energia, com a EDP a ver as suas ações somarem 0,7%, para os 4,31 euros, e as da sua participada EDP Renováveis a subirem 0,57%, para os 14,18 euros.

Já as ações do BCP avançam 0,43%, para os 9,24 cêntimos, dando um fôlego adicional ao índice bolsista lisboeta.

(Notícia atualizada às 08h25)

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Porto fica de fora dos planos de retoma da TAP

  • ECO
  • 14 Setembro 2020

TAP só vai aumentar o número de voos a partir do aeroporto Humberto Delgado, quebrando a promessa de inverter a estratégia centralista da empresa.

A companhia aérea só vai aumentar o número de voos a partir do aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, deixando a Invicta de fora dos planos de retoma da TAP, avançou o Jornal de Notícias (acesso pago).

A TAP vai repor, já no próximo mês, vários voos para a Europa, África, Brasil e Estados Unidos, mas tudo a partir do aeroporto de Lisboa. A companhia aérea anunciou também a intenção de criar, no verão do próximo ano, seis novas rotas para destinos turísticos, mas o Porto só vai contar com uma nova rota para a ilha do Sal, em Cabo Verde, com início em dezembro.

A TAP já tinha prometido recuperar rotas a partir do Porto o mais depressa possível, tentando assim acalmar a polémica causada pelo plano apresentado para a recuperação de atividade que concentrou os voos em Lisboa e inverter a estratégia centralista da empresa.

Esta decisão acontece numa altura em que a companhia aérea se prepara para dispensar de mais 300 funcionários com vínculos a prazo, já depois de a TAP ter dispensado de cerca de 600 trabalhadores com vínculos com termo certo desde o início da pandemia.

(Notícia atualizada às 08h45 com mais informação)

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Governo mantém objetivo de aumentar salário mínimo nacional nas GOP

  • Lusa
  • 14 Setembro 2020

O Executivo liderado por António Costa indica ainda que as prestações sociais serão atualizadas “ampliando o seu impacto na redução das situações de pobreza e de privação material”.

O Governo mantém o objetivo de aumentar o salário mínimo nacional de forma progressiva, dos 635 euros para 750 euros em 2023, no projeto de proposta de lei das Grandes Opções do Plano (GOP) para 2021.

De acordo com o documento a que a Lusa teve acesso, “o Governo prosseguirá com a promoção de uma política de rendimentos orientada para a valorização do trabalho e dos rendimentos das famílias, seja através da política de valorização do salário mínimo nacional, seja também através da negociação, em sede de Comissão Permanente de Concertação Social, de um acordo de médio prazo sobre salários, rendimentos e competitividade”.

No âmbito do combate às desigualdades na distribuição de rendimentos e com vista à redução da segmentação do mercado de trabalho, o Executivo reafirma que uma das medidas é “revalorizar o salário mínimo nacional com o objetivo de o aumentar, progressivamente, até 2023”.

“Deste modo, o Governo pretende aumentar os 635 euros atribuídos em 2020 (Decreto-Lei n.º 167/2019, de 21 de novembro) para 750 euros em 2023”, pode ler-se no documento.

O Executivo liderado por António Costa indica ainda que as prestações sociais serão atualizadas “ampliando o seu impacto na redução das situações de pobreza e de privação material”.

Na sexta-feira, o ministro das Finanças, João Leão, disse que o aumento do salário mínimo deve ter “significado”, mas também ser “equilibrado” para as empresas o conseguirem suportar no âmbito da crise causada pela pandemia de Covid-19.

No final da reunião do Eurogrupo, em Berlim, em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP3, João Leão considerou prematuro avançar com um valor, uma vez que ainda serão ouvidos os parceiros sociais, mas deixou a indicação de que o montante do aumento para o próximo ano deve ter “algum significado, mas também ser equilibrado”.

“Deve ser um aumento que faça o compromisso entre duas questões importantes: aumentar o rendimento dos trabalhadores com salários baixos e dar um sinal importante ao resto da economia, criar expectativas nos trabalhadores de aumento dos seus rendimentos, e ao mesmo tempo haver um compromisso com a capacidade de as empresas suportarem esse aumento do salário mínimo”, explicou.

Dois dias antes, o ministro das Finanças tinha defendido que no próximo ano devia haver margem para aumentar “com significado” o salário mínimo nacional, após negociação na Concertação Social.

“A nossa intenção é no próximo ano prosseguir com o diálogo que tem de ser feito na Concertação Social, com o aumento do salário mínimo e que haja um aumento com significado”, afirmou o ministro na Grande Entrevista, transmitida pela RTP3 na quarta-feira.

A CGTP tem reiterado a proposta de que o salário mínimo chegue aos 850 euros num curto espaço de tempo. A UGT deverá votar favoravelmente no próximo secretariado nacional uma proposta de aumento de pelo menos 35 euros. Este ano, o salário mínimo nacional subiu de 600 para 635 euros.

O projeto das GOP a que a Lusa teve acesso não inclui o cenário macroeconómico estimado pelo Governo para 2021, indicando que o mesmo se encontra “em elaboração” pelo Ministério das Finanças.

O projeto de proposta de lei das GOP para 2021 foi aprovado na quinta-feira pelo Conselho de Ministros e será agora analisado e alvo de parecer por parte do Conselho Económico e Social (CES).

Em abril, o Parlamento aprovou um regime excecional do processo orçamental que permitiu adiar a entrega do Programa de Estabilidade e que a apresentação da proposta das Grandes Opções seja feita com a do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021).

Este ano a proposta do OE2021 deverá ser entregue dia 12 de outubro, porque a data limite prevista na Lei de Enquadramento Orçamental, 10 de outubro, coincide com o fim de semana.

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Hoje nas notícias: Sobre-endividados, TAP e transportes

  • ECO
  • 14 Setembro 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar a atualidade.

A disponibilização de um mecanismo extrajudicial para ajudar as famílias a pagar dívidas, o Porto fora do aumento dos voos da TAP e os incentivos das empresas aos trabalhadores com vista a travar os contágios pelo novo coronavírus entre os principais destaques das notícias desta segunda-feira.

Novo mecanismo para ajudar sobre-endividados

Face ao aumento do número de famílias endividadas devido à pandemia do novo coronavírus, o Governo vai passar a disponibilizar um mecanismo extrajudicial para ajudar as famílias que enfrentarem problemas de sobre-endividamento. O objetivo é encontrar um plano de pagamento das dívidas com os credores de forma a evitar a insolvência e o recurso aos tribunais. Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

TAP deixa Porto fora dos planos de retoma

Numa altura em que a TAP dispensa mais 300 trabalhadores com contratos a prazo, a companhia aérea já avançou que só vai aumentar o número de voos a partir do aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. O Estado quando comprou 72,5% da TAP tinha prometido inverter a estratégia centralista da empresa. Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (link indisponível).

Empresas dão incentivo a transporte individual

A pandemia está a levar as empresas nacionais a refazem planos com vista a limitar o risco de contágios dos seus funcionários, com o destaque para o reforço do teletrabalho e incentivos ao transporte. Várias empresas sinalizam estar a privilegiar o regresso de quem pode evitar o transporte público e dão incentivo ao aluguer de bicicleta, automóvel e a maior uso da viatura própria. Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Bloco e Pan sobem nas sondagens enquanto PS recua

Na rentrée política após as férias do verão o PS perdeu terreno nas intenções de votos dos portugueses. Caso ocorressem eleições legislativas, o partido liderado por António Costa ganharia com 37,4% dos votos, mas aquém dos 39,6% do último barómetro Intercampos há um mês. Já o Bloco de esquerda e PAN conquistaram terreno, enquanto a realização da Festa do Avante poderá ter penalizado o PCP. Leia a notícia completa no Correio da Manhã (link indisponível)

Incentivos à compra de carros elétricos regressam em 2021

Os apoios à compra de carro elétrico vão regressar no próximo ano. As regras não deverão ser muito diferentes das que vigoraram até agora e os incentivos deverão ser válidos para empresas e particulares. “Para 2021, será dada continuidade aos incentivos atribuídos com o objetivo de promover o aumento do parque nacional de veículos elétricos, particulares e de empresas”, pode ler-se nas Grandes Opções do Plano 2021-2023 (GOP 2021-23). Por outro lado, o Executivo quer apoiar as câmaras a comprar mais 330 veículos elétricos e alargar a rede pública de postos de carregamento rápido. Leia a notícia completa no Dinheiro Vivo (acesso livre)

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Governo cria mecanismo extrajudicial para ajudar famílias sobre-endividadas

  • ECO
  • 14 Setembro 2020

As famílias sobre-endividadas vão passar a contar com um mecanismo extrajudicial para chegar a acordo com os credores de forma a evitar insolvências e recurso aos tribunais.

Com o número de famílias endividadas a aumentar devido à pandemia do novo coronavírus, o Governo vai passar a disponibilizar um mecanismo extrajudicial para ajudar as famílias que enfrentarem problemas de sobre-endividamento, avançou o Jornal de Negócios (acesso pago).

O objetivo é encontrar um plano de pagamento das dívidas com os credores de forma a evitar a insolvência e o recurso aos tribunais. Para o devedor este sistema será de adesão voluntária e de “baixo custo”, enquanto para o credor, a mais-valia será a obtenção, se for caso disso, de um título executivo, que lhe permitirá depois avançar para uma execução de dívidas sem ter de ir a tribunal.

Durante o período do confinamento, entre março e maio, a DECO recebeu 3.600 pedidos de famílias a quem prestou aconselhamento financeiro e abriu 234 processos de intervenção, dos quais quase 60% por quebra de rendimentos. Para a jurista da Deco, Natália Nunes, “faz todo o sentido apostar numa solução extrajudicial” e, “a via dos tribunais deve ser o último recurso”, defende a especialista.

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5 coisas que vão marcar o dia

Os acionistas do EuroBic elegem nova administração, a TAP tenta travar o reembolso antecipado da dívida e, nos mercados, há atenções viradas para a OPEP.

A semana arranca com duas assembleias gerais. Por um lado, os acionistas do EuroBic elegem nova administração e, por outro, os obrigacionistas da TAP votam as condições dos títulos de dívida. Nos mercados há ainda dados da produção industrial na Zona Euro e o relatório mensal do mercado petrolífero da OPEP. Já na justiça, prossegue o julgamento do caso BES com a audição dos concorrentes.

Acionistas do EuroBic elegem nova administração

José Azevedo Pereira, ex-diretor da Autoridade Tributária, será eleito novo CEO do EuroBic, substituindo Fernando Teixeira dos Santos no cargo. Já Pedro Maia será designado chairman. Os novos órgãos sociais do banco vão ser eleitos na assembleia geral que decorrerá a partir das 11h00. Isabel dos Santos, com mais de 40% do capital do EuroBic, tem os direitos de voto inibidos pelo Banco de Portugal e não poderá votar.

Obrigacionistas da TAP votam condições

Da parte da tarde, há outra assembleia geral, desta vez dos obrigacionistas da TAP, que vão deliberar sobre a renúncia pontual ao dever de manutenção da relação de grupo por domínio total entre a TAP SGPS e a TAP SA. A alteração resulta da potencial detenção, diretamente pelo Estado Português, de ações representativas do capital da TAP.

Eurostat divulga dados da produção industrial

Num dia calmo em termos de dados económico, o destaque será a atividade fabril na Zona Euro. O Eurostat vai divulgar novos dados da produção industrial referentes a julho, sendo que a expectativa é que comecem já a dar sinais de recuperação. Na maior economia da moeda única, a Alemanha, a produção da indústria cresceu 1,2% em julho face ao mês anterior, mas manteve-se 10% abaixo da registada no mesmo mês do ano anterior, de acordo com dados provisórios divulgados pelo Departamento Federal de Estatística (Destatis) alemão.

OPEP publica relatório mensal do petróleo

Será ainda conhecido o relatório mensal para o mercado do petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). No mês passado, o cartel reviu em baixa as projeções, apontando para uma queda anual do consumo de petróleo de 9,09% (face à anterior estimativa de 8,03%) pelo que qualquer sinal de retoma poderá entusiasmar o mercado que continua sob pressão devido às perspetivas de uma segunda vaga de coronavírus.

Prossegue julgamento do caso BES

Na justiça, o foco será o caso Banco Espírito Santo (BES), cujo julgamento continua depois de Ricardo Salgado ter tido, na semana passada, uma redução da coima. Esta segunda-feira são julgados os pedidos de impugnação da auditora KPMG e de cinco dos seus sócios às coimas no valor global de 4,9 milhões de euros aplicadas pelo supervisor. O julgamento prossegue neste dia com a audição dos concorrentes.

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TAP acautela corrida ao reembolso das obrigações com conversão do empréstimo do Estado

Conversão do empréstimo do Estado em capital dá direito aos obrigacionistas de pedirem o reembolso de capital e juros referentes aos títulos. Assembleia-geral reúne-se para votar fim da condição.

O empréstimo que o Estado está a fazer à TAP devido ao coronavírus poderá vir a converter-se em capital e, se assim for, poderá alterar a estrutura acionista da empresa. Ainda não é certo que aconteça, mas a mudança representaria uma quebra das condições estabelecidas com os obrigacionistas, permitindo-lhes pedir o reembolso antecipado de capital e juros dos títulos. É esse o risco que a empresa quer evitar.

A TAP convocou os obrigacionistas para uma assembleia-geral, para esta segunda-feira às 17h00. Estes são os investidores que financiaram a companhia aérea quando, em 2019, lançou a sua primeira emissão de obrigações para o mercado retalhista. Na altura captou 200 milhões de euros junto de 6.092 investidores de retalho (52,5% do total) e 35 institucionais portugueses e estrangeiros (a quem paga uma taxa de juro de 4,375%).

No encontro, vão deliberar a alteração a uma das condições das obrigações. Trata-se da “renúncia pontual ao dever de manutenção da relação de grupo por domínio total entre a TAP — Transportes Aéreos Portugueses, SGPS, S.A. e a Transportes Aéreos Portugueses, S.A. em resultado da potencial detenção, diretamente pelo Estado Português, de ações representativas do capital social da Transportes Aéreos Portugueses, S.A.”, lê-se no comunicado.

Ora, a questão é que os termos do empréstimo concedido pelo Estado à TAP (que pode ir até 1,2 mil milhões de euros) pode resultar, por um lado, na conversão de crédito em ações representativas do capital social da TAP ou, por outro, na execução do penhor financeiro sobre as mesmas (ou seja, vendidas em venda judicial). Em qualquer destes casos, a estrutura acionista mudava e ocorreria uma violação das condições do empréstimo obrigacionista.

Esse incumprimento dá direito aos credores obrigacionistas de exigirem o reembolso do capital e dos juros vencidos até à data sem qualquer necessidade de deliberação prévia. Bastaria fazer o pedido por carta registada ao conselho de administração. Se o reembolso não acontecesse em 40 dias, os credores podiam pedir satisfações ao acionista único. Este é o cenário extremo que fica acautelado, caso os obrigacionistas deem autorização à TAP para incumprir.

Com o objetivo de prevenir igualmente as consequências da conversão, a empresa reuniu também, no início do mês, os acionistas para pedir de forma antecipada autorização para avançar com um aumento de capital condicionado até 1,2 mil milhões. A conversão do apoio público em capital não é obrigatória, mas é uma possibilidade que foi até admitida pelo ministro das Finanças João Leão. Nessa operação, o Estado pode aumentar a participação na TAP, enquanto os restantes acionistas — Humberto Pedrosa com 22,5% e os trabalhadores com 5% — podem acompanhar ou ver as posições diluídas.

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Filhos em isolamento. Quanto recebem os pais em casa?

O regresso às aulas promete ser um período crítico na luta contra o coronavírus. Os pais cujos filhos fiquem em isolamento profilático têm direito a faltas justificadas.

Milhares de alunos regressam às escolas esta segunda-feira. Este ano, o arranque letivo será diferente, com o distanciamento social e o uso de máscaras a marcarem a volta às aulas presenciais. As crianças e jovens que entrem em contacto com colegas infetados com Covid-19 poderão ficar em isolamento profilático; e nesses casos, os pais podem faltar ao trabalho sem perderem rendimentos.

Segundo explicou a líder da Direção-Geral da Saúde, Graça Freitas, os encarregados de educação das crianças que apresentem sintomas — como febre ou tosse — devem, antes de mais, ligar para a linha SNS 24, que fará a triagem à distância. Se o caso for considerado suspeito, os pais têm de avisar a escola e será esta a avisar a autoridade de saúde.

Cabe depois às autoridades decidirem se se deve testar a criança com sintomas e se se deve fazer um inquérito à escola para perceber se alguns alunos precisam ficar em isolamento profilático.

E o que acontece aos pais das crianças e jovens que fiquem nessa situação de isolamento? No final de agosto, o Conselho de Ministros aprovou um diploma que determina que os pais que não compareçam ao trabalho por tais razões terão direito a faltas justificadas, durante os 14 dias de isolamento.

A ministra Mariana Vieira da Silva explicou, na altura, que os encarregados de educação nestas situações têm assegurados os rendimentos a 100%.

A Segurança Social confirma e esclarece que o trabalhador que falte para prestar assistência a um filho em isolamento, ou que esteja mesmo doente, tem direito a receber o subsídio desenhado para estes casos, que equivale a 100% da remuneração de referência. O apoio deve ser medido através da Segurança Social Direta.

Na Função Pública, a regra é a mesma. “Se não pode comparecer ao serviço porque o seu filho se encontra em isolamento profilático, e caso não lhe seja possível exercer funções em teletrabalho, recorrer a programas de formação à distância, ou outras formas alternativas de prestação de trabalho, terá direito desde o primeiro dia do isolamento a receber um subsídio equivalente a 100% da remuneração de referência”, afirma a Direção-Geral da Administração e do Emprego Público.

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