Vieira reage à polémica: “Nunca vi uma campanha tão ofensiva e caluniosa”

O presidente do Benfica considera que estão a ser "ultrapassados todos os limites" na polémica sobre o apoio do primeiro-ministro à sua recandidatura através da comissão de honra.

Luís Filipe Vieira considera que a polémica à volta do apoio de António Costa à sua recandidatura a presidente do Benfica é uma “campanha ofensiva, caluniosa e vergonha”. Para o atual líder do clube lisboeta estão a ser “ultrapassados todos os limites”.

Nunca vi uma campanha tão ofensiva e caluniosa“, disse o presidente do Benfica este domingo, em declarações transmitidas pela TVI24, referindo mais tarde que também era “vergonhosa”. “Nunca vi e reparem que já estou aqui há muitos anos”, acrescentou, assinalando que estão a ser “ultrapassados todos os limites” com esta polémica, ainda que diga ser “imune” às críticas.

Em causa está a decisão do primeiro-ministro de integrar a comissão de honra da candidatura de Luís Filipe Vieira à presidência do Benfica. Atualmente existem dúvidas se esta decisão pode violar o Código de Conduta do Governo. Certo é que António Costa já foi criticado pelos partidos da esquerda à direita, incluindo pelo líder do PSD, apesar de o deputado social-democrata Duarte Pacheco também fazer parte dessa comissão de honra, de acordo com a informação revelada pelo Expresso.

“O tempo vai passando e a verdade vem sempre ao de cima”, disse ainda, remetendo declarações para mais tarde: “Falarei quando entender que o devo fazer”.

Em junho deste ano, o diretor de comunicação do Benfica, Luís Bernardo, criticou Pinto da Costa, presidente do Porto, pela “promiscuidade” com Rui Moreira, presidente da câmara do Porto, nomeadamente ao integrá-lo para a sua lista para o Conselho Superior, um órgão de cariz consultivo. “Já não bastava o nível de promiscuidade política, sem paralelo, evidente nas listas de Pinto da Costa com um desfile de atuais e ex-políticos, ficámos agora a saber que o designado sucessor para presidente do FCP e atual presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, é notícia porque já reuniu com colegas autarcas para discutir assuntos relacionados com a construção da prometida futura academia do FCP”, lê-se nessa declaração.

Pelos vistos é preciso relembrar o óbvio: pode um decisor político ter um relacionamento institucional com clubes de futebol? É óbvio que sim. Mas poderá e deverá fazê-lo pertencendo aos órgãos representativos desse mesmo clube? É óbvio que não“, defendia.

Este sábado, João Varandas Fernandes, vice-presidente do Benfica, saiu em defesa do primeiro-ministro e de Vieira: “Em Portugal, lamentavelmente está instalada uma cultura de suspeição e de hipocrisia, marca dos nossos tempos“, disse, argumentando que “não é por serem políticos, António Costa e Fernando Medina, que estão impedidos de tomar posição na eleição do seu clube”.

“Fernando Medina tem dado provas de isenção para com todos os clubes da cidade. Apoiar não é favorecer. Como Governantes tem bem demonstrado; equilíbrio e sentido de dever para com todos”, considera Varanda Fernandes, assinalando que “há uma diferença entre o que aconteceu no Porto e o apoio de António Costa”. “António Costa não integra qualquer lista à direção do clube, observem a quantidade de políticos no Conselho Superior do F.C.Porto. Esta perseguição ao Benfica e ao seu Presidente é lamentável e reprovável”, conclui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bloomberg usa 80 milhões de euros para promover Joe Biden

  • Lusa
  • 13 Setembro 2020

O investimento será aplicado essencialmente em ‘spots’ televisivos e em propaganda na Internet a favor de Biden.

O ex-presidente da Câmara de Nova Iorque, Michael Bloomberg, vai gastar pelo menos 100 milhões de dólares (cerca de 80 milhões de euros) para promover a campanha presidencial do democrata Joe Biden no estado da Florida.

O contributo de Bloomberg, que foi adversário de Biden nas eleições primárias do Partido Democrata, reflete as preocupações dos adversários do republicano Donald Trump, que está a fazer uma aposta forte na campanha do estado da Florida, que pode vir a ser crucial para o desfecho das presidenciais, em 3 de novembro.

Uma vitória de Biden na Florida complicaria significativamente o objetivo de Trump para alcançar os 270 votos do colégio eleitoral, necessários para o reconduzir para um segundo mandato na Casa Branca.

Michael Bloomberg gastou cerca de mil milhões de dólares (cerca de 800 milhões de euros) na sua campanha nas primárias do Partido Democrata, acabando por desistir para endossar a candidatura de Joe Biden.

A campanha eleitoral na Florida começa em 24 de setembro e um conselheiro de Bloomberg diz que o investimento será aplicado essencialmente em ‘spots’ televisivos e em propaganda na Internet a favor de Biden.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Empresa da família de governante fatura dois milhões de euros com Estado

  • ECO
  • 13 Setembro 2020

Uma empresa da família do secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro, fez contratos com o Estado no valor de dois milhões de euros.

A empresa da família do secretário de Estado da Mobilidade, Eduardo Pinheiro, faturou cerca de dois milhões de euros com o Estado entre 2016 e julho de 2020, de acordo com o Correio da Manhã deste domingo, que diz que o secretário de Estado e o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, são amigos desde os tempos em que o primeiro era autarca em Matosinhos.

De acordo com o CM, o portal dos contratos públicos, o Portal Base, revela que a empresa, que se chama Território XXI, fez um total de 39 contratos com entidades públicas, no valor de quase dois milhões de euros. Deste total, 955 mil euros referem-se a três contratos — dois deles em parceria com outra empresa — realizados com entidades do Ministério do Ambiente: Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), em 2017 e 2019, e Agência Portuguesa do Ambiente (APA), em 2017.

A empresa, que foi criada em dezembro de 2015, pertence à mulher do secretário de Estado (10% do capital) e à mãe da mulher (55% do capital), e atua na área do ambiente e ordenamento do território. Eduardo Pinheiro informou o Parlamento, no registo de interesses, da quota da mulher nessa empresa, como prevê a lei, mas não é referida a participação da mãe da mulher.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Há mais 673 infetados em Portugal. Morreram sete pessoas

Aumentou para 63.983 o número de casos de infetados com coronavírus no país. Até ao momento, já 44.069 pessoas recuperaram da doença.

Portugal registou 673 novos casos de infeção por Covid-19, elevando para 63.983 o número de infetados desde o início da pandemia. Nas últimas 24 horas morreram mais sete pessoas com a doença, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde (DGS) deste domingo.

Este número de novos casos reflete uma subida face a ontem, mas fica aquém dos 687 novos casos registados na sexta-feira, o que representou a maior subida diária desde 16 de abril. A subida deste domingo traduz-se numa variação percentual de 1,06%.

Porém, ao nível do número de mortes, este aumento de sete pessoas é o maior desde 31 de julho, dia em que foram registadas no boletim oito mortes. Seis dessas sete mortes registaram-se na região de Lisboa e Vale do Tejo.

Entre os casos de infeção, atualmente 18.047 encontram-se ativos, mais 491 do que no dia anterior. Desde que apareceu em Portugal, no início de março, o coronavírus já provocou a morte de 1.867 pessoas. Já quanto ao número de recuperados, situa-se em 44.069 (mais 175 nas últimas 24 horas).

Por regiões, 47,4% dos novos casos concentraram-se na zona de Lisboa e Vale do Tejo, o que se traduz em mais 319 casos para um total de 32.732 casos. Segue-se a região do Norte com 23.233 casos, mais 236 do que no dia anterior, e a região do Centro com 5.228 casos, mais 35 do que no dia anterior. O Algarve regista 1.234 casos (+20), o Alentejo 1.134 casos (+60), os Açores 238 (+2) e a Madeira 184 (+1).

A maioria das pessoas infetadas com o vírus está a fazer o tratamento em casa. São apenas 452 as pessoas que estão internadas (mais 14 do que no balanço anterior), das quais 57 nos cuidados intensivos (menos duas face a ontem). Há ainda 36.398 contactos sob vigilância das autoridades de saúde, mais 343 do que no boletim anterior.

Boletim epidemiológico de 13 de setembro

(Notícia atualizada às 14h17 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

VdA assessora empresa do portfolio da Stirling Square Capital Partners na compra de 100% do capital da VORTAL

A equipa foi liderada por Sofia Bobone, coordenadora de Corporate & Governance, em colaboração com Joana Silva Leal, Carolina França Barreira, Diana Leandro, Inês Silva Macedo e Inês Tranquada Gomes.

A VdA assessorou Stirling Square Capital Partners na aquisição do totalidade do capital da portuguesa VORTAL. A transação foi concretizada através da DOCU Nordic, empresa do portfolio da Stirling Square Capital Partners.

A equipa da VdA foi liderada por Sofia Bobone, associada coordenadora da área de Corporate & Governance, em colaboração com Joana Silva Leal, Carolina França Barreira, Diana Leandro, Inês Silva Macedo e Inês Tranquada Gomes. Para além desta equipa, participaram na transação outros 15 advogados com diversas áreas de expertise.

A Vortal é líder em contratação eletrónica a nível mundial e esta transação representa uma oportunidade de crescimento para a Vortal e todos os seus colaboradores. Este investimento reforça a presença das empresas do portfolio da Stirling Square Capital Partners em Portugal e a ligação com esta equipa da VdA que a tem vindo a assessorar há quase uma década nos seus investimentos em Portugal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Já há acordo assinado. Antonoaldo Neves sai da TAP nos próximos dias

No conselho de administração da TAP, já nos próximos dias, Ramiro Sequeira será cooptado para ser o novo CEO.

Antonoaldo Neves deixa de ser oficialmente Chief Executive Officer (CEO) da TAP no próximo conselho de administração da companhia, que deverá ocorrer já nos próximos dias, apurou o ECO junto de fontes que conhecem o dossiê. O gestor que entrou pela mão de David Neeleman foi despedido em direto numa conferência de imprensa em julho, quando o Governo chegou a acordo para a compra das ações do empresário americano na TAP, mas só agora assinou o acordo para a saída da companhia.

A cessação do contrato de Antonoaldo Neves foi revelada em primeira mão no ECO Insider desta sexta-feira — a newsletter semanal do ECO exclusiva para assinantes. Depois de algumas semanas de negociações, o gestor e a TAP chegaram a um acordo que compreendeu, basicamente, o pagamento dos salários previstos até ao final do mandato que termina em dezembro.

As exigências iniciais de Antonoaldo Neves foram muitas, designadamente um acordo idêntico ao negociado por Fernando Pinto, considerado “generoso”. Só que esse acordo foi amigável, e negociado com David Neeleman. Agora estava o ministro Pedro Nuno Santos do outro lado da mesa. Depois, tentou um acordo com o fim em abril de 2021, mas acabou por aceitar as condições do Governo, isto é, vai receber os salários até dezembro, data de fim de contrato, o que dará um valor em torno dos 200 mil euros, apurou o ECO.

Agora, é apenas uma formalidade. De acordo com os termos do contrato, Antonoaldo Neves deixa de ser presidente executivo no momento em que o conselho de administração cooptar o novo gestor para aquelas funções. Ramiro Sequeira é Chief Operating Officer (COO) da companhia desde 2018 e deverá ser cooptado num conselho de administração a realizar a meia da semana. Sequeira vai ser presidente ‘interino’, porque o ministro das Infraestruturas comprometeu-se a contratar uma empresa de gestão de recursos humanos para encontrar um gestor no mercado internacional, mas vai ter de participar ativamente no plano de reestruturação da empresa, a entregar em Bruxelas no final de outubro.

Este plano, recorde-se, é uma condição que resulta do apoio público concedido pelo Estado no valor de 1.200 milhões de euros e só seria dispensável se a TAP o devolve-se até ao final do ano.

A primeira versão do plano de reestruturação da TAP deve estar concluída no prazo de dois meses. A BCG foi a consultora selecionada para a elaboração do plano de reestruturação da TAP, e já iniciou o processo de auscultação das organizações representativas dos trabalhadores, tendo reunido com o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) e o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fotogaleria: Estas são as 25 melhores empresas para trabalhar na Europa

Na lista das 25 melhores multinacionais para trabalhar na Europa, dez operam em Portugal. Conheça-as nesta fotogaleria.

Os trabalhadores votaram e elegeram uma lista de 25 empresas como os melhores locais de trabalho da Europa. A lista baseia-se nas avaliações de 1,46 milhões de funcionários, espalhados por todo o continente. A lista é liderada pela americana Salesforce, seguindo-se pela Cisco. A tecnológica não é a única eleita que também opera em Portugal.

Veja a galeria:

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo vai incentivar pré-reforma dos funcionários públicos em 2021

  • ECO
  • 13 Setembro 2020

No próximo ano, o Executivo vai dar incentivos à pré-reforma nos setores e funções da função pública em que se justifique.

Com o objetivo de rejuvenescer a função pública, o Governo irá avançar com incentivos à pré-reforma no próximo ano. Esta intenção está definida nas Grandes Opções do Plano 2021-2013 (GOP), segundo noticia o Jornal de Notícias este domingo. Há ainda prémios, um número único para todos os serviços públicos, novas lojas do cidadão e mais automotoras.

O Governo irá implementar políticas ativas de pré-reforma nos setores e funções que o justifiquem, contribuindo para o rejuvenescimento dos mapas de pessoal e do efetivo“, lê-se no documento que foi enviado aos parceiros sociais na semana passada, subentendendo-se que o regime só estará aberto a determinados setores, nomeadamente a área da educação dado o envelhecimento dos professores.

No Orçamento do Estado para 2020, ficou apenas o compromisso de levar a cabo as conversações com os sindicatos sobre a execução efetiva do regime de pré-reforma por suspensão de prestação de serviço, ficando a dotação necessária para tal remetida para o OE para 2021. Os critérios das pré-reformas vão variar consoante carreira, setor e ministério.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Assembleia-Geral da ONU arranca terça-feira com os líderes mundiais “em casa”

  • Lusa
  • 13 Setembro 2020

As Nações Unidas reúnem a partir de terça-feira a sua 75.ª Assembleia-Geral, mas pela primeira vez os líderes mundiais ficam em casa e a reunião é quase exclusivamente virtual devido à pandemia.

Este ano a reunião magna será diferente de qualquer outra realizada até hoje, uma vez que os líderes mundiais foram “convidados” a “ficar em casa” e a dirigir-se ao mundo através de discursos pré-gravados que serão transmitidos posteriormente ao longo dos vários dias do Debate Geral (entre 22 e 29 de setembro).

Apesar deste apelo feito aos dirigentes mundiais – para evitar as habituais concentrações de delegações na sede da organização em Nova Iorque (Estados Unidos) no âmbito das medidas de prevenção relacionadas com a atual crise pandémica -, as Nações Unidas relembraram esta semana que qualquer líder mundial tem o direito de comparecer pessoalmente.

Entre os 193 Estados-membros da ONU, houve pelo menos um que já manifestou essa intenção: o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que planeia falar a partir da tribuna da Assembleia-Geral a menos de dois meses de disputar as presidenciais norte-americanas e tentar a reeleição. “Pretendo deslocar-me diretamente às Nações Unidas para fazer o discurso”, disse o chefe de Estado norte-americano, em declarações feitas em meados de agosto.

“Penso que representa melhor o país. Sinto-me meio obrigado, como Presidente dos Estados Unidos, a estar presente (…) para fazer o que será um discurso importante”, frisou então Trump, que desde que assumiu a liderança da administração norte-americana, em janeiro de 2017, tem lançado críticas ferozes ao sistema multilateral das Nações Unidas e às agências que o integram.

Redução de financiamento e processos de saída de algumas agências, como foi o caso da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), em 2019, e mais recentemente, da Organização Mundial de Saúde (OMS), são apenas alguns episódios da relação Trump-ONU.

Apesar de os corredores da sede da ONU ficarem mais silenciosos por estes dias, a organização liderada pelo secretário-geral, António Guterres, já fez saber que a 75.ª sessão da Assembleia-Geral terá um intenso programa, garantindo que a ausência física da maioria dos líderes mundiais (e a consequente não realização de centenas de reuniões bilaterais) e o formato virtual das diversas reuniões de alto nível previstas “não irá significar que as rodas da diplomacia global e do desenvolvimento sustentável não estarão a girar à velocidade habitual”.

Esta sessão da Assembleia-Geral teria um significado particular este ano, pois tencionava assinalar, ao mais alto nível, os 75 anos das Nações Unidas. Apesar dos constrangimentos, a efeméride será assinalada na mesma.

No dia 21 de setembro, um evento na sede da ONU, que terá direito a uma transmissão ‘online’, pretende “gerar um apoio renovado ao multilateralismo”, segundo anunciou a organização, frisando que a iniciativa surge num momento “em que muitos acreditam [que este apoio] se tornou cada vez mais urgente à medida que o mundo enfrenta a pandemia da covid-19”. Espera-se que António Guterres intervenha, presencialmente, nesta reunião de alto nível.

Neste mesmo evento, está previsto que os 193 Estados-membros adotem uma declaração conjunta sobre o 75.º aniversário da organização, que mencione os sucessos e os fracassos da ONU, mas que também assuma o compromisso de construir um mundo pós-pandémico mais equitativo, cooperante e protetor do planeta.

Aliás, o tema escolhido para o Debate Geral da 75.ª sessão da Assembleia-Geral também reflete esta abordagem: “O Futuro que queremos, as Nações Unidas que precisamos: Reafirmar o nosso compromisso coletivo com o multilateralismo – enfrentar a covid-19 através de uma ação multilateral eficaz”.

Para assinalar os 75 anos da organização, a ONU lançou, como foi apelidado por António Guterres, o “maior diálogo global de sempre” sobre a cooperação mundial e o seu papel na construção do futuro, iniciativa que apelou à participação do “público global”. Numa entrevista publicada este verão pela Associated Press (AP), o secretário-geral avançou ter recebido cerca de 120.000 respostas de pessoas de 193 países.

Na mesma entrevista, o ex-primeiro-ministro português, que assumiu a liderança da ONU em janeiro de 2017, frisou que, em 75 anos, o maior feito da organização é o longo período, desde a II Guerra Mundial, durante o qual as grandes potências não lutaram entre si e uma guerra nuclear foi evitada. Já o maior fracasso, referiu então, foi a incapacidade da organização de evitar a proliferação de conflitos de média e pequena dimensão.

O programa da 75.ª Assembleia-Geral inclui ainda, e sempre em formato virtual, uma cimeira sobre biodiversidade (30 de setembro) e uma outra sobre a governação mundial pós-pandemia (a 24 setembro). Também estão programadas outras duas reuniões: uma para assinalar e promover o Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares (02 de outubro) e outra para assinalar o 25.º aniversário da Quarta Conferência sobre a Mulher (01 de outubro).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Não é razoável” subir salário mínimo em 2021. Atirará empresas para o “precipício”, diz o turismo

A Confederação do Turismo de Portugal rejeita uma subida do salário mínimo em 2021, pelo menos na situação atual. Caso haja uma forte recuperação do setor, a CTP admite uma revisão a meio do ano.

O presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Francisco Calheiros, considera que “não é razoável” aumentar o salário mínimo no início do próximo ano, como pretende o Governo, argumentando que qualquer aumento de custos para as empresas do setor do turismo irá atirá-las para o “precipício”.

Não deve haver aumento neste momento, face ao que está a acontecer com a pandemia“, afirma Francisco Calheiros, em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1. Para os patrões do turismo é claro que “qualquer aumento nas empresas agora não é razoável”, uma posição que defenderão em concertação social quando o assunto for discutido.

Ainda assim, o presidente da CTP não exclui que a situação possa melhorar, admitindo uma revisão do salário mínimo a meio do próximo ano, na perspetiva de haver um aumento, “se a situação se alterar”. Contudo, até lá, as perspetivas não são boas uma vez que Calheiros antecipa dois momentos de “choque” para o turismo, que vão provocar mais desemprego, em outubro e em janeiro.

O primeiro-ministro já assegurou que o Executivo pretende aumentar o salário mínimo em 2021. No entanto, António Costa avisou que o aumento teria de ser mais pequeno do que se esperava anteriormente. Pelas palavras do primeiro-ministro e do ministro das Finanças, o Governo abre a porta a um aumento superior a 10 euros, mas inferior a 35 euros. João Leão considerou ser positivo que se prossiga com os aumentos no salário mínimo uma vez que irá criar “expectativas positivas dos seus rendimentos” nestes trabalhadores e dar um sinal de confiança aos agentes económicos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BE e PAN criticam Costa por apoiar Luís Filipe Vieira

  • Lusa
  • 13 Setembro 2020

O Bloco de Esquerda e o partido Pessoas, Animais e Natureza criticaram este sábado a decisão do primeiro-ministro de integrar a comissão de honra da reeleição de Luís Filipe Vieira no Benfica.

A coordenadora do Bloco de Esquerda criticou este sábado António Costa por integrar a comissão de honra da recandidatura de Luís Filipe Vieira à presidência do Benfica, defendendo que “não pode existir cumplicidade entre a política e os negócios”.

Saber hoje que o primeiro-ministro acha normal fazer parte de uma comissão de honra de alguém que é dos maiores devedores do Novo Banco e que está implicado no problema do BES (Banco Espírito Santo) não fica bem”, afirmou Catarina Martins.

A líder bloquista, que falava esta tarde em Almada, no distrito de Setúbal, durante uma sessão de ‘rentrée’ do partido, admitiu que as paixões de futebol e outras são todas humanas e aceitáveis”, mas ressalvou que “ao primeiro-ministro aquilo que se pede é o dever de reserva”.

“Nada pode ser como antes e a cumplicidade entre a política e os negócios não pode ser aceite neste país”, vincou.

PAN considera inadmissível Costa e Medina na comissão de honra de Luís Filipe Vieira

O porta-voz do PAN, André Silva, considerou este sábado inadmissível “do ponto de vista ético”, que António Costa e Fernando Medina entrem na comissão de honra da recandidatura de Luís Filipe Vieira à presidência do Benfica.

Todas estas situações de ligação próxima da política ao futebol não são admissíveis do ponto de vista ético, porque abrem a porta a que o amor ao clube se possa sobrepor ao compromisso para com o interesse público, que deverá sempre nortear qualquer titular de um cargo político no exercício do cargo“, defende o Partido da Natureza e dos Animais (PAN), em comunicado.

No comunicado, o partido fala ainda em “vários casos” da mesma ordem, e considera “que este tipo de situações não devia suceder, uma vez que um dos principais problemas da sociedade portuguesa é o excesso de promiscuidade entre a política e o futebol, e as ligações perigosas e pouco transparentes associadas a este mundo”.

“De resto, essas ligações são mais do que óbvias quando a própria Europol considera a corrupção no desporto como uma das 12 principais atividades criminosas organizadas na União Europeia”, acrescenta.

O partido defende que, “face a este caso, e aos restantes casos recentes de ligação institucional de deputados ao mundo futebol, é importante que, o quanto antes, o parlamento faça a sua parte no combate a estas promiscuidades e tenha a coragem de aprovar a iniciativa do PAN que, seguindo o modelo já em vigor para os magistrados, impede a ocupação de cargos em órgãos de clubes de futebol“.

“Esperemos, também, que António Costa volte atrás nesta sua decisão que descredibiliza a política e afasta os cidadãos, a bem da transparência e da salvaguarda do interesse público”, apela.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Costa recusa comentar apoio à reeleição do presidente do Benfica

  • Lusa
  • 13 Setembro 2020

Para o primeiro-ministro este assunto é uma matéria extra vida política. "Não vou fazer nenhum comentário", disse.

O secretário-geral do PS rejeitou este sábado comentar a sua inclusão na comissão de honra da recandidatura do presidente benfiquista, Luís Filipe Vieira, argumentando que é matéria extra vida política.

Não vou fazer nenhum comentário sobre um assunto que não tem rigorosamente nada a ver com a vida política nem com as funções que exerço ou exerci”, afirmou António Costa.

O também primeiro-ministro respondia a questões dos jornalistas após discursar no encerramento do XIX Congresso da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) do PS, no pavilhão Paz e Amizade, em Loures.

A liberdade de expressão é, felizmente, algo que existe em Portugal. Da minha parte, não faço nenhum comentário, não tenho nada a dizer sobre uma matéria que não tem rigorosamente nada a ver”, concluiu.

O jornal semanário Expresso noticiou este sábado que Costa e o seu sucessor na Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, fazem parte da comissão de honra de Vieira para as eleições das “águias”, em outubro.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.