Cruzeiros tiveram primeiro semestre “melhor que a desgraça prevista”, diz Mário Ferreira

  • Lusa
  • 25 Julho 2020

CEO da Douro Azul diz que a estimativa atual é de uma faturação de 90 milhões de euros, "o que não é nada face aos 270 milhões que esperávamos [no orçamento para este ano], mas ainda é alguma coisa".

A Mystic Invest, holding que detém a Douro Azul, teve um primeiro semestre “melhor que a desgraça prevista”, esperando agora faturar 90 milhões de euros este ano, mas um terço do orçamentado antes da pandemia, afirma Mário Ferreira.

O empresário, que falava no âmbito da retoma dos cruzeiros no Douro, explica que na holding que gere o turismo de cruzeiros estavam preparados para duas situações: o cenário zero, que representaria faturação zero até ao final do ano, e o cenário 15 de julho, nas quais existiam várias variáveis, entre as quais, retomar a atividade nesta altura, mas com taxas de ocupações inferiores.

Neste último cenário, a Mystic continuaria “a ter prejuízos, mas já atenuados”, refere Mário Ferreira. Passado que está o primeiro semestre do ano, o responsável diz que este período “correu melhor do que a desgraça prevista”.

A realidade foi que até final de junho” a empresa teve “dois milhões de euros acima do previsto“. Ou seja, “dentro do negativo ainda conseguimos ter dois milhões de euros positivos, já que faturámos alguma coisa em junho”, refere. Assim, o empresário diz que, na semana passada, em conjunto com os seus sócios americanos na Mystic Invest, reviram a previsão de faturação até ao final do ano.

A estimativa que temos, neste momento, é que possamos vir a faturar 90 milhões de euros [em 2020], o que não é nada face aos 270 milhões que esperávamos [no orçamento para este ano], mas ainda é alguma coisa. Se não fizéssemos nada – se fosse o ‘cenário zero’, teríamos 47 milhões de euros de Ebitda [Lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações] negativos, quando antes estávamos à espera desse valor positivo. Por isso, agora, esperamos à volta de 25 milhões de Ebitda negativos, o que já não é tão mau, dada a situação e a dimensão global da empresa”, explica Mário Ferreira.

O CEO da Douro Azul destaca também que o grupo manteve o investimento de 110 milhões de euros, tendo cinco navios oceânicos ainda em Viana do Castelo em construção. Em Viana do Castelo, pronto, à espera de ser estreado, está um navio-hotel para o Douro, que será “a embarcação mais luxuosa da Douro Azul para estes cruzeiros”, acrescentou. “Não desacelerámos. Se tivéssemos parado o investimento não ia ser nada agradável para a indústria portuguesa. Fizemos um esforço para o manter“, disse.

A faturação “é, assim, um terço do que pensávamos antes e é com um grande esforço das nossas equipas que não têm medo, ao contrário do que acontece em outras empresas, de andar a trabalhar [nos navios] de máscaras e luvas, senão nem isto faturávamos”, refere.

Mário Ferreira diz que ainda têm “muita gente em lay-off“, mas já muito menos do que os 400 antes, dado que neste momento já estão navios a operar. A Douro Azul retomou esta semana a atividade no rio Douro, com um programa de quatro cruzeiros dirigido ao mercado português, a bordo do Douro Serenity.

“Ao longo dos anos temos tido muita dificuldade em explicar aos portugueses que num cruzeiro de uma semana no Douro há que fazer. Há o que ver, que é interessante. Tivemos sempre essa dificuldade e é um erro nosso. Os portugueses têm mais facilidade em ir aos cruzeiros do Reno, ao Danúbio, do que viajar em Portugal. Estamos a tentar esforçar-nos para mudar isso. Quem faz o Douro fica deliciado e diz maravilhas (…) Neste contexto, voltámos a acreditar que seria bom para nós e para os portugueses puderem andar cá dentro em coisas que muitas vezes têm qualidade superior às que usufruem lá fora”, disse.

Ainda assim, diz que as operações este ano são para a empresa ir “mantendo alguma atividade, para manter pessoal”, pois “a sensação é que cada cruzeiro até ao final do ano é sempre a perder dinheiro”. No entanto, nos “30 e tal” navios que detêm no resto do mundo a atividade “está a andar muito melhor”.

“Surpreendentemente essas é que são as boas notícias, é que aí já avançámos dentro dos 70, 75% de ocupação, no Danúbio, Reno, Croácia. A empresa que é direcionada para os cruzeiros de rio no mercado alemão [Nicko Cruises] é a que está a arrancar melhor”, disse. Dadas as restrições nos portos, a empresa ainda não conseguiu avançar com os cruzeiros de mar.

Mário Ferreira acrescentou que a Mystic Invest está a estudar seis empresas de cruzeiros no mercado americano com vista a aquisição de uma. “São empresas que estão em dificuldades financeiras e o mercado americano é muito bom para estarmos. São empresas agregadas a outras mega-empresas” de turismo, referiu sem querer especificar.

Em maio de 2019, Mário Ferreira vendeu 40% da Mystic Invest Holding aos americanos do fundo Certares por 250 milhões de euros. Na altura, a revista Exame deu conta de que esta operação iria permitir reforçar o capital e provisões da companhia e investir em outros negócios, incluindo a empresa mãe, a Mystic Invest SGPS.

A Certares é um fundo que investe em empresas de viagens, turismo e hotelaria, tendo ficado com posição minoritária na ‘holding’ que conta com empresas como a Douro Azul, a Nicko Cruises ou a Mystic Cruises. Entretanto, em 14 de maio deste ano, Mário Ferreira comprou 30,22% da Media Capital, que detém a TVI, através da Pluris Investments, mas sobre a estação televisiva o empresário não quis, neste momento, fazer comentários.

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Cruzeiros no Rio Douro retomam a meio gás. Paragem causou prejuízo de milhões

Os cruzeiros do Douro estão a retomar de forma faseada, os operadores turísticos já têm algumas reservas, mas os números estão longe dos registados habitualmente e as perdas são enormes.

Há um ano, os cruzeiros do Douro já tinham lotação quase esgotada para a temporada de verão e adivinhava-se um 2020 próspero. Uma convicção que não passou de uma miragem.

A procura nos Cruzeiros do Douro estava a crescer significativamente. O Porto estava a ficar cada vez mais concorrido e embarcavam milhares de turistas de todo o mundo em direção ao Douro. Todavia, a pandemia de Covid-19, agitou até as águas mais calmas, e ditou uma paragem abrupta na economia a uma escala mundial e o turismo foi um dos setores mais afetados.

A Douro Azul, maior operadora de cruzeiros fluviais da Europa, previa que 2020 iria ser o melhor ano desde a fundação da empresa, mas a pandemia traçou um cenário completamente antagónico à previsão. “As nossas previsões mais otimistas eram de que 2020 iria ser o melhor ano em termos de faturação desde que iniciamos atividade em 1993, mas a realidade é que a empresa esteve totalmente parada em termos de operação de cruzeiros fluviais desde março, que seria o mês de arranque da operação de 2020”, explica ao ECO, fonte oficial da Douro Azul.

“Se juntarmos os meses de paragem de operação devido a trabalhos e reparações nas eclusas que limitam a época de cruzeiros no Douro, estivemos parados desde novembro de 2019. Isto provocou prejuízos de dezenas de milhões de euros”, destaca a mesma fonte.

À semelhança da Douro Azul, a Tomaz do Douro esteve quatro meses com a frota de onze embarcações parada e o prejuízo é “incalculável”, estima Célia Lima, diretor da marketing da empresa. Atualmente já têm os motores a funcionar, embora não a todo o gás. “A empresa está desde 3 de julho a fazer os cruzeiros das seis pontes com os tradicionais barcos rebelo e os navios de maior escala, que navegam as águas do Douro até à Régua, retomaram atividade dia 10 de julho”, explica ao ECO, Célia Lima.

Estivemos parados desde novembro de 2019. Isto provocou prejuízos de dezenas de milhões de euros.

Fonte oficial

Douro Azul

Já a Douro Azul vai retomar este mês com um programa orientado para o mercado português e espanhol, embora já tenha dois navios a operar para o mercado alemão, desde junho.

“Vamos iniciar em meados de julho os programas de cruzeiros em barco rabelo, que são os tradicionais cruzeiros das pontes. A partir do dia 20 de julho iremos arrancar a operação de uma terceira embarcação, o Douro Serenity, que vai realizar cruzeiros de verão de cinco dias criados à medida do mercado português”, refere fonte oficial da Douro Azul.

Expectativas da retoma? Tudo depende do evoluir da pandemia e da vacina

Os operadores turísticos estão a arrancar lentamente uma vez que tudo depende do evoluir da pandemia, da abertura das fronteiras, da retoma gradual da aviação e principalmente da criação de uma vacina. A Douro Azul está confiante que “a retoma de atividade será forte, mas sempre dependente da evolução da situação de pandemia a nível mundial, e dos avanços científicos na descoberta de uma vacina ou de um tratamento eficaz”.

A diretora de marketing da Tomaz do Douro corrobora a ideia da Douro Azul de conta ao ECO que a melhor forma de encarar esta retoma faseada é “viver um dia de cada vez”. “Não temos muitas expectativas e vai depender muito de fatores externos”, refere Célia Lima.

Enquanto a Douro Azul acredita que vão “retomar a atividade em pleno e continuar a crescer”, a Tomaz do Douro diz que se for um ano sem prejuízo já é muito bom: “Estamos a tentar que tudo corra bem, estamos a fazer esforços, mas não há qualquer garantia que as coisas vão melhorar e quando. Neste momento temos uma perda muito grande, se o ano de 2020 chegar a ser um ano zero, ou seja sem prejuízos, para nós já é muito bom”, conta Célia Lima.

Piscina do Douro Spirit, um dos navios hotel da Douro Azul.Douro Azul

A Douro Azul explica que a maioria dos clientes não cancelaram os cruzeiros, adiaram. “Temos reservas, sendo importante esclarecer que na maioria dos casos os nossos clientes não cancelaram os cruzeiros, mas optaram por remarcar os mesmos para momentos futuros em que lhes seja possível viajar”, refere a empresa de Mário Ferreira.

Com a abertura de algumas fronteiras, já começam a aparecer os primeiros turistas na cidade do Porto. A Tomaz do Douro já tem algumas reservas de turistas estrangeiros, principalmente de Espanha e Alemanha, mas é o mercado nacional que predomina. Apesar das reservas, Célia Lima confessa ao ECO que existe sempre um sentimento de incerteza. “Temos várias reservas em agenda, mas existe sempre uma grande probabilidade de muitas destas reservas serem canceladas”, salienta Célia Lima.

Neste momento temos uma perda muito grande, se o ano de 2020 chegar a ser um ano zero, ou seja sem prejuízos, para nós já é muito bom.

Célia Lima

Diretora de marketing da Tomaz do Douro

A empresa lidera por Mário Ferreira recebe anualmente cerca de 32 mil passageiros por ano e costuma ter uma taxa de ocupação superior a 92% em toda a frota, apesar de estar confiante na retoma sentiu uma quebra enorme no volume de negócios e “uma forte redução no fluxo anual de passageiros”. A Douro Azul explica que “vários” dos seus “principais mercados emissores, como o Reino Unido e os Estados Unidos, ainda não têm as suas políticas de viagens internacionais totalmente delineadas”.

Ambas as empresas ainda têm trabalhadores em lay-off, explicam que ainda não se justifica ligar os motores a todo gás e que ainda não têm visitantes que justifiquem navegar com toda a frota e com todos os recursos humanos.

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Marcelo pede ao Governo que seja claro na definição de prioridades para o investimento público

Presidente da República desvalorizou o parecer do Conselho Superior de Obras Públicas que levanta dúvidas sobre o Programa Nacional de Investimentos (PNI2030).

Marcelo Rebelo de Sousa pede ao Governo de António Costa que defina quais as prioridades no uso dos fundos comunitários que vão começar a chegar ao país para responder à crise do coronavírus. O Presidente da República desvalorizou, ainda assim, as dúvidas levantadas pelo Conselho Superior de Obras Públicas (CSOP).

É fundamental que, no momento em que o Governo apresente em outubro o seu programa à União Europeia, diga quais são as prioridades e qual é o calendário“, respondeu Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações transmitidas pela SIC numa visita a Ovar por ocasião do Dia do Município.

O Presidente da República referia-se aos 58 mil milhões de euros que Portugal poderá investir nos próximos dez anos, incluindo o dinheiro ainda por executar do Portugal 2020, bem como fundos do próximo Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027 e do Fundo de Recuperação europeu. O chefe de Estado tinha já pedido “sustentação política alargada” aos vários partidos para aproveitar a “oportunidade” dada pelos milhares de milhões que vêm da Europa.

A visita aconteceu no mesmo dia em que o Expresso deu a conhecer um parecer, em que o Conselho Superior de Obras Públicas (CSOP) levanta dúvidas sobre o Programa Nacional de Investimentos (PNI2030). O documento foi apenas fechado agora, apesar de o programa ter sido aprovado pelo Governo em janeiro de 2019. A data é uma das razões para Marcelo não mostrar preocupação.

“O que vi é que é um parecer sobre o passado e não o futuro. Não se trata ainda do futuro porque o plano ainda vai ser discutido, aprovado e apresentado à União Europeia. Trata-se portanto de um parecer sobre aquilo que estava previsto como investimentos públicos. O que vai estar previsto em termos de investimentos públicos com os fundos europeus e, nessa altura, será útil ouvir as entidades competentes, mas neste momento ainda não há definição feita“, sublinhou o Presidente da República.

Marcelo foi ainda questionado sobre a situação epidemiológica do país, em especial das freguesias que se mantêm em estado de calamidade, mas remeteu uma análise à evolução para mais tarde.

“A avaliação só pode ser feita no fim do mês. Ainda faltam uns dias. O que tem havido é uma estabilização, mas essa estabilização — com números muito baixos de mortos e mais altos em termos de infetados (felizmente não infetados nos cuidados intensivos) — vamos ver se se mantém nos próximos dias“, acrescentou.

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Este Kauai sabe poupar. E até o ensina a fazê-lo

Depois da versão a gasóleo e a gasolina, o Kauai ganhou um híbrido. Uma versão que promete consumos reduzidos, dando boas dicas ao condutor como chegar a médias

Não é a primeira vez que a Hyundai o faz, mas desta vez repetiu a receita num dos segmentos que maior furor faz junto dos condutores. Depois do Ioniq, foi a vez do Kauai juntar aos tradicionais motores a gasóleo e a gasolina uma versão híbrida, uma alternativa mais em conta face à versão elétrica que prima pelos consumos reduzidos.

Fazendo uso de uma plataforma desenvolvida para receber todo o tipo de motorizações, incluindo as eletrificadas, a fabricante coreana decidiu aliar neste crossover um bloco 1.6 GDI debita 145 cv com um motor elétrico de 43,5 cavalos e uma bateria de polímero de iões de lítio com 1,56 kWh. O resultado é uma potência combinada de 141 cv num modelo híbrido (sem plug-in) com um preço a partir de 29.200 euros.

Há potência, mas esta de pouco serve sem uma caixa de velocidades que permita fazer bom uso dela. Daí que, em vez de recorrer a transmissões de variação contínua, como o fazem outras marcas, a Hyundai tenha decido, é bem, utilizar uma caixa de dupla embraiagem que permite explorar as potencialidades deste conjunto. Não propriamente em termos dinâmicos, já que este não é um conjunto dado a grandes velocidades, antes da primazia aos consumos.

Num modelo com look desportivo, seja graças a grelha mais agressiva ou as jantes de 18 polegadas, há um modo Sport, é verdade, mas não foi para isso que nasceu esta versão híbrida. É em modo Normal, mas principalmente em Eco, que faz sentido utilizar esta solução híbrida. Sente-se a energia elétrica em cada arranca, garantindo aquele boost extra que nós da vantagem face aos demais modelos de combustão pura, que depois garante um rolar suave em cidade, mas também quando saímos dela. Há um casamento perfeito das duas tecnologias que produz resultados quando olhamos para os consumos.

Manual digital da poupança

O Kauai Hybrid tem um consumo homologado de 4,3 l/100 km que se traduz numa utilização normal em médias de 5,5 a 6 litros, com a energia armazenada na bateria, colocada debaixo dos bancos para não limitar os 361 litros da bagageira, a ser a responsável por este desempenho. Está sempre pronta para responder com potência, mas também para receber aquela que muita vezes é desperdiçada, como nas travagens. Ao fim de algum tempo, torna-se viciante procurar dar alguma carga extra a bateria.

Este “jogo” leva-nos, inconscientemente, a adotar uma condução mais regrada, menos brusca, mais atenta ao trânsito em redor para antecipar momentos de aceleração ou travagem. Torna-nos mais eficientes. É para ajudar a essa eficiência, há também um manual digital a disposição de quem vai ao volante. Além de uma zona de instrumentação em que se privilegia o desempenho ecológico, há um ecrã gigante que da bons conselhos.

A pairar no centro de um tablier bem desenhado, sem exageros estilísticos, salta à vista o ecrã de 10,25 polegadas que não é equipamento de série (de origem existe uma versão de 7 polegadas), mas vale bem a pena. Com este vem o Sistema ECO-Driving (ECO-DAS). Este analisa as informações de trânsito através do sistema de navegação para alertar o condutor para mudanças de direção, cruzamentos ou outras situações em estrada de forma a que se antecipem desacelerações. Poupa-se nos travões, mas também euros na gasolina.

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Teixeira dos Santos terá retirado dinheiro do Eurobic após Luanda Leaks

  • ECO
  • 25 Julho 2020

Fonte próxima de Teixeira dos Santos disse ao Sol que foi feita uma transferência de cerca de 200 mil euros da conta do ex-ministro no EuroBic para o banco espanhol entre janeiro e fevereiro.

O CEO do EuroBic e ex-ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, tirou dinheiro do banco dias depois de ser conhecido o escândalo Luanda Leaks, segundo noticia este sábado o Sol (acesso condicionado). O caso pôs a descoberto a alegada corrupção da empresária Isabel dos Santos, que era então acionista do banco.

Segundo informações a que o Sol teve acesso, Teixeira dos Santos terá ordenou a transferência de centenas de milhares de euros do banco de que é presidente executivo para o Santander. Uma “fonte oficiosa próxima de Fernando Teixeira dos Santos” explicou ao semanário que foi feita uma operação de transferência de cerca de 200 mil euros da conta do ex-ministro no EuroBic para o banco espanhol aconteceu “entre o final de janeiro e o início de fevereiro” deste ano.

A mesma fonte terá dito que o dinheiro iria servir para um empréstimo para a compra de um apartamento em Matosinhos. Contactado pelo jornal, Teixeira dos Santos não comentou, enquanto o Banco de Portugal respondeu apenas que “não faz comentários sobre questões específicas das instituições sujeitas a supervisão”.

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Presidente do Brasil anuncia que já não está infetado com Covid-19

  • Lusa
  • 25 Julho 2020

Jair Bolsonaro informou este sábado que fez um teste para detetar se ainda estava infetado pelo vírus SARS-CoV-2, que causa a covid-19, e constatou que já se recuperou plenamente da doença.

O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, informou este sábado que fez um teste para detetar se ainda estava infetado pelo vírus SARS-CoV-2, que causa a covid-19, e constatou que já se recuperou plenamente da doença.

“RT-PCR para Sars-Cov 2: negativo. Bom dia a todos”, escreveu o Presidente brasileiro nas suas contas nas redes sociais. A informação foi publicada juntamente com uma foto na qual Bolsonaro aparece segurando uma caixa de cloroquina, droga usada para combater a covid-19 no Brasil, que não tem eficácia científica comprovada.

O Presidente brasileiro, de 65 anos, não disse quando fez o novo teste, sendo que na quarta-feira, ele testou positivo pela terceira vez.

Desde que confirmou a infeção por covid-19, no dia 7 de julho, Bolsonaro passou a despachar por videoconferência a partir da sua residência oficial em Brasília, o Palácio da Alvorada, onde garantiu que permanecia isolado e sem contato com os seus familiares.

O chefe de Estado brasileiro não esclareceu quando planeia retomar sua agenda oficial, embora se acredite que o fará a partir da próxima segunda-feira.

O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo, ao contabilizar o segundo número de infetados e de mortos (mais de 2,3 milhões de casos e 85.238 óbitos), depois dos Estados Unidos.

A pandemia de covid-19 já provocou cerca de 640 mil mortos e infetou mais de 15,8 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

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Madrid renova licença de exploração para central de Almaraz

  • Lusa
  • 25 Julho 2020

O presidente da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, Luís Pereira, manifestou surpresa pela "falta de reação enérgica" das autoridades portuguesas no processo de renovação das licenças.

Madrid renovou a licença de exploração para os Grupos I e II da central de Almaraz em Cáceres, a última antes do início do encerramento da central nuclear espanhola situada a cerca de 100 quilómetros da fronteira portuguesa.

Fontes do Governo espanhol, citadas pela agência noticiosa Efe, afirmaram que o ministério da Transição Ecológica espanhol formalizou as ordens de renovação das autorizações para estas instalações. No caso do Grupo I de Almaraz, a licença de exploração é prorrogada até 1 de novembro de 2027, e no caso do Grupo II até 31 de outubro de 2028.

A renovação das licenças de Almaraz foi pedida pela entidade que atualmente explora a instalação, designadamente Iberdrola, Endesa e Naturgy. O ministério da Transição Ecológica espanhol também renovou a licença de exploração para a central de Vandellós, II, em Tarragona.

A autorização para a central de Vandellós II é prorrogada por um período de 10 anos a partir de 26 de julho de 2020, em resultado do qual a autorização expirará a 26 de julho de 2030, embora possa ser solicitada uma nova autorização de duração mais curta, uma vez que de acordo com o calendário acordado entre a Empresa Nacional de Gestão de Resíduos Radioativos (Enresa) e as empresas proprietárias da central poderá continuar a funcionar até 2035.

Esta renovação da licença para Vandellós foi solicitada pela Endesa e pela Iberdrola, entidades que atualmente exploram a instalação. O ministério da Transição Ecológica espanhol autorizou a concessão das novas licenças, que serão as últimas para os dois grupos em Almaraz, na sequência de um relatório favorável do Conselho de Segurança Nuclear (CSN).

Os períodos de renovação autorizados correspondem ao que foi acordado no protocolo de intenções assinado pela Enresa em 2019 com os proprietários das centrais nucleares que operam em Espanha, para realizar o encerramento ordenado e gradual do parque nuclear espanhol entre 2027 e 2035.

Este protocolo tem em conta as previsões do Plano Nacional Integrado de Energia e Clima 2021-2030, que o Governo espanhol apresentou às autoridades da União Europeia e segundo o qual, até 2030, 74% do sistema elétrico espanhol será abastecido por energias renováveis.

As autorizações aprovadas pelo ministério da Transição Ecológica são também coerentes com o projeto do 7.º Plano Geral de Resíduos Radioativos, apresentado pela Enresa ao ministério em março e atualmente em estudo e processamento, a fim de permitir o encerramento escalonado das instalações para permitir a realização de trabalhos de desmantelamento e gestão de resíduos de acordo com os recursos humanos e técnicos disponíveis.

Líder da Comunidade da Beira Baixa surpreendido com “falta de reação” das autoridades portuguesas

O presidente da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, Luís Pereira, manifestou surpresa pela “falta de reação enérgica” das autoridades portuguesas no processo de renovação das licenças de exploração da central nuclear espanhola de Almaraz.

“Não me surpreende que as licenças tenham sido renovadas, tendo em conta o histórico. O que me surpreende é a falta de reação enérgica das autoridades portuguesas com competências nestas áreas”, disse à Lusa Luís Pereira, que é também presidente da Câmara de Vila Velha de Ródão.

Mais do que os interesses das populações, foram tidos em conta nesta decisão interesses económicos“, refere Luís Pereira, garantindo que a central nuclear de Almaraz “é uma instalação de risco com elevado impacto em território português”.

O autarca critica a falta de reação das entidades portuguesas durante o processo de renovação da licença de exploração, mas também não esconde o desapontamento com a atitude do Governo espanhol. “O reino de Espanha poderia ter uma atuação diferente nesta história”, conclui.

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Suspensas negociações no Congresso dos EUA sobre mais medidas de apoio

  • Lusa
  • 25 Julho 2020

Pelosi e Schumer avisaram que à medida que os republicanos se digladiam, a pandemia avança, os apoios aos desempregados acabam e o número de mortes aumenta.

As negociações no Congresso dos EUA sobre o novo pacote de medidas económicas foram suspensas na sexta-feira, depois de a Casa Branca querer reduzir o apoio suplementar aos desempregados de 600 dólares (515 euros) semanais para 100. A Casa Banca enunciou também uma nova prioridade, a de obter dinheiro para construir uma nova sede da polícia federal (FBI, na sigla em inglês).

O líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell, mandou os senadores para casa, prometendo que uma proposta do seu partido estaria pronta para ser apresentada na segunda-feira. “Apelamos a McConnell para que seja sério”, escreveram, em comunicado, os líderes democratas no Congresso, Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes, e Chuck Schumer, chefe da minoria democrática no Senado.

Pelosi e Schumer avisaram que à medida que os republicanos se digladiam, a pandemia avança, os apoios aos desempregados acabam e o número de mortes aumenta. O bónus semanal de 600 dólares expira tecnicamente em 31 de julho, mas na realidade pode ter efeitos a partir de sábado, dependendo da forma como os estados processam os pagamentos.

Além do fim destes 600 dólares, também vão expirar as proteções federais em relação aos despejos, por falta de pagamento de rendas, por exemplo. Durante uma semana de negociações com avanços e recuos, McConnell suspendeu o desenvolvimento do plano republicano, de um bilião de dólares, que supostamente deve servir de alternativa ao plano dos democratas, que mobiliza uma verba de tês biliões de dólares.

Os planos republicanos mudaram depois de a Casa Branca ter sido forçada, pelos próprios republicanos, a abandonar o seu plano de reduzir os impostos pagos pelas empresas sobre os salários, o que a levou para novas prioridades.

Enquanto os republicanos estão divididos, o número de pessoas infetadas com o novo coronavírus nos EUA subiu para quatro milhões e o número de mortes aumentou em vários milhares esta semana, aproximando-se dos 145 mil e aquele apoio suplementar aos desempregados chega ao fim.

Um dos pontos em que os republicanos do Congresso e da Casa Branca divergem é o do montante daquela ajuda suplementar de 600 dólares semanais aos desempregados. Para muitos republicanos, esta verba aprovada em anterior pacote de medidas económicas de resposta ao impacto do novo coronavírus, é muito elevada e um desincentivo ao regresso ao trabalho.

Em algumas situações, é até superior ao que os trabalhadores receberiam se estivessem a trabalhar. No plano de McConnell, esta verba é reduzida para 200 dólares. Uma fonte da Casa Branca, sob anonimato, considerou este valor demasiado elevado e que entre as alternativas estava o montante de 100 dólares. Ao contrário, os defensores da manutenção do valor argumentam que os salários é que são demasiado baixos.

Os democratas têm avisado de que o tempo está a esgotar-se. O presidente da comissão da Câmara dos Representantes para o Orçamento, Richie Neal, eleito por Nova Jérsia, já disse que os EUA estão à beira de uma “catástrofe económica”.

Os EUA registaram a 18.ª semana consecutiva em que as novas inscrições no subsídio de desemprego superaram o milhão, com a taxa de desemprego a atingir os 11%, percentagem superior à verificada na Grande Recessão da última década.

Os próximos passos são incertos depois de dias de reuniões à porta fechada no Congresso entre congressistas republicanos, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, e o chefe de gabinete da Casa Branca, Mark Meadows.

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Fotogaleria: É assim a aplicação portuguesa de rastreio à Covid-19

A aplicação STAYAWAY para Android já está em fase fechada de testes e soma mais de uma centena de downloads. O ECO mostra-lhe, agora, como funciona exatamente.

A aplicação de contact tracing portuguesa, STAYAWAY COVID, já chegou aos primeiros telemóveis com Android, tendo sido descarregada na Play Store mais de uma centena de vezes. Um desses downloads é o do ECO, que lhe conta agora como funciona mesmo o aplicativo desenvolvido pelo INESC TEC — e que já apresenta o selo oficial do Ministério da Saúde.

Veja a fotogaleria:

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Google Trends: A grande trovoada, o regresso de Jesus ao Benfica e o canil de Santo Tirso

  • Tiago Lopes
  • 25 Julho 2020

O regresso de Jorge Jesus ao Benfica marcou a atualidade cá dentro. Lá fora, a corrida à Casa Branca conta com mais um candidato. Nos negócios, a guerra da China contra o mundo tem novos episódios.

O regresso de Jorge Jesus ao Benfica centrou grande parte das atenções dos portugueses nas pesquisas do Google esta semana. Já o anúncio da candidatura de Kanye West à Casa Branca foi o assunto internacional a que os portugueses deram mais atenção. Nos negócios. Nos negócios, a ameaça da China de proibir alguns fornecedores de trabalharem com marcas europeias está a preocupar a Nokia e a Ericsson.

Cá dentro

O regresso de Jorge Jesus ao Benfica, cinco anos depois de ter abandonado o comando técnico do clube, e a incerteza sobre se o Desportivo das Aves ia ou não comparecer no jogo frente aos encarnados, mereceu toda a atenção dos portugueses nas pesquisas no Google na semana que agora termina.

Aliás, dos cinco tópicos mais pesquisados, os três primeiros foram relacionados com futebol em Portugal. Entre os vários episódios que envolveram o Benfica durante a semana, o destaque foi o jato particular fretado pelo presidente Luís Filipe Vieira e que teve ampla cobertura em todos os meios de comunicação. À chegada de Jesus a Portugal, lá estavam as habituais motas que se certificaram que o técnico português chegava em segurança a casa, junto da família.

Uma semana depois de ter confirmado que é novo campeão nacional, o FC Porto entrou em campo para a fazer a festa frente ao Moreirense. E que festa. No final, uma vitória dos dragões por 6-1 justificava os festejos no relvado. Fora das quatro linhas, a festa também foi grande, como revelam as pesquisas do Google através da curiosidade dos adeptos em acompanhar cada passo da festa do 29.º título de campeão português para o FC Porto.

Cristiano Ronaldo continua a merecer toda a atenção do público português, quer seja a jogar pela seleção nacional ou pela Juventus. O futebolista continua em grande destaque e está na corrida para ser o melhor marcador desta época no campeonato italiano.

No encontro desta semana frente à Lazio, Ronaldo apontou os dois golos da vitória e chegou à marca dos 30 golos, passando para primeiro lugar na lista de melhores marcadores com o mesmo número de golos que Ciro Immobile. Já na quinta-feira, o jogador italiano apontou mais um golo na vitória da Lazio frente ao Cagliari e passou para o primeiro lugar isolado, já que a Juventus perdeu por 2-1 frente à Udinese no jogo que podia dar o título. Cristiano Ronaldo ainda tem mais três jogos a disputar no campeonato italiano para conseguir vencer o título de melhor marcador.

A madrugada de terça-feira ficou marcada por uma forte trovoada de norte a sul do país, apanhando todos de surpresa. Na região da Grande Lisboa, foram muitas as imagens captadas do fenómeno raro e colocadas nas redes sociais por vários utilizadores. Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), foram registadas mais de 13.500 descargas elétricas em Portugal Continental, das quais mais de 2.600 atingiram o solo. Nos distritos de Castelo Branco, Santarém, Lisboa e Setúbal foram registadas 76 ocorrências relacionadas com esta trovoada que provocou dezenas de ignições, avançou a Proteção Civil.

O incêndio em Santo Tirso que matou mais de 50 animais, e levou o presidente da Câmara de Santo Tirso, Alberto Costa, a suspender o veterinário municipal, foi outro dos temas mais pesquisados no Google na semana que passou. O canil onde os animais se encontravam era, alegadamente, ilegal, e vinha a ser alvo de queixas desde 2017.

Os populares que tentaram salvar os animais e o partido PAN disseram que foram impedidos de entrar no canil pelos donos do espaço. Depois deste incidente, foi criada uma petição na internet a pedir “justiça pela falta de prestação de auxílio aos animais do canil cantinho 4 patas em Santo Tirso”, que já conta com mais de 100 mil assinaturas.

Lá fora

  1. Guarda das SS condenado por crimes nazis. Bruno D, antigo guarda das SS, foi condenado por um tribunal alemão por ter ajudado no homicídio de 5.232 prisioneiros num campo de concentração nazi durante a Segunda Guerra Mundial. O homem, agora com 93 anos, recebeu uma pena suspensa de dois anos, uma vez que, na altura dos crimes, Bruno D. tinha apenas 17 ou 18 anos, tendo sido julgado como um menor. De acordo com o tribunal de Hamburgo, ficou provado que esteve envolvido nas mortes ocorridas entre agosto de 1944 e abril de 1945.
  2. Os segredos que podem afetar “o coração da Casa Real”. A ex-amante do rei Juan Carlos enviou uma carta a Felipe VI, onde ameaça revelar segredos que podem atingir “o coração da Casa Real”. De acordo com o El Mundo, as ameaças da alemã Corinna Larsen surgiram depois do atual rei de Espanha recusar nomear um negociador para falar com a ex-amante de Juan Carlos e que poderiam ajudar a resolver os problemas judiciais pendentes entre as várias partes. “Parece que não entenderam a seriedade das questões abordadas e do seu possível impacto na Casa Real”, escreveu Corinna.
  3. Candidato inesperado. E, quase à última hora, surge mais um candidato na corrida à Casa Branca. O músico Kanye West iniciou a sua campanha presidencial ao aparecer vestido com um colete à prova de bala e com o número 2020 rapado no cabelo. Entre as várias promessas que fez, houve uma que se destacou e que já mereceu muitos comentários nos Estados Unidos e não só. O rapper prometeu dar um milhão de dólares às mães que escolham ter bebés. Kanye West terminou o seu discurso a falar da intervenção de Deus. “Às vezes, as pessoas são controladas por demónios, às vezes as pessoas são controladas pelo ambiente em que estamos, mas somos todos pessoas de Deus, não há pessoas más. Há pessoas perdidas, mas somos todos pessoas de Deus”, disse.

Nos negócios

  1. Fornecedora da Apple na China na lista negra dos EUA. A O-Film, empresa chinesa que produz módulos para ecrãs táteis e câmaras fotográficas e que fornece este tipo de componentes à Apple para a produção dos iPhones, é a mais recente vítima da “lista negra” criada pelo executivo de Donald Trump. De acordo com Washington, o motivo da criação desta lista, da qual também faz parte a Huawei, prende-se com uma alegada violação dos Direito Humanos que a China tem levado a cabo contra os Uighur, uma minoria muçulmana no país. Segundo a acusação do departamento do comércio dos EUA, a O-Film recorre a trabalho forçado de pessoas Uighur.
  2. China ameaça cortar com Nokia e Ericsson. Depois da decisão do Reino Unido de banir a Huawei do 5G, a China ameaça agora proibir a exportação de materiais produzidos naquele país e que são usados em marcas como a Nokia ou a Ericsson caso a União Europeia decida seguir o mesmo caminho do Reino Unido. Para já, ainda não está nada decidido, mas a verdade é que são muitas as notícias nos últimos tempos que podem indicar mais restrições à marca chinesa no Velho Continente.
  3. TikTok quer contratar 10.000 pessoas. Numa altura em que a maior parte das marcas de todo o mundo estão a ser gravemente afetadas pela pandemia do Covid-19, e que o próprio governo dos Estados Unidos deu a entender que pode vir a bloquear o acesso à aplicação para todos os utilizadores norte-americanos, a rede social do momento divulgou que pretende contratar 10.000 pessoas para reforçar a sua equipa. Segundo a empresa chinesa, entre as ofertas estão “trabalhos bem pagos” que permitirão continuar a “garantir uma experiência divertida e segura, e proteger a privacidade” da comunidade TikTok.

Nota: A Google Trends é uma rubrica semanal, publicada todos os fins de semana, que resume os temas mais populares da internet com base na ferramenta homónima da Google. É assinada pelo jornalista do ECO Tiago Lopes.

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A 100 dias das presidenciais nos EUA, ainda está quase tudo por decidir

  • Lusa
  • 25 Julho 2020

As convenções dos dois principais partidos estão marcadas para o final de agosto, depois de terem sido adiadas por causa da pandemia de covid-19.

A apenas 100 dias para as eleições presidenciais nos EUA quase tudo é uma incógnita: a forma como os eleitores irão votar, que nomes aparecerão nos boletins de voto e se Donald Trump aceitará o resultado final.

As convenções dos dois principais partidos estão marcadas para o final de agosto, depois de terem sido adiadas por causa da pandemia de covid-19, mas um dos temas de conversa entre os delegados republicanos e democratas será a forma evasiva como o Presidente respondeu quando interrogado sobre se aceitaria o resultado das eleições.

“Terei de ver. Não digo ‘sim’. Não digo ‘não’”, afirmou Trump numa recente entrevista televisiva em que desvalorizou o facto de a maioria das sondagens dar vantagem ao candidato democrata, Joe Biden, dizendo que os estudos de mercado estão “falsificados” e que são fabricados pelos meios de comunicação que ele acusa de lhe fazerem oposição.

Joe Biden reagiu de imediato, dizendo que “quando Trump perder as eleições, haverá quem o escolte para fora da Casa Branca”, mostrando confiança nos militares que “saberão respeitar a vontade do povo”, depois das eleições marcadas para dia 3 de novembro.

A verdade é que no Partido Republicano, os estrategos olham com preocupação para os números dos índices de popularidade do Presidente, que começaram a cair vertiginosamente à medida que a gestão da pandemia falhava em mostrar resultados.

As manifestações de protesto pela morte do afro-americano George Floyd, asfixiado quando estava sob escolta policial, em junho, em Minneapolis, vieram agravar ainda mais a imagem de Trump, que rodeou a Casa Branca de um forte dispositivo policial e ameaçou mandar o exército para as ruas das cidades mais afetadas pelas demonstrações antirracistas.

Apesar de dizer que ignorava as más sondagens, Trump adaptou a estratégia presidencial em tempos de campanha eleitoral: passou a usar máscara de proteção em locais públicos (depois de ter andado meses a criticar a sua obrigatoriedade) e recuperou as sessões de esclarecimento sobre a pandemia (que tinha interrompido quando a luta contra o novo coronavírus se tornou mais difícil).

Mas foram as manifestações antirracistas, que muitas vezes degeneravam em violência, que deram o mote para a campanha de Trump e o trunfo que os democratas mais temem: a defesa do Estado de ordem e segurança.

O Presidente acusa os autarcas e governadores do Partido Democrata de gerirem as cidades e os estados com mais elevados índices de criminalidade e disponibilizou-se para enviar forças paramilitares para essas zonas mais difíceis, citando o aumento de número de homicídios como exemplo de falta de “ordem e segurança”.

Joe Biden percebeu, nesse momento, que Trump não voltaria a usar o trunfo da imigração ilegal, nem o ‘slogan’ “Tornar a América Grande Outra Vez”, e teve de se defender da acusação de pretender tirar financiamento às forças de segurança.

O candidato democrata foi ao terreno do adversário republicano, dizendo que o Presidente estava a tentar militarizar a segurança e chamando a atenção para o perigo de haver polícias descaracterizados a deter cidadãos que se manifestam pacificamente.

Joe Biden tenta também aproveitar as hesitações e os volte-faces do Presidente no combate à pandemia e contou com a colaboração do ex-Presidente Barack Obama (de quem foi seu vice) para gravar um vídeo em que os dois democratas criticam a forma como Trump se desresponsabiliza dos maus resultados, com os Estados Unidos a tornarem-se o país do mundo mais afetado pelo novo coronavírus.

“Nunca da nossa boca saiu a expressão: Isso não é nada connosco!”, diz Obama nesse vídeo, em que aparece pela segunda vez a apoiar a candidatura de Joe Biden. Os democratas acusam ainda Trump de ser pouco claro relativamente à forma como se refere à possibilidade de alguns Estados votarem exclusivamente por correspondência, por causa da pandemia, depois de o Presidente ter afirmado que essa metodologia constitui uma “deturpação do regime democrático”.

Biden já veio dizer que a Constituição permite essa forma de votação e junta a sua voz à de outros candidatos, que aparecerão nos boletins de voto, como é o caso de Jo Jorgensen, do Partido Libertário, e de Howie Hawkins, do Partido Verde, que não terão possibilidade de vencer, mas que querem fazer a sua voz ser ouvida.

De resto, os eleitores não sabem ainda em quem mais poderão colocar uma cruz, perante uma pandemia que parece ter atrasado todo o processo democrático – ainda nas últimas semanas o ‘rapper’ Kanye West anunciou a sua candidatura, num evento bizarro e dramático, mas sem nenhuma certeza de que ainda vá a tempo de colocar o seu nome anos boletins de voto, muito menos se terá tempo para ganhar visibilidade política.

O candidato democrata também tem tido problema em se afirmar, com vários estudos de mercado a revelar que os seus eleitores apenas o escolhem porque querem derrotar Donald Trump.

Os dirigentes democratas não escondem a preocupação com a falta de visibilidade do seu candidato, que esteve “escondido” grande parte da fase de confinamento por causa da pandemia e que parece ter dificuldade em impor a sua agenda, para além de denotar fragilidades físicas e de lucidez, mostrando ter dificuldade em terminar algumas frases e em desenvolver ideias.

Para contrastar, Trump gabou-se numa recente entrevista televisiva do seu “fantástico desempenho” num teste de inteligência e memória, tentando afastar os rumores, fomentados por alguns testemunhos publicados em artigos e livros, de que estaria esgotado mentalmente.

Mas, nas sondagens, os eleitores dizem estar mais preocupados em saber o que vai suceder à economia dos Estados Unidos, com os números do desemprego em níveis muito elevados e um sistema de saúde que parece pouco preparado para uma eventual segunda vaga da pandemia.

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Primeira máscara que inativa novo coronavírus criada em Portugal

  • Lusa
  • 25 Julho 2020

Máscara MOxAd-Tech superou com sucesso os testes realizados, tornando-a na primeira máscara com capacidade de inativar o vírus SARS-CoV-2.

A primeira máscara têxtil e reutilizável com capacidade comprovada para inativar o novo coronavírus, responsável pela covid-19, foi criada em Portugal, numa projeto de cooperação entre a comunidade empresarial, académica e científica, foi hoje anunciado.

Em causa está a máscara MOxAd-Tech, que “superou com sucesso os testes realizados pelo Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes, tornando-a na primeira máscara com capacidade de inativar o vírus SARS-CoV-2”, informa em comunicado o consórcio responsável pela inovação.

Composto pela fabricante Adalberto, a retalhista do grupo Sonae Fashion (Mo), o Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes, o Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal e a Universidade do Minho, este projeto “de cooperação entre a comunidade empresarial, académica e científica” permitiu, então, “o desenvolvimento de uma máscara reutilizável de elevado desempenho”, que além de ser feita de um tecido com características antimicrobianas, tem agora “proteção adicional” comprovada.

Após vários testes realizados pelo Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes chegou-se à conclusão de que “a máscara beneficia de um revestimento inovador que neutraliza o vírus SARS-CoV-2 quando este entra em contacto com o tecido, efeito que se mantém mesmo depois da realização de 50 lavagens”.

Pedro Simas, investigador e virologista deste instituto, explica em nota de imprensa que “os testes à máscara MOxAdtech revelaram uma inativação eficaz do SARS-CoV-2 mesmo após 50 lavagens, onde se observou uma redução viral de 99% ao fim de uma hora de contacto com o vírus, de acordo com os parâmetros de testes indicados na norma internacional”.

“De forma simplificada, estes testes consistem na análise do tecido após o contacto com uma solução que contém uma determinada quantidade de vírus, cuja viabilidade se mede ao longo do tempo”, adianta o especialista. Estas máscaras, produzidas em Portugal, estão já a ser comercializadas por 10 euros no país e também em toda a União Europeia.

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