Seguradora de Warren Buffett em disputa legal por causa de Covid-19

  • ECO Seguros
  • 19 Julho 2020

O proprietário de um restaurante reclama indemnização por perdas de exploração. À semelhança de outros casos, a seguradora alega que a falta de danos físicos e materiais inviabilizam a cobertura.

A Berkshire Hathaway Inc, holding fundada pelo multimilionário Warren Buffett, apresentou um requerimento junto de um tribunal federal dos Estados Unidos pedindo a rejeição de uma ação judicial movida por um tomador de seguros da National Fire & Marine Insurance (uma das subsidiárias da Berkshire), à qual o segurado reclama o pagamento de indemnização por interrupção de negócios e perdas causadas pela pandemia do novo coronavírus (covid-19).

Na ação que interpõe em defesa própria, a Berkshire Hathaway afirma que a apólice da National Fire & Marine Insurance Co estipula claramente a exclusão do coronavírus, além de impor o requisito da perda física direta ou danos.

O caso, que opõe um centro de banquetes e eventos à Berkshire Hathaway e corre num tribunal federal da cidade de Pittsburgh, destaca-se numa ação coletiva ou pública (class action, como se designa no sistema judicial norte-americano). O principal litigante da class action é um restaurante de New Castle, na Pensilvânia. O empresário de restauração queixa-se que a seguradora se recusa a indemnizar as perdas de exploração decorrentes do fecho do estabelecimento por causa da pandemia.

Entre outros argumentos, o segurado sustenta que as exclusões de vírus utilizadas pelas seguradoras desde 2006 deveriam ser consideradas inválidas porque as organizações que as conceberam fizeram falsas declarações aos reguladores.

Por seu lado, no pedido de arquivamento do processo, a Berkshire Hathaway afirma que a National Fire & Marine nunca alterou a posição de que a exclusão de vírus constitui um imperativo na formulação das cláusulas de exclusão para permitir às seguradoras que este tipo de sinistros possa ser gerido caso a caso.

Ainda, de acordo com a argumentação da Berkshire, o processo também deve ser arquivado porque o restaurante só perdeu receitas devido a decreto de encerramento imposto pelo governo e não em resultado de perdas ou danos físicos diretos previstos na apólice.

Factos, linha de argumentação e elementos processuais do caso noticiado assemelham-se aos de outros litígios pendentes em diversos tribunais dos EUA e igualmente relacionados com a interrupção de negócios no contexto da pandemia, refere a imprensa norte-americana.

Dois processos despachados recentemente – um no estado do Michigan e outro em Nova Iorque – tiveram desfecho desfavorável para os segurados. Sustentando-se na falta de danos diretos e materiais, os juízes decidiram que as seguradoras não têm a obrigação de indemnizar.

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Faugère sai da CNP para concorrer ao Supervisor francês

  • ECO Seguros
  • 19 Julho 2020

Jean-Paul Faugère renunciou aos mandatos de administrador e presidente do CA do grupo CNP Assurances para avançar na sua candidatura à vice-presidência do organismo francês de controlo prudencial.

A demissão de Jean Paul Faugère da liderança na CNP Assurances para concorrer à ACPR, supervisor em França, levou a que no mesmo dia o comité de remunerações e nomeações da seguradora decidisse que, na próxima reunião do conselho de administração (CA) da instituição, agendada para 31 de julho, será proposta a cooptação de um administrador independente que será também eleito como presidente do CA da companhia.

De acordo com legislação francesa, as personalidades nomeadas para o exercício de cargos na ACPR – organismo criado no auge da crise 2008-2009 para funcionar na órbita do Banque de France e assegurar o controlo prudencial e resolução de bancos e seguradoras -, devem estar isentas de quaisquer conflitos de interesse. Por isso, Faugère também foi chamado para uma audição pela comissão de Finanças do Senado (câmara alta do Parlamento).

Antes de liderar a CNP Assurances, Faugère foi chefe de gabinete do antigo primeiro ministro francês François Fillon, de 2007 a 2012. Com a designação governamental para o cargo na ACPR, Jean-Paul Faugère irá substituir Bernard Delais, em funções desde julho de 2015.

A CNP Assurances (seguradora da Caixa de Previdência francesa) é atualmente parte de um processo de consolidação envolvendo instituições financeiras controladas pelo Estado. De acordo com o projeto previsto, a CNP Assurance será integrada no Banque Postale (grupo La Poste). Numa segunda fase, o La Poste fará parte da Caisse de Dépôts et Consignations (CDC). Em resultado, a CNP Assurances – presente em Portugal através da CNP Partners – ficará sob controlo indireto e exclusivo da CDC.

Dados relativos a 2019 colocam a CNP Assurances entre os cinco maiores grupos europeus nos seguros Vida, figurando em nono lugar entre os maiores grupos seguradores europeus, ao realizar cerca de 33,5 mil milhões de euros em volume de prémios no ano passado.

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Ceiia quer produzir 1.000 ventiladores até final do ano. Já exportou 100 para o Brasil

A procura internacional fez disparar a produção do ventilador Atena. O objetivo do Ceiia é, agora, produzir mil ventiladores até ao final do ano. Já chegaram ao Brasil as primeiras 100 unidades.

O Centro de Excelência para a Inovação da Indústria Automóvel (Ceiia) está trabalhar a todo o gás para dar resposta à elevada procura por ventiladores em plena pandemia. Tem como objetivo produzir mil unidades até ao final do ano, sendo o foco a exportação destes equipamentos.

“Nós aumentamos o volume da produção para mil ventiladores dentro do Ceiia e vamos chegar a esse número sem dúvida alguma. O objetivo é atingir essa meta antes do final do ano, estamos a trabalhar todos para que a produção fique pronta em novembro”, adianta ao ECO José Rui Felizardo, CEO do Ceiia.

De acordo com o que o ECO apurou no início de maio, o objetivo do Ceiia era produzir 500 ventiladores até setembro, um número que duplicou devido à forte procura do mercado externo: “A procura internacional foi o principal motivo para duplicarmos a produção que estava prevista. A nossa produção está muito orientada para exportação”, explica o CEO do Ceiia.

Até ao momento o Ceiia já produziu 350 ventiladores, sendo que 100 unidades já foram entregues no Brasil, 100 são destinadas ao mercado nacional e os próximos 150 estão prestes a serem exportados, mas o CEO prefere não revelar o destino por agora até a encomenda chegar ao destino. Cada ventilador tem o custo aproximado de 15 mil dólares (cerca de 13 mil euros).

A procura internacional foi o principal motivo para duplicarmos a produção que estava prevista. A nossa produção está muito orientada para exportação.

José Rui Felizardo

CEO do Ceiia

José Rui Felizardo conta ao ECO que já foram instalados este mês os primeiros ventiladores do Ceiia em Portugal, mais concretamente na Casa de Saúde da Boavista e segue-se o hospital de Santo António no Porto. “Estão reservados cem ventiladores para serem instalados em Portugal os restantes serão para o mercado externo. Até tenho dúvidas que sejam necessários colocar cem ventiladores em território nacional. Portugal tem estado a equipar os hospitais com os ventiladores chineses e não nos parece que seja necessário muitos mais ventiladores”, explica o CEO do centro de tecnologia.

Já chegaram ao Brasil os primeiros 100 ventiladores do Ceiia

Já foram entregues no Brasil, um dos países mais afetados pelo Covid-19, os primeiros 100 ventiladores do Centro de Excelência para a Inovação da Indústria Automóvel. O CEO do Ceiia adianta que vão ser enviados mais 500 ventiladores para o mercado brasileiro e que já têm outros mercados em mira.

“Havia uma escassez mundial deste tipo de equipamento e existem países que tendo em conta a sua dimensão têm uma necessidade muito grande neste tipo de equipamentos, apesar de sabermos que isto é uma singularidade no tempo”, destaca o CEO do Centro de Excelência para a Inovação da Indústria Automóvel

Parte das vendas do ventilador revertem para instituições

José Rui Felizardo refere que por cada venda do ventilador para o mercado externo, determinado valor reverte para instituições de solidariedade. “Há uma percentagem resultante das vendas de ventiladores para fora de Portugal que estão a ser doadas a organizações de cariz solidário como o Banco Alimentar Contra a Fome, entre outras”, refere o CEO do Ceiia.

“Conseguimos reproduzir o valor gerado pela ciência em intervenções sociais. Tivemos cem mil portugueses que contribuíram para este projeto, a nossa obrigação é devolver esse valor à sociedade e mais do que isso, gerar valor a partir dai. Não é só produzir um ventilador, mas procurar que o valor gerado pelo ventilador permita criar valor social”, concluí José Rui Felizardo.

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Airbus assina contrato de 550 milhões com o Reino Unido para fabricar satélite militar

  • Lusa
  • 19 Julho 2020

A empresa vai desenvolver o Skynet 6A, um satélite de telecomunicações militar que deverá ser lançado em 2025. Contrato está avaliado em 500 milhões de libras.

O grupo Airbus assinou um contrato de mais de 500 milhões de libras (550 milhões de euros) com o Ministério da Defesa britânico para fabricar um satélite militar, o Skynet 6A, a lançar em 2025, anunciou este domingo a empresa.

O contrato, pela divisão de Defesa e Espaço do grupo, implica “o desenvolvimento, o fabrico, a ciberproteção, a montagem, a integração, os testes e o lançamento de um satélite de telecomunicações militar, Skynet 6A, cujo lançamento está previsto para 2025″, afirma o comunicado emitido pelo grupo.

O acordo inclui igualmente programas de desenvolvimento tecnológico, novos sistemas de telemetria seguros, acompanhamento e comando, lançamento, testes em órbita e atualizações do sistema do Skynet 5, que se encontra ao serviço desde 2003.

A Airbus, nascida da fusão, em 2000, da francesa Aérospatiale-Matra, da alemã Dasa e da espanhola Casa, teve um volume de negócios de 70,5 mil milhões de euros em 2019. Três quartos da sua atividade (77% do volume de negócios) provém do ramo da aviação comercial (54,8 mil milhões de euros), seguido da divisão de Defesa e Espaço (15%, 10,9 mil milhões) e da Airbus Helicopters (8%, 6.000 milhões).

Confrontada com um fraco mercado espacial e com o adiamento de contratos de defesa, a divisão de Defesa e Espaço da Airbus iniciou, em fevereiro, um plano de reestruturação que prevê a supressão de cerca de 2.500 postos de trabalho, 926 dos quais na Alemanha, 722 em Espanha, 464 em França e 346 no Reino Unido.

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TAP: Trabalhadores retomam atividade em agosto com horários reduzidos

  • Lusa
  • 19 Julho 2020

Os trabalhadores da TAP deverão regressar ao trabalho em agosto, mas com horários reduzidos, em 70%, 50% ou 20%. "Não haverá mais lay-off/suspensão de contrato de trabalho".

Os trabalhadores da TAP deverão regressar ao trabalho em agosto, mas com horários reduzidos, em 70%, 50% ou 20%, segundo uma comunicação interna do diretor dos Recursos Humanos, a que a Lusa teve acesso.

“Não haverá mais lay-off/suspensão de contrato de trabalho, pelo que todos os nossos colaboradores estarão em lay-off/redução de horário de trabalho. Ou seja, todos os trabalhadores estarão a trabalhar ainda que com uma qualquer redução de horário de trabalho aplicada”, explica a comunicação interna enviada pelos Recursos Humanos do Grupo TAP às direções dos vários departamentos.

Apelando “à máxima racionalidade” das chefias nas “propostas/decisões”, é solicitado o envio até quinta-feira (23 de julho) das “listagens com a identificação dos trabalhadores que deverão ser enquadrados em cada uma das modalidades” de redução de horário. A comunicação interna enumera depois “três notas importantes” sobre este novo regime a iniciar-se em agosto.

Por um lado, “nenhum trabalhador irá receber uma remuneração igual ou inferior à que recebeu no período de lay-off anterior”, sublinhando que “o valor da remuneração dos trabalhadores em lay-off/redução de horário de trabalho não corresponde à percentagem de redução aplicada ao horário de trabalho” e que, “em todos os casos, os trabalhadores receberão uma remuneração acima da sua percentagem de horário de trabalho”.

Para o pessoal de terra ficou definido que aqueles que tiverem redução de horário em 70% “receberão uma remuneração, nos termos desta nova legislação, correspondente a 77% da sua renumeração”. Os que tiverem redução em 50% do horário receberão 83% da remuneração e os trabalhadores abrangidos com uma redução de 20% no horário de trabalhão “terão direito a uma remuneração correspondente a 93%” do vencimento.

“No que se refere ao PN [Pessoal Navegante] esta análise e enquadramento está já a ser efetuada pelas áreas internas responsáveis, pelo que essa mesma data [23 de julho] deverá ser cumprida, mas com características ajustadas a esta realidade concreta — em articulação operações/planeamento/RH neste momento”, indica o documento.

A nota interna justifica que as remunerações auferidas em cada uma das modalidades corresponde ao facto de a TAP “ter de complementar em dois terços a parte não trabalhada pelo trabalhador”, sendo que a Segurança Social “apenas comparticipa uma pequena parte”.

“Assim sendo, a seleção dos colaboradores a alocar a cada uma destas modalidades deve ser a mais racional possível […]. Apenas deverão ser alocados nesta modalidade de mínima redução (redução de 20%) o número indispensável de trabalhadores, dado os aumentos de custos que representam estas novas modalidades de lay-off para a companhia”, pede o diretor dos Recursos Humanos do Grupo TAP.

Contactada pela Lusa, fonte oficial do Grupo disse que “a TAP não comenta comunicações internas da empresa sobre processos em curso cujas decisões ainda não são definitivas e podem ser alteradas. Os trabalhadores e respetivas estruturas representativas serão sempre os primeiros a ser informados pela empresa, de forma direita, em relação a estas questões”.

Na sexta-feira, o Conselho de Ministros aprovou a concessão de um empréstimo de até 1.200 milhões de euros à TAP, em conformidade com a decisão da Comissão Europeia. Além do empréstimo remunerado a favor do Grupo TAP de 946 milhões, ao qual poderão acrescer 254 milhões, sem que, contudo, o Estado se encontre vinculado à sua disponibilização, as negociações tinham em vista a aquisição, por parte do Estado Português, “de participações sociais, de direitos económicos e de uma parte das prestações acessórias da atual acionista da TAP SGPS, Atlantic Gateway, SGPS, Lda.”.

Desta forma, o Estado Português passa a deter uma participação social total de 72,5% e os correspondentes direitos económicos na TAP SGPS, pelo montante de 55 milhões de euros, referiu. O restante capital é dividido pelo empresário Humberto Pedrosa, com 22,5% do capital, e os trabalhadores (5%).

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Mais fôlego a gasolina no Renegade

Primeiro veio o 1.0 de 120 cv, agora vem o 1.3 para dar mais fulgor a um dos modelos mais icónicos do segmento. Apesar da idade, o Renegade continua a ter uma presença forte na estrada.

Numa altura em que o diesel está a perder peso nas preferências dos consumidores, as fabricantes de automóveis apostam em motores a gasolina mais eficientes. A resposta tem sido blocos pequenos, mas sobrealimentados, capazes de acelerar desde os utilitários aos familiares, mas chegam a cada vez mais SUV. Até ao mais robusto destes modelos, como é o caso do Renegade.

Durante muito tempo, o Jeep viveu com os Multijet, tanto o 2.0 como o 1.6. Mas, mais recentemente, surgiram os motores a gasolina, com, literalmente, metade da capacidade, embora não com metade da potência. Primeiro veio o 1.0 de 120 cv, agora vem o 1.3 para dar mais fulgor a um dos modelos mais icónicos do segmento.

Em vez dos 120 cv da versão mais poupada, este 1.3 de três cilindros traz armazenados debaixo do capot 150 cv. Mesmo sendo um três cilindros, é silencioso quanto baste. E suave numa utilização de dia a dia. A resposta, em cidade, é lesta, apresentando o vigor e a agilidade que se pede a um modelo desta gama. E garante consumos que não assustam, comportando-se até melhor que a versão menos potente.

Dar nova vida a um hit

A caixa automática de dupla embraiagem é uma boa aliada deste bloco, tanto em cidade como quando se pede um pouco mais do Renegade. Fora dos grandes centros, o 1.3 abre a guelra, garantindo um andamento sem esforço a um automóvel que segue o desenho dos típicos modelos norte-americanos. É um “quadradão”, com um look pesadão, que faz sucesso mesmo depois de tantos anos ao serviço.

Esta imagem distintiva dos concorrentes tem mantido o Renegade no radar dos adeptos destes SUV de menores dimensões. E a posição de condução, bem mais alta que os demais, parece convencer muitos condutores que apreciam olhar lá do alto para os restantes veículos na estrada. De facto, no Renegade, sentimo-nos mais fortes que os restantes ocupantes da via. É um sucesso que agora ganha novos argumentos.

Mais Orange

Sentados lá no alto, condutor e passageiros apreciam o conforto a bordo deste SUV, isto mesmo numa versão especial, a Orange, equipada com jantes de 19 polegadas, pintadas a preto para conferir um look mais desportivo ao Renegade. É um dos apontamentos desta edição, a que se juntam a grelha também ela pintada de negro, bem como a faixa pintada no capot e os espelhos de cor de laranja.

No interior, o Orange destaca-se em pequenos apontamentos como as molduras dos altifalantes nas portas que dão um ar mais atual a um modelo que mostra alguns “cabelos brancos” quando se olha para o painel de instrumentos, ou mesmo para os comandos da consola central em que proliferam os botões. São de uso fácil, mas acabam por ser demasiados quando a moda é concentrar esses controlos em ecrãs digitais. O Renegade também o tem, bem no centro do tablier, mas serve apenas para controlar o sistema de infoentretenimento.

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Governo angolano reduz capital social da TAAG para um quinto do valor

  • Lusa
  • 19 Julho 2020

A transportadora aérea angolana TAAG vai reduzir o seu capital social dos atuais 700 para 127 mil milhões de kwanzas e alterar a estrutura acionista.

A transportadora aérea angolana TAAG vai reduzir o seu capital social dos atuais 700 para 127 mil milhões de kwanzas (de 1.000 milhões para 195 milhões de euros) e alterar a estrutura acionista, segundo um decreto presidencial.

O diploma, datado de 17 de julho e a que a Lusa teve hoje acesso, indica que a redução do capital social decorre da adequação à “atual conjuntura económica” e execução do respetivo plano de reestruturação, havendo também necessidade de redefinir a estrutura acionista.

A companhia aérea foi transformada em sociedade anónima através do decreto presidencial 275/18, com a empresa a manter-se na esfera público, distribuindo as ações representativas dos direitos acionistas do Estado equitativamente entre o Instituto de Gestão de Ativos e Participações do Estado (IGAPE) e a Empresa Nacional de Navegação Aérea (ENNA).

O diploma agora publicado determina que o capital social passa a ser de 127 mil milhões de kwanzas, representado por dois mil milhões de ações ordinárias, sendo 50% das ações representativas do Estado atribuídas ao IGAPE e 40% à ENNA.

Os 10% de ações não pertencentes ao Estado são detidos pelo Fundo Social dos Funcionários e Trabalhadores do Setor dos Transportes, enquanto a transmissão das ações pertencentes às entidades públicas fica dependente da prévia autorização do titular do poder executivo. É também criado o Comité de Acompanhamento Estratégico e de Investimentos da TAAG constituído por representantes do departamento ministerial da tutela, acionistas e conselho de administração.

De acordo com o Jornal de Angola, o presidente da Comissão Executiva da TAAG, Rui Carreira, anunciou na sexta-feira que a empresa deverá ter este ano prejuízos estimados de 280 milhões de dólares (244 milhões de euros), pelo impacto da pandemia.

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Google Trends: Donald Trump é o “homem mais perigoso do mundo”

  • Tiago Lopes
  • 19 Julho 2020

A vitória do FC Porto no campeonato marcou a semana cá dentro. Lá fora, o livro da sobrinha de Donald Trump está a dar que falar. Nos negócios, gigantes da tecnologia investem na Índia.

A vitória do FC Porto no campeonato não foi só no campo. Nas pesquisas do Google, a conquista do 29.º título de campeão da equipa de Sérgio Conceição também foi o tema mais discutido da semana. O livro lançado por Mary Trump, sobrinha de Donald Trump, onde fala sobre o perfil do tio foi um dos assuntos mais falados da semana. Recorde os temas que se destacaram na terceira edição da rubrica Google Trends.

Cá dentro

A semana que agora terminou ficou inevitavelmente marcada pela vitória do FC Porto no campeonato de futebol 2019/2020. A 29.ª a ir para o museu. Para fechar as contas de mais uma temporada importava dois jogos: o Benfica – Vitória de Guimarães e o FC Porto – Sporting. Na terça-feira os encarnados entraram em campo frente aos vimaranenses e estavam obrigados a vencer para continuar a alimentar um sonho muito pouco provável de revalidar o título de campeão de Portugal. No final do jogo a tarefa foi cumprida com sucesso, mas, no dia seguinte, na quarta-feira, o FC Porto fechou as contas desta época e venceu o Sporting por 2-0. Foram os dois temas mais pesquisados no Google na semana que passou.

Após o jogo foi tempo de comemorar. Dentro e fora de campo foram vários os momentos de festejo. Um dos momentos que marcou a noite foi o desejo em tom irónico de Pinto da Costa que pediu a presença do comediante Bruno Nogueira no próximo jogo do FC Porto em casa, frente ao Moreirense.

Nas redes sociais até houve um “agradecimento” a Fernando Medina por pintar uma rua de Lisboa de azul. Uma brincadeira com a iniciativa da Câmara Municipal de Lisboa de, depois da rua rosa, estar a pintar várias outras ruas de cores diferentes. A seguir virá uma rua verde, onde vive o primeiro-ministro.

Naya Rivera, estrela da série Glee, já tinha sido um dos nomes mais pesquisados na semana anterior. A atriz de 33 anos estava desaparecida desde o dia 8 de julho depois de ter ido passear de barco com o filho de apenas quatro anos no lago Piru, no Estado norte-americano da Califórnia, tendo estado desaparecida durante seis dias. Foi encontrada sem vida na última segunda-feira. De acordo com as autoridades, Naya ainda conseguiu ter forças para salvar o filho, mas acabou por não conseguir voltar ao barco. “Ela reuniu energia suficiente para levar o filho de volta ao barco, mas não o suficiente para se salvar”, disse Bill Ayub, xerife do condado de Ventura. O nome da atriz foi o terceiro mais pesquisado no motor de busca.

A notícia da morte de Kelly Preston, mulher do ator John Travolta, também mereceu a atenção dos portugueses no motor de pesquisa da Google. Preston, com quem Travolta estava casado desde 1991, tinha 57 anos, e morreu após uma batalha de dois anos contra o cancro da mama.

O interesse por Jorge Jesus e o regresso ao Benfica fecha o top 5 dos temas mais pesquisados em Portugal no Google esta semana. O técnico português conquistou o sexto título no Brasil ao serviço do Flamengo, ao vencer o Fluminense, por 1-0, em jogo da segunda mão da final do campeonato Carioca de Futebol. A fechar a semana, o Benfica confirmou o regresso de Jorge Jesus ao clube encarnado.

Lá fora

  1. Contas pirateadas. As contas de Twitter de várias personalidades, incluindo Bill Gates, Barack Obama, Joe Biden ou Elon Musk, foram alvo de um ataque informático. Como resultado do ataque foram publicadas várias mensagens de um esquema fraudulento que pedia aos utilizadores para fazerem pagamentos na moeda virtual Bitcoin. Grande parte das mensagens foram, entretanto, eliminadas, e o Twitter revelou este sábado que os hackers manipularam alguns dos funcionários da rede social, o que permitiu roubar cerca de 100 mil dólares em bitcoins.
  2. Trump psicóloga. “Demasiado, mas nunca suficiente: Como a Minha Família Criou o Homem Mais Perigoso do Mundo” (tradução livre) é o nome do livro que está a causar polémica nos Estados Unidos, em particular na família do Presidente norte-americano. Mary Trump, sobrinha de Donald Trump, lançou um livro no passado dia 14 de julho em que descreve o tio como o “homem mais perigoso do mundo” que viveu uma infância marcada pelo abuso emocional e pela manipulação do pai Fred Trump, o que resultou na incapacidade de Donald Trump “desenvolver e experienciar todo o espetro das emoções humanas”. Mary aponta o avô como o principal responsável da morte do seu pai no seguimento de problemas ligados ao alcoolismo, quando esta tinha apenas 16 anos, por exigir que este trabalhasse no império imobiliário da família e por considerar que não era suficientemente duro. Outra das revelações feitas por Mary Trump no livro e que mereceram amplo destaque na imprensa americana é a acusação por parta da autora de que Donald Trump pediu a um colega para fazer por ele os exames de acesso à universidade para garantir uma melhor nota.
  3. A primeira vez. Depois de vários meses a desvalorizar o uso de máscara, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, apareceu pela primeira vez em público com uma máscara a cobrir a cara.

Nos negócios

  1. Google investe na Índia. Primeiro foi a Amazon a comunicar que ia investir na Índia. Depois foi o Facebook, e agora foi a vez de a Google anunciar que vai investir 8,8 mil milhões de euros no mercado indiano. O anúncio foi feito pelo CEO da Google Sundar Pichai. “A jornada digital da Índia está longe de estar completa. Ainda há trabalho a fazer para tornar a Internet acessível e útil para milhares de milhões de indianos… Desde melhorar o reconhecimento de voz e computação para todas as línguas da Índia, a inspirar e apoiar toda uma nova geração de empreendedores”, disse Pinchai.
  2. Warren Buffett ultrapassado por Elon Musk. O dono da Tesla e da SpaceX ultrapassou a riqueza de Warren Buffett, tornando-se na sétima pessoa mais rica do mundo, de acordo com o índice de milionários da Bloomberg. Os títulos da Tesla valorizam 11%, tendo a fortuna de Elon Musk aumentado 6,1 mil milhões de dólares, somando agora 70,5 mil milhões.
  3. Reino Unido expulsa Huawei da rede 5G. O Conselho de Segurança Nacional britânico decidiu proibir as empresas britânicas de telecomunicações de adquirirem novos equipamentos fabricados pela Huawei, expulsando desta forma a empresa da rede 5G. A marca chinesa reagiu através do porta-voz no Reino Unido, Edward Bewster, admitindo estar desiludido com o país e pediu para que a decisão fosse reconsiderada. “Lamentavelmente, o nosso futuro no Reino Unido politizou-se. Isto tem a ver com a política comercial dos EUA e não com segurança”, disse Bewster.

Nota: A Google Trends é uma rubrica semanal, publicada todos os sábados, que resume os temas mais populares da internet com base na ferramenta homónima da Google. É assinada pelo jornalista do ECO Tiago Lopes.

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Acordo está bloqueado “por causa do tipo holandês”, diz primeiro-ministro da Hungria

  • Lusa
  • 19 Julho 2020

O primeiro-ministro húngaro disse que se o acordo entre os 27 líderes europeus está bloqueado "é por causa do tipo holandês", Mark Rutte. "É o verdadeiro responsável por toda esta confusão".

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, disse este domingo que se o acordo entre os 27 líderes europeus está bloqueado “é por causa do tipo holandês”, Mark Rutte, classificando como “inaceitáveis” as insistências de Haia sobre o Estado de direito.

Se o acordo está bloqueado não é por minha causa, é por causa do tipo holandês. Porque ele iniciou uma questão ao querer juntar a regulação do Estado de direito” e o orçamento europeu, pelo que “se não houver acordo, é por causa dele”, declarou Viktor Orbán.

Falando à imprensa antes da cimeira extraordinária de chefes de Governo e de Estado da União Europeia (UE), em Bruxelas, o primeiro-ministro húngaro disse não gostar “do jogo de culpas”, mas reforçou o que “o tipo holandês é o verdadeiro responsável por toda esta confusão”.

“Não sei qual é a razão pessoal para o primeiro-ministro holandês me odiar ou odiar a Hungria, mas ele está a atacar-nos severamente e a deixar claro que quem não respeita o Estado de direito deve ser punido em termos financeiros, essa é a sua posição, e isso é inaceitável”, vincou Viktor Orbán.

Tanto a Hungria como a Polónia estão contra condicionalidades nas ajudas europeias subordinadas ao respeito pelo Estado de Direito, desde logo por terem abertos contra si procedimentos por supostas violações nesta matéria.

Também em declarações prestadas antes da cimeira de líderes, o chefe de Governo polaco, Mateusz Morawiecki, notou que a ligação entre o Estado de direito e o orçamento europeu tem vindo a “ser utilizada em excesso” ao ser apontada como uma “condição geral”. “Não podemos concordar”, frisou Mateusz Morawiecki, argumentando que esta “é uma ferramenta nas mãos de países mais fortes que podem começar a chantagear outros países”.

Os líderes europeus partem hoje para o terceiro dia de cimeira em Bruxelas ainda longe de um compromisso sobre o plano de relançamento europeu, em boa parte devido às resistências dos chamados países ‘frugais’.

Ao cabo de dois dias intensos de negociações, o Conselho Europeu iniciado na sexta-feira de manhã na capital belga, ainda não permitiu que os 27 se aproximassem o suficiente para a necessária unanimidade em torno das propostas sobre a mesa, de um orçamento da União para 2021-2027 na ordem dos 1,07 biliões de euros e de um Fundo de Recuperação de 750 mil milhões para ajudar os Estados-membros a superar a crise provocada pela pandemia.

De acordo com diversas fontes europeias, o principal obstáculo a um compromisso continua a ser as exigências dos autodenominados países ‘frugais’, Holanda, Áustria, Suécia e Dinamarca — nalguns casos acompanhados da Finlândia –, pois a esmagadora maioria dos Estados-membros manifestou-se desde o início recetiva à proposta apresentada pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, muito semelhante àquela avançada pela Comissão Europeia em finais de maio.

Embora uma das questões delicadas das negociações pareça bem encaminhada, a da governação do Fundo de Resolução — a Holanda, que era o único país a fazer desta matéria uma ‘bandeira’, já aceita à partida a proposta de um “mecanismo travão” à autorização de pagamentos para casos extraordinários em que haja dúvidas sobre se determinado Estado-membro está a proceder às reformas necessárias –, são ainda muitas as diferenças que subsistem a impedir um acordo a 27.

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Primeiro-ministro holandês diz que “quer ajudar” países do sul. Mas insiste nas reformas

  • Lusa
  • 19 Julho 2020

O primeiro-ministro holandês manifestou vontade de “ajudar” os países do sul da Europa, que enfrentam “enormes problemas". Mas vincou serem necessárias “reformas” para as ajudas europeias avançarem.

O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, manifestou este domingo vontade de “ajudar” os países do sul da Europa, que enfrentam “enormes problemas” devido à crise da covid-19, mas vincou serem necessárias “reformas” para as ajudas europeias avançarem.

“Estamos todos a tentar ver juntos onde isto nos pode levar e como podemos sair de lá, [mas] é complicado. Compreendemos que existem enormes problemas no sul [da Europa] e queremos ajudá-los também, mas queremos que o sul implemente as reformas necessárias”, vincou Mark Rutte, em declarações prestadas antes do terceiro dia da cimeira extraordinária de chefes de Governo e de Estado da União Europeia (UE), em Bruxelas.

Aquele que tem vindo a ser visto como um dos principais bloqueadores de um acordo europeu, o chefe do Governo dos Países Baixos disse aos jornalistas que “a Holanda já não está sozinha” na sua posição, o que classificou como “boa notícia”. De acordo com Mark Rutte, já existem inclusive “alguns progressos na abordagem da questão das reformas, na medida do possível”.

Porém, o responsável admitiu que os líderes europeus “ainda não estão” perto de uma decisão final nem “têm a certeza” da dimensão final do Fundo de Recuperação, avisando que, “no final, todos devem concordar com a proposta” do Conselho Europeu.

Mark Rutte garantiu, ainda, não ser “a única razão” pela qual líderes como a chanceler alemã, Angela Merkel, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, abandonaram no sábado à noite o plenário, rejeitando ser o único chefe de Governo a impedir as negociações.

Os líderes europeus partem hoje para o terceiro dia de cimeira em Bruxelas ainda longe de um compromisso sobre o plano de relançamento europeu, em boa parte devido às resistências dos chamados países ‘frugais’.

Ao cabo de dois dias intensos de negociações, o Conselho Europeu iniciado na sexta-feira de manhã na capital belga, ainda não permitiu que os 27 se aproximassem o suficiente para a necessária unanimidade em torno das propostas sobre a mesa, de um orçamento da União para 2021-2027 na ordem dos 1,07 biliões de euros e de um Fundo de Recuperação de 750 mil milhões para ajudar os Estados-membros a superar a crise provocada pela pandemia.

De acordo com diversas fontes europeias, o principal obstáculo a um compromisso continua a ser as exigências dos autodenominados países ‘frugais’, Holanda, Áustria, Suécia e Dinamarca — nalguns casos acompanhados da Finlândia –, pois a esmagadora maioria dos Estados-membros manifestou-se desde o início recetiva à proposta apresentada pelo presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, muito semelhante àquela avançada pela Comissão Europeia em finais de maio.

Embora uma das questões delicadas das negociações pareça bem encaminhada, a da governação do Fundo de Resolução — a Holanda, que era o único país a fazer desta matéria uma ‘bandeira’, já aceita à partida a proposta de um “mecanismo travão” à autorização de pagamentos para casos extraordinários em que haja dúvidas sobre se determinado Estado-membro está a proceder às reformas necessárias –, são ainda muitas as diferenças que subsistem a impedir um acordo a 27.

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G20 só vai decidir sobre extensão da moratória da dívida em outubro

  • Lusa
  • 19 Julho 2020

O grupo das 20 nações mais industrializadas (G20) decidiu adiar para o final do ano a decisão sobre a extensão da moratória sobre a dívida dos países mais vulneráveis à pandemia.

O grupo das 20 nações mais industrializadas (G20) decidiu este domingo adiar para o final do ano a decisão sobre a extensão da moratória sobre a dívida dos países mais vulneráveis à pandemia.

“Vamos considerar uma possível extensão da Iniciativa para a Suspensão do Serviço da Dívida (DSSI) na segunda metade de 2020, tomando em consideração o desenvolvimento da situação da pandemia e as conclusões do relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial (BM) sobre as necessidades de liquidez dos países elegíveis, que serão submetidos ao G20 antes da reunião de outubro”, lê-se no comunicado enviado à Lusa no final da reunião dos ministros das Finanças e governadores dos bancos centrais destes países.

A extensão da moratória sobre os pagamentos da dívida dos países mais endividados era uma das grandes expectativas da reunião deste fim de semana, havendo várias organizações não-governamentais (ONG), para além do próprio FMI e Banco Mundial, entre outros países como a França, a defender que o G20 devia alargar já o prazo de alívio da dívida que concedeu aos 73 países em maiores dificuldades para honrarem os compromissos financeiros e, ao mesmo tempo, canalizar recursos para combater a pandemia.

O plano atual, anunciado a 15 de abril, prevê que não haja pagamentos a credores oficiais bilaterais até final deste ano, o que deverá permitir a canalização de 14 mil milhões de dólares (12,2 milhões de euros) para combater a pandemia, disse o ministro das Finanças da Arábia Saudita, Mohammed Al-Jadaan, o anfitrião da reunião virtual deste fim de semana.

Até agora, 42 países pediram ajuda, o que evitou o pagamento de 5,3 mil milhões de dólares (4,6 mil milhões de euros) em dívida que teria de ser paga este ano, o que acontece num contexto de recessão económica mundial e aumento da pobreza extrema nos países mais pobres.

No comunicado, os líderes dos países do G20 afirmam estar “determinados a continuar a usar todas as ferramentas disponíveis para salvaguardar as vidas das pessoas, os empregos e os rendimentos, apoiar a recuperação económica global e melhorar a resiliência do sistema financeiro, salvaguardando contra os riscos existentes”.

Antes da reunião, a diretora-geral do FMI, Kristalina Georgieva, já tinha defendido o alargamento da moratória, anunciando que o Fundo está a preparar-se para fazer uma utilização mais eficiente dos Direitos Especiais de Saque, as reservas do banco.

Para além do compromisso conjunto do G20, os Governos da Alemanha e da França anunciaram iniciativas de apoio aos países em dificuldades: a Alemanha comprometeu-se com mais 3 mil milhões de euros para fortalecer o Fundo de Crescimento e Redução da Pobreza, enquanto a França, que assegura a presidência do Clube de Paris (grupo de países credores) defendeu o prolongamento da moratória sobre a dívida.

G20 criticado por adiar decisão

As 20 economias mais industrializadas estão a ser criticadas por várias organizações não-governamentais (ONG) por terem adiado para outubro a decisão sobre a extensão da moratória da dívida, contrariando a expectativa do Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial.

Precisávamos de uma ação rápida e concertada, mas em vez disso o G20 andou para trás; os credores privados e multilaterais recusaram-se a suspender os pagamentos da dívida, como foi pedido pelos ministros das Finanças em abril; o G20 permitiu que continuem a ser pagos milhares de milhões de dólares aos credores privados todos os meses, afastando o dinheiro da tarefa urgente de atacar as crises económica e de saúde”, disse a diretora da ONG Comité para o Jubileu da Dívida, Sarah-Jayne Clifton, numa nota enviada à Lusa.

“É crítico que os líderes mundiais se cheguem à frente e garantam um acordo sobre o cancelamento da dívida este ano”, acrescentou. “Dada a gravidade da situação, esperávamos mais ação por parte do G20”, resumiu o ativista Eric Lecompte, responsável pela ONG Jubileu USA Network, reagindo ao adiamento de uma decisão sobre a extensão da Iniciativa para a Suspensão do Serviço da Dívida (DSSI), anunciada em abril pelo G20 e que dura até final deste ano.

LeCompte disse que apesar da falta de um compromisso para a extensão da moratória, uma das principais expectativas sobre esta reunião do G20, liderado este ano pela Arábia Saudita, um dos aspetos positivos foi a linguagem, que é agora mais dura para com os credores privados. “O comunicado do G20 diz que os líderes ‘encorajaram fortemente’ os credores privados a juntarem-se à iniciativa da suspensão da dívida, quando em abril apenas ‘apelaram’, e isto é importante porque alguns credores privados têm resistido a juntar-se a este processo de alívio da dívida“, disse o ativista em declarações à agência de informação financeira Bloomberg.

As críticas do ativista juntam-se ao desalento mostrado pelos líderes do Banco Mundial e do FMI sobre a necessidade de medidas concretas para ajudar os países mais vulneráveis a combaterem a pandemia e, ao mesmo tempo, honrarem os seus compromissos financeiros e, com isso, garantiram o acesso ao mercado internacional de dívida para financiar a recuperação e os investimentos nas suas economias.

“A situação nos países em desenvolvimento é cada vez mais desesperante; o tempo é curto, precisamos de tomar medidas rapidamente na suspensão, na redução, nos mecanismos de resolução e na transparência da dívida”, escreveu o presidente do Banco Mundial.

(Notícia atualizada às 16h47 com reações à notícia do adiamento)

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Mais cinco mortes e 246 novos casos de Covid. 87% na região de Lisboa e Vale do Tejo

  • ECO
  • 19 Julho 2020

Aumentou para 48.636 o número de casos de infetados com coronavírus no país. Até ao momento, registam-se 1.689 mortes e 33.369 pessoas recuperadas da doença.

Há 246 novos casos de coronavírus face a este sábado, elevando para 48.636 o número total de pessoas infetadas com a doença. Nas últimas 24 horas faleceram cinco pessoas. A região de Lisboa e Vale do Tejo continua a concentrar o maior número de novas infeções, com 87% do total.

Do número total de infetados, a maioria está a fazer o tratamento em casa, sendo que apenas 439 estão internados, dos quais 61 nos cuidados intensivos. Há 1.620 pessoas a aguardar resultados laboratoriais e mais de 35 mil sob vigilância das autoridades de saúde.

Desde que apareceu em Portugal, no início de março, o coronavírus já provocou a morte de 1.689 pessoas, cinco das quais nas últimas 24 horas. Já quanto ao número de recuperados, está em 33.369, 216 nas últimas 24 horas.

Boletim epidemiológico de 19 de julho

Tal como se tem observado nos últimos dias, a região de Lisboa e Vale do Tejo concentra a maioria das novas infeções. Dos 246 novos casos registados nas últimas 24 horas, 214 foram nesta região: 87% do total do país.

Lisboa é a região com mais casos registados até ao momento (24.261 casos de infeção e 562 mortes), à frente do Norte (18.338 casos e 827 mortes), do Centro (4.357 casos e 251 mortes), do Algarve (790 casos e 15 mortes) e do Alentejo (630 casos e 19 mortes). Nas ilhas, os Açores registam 158 casos e 15 mortos, enquanto a Madeira tem 102 pessoas infetadas.

Mais de 601 mil mortes e 14,3 milhões de infetados no mundo

A pandemia já provocou 601.822 mortos em todo o mundo, entre cerca de 14,3 milhões de casos, segundo um balanço da agência France Presse (AFP) baseado em dados oficiais. Até ao meio-dia de hoje (hora de Lisboa), 14.303.420 casos de infeção tinham sido oficialmente diagnosticados em 196 países desde o início da epidemia, dos quais 7.810.200 estão considerados curados.

No sábado, foram registados 5.237 novos óbitos e 221.954 novos casos em todo o mundo, com o maior número de novos mortos a ser registado no Brasil (921), Estados Unidos (832) e o México (578).

Os Estados Unidos são o país mais afetado tanto em número de mortos como em casos, com 140.120 mortos em 3.711.835 casos registados, segundo a contagem da Universidade John Hopkins, e pelo menos 1.122.720 pessoas foram consideradas curadas. Atrás vem o Brasil com 78.722 mortos em 2.074.860 casos, o Reino Unido com 45.273 mortos em 294.066 casos, o México com 38.888 mortos em 338.913 casos e a Itália com 35.042 mortos em 244.216 casos.

Entre os países mais afetados, a Bélgica é o que concentra um maior número de mortos em relação à sua população, com 85 mortos por cada 100 mil habitantes, seguida pelo Reino Unido (67), Espanha (61), Itália (58) e Suécia (56). A China, sem contabilizar os territórios de Macau e Hong Kong, declarou oficialmente um total de 83.660 casos (16 novos entre sábado e domingo), dos quais 4.634 mortos (0 novos) e 78.775 curados.

A Europa totalizava hoje, ao meio-dia, 205.207 mortos em 2.938.771 casos, a América Latina e Caraíbas 160.886 mortes em 3.776.927 casos, os Estados Unidos e o Canadá 149.002 mortes em 3.821.830 casos, a Ásia 48.998 mortes em 2.049.522 casos, o Médio Oriente 22.642 mortes em 999.405 casos, a África 14.956 mortes em 703.572 casos e a Oceânia 151 mortes em 13.397 casos.

Segundo a AFP, o número de casos diagnosticados reflete apenas uma fração do número real de contaminações, dado que alguns países testam apenas os casos mais graves, outros utilizam testes prioritários para a triagem e vários países mais pobres dispõem de capacidades limitadas de despistagem.

(Notícia atualizada às 15h03 com balanço mundial)

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