CTT disparam mais 4%. Lisboa quebra ciclo de quatro sessões negativas
Lá por fora, as ações europeias e americanas tocaram máximos históricos perante o desagravamento das tensões entre EUA e Irão.
A bolsa de Lisboa interrompeu um ciclo de quatro sessões de queda, graças ao bom desempenho dos CTT, que dispararam mais de 4% para máximos de mais de um ano. Lá por fora, perante o desanuviar as tensões entre EUA e Irão, as ações europeias fixaram novo recorde intradiário. Em Wall Street, também se vive uma sessão histórica.
O PSI-20, o principal índice português, valorizou ligeiros 0,04% para 5.229,19 pontos. Foi o suficiente para quebrar um longo jejum de ganhos que durava há quase uma semana. Os CTT foram protagonistas em Lisboa: as ações dispararam 4,45% para 3,378 euros, o valor mais elevado desde dezembro de 2018.
Foram 11 as cotadas que fecharam em “terreno” positivo. Destaque ainda para o BCP, cujas ações somaram 0,99% para 0,2045 euros.
Já o setor da energia esteve sob pressão: EDP, EDP Renováveis e Galp fecharam com quedas entre 0,3% e 1,3%. No caso da petrolífera, as ações corrigiram em baixa de 1,29% após os ganhos significativos à boleia da valorização o preço do petróleo com a crise no Médio Oriente. O Brent está a cair quase 1% esta quinta-feira.
CTT disparam para máximos de mais de um ano
Na Europa, o Stoxx 600, o índice de referência no Velho Continente, atingiu um máximo intradiário esta quinta-feira. Fechou com um ganho de 0,34% para os 419,79 pontos. Outras importantes praças europeias como Frankfurt ou Paris registaram subidas de 1,3% e 0,1%. Já a bolsa de Madrid teve perdas de 0,4%.
Em Wall Street, as bolsas norte-americanas abriram a sessão a renovar máximos.
Os índices europeus terminaram a sessão de hoje em alta, depois de os investidores terem feito uma interpretação otimista de toda a envolvente das tensões entre os EUA e o Irão.
“O temido discurso de Donald Trump [de quarta-feira] acabou por apaziguar os espíritos mais bélicos relativamente às tensões no Médio Oriente”, explicam os analistas do BPI. “De facto, a resposta que os investidores estão a ter em relação à situação no Médio Oriente enquadra-se no padrão observado em outras situações de elevado risco geopolítico. (…) Os investidores tendem a atribuir uma probabilidade reduzida a um escalar da tensão capaz de afetar a economia global“, acrescentaram.
Segundo os analistas, os mercados vão estar agora mais atentos ao evoluir das negociações entre Washington e Pequim em torno da guerra comercial. O ministro do Comércio da China disse esta quinta-feira que o vice-primeiro-ministro Liu He assinará um acordo comercial de “Fase 1” em Washington na próxima semana, elevando o sentimento de que uma guerra aduaneira entre os dois países está a aproximar-se de um fim. Falta, depois, a “Fase 2”, que Trump quer começar já a negociar.
(Notícia atualizada às 16h50)
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