Nos afunda mais de 5% com o Luanda Leaks
A bolsa nacional está a valorizar à boleia da Jerónimo Martins. A evitar maiores ganhos está a Nos, cujos títulos perdem mais de 5%, em consequência do Luanda Leaks.
Em linha com as demais praças do Velho Continente, Lisboa arrancou a última sessão da semana em terreno positivo, com a Jerónimo Martins a subir mais de 2%. Também o BCP — cujos títulos valorizam mais de 1% — está a dar gás à bolsa nacional. A Nos está a protagonizar as maiores perdas, sentindo assim os efeitos do caso Luanda Leaks.
O índice de referência nacional, o PSI-20, avança 0,86% para 5.279,55 pontos, seguindo a tendência que está a ser registada nas restantes bolsas europeias. O Stoxx 600 valoriza 0,6%, o alemão DAX sobe 0,9%, o francês CAC 40 soma 0,8% e o espanhol Ibex sobe 0,6%.
Por cá, é a Jerónimo Martins a protagonizar os maiores ganhos. Os títulos da dona do Pingo Doce valorizam 2,07% para 15,75 euros e puxam por Lisboa. Destaque ainda para o BCP, cujas ações sobem 1,32% para 0,1919 euros.
Em terreno positivo, também estão as papeleiras: os títulos da Altri avançam 1,44% para 5,98 euros, os da Semapa 1,4% para 13,04 euros e os da Navigator 1,21% para 3,344 euros.
Na energia, as ações da EDP avançam 0,74% para 4,243 euros, depois da empresa liderada por António Mexia ter fechado um acordo com a francesa Engie para formar uma joint-venture focada no eólico offshore.
Os títulos da EDP Renováveis sobem 1,24% para 11,4 euros e os da Galp Energia somam 0,74% para 14,205 euros, depois de terem afundado mais de 3%, na quinta-feira face à queda do preço do petróleo. A propósito, em Londres, o Brent está a valorizar 0,4% para 62,29 dólares.
Do outro lado da linha de água, destaque para a Nos, cujas ações recuam 5,39% para 4,630 euros. Isto depois de o chairman e dos outros administradores ligados a Isabel dos Santos terem anunciado a sua saída da Nos. Em causa estão Jorge Brito Pereira, Mário Leite da Silva e Paula Oliveira, que aparecem implicados na investigação que dá conta que a empresária angolana terá desviado mais de 100 milhões de dólares em fundos públicos da Sonangol para o Dubai. Leite da Silva e Paula Oliveira foram mesmo constituídos arguidos em Angola.
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