EDP brilha com “research”. Bolsa segue quedas da Europa

Lisboa segue a tendência negativa da generalidade das praças europeias. Galp Energia pressiona, numa sessão em que a EDP se destaca. Chegou a ganhar mais de 3% à boleia do Goldman Sachs.

Lisboa segue a tendência negativa das restantes praças europeias. Numa sessão marcada por quedas entre 0,5% e 1%, a bolsa nacional segue a desvalorizar, penalizada pela Galp Energia. A EDP, por seu lado, impede uma queda mais expressiva do índice de referência ao ganhar mais de 0,5%. Esteve já a disparar 3%, animada por uma nota de “research”.

Enquanto o Stoxx 600 recua 0,7%, O PSI-20 está a cair 0,49%. Arrancou a negociação em queda, mas rapidamente passou para “terreno” positivo, voltando depois a perder valor para os 5.232,95 pontos. Das 18 cotadas, 13 estão em queda, duas inalteradas, sendo que há três títulos que conseguem escapar à tendência.

A Galp Energia pressiona a bolsa a cair 1,15% para 13,71 euros, numa sessão negativa para as cotações do petróleo que registam quedas de quase 2% perante receios dos investidores quanto ao impacto do coronavírus no ritmo de crescimento da economia mundial.

O presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, afirmou esta quarta-feira que o novo coronavírus, detetado na China, pode ameaçar a economia internacional. “É muito incerto quão longe ele [surto] irá e quais os efeitos [económicos] na China, para os seus parceiros comerciais e pelo mundo”, disse Powell no início da conferência de imprensa, em Washington.

Altri, Navigator e Semapa, empresas mais expostas ao andamento da economia global, destacam-se nas quedas, recuando todas mais de 1%, assim como a Nos, que cai 1,17% para 4,75 euros, enquanto o BCP, outro dos “pesos pesados” da bolsa, recua 0,79% para 19,93 cêntimos.

A Sonae também cai, apesar do recorde nas vendas, assim como a Jerónimo Martins, embora ambas registem perdas ligeiras. Em alta, destaque para a EDP, que impede uma queda mais acentuada do PSI-20. As ações da elétrica liderada por António Mexia seguem a ganhar 0,89% para 4,403 euros, mas chegaram a valorizar mais de 3% no arranque da negociação.

Os títulos reagem a uma nota de investimento do Goldman Sachs. O banco de investimento norte-americano subiu o preço-alvo de 4,40 euros para 5,25 euros, recomendando aos investidores “comprar”. Os analistas acabaram mesmo por incluir a elétrica portuguesa à sua lista de títulos favoritos, a “conviction list”.

(Notícia atualizada pela última vês às 9h10 com mais informação)

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