Tribunal exige que MAI divulgue à Transparência e Integridade dados sobre Vistos Gold

  • Lusa
  • 3 Janeiro 2020

Transparência e Integridade quer saber número total de vistos por distribuição geográfica, por nacionalidade e por área de atividade.

O Tribunal Administrativo de Lisboa deu provimento a uma ação instaurada pela Transparência e Integridade a exigir que o Ministério da Administração Interna divulgue dados sobre o esquema de atribuição de Vistos Gold.

Em comunicado, a Transparência e Integridade (TI) refere que a ação foi interposta em abril de 2018 contra o Ministério da Administração Interna que por decisão, em novembro, do tribunal administrativo, tinha 10 dias para prestar a informação em falta, mas que ainda não a entregou à TI.

Para a vice-presidente da Transparência e Integridade, Susana Coroado, “esta sentença confirma o direito elementar dos cidadãos a questionarem os seus Governos e a acederem a informação de relevante interesse público – um direito que o Ministério da Administração Interna nos nega reiteradamente há quase dois anos”.

Segundo a TI, que faz parte da rede global de Organizações não Governamentais (ONG) anticorrupção TransparencyInternational, as informações solicitadas são importantes dado que a atribuição dos Vistos Gold tem “levantado críticas e sinais de alarme do Parlamento Europeu, da Comissão Europeia e mais recentemente do Comité Económico e Social Europeu, pelos riscos de corrupção, branqueamento de capitais e até de segurança que colocam”.

O pedido de acesso à informação feito pela TI é referente a dados como Autorizações de Residência para Investimento (ARI), número total de vistos por distribuição geográfica, por nacionalidade e por área de atividade.

A associação quer ainda ter acesso ao número de investimentos realizados por empresas, número de postos de trabalho criados e quantos foram os pedidos recusados ou cancelados desde o início dos programas, discriminado por país de origem dos requerentes.

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PSOE garante que acordo com partido catalão não implica referendo

  • Lusa
  • 3 Janeiro 2020

O partido socialista espanhol ratificou o acordo com a Esquerda Republicana da Catalunha, mas rejeitou que este leve a uma consulta legal sobre a relação da comunidade autónoma com a Espanha.

O partido socialista espanhol (PSOE) “ratificou” esta sexta-feira o acordo com a Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) que permitirá ao seu líder, Pedro Sánchez, ser investido como primeiro-ministro de Espanha até à próxima terça-feira.

A “ratificação” do acordo aconteceu esta sexta-feira durante a reunião plenária do executivo dos socialistas, realizada um dia depois de o Conselho Nacional da ERC ter confirmado que se irá abster no voto de confiança ao Governo, permitindo a investidura de Sánchez.

O acordo entre ERC e PSOE, que implica a abstenção dos 13 deputados daquele partido na cotação de investidura do Governo que permitirá a Pedro Sánchez avançar como líder do executivo, foi aprovado na quinta-feira pela maioria do conselho nacional do partido.

Segundo o acordo estabelecido, a mesa de negociações irá respeitar “os instrumentos e os princípios que regem o sistema jurídico democrático” e as medidas futuramente acordadas pelas duas partes serão sujeitas a uma consulta aos cidadãos da Catalunha.

Respondendo a várias críticas ao acordo com a ERC, Pedro Sánchez garantiu, no final da reunião desta sexta-feira, que não haverá nenhum referendo sobre a autodeterminação da Catalunha, rejeitando que eventuais acordos bilaterais entre o Governo e a Generalitat (Governo regional) catalã possam abrir portas a uma consulta legal sobre a relação da comunidade autónoma com a Espanha.

O secretário da organização do PSOE e ministro interino do Desenvolvimento, José Luis Abalos, explicou que os socialistas “estão dispostos a discutir qualquer iniciativa” e “conhecer os motivos” que defende a ERC – cuja abstenção será fundamental para o sucesso da investidura de Pedro Sánchez -, mas “isso não significa que partilhe” dos mesmos valores e ideias.

O número três do PSOE sublinhou que o Governo irá manter um “escrupuloso respeito da legalidade vigente e da ordem constitucional” no pacto com os republicanos, rejeitando as críticas de que o acordo não inclui expressamente qualquer referência à Constituição. O acordo fala em “respeito pelos princípios que governam o sistema legal democrático”, disse, defendendo que “essa frase é muito mais abrangente”.

“Obviamente, a Constituição preside o conjunto de regras. Essa expressão incorpora a Magna Carta e todo o sistema jurídico”, afirmou Ábalos. O secretário da organização do PSOE também criticou aquilo que considerou “propaganda” sobre o acordo.

“À mesa, estamos dispostos a discutir qualquer iniciativa, mas obviamente isso não significa admitir nenhuma iniciativa. Continuamos a manter a nossa posição, que é bem conhecida, e a manter a integridade territorial da Espanha e não somos a favor da autodeterminação”, garantiu o ministro do Desenvolvimento em exercício sobre o pacto com a ERC.

O pacto com a Esquerda Republicana da Catalunha refere que ambas as partes concordam em realizar uma “consulta aos cidadãos da Catalunha” sobre os acordos alcançados.

No texto, PSOE e ERC também concordam criar uma lista de temas bilaterais para “diálogo, negociação e acordo” a fim de resolver o “conflito político” na Catalunha. Essa negociação, segundo o pacto estabelecido, começará 15 dias após a formação do Governo.

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Fundo Cerberus paga 125 milhões pelos imóveis da Fidelidade. Dá 80 milhões pela sede do Calhariz

O portefólio de cinco imóveis que a Fidelidade colocou à venda no final de 2019 foi alienado a um fundo norte-americano por quase 125 milhões de euros. Incluída está a sede da seguradora no Calhariz.

Cerca de quatro meses depois de ter começado a procurar comprador para um “pacote” de cinco imóveis em Lisboa e no Porto, no qual se inclui a sede do Chiado, a Fidelidade está prestes a fechar negócio, tendo assinado o contrato-promessa compra e venda. Os imóveis foram vendidos à Cerberus por cerca de 125 milhões de euros, sabe o ECO.

Foi em setembro que a Fidelidade colocou à venda um portefólio de cinco imóveis nas duas principais cidades do país, tal como o ECO noticiou. A expectativa da seguradora controlada pela Fosun era de que fosse possível concluir a operação até ao final do ano, sendo que apenas concretizaria a operação por um valor que valesse realmente a pena.

O portefólio já está vendido ao fundo norte-americano por quase 125 milhões de euros. Do “pacote”, denominado ARYA, faziam parte o Terminal K, em Santa Apolónia (6.630 metros quadrados e potencial uso hoteleiro), o edifício Marechal Saldanha (2.334 metros quadrados), o edifício Malhoa 13 (com 5.924 metros quadrados, na Praça de Espanha) e a Galeria de Paris, no Porto, (com 12.882 metros quadrados).

Sede da Fidelidade no Calhariz, Chiado.

Mas o ativo mais valioso deste portefólio era realmente a sede da própria seguradora, no número 30 do Largo do Calhariz, no Chiado, com 19.835 metros quadrados acima do solo, que, sozinha, permitiu à Fidelidade arrecadar quase 80 dos 125 milhões de euros.

O imóvel cor-de-rosa tem potencial uso turístico, para escritórios, residencial e até retalho. Além da própria Fidelidade, tem ainda a Caixa Geral de Depósitos como inquilino. Esta operação aconteceu em regime de sale&leaseback, ou seja, a seguradora vai continuar no imóvel como arrendatária, tal como o banco público.

O contrato de promessa compra e venda do portefólio de edifícios, que inclui a sede da Fidelidade — desde que comprou os terrenos da antiga Feira Popular, a seguradora pretende juntar todos os serviços num único edifício, podendo agora fazê-lo –, já foi assinado. A operação deverá ficar concluída em breve, revelam fontes próximas da operação ao ECO.

Em ambos os casos, os valores de venda ficaram acima das expectativas, tanto da companhia de seguros controlada por capitais chineses como da consultora imobiliária que participou na operação do lado da Fidelidade, a CBRE.

Cerberus faz nova investida

A Cerberus não é estranha ao mercado imobiliário português. Há muito que o fundo norte-americano vem investindo em ativos em Portugal, juntando agora mais cinco edifício à sua carteira, um deles considerado um imóvel premium.

O fundo tem estado bastante ativo, principalmente na compra de ativos que estavam nas mãos de instituições financeiras. No final de 2018 comprou o BES Vénétie ao Novo Banco, em fevereiro do ano passado comprou uma carteira de imóveis no valor de 600 milhões ao Santander Totta, em julho foi a vez de outra carteira de 200 ativos imobiliários ao Novo Banco.

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3 desejos de Vasco Antunes Pereira: “Uma convergência política em torno do setor da saúde”

Depois de um ano marcado pela discussão em torno do setor da Saúde, o CEO da Lusíadas Saúde pede um entendimento entre os partidos, de forma a garantir a acessibilidade independentemente do prestador.

Depois de um ano marcado pela Saúde, quer pelas dificuldades sentidas no Sistema Nacional de Saúde como pela discussão e aprovação de uma nova Lei de Bases para o setor, que teve no centro o desacordo sobre as Parcerias Público-Privadas (PPP), Vasco Antunes Pereira pede que, em 2020, exista convergência política nas decisões sobre o setor.

O CEO da Lusíadas Saúde, grupo que ainda é responsável pela gestão, em regime de PPP, do Hospital de Cascais, tem os olhos postos na melhoria da experiência vivida nas unidades de saúde. Vasco Antunes Pereira reitera também que espera que, em 2020, seja possível “garantir a estabilidade social, política e económica” em Portugal, em resposta a um desafio colocado pelo ECO.

Um desejo para o país

O meu desejo para Portugal, em 2020, é garantir a estabilidade social, política e económica que permita aumentar o nível de desenvolvimento do país, beneficiando quer os portugueses, quer os que nos visitam. Apesar de alguns sinais tímidos de crescimento, é necessária esta estabilidade como forma de imprimimos um ritmo que nos permita endereçar de forma efetiva, os principais desafios estruturais que Portugal enfrenta. Esta transformação será essencial para o país se posicionar como uma referência da agenda da sustentabilidade social, ambiental e económica, que marcará os próximos tempos da União Europeia.

Um desejo para o seu setor

Depois de um ano de 2019 cheio de incertezas e desafios, onde assistimos à degradação do SNS e a uma pressão negativa em relação aos privados e sobretudo à sua gestão das PPP, seria muito positiva, para bem de todos os portugueses, uma convergência política em torno do setor da saúde que permita aumentar a acessibilidade da população à prevenção e posteriormente à prestação de cuidados, independentemente do prestador ser público, privado ou social. Precisamos de um sistema de saúde que coloque as pessoas no centro das preocupações de todo o sistema.

Um desejo para a sua empresa

Que consigamos continuar a ser instrumentos vivos da missão da organização que hoje orgulhosamente lidero e que passa por ajudar as pessoas a ter vidas mais saudáveis e contribuir para um melhor sistema de saúde. Queremos focar-nos cada vez mais na melhoria da experiência vivida em todas as nossas unidades de saúde, garantindo sempre qualidade nos resultados clínicos obtidos ao mesmo tempo que reduzimos, para todos, os custos dos cuidados de saúde. Acreditamos que a inovação tecnológica é um fator critico desta estratégia, colocando-a ao serviço dos nossos clientes e profissionais.

3 desejos para 2020 é uma série de artigos a antecipar o que vai acontecer no próximo ano, nos mais variados domínios. Desafiámos políticos, empresários, gestores, advogados, reguladores, sindicatos e patrões a revelarem três desejos para o próximo ano: 1) Um desejo para o país, 2) Um desejo para o seu setor e, finalmente, 3) Um desejo para a empresa/entidade que gerem. Todos os dias, até ao final do ano, não faltarão desejos aqui no ECO.

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Netinvoice, a “Uber das faturas”, encerra operações

  • ECO
  • 3 Janeiro 2020

Fundada em 2018 por António Varela, ex-administrador do Banco de Portugal, a Netinvoice, uma plataforma de negociação de faturas de PME, cessou atividade devido a decisão do supervisor financeiro.

A Netinvoice, uma startup portuguesa fundada em 2018 e detida em 50% pelo ex-administrador do Banco de Portugal António Varela, suspendeu a sua atividade no final do ano passado, na sequência de uma decisão “inesperada” do Banco de Portugal, segundo avança o Jornal Económico esta sexta-feira (acesso livre).

A plataforma dedicava-se à intermediação de faturas de PME: as empresas poderiam reforçar a sua liquidez de tesouraria ao antecipar a receita da fatura de um serviço ou bem com a sua venda a investidores através da Netinvoice. Quando foi apresentada ao mercado, em outubro de 2018, António Varela, classificou a plataforma online de “Uber das faturas“.

Agora cessou atividade por causa de “uma inesperada limitação imposta pelo Banco de Portugal, baseada numa interpretação de legislação com mais de 25 anos, que veio a determinar que apenas instituições com autorização para conceder crédito em Portugal se poderiam registar na plataforma na qualidade de compradores de faturas”, segundo um e-mail enviado pela Netinvoice a um cliente no final do ano passado e citado pelo jornal.

A plataforma continua acessível online. É referido que apenas poderiam ser compradores – isto é, investidores – de faturas das PME através da plataforma as “entidades legalmente habilitadas para o desenvolvimento da atividade de concessão de crédito”, excluindo-se investidores de retalho.

António Varela recusou comentar a decisão de fechar portas. No e-mail enviado a um cliente, a Netinvoice considera que “não tem atualmente condições para continuar a desenvolver a sua atividade de gestão da plataforma de negociação eletrónica de faturas nos moldes em que foi idealizada e implementada”. “Esta limitação subverteu o modelo de negócio da Netinvoice, porque pretendia ser uma alternativa às instituições financeiras tradicionais, oferecendo uma solução de geração de liquidez mais rápida e eficiente e nunca um concorrente dessas instituições“, explicou ainda.

No email é adiantado ainda que o Banco CTT, que era parceiro da Netinvoice desde outubro de 2018, desistiu da parceria, “por motivos internos e estratégicos (…) pelo menos num futuro próximo”.

Sobre os contratos já estabelecidos, a Netinvoice diz que a decisão de cessar atividade não vai afetar os “direitos e obrigações” dos vendedores e compradores das faturas já transacionadas na plataforma.

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Produção renovável abastece 51% do consumo de eletricidade em 2019

  • Lusa
  • 3 Janeiro 2020

A produção de eletricidade a partir de fontes renováveis abasteceu 51% do consumo nacional em 2019, com a eólica a representar 27%, a quota mais elevada de sempre,.

A produção de eletricidade a partir de fontes renováveis abasteceu 51% do consumo nacional em 2019, com a eólica a representar 27%, a quota mais elevada de sempre, divulgou esta sexta-feira a REN – Redes Energéticas Nacionais.

De acordo com os dados da REN, em 2019 a produção renovável abasteceu 51% do consumo nacional de energia elétrica em 2019, com a eólica a representar 27% do consumo, a quota mais elevada de sempre para esta tecnologia, a hidroelétrica 17%, a biomassa 5,5% e a fotovoltaica 2,1%.

A energia solar fotovoltaica foi, de acordo com a REN, a fonte que mais cresceu no ano passado, tendo ultrapassado pela primeira vez o valor de um terawatt-hora (TWh) de produção anual.

Já o índice de produtibilidade hidroelétrica situou-se em 0,81 (abaixo da média, que é de 01) em 2019, tendo os últimos dois meses do ano melhorado a produção das barragens.

Em dezembro, o índice de produtibilidade atingiu 1,77.

Por sua vez, o índice de produtibilidade eólica registou 1,05 em 2019, e 1,13 em dezembro.

“A conjugação destes fatores permitiu que entre o dia 18 e 23 de dezembro se verificasse um período de 131 horas consecutivas, o mais longo de sempre, com a produção renovável a ultrapassar o consumo”, adiantou a REN.

Assim, em dezembro de 2019, o conjunto da produção renovável abasteceu 76% do consumo nacional (incluindo saldo exportador) e a produção não renovável os restantes 24%.

O saldo de trocas com o estrangeiro relativo às renováveis foi exportador (vendeu-se mais a Espanha do que se comprou) e “foi particularmente elevado” no último mês do ano, equivalendo a 19% do consumo nacional.

Por outro lado, a produção não renovável abasteceu, em 2019, 42% do consumo, repartida pelo gás natural com 32% e pelo carvão com 10%, representando a quota mais baixa do carvão desde a entrada em serviço pleno da central de Sines, em 1989.

No discurso de tomada de posse em outubro, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o seu novo Governo está preparado para encerrar a central de Sines – da EDP – em setembro de 2023.

No programa eleitoral do PS, o calendário previsto para o encerramento da central a carvão de Sines era “entre 2025 e 2030”.

No ano passado, Portugal comprou mais eletricidade proveniente de fontes não renováveis a Espanha do que a que vendeu, uma vez que o saldo de trocas com o estrangeiro foi importador, após três anos exportadores, abastecendo 7% do consumo nacional.

Relativamente ao mercado de gás natural, a REN refere uma evolução positiva de 7% em dezembro, “com o segmento convencional a registar uma quebra homóloga de 3,2%, compensado pelo crescimento do segmento de produção de energia elétrica a gás que apresentou um crescimento homólogo de 46%, resultado da competitividade da produção a gás natural face ao carvão”.

Em 2019, o consumo de gás natural totalizou 67,9 TWh, com uma variação anual de 4,8%, o segundo consumo anual mais elevado de sempre, mas 2,5% abaixo do máximo, registado em 2017.

Consumo de eletricidade em Portugal cai 1,1% em 2019

O consumo de energia elétrica em Portugal caiu 1,1% em 2019, em termos homólogos, para 50,3 terra watt-hora (TWh), ficando 3,6% abaixo do máximo registado em 2010, segundo dados da Redes Energéticas Nacionais (REN), divulgados esta sexta-feira.

De acordo com um comunicado enviado pela gestora do sistema elétrico, em 2019, o consumo de energia elétrica “totalizou 50,3 TWh, com uma variação de -1,1% face ao valor verificado no ano anterior”.

Considerando os efeitos da temperatura e o número de dias úteis, que têm impacto no consumo, a variação é de -0,2%, praticamente em linha com o valor do ano anterior.”

“O consumo registado este ano fica 3,6% abaixo do máximo registado em 2010”, refere.

Já em relação ao mês de dezembro de 2019, os dados da REN indicam uma evolução homóloga positiva no consumo de eletricidade, “com um crescimento de 2,0%, ou 2,7% com correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis”.

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Investir na bolsa em 2020?

  • ECO + DIF
  • 3 Janeiro 2020

2020 irá proporcionar os mesmos retornos que 2019? E nos próximos 10 anos? Será que a bolsa norte-americana será o melhor destino das poupanças?

Agora que fechámos 2019 e vamos iniciar 2020, julguei interessante conhecer o que se passou nos últimos 10 anos nas principais bolsas de valores mundiais; em particular, conhecer as regiões e os sectores que obtiveram o melhor desempenho, bem como as empresas que se destacaram pela positiva.

Desta forma, recolhi dados das empresas constituintes dos distintos índices bolsistas, para as quais existem dados para o fecho de 2009 e de 2019, por forma a realizar dita análise. Para se obter uma cobertura global, foram considerados os principais índices bolsistas mundiais, entre outros: o S&P 500, o DAX 30, o HANG SENG e o NIKKEI 225.

Apesar de existirem empresas que fazem parte de mais de um índice, por exemplo, as acções da Apple (NASDAQ 100, S&P 500 e DOW 30), cada empresa seleccionada foi considerada uma única vez na análise. Desta forma, o exame incidiu em 2458 empresas cotadas em bolsa, distribuidas pelas seguintes regiões/países: Ásia/Oceania, Europa, EUA, América do Sul e Rússia. Após se efectuar a dita selecção, de 2458 empresas, podemos verificar que na análise 53% pertencem à Ásia/Oceania, 22% à Europa, 19% aos EUA, 5% à América do Sul e 1% à Rússia (ver Figura 1).

No final de 2009, este universo de empresas representava uma capitalização bolsista de 21 biliões de Euros (milhões de milhões), em que os EUA, a Ásia/Oceânia e a Europa representavam cerca de 30% cada (ver Figura 2).

Entretanto, o que aconteceu nos últimos 10 anos? O mercado bolsista norte-americano destacou-se claramente dos demais. A sua capitalização bolsista subiu 250% para este período, passando a representar 50% aproximadamente da capitalização bolsista para esta análise em 2019. Globalmente, o mercado de acções continuou a ser uma excelente opção para a canalização das poupanças dos investidores, pois o seu valor multiplicou-se 2,3 vezes (130%), ou seja, uma rendibilidade anualizada de 8,7%. No caso dos EUA, essa rendibilidade anualizada foi de 13,3%. Em qualquer dos casos, um investimento na bolsa nos últimos 10 anos teria permitido, não só, cobrir a perda do poder de compra do dinheiro (inflação), bem como obter uma remuneração real muito superior às demais alternativas de investimento existentes. Pela negativa, importa salientar que a América Latina e a Rússia não foram as melhores opções de investimento para estes 10 anos que passaram.

Uma das razões para o superior desempenho da bolsa norte-americana resulta da existência de grandes empresas dos sectores Tecnológico e Saúde, precisamente os que apresentaram o melhor desempenho para este período (ver Figura 3). No caso do sector Tecnológico, um investidor que tivesse aplicado 100 euros no final de 2009, agora teria 412 euros; no caso do sector Saúde, teria 338 euros. Os sectores de actividade tradicionais, ou menos associados à tecnologia, foram claramente os perdedores, em particular o sector da Energia e das Matérias Primas. A pergunta que se coloca é a seguinte: será que serão igualmente os sectores com pior desempenho nos próximos 10 anos? O sector Tecnológico continuará a ser a estrela?

Quais foram as empresas-estrela desta análise? Se tivermos em conta apenas as empresas que apresentavam uma capitalização bolsista superior a 10 mil milhões de Euros no final de 2009, iremos obter uns nomes interessantes e não desconhecidos da maioria do grande público. Tal como podemos verificar na Figura 4, aparecem-nos os seguintes 5 nomes: Amazon, Mastercard, Tencent, UnitedHealth e Apple. Deste grupo, apenas a Tencent não cota na bolsa norte-americana, todas as outras estão admitidas à cotação em bolsas norte-americanas. A Tencent cota na bolsa de Hong Hong e faz parte do índice HANG SENG. Como podemos constantar, um investidor que tivesse destinado 100 euros para a compra de acções da Amazon no final de 2009, hoje teria 1781 euros! No caso da Apple, a 5ª melhor, teria 1232 euros. Em conclusão, os gigantes tecnológicos norte-americanos proporcionaram rendibilidades excepcionais aos seus accionistas nos últimos 10 anos. Mais uma vez, a Europa ficou para trás e continuam a não existir empresas tecnológicas globais, estando a perder terreno para os EUA e China.

Apesar da impressão massiva de dinheiro por parte de todos os bancos centrais nos últimos 10 anos, a bolsa norte-americana foi a que conseguiu captar a maioria desta injecção de liquidez, em particular pela utilização de “buy-backs”; em que consiste esta prática? A empresa contrai dívida e utiliza-a na compra das suas próprias acções na bolsa de valores, obviamente, colocando uma pressão compradora no preço. Por outro lado, existe uma enorme pressão política para manter o mercado accionista norte-americano nas “nuvens”.

Desde a sua eleição em 2016, sempre que o mercado accionista norte-americano supera um novo máximo, o presidente Trump diz que tal subida é um certificado de qualidade das suas políticas.

Por outro lado, a bolsa norte-americana, na perspectiva de um investidor europeu, também se beneficiou da queda do EUR USD, passando de 1,43 para 1,11; ou seja, a divisa norte-americana apreciou-se face ao Euro, permitindo que à valorização em bolsa se juntasse a valorização cambial.

O ano que entretanto passou foi fantástico, pois o NASDAQ 100 possibilitou um retorno anual de 36% (em USD), enquanto o S&P 500 possibilitou uma valorização de 28% (em USD). A bolsa norte-americana, mais uma vez, foi a estrela de todas as bolsas.

Os desafios que agora se colocam a qualquer investidor é o seguinte: 2020 irá proporcionar os mesmos retornos que 2019? E nos próximos 10 anos? Será que a bolsa norte-americana será o melhor destino das poupanças? Os sectores mais interessantes continuarão a ser a Tecnologia e Saúde?

Uma coisa é clara: deixar o dinheiro no banco a 0%, ou mesmo a taxas negativas, não será a melhor opção!

Nota: Artigo escrito ao abrigo do antigo acordo ortográfico.

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Eletricidade a partir do carvão na quota mais baixa dos últimos 30 anos em 2019

  • Lusa
  • 3 Janeiro 2020

"A produção não renovável abasteceu 42% do consumo em 2019, repartida pelo gás natural com 32% e pelo carvão com 10%", de acordo com a REN.

A produção de eletricidade a partir de carvão registou em 2019 a quota mais baixa dos últimos 30 anos, desde a entrada em serviço pleno da central de Sines, divulgou esta sexta-feira a REN – Redes Energéticas Nacionais.

A produção não renovável abasteceu 42% do consumo em 2019, repartida pelo gás natural com 32% e pelo carvão com 10%, a quota mais baixa do carvão desde a entrada em serviço pleno da central de Sines em 1989”, lê-se num comunicado enviado pela gestora da rede elétrica nacional.

No discurso de tomada de posse em outubro, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o seu novo Governo está preparado para encerrar a central de Sines – da EDP – em setembro de 2023. No programa eleitoral do PS, o calendário previsto para o encerramento da central a carvão de Sines era “entre 2025 e 2030”.

No passado dia 19 de dezembro, o administrador da EDP Rui Teixeira afirmou que as centrais a carvão da elétrica vão continuar a funcionar enquanto forem rentáveis.

“Não estamos a anunciar o encerramento ou uma data de fim de vida. As centrais deverão continuar a funcionar até serem rentáveis. Já estamos a desenvolver trabalho em alternativas […]. Para que, quando chegue o momento, se perceba qual é a evolução dos ativos”, explicou Rui Teixeira, que falava aos jornalistas, em Lisboa, no dia em que a EDP anunciou a venda de seis barragens em Portugal, por 2,2 mil milhões de euros. A EDP é dona de três centrais a carvão, a de Sines, em Portugal, e duas em Espanha.

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Do petróleo à dívida. Mercados reagem ao ataque dos EUA contra general do Irão

Estados Unidos ordenaram um ataque aéreo que matou o comandante da força de elite iraniana Al-Quds. Os mercados financeiros internacionais estão a espelhar os receios dos investidores.

O presidente norte-americano Donald Trump ordenou um ataque aéreo em Bagdad, que matou o general iraniano Qassem Soleimani. Este era o comandante da força de elite iraniana Al-Quds e o líder supremo do Irão já prometeu vingança. O ataque acabou com o otimismo que se viveu nos mercados financeiros internacionais, na primeira sessão do ano, com os investidores a refletirem os receios com uma escalada das tensões geopolíticas.

O Pentágono anunciou, em comunicado, que, por ordem do presidente Trump, as forças armadas dos EUA tomaram “medidas defensivas decisivas” para proteger o pessoal norte-americano no estrangeiro, matando Soleimani. Washington defendeu que o general estava ativamente a desenvolver planos para atacar diplomatas e membros de serviços norte-americanos no Iraque e em toda a região.

O líder supremo do Irão condenou os ataques e declarou três dias de luto pela morte do comandante da força de elite iraniana, que descreveu como “símbolo internacional de resistência”. O chefe da diplomacia iraniana avisou que o ataque constitui uma “escalada extremamente perigosa” e prometeu vingança. Rússia, França e China já alertaram para as consequências do acontecimento, pedindo calma e estabilidade no Médio Oriente.

“O aumento das tensões entre EUA e Irão pela morte do responsável militar iraniano pelas operações no exterior por um drone norte-americano levou a uma subida dos preços do petróleo e a um aumento da incerteza a curto prazo pelas possíveis represálias por parte do Irão. Por isso, é praticamente inevitável que hoje [sexta-feira] ocorra uma correção nas bolsas, após as subidas de ontem [quinta-feira]”, refere o Bankinter, numa nota de abertura do mercado.

Após um ano de fortes ganhos em quase todas as classes de ativos, os mercados financeiros entraram em 2020 com otimismo. A primeira sessão, esta quinta-feira, foi novamente de subidas, mas o ataque teve impacto no sentimento: levou a um disparo no petróleo e ouro, acompanhado por uma fuga dos investidores das ações para as obrigações.

É provável que ao longo de 2020 o conflito entre EUA e Irão se intensifique. Isso levará a um aumento do ruído e fará com que o Brent provavelmente se situe acima do intervalo entre 60 e 70 dólares, mas não irá alterar os fundamentais do mercado, que continuam pró-bolsas”, acrescenta o banco.

Petróleo dispara 4%

Devido à localização do conflito, a primeira reação veio do mercado petrolífero. As tensões no Médio Oriente poderão comprometer o fornecimento da matéria-prima a nível global, o que levou a um disparo nos preços. O Brent, que serve de referência para as importações nacionais, valoriza 3,86% para 68,81 dólares, um máximo desde 17 de setembro. Nos EUA, o barril de West Texas Intermediate (WTI) sobe 3,74% para 63,47 dólares, o valor mais elevado dos últimos sete meses.

Bolsas afundam com fuga ao risco

As ações estão a ter a reação contrária e cedem à aversão dos investidores ao risco. Após a última sessão ter sido de subidas, as principais bolsas europeias seguem esta sexta-feira no vermelho. O Stoxx 600 cai 0,7%, enquanto o alemão DAX e o francês CAC 40 perdem 0,5%. Portugal não está a escapar à tendência e o índice PSI-20 desvaloriza 0,62% para 5.233,81 pontos.

Petrolíferas ganham com subida do petróleo

A exceção nos mercados acionistas são as petrolíferas, que beneficiam da subida do preço do petróleo. É o caso de empresas como a australiana Santos, das chinesas PetroChina e CNOOC ou da indiana Oil India, que registaram durante a madrugada ganhos superiores a 2%. A portuguesa Galp Energia (uma das duas únicas cotadas no “verde”, em Lisboa) ganha 1,5% para 15,21 euros por ação.

Ouro em máximos de quatro meses

Esta forte subida dos preços do petróleo, para máximos de vários meses, foi acompanhada de valorizações em ativos-refúgio como o ouro, que ganha 1,15% para 1.546,75 dólares por onça, o valor mais elevado em quatro meses. Também a prata, a platina e o paládio seguem em alta, com ganhos na ordem de 1%.

Juros da dívida recuam

A fuga ao risco está a levar os investidores não só em direção aos metais preciosos, mas também a refugiarem-se nas obrigações. Os juros das dívidas da Zona Euro, caem de forma generalizada com o a yield do benchmark alemão a recuar 6 pontos base para -0,288%.

No caso de Portugal, o juro da dívida a dez anos cedem para 0,36%, enquanto em Espanha os mesmos títulos têm um juro de 0,388% e em Itália de 1,33%. Nos três países, estes são os valores mais baixos em duas semanas.

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Ricardo Araújo Pereira troca a TVI pela SIC

Ricardo Araújo Pereira é o mais recente reforço da SIC. Será acompanhado pelos três outros membros do “Governo Sombra”.

Depois de Cristina Ferreira, a SIC, líder de audiências com um share médio de 19,2% em 2019, fez uma nova investida junto da sua concorrente, a TVI, que está a ser alvo de uma OPA por parte da Cofina. Desta vez, contratou Ricardo Araújo Pereira que regressa, assim, à estação de Paço de Arcos, onde começou com o “Gato fedorento”.

Os projetos a desenvolver por Ricardo Araújo Pereira serão anunciados brevemente, sendo certo que a SIC passará também a contar, já neste mês de janeiro, com o painel de análise política do “Governo Sombra”. O humorista será acompanhado pelos três outros membros do “Governo Sombra” – Carlos Vaz Marques, João Miguel Tavares e Pedro Mexia. A estreia do programa está marcado para dia 10 de janeiro um pouco depois da meia-noite.

Este é um regresso do humorista à SIC, embora já não em Carnaxide, mas em Paço de Arcos. O “regresso à SIC é muito gratificante para mim porque eu sempre quis conhecer as Laveiras e nunca se proporcionou. Não é segredo para ninguém que se trata de uma das mais belas localidades da União de Freguesias de Oeiras e São Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias”, brinca.

“Fiquei muito contente com o convite, que demonstra claramente que, quando uma estação é líder, pode dar-se ao luxo de começar a tomar decisões um bocado absurdas”, diz, em comunicado, Ricardo Araújo Pereira.

"Regresso à SIC é muito gratificante para mim porque eu sempre quis conhecer as Laveiras e nunca se proporcionou. Não é segredo para ninguém que se trata de uma das mais belas localidades da União de Freguesias de Oeiras e São Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias”

Ricardo Araújo Pereira

Humorista

Daniel Oliveira, diretor geral de entretenimento da Impresa, diz que a contratação do humorista “torna a nossa equipa ainda mais valiosa”. “Este seu regresso a uma casa que é também a sua, onde despontou como humorista e tem um histórico de sucesso memorável, será bastante estimulante para o público”, acrescenta.

“Vamos aumentar a nossa capacidade de produzir mais conteúdos de humor nos diferentes formatos que o género permite, o que é muito desafiante para quem cria e amplia a nossa visibilidade junto de um espetro alargado do auditório”, sublinha Daniel Oliveira.

Ricardo Araújo Pereira estreou-se na SIC em 2003, com o “Gato Fedorento”, programa de humor transmitido na SIC Radical. Em 2008/2009 foi co-autor e apresentou, entre outros, “Gato Fedorento Esmiúça os Sufrágios”, tendo depois decidido afastar-se do pequeno ecrã. Regressou depois com o “Governo Sombra”, na TVI, canal onde também apresentou outros projetos.

(Notícia atualizada às 11h13 com mais informação)

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Rússia e outros países alertam para consequências da morte de general iraniano pelos EUA

  • Lusa
  • 3 Janeiro 2020

A Rússia, França e China alertam para as consequências da morte do comandante da força de elite iraniana Al-Quds. Pedem "calma"e "estabilidade" no Médio Oriente.

A Rússia, França e China alertaram esta sexta-feira para as consequências do assassínio em Bagdad do general iraniano Qassem Soleimani, num ataque norte-americano considerado pelos russos como “perigoso” e que pode levar ao “aumento das tensões na região”.

“O assassínio de Soleimani (…) é um passo arriscado que levará ao aumento das tensões na região”, declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, citado pelas agências RIA Novosti e TASS.

“Soleimani serviu fielmente os interesses do Irão. Oferecemos as nossas sinceras condolências ao povo iraniano”, acrescentou o Ministério.

A França pediu “estabilidade” no Médio Oriente, após a morte do general, através da secretária de Estado para Assuntos Europeu, Amélie de Montchalin.

“Estamos a acordar num mundo mais perigoso. A escalada militar é sempre perigosa”, disse Amélie de Montchalin à rádio RTL.

“Quando essas operações ocorrem, podemos ver claramente que a escalada está em andamento, quando queremos estabilidade e um decréscimo (da escalada) acima de tudo”, acrescentou a secretária de Estado francesa.

Por seu lado, a China mostrou esta sexta-feira “preocupação” e pediu “calma” depois da morte do general Qassem Soleimani.

“Pedimos a todas as partes envolvidas, especialmente aos Estados Unidos, que mantenham a calma e contenção para evitar nova escalada da tensão”, disse o porta-voz da diplomacia chinesa, Geng Shuang, aos jornalistas.

“A China há muito tempo que se opõe ao uso da força nas relações internacionais”, disse Geng Shuang, pedindo “respeito” pela soberania e integridade territorial do Iraque.

A Guarda Revolucionária confirmou a morte do general Qassem Soleimani, na sequência de um ataque aéreo, na manhã desta sexta-feira, contra o aeroporto de Bagdad, que também visou o ‘número dois’ da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque, Abu Mehdi al-Muhandis, conhecida como Mobilização Popular [Hachd al-Chaabi].

O Presidente dos Estados Unidos ordenou a morte do comandante da força de elite iraniana Al-Quds, general Qassem Soleimani, anunciou o Pentágono num comunicado.

Na nota, o Pentágono disse que Soleimani estava “ativamente a desenvolver planos para atacar diplomatas e membros de serviço norte-americanos no Iraque e em toda a região”.

O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, prometeu esta sexta-feira vingar a morte do general iraniano Qassem Soleimani e declarou três dias de luto nacional.

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Embaixada norte-americana pede a cidadãos que abandonem o Iraque

  • Lusa
  • 3 Janeiro 2020

A representação diplomática dos EUA pediu aos norte-americanos no Iraque “que partam de avião o mais rápido possível” ou saiam “para outros países por via terrestre”.

A embaixada norte-americana em Bagdad, atacada na terça-feira por pró-iranianos, apelou esta sexta-feira aos seus cidadãos que deixem o Iraque “imediatamente”, poucas horas após o assassínio do general iraniano Qassem Soleimani numa operação dos Estados Unidos.

A representação diplomática dos EUA pediu aos norte-americanos no Iraque “que partam de avião o mais rápido possível” ou saiam “para outros países por via terrestre”. As principais passagens de fronteira do Iraque levam ao Irão e à Síria, mas há outros pontos de passagem para a Arábia Saudita e a Turquia.

O assassínio do general iraniano Qassem Soleimani, enviado da República Islâmica ao Iraque, representa “uma escalada perigosa da violência”, disse esta terça-feira a presidente da Câmara dos Deputados norte-americana, a democrata Nancy Pelosi. “Os Estados Unidos – e o mundo – não podem permitir uma escalada de tensões que chegue a um ponto sem retorno”, afirmou ainda Pelosi num comunicado.

A Guarda Revolucionária confirmou a morte do general Qassem Soleimani, na sequência de um ataque aéreo, na manhã desta sexta-feira, contra o aeroporto de Bagdad, que também visou o ‘número dois’ da coligação de grupos paramilitares pró-iranianos no Iraque, Abu Mehdi al-Muhandis, conhecida como Mobilização Popular [Hachd al-Chaabi].

O Presidente dos Estados Unidos ordenou a morte do comandante da força de elite iraniana Al-Quds, general Qassem Soleimani, anunciou o Pentágono num comunicado. Na nota, o Pentágono disse que Soleimani estava “ativamente a desenvolver planos para atacar diplomatas e membros de serviço norte-americanos no Iraque e em toda a região”.

O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, prometeu esta sexta-feira vingar a morte do general iraniano Qassem Soleimani e declarou três dias de luto nacional.

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