Hoje nas notícias: Portagens, sondagens e BES

  • ECO
  • 26 Fevereiro 2020

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Uma acusação a Ricardo Salgado, ex-presidente do BES, continua “presa” devido ao sigilo profissional de uma testemunha-chave no processo. Nos jornais desta quarta-feira noticia-se também que as poupanças com a descida das portagens no interior, A28 e Via do Infante podem chegar aos 1.200 euros por ano. E uma sondagem da Intercampus mostra que Joacine Katar Moreira e André Ventura eram os políticos em que os inquiridos menos confiavam para comprar um carro usado. Veja estas e outras notícias que marcam as manchetes nacionais.

Acusação a Ricardo Salgado “presa” por sigilo profissional

A última acusação no processo que o Banco de Portugal (BdP) abriu no caso Banco Espírito Santo (BES) contra Ricardo Salgado continua “presa” porque um ex-administrador do banco, testemunha-chave no processo, se recusa a levantar sigilo profissional. A palavra final, diz o Público, está agora nas mãos da Ordem dos Advogados.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Portagens das SCUT no interior, A28 e Via do Infante com descontos entre 20% e 40%

O Governo vai baixar o custo das portagens a partir do terceiro trimestre e as poupanças, disse a ministra da Coesão Territorial à Renascença, podem chegar aos 1.200 euros por ano. “Vamos conseguir implementar no terceiro trimestre deste ano um sistema de redução de portagens, privilegiando as portagens do interior”, disse Ana Abrunhosa. Na lista estão as portagens do interior, da A28 e da Via do Infante que terão descontos entre 20% e 40%.

Leia a notícia completa no Renascença (acesso pago).

Maioria não comprava um carro usado a Joacine e André Ventura

Questionados a quem não comprariam um carro usado, os inquiridos num estudo da Intercampus revelaram menos confiança em Joacine Katar Moreira e André Ventura. Cerca de 66% dos inquiridos não compravam um carro usado à deputada não inscrita, enquanto 57,7% não confiava num negócio com o deputado do Chega. Na ponta oposta encontram-se Jerónimo de Sousa e Catarina Martins, os políticos em quem os inquiridos mais confiavam. Esta é uma pergunta que se coloca para aferir o grau de confiança nos políticos.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago).

Investimento direto estrangeiro sobe 7% em 2019

O investimento direto estrangeiro em Portugal aumentou 7% entre o final de 2018 e o de 2019, o que corresponde a mais 9,2 mil milhões de euros. França destacou-se como um dos países com maior crescimento no investimento no país. Já entre os setores, é o investimento imobiliário que sobressai, representando quase 15% do total de investimento direto estrangeiro.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago).

Banco de Portugal investiga papel de Teixeira dos Santos

O Banco de Portugal abriu um inquérito ao papel de Fernando Teixeira dos Santos nas transferências realizadas pela empresária angolana Isabel Dos Santos. Em causa está uma transferência da petrolífera Sonangol para uma sociedade no Dubai, a Matter Business Solution, que estava ligada à empresária angolana, na altura também acionista do banco. O supervisor quer verificar os passos dados na situação, quais as informações conhecidas, e se Teixeira dos Santos poderia ter interrompido a execução das ordens de transferência.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portagens das SCUT no interior, A28 e Via do Infante com descontos entre 20% e 40%

  • ECO e Lusa
  • 26 Fevereiro 2020

A partir do terceiro trimestre, as portagens vão ficar mais baratas no interior, na A28 e na Via do Infante. As poupanças, diz o Governo, podem chegar aos 1.200 euros por ano.

Para quem conduz diariamente, vêm aí boas notícias. O Governo vai baixar o custo das portagens a partir do terceiro trimestre e as poupanças, disse a ministra da Coesão Territorial à Renascença, podem chegar aos 1.200 euros por ano. Na lista estão as portagens do interior, da A28 e da Via do Infante.

“Vamos conseguir implementar no terceiro trimestre deste ano um sistema de redução de portagens, privilegiando as portagens do interior”, disse Ana Abrunhosa, explicando que “nos primeiros sete dias as portagens são pagas, para, depois, entre o oitavo e o décimo quinto dia, todas as passagens beneficiarem de 20% de desconto. A partir do décimo sexto dia até ao final do mês de calendário, todas as passagens beneficiam de 40% de desconto“.

Na lista de estradas que passarão a ter desconto estão: A22-Algarve, A23-IP, A23-Beira Interior, A24-Interior Norte, A25-Beiras Litoral e Alta, A28-Norte Litoral, A4-Subconcessão AE transmontana, A4-Túnel do Marão, A13 e A13-1-Subconcessão Pinhal Interior.

De acordo com a ministra da Coesão Territorial, dando como exemplo uma viagem entre a Covilhã e Castelo Branco, o condutor paga por viagem 6,71 euros, num total de 422 euros ao final do mês. Com um desconto de 25% (desconto médio), “pagaria menos 102 euros ao final do mês, o que significaria que pagaria menos 1.224 euros ao final do ano”.

Medida é “insuficiente” e “pouco clara”

Os descontos nas portagens de sete autoestradas para os utilizadores frequentes “é uma medida positiva”, mas insuficiente para resolver os problemas da competitividade no interior do país, defende o presidente da Turismo do Centro.

Pedro Machado, que lidera uma Entidade Regional que agrupa cem municípios, a maior parte situados no interior, considera que os descontos são “por princípio uma aspiração da região, e, como tal, medida positiva”, mas adverte para a necessidade de ir mais longe. “Descontos progressivos e percentuais são por aí mesmo restritivos, podem induzir a visitação, mas estão longe de criar as condições necessárias para a consolidação da procura e resolver os problemas da competitividade”, disse à agência Lusa o presidente da Entidade Regional.

O líder da Turismo do Centro considera que “a captação do investimento e a fixação de novas empresas e modelos de negócio carece de medidas mais aprofundadas e de investimento direto do Estado”. Pedro Machado tem defendido repetidamente nos últimos anos que, para aumentar a “competitividade e a atratividade” do território, é preciso tomar medidas que consigam atrair de facto pessoas e empresas para o interior do país.

“Há muito que defendemos que o valor elevado das portagens é um elemento dissuasor, que afasta os turistas interessados em descobrir o Interior do país e que veio agravar os problemas dos territórios de baixa densidade, constituindo um obstáculo ao desenvolvimento”, disse Machado, em janeiro.

Já José Gameiro, membro da Plataforma pela Reposição das Scut na A23 e A25, salienta que a aplicabilidade da medida anunciada pelo Governo de descontos nas portagens em sete autoestradas “não está clara” e “deve ser devidamente esclarecida”.

“Precisamos de saber a operacionalização desta medida [descontos nas ex-scut], visto que, até ao momento, tudo aquilo que é conhecido e tem sido divulgado sobre os descontos não está claro. É bom que tudo seja devidamente esclarecido”, afirmou à agência Lusa José Gameiro, da Associação Empresarial da Beira Baixa (AEBB).

José Gameiro também realça, no entanto, que tudo o que seja descontos nas portagens “é sempre positivo”. “Penso que caminhamos para a abolição [das portagens] dentro de algum tempo que é, no fundo, aquilo que a Plataforma [pela Reposição das Scut na A23 e A25] tem vindo a reivindicar”, sustentou.

Portagens no Algarve “nem deviam existir”, dizem hoteleiros da região

Os descontos nas portagens de sete antigas vias Sem Custos para o Utilizador (SCUT) “pecam por pouco” e, no caso do Algarve, as portagens na A22 “nem deviam existir”, considerou hoje o presidente da maior associação hoteleira da região.

“A medida peca por pouco e no que diz respeito ao Algarve não devia haver portagens nenhumas”, disse à Lusa Elidérico Viegas, sublinhando que a manutenção das portagens na A22 é reveladora da “falta de sensibilidade” do Governo face ao peso que a atividade turística na região tem na economia do país.

Em declarações à Lusa, o presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) considerou que, em matéria de portagens, a região é “refém das estratégias definidas para o resto do país” e que se aplicam ao Algarve “por simpatia”.

“Não faz sentido que, no Algarve, continuemos a pagar portagens para que no resto do país também se continue a pagar”, defendeu, lembrando que durante dez anos a circulação naquela ex-SCUT não era paga e que a região “paga por tabela”, mesmo sendo uma região altamente dependente do turismo.

Segundo Elidérico Viegas, a introdução de portagens na A22, em 2009, teve “impactos terríveis” no setor turístico, alguns dos quais ainda se fazem sentir, nomeadamente no que respeita ao mercado espanhol, que “ainda hoje não recuperou”.

De acordo com o empresário, ainda não foi possível recuperar o mercado espanhol “na sua totalidade”, já que criou “uma situação de desconfiança que perdura”, não as portagens em si, mas o modelo de pagamento, “que poucos compreendem”.

Elidérico Viegas sublinhou ainda que a A22 “não tem características de autoestrada”, mas sim de via rápida, e recordou que a criação da estrada, paga com fundos comunitários, se baseava no princípio de não ter quaisquer custos para o utilizador.

(Notícia atualizada às 17h02 com mais reações à medida)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Primavera dá 2.400 euros a trabalhadores que se mudem para Braga

Tecnológica portuguesa premeia mudança de trabalhadores para Braga com a oferta de 2.400 euros para fixar talento na cidade.

Rita Cadillon, diretora de recursos humanos da Primavera Business Software Solutions.Ricardo Castelo/ECO

A tecnológica portuguesa Primavera Business Software Solutions, com sede em Braga e atividade em Portugal, Angola, Moçambique e Cabo Verde, oferece 2.400 euros aos trabalhadores que aceitem mudar-se para Braga para trabalharem na empresa.

A medida pretende ser um incentivo para atrair e reter talento na cidade nortenha, assim como criar condições para a empresa renovar e reforçar equipas.

“Com a oferta do Porto, embora Braga seja perto, tivemos necessidade de tomar medidas para atrair pessoas. E um jovem licenciado, para vir para Braga, tem de ter motivos fortes. Saem da faculdade e têm logo empresa à espera: criámos um subsídio de fixação de residência e, se quiserem mudar-se para Braga, recebem à cabeça 2.400 euros. Damos essa ajuda porque queremos que as pessoas se fixem e sabemos que se as pessoas vierem viver para Braga é mais fácil em termos de retenção”, detalha Rita Cadillon, diretora de recursos humanos da Primavera.

"Damos essa ajuda porque queremos que as pessoas se fixem e sabemos que se as pessoas vierem viver para Braga é mais fácil em termos de retenção.”

Rita Cadillon

Diretora de recursos humanos da Primavera

Além de uma ajuda em caso de mudança de residência, a Primavera ajuda ainda os trabalhadores com os transportes diários. A política de atração e retenção de talento passa ainda por dois dias adicionais de férias, o dia de aniversário livre e seguro de saúde, entre outros benefícios.

A empresa tem feito um esforço para se adaptar às necessidades do mercado e a flexibilidade, de horário e não só, é uma das medidas. “É uma tendência incontornável: hoje em dia, uma tecnológica que não tenha horários flexíveis e home office não faz sentido”, explica a diretora de recursos humanos.

Além de Braga, outro dos desafios da empresa é continuar a crescer, sobretudo em Lisboa. “Queremos ganhar mercado na zona centro e sul, e é um desafio grande porque o mercado de Lisboa é mais competitivo e também é um mercado que nós não conhecemos tão bem”, refere.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Coronavírus faz 2.763 mortos. Há 81 mil infetados em todo o mundo

  • Lusa
  • 26 Fevereiro 2020

A China soma 97% dos casos mundiais de infeção pelo novo coronavírus. Surto já chegou a 40 países, mas em Portugal não se confirmou nenhum dos casos suspeitos.

A China reportou 52 mortos devido a infeção pelo coronavírus Covid-19, o menor aumento diário em três semanas, ao mesmo tempo que registou 406 novos casos, a maioria na província de Hubei, epicentro do surto.

O número de novos pacientes registou assim uma queda de 20%, em comparação com o dia anterior, enquanto o número de mortes caiu 27%.

Segundo os dados atualizados pela Comissão Nacional de Saúde da China, até às 16h00 de terça-feira em Lisboa, o país somava um total de 2.715 mortos e 78.064 casos confirmados.

Entre os infetados, 45.604 continuavam ativos e 8.552 pacientes encontravam-se em estado grave. Quase 30.000 pessoas receberam alta após superarem a doença.

A mesma fonte acrescentou que, até ao momento, 647.000 pessoas foram colocadas sob observação, após terem tido contacto próximo com os infetados, entre os quais 79.000 ainda estão a ser acompanhados.

Um representante da Comissão Nacional de Saúde apurou que, em média, uma em cada cinco pessoas que tiveram contacto próximo com alguém infetado deram positivo para a doença.

O número de novos casos suspeitos de infeção ascendeu a 2.491.

As autoridades de saúde de Hubei também divulgaram hoje o mais recente balanço da doença na província, epicentro de surto e que contabiliza 84% dos casos e 96% das mortes ocorridas na China devido à doença.

Hubei reportou 401 novos casos e 52 novas mortes, a maioria em Wuhan, a capital de província.

Embora mais de trinta países tenham casos diagnosticados com Covid-19, a China soma 97% dos casos mundiais de infeção pelo novo coronavírus.

O balanço provisório da epidemia do coronavírus Covid-19 é de pelo menos 2.763 mortos e cerca de 81 mil infetados, de acordo com dados reportados por mais de 40 países e territórios.

Das pessoas infetadas, quase 30 mil recuperaram.

Além dos mais de 2.700 mortos na China, onde o surto começou no final do ano passado, há registo de vítimas mortais no Irão, Coreia do Sul, Itália, Japão, Filipinas, França e Taiwan.

A Organização Mundial de Saúde declarou o surto do Covid-19 como uma emergência de saúde pública de âmbito internacional e alertou para uma eventual pandemia, após um aumento repentino de casos em Itália, Coreia do Sul e Irão nos últimos dias.

Em Portugal, já houve 16 casos suspeitos, que resultaram negativos após análises, e um homem hospitalizado em Lisboa está a ser avaliado.

O único caso conhecido de um português infetado pelo novo vírus é o de um tripulante de um navio de cruzeiros que foi internado num hospital da cidade japonesa de Okazaki, situada a cerca de 300 quilómetros a sudoeste de Tóquio.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 coisas que vão marcar o dia

O tema Novo Banco marcará o dia, com a ida ao Parlamento do presidente do Fundo de Resolução. Já Fernando Medina vai à televisão justificar a limitação aos carros na baixa lisboeta.

O presidente do Fundo de Resolução vai ao Parlamento falar sobre o Novo Banco, onde deverá ser questionado sobre a possibilidade de uma nova injeção de capital no banco que resultou da resolução do BES. O dia também vai ficar marcado pelo projeto “Governo mais próximo”, que pretende aproximar a governação a cada região. Isto ao mesmo tempo que Fernando Medina vai à televisão, depois das críticas ao projeto Avenida Baixa Chiado, e em que o mundo continua atento ao coronavírus.

Coronavírus mantém mercados sob pressão

O surto de coronavírus deverá continuar a condicionar as negociações nos mercados de capitais, depois de ter provocado uma hecatombe nas principais praças europeias e norte-americanas no arranque desta semana. Com o surto a ganhar tração na Europa, sobretudo a partir de Itália, os investidores continuarão de olhos postos nos números que vão chegando sobre os novos casos de infeção.

Máximo dos Santos vai ao Parlamento

Luís Máximo dos Santos, presidente do Fundo de Resolução, será ouvido na Assembleia da República, numa audição anual na Comissão de Orçamento e Finanças. Esta audição acontece dois dias antes de o Novo Banco apresentar as contas de 2019, antecipando-se um novo pedido de injeção de capital ao Fundo de Resolução pela administração do banco, que poderá rondar novamente os 1.000 milhões de euros. A ida de Máximo dos Santos ao Parlamento acontece ainda numa altura em que tem sido levantada a hipótese de uma injeção extraordinária no Novo Banco para pôr fim ao mecanismo de capital contingente, negociado com a venda do banco ao fundo Lone Star.

Governo lança iniciativa de proximidade

O Governo lança o projeto “Governo mais próximo”, um conjunto de iniciativas com o de exercer “uma governação de proximidade e entrar em contacto direto com cada região e a população”. A primeira arranca já nesta quarta-feira, no distrito de Bragança: começa em Alfândega da Fé da parte da manhã, terminando no final da tarde de quinta-feira em Vimioso, estando prevista a realização de um Conselho de Ministros descentralizado na cidade de Bragança.

Medina fala do projeto para Baixa lisboeta

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, dá uma entrevista à RTP3 na qual será questionado sobre a “ZER Avenida Baixa-Chiado”. Este projeto visa criar uma Zona de Emissões Reduzidas proibindo a circulação rodoviária no centro da capital portuguesa, exceto a residentes e a transportes públicos. Considerando que o autarca “está debaixo de fogo”, a estação pública refere que Medina explicará a proposta do município e responderá às “dúvidas que persistem sobre a viabilidade do projeto”. A entrevista está agendada para as 23h05.

Função pública regressa ao trabalho após Carnaval

Os funcionários públicos regressam hoje ao trabalho, depois das “mini férias” do Carnaval. Mas os milhares de estudantes portugueses ainda terão um dia extra: o regresso às aulas é só esta quinta-feira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governos espanhol e catalão reúnem-se para debater futuro da região

  • Lusa
  • 26 Fevereiro 2020

Sánchez quer discutir alterações ao atual estatuto autonómico da Catalunha, dentro do respeito pela Constituição de Espanha que defende a unidade do país.

O Governo espanhol e o da comunidade autónoma da Catalunha, maioritariamente independentista, têm esta quarta-feira em Madrid a primeira reunião da “mesa de diálogo” sobre o futuro daquela região.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e o presidente do executivo regional, o independentista Quim Torra, partem para o encontro com posições muito afastadas sobre o lugar que a Catalunha deve ocupar em Espanha.

Sánchez quer discutir alterações ao atual estatuto autonómico da Catalunha, dentro do respeito pela Constituição de Espanha que defende a unidade do país.

Por seu lado, Torra vai meter o acento tónico no “reconhecimento e exercício do direito à autodeterminação da Catalunha”, e o “fim da repressão, amnistia e reparação”, do qual faz parte a libertação do que chama serem “presos políticos”.

Com a realização desta primeira reunião, Pedro Sánchez cumpre o compromisso negociado com o partido independentista Esquerda Republicana da Catalunha (ERC) de criar uma “mesa de diálogo” com o executivo regional, embora Quim Torra, que pertence a outro partido separatista, o Juntos pela Catalunha (JxCat), olhe com desconfiança para este instrumento de resolução do conflito catalão.

O primeiro-ministro espanhol conseguiu ser reconduzido em meados de janeiro, depois de negociar a criação desta “mesa de diálogo” com a ERC, que agora está a disputar a liderança do movimento separatista com o JxCat do presidente regional.

A comunidade autónoma da Catalunha tem um forte movimento separatista, tendo os partidos independentistas assumido a direção do Governo regional desde 2015 em eleições sucessivas.

Os políticos catalães que organizaram um referendo ilegal sobre a autodeterminação da região foram julgados no ano passado e estão a cumprir penas que vão até um máximo de 13 anos de prisão, por crimes de sedição e/ou má gestão de fundos públicos.

Um grupo de independentistas está fugido no estrangeiro não tendo ainda sido julgados, entre eles o ex-Presidente do executivo catalão Carles Puigdemont, que está na Bélgica, e foi eleito deputado do Parlamento Europeu.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Negócio de casas com Câmara de Lisboa dá 51 milhões à “almofada” da Segurança Social

Em entrevista ao ECO, o secretário de Estado da Segurança Social revela que o negócio de venda e arrendamento de casas à Câmara de Lisboa deu 51 milhões de euros à "almofada" financeira.

O negócio de venda e arrendamento de 11 edifícios em Lisboa da Segurança Social à Câmara de Lisboa não só não trouxe prejuízos ao Estado, como também possibilitou a transferência de 51 milhões de euros para o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS), no final do último ano. Quem o garante é o secretário de Estado Gabriel Bastos, em entrevista ao ECO.

Uma auditoria do Tribunal de Contas (TdC), divulgada em janeiro, concluiu que o acordo assinado entre a Câmara de Fernando Medina e a Segurança Social para cedência de imóveis para o Programa de Renda Acessível (PRA) foi apenas benéfico para a autarquia, faltando “sustentação técnica” à avaliação dos imóveis.

Em reação, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social apressou-se a assegurar que o negócio “foi rentável”, tendo cumprido “exatamente as regras e critérios das entidades independentes”. Numa nota enviada à imprensa, o gabinete de Ana Mendes Godinho sublinhou mesmo que foi “salvaguardado o interesse público e simultaneamente a rentabilização do património da Segurança Social”.

Em entrevista ao ECO, o secretário de Estado da Segurança Social destaca agora que “não houve nenhum prejuízo”, considerando que a operação em causa foi “transparente” e “positiva”, até porque, no final de 2019, acabou por permitir “uma transferência de 51 milhões de euros para o FEFSS”, a “almofada” financeira da Segurança Social que assegura o pagamento das pensões em caso de ausência de receitas contributivas.

http://videos.sapo.pt/qnMkADlfrcVpAhZZnrKb

Gabriel Bastos adianta, por outro lado, que neste momento não há mais “projetos e propostas” neste sentido em cima da mesa, mas atira: “Não vejo razão nenhuma para que isso seja à partida excluído, desde que haja cautela nos interesses financeiros da Segurança Social”.

O secretário de Estado enfatiza que o objetivo é “rentabilizar o património” dessa instituição, ainda que não numa “perspetiva maximalista” de conseguir receitas especulativas.

“Almofada” poderá ultrapassar 22 mil milhões em 2020

Gabriel Bastos, Secretário de Estado da Segurança Social, em entrevista ao ECO - 21FEV20
Gabriel Bastos diz ao ECO que a “almofada” da Segurança Social poderá ultrapassar os 22 mil milhões de euros já em 2020.Hugo Amaral/ECO

Em setembro do ano passado, o FEFSS atingiu, pela primeira vez, o valor de 20 mil milhões de euros, assegurando o pagamento integral de 18,5 meses de pensões do regime previdencial, num cenário “teórico de total ausência de receita contributiva”. Para este ano, o Governo estima ultrapassar mesmo a marca dos 22 mil milhões de euros e perspetiva que, ao longo desta década, será possível assegurar o pagamento de dois anos de pensões, no cenário referido.

“Estimamos que, este ano, o FEFSS poderá ultrapassar os 22 mil milhões de euros e que, ainda nesta década, poderá estar em condições de cumprir a regra que está definida na Lei de Bases da Segurança Social de o FEFSS conseguir cumprir integralmente o pagamento de pensões do regime previdencial durante o período de dois anos, na hipótese teórica, e meramente teórica, de não existir receita contributiva durante esse período”, explica ao ECO o secretário de Estado da Segurança Social.

Questionado sobre o eventual impacto do abrandamento da economia nessas contas, Gabriel Bastos sublinha que não deverá haver um “impacto muito significativo”, sendo as “perspetivas animadoras”. “Neste momento, as perspetivas que temos são positivas, não temos razões para estar particularmente preocupados“, remata o responsável.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

OMS: O mundo “simplesmente não está pronto” para enfrentar a epidemia

  • Lusa
  • 25 Fevereiro 2020

Especialista que liderou a equipa da Organização Mundial de Saúde enviada à China considera que o mundo "simplesmente não está pronto" para enfrentar a epidemia do novo coronavírus.

O especialista que liderou a equipa da Organização Mundial de Saúde (OMS) enviada à China disse esta terça-feira que o mundo “simplesmente não está pronto” para enfrentar a epidemia do novo coronavírus.

Bruce Aylward, médico canadiano especialista em emergência, saudou o trabalho desenvolvido por Pequim para conter a doença.

Devemos estar prontos para gerir isto [uma epidemia] a uma grande escala, e isso deve ser feito rapidamente“, mas o mundo “simplesmente não está pronto”, disse Bruce Aylward em conferência de imprensa em Genebra, referindo-se à possibilidade de se verificar uma pandemia do novo coronavírus, Covid-19.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Em dois dias, coronavírus passa fatura de 3,7 mil milhões à bolsa de Lisboa

Investidores nacionais tiraram 3,7 mil milhões de euros da bolsa lisboeta nas últimas duas sessões, perante os receios com a propagação do coronavírus na Europa.

Cresce o medo com a propagação do coronavírus na Europa, avolumam-se as perdas nos mercados acionistas. A bolsa de Lisboa não foi exceção. Em apenas duas sessões — esta segunda e terça-feira — as principais cotadas portuguesas “encolheram” 3,67 mil milhões de euros, tal foi a dimensão da aversão ao risco no PSI-20. É uma perda superior ao valor de mercado do BCP (vale hoje 2,6 mil milhões), por exemplo.

Esta terça-feira, o pânico regressou aos mercados com mais países europeus a registarem os primeiros casos. Itália, onde reside o principal foco de tensão no Velho Continente, já soma mais de 320 infetados e lamenta a morte de dez pessoas. Em Espanha, mil turistas estão isolados num hotel em Tenerife, como medida de precaução porque havia hospedado um doente com o Covid-19. Por cá, não se confirmou ainda nenhuma das suspeitas.

As bolsas europeias voltaram a registar perdas acentuadas. O PSI-20, o principal índice português, cedeu mais de 2%. Isto depois de ter registado esta segunda-feira a pior sessão desde o referendo britânico sobre o Brexit, em junho de 2016.

Nestes dois dias, o principal perdedor na bolsa de Lisboa foi a EDP. As ações da elétrica liderada por António Mexia tinham acabado de atingir máximos de sempre na semana passada. Mas, um ápice, tudo mudou. Tombam mais de 7% esta semana, o equivalente a 1,2 mil milhões de euros do valor em bolsa da utility nacional, atualmente nos 16,5 mil milhões.

EDP perde 1,2 mil milhões em dois dias

Fonte: Reuters

EDP Renováveis e Galp viram os respetivos market caps cederem na ordem dos 500 milhões de euros. A empresa de renováveis contrai 4,6% desde segunda-feira. A petrolífera cede quase 5%.

A Jerónimo Martins, quarta maior cotada da bolsa, registou uma desvalorização de 360 milhões de euros em dois dias. A retalhista é atualmente a quarta maior cotada, com um valor de mercado de 10,44 mil milhões de euros.

Outra grande cotada, o BCP “encolheu” 250 milhões de euros, ficando avaliado em 2,6 mil milhões de euros após perder 8,75% nas últimas duas sessões.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Falha na rede da MGM Resorts expôs dados de Bieber e CEO do Twitter

  • ECO Seguros
  • 25 Fevereiro 2020

Informações pessoais de mais de 10,6 milhões de pessoas que se hospedaram em hotéis da MGM Resorts ficaram expostas na ‘dark web’, à mercê do cibercrime.

Informações pessoais de mais de 10,6 milhões de pessoas que se hospedaram em hotéis da MGM Resorts ficaram expostas na ‘dark web’, à mercê do cibercrime. Entre os famosos cujos dados faziam parte dos arquivos expostos no lado negro do ciberespaço incluem-se Jack Dorsey, CEO da rede Twitter, e o cantor e compositor Justin Bieber.

A informação que verteu dos sistemas da MGM Resorts incluem nomes, endereços, números de telefone, endereços eletrónicos e datas de nascimento dos hóspedes. Os arquivos expostos foram postados num fórum de hackers, que não deram apenas os detalhes de turistas regulares, mas também informações de celebridades visitantes, CEOs, jornalistas, funcionários de empresas de tecnologia e até mesmo funcionários governamentais.

No total, os dados pessoais de 10.683.188 antigos hóspedes de hotéis do grupo MGM Resorts ficaram disponíveis na dark web (rede escura, em tradução literal), o ‘lado negro’ do ciberespaço formado por redes encriptadas e inacessíveis a partir dos motores de pesquisa conhecidos.

O site ZDNet, com o auxílio de especialistas de monitorização da Under the Breach, confirmou a autenticidade dos dados violados. Alguns dos hóspedes cujos dados estavam nos arquivos foram contactados, confirmaram a sua identidade e corroboraram que haviam estado em unidades da cadeia MGM Resorts.

A cadeia hoteleira confirmou o incidente e, numa declaração por e-mail, explicou que a fuga de informação teve origem num incidente de segurança ocorrido no ano passado. “No verão passado, descobrimos um acesso não autorizado a um servidor na nuvem que continha uma quantidade limitada de informações de certos hóspedes anteriores da MGM Resorts”, cita a ZDNet.

Confiante de que “nenhum dado financeiro, cartão de pagamento ou senha” ficaram comprometidos, a companhia adiantou que os hóspedes afetados foram prontamente notificados. Por outro lado, a MGM explicou que contratou os serviços de duas empresas de cibersegurança forense para investigar o sucedido.

“Na MGM Resorts, levamos muito a sério a nossa responsabilidade de proteger os dados dos hóspedes e reforçamos e melhoramos a segurança da nossa rede para evitar que isto volte a acontecer”, declarou a empresa acrescentando que os dados violados eram antigos, ou anteriores a 2017.

A rede MGM Resorts International nasceu nos anos sessenta do século passado e a sua origem é indissociável de Kirk Kerkorian, um homem de negócios que também esteve ligado aos estúdios Metro-Goldwin-Mayer. Já em 2000, anos depois da influência de Kerkorian, a holding do grupo comprou a Mirage Resorts e, em 2005, tomou o controlo dos hotéis Mandalay.

De acordo com números divulgados há pouco mais de uma semana, a MGM Resorts fechou o exercício de 2019 com um resultado bruto (ebitda ajustado) de 3 000 milhões de dólares, mais 6% do que em 2018, suportado por receitas líquidas de 12,9 mil milhões (10% acima do consolidado um ano antes), fechando o balanço de 2019 com lucros líquidos de 2 000 milhões de dólares.

Atualmente, o grupo – que detém um dos 10 maiores casinos do mundo (MGM Las Vegas) e emprega mais de 80 mil pessoas – opera ativos de entretenimento e hotéis de luxo nos EUA e em outros destinos do mundo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Medo do coronavírus volta a castigar bolsas. Lisboa cai mais de 2%

Suíça, Áustria, Croácia confirmaram primeiros casos do novo coronavírus. Mil turistas em Espanha estão isolados. Itália contabiliza sete mortos. Covid-19 continua a espalhar o medo. Nas bolsas também.

Pelo segundo dia consecutivo, as bolsas europeias voltaram a ser bastante castigadas perante evoluir descontrolado do surto do novo coronavírus, particularmente na Europa. Vários países europeus confirmaram esta terça-feira os primeiros casos de infeção por Covid-19. Isto enquanto Itália continua a somar doentes e vítimas mortais. Esta terça-feira, voltaram a intensificar-se os receios dos investidores. A bolsa de Lisboa caiu mais de 2%.

O PSI-20, o principal índice português, perdeu 2,22% para 5.081,49 pontos, com praticamente todas as cotadas em terreno negativo. Já ontem tinha tombado mais de 3% na pior sessão desde o referendo britânico sobre o Brexit, em junho de 2016.

O BCP caiu 3,78% para 0,1733 euros e registou um dos piores desempenhos. Também a EDP saiu penalizada: as ações da elétrica desvalorizaram 3,68% para 4,532 euros.

Pharol e Mota-Engil, com menos preponderância no índice nacional, fecharam a sessão com afundanço de 5%, num dia em que apenas a Ibersol acabou por escapar a nova vaga de medo nas bolsas por causa do coronavírus.

Lisboa volta a ceder

China deixou de ser o principal foco de preocupação, com a Europa a registar casos a cada hora que passa. Itália já contabilizou mais de 280 infetados pelo Covid-19, tendo já sete vítimas mortais a lamentar. Em Espanha, um hotel nas Canárias está isolado com cerca de 1.000 turistas no seu interior depois de ter hospedado um infetado. Entretanto, países como a Suíça, a Áustria e a Croácia confirmaram primeiros casos.

Foi neste cenário de agravamento da propagação do novo vírus que os mercados acionistas voltaram a assistir novo “sell off”. O FTSE MIB, a principal praça financeira de Itália, caiu 1,44%, enquanto o espanhol IBEX-35 cedeu 2,4%. Em Paris e Frankfurt as perdas também foram de 2%, com o índice Stoxx 600 a ceder 1,8%.

Entretanto, em Wall Street, que havia iniciado a sessão em alta, também mergulho no vermelho. O S&P 500 recua 1,23%.

“Achamos muito difícil que o número de casos nos EUA seja tão baixo como os que foram reportados. Acreditamos que tendo em conta o fluxo de chineses, coreanos e iranianos, um surto junto da comunidade americana é cada vez maior”, disseram os analistas da Jefferies.

“Estes surtos significativos em Itália, Irão e na Coreia do Sul sugerem que outros surtos com Covid-19 podem ocorrer em muitos outros lugares”, acrescentaram.

Considerado um ativo de refúgio em tempos de incerteza, desta vez nem o ouro brilhou: a onça do metal amarelo desvaloriza quase 1% para 1.644,41 dólares, depois de ter atingido máximos de sete anos esta segunda-feira.

(Notícia atualizada às 16h54)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bermudas regressa à ‘lista branca’ da UE

  • ECO Seguros
  • 25 Fevereiro 2020

Considerado ainda um dos centros globais mais importantes da indústria seguradora, as Ilhas Bermudas estavam desde março de 2019 entre as jurisdições fiscais não cooperantes da UE.

O Conselho de Ministros das Finanças e Economia da União Europeia (Ecofin) da semana passada retirou as Bermudas da lista de jurisdições não cooperantes em matéria fiscal.

As companhias globais presentes no território saudaram os esforços do governo e das autoridades financeiras locais para alcançar o resultado anunciado por Bruxelas.

John Huff, presidente e CEO da Associação de Seguradores e Resseguradores das Bermudas (ABIR), referiu que a decisão do Ecofin “reconhece o sólido trabalho da Bermudas em corresponder aos critérios europeus da boa governação fiscal e a melhoria da substância do nosso enquadramento económico. O ambiente regulatório da Bermudas é robusto e de classe mundial”.

Acompanhada, pelo menos desde 2016, pela OCDE e pelo grupo de Código de Conduta (fiscalidade de empresas) instituído no seio do Conselho de ministros da UE, Bermuda encontrava-se entre as jurisdições com “regimes fiscais facilitadores de estruturas offshore que atraem lucros sem atividade económica real”.

A colocação de certas jurisdições na lista negra da UE supõe que a respetiva legislação fiscal, políticas fiscais e práticas administrativas implicam ou são suscetíveis de implicar uma perda de receitas para os Estados-Membros da UE, sublinha a instituição da União Europeia.

As Bermudas que, de acordo com um trabalho do jornal Financial Times, estarão a perder o estatuto de ‘porto seguro’ para as companhias seguradoras, não exibem já a pujança e a atratividade de outros anos no que respeita ao setor, tanto por causa de movimentos de consolidação como da pressão regulatória, estando atualmente a revelar maior dinâmica no resseguro do ramo Vida e no desenvolvimento dos Insured Linked Securities (valores mobiliários associados a seguros). Contudo, mantêm-se como um dos centros globais mais importantes da indústria seguradora, concilia o FT.

Comprometida desde março de 2019 em dar resposta às preocupações e compromissos, as Bermudas encetaram um diálogo positivo e cooperante com a UE tendo cumprido o prazo (até final de 2019) para adaptar a sua legislação, revelam documentos do Conselho (Ecofin).

Neste contexto, de acordo com a revisão e atualização da lista saída do Ecofin de 18 de fevereiro, houve 16 jurisdições (Antígua e Barbuda, Arménia, Baamas, Barbados, Belize, Bermudas, Ilhas Virgens Britânicas, Cabo Verde, Ilhas Cook, Curaçau, Ilhas Marshall, Montenegro, Nauru, Niuê, São Cristóvão e Neves e Vietname) que conseguiram implementar todas as reformas necessárias para cumprir os princípios da UE em matéria de boa governação fiscal antes do prazo acordado, pelo que foram retiradas do designado Anexo II do Grupo de Código de Conduta da UE.

“Os trabalhos sobre a lista de jurisdições não cooperantes para efeitos fiscais baseiam-se num minucioso processo de avaliação, acompanhamento e diálogo com cerca de 70 jurisdições de países terceiros. Desde que iniciámos este exercício, foram 49 os países que implementaram as reformas fiscais necessárias para cumprir os critérios da UE, o que é um sucesso inegável. Mas é também um trabalho em evolução e um processo dinâmico em que a nossa metodologia e os nossos critérios são constantemente revistos”, afirmou Zdravko Marić, vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças da República da Croácia.

No entanto, para além das oito jurisdições que já estavam incluídas na sua lista de não cooperantes (Ilhas Fiji; Guame; Omã; Samoa; Trindade e Tobago; Ilhas Virgens dos Estados Unidos; Vanuatu; Samoa Americana), a reunião do Ecofin decidiu também incluir as seguintes jurisdições: Ilhas Caimão; Palau; Panamá; Seicheles. “Estas jurisdições não aplicaram as reformas fiscais a que se tinham comprometido no prazo acordado”, informa o comunicado do Ecofin.

Os trabalhos sobre a lista começaram em julho de 2016 no âmbito do grupo de trabalho responsável pela aplicação de um Código de Conduta da UE no domínio da Fiscalidade das Empresas. Em dezembro de 2016, o Conselho estabeleceu critérios:

– que as jurisdições deverão respeitar para serem consideradas conformes em matéria de transparência fiscal;
– que as jurisdições deverão respeitar para serem consideradas conformes em matéria de equidade fiscal;
– que exigem que se implementem medidas anti-BEPS (medidas contra a erosão da base tributável e a transferência de lucros).

O objetivo da lista negra, estabelecida pela primeira vez em dezembro de 2017, é promover a boa governação a nível mundial, a fim de maximizar os esforços para prevenir a evasão e a fraude fiscais. Estes objetivos são prosseguidos em paralelo com a OCDE no contexto do G20.

A gestão da lista – que é ‘cinzenta’ para jurisdições cooperantes, mas que ainda não concluíram os processos de adaptaçãoé um processo contínuo e dinâmico de: definição de critérios conformes com as normas fiscais internacionais; análise dos países em função destes critérios; diálogo com os países que não cumprem; inclusão de países na lista e retirada da lista à medida que estes assumem compromissos ou tomam medidas para cumprir os critérios; acompanhamento da evolução para assegurar que as jurisdições não retrocedem em relação a reformas anteriores.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.