PSI-20 ganha mais de 3%. Europa recupera do maior mergulho de sempre
As bolsas europeias estão a eliminar parte das perdas de quinta-feira e o PSI-20 recupera de mínimos de 24 anos, depois do maior sell-off de sempre no Velho Continente.
As bolsas europeias entraram na última sessão da semana a negociar em terreno positivo, eliminando parte das perdas registadas num dos piores dias de negociação de que há memória no Velho Continente, no qual a generalidade dos índices caiu mais de 10% e a bolsa de Lisboa recuou para mínimos de 24 anos.
Depois de registar a maior queda intradiária de sempre, provocada pela disrupção económica que está a ser causa pela pandemia do coronavírus, o pan-europeu Stoxx 600 recupera 2,4%. Mas os ganhos são mais significativos nos índices nacionais: o espanhol IBEX ganha 6,5%, enquanto o francês CAC-40 sobe 4% e o britânico FTSE avança 2,9%. Em simultâneo, o português PSI-20 valoriza 3,36%, para 3.933,91 pontos.
Evolução da cotação do PSI-20
A puxar pelo principal índice nacional está a EDP. A elétrica liderada por António Mexia tinha afundado 13,65% no sell-off desta quinta-feira, mas segue a ganhar 3,61%, para 3,604 euros. Também a EDP Renováveis contribui para os ganhos, registando uma valorização de 2,78%, para 10,34 euros, depois da queda de 11,60% da sessão anterior.
Num dia em que o preço do petróleo em Londres também avança 3,79%, para 34,48 dólares, a Galp Energia sobe 0,92%, para 8,528 euros por ação. É a primeira sessão a valorizar depois de sete sessões a cair, incluindo duas em que o titulo recuou 10,11% e 16,55%, respetivamente na quinta e segunda-feira.
Além destas, a Corticeira Amorim avança 1,67%, enquanto a construtora Mota-Engil soma 1,23%. A Jerónimo Martins, dona do Pingo Doce, recupera 1,30%, para 14,045 euros. Tinha perdido 6,16% no anterior dia de negociações. Já os CTT chegaram a negociar no vermelho no início desta sessão, mas as ações do grupo já recuperam 0,47%, para 1,91 euros, ainda assim um mínimo de agosto de 2019.
Com esta recuperação, ainda assim, a bolsa de Lisboa segue a negociar em mínimos de 1995, acumulando um retorno negativo de mais de 27% desde o início deste ano. Os investidores anteveem que o combate ao coronavírus, que já infetou mais de 100 mil pessoas em todo o mundo, vá ter implicações severas na economia global e no desempenho operacional das empresas, numa altura em que se espera uma redução generalizada no consumo e a imposição de restrições cada vez mais apertadas às deslocações.
Um dos casos mais recentes foi a decisão de Donald Trump de suspender a entrada nos EUA de viajantes oriundos da Europa. O Presidente norte-americano acusou a União Europeia de não ter tomado as medidas necessárias para conter a propagação do vírus quando o mesmo ainda estava circunscrito à China, onde a pandemia teve origem. A decisão, que mereceu a reprovação de Bruxelas, castigou as companhias aéreas, que estão entre as empresas mais prejudicadas pelo coronavírus.
As perspetivas de maiores dificuldades estão, por isso, a resultar em mais um dia de volatilidade para os títulos da Lufthansa, cotados em Frankfurt (Alemanha). A empresa está a oscilar entre ganhos e perdas, com uma valorização praticamente marginal ou quedas na ordem dos 0,50% desde o arranque desta última sessão da semana.
(Notícia atualizada às 8h38 com mais informações)
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