Conselho de Estado já terminou. Costa reúne ministros de urgência

O primeiro-ministro convocou um Conselho de Ministros de urgência para analisar os resultados desta reunião.

Já terminou o Conselho de Estado, onde se discutiu uma eventual declaração do estado de emergência, devido à pandemia do coronavírus. O primeiro-ministro, António Costa, convocou um Conselho de Ministros de urgência para esta quarta-feira para analisar os resultados desta reunião, que durou cerca de quatro horas e decorreu por videoconferência.

O Conselho de Estado “analisou a situação em Portugal decorrente da Pandemia Covid-19, nomeadamente quanto à eventual declaração do estado de emergência, nos termos dos artigos 19.º, 134.º, alínea d), e 138.º da Constituição, e da Lei n.º 44/86, de 30 de setembro, alterada pela Lei Orgânica n.º 1/2011, de 30 de novembro”, lê-se na nota publicada no site da Presidência.

Agora, segue-se o Conselho de Ministros de urgência sendo que, no final, António Costa fará declarações, revelando a posição do Governo sobre esta matéria. A reunião será presencial, mas no Palácio da Ajuda, para permitir um maior distanciamento entre os ministros.

Cabe ao Presidente da República declarar o estado de emergência, sendo que tem de ser ouvido o Governo e a Assembleia da República tem de autorizar. O primeiro-ministro disse já que, se o Presidente decidir declarar o estado de emergência, o Governo dará parecer favorável.

(Notícia atualizada às 14h45)

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Comércio acusa Governo de “desprezo”. “Aconselha” despedimentos

A CCP acusa o Governo de mostrar "profundo desprezo" pelo setor e aconselha a adoção de uma política de redução "rápida de custos", incluindo laborais.

A Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP) considera que as novas linhas de crédito para o turismo, restauração e indústria anunciadas, esta quarta-feira, pelo Executivo face à pandemia de coronavírus refletem um “profundo desprezo” pelo setor. A confederação liderada por João Vieira Lopes recomenda, por isso, às empresas que adotem uma “política de redução rápida de custos, nomeadamente laborais”, colocando assim em cima da mesa despedimentos.

“A CCP, ao tomar conhecimento das linhas de crédito anunciadas pelo Governo, em concreto da distribuição setorial dos montantes agora disponibilizados, considera inaceitável o profundo desprezo a que foi votado o setor do comércio e de muitos serviços“, explica a confederação, num comunicado titulado “empresas do comércio e de muitos serviços em risco”.

Esta manhã, o ministro da Economia anunciou um conjunto de linhas de crédito — a serem disponibilizadas através do sistema bancário e com garantia do Estado — que vão alavancar três mil milhões de euros para as empresas as afetadas pela propagação do coronavírus em Portugal e no mundo.

Estas quatro novas linhas de crédito têm os seguintes destinos: 600 milhões para a restauração e similares, dos quais 270 milhões para micro e pequenas empresas; 200 milhões para turismo (agências de viagens, animação, organização de eventos e similares), dos quais 75 milhões para micro e pequenas empresas; mais 900 milhões de euros para o turismo (desta vez, para empreendimentos e alojamento) e dos quais 300 milhões para micro e pequenas empresas; 1,3 mil milhões de euros para a indústria (têxtil, vestuário, calçado, indústria extrativa e fileira da madeira e da cortiça), dos quais 400 milhões para micro e pequenas empresas.

Sobre o setor do comércio e dos serviços, o Governo fez questão de sublinhar que está “em estreita ligação” com a CCP e as associações do setor para assegurar que as medidas sejam “tempestivas e adequadas às suas realidades”, tendo lembrado que está disponível uma outra linha de crédito de 200 milhões de euros.

Em resposta, a confederação liderada por João Vieira Lopes salienta: “Não discutimos os apoios aos vários setores, mas a CCP recorda que só o comércio representa mais de 700 mil ativos, dos quais meio milhão a trabalhar em micro e PME do setor. Os restantes serviços empregam ainda mais de um milhão de trabalhadores“.

Face à “discriminação inexplicável” levada a cabo pelo Governo e à “falta de apoio”, os representantes do comércio “aconselham”, portanto, os empresários a adotarem “uma política de redução rápida de custos, nomeadamente laborais”, ou seja, colocam em cima da mesa despedimentos. Isto de forma a “minimizar as dificuldades” que estão a ser provocadas pela pandemia de coronavírus. “O número de encerramentos vai aumentar exponencialmente e o número de trabalhadores despedidos também”, alerta Vieira Lopes, em declarações à SIC Notícias.

Na reunião da Concertação Social da semana passada, o líder da CCP já tinha adiantado que, perante o surto em causa, as empresas do comércio estavam a sentir “muitas dificuldades” de financiamento da sua tesouraria corrente junto da banca.

(Notícia atualizada às 15h05)

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Festival Eurovisão cancelado devido ao coronavírus. Regressa em 2021

  • Lusa
  • 18 Março 2020

O Festival Eurovisão da Canção 2020, que estava marcado para 16 de maio na Holanda, foi cancelado devido à ameaça da pandemia do coronavírus. Evento internacional regressa em 2021.

A edição deste ano do festival Eurovisão da Canção, que iria decorrer em maio, em Roterdão, nos Países Baixos, foi cancelada, anunciou a organização.

Num comunicado divulgado nas redes sociais do evento, a organização, a cargo da União Europeia de Radiodifusão, refere que ao longo das últimas semanas foram “exploradas várias opções alternativas que permitissem que o concurso fosse por diante”, mas a “incerteza gerada pela transmissão da doença Covid-19 pela Europa — e as restrições postas em prática pelos governos dos participantes e pelas autoridades holandesas — fez com que fosse tomada a difícil decisão de que é impossível continuar com o evento ao vivo como planeado”.

No mesmo comunicado, a organização refere que vão ser mantidas discussões entre todas as partes envolvidas, incluindo a cidade de Roterdão, sobre o local de acolhimento do evento em 2021.

A artista Elisa, com a canção “Medo de Sentir”, seria a representante de Portugal na Eurovisão 2020, depois de ter vencido a final da 54.ª edição do Festival da Canção, realizada em Elvas (Portalegre).

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Covid-19. Passageiros com voos cancelados 14 dias antes sem direito a indemnização

  • Lusa
  • 18 Março 2020

A Comissão Europeia considera que esta pandemia equivale a circunstâncias extraordinárias, fora do controlo das transportadoras aéreas.

Os passageiros da União Europeia (UE) com voos cancelados até duas semanas antes da sua realização devido ao surto de Covid-19 não têm direito a indemnização ao abrigo da lei comunitária, por esta pandemia equivaler a circunstâncias extraordinárias.

“A Comissão considera que, quando são as autoridades nacionais a adotar medidas destinadas a conter a pandemia de Covid-19, essas medidas são de natureza e origem extraordinária ao exercício normal da atividade de transportadoras [aéreas] e estão fora do seu controlo”, argumenta o executivo comunitário em diretrizes divulgadas esta quarta-feira, relativas aos direitos dos passageiros e das transportadoras numa altura de pandemia.

Estas diretrizes guia servem também para mitigar os impactos económicos do surto do novo coronavírus, pelo que o executivo comunitário esclarece que, no que toca ao setor da aviação, as atuais circunstâncias entram na denominação de “extraordinárias”, o que significa que certos direitos – como à indemnização de um voo cancelado duas semanas antes da data de partida – “não podem ser invocados”.

Assim, em situações como restrições às viagens impostas pelos países e de encerramento de fronteiras, as transportadoras aéreas que cancelarem as suas viagens com 14 dias ou mais de antecedência não são obrigadas a indemnizar os passageiros. Se os voos não forem cancelados com tal antecedência e, mesmo assim, não forem operados ou forem feitos com atraso, as indemnizações mantêm-se e podem chegar aos 600 euros, dependendo da distância, da origem e do destino.

Em termos gerais, passageiros com viagens canceladas devido ao surto têm direito a pedir reembolso ou encaminhamento para o destino final e, no caso de serem os próprios a cancelar, deverão receber um vale.

“Se os passageiros virem a sua viagem cancelada, podem escolher entre o reembolso do preço do bilhete ou o reencaminhamento para chegar ao seu destino final”, o mais depressa possível e através de outro modo de transporte, informa o executivo comunitário.

Numa altura em que as viagens (nomeadamente as aéreas, mas também as de comboio, autocarro e por via marítima) estão a ser fortemente afetadas pelo surto do novo coronavírus, Bruxelas indica que, se forem os próprios passageiros a decidirem cancelar as suas viagens, “os reembolsos dependem do tipo de bilhete – se é reembolsável, se prevê possibilidade de remarcação –, conforme especificado nos termos e condições da transportadora”.

Ainda assim, “algumas companhias aéreas estão a oferecer ‘vouchers’ aos passageiros, que não desejam (ou não estão autorizados a) viajar como resultado do surto de Covid-19”, realça Bruxelas no documento, acrescentando que os passageiros poderão utilizar estes vales “para outra viagem com a mesma transportadora dentro de um prazo estabelecido”.

Para todos os modos de transporte, Bruxelas recorda o direito que os passageiros têm de serem informados sobre alterações das suas viagens, bem como à assistência (refeições e alojamento) em certas situações.

Os passageiros e a indústria europeia de transporte estão a ser duramente atingidos pelo surto de Covid-19. […] A situação é preocupante para muitos passageiros, cujas viagens foram canceladas e que não desejam ou não podem mais viajar”, observa ainda a Comissão.

O setor da aviação já veio dizer que esta será uma “crise sem precedentes” para as companhias de aviação, com perdas que ascendem aos milhares de milhões de euros. Há uma semana, a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, anunciou medidas de apoio ao setor.

Trata-se de mudanças temporárias na regulamentação dos ‘slots’ de aeroporto – as faixas horárias atribuídas às companhias aéreas para aterrar ou descolar –, que permitem que as transportadoras mantenham os ‘slots’ mesmo que não operem voos, acabando, assim, com as operações fantasma.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 194 mil pessoas, das quais mais de 7.800 morreram. Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 81 mil recuperaram da doença. Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

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Covid-19: Sporting oferece pavilhão e relvado para hospitais de campanha

  • Lusa
  • 18 Março 2020

Além de disponibilizar ao Governo o pavilhão e relvado para hospitais de campanha, o Sporting colocou à disposição todos os elementos do departamento médico do clube para combater a epidemia.

O Sporting disponibilizou ao Governo o pavilhão João Rocha e o relvado sintético junto a este recinto, em Lisboa, para a instalação de hospitais de campanha, face à pandemia de Covid-19, confirmou esta quarta-feira à Lusa fonte dos leões.

A mesma fonte oficial do clube explicou ainda que o presidente do Sporting, Frederico Varandas, disponibilizou-se ao Governo para ajudar a combater a pandemia, assim como todos os elementos do departamento médico do clube, junto do secretário de Estado da Juventude e Desporto, João Paulo Rebelo.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou na quarta-feira o número de casos confirmados de infeção com o novo coronavírus para 642, mais 194 do que na terça-feira, e a segunda morte no país.

O boletim divulgado pela DGS assinala 5.067 casos suspeitos, dos quais 351 aguardavam resultado laboratorial. Das pessoas infetadas em Portugal, três recuperaram.

De acordo com o boletim, há 6.656 contactos em vigilância pelas autoridades de saúde. Atualmente, há 24 cadeias de transmissão ativas em Portugal.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou uma reunião do Conselho de Estado para esta quarta-feira, para discutir a eventual decisão de decretar o estado de emergência.

Portugal está em estado de alerta desde sexta-feira, e o Governo colocou os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.

Entre as medidas para conter a pandemia, o Governo suspendeu as atividades letivas presenciais em todas as escolas desde segunda-feira e impôs restrições em estabelecimentos comerciais e transportes, entre outras.

O Governo também anunciou o controlo de fronteiras terrestres com Espanha, passando a existir nove pontos de passagem e exclusivamente destinados para transporte de mercadorias e trabalhadores que tenham de se deslocar por razões profissionais.

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Depois do isolamento, China entrou no “Revenge Spending”

Com as medidas de quarentena reduzidas, os consumidores chineses estão de regresso às lojas e aos centros comerciais. E voltam a animar o mercado do luxo.

É em tudo um mercado com características próprias. A começar logo pela escala. Mas também no comportamento dos consumidores. E em matéria de luxo, estão nos lugares de topo: representam mais de um terço das vendas da indústria de luxo e cerca de dois terços do seu crescimento nos últimos anos.

Depois de uma queda de 80% — no pico do surto Covid-19, a ida às lojas está de volta na China, e já começaram a crescer as vendas de marcas como a Burberry ou a Gucci. E a expectativa é que continue a crescer, nas próximas semanas.

É tradicionalmente conhecido como o “Revenge Spending”, depois de semanas em isolamento, os comportamentos dos consumidores viram-se para gastar tudo que não puderam gastar nas semanas em que estiveram fechados em casa. O termo – já entendido como uma tendência — vem da década de 1980 e dos comportamentos após a revolução cultural, e volta a ser agora usado na entrevista que Amrita Banta, diretora da agência Agility Research, deu à Bloomberg. “A China parece que já virou a esquina e as maiores cidades estão já a mostrar um otimismo cauteloso. Assistimos a uma recuperação lenta, mas definitiva” disse em entrevista.

Numa altura em que lojas como a Hermès reabrem as portas na China, e um centro comercial em Hangzhou tinha filas de clientes para entrarem na loja da Chanel, à Bloomberg uma das responsáveis para este mercado, Micaela Le Divelec Lemmi, da italiana Salvatore Ferragamo acrescenta: “Vimos uma recuperação nos negócios na China, além do aumento de pessoas nas lojas, o humor dos clientes chineses também é relevante. Depois de um mês e meio fechados, existe uma vontade de voltar e ter uma vida real.” Até porque com as limitações no tráfego aéreo, muda também o comportamento de compra dos chineses, e a alternativa é comprar agora no próprio país.

Ainda assim, mesmo com esta “vingança de consumo”, é pouco provável que compense as vendas perdidas e os maus resultados de início de ano. Segundo a análise da Boston Consulting Group e Sanford C. Bernstein, o surto terá reduzido as vendas da indústria em cerca de 45 mil milhões de dólares.

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Medidas para turismo são para já suficientes mas é preciso rapidez

  • Lusa
  • 18 Março 2020

"O que estamos a pedir é que estes apoios sejam operacionalizados da forma mais rápida possível que é para chegarem o mais rapidamente possível à economia", diz a Confederação do Turismo de Portugal.

O presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) considera que as medidas anunciadas são adequadas à atual conjuntura de pandemia coronavírus, mas pede que os apoios sejam operacionalizados com rapidez para que cheguem rapidamente à economia.

“Penso que, neste momento, estas medidas são suficientes, no sentido em que o Governo sempre tem dito que isto é um modelo dinâmico e aberto. Na semana passada, estávamos a anunciar [de apoios] 200 milhões e mais 60 milhões para as microempresas. Neste momento, temos um pacote de 1,7 mil milhões para o turismo. Sem dúvida que é dinâmico e está em aberto. Estamos a viver um período completamente excecional e que exige um grande sentido de responsabilidade“, afirmou Francisco Calheiros à Lusa.

O Governo anunciou esta quarta-feira um conjunto de linhas de crédito para apoio à tesouraria das empresas no montante total de 3.000 milhões de euros, destinadas aos setores mais atingidos pela pandemia de coronavírus. Destas, a CTP destaca a criação das linhas de crédito às empresas no valor total de 3.000 milhões de euros, dos quais 600 milhões se destinam à restauração, 200 milhões para agências de viagens e empresas de organização de eventos e 900 milhões para outras empresas de turismo, como alojamento, bem como o apoio de 6.200 milhões em medidas fiscais e contributivas, que contemplam adiamentos e diferimentos de obrigações fiscais.

“O que temos que fazer — e é nisto que temos estado a trabalhar agora com o Governo [as medidas precisam de seguir vários trâmites] –, o que estamos a pedir é que estes apoios sejam operacionalizados da forma mais rápida possível que é para chegarem o mais rapidamente possível à economia“, afirmou Francisco Calheiros. Urgência necessária para estas medidas, bem como aos ajustes requeridos pelos agentes económicos do turismo à anterior linha de crédito de 200 milhões de euros.

Francisco Calheiros lembrou que o setor do turismo tem estado “a trabalhar muito de perto, desde o dia 02 de março”, com toda a parte da economia, nomeadamente com o ministro da Economia, com a secretária de Estado do Turismo e com o Turismo de Portugal. Isto porque, “e é o próprio Governo que o diz”, “o turismo ter sido a primeira atividade a entrar numa crise grande e profunda, logo com grandes cancelamentos”, acrescentou o presidente.

O responsável lembrou que, “desde o princípio”, foi definida pela CTP “uma linha com três grandes preocupações, que vem ao encontro com o Governo, em paralelo”: a manutenção dos postos de trabalho, a viabilidade das empresas e as medidas para a retoma das empresas. Medidas que acabaram “agora de ser anunciadas, afirmou.

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Coronavírus continua a abalar Wall Street. Bolsas caem 5%

Os mercados norte-americanos continuam a ser penalizados pelo surto de coronavírus e, esta quarta-feira, as perdas estão a rondar os 5% em Nova Iorque.

As bolsas norte-americanas estão no vermelho, numa altura em que continuam a aumentar os números de infeções pelo coronavírus. Os principais índices de Wall Street estão com perdas de cerca de 5%.

O índice de referência S&P 500 está a cair 5,05% para 2.401,53 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq recua 4,62% para 6.995,56 pontos. O industrial Dow Jones segue pelo mesmo caminho ao desvalorizar 5,75% para 20.017,03 pontos.

Wall Street está numa “montanha-russa sem precedentes” devido à turbulência causada pelo coronavírus, diz a CNBC (conteúdo em inglês). “A volatilidade ainda não acabou”, diz Tom Essaye, fundador do The Sevens Report, citado pela CNBC.

O especialista ressalva que os estímulos anunciados pelo Governo norte-americano ainda precisam de ser aprovados pelo Congresso. “Também precisamos de ver mais progressos em termos farmacêuticos e, acima de tudo, precisamos que a taxa de crescimento do coronavírus atinja o seu pico nas próximas semanas” para que os mercados acalmem.

Esta terça-feira, a CNBC adiantou que a Casa Branca está a ponderar avançar com um pacote fiscal de mais de um bilião de dólares que inclui pagamentos diretos aos norte-americanos e uma ajuda financeira a pequenas empresas e ao setor aéreo, mas os receios dos investidores quanto ao impacto do vírus na economia mantém o cenário de incerteza.

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Têxtil diz que “acesso imediato” ao lay-off é que salvará empregos

  • Lusa
  • 18 Março 2020

Têxtil considera que o “acesso imediato” ao lay-off simplificado é a medida “verdadeiramente salvadora” de empregos na indústria. Receio é que as empresas não tenham capacidade para pagar os 30%.

O setor têxtil considera que “vão na direção certa” as medidas de apoio anunciadas esta quarta-feira pelo Governo, mas avisa que o “acesso imediato” ao lay-off simplificado é a medida “verdadeiramente salvadora” de empregos na indústria.

“Todas estas medidas são muito importantes, mas dentro da indústria a medida que é mais importante, que terá mais impacto para salvar empregos, é a possibilidade de as empresas virem a recorrer ao lay-off simplificado. As outras ajudam, mas essa é que é a medida verdadeiramente salvadora de empregos”, afirmou o presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) em declarações à agência Lusa.

Segundo Mário Jorge Machado, as regras do novo regime “simplificado” de lay-off (suspensão temporária dos contratos de trabalho) em vigor desde segunda-feira preveem que só as empresas com uma quebra de pelo menos 40% da faturação com referência ao período homólogo de três meses possam recorrer a este instrumento, “o que implica que a empresa já tem a infeção espalhada por todo o corpo quando lhe dão o antibiótico”.

“A medida é bem pensada, vai na direção daquilo que é necessário, só que tem de ser de aplicação imediata, não pode ser uma situação em que tem de se esperar que a infeção se espalhe por todo o corpo para o antibiótico poder ser aplicado, porque aí já pode não funcionar”, sustentou.

Outro dos receios do presidente da ATP é que as empresas não tenham sequer capacidade para pagar os 30% do salário do trabalhador que ficam a seu cargo durante o lay-off (os restantes 70% são assegurados pela Segurança Social), considerando que deveria ser equacionada a hipótese de redução temporária das remunerações dos funcionários.

“É preciso saber se, nesta altura, não deveríamos pedir sacrifícios a todos, inclusivamente aos trabalhadores. Entre receberem só 70% do seu salário e terem emprego ou receberem 100% durante algum tempo e depois já não terem emprego quando for para retomar a atividade, é fácil perceber que as pessoas preferem receber menos e manterem o emprego”, sustentou.

O Governo anunciou esta quarta-feira um conjunto de linhas de crédito para apoio à tesouraria das empresas no montante total de 3.000 milhões de euros, destinadas aos setores mais atingidos pela pandemia Covid-19, com um período de carência até ao final do ano e que podem ser amortizadas em quatro anos.

Na indústria, em particular têxtil, vestuário, calçado, indústria extrativa e da fileira da madeira, o ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, anunciou uma linha de 1.300 milhões, sendo 400 milhões de euros destinados a micro e pequenas empresas.

Segundo foi anunciado esta quarta-feira pelo executivo, as empresas vão ter ainda a acesso a uma moratória, concedida pela banca, no pagamento de capital e juros e as contribuições para a Segurança Social serão reduzidas a um terço em março, abril e maio, “por forma a preservar o emprego”.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 189 mil pessoas, das quais mais de 7.800 morreram.

Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 81 mil recuperaram da doença.

Em Portugal, o número de infetados pelo novo coronavírus subiu para 642, mais 194 do que os contabilizados na terça-feira, anunciou hoje a Direção-Geral da Saúde (DGS).

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Covid-19: Atenas anuncia pacote de 2.000 milhões e proíbe despedimentos

  • Lusa
  • 18 Março 2020

Entre as medidas anunciadas pelo governo grego, está a proibição de despedimentos em empresas atingidas pelo impacto do Covid-19 e a redução do IVA em produtos relevantes nesta crise, como máscaras.

O Governo grego anunciou esta quarta-feira um pacote de medidas extraordinárias económicas no valor de 2.000 milhões de euros para atenuar o impacto da pandemia do novo coronavírus, que inclui a proibição de despedimentos em empresas atingidas.

Entre as ajudas principais está o pagamento em abril de 800 euros a cerca de meio milhão de trabalhadores que não pode ir trabalhar, porque as empresas foram forçadas a fechar por ordem estatal.

O Governo proíbe também as lojas e estabelecimentos que tiveram que fechar de fazer despedimentos. Qualquer despedimento será considerado nulo, informou o ministro do Trabalho grego, Yannis Vrutsis.

Para atenuar o impacto económico, o Estado lançou apoios para melhorar a liquidez das empresas atingidas e adiou o pagamento de impostos e descontos pelo prazo de quatro meses.

Todos os produtos relevantes nesta crise, como máscaras, luvas ou produtos antisséticos ficam sujeitos à taxa de IVA super reduzida de 6% em vez da habitual de 24%.

O Governo prevê que a crise do novo coronavírus terá um grande impacto na economia, que acabava de começar a recuperar, e em vez de um acréscimo do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,8% previsto inicialmente para este ano, antecipa agora um crescimento nulo (0%).

O ministro das Finanças, Jrístos Staikuras, informou que segundo foi decidido pelo Eurogrupo na segunda-feira “felizmente a Grécia não terá de gerar este ano um excedente de 3,5% do PIB como marcam as pautas acordadas para a era pós-resgate”.

Os ministros da Economia e Finanças também aceitaram que a Grécia não tenha que incluir gastos resultantes da crise migratória e da pandemia do Covid-19 nas contas públicas.

A Grécia está há dias com um regime severo que proíbe a atividade de todo o tipo de centros de lazer, incluindo praias e estações de ski, bem como cafés, cinemas e teatros. Desde o fim de semana estão fechadas todas as grandes superfícies comerciais.

Desde esta quarta-feira também está fechado o comércio a retalho, com exceção das lojas de alimentação e outros serviços considerados necessários para o abastecimento da população, como as estações de serviço, farmácias, bancos e oficinas.

Segundo os dados mais recentes, o número de mortos pelo Covid-19 cifra-se em cinco e há 387 casos confirmados.

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CGTP: “Há uma desproporcionalidade muito grande entre apoios para as empresas e para os trabalhadores”

Isabel Camarinha reconhece que é preciso garantir a viabilidade das empresas, mas diz-se "preocupada" com a desproporcionalidade entre essas medidas e aquelas anunciadas para os trabalhadores.

A secretária-geral da CGTP assume-se “preocupada” com a desproporcionalidade “muito grande” que diz notar entre as medidas anunciadas pelo Governo para apoiar empresas e os apoios destinados aos trabalhadores, face à pandemia de coronavírus. Em declarações ao ECO, Isabel Camarinha reconhece que é “muito importante” garantir a viabilidade das empresas, mas defende que é igualmente imperativo assegurar o pagamento por inteiro das remunerações aos trabalhadores.

O Executivo de António Costa apresentou, esta quarta-feira, um novo pacote de medidas para fazer face ao surto em questão, incluindo linhas de crédito até três mil milhões para as empresas, bem como a flexibilização do pagamento de impostos e de contribuições sociais.

Em reação a estes novos apoios, a dirigente da CGTP indica que é “muito importante” haver medidas que apoiem o emprego e garantam a viabilidade das empresas, mas sublinha que se mantém “preocupada” com a desproporcionalidade entre as medidas para as empresas e àquelas que já foram anunciadas para os trabalhadores.

Por exemplo, face ao encerramento de todas as escolas, o Governo decidiu avançar com um mecanismo “especial” para garantir rendimentos aos pais que tenham de faltar ao trabalho para acompanhar os seus filhos. Este apoio equivale, contudo, apenas a dois terços do salário de referência — a ser pago em metades iguais pelo empregador e pela Segurança Social — e não cobre o período que já estava previsto para interrupção para as férias da Páscoa.

Para Isabel Camarinha, esse apoio não só deve garantir a remuneração a 100%, como deve ser estendido para o período das férias, uma vez que, além das escolas, também os ATLs estão encerrados. Manter os rendimentos significaria, além disso, frisa a sindicalista, uma quebra menos significativa no consumo.

Por outro lado, o Governo decidiu avançar com um apoio extraordinário para os trabalhadores independentes que fiquem totalmente sem trabalho por causa da pandemia, que passam assim a receber da Segurança Social até 438,81 euros mensais. “É inaceitável”, considera Camarinha, lembrando que tal valor fica “muito abaixo do limiar da pobreza”.

Sobre a flexibilização do pagamento de contribuições apresentada, esta quarta-feira, pelo Executivo, a dirigente da CGTP avisa que estas medidas “voltam a colocar peso sobre a Segurança Social”, não podendo ser esse sistema a “suportar tudo”. “Vai descapitalizar a Segurança Social”, alerta.

À luz das medidas tomadas pelo Governo perante o surto de coronavírus, há várias situações em que as contribuições para a Segurança Social ficam “suspensas”: é o caso dos empregadores que estejam em paragem total de atividade ou com uma quebra de 40% na faturação, que aderindo ao “novo regime de lay-off” ficam temporariamente isentos de contribuições para a Segurança Social; também é o caso dos trabalhadores independentes que beneficiem do apoio extraordinário referido, que veem as suas contribuições diferidas; por fim, as empresas com até 50 trabalhadores (ou com até 250 trabalhadores, mas com uma quebra de faturação de 20%) e os trabalhadores independentes vão pagar apenas um terço das contribuições devidas entre março e maio, sendo o acerto feito no terceiro trimestre.

Em conversa com o ECO, Isabel Camarinha denunciou ainda que “há muitas empresas” que estão a tentar forçar os trabalhadores a gozarem os seus dias de férias, durante este período, ainda que legalmente só o possam fazer a partir do início de maio e até ao final de outubro, se não houver acordo antes desse período.

Ao Governo, os patrões já disseram ser necessário fazer “ajustes” ao regime de marcação das férias, tendo em conta a situação “especial” da atualidade. A dirigente a CGTP espera, contudo, que o Governo não ceda a esses pedidos. “Seria um atentado enorme aos direitos dos trabalhadores”, remata Camarinha.

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Covid-19: Caixa Geral de Depósitos antecipa pagamento de 10 milhões a fornecedores

  • Lusa
  • 18 Março 2020

O banco público decidiu antecipar o pagamento de 10 milhões de euros às Pequenas e Médias Empresas suas fornecedoras, por forma a reforçar a tesouraria das empresas, devido ao impacto do Covid-19.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) anunciou esta quarta-feira que antecipou o pagamento de 10 milhões de euros às Pequenas e Médias Empresas (PME) suas fornecedoras, no âmbito das dificuldades de tesouraria geradas pelo impacto do Covid-19.

Tendo em conta as dificuldades de tesouraria que se adivinham com a situação de pandemia do Covid-19, a administração da Caixa Geral de Depósitos decidiu acelerar os procedimentos de pagamento às Pequenas e Médias Empresas suas fornecedoras, libertando, desde já 10 milhões de euros”, adianta o banco público, numa nota enviada.

“Esta medida pretende reforçar a tesouraria das empresas que fornecem regulamente a Caixa e antecede o anúncio de um pacote alargado de medidas para mitigar o impacto nos portugueses, particulares e empresas, que será comunicado ainda esta semana”, concluiu a entidade.

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 189 mil pessoas, das quais mais de 7.800 morreram. Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 81 mil recuperaram da doença.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou terça-feira o número de casos confirmados de infeção para 642, mais 194 do que na terça-feira.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou uma reunião do Conselho de Estado para esta quarta-feira, para discutir a eventual decisão de decretar o estado de emergência. Portugal está em estado de alerta desde sexta-feira, e o Governo colocou os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.

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