Dura Automotive volta ao trabalho segunda-feira, mas mantém trabalhadores em lay-off

A Dura Automotive vai retomar a laboração nas fábricas do Carregado, no concelho de Alenquer, e na Guarda, na segunda-feira, mas mantém grande parte dos trabalhadores em lay-off até 11 de maio, disse esta quinta-feira fonte da empresa.

Elisabete Cruz, diretora dos recursos humanos, afirmou à agência Lusa que na segunda-feira é retomada a laboração nas fábricas do Carregado, no distrito de Lisboa, e na Guarda, mas “parcialmente” com apenas “duas dezenas de trabalhadores”.

A fábrica do Carregado possui 200 trabalhadores, enquanto a da Guarda tem 155. Os restantes trabalhadores mantêm-se com contrato de trabalho suspenso e a empresa prolongou até 11 de maio o lay-off para estes. A empresa entrou em lay-off em 25 de março na fábrica do Carregado e em 27 de março na da Guarda.

“Tendo em conta a pandemia, os nossos clientes cancelaram as encomendas, não tínhamos trabalho para os nossos trabalhadores e parámos a laboração“, justificou a responsável em declarações anteriores à Lusa. As duas fábricas da Dura Automotive produzem componentes para o setor automóvel.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 227 mil mortos e infetou quase 3,2 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Cerca de 908 mil doentes foram considerados curados. Em Portugal, morreram 989 pessoas das 25.045 confirmadas como infetadas, e há 1.519 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, alguns países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.