Provisões da banca para o malparado vão chegar a 50 mil milhões

  • ECO
  • 4 Maio 2020

Setor financeiro prepara-se para o impacto do novo coronavírus na economia, nomeadamente o aumento de incumprimentos. Desde a crise financeira que a banca não fazia tantas provisões.

As provisões da banca europeia e norte-americana para salvaguardar o crédito malparado estão em vias de ultrapassar os 50 mil milhões de dólares, noticia o Financial Times (acesso pago). Este indicador está em máximos desde a crise financeira de 2008, segundo o jornal.

Os grandes bancos norte-americanos destacam-se por terem aumentado as provisões em 350% no primeiro trimestre, em termos homólogos, para 25 mil milhões de dólares. Na Europa, o crescimento das provisões para o malparado disparou 260%, para 16 mil milhões de euros. No caso da banca portuguesa, as provisões para potenciais perdas no crédito poderão ascender a mais de cinco mil milhões de euros nos próximos tempos.

O setor financeiro prepara-se deste modo para o impacto do novo coronavírus na economia. Deste modo, os bancos estão a antecipar um aumento no número de famílias e empresas em incumprimento por causa das perdas de rendimentos e de receias causadas pela paralisação da economia mundial.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Estado vai gastar “300 a 400 milhões de euros” por mês com lay-off

  • ECO
  • 4 Maio 2020

Miguel Cabrita adianta que cerca de 100 mil empresas já recorreram ao lay-off. O responsável estima que medida custa entre 300 e 400 milhões de euros, por mês, ao Estado.

Pouco mais de um mês depois de o Governo ter aberto a porta ao lay-off simplificado, cerca de 100 mil empresas já recorreram a este regime extraordinário criado em resposta à crise provocada pela pandemia. À Rádio Observador, o secretário de Estado Adjunto, do Trabalho e da Formação Profissional, Miguel Cabrita, avançou esta segunda-feira que o Estado estima ter agora a seu cargo uma parte do salário de 800 mil a milhão de trabalhadores, o que custa entre 300 milhões de euros e 400 milhões de euros, por mês.

Em resposta ao impacto da pandemia de coronavírus na economia nacional, o Executivo de António Costa lançou um pacote de apoios para as empresas e os trabalhadores, incluindo uma versão simplificada do lay-off. Este regime extraordinário destina-se aos empregadores mais afetados pelo surto de Covid-19, permitindo a suspensão de contratos de trabalho ou a redução dos horários dos trabalhadores.

Por sua vez, esses empregados mantêm, pelo menos, dois terços do seu salário, que são pagos em 70% pela Segurança Social e em 30% pelo patrão. Isto no caso da suspensão do contrato; no caso da redução do horário, o Estado comparticipa em 70% apenas o valor necessário para que o trabalhador receba, em conjunto com a remuneração devida pelas horas mantidas, os tais dois terços.

De acordo com Miguel Cabrita, cerca de 100 mil empresas já pediram à Segurança Social para aderir a este regime. Estes empregadores têm a seu cargo cerca de 1,2 milhões de trabalhadores, mas o apoio foi pedido apenas para “dois terços” desse universo. Tudo somado, o Estado deverá gastar entre 300 milhões e 400 milhões de euros, por mês, nos apoios destinados a cobrir uma parte dos salários em causa, estima o secretário de Estado.

De notar que nem todos os pedidos mereceram ainda resposta da Segurança Social. “O sistema está a responder cada vez mais rapidamente”, garantiu o secretário de Estado, que lembrou que o pagamento dos apoios pedidos e aprovados em abril será feito até ao final da primeira quinzena de maio.

De acordo com os advogados ouvidos pelo ECO, mesmo os empregadores cujos pedidos de acesso ao lay-off simplificado ainda não tenham tido “luz verde” podem já pagar os salários reduzidos (no mínimo, dois terços). Cabe à empresa adiantar a totalidade dessa retribuição e à Segurança Social reembolsar, mais tarde, a parte que lhe é devida desse montante.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Negócio do mês: Gigante alemão estreia-se na hotelaria em Portugal. DER Touristik compra Galo Resort na Madeira

O empresário alemão Roland Bachmeier vendeu o Galo Resort, na Madeira, à alemã DER Touristik Hotels & Resorts. Foi uma das maiores transações hoteleiras dos últimos anos no arquipélago.

Foi uma das maiores transações hoteleiras dos últimos anos no setor hoteleiro da Madeira, que permitiu a estreia de um gigante alemão em território nacional. A empresa hoteleira DER Touristik Hotels & Resorts passou, no final de janeiro, a ser a proprietária da cadeia Galo Resort, constituída por três hotéis naquela ilha. Com esta operação, descrita como bastante complexa pelos advogados envolvidos da DLA Piper, a unidade hoteleira passará a designar-se Sentido Galo Resort, a primeira propriedade da empresa alemã no país.

É na ilha da Madeira, mais concretamente na zona do Caniço, que estão o Galosol Hotel, Alpino Atlântico Hotel e Galomar Hotel. Juntas, estas três unidades hoteleiras, datadas da década de 60, totalizam 231 quartos, numa área total de 13.596 metros quadrados. Entre campos de ténis, zonas de treino, espaços de fitness e lazer, o Galo Resort, futuro Sentido Galo Resort, é especialmente procurado pelo mercado alemão. Está agora nas mãos da alemã DER Touristik, que o comprou ao empresário, também alemão, Roland Bachmeier.

Galo Resort, MadeiraD.R.

Em 2015, o resort já tinha estado no mercado à procura de comprador e, nessa altura, com apenas 196 quartos, tinha fixado um preço de venda de 19,4 milhões de euros. Três anos depois, em 2018, o asking price subiu, ficando entre os 22 e os 24 milhões de euros. O valor final pode ser explicado pelo facto de os três hotéis terem “uma grande taxa média de ocupação anual, especialmente de turistas estrangeiros e, em particular, de alemães”, como referiu à Advocatus Paulo Anjo, um dos advogados envolvidos. Como disse ainda Luís Filipe Carvalho, também parte do negócio, esta foi uma “operação com dimensão para a Madeira e para o mercado nacional”. Ambos da DLA Piper ABBC que assessorou a DER Touristik.

Ao todo, a operação contou com uma “equipa especializada em diversas áreas”, explica Luís Filipe Carvalho, adiantando que estiveram envolvidos no processo sete advogados, sem contar com os advogados “in-house” dos clientes. Assessorar este gigante alemão, que conta com uma carteira de 80 hotéis em todo o mundo, não foi um processo simples. “Foi uma operação complexa pela sua natureza, pelo grau de exigência, pelos números envolvidos (ativos, trabalhadores e financiamentos) e ainda pela especificidade do nosso cliente”, explica Paulo Anjo. Para Luís Filipe Carvalho, a complexidade foi ainda mais acentuada “pelo facto de a negociação e o closing terem decorrido durante vários meses, mantendo-se as três unidades hoteleiras em total funcionamento, sem qualquer perturbação que pudesse decorrer desta operação”.

Uma operação complexa com um “conjunto significativo de especificidades jurídicas”

Como os próprios juristas já referiram, assessorar a DER Touristik não foi um processo fácil. Mas o facto de esta empresa alemã ter escolhido a DLA Piper para este negócio explica-se com a experiência que a sociedade de advogados tem. “Esta operação em concreto, em que o nosso cliente é uma das principais empresas de viagens da Europa, veio dos nossos colegas da DLA Piper em Colónia”, diz Paulo Anjo, ao que Luís Filipe Carvalho acrescenta que a sociedade é procurada pela experiência que tem em “operações com certa dimensão” e que, “para este tipo de clientes, torna-se muito relevante a presença global e a solução integrada que a DLA Piper tem condições de facultar”.

Somados a esta complexidade, estiveram ainda vários desafios jurídicos, principalmente relacionados com o facto de a operação ter tido um “conjunto significativo de especificidades jurídicas”, explica Luís Filipe Carvalho. Algumas delas “não são comuns” em transações no setor hoteleiro ou imobiliário. “Estas especificidades e o elevado grau de exigência do clientes moldaram os desafios jurídicos com que nos deparámos”.

Paulo Anjo dá ainda mais detalhes e fala na “sistemática necessidade” de prestarem um “acompanhamento permanente” à DER Touristik, sobre as “particularidades do ordenamento jurídico português”. “Foi-nos exigido um forte envolvimento, empenho e articulação direta com o cliente na negociação com as vendedoras, em especial a nível da definição das garantias e das salvaguardas comuns e especificas para uma operação com estas características”, diz o advogado, acrescentando que, a tudo isto, ainda se somou o facto de os hotéis se terem mantido sempre em funcionamento.

Galomar Hotel, Madeira.D.R.

Estes são alguns dos principais desafios em assessorar um investidor internacional, notam os juristas. A DER Touristik não é nova no mercado nacional, mas é nova no mercado hoteleiro nacional. Até aqui, operava apenas no setor das viagens. Contudo, esta empresa alemã foi “um investidor que, entrando numa nova área de negócio em Portugal, teve uma postura idêntica a qualquer outro investidor estrangeiro que faz a primeira operação em Portugal”, explica Paulo Anjo, destacando a exigência do gigante alemão em ter “informação completa e elucidativa” sobre as regras jurídicas nacionais e conhecimento das práticas do mercado, “a nível de atividade e legal”.

Luís Filipe Carvalho explica que, neste tipo de operações — principalmente nos últimos cincos anos, de “forte internacionalização do mercado hoteleiro e imobiliários” — os investidores internacionais continuam a “exigir um conhecimento prévio e muito detalhado do nosso sistema jurídico, incluindo sobre a estabilidade legislativa”. Contudo, o advogado sublinha que “a tendência recente de sistemáticas alterações do quadro legal em que estes investidores operam geram muitas dúvidas, incertezas e, por vezes, inseguranças na conclusão deste tipo de investimentos”. E isto acaba por “aumentar o grau de exigência na assessoria jurídica a este tipo de investidores”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo lança bases para tratar Covid-19 com plasma de doentes curados

O secretário de Estado da Saúde assinou um despacho que lança as bases para a recolha e uso de plasma convalescente no tratamento experimental de doentes com Covid-19 em Portugal.

O Governo já lançou as bases para que o plasma sanguíneo de pessoas que tiveram Covid-19 possa ser usado para tentar curar doentes infetados pelo novo coronavírus em Portugal. Em causa está uma terapia experimental que tem ganhado expressão noutros países afetados pela pandemia, e sobre a qual foram recentemente emitidas recomendações por parte da Organização Mundial da Saúde e Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças Infecciosas.

Num despacho assinado pelo secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, é dada a ordem para a constituição de um grupo de trabalho, composto por dez especialistas, que terão a missão de desenvolver um “Programa Nacional de Transfusão de Plasma Convalescente para o tratamento de pacientes com Covid-19”. O documento foi publicado esta segunda-feira no Diário da República.

Estes profissionais terão um prazo de 30 dias para desenvolverem esse programa, que implica o “recrutamento de dadores, análise para quantificação de anticorpos neutralizantes virais e para a sua implementação em ensaios clínicos, ou em outras modalidades de estudos clínicos”. Aos dez profissionais convidados “não é devida qualquer remuneração ou abono pelo exercício das suas funções”, salienta Lacerda Sales no referido despacho.

É entendimento da comunidade científica que um doente infetado por Covid-19 adquire imunidade à estirpe do coronavírus que está na origem da pandemia. Assim, nesta fase, cientistas e profissionais de saúde em todo o mundo estão a estudar os efeitos da transfusão de plasma (um componente do sangue) dos doentes curados em doentes que estejam infetados com o novo coronavírus, na esperança de que acelere o tratamento ou reduza os efeitos da infeção.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CDS reúne personalidades para traçar plano de recuperação do país

  • Lusa
  • 4 Maio 2020

Grupo de personalidades será uma "espécie de conselho para recuperação económica e social do país”, com o objetivo de reformar o “Estado depois desta pandemia” provocada pelo novo coronavírus.

O CDS-PP vai criar um conselho com personalidades das áreas das finanças, educação ou justiça, com o objetivo de apresentar um plano para a recuperação económica e social de Portugal após a pandemia de Covid-19, revelou o presidente.

“Nós vamos criar um grupo de personalidades” que vão ser “uma espécie de conselho para recuperação económica e social do país”, com o objetivo de reformar o “Estado depois desta pandemia” provocada pelo novo coronavírus, afirmou o líder do CDS, em declarações à agência Lusa por ocasião dos 100 dias à frente do partido.

“E vamos apresentar um plano para Portugal a curto, médio prazo, e depois aí poderemos adiantar políticas concretas, que terão de merecer muito estudo e muita discussão da nossa parte”, apontou o presidente democrata-cristão, explicando que o grupo será “coordenado pela direção do partido” e por si próprio especialmente.

O objetivo do partido é “apresentar um programa consistente para o país, que ajude Portugal a relançar-se depois desta crise”, e irá dar especial destaque à “revitalização do tecido empresarial”, através de “estímulos direitos e indiretos” para a economia, aumento da competitividade ou diminuição da burocracia e da “asfixia” a nível fiscal.

No foco do CDS-PP estará também o combate à pobreza, o apoio aos idosos e a saúde, nomeadamente a complementaridade entre o Serviço Nacional de Saúde e agentes privados, por forma a “cobrir todas as necessidades que os portugueses terão num futuro próximo”.

Questionado sobre as personalidades que vão integrar este grupo, o líder democrata-cristão não quis adiantar nomes, uma vez que ainda não endereçou os convites, mas adiantou que “há pessoas que já estão pensadas”.

“Vamos procurar ir buscar nomes da nossa sociedade, com experiência na área social, na área da educação, na área das finanças, da economia, da família, da justiça”, elencou Francisco Rodrigues dos Santos.

Na ótica do presidente, “o papel do CDS é uma função de oposição, que passa por fiscalizar a ação do Governo, por apontar o que está a correr mal e apresentar soluções mais eficientes para responder aos portugueses e conseguir ajudá-los a superar este momento dramático”.

O partido não faz “oposição ao país”, pelo que o seu objetivo é “defender o interesse nacional”, e “isso não se faz transformando o CDS num partido de protesto, radicalizado”, defendeu, considerando que “o CDS tem sido o partido que mais soluções tem apresentado em concorrência com as do Governo”.

No que toca à crise social e económica provocada pela pandemia, o líder democrata-cristão pede ao Governo que tire “da gaveta o plano para o relançamento da economia”.

Quanto aos 100 dias na liderança do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos faz um balanço positivo dos primeiros meses à frente do partido, revelando que tem recebido “muitas palavras de incentivo dos militantes” e “um bom retorno” da sociedade, tendo o CDS ganho “mais de mil novos filiados”.

Na sua ótica, o partido “está serenado e tem confiança de que esta direção conseguirá vencer os desafios que se coloca, mas está ciente que o caminho é estreito e que vai exigir muito trabalho, abnegação e resiliência”, uma vez que esta “não é uma prova de velocidade, é uma maratona”.

"Vamos procurar ir buscar nomes da nossa sociedade, com experiência na área social, na área da educação, na área das finanças, da economia, da família, da justiça.”

Francisco Rodrigues dos Santos

Presidente do CDS-PP

Francisco Rodrigues dos Santos lamentou igualmente que metade do período desde que está à frente do partido tenha sido marcado pelo confinamento social decretado devido à pandemia, considerado que, sendo uma liderança nova, “tinha uma necessidade de se mostrar e de se projetar na sociedade”, pois partilha o ‘palco’ com pessoas com um “conta-quilómetros político muito mais rodado”.

Apesar disso, estes “estímulos positivos” são sinal de que a nova direção está a “credibilizar o CDS” de novo, assinalou.

Devido ao Covid-19, ficou suspensa a volta das bases que o presidente estava a fazer pelo país, bem como a auditoria interna à gestão e às contas do CDS, mas ambas serão retomadas, assegurou.

Francisco Rodrigues dos Santos, que sucedeu a Assunção Cristas, foi eleito presidente do CDS-PP em 26 de janeiro, no 28.º congresso nacional do partido, que decorreu em Aveiro. A sua comissão política nacional mereceu 65,7% dos votos dos delegados.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Covid-19: UE autoriza França a ajudar financeiramente a Air France

  • Lusa
  • 4 Maio 2020

A Air France-KLM teve “luz verde” por parte da União Europeia para receber sete mil milhões de euros por parte do governo francês, sob a forma de empréstimo.

A Comissão Europeia autorizou esta segunda-feira França a apoiar com 7 mil milhões de euros a companhia aérea Air France, sob a forma de empréstimo, para fazer face às consequências da pandemia de covid-19.

Esta garantia e os empréstimos adicionais concedidos pela França, no valor de sete mil milhões de euros, vão dar à Air France a liquidez necessária para resistir urgentemente aos efeitos da pandemia”, refere a comissária europeia da Concorrência, Margareth Vestager, em comunicado.

A Comissão Europeia que regula a concorrência na União Europeia relaxou em março as regras sobre as ajudas dos Estados às companhias afetadas pelas consequências da pandemia de covid-19.

Para a Air France, a ajuda francesa vai desdobra-se em quatro mil milhões de euros de empréstimos bancários (garantidos em 90% pelo Estado) e três mil milhões de empréstimo direto, tendo como contrapartida o compromisso na melhoria da rentabilidade na redução das emissões de monóxido de carbono (CO2).

A França tinha demonstrado que outras possibilidade na obtenção de liquidez nos mercados já tinham sido exploradas e esgotadas”, explica a Comissão Europeia considerando que a ausência de apoio público poderia expor a Air France ao risco de falência, devido à queda das atividades operacionais.

“A situação poderia provavelmente prejudicar de forma grave a economia francesa”, acrescenta o comunicado.

A Air France reduziu de forma drástica as atividades na sequência das restrições impostas em todo o mundo sobre viagens como medida de contenção da propagação do novo coronavírus.

Os Estados francês e holandês detêm cada um 14% do grupo Air France que integra a transportadora KLM. O governo da Holanda prevê ajudar a KLM com um empréstimo entre dois a quatro mil milhões de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Revista de imprensa internacional

Bruxelas dá luz verde para ajuda de sete mil milhões de euros para a Air France. Provisões da banca para o malparado chegam a 50 mil milhões. Trump diz que podem morrer 100.000 vítimas de Covid-19.

A pandemia de Covid-19 continua a marcar a atualidade internacional. A Air France vai receber um empréstimo de sete mil milhões de euros do governo francês. Nos Estados Unidos, Donald Trump admite que possam morrer até 100 mil norte-americanos vítimas da doença. Além disso, a Administração dos EUA diz ter provas de que o novo coronavírus terá tido origem num laboratório chinês, mas não diz quais. Com os cinemas fechados, os grandes estúdios voltam-se para as estreias de filmes em plataformas digitais.

Bloomberg

Air France vai receber sete mil milhões de euros do governo francês

A Air France-KLM teve “luz verde” por parte da União Europeia para receber sete mil milhões de euros por parte do governo francês. A Comissão Europeia considerou que França demonstrou que todos os outros meios possíveis para obter liquidez nos mercados “já foram explorados e esgotados”. Nesse sentido, o empréstimo dará a “liquidez vital” para enfrentar o período difícil em que a companhia está mergulhada, devido às restrições de voos por causa do Covid-19.

Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Financial Times

Provisões da banca para o malparado vão chegar a 50 mil milhões

As provisões da banca europeia e norte-americana para o crédito malparado estão em vias de ultrapassarem a fasquia dos 50 mil milhões de dólares, um máximo desde a crise financeira de 2008. Os grandes bancos norte-americanos destacam-se por terem aumentado as provisões em 350% no primeiro trimestre, em termos homólogos, para 25 mil milhões de dólares, enquanto na Europa o crescimento das provisões para o malparado foi de 260%, para 16 mil milhões de euros.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

Reuters

Trump admite que 100.000 americanos podem morrer de Covid-19

O Presidente dos Estados Unidos da América disse acreditar que até 100 mil norte-americanos podem morrer vítimas de infeção por Covid-19, após o número de mortos do país ter superado as suas expectativas. “Vamos perder entre 75 mil, 80 mil e 100.000 pessoas. Isto é uma coisa horrível”, apontou Donald Trump. Contudo, diz estar confiante de que uma vacina será desenvolvida até o final do ano.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

The Wall Street Journal

Administração Trump diz ter “provas” de que coronavírus teve origem num laboratório chinês. Mas não diz quais

O secretário de Estado norte-americano disse existirem provas de que o novo coronavírus terá tido origem num laboratório chinês: “Posso dizer-vos que há uma quantidade significativa de provas de que isto veio desse laboratório de Wuhan”, afirmou Mike Pompeo num programa da ABC. No entanto, recusou dar mais informação sobre as provas em concreto. A declaração surge numa altura em que surgem novos sinais de deterioração da relação entre EUA e China, com acusações sobre a origem do coronavírus lançadas de parte a parte. A insinuação de que o novo coronavírus teve origem num laboratório tem sido motivo de teorias da conspiração na internet, mas ainda não é conhecida qualquer prova em concreto.

Leia a notícia completa no The Wall Street Journal (acesso pago, conteúdo em inglês).

The Guardian

Estreias de filmes em plataformas digitais pode ameaçar cinemas

Com os cinemas fechados, os estúdios de Hollywood reinventaram-se e estão a lançar filmes através de outras plataformas, como televisão por assinatura, DVD e streaming. Após o cancelamento da exibição nos cinemas devido ao Covid-19, a Universal Pictures decidiu lançar o filme de animação “Trolls: Tour Mundial” nas plataformas digitais, que rendeu cerca de 100 milhões de dólares em apenas três semanas. Este desempenho convenceu os executivos da Universal Pictures que consideram que as estreias digitais podem mesmo ser uma estratégia vencedora, mesmo após a pandemia. “Assim que os cinemas reabrirem, esperamos lançar filmes nos dois formatos”, admitiu, Jeff Shell, CEO da NBC Universal.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal e Espanha em conflito por causa do gás natural

  • ECO
  • 4 Maio 2020

Espanha pondera avançar com um desconto de 13,9% nas tarifas aplicáveis aos terminais espanhóis de gás natural liquefeito. A ERSE contesta, referindo que a medida poderá afetar o terminal de Sines.

Espanha poderá avançar com um desconto de 13,9% nas tarifas aplicáveis aos terminais espanhóis de gás natural liquefeito, uma medida que está a gerar desconforto na Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), avança o Jornal de Negócios (acesso pago).

Para o regulador português, a medida “terá fortes efeitos prejudiciais para o mercado português e para o desenvolvimento do Mibgas [mercado ibérico de gás natural” e irá “beneficiar as infraestruturas espanholas”, prejudicando o terminal de Sines. Assim, a ERSE diz que a medida poderá constituir um obstáculo à concorrência, uma vez que “compromete as condições equitativas entre os terminais ibéricos de GNL”.

No parecer que enviou à Comissão Nacional de Mercado e Concorrência espanhola, o regulador português explica que a proposta do país vizinho contempla uma mudança na metodologia de preços de referência que será de preços diferenciados nos vários pontos de entrada e de saída da rede. A aplicar-se, o terminal de Sines passa a ter tarifas mais alta relativamente aos seis terminais do mercado espanhol.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pablo Forero reforma-se. Pedro Oliveira e Costa vai ser CEO do BPI

João Pedro Oliveira e Costa, de 54 anos, atual vogal do Conselho de Administração e da Comissão Executiva, foi o escolhido para suceder a Forero.

Pablo Forero vai sair da liderança do BPI. O espanhol anunciou que vai reformar-se, tendo sido escolhido o nome de João Pedro Oliveira e Costa, de 54 anos, atual vogal do Conselho de Administração e da Comissão Executiva, para o suceder.

“O presidente da Comissão Executiva do Banco BPI, Pablo Forero, de 64 anos, comunicou ao conselho de administração a sua decisão de se reformar no final do seu mandato”, refere o banco controlado pelo Caixabank em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Forero assumiu a liderança do BPI em abril de 2017, meses depois de ter sido concluída a OPA do banco catalão sobre a instituição financeira portuguesa. Foi anunciado como o sucessor de Fernando Ulrich em fevereiro, assumindo dois meses depois o mandato que agora chega ao fim.

Pablo Forero e João Pedro Oliveira e Costa

“O BPI está num dos momentos mais fortes da sua história, muito motivado, bem capitalizado, com grande dinamismo comercial e por isso entendo que este é o momento apropriado para passar o testemunho a um novo presidente executivo, português, formado na casa e respeitado por todos”, diz Forero numa nota de despedida.

“Sinto-me muito orgulhoso por ter sido acompanhado nestes três anos pela excelente equipa diretiva do Banco BPI, sentindo sempre um grande apoio, compromisso e profissionalismo de todos os colaboradores do Banco. Sempre entendi esta posição como transitória e considero agora que a minha missão está cumprida”, remata.

Fernando Ulrich aplaude “a forma exemplar como Pablo Forero comandou a equipa executiva, composta por quadros do BPI, o excelente relacionamento entre ambos e, sobretudo, os resultados obtidos durante o seu mandato”. O BPI tem alcançado lucros de forma consecutiva nos anos da liderança de Forero, chegando a um resultado líquido de 327,9 milhões em 2019.

Oliveira e Costa é o homem que se segue

Perante a decisão de Forero, o conselho de administração do Banco BPI, “tomou conhecimento desta intenção e decidiu indigitar para o mandato 2020-2022, em substituição de Pablo Forero, João Pedro Oliveira e Costa, 54 anos, atual vogal do Conselho de Administração e da Comissão Executiva”, acrescenta.

“A eleição do indigitado presidente da Comissão Executiva só se concretizará depois da necessária aprovação das autoridades de supervisão”, nomeadamente o Banco de Portugal.

João Pedro Oliveira e Costa agradece a confiança depositada pelo CaixaBank, o seu presidente executivo, Gonzalo Gortázar, bem como por Fernando Ulrich, chairman do BPI, e daquele a quem irá suceder, Forero. “Sei que conto com o apoio e a lealdade de uma grande equipa, que aprendi a respeitar ao longo de muitos anos de trabalho conjunto, baseado em valores e princípios muito fortes, que sustentam a distinta identidade do BPI”, disse.

O futuro CEO do BPI diz que conhece bem “os desafios difíceis e o tempo de incerteza que nos esperam”, referindo-se à forte recessão provocada pela pandemia de Covid-19, mas “sabemos também que podemos dispor dos recursos necessários para vencer e não duvidamos um segundo da nossa capacidade, da nossa vontade e da nossa determinação.”

(Notícia atualizada às 8h59 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bolsas europeias sob pressão. Galp afunda 6,5% e arrasta Lisboa

Os ativos de risco estão novamente sob pressão nos mercados internacionais. Na bolsa de Lisboa, a Galp Energia derrapa 6,5% e pressiona o principal índice português.

Depois de um fim de semana prolongado, as bolsas europeias arrancam a semana com fortes desvalorizações, acompanhando a tendência negativa dos mercados asiáticos e as quedas acentuadas registadas no final da semana passada nos EUA. Praticamente todas as cotadas perdem valor, com o setor da energia a destacar-se nas descidas. A Galp Energia está a afundar 6,5% num cenário de recuo do valor do petróleo.

O Stoxx 600 cai 1,73%, numa altura em que o alemão DAX perde 3%, o francês CAC-40 recua 3,07% e o espanhol IBEX recua 2,72%. O português PSI-20 não escapa à pressão, registando uma queda de 2,65%, para 4.170,74 pontos, com apenas uma das 18 cotadas em terreno positivo. A pressionar a bolsa de Lisboa está, sobretudo, o setor energético.

Enquanto a EDP perde 1,95%, para 3,775 euros, a EDP Renováveis recua 0,36%, para 11,16 euros. Mas é a petrolífera Galp Energia que se destaca pela negativa. O grupo liderado por Carlos Nuno Gomes da Silva desvaloriza 6,51% para um patamar abaixo dos 10 euros por ação, com os títulos a cotarem nos 9,83 euros.

A queda das ações da Galp dá-se numa altura em que se acentua a desvalorização dos futuros do Brent. Os contratos para entrega em junho negoceiam a 25,88 dólares, uma queda de 2,12% face à cotação de fecho de sexta-feira. Em Nova Iorque, porém, a matéria-prima derrapa 6,47%, para 18,50 dólares o barril.

A pressionar a bolsa portuguesa está também o BCP. Os títulos do banco liderado por Miguel Maya cedem 3,92%, para 9,8 cêntimos, enquanto as ações dos CTT perdem 3,26%, para 2,08 euros.

Estas quedas nos mercados internacionais traduzem os receios dos investidores quanto ao impacto da pandemia na economia mundial, mas também sinalizam os crescentes receios quanto a um regresso das tensões entre os EUA e China.

As sucessivas declarações de Trump, acusando a China de ter criado o novo coronavírus, que já provocou 245 mil mortes a nível mundial, têm levado a um crescendo na tensão entre os dois países, receando-se um retomar da guerra comercial num contexto já altamente recessivo.

(Notícia atualizada às 9h57 com queda de 6,5% nas ações da Galp)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Popularidade de Costa atinge recorde em plena pandemia

  • ECO
  • 4 Maio 2020

A popularidade do primeiro-ministro e do Presidente da República estão em alta, segundo uma sondagem da Pitagórica para o JN e TSF.

A popularidade do Presidente da República continua em alta, na ordem dos 83%, enquanto a do primeiro-ministro, António Costa, bateu atingiu um recorde de 74%. A conclusão é de uma sondagem da Pitagórica feita para o Jornal de Notícias e TSF.

Esta taxa de aprovação é alcançada em plena pandemia do coronavírus, refletindo a avaliação positiva que os portugueses fazem tanto de Marcelo como de Costa na condução do país neste contexto desafiante. Essa avaliação de Costa traduz-se num aumento das intenções de voto no PS. Se as eleições fosse hoje, PS venceria com 41,9%. O PSD teria 23,1%.

Abaixo do PSD, de acordo com a sondagem realizada entre 15 e 26 de abril, antes do fim do estado de emergência, está o BE (com 8,1%), o Chega (7,3%), a CDU (5,6%), o PAN e o CDS (ambos com 2,6%) e a Iniciativa Liberal (2,6%). O

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Presidente da FPF: “Futuro do futebol não está garantido”

  • Lusa
  • 4 Maio 2020

Fernando Gomes considera que estamos perante um paradigma inteiramente novo. Neste sentido, o futebol tem de partir para a construção de um novo caminho.

O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) considera que o futuro da modalidade não está garantido e que é tempo de partir para a construção de um novo caminho, na sequência dos efeitos da disseminação do Covid-19.

Num artigo de opinião divulgado hoje em vários jornais, Fernando Gomes sublinha que acredita, que na abertura parcial da sociedade, uma das prioridades do futebol nacional “será tornar a sua atividade mais sólida”.

“Vivemos o tempo do impensável. O presente desafia-nos e ao olharmos para o futuro já não alcançamos o que antes parecia certo. O futuro do futebol, lamento dizê-lo, não está garantido. O futebol, durante muitos anos, parecia o centro da vida para muitas pessoas, mas, não aligeiremos as palavras, já todos percebemos que não é”, disse.

De acordo com Fernando Gomes, perante um paradigma inteiramente novo, o futebol tem de partir para a construção de um novo caminho.

“O futebol, como a própria sociedade, tem vivido num modelo económico e comunitário estruturalmente baseado na velocidade das interações. Temos pensado de menos no amanhã”, salientou.

Fernando Gomes considera ser importante diversificar fontes de financiamento no futebol nacional, salientando que os orçamentos dos clubes não podem estar dependentes das participações nas competições europeias.

“A venda dos direitos televisivos de uma liga forte e competitiva para outros países, hoje financeiramente inexpressivos, poderá ajudar-nos a posições equilibradas. Procuraram defender o seu setor, sem esquecer as dificuldades globais do futebol”, referiu.

Na opinião do presidente da FPF, é preciso também “fazer mais, construir provas desportivamente rentáveis, socialmente relevantes e economicamente viáveis”, disse.

No artigo, Fernando Gomes chama a atenção para a necessidade de se introduzirem critérios mais exigentes na construção dos projetos desportivos.

“Escolher bem diretores desportivos, treinadores, jogadores. Ultrapassada esta conjuntura extraordinária, teremos de evitar as trocas constantes de recursos humanos ao primeiro sinal de que as coisas não correm conforme o planeado. A persistência, a resiliência e o trabalho coletivo dão resultados”, disse.

Fernando Gomes lembrou que existem dois mil clubes que competem em Portugal e um número semelhante de jogadores profissionais.

“O futebol representa 0,25% do PIB português de acordo com um estudo recente. Estes são dados e números que obrigam a reflexão séria e ponderada. Será que o futebol português, com a dimensão que o país tem, é capaz de garantir aos jogadores cerca de dois mil empregos de qualidade? Não podemos permitir que se vendam ilusões a jovens. Temos o dever de os proteger, criar mecanismos que lhes permitam tomar as melhores decisões e tornar óbvia a diferença entre profissional e amador”, disse.

Fernando Gomes destaca também no artigo que esta época, Portugal vai terminar em sexto no ranking da UEFA, o que vai permitir a presença portuguesa nas competições europeias.

“Acredito que nas próximas semanas saberemos merecer a confiança das autoridades e decidir em campo os nossos representantes. Num círculo virtuoso, se formos competitivos e continuarmos a apostar na excelência nas áreas da formação dos mais jovens, o reconhecimento internacional acontecerá, as receitas económicas aumentarão e as apostas originais terão ainda mais hipóteses de se tornarem a norma.

A I Liga, liderada pelo FC Porto com um ponto de vantagem sobre o campeão Benfica, foi suspensa em 12 de março, após 24 jornadas e vai regressar a partir de 30 e 31 de maio, assim como a final da Taça de Portugal, entre “dragões” e “águias”.

O mesmo não se aplica à II Liga, não contemplada pelas medidas, tendo em lugares de subida, à data da suspensão, Nacional, com 50 pontos, e Farense, com 48.

Portugal contabiliza 1.043 mortos associados ao Covid-19 em 25.282 casos confirmados de infeção, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) sobre a pandemia divulgado no domingo.

Portugal entrou hoje em situação de calamidade, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.