Restauração diz que linhas de crédito estão a ser gastas por empresas fora do setor

  • Lusa
  • 13 Maio 2020

A restauração denunciou que as linhas de crédito criadas para o setor estão a ser gastas por empresas que não se encaixam nesta categoria.

A associação nacional de restaurantes PRO.VAR denunciou esta quarta-feira que as linhas de crédito Covid-19 destinadas à restauração estão a ser utilizadas por empresas fora do setor e vai pedir reunião urgente ao Presidente da República e primeiro-ministro.

Em declarações à Lusa, no âmbito de um inquérito recente a 951 restaurantes portugueses, o presidente da PRO.VAR, Daniel Serra, denuncia que as linhas de crédito covid-19 para a restauração “estão a ser utilizadas por empresas que nada têm a ver com o setor”.

Verificámos que muitas empresas, que nada tem a ver com o ramo da restauração, para poderem aceder à linha específica covid-19, uma linha apenas destinada ao apoio a empresas da restauração e similares, estão a acrescentar a Classificação de Atividade Económica (CAE) 56, justificando que passaram a desenvolver atividade relacionada com restauração e similares.

O presidente da associação vai solicitar reuniões com “caráter urgente” ao Presidente da República, primeiro-ministro e líderes dos respetivos partidos para que “encontrem ferramentas e formas de priorizar os processos que se destinam aos que realmente precisam”. Nessas reuniões, a PRO.VAR pretende também discutir a “redução do IVA de 13% para os 6% para as comidas”, “alargamento do período de abertura dos restaurantes com direito ao apoio integral do lay-off, prolongamento do lay-off parcial ao até fim de 2020, bem como a “isenção da Taxa Social Única”.

Um inquérito realizado pela PRO.VAR ao setor da restauração, entre os dias 14 de abril e 10 de maio, indica que 53% das empresas que responderam se candidatou às linhas bancárias covid-19 principalmente as “grandes e médias empresas” e que “metade das microempresas e pequenas empresas não estão a ter acesso a nenhum apoio das linhas”, sendo que 63% não consegue pagar as contas”.

A PRO.VAR explica que foi tentar perceber a razão pela qual a maioria das empresas do setor não tinha acesso ao financiamento para fazer face às suas necessidades de tesouraria, após o primeiro-ministro, António Costa, ter declarado esta semana que as linhas estariam quase esgotadas, pois tinham sido aprovadas garantias num valor superior de “cinco mil milhões de euros das linhas de crédito definidas”.

O inquérito indica também que 74% das microempresas e pequenas empresas quer reabrir a partir de 18 de maio, a data para a retoma do setor apontada pelo Governo, mas que não têm liquidez para preparar as empresas para a reabertura. Sobre o endividamento das empresas de restauração, o inquérito revela que 59% das empresas “reportam um endividamento elevado ou muito elevado”, principalmente as grandes empresas, enquanto as pequenas emersas reportam “endividamento mais baixo”.

Sobre a recuperação de clientes, 56% dos empresários inquiridos revela que vai ser baixa ou muito baixa, com as empresas grandes (100%) e as médias (81%) a serem as mais pessimistas sobre a recuperação de clientela. No campo do “pagamento de dívidas” houve 40% das empresas a declararem que vai ser “difícil ou muito difícil” fazê-lo. No universo do setor da restauração, a maioria (80%) dos estabelecimentos são micro ou pequenas empresas, faz notar a associação.

No plano de contingência para a retoma da restauração, a associação defende que os clientes se sentem às mesas com distâncias seguras, desinfetem as mãos e lhes seja medida a temperatura corporal à entrada do estabelecimento. A realização de testes covid-19 aos trabalhadores de 15 em 15 dias e a “desinfeção integral” das mesas e cadeiras após os clientes saírem são outras das medidas que a PRO.VAR propôs ao Governo para o setor.

A Comissão Europeia recomendou hoje, em regras para a retoma do turismo europeu, que se estabeleça um número máximo de clientes em restaurantes. No que toca a restaurantes, cafés e bares, a Comissão Europeia entende que “os estabelecimentos devem pôr em prática medidas específicas para assegurar o afastamento físico em áreas comuns onde os clientes se possam reunir durante longos períodos de tempo – ou seja, mais de 15 minutos –, como a definição de um número máximo permitido em cada instalação comum”.

Outra sugestão é que seja “considerada a atribuição de horários ou a disponibilização de reservas para refeições. No plano de desconfinamento do Governo, está previsto o setor da restauração reabrir a partir de segunda-feira, mas com várias regras, designadamente os espaços estarem limitados a 50% da sua lotação, o encerramento até às 23h00, o uso obrigatório de máscara e o distanciamento entre lugares.

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GASNAM quer isenção nas portagens para camiões a gás natural

Alemanha vota esta quinta-feira, 14 de maio, a extensão da isenção de portagens nas autoestradas para veículos pesados a gás natural. Em muitos países, frotas de pesados já usam biometano renovável.

A GASNAM – Associação Ibérica de Gás Natural e Renovável para a Mobilidade, que representa 130 empresas dos dois países, 10 das quais são portuguesas, defende a isenção do pagamento de portagens para os camiões a gás natural como forma de incentivo à descarbonização do setor dos transportes.

A associação quer assim seguir o exemplo da Alemanha que esta quinta-feira, 14 de maio, vai votar a extensão da isenção de portagens nas autoestradas para veículos pesados a gás natural. Em muitos países, diz a GASNAM, frotas de camiões e autocarros já utilizam integralmente como combustível o biometano renovável, resultando em carbono neutro.

A frota de camiões a gás natural é uma realidade em rápido crescimento na Europa e também em Portugal, existindo mais de 10.000 veículos em operação na Europa, oferecendo uma alternativa concreta à propulsão a diesel e criando um veículo para a utilização em larga escala de gases renováveis na mobilidade”, defendeu a associação em comunicado.

Em 2050, a Europa pretende ser um continente neutro em carbono, com um sistema de transportes com emissões líquidas iguais a zero. A nível europeu já circulam nas estradas da União mais de 1,5 milhões de veículos movidos a gás natural, que utilizam mais de 15% de gás renovável.

A capacidade de produção europeia de biometano tem um potencial, segundo estudos recentes demonstram, de 1200 TWh, cobrindo amplamente as necessidades de consumo do setor que hoje consome cerca de 24 TWh.

“O exemplo que a Alemanha está a dar à Europa é uma clara manifestação da importância do gás natural para a transição energética para uma economia de baixo carbono, circular e sustentável sendo que com o biometano temos a oportunidade única de criar sinergias entre o setor de resíduos, agricultura, energia e mobilidade, contribuindo para o relançamento da economia europeia, especialmente nestes tempos difíceis”, remata a GASNAM.

No ano passado, o parque automóvel nacional movido a gás natural cresceu 91%: de 293 veículos em 2018 para 752 em 2019. Segundo a GASNAM, nos últimos anos, o gás natural tem vindo a tornar-se uma referência na renovação das frotas urbanas de autocarros, sendo já maioritária nas grandes cidades do país.

Atualmente, os autocarros representam mais de metade da frota de veículos a gás natural em Portugal, tendo este segmento observado, no ano passado, a maior subida em termos de matrículas registadas (+136%). As 232 viaturas matriculadas no ano passado fizeram subir a frota de autocarros a gás natural para 403 unidades. Em 2019, foram também matriculados 46 novos camiões a gás natural, aumentando a frota nacional para 135 viaturas pesadas.

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Taguspark fixa salário mínimo em 900 euros para trabalhadores em outsourcing

  • Lusa
  • 13 Maio 2020

Esta decisão representa uma valorização de 41,7% face ao salário mínimo nacional, fixado nos 635 euros, para os trabalhadores que prestem serviços no Taguspark em regime de outsourcing.

O salário mínimo para os trabalhadores que prestam serviços no Taguspark através de empresas terceiras (outsourcing) foi fixado em 900 euros, disse esta quarta-feira fonte oficial do parque de ciência e tecnologia de Lisboa, situado em Oeiras. Em causa estão 12 trabalhadores que prestam serviços de limpeza e jardinagem no Taguspark em regime de outsourcing.

De acordo com a mesma fonte, o valor de 900 euros (com um máximo de 1.200 euros) representa uma valorização de 41,7% face ao salário mínimo nacional, de 635 euros, que fica agora abolido para estes profissionais, sublinha a mesma fonte.

“Esta política enquadra-se no objetivo de tornar o Taguspark o parque mais cívico da Europa e tem como meta implementar uma política de dignidade laboral para com aqueles que diariamente prestam serviços por conta de outrem nas nossas instalações”, afirma o presidente executivo do Taguspark, Eduardo Baptista Correia.

“Procuramos que se estabeleçam salários que reconheçam o bom trabalho, fomentem a motivação e contribuam para condições de vida com maior felicidade e dignidade”, acrescenta o presidente.

O processo teve por base uma negociação com as entidades prestadoras destes serviços, a quem o Taguspark paga um valor mensal pela prestação dos mesmos, explica fonte oficial do parque.

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Jerónimo Martins corta dividendos em 40%. Admite compensar acionistas se crise passar

A Jerónimo Martins reviu em baixa a proposta de remuneração acionista. "Para já", propõe distribuir 30% dos lucros, em vez da metade previamente anunciada. O valor passa para 20,7 cêntimos por ação.

A administração da Jerónimo Martins decidiu rever em baixa a proposta de distribuição de dividendos aos acionistas, relativos aos lucros de 2019. A empresa tenciona pagar 130,1 milhões de euros, sendo que esta nova proposta representa um corte de 40% (ou menos 86,7 milhões de euros) face à anterior remuneração acionista prevista de 216,8 milhões de euros.

“Para já”, segundo o grupo, a proposta corresponde ao pagamento de um dividendo bruto de 20,7 cêntimos por cada título, em vez dos 35 cêntimos propostos antes da pandemia. O valor representa payout de 30% dos lucros que contrasta com os 50% anteriores, de acordo com informação presente no relatório de contas da empresa referente ao primeiro trimestre, enviado esta quarta-feira à CMVM.

“Dado o atual contexto mundial e a elevada incerteza prevalecente, o Conselho de Administração decidiu propor na Assembleia Geral, a realizar a 25 de junho, a distribuição, para já, de dividendos no montante de 130,1 milhões de euros, revendo a distribuição de 216,8 milhões de euros anunciada a 20 de fevereiro de 2020. Esta distribuição corresponde a um dividendo bruto de 0,207 euros por ação”, avançou a empresa.

Como avançou o ECO em meados de abril, o grupo retalhista estava a decidir o que fazer aos dividendos dado o atual contexto de recessão no horizonte, provocada pelo choque económico da pandemia. “Ainda estamos a discutir entre nós”, tinha dito aos jornalistas Pedro Soares dos Santos, presidente executivo da Jerónimo Martins, depois de uma reunião com o Presidente da República, nessa altura.

Grupo admite compensar acionistas se crise passar

Numa altura em que o país tenta uma reabertura gradual da economia, todas as atenções estão postas sobre a possibilidade de uma segunda vaga da pandemia. Uma hipótese que tem levado a uma maior cautela da parte das gestões de algumas empresas.

No caso da Jerónimo Martins não é diferente. A empresa retém agora este valor, para reforçar as reservas em plena pandemia, mas não exclui pagar o payout total dos 50% inicialmente propostos, caso se verifique um alívio da situação e uma recuperação.

“O Conselho de Administração não exclui a possibilidade de vir a propor, com base nas reservas livres da sociedade, a distribuição, até ao final do ano, do valor da diferença para o payout de 50% inicialmente previsto, se a evolução da situação epidemiológica e os seus impactos o permitirem”, indica também a empresa.

Segundo a informação divulgada esta quarta-feira, os lucros da dona do Pingo Doce caíram 43,8% no trimestre, para 35 milhões de euros. “Os primeiros impactos da crise sanitária mundial começaram a fazer-se sentir — ainda que com intensidades diferentes consoante o estádio de evolução da situação epidemiológica e cada país”, reconhece Pedro Soares dos Santos numa mensagem aos acionistas.

“Neste momento, existe ainda uma visibilidade muito reduzida sobre a escala e a profundidade que os efeitos desta pandemia poderão assumir. Num contexto que é de elevada incerteza, garantiremos todo o apoio às nossas pessoas”, remata o gestor português.

(Notícia atualizada pela última vez às 18h14)

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De Guindos acredita que recuperação económica da Zona Euro já começou

Em entrevista à Reuters, o vice-presidente do BCE disse esperar um crescimento do PIB dos países da moeda única de 6% em 2021.

A economia da Zona Euro já ultrapassou o pior da crise, segundo o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE). O espanhol Luis de Guindos afirmou, esta quarta-feira, acredita que a recuperação económica já começou, mas poderá demorar dois anos a ficar completa.

De Guindos disse, à Reuters, que a produção económica já atingiu o mínimo devido à crise do Covid-19. Após a inversão no curto, o banqueiro central espera uma retoma no terceiro e quarto trimestres.

Em 2021, apesar de ainda haver um elevado nível de incerteza, poderemos alcançar um crescimento económico na ordem dos 6% na Zona Euro“, referiu o vice-presidente do BCE. O número é avançado a um mês de o banco central rever as projeções económicas, incluindo já o impacto da crise.

Apesar de as projeções oficiais ainda não serem conhecidas, a presidente Christine Lagarde tinha já anunciado que o staff do BCE estima que o PIB da Zona Euro contraia entre 5% e 12% este ano. Após uma quebra de 3,8% no PIB da Zona Euro no primeiro trimestre de 2020, o impacto será ainda maior no segundo trimestre e poderá mesmo chegar aos 15%.

De Guindos defendeu ainda que o BCE está a trabalhar para evitar a fragmentação no mercado de dívida pública, que está sob forte pressão devido ao aumento das necessidades de financiamento dos países causada pela crise. E acrescentou considerar “absolutamente essencial” a total unidade da Zona Euro.

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Lucros da Jerónimo Martins caem para quase metade. Ganha 35 milhões até março

Quebra dos lucros da dona do Pingo Doce foram "fortemente impactados pelas diferenças cambiais decorrentes da aplicação da IFRS16", revela a empresa.

A Jerónimo Martins viu os seus lucros caírem no primeiro trimestre. O resultado líquido da retalhista ascendeu a 35 milhões de euros, uma quebra de 43,8% face ao período homólogo, “fortemente impactados pelas diferenças cambiais decorrentes da aplicação da IFRS16″, mas também já afetados pelos primeiros efeitos da pandemia em março.

Em enviado à Comissão do Mercado de valores Mobiliários (CMVM), esta quarta-feira, a Jerónimo Martins revela que os seus lucros se fixaram nos três primeiros meses do ano nos 35 milhões de euros, valor que compara com os 62 milhões de euros registados no mesmo período do ano passado.

O resultado alcançado compara com a estimativa do CaixaBank BPI que antecipava um crescimento de 5% dos lucros da retalhista naquele período, para 76 milhões de euros.

Em termos operacionais, o EBITDA (lucro antes de impostos depreciação e amortização) atingiu 214 milhões de euros, uma redução de 0,6% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, “refletindo os primeiros efeitos da pandemia ao nível dos custos operacionais”, justifica a dona do Pingo Doce.

Já ao nível das vendas a tendência foi oposta, com estas a crescerem em termos consolidados 11%, para 4.715 milhões de euros, com as vendas em LFL (vendas comparáveis) a crescerem 9,5%. A Jerónimo Martins revela que, antes do início da pandemia, o LFL crescia a 12,1% (acumulado a fevereiro).

“Fechámos o primeiro trimestre do ano com um crescimento de vendas assinalável, o que traduz a força competitiva dos vários negócios e a flexibilidade e resiliência das nossas operações, mesmo quando postas à prova por uma ameaça sem precedentes, como é o caso da pandemia por Covid-19″, diz Pedro Soares dos Santos no comunicado enviado ao regulador da bolsa.

O CEO da retalhista diz ainda que “os primeiros impactos da crise sanitária mundial começaram a fazer-se sentir – ainda que com intensidades diferentes consoante o estádio de evolução da situação epidemiológica em cada país (Polónia, Portugal e Colômbia) – a partir da primeira quinzena de março“.

"Fechámos o primeiro trimestre do ano com um crescimento de vendas assinalável, o que traduz a força competitiva dos vários negócios e a flexibilidade e resiliência das nossas operações, mesmo quando postas à prova por uma ameaça sem precedentes, como é o caso da pandemia por Covid-19.”

Pedro Soares dos Santos

De forma desagregada, a polaca Biedronka registou um crescimento de vendas de 12,6% para os 3,3 mil milhões de euros (+13,2% em moeda local), “com uma boa evolução da quota de mercado”, explica a Jerónimo Martins. Também no mercado polaco, a Hebe — especializada no Bem Estar e Saúde — aumentou as vendas em 14,6% para os 64 milhões de euros (+15,2% em moeda local), também “impactada pelo desempenho de março, já no contexto da pandemia”.

Já no mercado nacional, a retalhista salienta que “o ano arrancou com uma envolvente de consumo positiva, tendo-se começado a observar, à medida que o mês de março avançava, sinais de trading down”. Nesse contexto, as vendas totais do Pingo Doce subiram em 3,5%, para os 936 milhões de euros. Quanto ao Recheio, as vendas cifraram-se em 214 milhões de euros, um ligeiro acréscimo de 0,2% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. Relativamente a essa unidade, é adiantado pela empresa que “a partir da segunda metade de março, o encerramento dos restaurantes e a paragem da atividade turística impactaram de forma material as vendas ao canal HoReCa”.

No seu terceiro mercado — a Colômbia — é salientado que “o ano iniciou-se com um enquadramento económico favorável“, tendo as medidas de confinamento no contexto da pandemia mundial começado a ganhar força ao longo do mês de abril. Daí que a Ara tenha aumentado as vendas, em moeda local, em 52,3%. Em euros, as vendas nessa unidade cresceram 38,9% para os 235 milhões de euros, “respondendo à estratégia reforçada de preço” implementada em 2019 e que “continua a ser fundamental para o seu desempenho”.

(Notícia atualizada às 18h30)

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CGD já aprovou moratórias no crédito avaliadas em 4,7 mil milhões de euros

Banco recebeu 54 mil pedidos de moratórias nos empréstimos por parte das empresas, tendo já aprovado quase 38 mil no valor de 4,7 mil milhões de euros.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) recebeu 54 mil pedidos de moratórias no crédito por parte de famílias e empresas, tendo já aprovado 37.846 mil no valor de 4,727 mil milhões de euros.

O banco diz que já aprovou 25.993 moratórias solicitadas por particulares, entre crédito à habitação, crédito ao consumo, entre outros. Estes contratos totalizam os 2,129 mil milhões de euros. Cerca de sete mil pedidos elegíveis no valor de 800 milhões ainda estavam por decidir.

Em relação às empresas, já concedeu 11.853 moratórias no valor de 2,6 mil milhões de euros. Nove mil pedidos de empresas no valor de mil milhões de euros ainda estavam por decidir.

Estas moratórias visam ajudar famílias e empresas afetadas pela crise a pagar as prestações de capital e/ou juros mais tarde. Dividem-se pelos vários regimes criados: um regime público que vale apenas para contratos à habitação e empresas; e um regime da Associação Portuguesa de Bancos que abrangem os restantes contratos. A moratória individual da CGD teve pouca adesão.

Na conferência de apresentação de resultados, Paulo Macedo referiu que o período de seis meses da moratória pública “não é minimamente suficiente e penso que há disponibilidade de o governo” para prolongar os prazos.

O banco liderado por Paulo Macedo anunciou esta quarta-feira uma quebra de 31,6% dos lucros para 86,2 milhões de euros, com as provisões para a crise a atingirem os 60 milhões de euros.

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Tancos: Decisão instrutória conhecida a 26 de junho

  • Lusa
  • 13 Maio 2020

O juiz de instrução Carlos Alexandre vai comunicar a 26 de junho a decisão de levar ou não os arguidos do processo de Tancos a julgamento, disse à Lusa fonte da defesa.

O juiz de instrução Carlos Alexandre vai comunicar a 26 de junho a decisão de levar ou não os arguidos do processo de Tancos a julgamento, disse à Lusa fonte da defesa.

Esta quarta-feira terminaram as sessões do debate instrutório, uma fase em que o juiz ouviu as alegações do Ministério Público e dos advogados que pediram a abertura da fase de instrução do processo que investigou o furto e achamento do armamento subtraído aos paióis de Tancos.

A instrução é uma fase facultativa do processo para recolha de prova dirigida por um juiz e foi pedida por 15 dos 23 arguidos envolvidos no caso.

O Ministério Público pediu que todos os 23 arguidos fossem a julgamento nos exatos termos em que foram acusados.

Entre os 23 acusados estão o ex-ministro da defesa Azeredo Lopes, o ex-diretor nacional da Polícia Judiciária Militar Luís Vieira, o ex-porta-voz daquela polícia Vasco Brazão, três militares da GNR e o ex-fuzileiro João Paulino, acusados de um conjunto de crimes que vão desde terrorismo, associação criminosa, denegação de justiça e prevaricação até falsificação de documentos, tráfico de influência, abuso de poder, recetação e detenção de arma proibida.

Nove dos arguidos são acusados de planear e executar o furto do material militar dos paióis nacionais e os restantes 14, entre eles o antigo ministro da Defesa e os dois elementos da PJM, da encenação que esteve na base da recuperação do equipamento.

O caso do furto do armamento foi divulgado pelo Exército em 29 de junho de 2017 com a indicação de que ocorrera no dia anterior, tendo a alegada recuperação do material de guerra furtado ocorrido na região da Chamusca, Santarém, em outubro de 2017, numa operação que envolveu a PJM, em colaboração com elementos da GNR de Loulé.

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Lucro da Caixa cai 32%. Faz provisões de 60 milhões para a crise do coronavírus

A Caixa Geral de Depósitos registou lucros de 86,2 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, menos 32% do que no mesmo período do ano passado.

A Caixa Geral de Depósitos registou lucros de 86,2 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, menos 31,6% do que no mesmo período do ano passado, devido ao impacto da pandemia do novo coronavírus.

O banco público refere em comunicado que o resultado inclui o “reforço da imparidade de crédito e provisão para garantias bancárias no montante de 60 milhões de euros em antecipação dos efeitos expectáveis da crise económica”.

“O resultado reflete ainda os primeiros impactos económicos resultantes da pandemia Covid-19 que se começaram a sentir apenas na segunda quinzena de março. As medidas resultantes da
declaração de estado de emergência originaram uma redução da transacionalidade e da procura de crédito, quer por empresas, quer por particulares”, acrescenta a CGD.

Por causa do reforço de provisões e imparidades, o custo de risco de crédito atingiu 0,07%. Sem
este reforço, ter-se-ia mantido no mesmo valor de dezembro de 2019: -0,09%.

Na conferência de imprensa, Paulo Macedo revelou que sem o impacto da pandemia, a CGD teria registado um lucro “ligeiramente acima ou em linha com o do ano passado”, que foi à volta de 126 milhões.

Margem e comissões sob pressão

A margem financeira (juros recebidos menos juros pagos) continuou sob pressão dos juros baixos do Banco Central Europeu (BCE): caiu 7,3% para 262,8 milhões de euros.

Este mau desempenho que foi parcialmente compensado com o aumento dos resultados com comissões: aumentaram 4,1% para 122,5 milhões de euros. Mas expectativa de José de Brito, administrador financeiro do banco, é que as receitas com comissionamento venham também a estar pressionadas com a menor dinâmica de transações que a CGD já está a registar por causa da pandemia. Aliás, a CGD eliminou algumas comissões durante o surto do vírus.

Contas feitas, o produto global da atividade caiu quase 6% entre janeiro e março deste ano, para 426,6 milhões de euros.

Malparado cai 8 mil milhões desde 2016

No que diz respeito ao balanço da CGD a 31 de março, o crédito a clientes caiu 5,7% para 48 mil milhões de euros. “De referir que, influenciado pela conjuntura adversa no final do primeiro trimestre do ano, o ritmo de crescimento da nova produção registou um abrandamento”, diz o banco.

Já os depósitos (recursos de clientes) aumentaram 3,9% para 67,5 mil milhões de euros, “evolução essencialmente justificada pela captação da CGD Portugal”, explica.

O banco diz que parte para esta crise em melhor posição: de liquidez, de qualidade dos ativos e de rácios de capital.

O rácio de transformação de depósitos em crédito está nos 71,3%. O banco diz que continua sem financiamento do BCE, mas admite vir a recorrer ao banco central para “beneficiar de condições únicas do custo das linhas”. A primeira colocação do BCE realiza-se em junho e a CGD tem 18 mil milhões de euros de ativos elegíveis para poder concorrer a essas linhas.

No que toca ao rácio de malparado (NPL), atingiu os 4,5% no final de março, com o rácio líquido de imparidades se fixou nos 0,7%. O banco revela que a atuação no malparado levou a uma redução de oito mil milhões de euros (-76%) desde dezembro de 2016.

O rácio de capital total está nos 19,2%, um dos melhores em Portugal, sublinhou o CEO Paulo Macedo.

(Notícia atualizada às 18h00)

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BCP toca mínimo histórico nos 8,86 cêntimos. Lisboa cai quase 2%

A bolsa de Lisboa encerrou em terreno negativo pela terceira sessão consecutiva, penalizada pelo banco liderado por Miguel Maya, que nunca valeu tão pouco. A família EDP impediu uma queda maior.

A bolsa de Lisboa encerrou com perdas pela terceira sessão consecutiva, com a maioria das 18 cotadas no “vermelho”. A penalizar o desempenho do índice de referência nacional estiveram as ações do BCP, que atingiram um novo mínimo histórico. Pelo contrário, a impedir uma queda mais acentuada da bolsa esteve a família EDP.

O PSI-20 desvalorizou 1,81% para 4.077,15 pontos, a cotação mais baixa desde 8 de abril. Contrariamente à última sessão, Lisboa acompanhou a tendência das restantes praças europeias, que também desvalorizaram. O Stoxx 600 recuou 1,93% para os 334 pontos.

De entre as cotadas nacionais, quase todas encerraram com perdas. Destaque para os títulos do BCP, que perderam 4% para 8,86 cêntimos, batendo mínimos de sempre. Este desempenho do banco liderado por Miguel Maya acontece depois de o CaixaBank / BPI ter cortado o preço-alvo das ações de 11 cêntimos por ação (contra a anterior estimativa de 25 cêntimos), devido ao impacto do coronavírus.

BCP fecha abaixo dos 9 cêntimos

A penalizar o índice de referência nacional esteve ainda a Galp Energia, que recuou 2,92% para 9,718 euros, encerrando no vermelho pela quarta sessão consecutiva. Este desempenho acontece num dia em que o preço do barril de petróleo está a desvalorizar nos mercados internacionais: o Brent perde 0,97% para 29,66 dólares e o WTI cai 1,01% para 25,50 dólares.

Ainda nas quedas, destaque para as cotadas do setor do papel. A Navigator recuou 5,5% para 2,096 euros, a Semapa perdeu 5,09% para 8,02 euros, e a Altri desvalorizou 0,28% para 4,268 euros.

Pelo contrário, a impedir uma queda mais expressiva do PSI-20 estiveram as ações da EDP, que somaram 1,75% para 3,963 euros, e as da EDP Renováveis que avançaram 1,05% para 11,56 euros. A maior subida desta sessão coube à REN, que valorizou 2,66% para 2,51 euros.

(Notícia atualizada às 16h58 com mais informação)

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Pedidos de reembolso de viagens chegam a 9,2 mil milhões de euros. Aviação europeia critica Bruxelas

  • Lusa
  • 13 Maio 2020

Aviação europeia considera que as recomendações da Comissão Europeia sobre os vouchers são “confusas” e podem mesmo contribuir para o desespero financeiro das companhias aéreas.

Quatro das maiores associações representativas do setor aeronáutico europeu criticaram esta quarta-feira a “falta de liderança” da Comissão Europeia, lamentando as “recomendações confusas” relativamente aos vouchers, numa altura em que os reembolsos ascendem a 9,2 mil milhões de euros.

“A falta de liderança da Comissão Europeia não aliviará e poderá mesmo contribuir para o desespero financeiro das companhias aéreas e da indústria do turismo em geral”, afirmam num comunicado conjunto a Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA), a Companhias aéreas para a Europa (A4E), a Representação internacional das companhias aéreas na Europa (AIRE) e a Associação de companhias aéreas das regiões europeias (ERA).

Por detrás do descontentamento destas entidades estão as recomendações “dececionantes e confusas” emitidas pela Comissão Europeia, que, segundo argumentam, “criarão mais confusão para as companhias aéreas e para os passageiros numa altura em que é urgentemente necessária uma ação regulamentar clara e decisiva”.

E dando conta que os pedidos de reembolso em dinheiro devido ao cancelamento “em massa” de viagens na Europa já ascendem aos 9,2 mil milhões de euros, as associações lamentam que a Comissão Europeia tenha “ignorado o pedido de 16 Estados-membros da UE para uma alteração de emergência ao regulamento comunitário” sobre os reembolsos.

Alertando que podem estar “em risco até 6,7 milhões de postos de trabalho na aviação em toda a Europa”, estas entidades pedem agora aos Estados-membros e ao Conselho que assegurem uma “abordagem harmonizada” para a questão dos ‘vouchers’ e dos reembolsos durante a pandemia de covid-19, ajustando temporariamente as regras referentes aos direitos dos passageiros.

Nas recomendações divulgadas esta quarta-feira, a Comissão Europeia defendeu garantias públicas, por exemplo dadas pelos países europeus, ou privadas, como através de seguradoras, para atrair passageiros a optar pelos ‘vouchers’ em situações de viagens canceladas devido à pandemia.

Com as viagens suspensas na UE em resultado das medidas restritivas adotadas pelos Estados-membros para tentar conter a propagação da covid-19, foram várias as viagens canceladas, nomeadamente voos, e nessas situações as transportadoras são obrigadas a dar a escolher aos passageiros entre reembolsos em dinheiro ou ‘vouchers’ para utilização, segundo ditam as regras comunitárias.

Porém, dada a dificuldade de liquidez das empresas, nomeadamente companhias aéreas, vários países como Portugal pediram a Bruxelas que considerasse apenas a opção dos vouchers, o que o executivo comunitário negou, vindo hoje pedir aos Estados-membros que tornem esta numa “alternativa viável e atrativa ao reembolso de viagens organizadas e serviços de transporte cancelados no contexto da pandemia”.

Em causa estão as recomendações da Comissão Europeia para a retoma das viagens hoje divulgadas, numa altura em que a pandemia está a estabilizar na Europa, no âmbito das quais o executivo comunitário apela a que estes vouchers sejam cobertos por proteção em caso de insolvência, para assim levar mais clientes a optarem por esta via.

Além disso, segundo Bruxelas, estes vouchers devem ser reembolsáveis se não forem utilizados: “Os passageiros e os viajantes devem ter o direito de pedir o reembolso em dinheiro o mais tardar 12 meses após a emissão do vale em causa e em qualquer momento posterior”.

Para os casos em que é apenas dada ao passageiro a opção de receber um ‘voucher’ devido ao cancelamento da sua viagem, a Comissão Europeia aconselha a que insistam no reembolso, dadas as regras comunitárias.

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Medição de temperatura à entrada, lotação máxima e tempo limite de permanência. As medidas dos shoppings para abrirem já as portas

Os centros comerciais estão prontos para abrir portas - e querem fazê-lo antes da data estipulada pelo Governo. Para essa altura, já está definido um conjunto de medidas a cumprir.

Os centros comerciais dizem estar prontos para abrir portas já a 18 de maio, no mesmo diz em que o Governo deu “luz verde” para a abertura do comércio de rua e restauração. Mas, até junho, enquanto as orientações do Executivo se mantiverem, a associação que representa o setor elaborou um conjunto de medidas que todos os shoppings devem cumprir, desde lotação máxima, a tempo máximo de permanência e medição de temperatura.

O presidente da Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC) defende que os shoppings devem voltar a funcionar normalmente “o mais brevemente possível” mas, enquanto isso não acontece — já que o Governo decretou a abertura dos centros comerciais apenas a 1 de junho –, a associação decidiu, para além de cumprir com as medidas regulamentares e recomendatórias, elaborar um “guia de boas práticas” para todos os centros comerciais, que já foi entregue ao Governo e à Direção-Geral de Saúde (DGS), e que está disponível online.

Neste documento, a APCC sublinha que estas medidas podem ser ajustadas ou atualizadas conforme a evolução da pandemia no país. “É importante os
cidadãos terem confiança e tranquilidade absolutas no uso dos espaços, com a certeza de que são cumpridas todas as regras de segurança sanitária decorrentes da lei, as recomendações da DGS e as melhores práticas”, afirma o presidente, António Sampaio de Mattos.

  • Operações de limpeza e higienização: a associação explica que, para além de todas as medidas que já tinham sido adotadas neste sentido, foi acrescentada a frequência da limpeza e higienização das zonas comuns, especialmente dos designados “pontos de contacto”;
  • Lotação máxima no interior: deverá a lotação do centro comercial ser ajustada a uma ocupação máxima de cinco visitantes por cada 100 metros quadrados (excluindo funcionários de lojas e equipas residentes);
  • Distanciamento social: deverá ser salvaguardado a distância mínima de dois metros entre pessoas;
  • Tempo de permanência no interior: os visitantes devem permanecer no interior do centro comercial “o tempo estritamente necessário”;
  • Uso de máscara e/ou viseira: fica definida a obrigatoriedade de usar máscara e/ou viseira no interior do centro comercial;
  • Aglomerados: sempre que possível, deverá ser feita a desmobilização de aglomerados com mais de dez pessoas, exceto se fizerem parte da mesma família;
  • Regras de etiqueta respiratória e higienização das mãos: devem ser observadas por todos os visitantes, colaboradores das lojas e pessoal das equipas internas, as recomendações da DGS no plano da etiqueta respiratória e higienização das mãos;
  • Equipa de segurança sanitária: deverá ser constituída uma equipa — e um coordenador — para fazer cumprir o Plano de Contingência, observar a sua aplicação e alterar procedimentos em conformidade;
  • Plano de Contingência: cada centro comercial deverá programar, desenvolver, redigir e atualizar o Plano de Contingência específico para o Covid-19, elaborado de acordo com a legislação em vigor e recomendações da DGS;
  • Medição da temperatura corporal dos funcionários: deverá ser feita a medição da temperatura corporal de todos os funcionários das equipas residentes, antes de cada turno. Quem for detetado com uma temperatura superior a 38.ºC deve ser dispensado;
  • Formação: deverão ser informados e treinados todos os elementos das equipas sobre o respetivo plano, sobre as regras e os comportamentos de higiene obrigatórios a adotar por estes grupos, incluindo formação e treino relativos ao uso de equipamento de proteção individual;
  • Protocolo para casos suspeitos: sempre que possível, deve ser disponibilizada uma sala higienizada, com cadeira e sem elementos decorativos ou de conforto (sofás, cortinados, tapetes), evitando o uso de materiais de difícil limpeza (têxteis, etc.), e onde se proceda ao resguardo de eventual caso suspeito, enquanto se procede ao contacto com as autoridades de saúde e se aguarda a atuação das equipas de emergência médica;
  • Devem ser definidos horários e percursos internos específicos para os operadores de distribuição logística que fornecem as lojas;
  • Manutenção dos sistemas de ar interior: sempre que possível, deve insuflar-se o espaço com 100% de ar novo, mantendo o sistema em funcionamento contínuo e fazendo quatro a seis renovações totais de ar por hora. Além disso devem reduzir-se ao mínimo possível as operações de limpeza de condutas de ventilação e substituição de filtros;
  • Procedimentos em caso do lotação máxima atingida: nestes casos, o gestor do centro comercial deve encerrar o espaço temporariamente, com ajuda da equipa de vigilantes, devendo ser um procedimentos devidamente comunicado por via do sistema de som/infográficos;
  • Portas abertas: manter as portas abertas e inutilizar quaisquer tipos de portas giratórias no decurso da abertura do centro ao público.

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