Lucro da Allianz recua 29% até março refletindo desastres naturais e covid-19

  • ECO Seguros e Lusa
  • 12 Maio 2020

O lucro operacional do ramo não Vida caiu perto de 30%, enquanto a rentabilidade no segmento propriedade e danos se agravou refletindo aumento de sinistros com desastres naturais e efeitos da pandemia

O lucro do grupo Allianz registou declínio de 28,9% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período de 2019, para se situar em 1 400 milhões de euros, o que ocorreu num contexto difícil, revelou o grupo alemão de seguros indicando que a receita total consolidada cresceu 5,7%, para os 42,6 mil milhões de euros.

O presidente da Allianz SE, Oliver Bäte, explicou que “o primeiro trimestre mostrou a solidez da Allianz numa situação sem precedentes”.

O resultado operacional caiu 22,2% no período em análise, para 2.304 milhões de euros, enquanto o volume de prémios de seguro direto melhorou nos três primeiros meses deste ano para 2.600 milhões de euros, o que representou uma subida de 5,7%.

Na apresentação do balanço e contas, a seguradora explicou que “a turbulência causada pela Covid-19 nos mercados financeiros e a paralisação da economia pioraram significativamente as condições no setor dos serviços financeiros”.

A Allianz revelou que está preparada para superar a crise através de uma carteira de negócio “bem diversificada” e “um balanço robusto”, considerando que teve um “bom resultado” no trimestre em apreço, lê-se no comunicado.

A divisão de gestão de ativos melhorou o lucro operacional suportada no aumento da receita que depende dos ativos geridos, mas a divisão de seguros não Vida, incluindo acidentes, teve um pior desempenho devido aos desastres naturais e à pandemia da covid-19.

O resultado do ramo vida e saúde também registou um recuo devido à turbulência dos mercados de capitais e à queda das margens dos investimentos em capital. Além disso, o resultado operacional da seguradora também caiu porque o lucro da venda da Allianz Popular foi absorvido pelos efeitos no mercado resultantes da pandemia da Covid-19.

A Allianz terminou o primeiro trimestre com um rácio de capitalização, segundo a norma de supervisão de Solvência II de 190% (218% no ano fiscal anterior e de 212% no final de dezembro passado).

O negócio dos seguros do ramo não Vida viu o lucro operacional recuar para 1.032 milhões de euros (-29,1%) devido ao aumento dos sinistros com desastres naturais e os efeitos da pandemia da covid-19. A pandemia penalizou as condições operacionais no segmento P&C (propriedade e danos), onde o rácio combinado se agravou em 4,1 pontos percentuais, face a um ano antes, para os 97,8%, detalha a Allianz SE em comunicado.

Os seguros do ramo Vida e Saúde também tiveram um resultado operacional pior, ao situarem-se nos 819 milhões de euros (-25,3%) devido à queda nas margens dos investimentos de capital e por causa da turbulência nos mercados financeiros, bem como devido ao aumento dos custos nos Estados Unidos, embora a gestão de ativos tenha registado um acréscimo homólogo para 679 milhões de euros (+18,6%).

A Allianz retirou as previsões sobre o resultado operacional para 2020, inicialmente avançadas, que se situavam entre 11.500 e 12.500 milhões de euros, o que se deveu ao impacto negativo da pandemia da Covid-19 e anunciou que não avançará com novas previsões até que possa calcular melhor os efeitos da crise.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Índice global Marsh: Prémio de seguros comerciais subiu 14% no primeiro trimestre

  • ECO Seguros
  • 12 Maio 2020

Na Europa continental, o índice teve variação de 7,7% acelerando face aos 6,6% da variação calculada para os últimos três meses de 2019.

A média global do valor pago nos prémios de seguros comerciais cresceu 14% no primeiro trimestre do ano em curso, indica a atualização trimestral do Global Insurance Market Index, produzido pela Marsh.

De acordo com informação da líder global de corretagem de seguros e consultoria de risco, trata-se da maior subida desde que o índice foi lançado em 2012. Completando o décimo trimestre consecutivo de progressão nos preços, a variação observada absorve impacto mínimo provocado pela pandemia global do COVID-19 nos valores do período compreendido entre janeiro e março de 2020.

“Os prémios estavam com tendência a aumentar no primeiro trimestre, antes de qualquer impacto significativo de perdas associadas ao COVID-19. Contudo, o COVID-19 irá, provavelmente, impactar os prémios no balanço anual de 2020”, observa António Morna, Diretor de Placement da Marsh Portugal, citado em comunicado.

O aumento médio dos prémios foi impulsionado, principalmente, pelo crescimento das taxas do seguro de danos materiais e nas linhas financeiras e profissionais. Entre outras conclusões do relatório, destacam-se:

  • Na Europa registou-se o sexto trimestre seguido de subida. Globalmente, foi o 10º trimestre consecutivo com aumento médio dos prémios.
  • Globalmente, em média, o prémio de risco de danos materiais aumentou 15%, as linhas financeiras e profissionais cresceram quase 26% e responsabilidades aumentou 5%;
  • Os prémios compostos no primeiro trimestre aumentaram em todas as regiões geográficas pelo sexto trimestre consecutivo.

As regiões dos Estados Unidos (14%), do Reino Unido (21%) e do Pacífico (23%) registaram aumentos nos prémios de dois dígitos. O aumento observado nestas regiões “deveu-se largamente ao crescimento em danos materiais, linhas financeiras e profissionais e, em particular, das taxas de D&O (Administradores e Executivos). Nos Estados Unidos, por exemplo, os prémios no mercado de D&O cresceram acima dos 44%, nota a consultora.

Para a Europa continental, o estudo arredonda a variação do índice geral para 8% e indica as linhas de seguros de responsabilidade financeira e profissional como o segmento em que o valor dos prémios mais subiu (12% no trimestre).

O índice trimestral produzido pela Marsh é usado como referência para a companhia na revisão dos preços dos prémios de seguros comerciais globais aquando da sua renovação, representando também a tendência dos principais mercados mundiais de seguros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Aon e WTW: A verdadeira história de uma fusão milionária

  • ECO Seguros
  • 12 Maio 2020

Os CEO contaram como surgiu a ideia de juntar a Aon Plc e a Willis Towers Watson (WTW). Foi depois da rival Marsh & McLennan anunciar a compra da JLT, em setembro de 2018.

O namoro que conduziu ao processo de fusão em curso entre a AON e a Willis Towers Watson, de que resulta o novo líder mundial de corretagem, está contada numa comunicação dirigida à Securities and Exchange Commission (SEC), entidade de supervisão de mercados financeiros dos Estados Unidos.

O folhetim envolveu avanços e recuos, um processo de aproximação que incluiu tentativas de negociação, e adiamentos devido a fugas de informação na imprensa, muita discussão sobre a hipótese (proposta pela Aon) de uma fusão entre iguais e, por fim, um braço de ferro sobre o valor do prémio subjacente à proposta de aquisição da Willis Towers Watson (WTW), pela Aon. Mas, a transação por um montante de 30 mil milhões foi finalmente anunciada em março de 2020.

Tudo começou em 2018 e a ideia germinou com o conhecimento de que a Marsh & McLennan se preparava para adquirir a JLT, atualmente já consolidada em base proforma nas contas da Marsh.

Um certo dia de outono, Greg Case, CEO da Aon Plc, informa os seus colegas do conselho de administração (board) sobre o interesse de incluir o assunto na agenda de uma reunião ordinária da administração, a realizar em novembro de 2018.

Um potencial negócio de fusão-aquisição entre a 2ª e a 3ª maiores corretoras de seguros do mundo catapultaria a entidade resultante da transação para o primeiro lugar da indústria, à frente da Marsh & McLennan que, entretanto, concluiria a compra da Jardine Lloyd Thompson em abril de 2019, consolidando a sua liderança com considerável aumento de volume de negócios por via desta transação.

Já com apoio do board da Aon, em janeiro de 2019, Greg Case convidou John Haley, CEO da WTW, para um jantar e conversarem sobre “assuntos que importam aos setores onde a WTW e a Aon operam”.

Antes do jantar, em Miami (EUA), e dado que os encontros privados entre os dois líderes não eram rotina, Haley informou os seus colegas que o convite indiciava a possibilidade de uma eventual proposta de negócio. E confirmou-se. Durante o jantar Case sugeriu que estudassem uma “fusão entre iguais” e que a Aon esperava “que, em qualquer transação deste tipo, os acionistas da WTW não recebessem qualquer prémio.

A conversa foi reportada a cada um dos respetivos boards e, a partir de 8 de março, a companhias assumiram que estavam em conversações. As negociações prosseguiram e, em junho de 2019, a Willis Towers Watson contratou a Goldman Sachs para assessorar no potencial negócio. Em agosto, a WTW acordou assessoria jurídica do escritório Skadden, Arps, Slate, Meagher & Flom LLP, especialistas em prática legal de fusões e aquisições.

Em setembro, John Haley revela que o negócio não se concretizaria se a contrapartida financeira não assegurasse um prémio (bónus) para os acionistas da WTW.

Este sinal de recuo marcou o início de uma nova ronda de negociações, por vários meses, envolvendo revisão de valores e regateio de parte a parte. O braço de ferro prolongou-se até final de fevereiro, com sucessivas melhorias da oferta da Aon, até que a 26 de fevereiro as duas empresas acordaram no equivalente a um prémio de 18,6% sobre a cotação de fecho das ações da Willis Towers Watson no dia 25 de Fevereiro, de 202,64 dólares cada ação.

Outros pormenores foram discutidos nas semanas seguintes, incluindo uma comissão de mil milhões de dólares que a Aon fica a obrigada a pagar à WTW caso o negócio não se concretize.

Com o acordo anunciado em março e confirmando-se que a transação seja concluída como previsto, no primeiro semestre do próximo ano, a empresa resultante da combinação será o novo líder global da corretagem de seguros, consolidando receitas estimadas em cerca de 19 mil milhões de dólares, com base nos números de 2019, a comparar com os 16,65 mil milhões da Marsh & McLennan.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Preocupações com retoma económica penalizam Wall Street

As bolsas de Nova Iorque encerraram a desvalorizar, com os investidores preocupados com uma abertura precoce da economia norte-americana.

Os principais índices de Nova Iorque encerraram a segunda sessão da semana com perdas, depois de uma reunião do Comité de Saúde do Senado norte-americano ter aumentado as preocupações quanto a uma abertura precoce da economia. Isto porque o diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas ter dito que os Estados Unidos podem enfrentar mais “sofrimento e mortes” se voltarem rapidamente à normalidade.

O índice de referência financeiro S&P 500 perdeu 2,06% para 2.869,96 pontos, enquanto o industrial Dow Jones recuou 1,89% para 23.764,78 pontos. A pôr fim a um ciclo de seis sessões consecutivas de ganhos esteve o tecnológico Nasdaq que encerrou a desvalorizar 2,06% para 9.002,55 pontos.

Este desempenho em Nova Iorque acontece depois da reunião do Comité de Saúde do Senado norte-americano onde se discutiu a reabertura da economia. O diretor do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Infecciosas disse que uma vacina será fundamental para interromper a propagação do vírus, mas sublinhou que demorará até que uma esteja disponível.

Citado pela CNBC (conteúdo em inglês), Anthony Fauci disse ainda que os Estados Unidos podem enfrentar mais “sofrimento e mortes” se voltarem rapidamente à normalidade.

“Os mercados estão divididos entre o otimismo da reabertura provisória de algumas economias e a cautela com os dados económicos que ainda são sombrios”, diz Mike Pyle, estrategista-chefe de investimentos do BlackRock Investment Institute, citado pela CNBC.

Entre as principais cotadas, o destaque desta sessão foram as ações da banca: Bank of America, Citigroup, JP Morgan e Wells Fargo caíram mais de 2%, enquanto empresas como a Nike e a Disney deslizaram cerca de 3%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Estado angolano reclama mais de 5 mil milhões de dólares a Isabel dos Santos

  • Lusa
  • 12 Maio 2020

Arresto de bens de Isabel dos Santos em Angola foi decretado no âmbito de uma providência cautelar, em processo cível, que corre atualmente em Angola.

A Procuradoria-Geral da República de Angola afirmou que correm contra Isabel dos Santos vários processos de natureza cível e criminal em que o Estado angolano reclama mais de 5 mil milhões de dólares (4,6 mil milhões de euros).

O comunicado da PGR foi divulgado depois de a empresária alegar que a decisão de arrestar os seus bens teve como suporte um passaporte falsificado e que os Estados angolano e português arrestaram contas e bens num valor excessivo, superior a dois mil milhões de euros de ativos e empresas.

A PGR sustenta que o arresto de bens de Isabel dos Santos em Angola foi decretado no âmbito de uma providência cautelar, em processo cível, que corre atualmente no país.

Nesse processo cível “consta uma informação da Embaixada de Angola no Japão, dando nota de que a referida cópia de passaporte estava sob investigação junto ao Serviço de Migração e Estrangeiros (SME), precisamente para aferir a sua autenticidade”.

Isabel dos Santos acusa a Procuradoria angolana de fazer uma “utilização fraudulenta do sistema de justiça de Angola”, para se apoderar do seu património empresarial, e apela à justiça portuguesa, que decidiu cooperar com Angola e executou vários arrestos em Portugal, para que, “à luz desta denúncia e de outras que se seguirão, reavaliar estas execuções ‘às cegas'”.

Segundo a empresária, o Estado angolano terá usado como prova para fazer o arresto preventivo de bens “um passaporte grosseiramente falsificado”, com assinatura do mestre do kung-fu e ator de cinema já falecido Bruce Lee, uma fotografia tirada da internet, data de nascimento incorreta e uso de palavras em inglês, entre outros sinais de falsificação.

O passaporte em causa terá sido usado como prova em tribunal pela Procuradoria-Geral da República de Angola para demonstrar que Isabel dos Santos pretendia ilegalmente exportar capitais para o Japão, alega a filha do antigo Presidente angolano José Eduardo dos Santos.

A PGR refere no comunicado que o “periculum in mora” (perigo de lesão do Direito pela demora da decisão) provado no processo não teve como base qualquer documento de identificação, mas, sim, os documentos que atestavam o receio de dissipação do património.

Segundo a PGR, o pedido de arresto dos bens em Portugal, à luz da cooperação judiciária internacional, baseou-se numa decisão da Câmara Criminal do Tribunal Supremo de Angola, no âmbito de um processo no qual não se fez junção de qualquer cópia de passaporte.

O Consórcio Internacional de Jornalismo de Investigação revelou em 19 de janeiro mais de 715 mil ficheiros, sob o nome de ‘Luanda Leaks’, que detalham alegados esquemas financeiros de Isabel dos Santos e do marido, que lhes terão permitido retirar dinheiro do erário público angolano através de paraísos fiscais.

A empresária é arguida num processo-crime que está a correr em Angola por alegada má gestão e desvio de fundos durante a passagem pela petrolífera estatal Sonangol.

Além do arresto de contas bancárias e participações sociais em Angola, foram também arrestadas participações relativas a várias empresas em Portugal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

UTAO: TAP e linhas de crédito podem tornar-se numa “despesa pesada”

Numa análise ao Programa de Estabilidade, a UTAO avisa que a intervenção na TAP e as garantias dadas nas linhas de crédito são dois riscos orçamentais para os próximos anos.

Os técnicos do Parlamento consideram que há mais riscos orçamentais do que os identificados pelo Ministério das Finanças no Programa de Estabilidade 2020 (PE/2020) entregue na semana passada à Assembleia da República. Numa avaliação do documento, divulgada esta terça-feira, a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) alerta para o potencial impacto negativo das garantias públicas das linhas de crédito e da injeção na TAP nas contas públicas nos próximos anos.

Em causa estão medidas financeiras que, apesar de não terem um impacto direto já em 2020 no saldo orçamental, poderão vir a pesar nas contas públicas no futuro, nas necessidades de financiamento e, portanto, na dívida pública. “O Ministério das Finanças afirma que as medidas que agrupou no Quadro III.2 [como as linhas de crédito] não têm impacto direto nas finanças públicas, mas a UTAO discorda“, escrevem os técnicos do Parlamento na apreciação ao PE/2020.

Ao todo, as garantias estatais que o Governo planeia dar neste momento através das linhas de crédito e dos seguros às exportações totalizam 3,23% do PIB e representam quase metade das medidas financeiras. A concessão da garantia em si não representa um gasto orçamental. No entanto, a UTAO alerta que o “desfecho é incerto nos anos seguintes” e esta pode vir a tornar-se uma “despesa efetiva pesada”.

O processo é o seguinte: o Estado dá a garantia a 90% para que o banco empreste dinheiro às empresas, sem pedir garantias adicionais. Se estas pagarem o valor do empréstimo nos prazos acordados, a garantia não será acionada. Contudo, se houver incumprimento do devedor, a garantia do Estado é acionada pelos bancos, o que se materializa em despesa e no agravamento do défice orçamental e da dívida pública. A contabilização dessa despesa é registada em contabilidade nacional, a que interessa para a Comissão Europeia, consoante a metodologia do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Assim, “permanece o risco de estas operações acarretarem encargos financeiros adicionais para as administrações públicas nos anos seguintes“. Os técnicos do Parlamento fazem questão de recordar uma garantia de 450 milhões de euros concedida pelo Estado português ao Banco Privado Português (BPP) em 2008, “um exemplo da materialização deste risco”, cujo valor ainda não foi recuperado na totalidade.

Às garantias prestadas nas linhas de crédito acresce a “elevada probabilidade” de o Estado intervir na TAP, um tema que não é abordado no Programa de Estabilidade e que ainda está a ser negociado entre as duas partes. “Este constitui um risco avultado para as finanças públicas portuguesas“, avisa a UTAO, referindo-se ao pedido da TAP da concessão de uma garantia pública no valor de 350 milhões de euros para obtenção de financiamento bancário e ainda às “dificuldades financeiras” que podem levar à intervenção estatal.

“Com a informação disponível à data, não é previsível que um eventual apoio estatal seja concedido no contexto do Quadro Temporário de Apoio Estatal para apoiar a economia durante o surto de COVID-19, aprovado pela Comissão Europeia, uma vez que esta autorização restringe o apoio a empresas que não se encontravam em dificuldades antes da emergência sanitária“, consideram os técnicos do Parlamento.

UTAO pede mais transparência

Apesar de compreender o porquê de o Ministério das Finanças não tenha apresentado projeções, a UTAO considera que havia outras formas de o fazer e dá o exemplo de todos os Estados-membros da Zona Euro (apenas falta a Eslováquia) que já entregaram o Programa de Estabilidade em que existe esse exercício.

“Compreende-se, pois, [dada a incerteza e o impacto especial da crise pandémica] que o Ministério das Finanças tenha preferido não apresentar projeções publicamente neste momento. Isto não quer dizer que não fosse tecnicamente defensável uma abordagem um pouco diferente, por exemplo, através da elaboração de cenários de evolução em 2020 e 2021 de, pelo menos, o PIB, o saldo orçamental e a dívida pública em contabilidade nacional: cenário central, cenário favorável e cenário adverso”, explicam os técnicos do Parlamento.

Queixando-se também de não serem públicas as orientações que a Comissão Europeia deu para a elaboração do Programa de Estabilidade “simplificado”, a UTAO pede mais transparência ao Ministério das Finanças para que seja possível avaliar as políticas públicas numa altura em que estas estão a ser utilizadas de forma mais intensa.

Mandam a transparência e a boa gestão das finanças públicas que não se corra o risco de diluir nos mesmos agregados, sem segregar, a execução do que é política Covid-19 com o que é a execução de todas as demais operações económicas em que as administrações públicas intervêm”, argumenta.

“A UTAO deixa um pedido ao Ministério das Finanças em nome da transparência e da boa gestão das finanças públicas”, lê-se no relatório, onde apela “a uma inovação no registo contabilístico que promova a segregação do relato financeiro das medidas Covid-19 no seio das contas de cada subsector e da conta consolidada das Administrações Públicas”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Luanda Leaks: PGR angolana diz que passaporte de Isabel dos Santos estava a ser investigado

  • Lusa
  • 12 Maio 2020

A Procuradoria-Geral da República de Angola respondeu às acusações de Isabel dos Santos, explicando que a autenticidade do documento estava a ser investigada.

A Procuradoria-Geral da República de Angola respondeu esta terça-feira às acusações da empresária Isabel dos Santos sobre alegadas provas forjadas, nomeadamente um passaporte com a assinatura de Bruce Lee, explicando que a autenticidade do documento estava a ser investigada.

A empresária e filha do ex-Presidente de Angola José Eduardo dos Santos acusou hoje Angola e Portugal de terem usado como prova no arresto dos seus bens um passaporte falsificado, com assinatura do mestre do kung-fu e ator de cinema já falecido Bruce Lee. Em comunicado divulgado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) angolana sublinha que o arresto de bens de Isabel dos Santos em Angola foi decretado no âmbito de uma providência cautelar, num processo cível que corre atualmente em Angola.

No processo consta uma informação da Embaixada de Angola em Tóquio, dando nota de que a referida cópia de passaporte estava sob investigação junto do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME), precisamente para aferir a sua autenticidade, refere a PGR. Isabel dos Santos alega que o Estado angolano terá usado como prova para fazer o arresto preventivo de bens “um passaporte grosseiramente falsificado, com uma fotografia tirada da Internet, data de nascimento incorreta e uso de palavras em inglês, entre outros sinais de falsificação”.

O passaporte em causa terá sido usado como prova em tribunal pela PGR de Angola para demonstrar que Isabel dos Santos pretendia ilegalmente exportar capitais para o Japão, segundo a filha de José Eduardo dos Santos. Isabel dos Santos fala numa “bizarra” troca de ‘emails’ sobre um suposto negócio do Japão, onde um golpista que se fazia passar por um empresário do Médio Oriente, atuando em seu nome, teria usado um passaporte falso para engendrar um negócio fraudulento no que diz ser “um enredo rocambolesco”.

Para Isabel dos Santos, que nega todas as acusações de que é alvo, as provas foram “forjadas” para criar perante o tribunal “uma falsa aparência” de que se preparava para levar dinheiro para o Japão e esconder o seu património, sendo urgente arrestar os seus bens. A PGR argumenta que o ‘periculum in mora’ (perigo de lesão do direito pela demora da decisão) provado no processo “não teve como base qualquer documento de identificação, mas sim os documentos que atestavam o receio de dissipação do património”.

O Tribunal Provincial de Luanda decretou, em 30 de dezembro do ano passado, o arresto preventivo de contas bancárias e participações sociais de Isabel dos Santos, de Sindika Dokolo, seu marido, e de Mário Filipe Moreira Leite da Silva, ex-presidente do Conselho de Administração do Banco de Fomento de Angola (BFA) e gestor da empresária.

Isabel dos Santos queixa-se de estar a ser alvo de um processo com motivações políticas e lembra que Portugal é signatário da Convenção Europeia dos Direitos Humanos, o que impede o país de cooperar juridicamente com qualquer processo deste género. “As autoridades portuguesas devem ficar alertas para a gravidade que pode constituir confiar e dar execução a solicitações da Justiça de Angola sem verificarem devidamente as provas e alegações apresentadas (…) recusando processos judiciais baseados em motivações políticas”, sublinha a empresária.

A PGR nota no entanto que o pedido de arresto dos bens em Portugal, à luz da cooperação judiciária internacional, se baseou numa decisão da Câmara Criminal do Tribunal Supremo de Angola, num processo no qual não se fez junção de qualquer cópia de passaporte. “Lembramos que as regras jurídico-processuais determinam que os incidentes, como a falsidade e outras questões processuais, devem ser levantados nos respetivos processos”, sugere ainda a PGR.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pandemia aumenta fosso das desigualdades sociais em Portugal

  • Lusa
  • 12 Maio 2020

O Barómetro Covid-19 revela que os cidadãos com menos recursos financeiros e menos escolaridade são os mais afetados pela crise provocada pelo coronavírus.

As desigualdades sociais em Portugal agravaram-se por causa do novo coronavírus, segundo o Barómetro Covid-19 da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), que revela que os cidadãos com menos recursos financeiros e menos escolaridade são os mais afetados.

“Os últimos dados do Barómetro Covid-19 mostraram como a pandemia não afeta todos por igual. Agora as respostas dos portugueses ao Opinião Social vêm demonstrar como a covid-19 está a contribuir para aumentar o fosso das desigualdades”, realçou em comunicado a entidade, especificando que as respostas foram recolhidas entre os dias 21 de março e 17 de abril.

Segundo o estudo, as pessoas que ganham menos de 650 euros mensais reportam até quatro vezes mais dificuldade em adquirir máscaras por estas serem caras, e as pessoas com menor escolaridade são as que mais referem não saber, ou não se terem informado sobre como utilizar as máscaras protetoras.

Pessoas com baixos rendimentos e baixa escolaridade são as que mais reportam ter dificuldades em comprar máscaras e em utilizá-las adequadamente. Simultaneamente, é este o grupo que mais precisa de sair para exercer a sua atividade profissional”, realçou a ENSP, da Universidade Nova de Lisboa.

Já Sónia Dias, coordenadora científica deste estudo, sublinhou que os resultados “são ainda mais inquietantes” quando se observa que quem tem de se deslocar para o local de trabalho tem maior exposição ao risco de contrair a doença.

Ainda em relação ao conhecimento sobre como utilizar as máscaras, o estudo indicou que são duas vezes mais os homens que dizem não as saber usar, comparativamente com as mulheres. E que 43% da população usa máscara protetora somente em determinadas situações, enquanto 51% usa-a sempre que sai de casa. Dos que referem nunca usar máscara, um em cada 10 idosos assume não usar máscara protetora, e são os homens que referem nunca usar, nomeadamente duas vezes mais do que as mulheres.

Da amostra de inquiridos cujo rendimento mensal é inferior a 650 euros, dois em cada três referem tê-lo perdido durante a crise da covid-19, e um em cada dois jovens com idade entre os 16 e os 25 anos reporta ter perdido rendimento, bem como metade dos que têm até ao 9.º ano de escolaridade.

Por isso, a entidade destacou que “a crise da covid-19 está a afetar desproporcionadamente os mais vulneráveis”, não só financeiramente, mas também em termos de baixa escolaridade. “Os dados mostram-nos que são as pessoas menos escolarizadas que poderão estar mais expostas: 76% das pessoas com até ao 9.º ano de escolaridade tem de ir para o local de trabalho, enquanto que esta proporção desce para 26% nas pessoas com ensino superior”, salientou Sónia Dias.

Segundo o barómetro, a nível nacional, é no Algarve que se verifica a maior proporção de pessoas que perderam rendimentos (57%), e de pessoas que suspenderam a atividade profissional (30%). Em Portugal, morreram 1.163 pessoas das 27.913 confirmadas como infetadas, e há 3.013 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Covid-19 dá défice mensal recorde aos EUA. São 700 mil milhões

  • Lusa
  • 12 Maio 2020

Congresso dos EUA estima que todos os gastos do Governo para combater os efeitos da pandemia possam elevar o défice para 3,7 biliões de dólares (cerca de 3,4 biliões de euros).

O Governo dos EUA acumulou um défice recorde em abril, de 700 mil milhões de euros, por causa dos efeitos da pandemia de Covid-10, num mês que tradicionalmente apresenta fortes excedentes orçamentais, anunciou o Tesouro.

As quedas estão a ser acentuadas por uma enorme quebra nas receitas fiscais, mas também por um aumento elevado nos gastos que estão a ser feitos na luta contra a propagação do novo coronavírus.

O Departamento de Tesouro dos EUA disse que o Governo acumulou um défice de quase 700 mil milhões de euros, em abril, três vezes maior do que o défice mensal recorde anterior, de cerca de 200 mil milhões de euros, estabelecido em fevereiro.

No seu volume total, o défice dos Estados Unidos, para o ano fiscal que começou em setembro passado, situa-se agora em cerca de 1,48 biliões de dólares (cerca de 1,3 biliões de euros).

O Departamento de Tesouro regista normalmente excedentes em abril, mês em que as receitas do Governo aumentam por causa do prazo anual de pagamento de impostos.

Contudo, este ano, entre as muitas medidas de crise tomadas pelo Governo, para defrontar a crise sanitária, o prazo para o pagamento de impostos foi adiado de 15 de abril para 15 de julho.

O gabinete de orçamento do Congresso dos EUA estima que todos os gastos do Governo para combater os efeitos da pandemia possam elevar o défice para 3,7 biliões de dólares (cerca de 3,4 biliões de euros).

Se tal acontecer, ficará superado o recorde anterior de 1,4 biliões de dólares (cerca de 1,3 biliões de euros), atingido em 2009, em plena crise financeira do ‘subprime’, o primeiro de quatro anos em que os défices anuais ultrapassaram o bilião de dólares, devido aos esforços para a retoma económica.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de Covid-19 já provocou mais de 286 mil mortos e infetou mais de 4,1 milhões de pessoas em 195 países e territórios.

Mais de 1,4 milhões de doentes foram considerados curados.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Para combater a pandemia, os governos mandaram para casa 4,5 mil milhões de pessoas (mais de metade da população do planeta), encerraram o comércio não essencial e reduziram drasticamente o tráfego aéreo, paralisando setores inteiros da economia mundial.

Face a uma diminuição de novos doentes em cuidados intensivos e de contágios, vários países começaram a desenvolver planos de redução do confinamento e em alguns casos a aliviar diversas medidas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

FMI prepara revisão em baixa de projeções económicas mundiais. “São ainda piores”, diz Kristalina

"Com a crise a espalhar-se, as perspetivas são ainda piores do que a nossa primeira projeção, já pessimista", disse a diretora do FMI.

O impacto do coronavírus na economia mundial será ainda maior que o esperado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que se prepara para rever ainda mais em baixa as projeções divulgadas no mês passado, disse a responsável Kristalina Georgieva, numa entrevista ao jornal Irish Times (conteúdo em inglês).

“Com a crise a espalhar-se, as perspetivas são ainda piores do que a nossa primeira projeção, já pessimista”, disse a diretora do FMI esta terça-feira, à margem de uma conferência online, acrescentando que “sem soluções médicas à escala mundial, para muitas economias é provável que haja um desenvolvimento mais adverso”.

Em abril, o FMI estimava uma contração de 3% na produção mundial. Kristalina referiu que, nessa previsão inicial, o fundo de Bretton Woods estimava que os países emergentes e em desenvolvimento precisariam de 2,5 biliões de dólares (2,3 biliões de euros) em ajudas financeiras.

“É muito importante concentrarmo-nos nas medidas de proteção que podemos dar aos países [emergentes e em desenvolvimento] para que um problema de liquidez não se torne num problema de solvência”, continuou a responsável, durante a conferência, citada pelo jornal. E, nesse sentido, Kristalina deixou uma mensagem a esses países: “Por favor, gastem o máximo que puderem e depois um pouco mais”.

O FMI vai publicar em junho novas projeções para a economia mundial, que deverão incluir revisões em baixa face às últimas previsões, refletindo o aumento do número de casos de coronavírus no mundo e o impacto económico que se intensificou nas últimas semanas, adiantou a responsável.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Futebol já tem data de regresso. Primeiro jogo da Liga Portuguesa é a 4 de junho

  • ECO
  • 12 Maio 2020

Anúncio foi feito pela Liga de Futebol, depois de o Governo ter permitido que se realizem jogos à porta fechadas a partir do fim de semana de 30 e 31 de maio.

O campeonato de futebol profissional vai voltar a 4 de junho. O anúncio foi feito pela Liga Portuguesa, no seguimento da decisão do Governo de permitir que a Liga Nos possa ser retomada a partir do fim de maio, com jogos à porta fechada.

“Por forma a garantir que são rigorosamente vistoriados os estádios e realizados os testes médicos a todos os profissionais envolvidos nos jogos e na respetiva organização, está apontada a data de 4 de junho de 2020 para o primeiro jogo da 25.ª jornada da Liga Nos“, anunciou a Liga Portuguesa em comunicado.

Esta fase de vistorias vai servir para verificar se os estádios efetivamente cumprem os requisitos definidos no parecer técnico da Direção Geral de Saúde. “Ao longo dos últimos dias, as várias entidades têm levado a cabo sucessivas reuniões de alinhamento para que a retoma possa acontecer em segurança e com todas as medidas de proteção que mitiguem os riscos do regresso à atividade”, explica.

A DGS, em conjunto com a Liga Portugal e a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), elaborou 14 medidas que devem ser tomadas para que o desporto regresse aos relvados. Entre as principais está a realização de testes de diagnóstico periódicos, treinos individuais nos primeiros 14 dias, isolamento obrigatório no decorrer do campeonato ou uso obrigatório de máscaras em todos os locais fechados.

Além dos jogadores e equipas técnicas, há mudanças também para os adeptos. As competições vão acontecer à porta fechada e no menor número possível de estádios. Estes estádios selecionados devem ser aprovados, para o efeito de retoma destas atividades desportivas, pela Autoridade de Saúde Regional.

“Antecipa-se que este trabalho conjunto da DGS, da FPF e da Liga Portugal sirva de modelo para a retoma de outras atividades económicas, pretendendo-se que esta competição profissional forneça um exemplo das boas práticas que esta pandemia nos impõe”, acrescenta a Liga Portuguesa.

O campeonato foi suspenso em março devido ao risco de contágio de Covid-19. O FC Porto lidera com 60 pontos, mais um do que o Benfica, que está na segunda posição, enquanto o Sporting de Braga é terceiro com 46 pontos cada.

(Notícia atualizada às 19h45)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lisboa é a segunda cidade do mundo que mais congressos recebe

Portugal é o 10.º país do mundo que mais recebe e organiza congressos e convenções. Em 2019, foram organizados 142 eventos internacionais, num investimento de 1,4 milhões de euros.

Portugal continua a conquistar notoriedade internacional e, desta vez, o reconhecimento vem pela quantidade de congressos e convenções organizadas no país. No ano passado, de acordo com o relatório da Associação Internacional de Congressos e Incentivos (ICCA), Portugal foi o 10.º país do mundo que mais eventos deste tipo recebeu e organizou. Lisboa ficou ainda melhor: ocupa a segunda posição em termos de cidades.

Portugal é o 10º país do mundo que mais recebe e organiza congressos e convenções, subido uma posição desde o ano passado e mantendo o 7.º lugar a nível europeu, de acordo com o relatório, citado em comunicado. A medalha de ouro vai para os Estados Unidos, seguidos da Alemanha e de França.

Em termos de cidades, Lisboa conquistou uma posição de maior destaque: é a 7.ª cidade do mundo, mas também da Europa, que mais recebe e organiza este tipo de eventos, tendo subido quatro posições face a 2018. Cascais também subiu várias posições, passando a ocupar o 150.º lugar a nível mundial e o 77.º a nível europeu. A medalha de ouro das cidades vai para Paris, com Berlim e Barcelona a aparecerem nas terceira e quarta posições.

Desde 2016, o Programa de Captação de Eventos Corporativos e Congressos Internacionais já captou 366 novos congressos em Portugal. No ano passado foram organizados 142 eventos a nível nacional, num investimento de 1,4 milhões de euros. Para este ano estavam previstos 90 eventos mas, devido à atual pandemia, apenas 56 se vão realizar entre o último semestre do ano e o primeiro semestre de 2021.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.