Autoeuropa prolonga lay-off até 17 de julho mas paga salários na íntegra

  • Lusa
  • 22 Junho 2020

Comissão de trabalhadores diz que a administração da Volkswagen Autoeuropa prolongou o recurso ao lay-off até 17 de julho, mas os trabalhadores vão receber os salários na íntegra.

A administração da Volkswagen Autoeuropa prolongou o recurso ao lay-off até 17 de julho, mas os trabalhadores vão receber os salários na íntegra, anunciou esta segunda-feira a Comissão de Trabalhadores.

Em comunicado interno, a que a agência Lusa teve acesso, a Comissão de Trabalhadores informa que, face à intenção da empresa de prolongar o recurso a um terceiro período de lay-off, de 19 de junho a 17 de julho, “defendeu que deveriam ser mantidas as condições atuais de complemento dos salários”.

De acordo com a Comissão de Trabalhadores essa proposta já foi aceite pela administração da fábrica, pelo que, todos os trabalhadores abrangidos – cerca de 1.000 trabalhadores do turno do fim de semana – vão receber os salários na íntegra.

Fonte da Comissão de Trabalhadores adiantou também à agência Lusa que este novo período de recurso ao lay-off na fábrica de automóveis de Palmela deverá ser o último, uma vez que os trabalhadores iniciam o período de férias imediatamente a seguir, de 22 de julho a 16 de agosto.

A Volkswagen decidiu suspender a produção na fábrica de automóveis da Autoeuropa em Palmela, no distrito de Setúbal, no dia 17 de março, devido à pandemia da covid-19.

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PEV quer “pessoa competente” para governador do Banco de Portugal. E que “traga transparência”

  • ECO
  • 22 Junho 2020

Para o deputado dos Verdes José Luís Ferreira, quem for nomeado governador do Banco de Portugal "deve ser conhecedor das matérias" e deve "garantir a transparência nas decisões" do supervisor.

José Luís Ferreira, deputado do Partido Ecologista os Verdes (PEV), considera que o próximo governador do Banco de Portugal deve ser “uma pessoa competente e, sobretudo, que traga transparência a todos os processos”, que é o que não se está a verificar no Novo Banco.

“Estamos a ver agora com o Novo Banco que há um contrato que ninguém conhecia. Aqui também há responsabilidades do Banco de Portugal quanto à falta de transparência”, disse o deputado dos Verdes depois de uma reunião com o Presidente da República sobre o Orçamento suplementar. Para José Luís Ferreira, quem for nomeado governador do Banco de Portugal “deve ser conhecedor das matérias” e deve “garantir a transparência nas decisões” do supervisor da banca.

Sobre a iniciativa legislativa em curso para alterar as regras de nomeação do governador, o deputado diz que “não é correto fazer leis à medida de uma pessoa”. “As leis são gerais e abstratas, não devem ser focalizadas numa única pessoa porque não é para isso que as leis existem”, frisou.

José Luís Ferreira comentou ainda o aumento do contágio na região de Lisboa. O partido vai apoiar as medidas que o Governo decidir tomar para travar o surto na região, isto se tiver o suporte na Direção-Geral de Saúde e dos autarcas.

O dirigente disse ainda que não faz sentido avançar para medidas mais punitivas contra ajuntamentos. “Os casos são pontuais. Se tenderem a transformar-se em regrar deve-se tomar as medidas necessárias. Mas o problema não é falta de legislação. A intervenção penal deve ser encarada como solução de fim de linha“, disse.

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Há 259 novos casos de Covid-19 e 63,3% são em Lisboa. Já morreram 1.534 pessoas

Aumentou para 39.392 o número de infetados com coronavírus no país. Dos 259 novos casos detetados nas últimas 24 horas, 164 foram na região de Lisboa e Vale do Tejo.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) identificou 259 novos casos de Covid-19, elevando para 39.392 o número de pessoas infetadas pelo novo coronavírus no país. Trata-se de uma taxa de crescimento diária de 0,66%. Nas últimas 24 horas morreram mais quatro pessoas com a doença, segundo a última atualização ao boletim das autoridades de saúde portuguesas.

Desde que o surto foi detetado em Portugal, a 2 de março, foram registados 39.392 casos confirmados de Covid-19 no país, ou seja, mais 259 do que o balanço de domingo. À semelhança do que tem acontecido é a região de Lisboa e Vale do Tejo que concentra as maiores concentrações, com novos casos registados nas últimas 24 horas. Isto significa que mais de seis em cada dez casos são identificados nesta região (63,3%).

Quanto ao número de óbitos, há já 1.534 mortes registadas por Covid-19, mais quatro do que no balanço anterior. Em Portugal, já 25.548 pessoas recuperaram da doença, mais 172 nas últimas 24 horas.

Boletim epidemiológico de 22 de junho:

Do total de infetados, a maior parte continua a ser tratada no domicílio, sendo que 424 estão internados (mais 17 do que ontem), dos quais 72 em unidades de cuidados intensivos (mais três). Há 1.782 pessoas a aguardar resultados laboratoriais e 30.956 sob vigilância das autoridades de saúde.

A nível regional, em temos absolutos, o Norte continua a ser a região mais afetada pelo surto, com 17.320 casos confirmados e 814 mortes, seguida de perto pela região de Lisboa e Vale do Tejo (com 16.926 casos e 440 mortes). Segue-se o Centro (4.005 casos e 248 mortes), o Algarve (529 casos e 15 mortes) e o Alentejo (376 casos e dois óbitos). Nas regiões autónomas, os Açores contabilizam 144 casos e 15 falecimentos, enquanto a Madeira regista 92 pessoas infetadas.

(Notícia atualizada às 14h21)

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Mercadona em Lisboa? Em 2022, mas “sem certezas”

Cadeia espanhola tenciona abrir mais dez lojas este ano em Portugal, entre Aveiro, Porto e Viana do Castelo. A Mercadona quer chegar à capital em 2022, mas "sem certezas".

A Mercadona está presente no Norte de Portugal desde 2016 e conta atualmente com onze lojas em território nacional. Expandir para Lisboa é uma forte possibilidade, mas só a partir de 2022 e “sem “certezas”, adianta Elena Aldana, diretora-geral internacional de relações externas.

É na capital, que a retalhista espanhola prevê construir uma plataforma logística totalmente automatizada de 500 mil metros quadrados. A localização ainda é uma incógnita, uma vez que o grupo continua à procura de um terreno para dar início ao projeto.

Mesmo em cenário de pandemia, o grupo continua focado no processo de expansão e tem como objetivo terminar este ano com 20 lojas abertas ao público.

Mapa Presença Mercadona PortugalMercadona

A próxima loja do grupo espanhol abre dia 25 de junho em Santo Tirso e a próxima a cidade a receber a Mercadona é Penafiel. Águeda, Aveiro, Paços de Ferreira, Porto, Santo Tirso, Valongo e Viana do Castelo são as cidades eleitas para a abertura das próximas lojas.

O grupo conta atualmente com 900 colaboradores em Portugal, sendo que o objetivo é chegar até aos 1.500 até ao final de ano, tendo em conta o processo de expansão. Desde que chegou a Portugal, a Mercadona já investiu 220 milhões de euros.

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Novo Banco deverá receber menos de 100 milhões pela operação em Espanha

Segundo a imprensa espanhola, quem comprar o Novo Banco España deverá pagar menos de 100 milhões de euros, o equivalente a metade do seu book value. Fraca rentabilidade do banco arrefece interesse.

O Novo Banco está de saída de Espanha, depois de ter colocado no mês passado a sua operação à venda num período de turbulência por causa da pandemia. Foi contratado o Deutsche Bank para organizar a operação. O negócio não atraiu muitos interessados na fase inicial do processo. Quem comprar deverá pagar menos de 100 milhões de euros, o que equivale a metade do seu book value.

A informação é avançada esta segunda-feira pelo Expansión (acesso livre/conteúdo em espanhol). Conta o jornal espanhol que a fraca rentabilidade do banco tem sido uma das razões pelas quais não há tanto interesse da parte do mercado. Como o ECO avançou, a filial espanhola do Novo Banco tem perdido dinheiro nos últimos anos: acumula prejuízos de 450 milhões de euros desde 2014. O facto de operar apenas como uma sucursal também não joga a favor de potenciais interessados, acrescenta o Expansión.

Segundo a imprensa espanhola, entre os bancos que já terão manifestado o interesse estão o Abanca, que adquiriu o banco espanhol da Caixa Geral de Depósitos no ano passado e esteve perto de comprar o EuroBic, e ainda o Andbank.

Resultados do Novo Banco em Espanha

Fonte: Novo Banco

A venda da operação em Espanha poderá ainda afetar a venda da gestora de fundos Novo Activos Financieros España à Trea Asset Management, um negócio que deveria ficar concluído neste segundo trimestre. Mas as condições do acordo poderão ter de voltar a ser negociadas tendo em conta a venda da filial.

O Novo Banco Espanha fechou 2019 com ativos líquidos de dois mil milhões de euros, 198 funcionários e 11 balcões.

Nos últimos meses, o negócio em Espanha foi abalado por um escândalo no balcão de Santander (entretanto encerrado). Um ex-gestor do Novo Banco em Espanha terá burlado 76 clientes daquela região em dezenas de milhões de euros, através de um esquema de pirâmide que terá durado mais de uma década.

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A polémica levou António Ramalho e o administrador Vítor Fernandes a Madrid para lidarem diretamente com o dossiê, como revelou o ECO em primeira mão. Não se sabe qual é a dimensão da fraude, nem o impacto nas contas do banco. Mas o próprio presidente já admitiu que vai ter custos: “Aquilo que seremos chamados é menos do que se anuncia e sempre muito mais do que devia ser”.

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Bruxelas aprova regime de apoio de 40 milhões de euros a empresas na Madeira

  • Lusa
  • 22 Junho 2020

Apoio estará aberto a todas as empresas ativas na Região Autónoma da Madeira e será prestado na forma de subvenções diretas e de empréstimos com garantias estatais.

A Comissão Europeia aprovou esta segunda-feira o regime português de apoio às empresas afetadas pela pandemia da covid-19 na Região Autónoma da Madeira, num montante de 40 milhões de euros, após considerar este apoio “necessário, apropriado e proporcionado”.

Em comunicado, o executivo comunitário aponta que este apoio, aprovado à luz do quadro temporário de flexibilização de ajudas de Estado adotado por Bruxelas para ajudar a fazer face ao impacto económico da covid-19, estará aberto a todas as empresas ativas na Região Autónoma da Madeira, e será prestado na forma de subvenções diretas e de empréstimos com garantias estatais.

Adiantando que a prestação dos apoios será executada pela Sociedade Portuguesa de Garantia Mútua e pelo Instituto Público de Desenvolvimento Empresarial, agindo em nome do Estado, a Comissão sublinha que “o regime tem por objetivo proporcionar liquidez às empresas afetadas pelo surto de coronavírus, permitindo-lhes assim prosseguir as suas atividades, iniciar investimentos e manter postos de emprego”.

A Comissão verificou que a medida portuguesa está em conformidade com as condições estabelecidas no quadro temporário” de ajudas estatais, designadamente ao prever que “as subvenções diretas não excederão 100 mil euros por empresa ativa no setor agrícola primário, 120 mil euros por empresa ativa nos setores da pesca ou da aquicultura, e 800 mil euros por empresa ativa em todos os outros setores”, lê-se no comunicado hoje divulgado em Bruxelas.

O executivo comunitário indica também que o prazo de vencimento das garantias estatais relativas aos empréstimos será limitado a um máximo de cinco anos. “A Comissão concluiu que a medida é necessária, adequada e proporcional para sanar uma perturbação grave da economia de um Estado-Membro, tendo igualmente em conta a importância da economia madeirense para Portugal”, aponta Bruxelas.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 465 mil mortos, incluindo 1.530 em Portugal. As medidas para combater a pandemia paralisaram setores inteiros da economia mundial e levaram o Fundo monetário Internacional (FMI) a fazer previsões sem precedentes nos seus quase 75 anos: a economia mundial poderá cair 3% em 2020, arrastada por uma contração de 5,9% nos Estados Unidos, de 7,5% na zona euro e de 5,2% no Japão.

Em Portugal, o Governo prevê que a economia recue 6,9% em 2020 e que cresça 4,3% em 2021. A taxa de desemprego deverá subir para 9,6% este ano, e recuar para 8,7% em 2021.

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99% das lojas dos centros comerciais já abriram. Vendas caíram 40% na primeira semana

Uma semana depois dos centros comerciais da capital abrirem portas, 99% das lojas em todo o país já estão a receber visitantes. Mas, de acordo com os lojistas, as vendas caíram 40%.

Uma semana depois de os centros comerciais de Lisboa e Vale do Tejo terem aberto portas, 99% das lojas em todo o país já estão a funcionar em pleno. De acordo com a associação que representa estes imóveis comerciais, estes números refletem a “relação de cooperação” com os lojistas. Contudo, de acordo com a associação que representa os lojistas, as vendas caíram 40% na primeira semana.

Das 8.600 lojas que integram os centros comerciais associados da Associação Portuguesa de Centros Comerciais (APCC), 8.483 estão em funcionamento, o equivalente a 99%, adianta a associação, em comunicado enviado esta segunda-feira. Em termos de área bruta locável do país, são mais de 90%.

“Estes números são reflexo da relação de cooperação entre os centros comerciais e os seus lojistas, assumida desde a primeira hora neste momento desafiante, e demonstram a capacidade do setor de trabalhar em conjunto para contribuir para a retoma da economia e a preservação do emprego”, diz António Sampaio de Mattos, presidente da APCC.

A associação destaca o “comportamento responsável dos visitantes”, sublinhando os “investimentos significativos” que operadores e lojistas fazem. “Os dados de que dispomos mostram que o tráfego se mantém abaixo das lotações máximas definidas por lei, mas revelam que os visitantes têm confiança nos centros comerciais e estão a regressar”, continua o responsável da APCC. “Ainda temos um caminho a fazer para chegar aos níveis pré-pandemia, mas estamos otimistas”, acrescenta.

Os centros comerciais não estão a permitir mais de cinco visitantes por cada 100 metros quadrados, de forma a assegurar o distanciamento social, para além do uso de máscara por todos, lê-se no comunicado. Até 12 de junho, os membros da APCC tinham já acordado com mais de 87% dos seus Lojistas a concessão de apoios, num montante total de 305 milhões de euros este ano, através de descontos aos lojistas e moratórias de rendas.

Lojistas dizem que vendas caíram 40% na primeira semana

Um balanço feito pela Associação de Marcas de Retalho e Restauração (AMRR), criada recentemente para representar os lojistas, concluiu que as vendas das lojas dos centros comerciais e de rua caíram cerca de 40% nesta primeira semana (terceira semana de julho) face ao mesmo período do ano passado — 40,1% na região de Lisboa e Vale do Tejo e 42,5% no resto do país.

Este número resulta de dados recolhidos junto de mais de 2.000 lojas de norte a sul do país, resultando numa perda média nacional de 41,3%, refere a AMMR, em comunicado. “Apesar das promoções que os lojistas estão a fazer, ainda é notória a fraca adesão dos consumidores às lojas. Estes dados reforçam a crise que ainda estamos a viver, pelo que é urgente haver legislação que regule as rendas (…) sob pena de virmos a assistir a um desastre económico no retalho, com fechos de lojas e muito desemprego”, diz Miguel Pina Martins, presidente da AMMR.

Na semana passada a associação já tinha denunciado uma “pressão abusiva” dos parte dos proprietários dos centros comerciais. “Não podemos aceitar que a faca e o queijo estejam nas mãos dos senhorios e dos centros comerciais, que abordam os lojistas com propostas alegadamente vantajosas e com o que aparenta ser uma política de moratória das rendas, mas que depois exigem o dobro ou triplo ao longo do tempo, com contratos que deveriam ser ilegais e reportados, pelas cláusulas abusivas que integram”, continua Miguel Pina Martins.

(Notícia atualizada às 15h45 com dados de vendas dos lojistas)

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Treinador italiano Carlo Ancelotti acusado de fraude fiscal em Espanha

  • Lusa
  • 22 Junho 2020

A Autoridade Tributária espanhola explicou que Ancelotti, atualmente no Everton, terá usado uma “rede complexa de empresas sediadas em paraísos fiscais” com o objetivo de fugir ao fisco.

O técnico italiano Carlo Ancelotti foi acusado pela Autoridade Tributária espanhola de uma fraude de um milhão de euros, devido a um contrato de direitos de imagem enquanto era treinador do Real Madrid, entre 2013 e 2015.

O fisco espanhol considera que, nesse período – e quando residia oficialmente no país -, o técnico, de 61 anos, pagou apenas 10% dos rendimentos de um contrato de direitos de imagem, e não os 45% exigidos pela lei, defraudando o Estado em 1.062.079 euros.

Em comunicado, a Autoridade Tributária espanhola explicou que Ancelotti, atualmente no Everton, terá usado uma “rede complexa de empresas sediadas em paraísos fiscais” com o objetivo de fugir ao fisco, cometendo assim fraude.

O italiano comandou o Real Madrid nas épocas de 2013/14 e 2014/15, tendo conquistado uma Liga dos Campeões e uma Taça do Rei de Espanha.

Este não é caso único em Espanha nos últimos anos, uma vez que o argentino Lionel Messi, do FC Barcelona, o espanhol Diego Costa, do Atlético Madrid, e os portugueses Cristiano Ronaldo e José Mourinho, quando ambos representavam o Real Madrid, passaram por situações idênticas, tendo resolvido os seus casos com multas pesadas.

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Doctorino lança consultas ao domicílio em três passos

Nova atualização da plataforma online permite a marcação de consultas em casa, em apenas três cliques. Funcionalidade está disponível em Lisboa.

Doctorino lança nova funcionalidade.D.R.

A Doctorino, plataforma de marcação de consultas médicas, acaba de lançar uma nova funcionalidade que permite a marcação de teleconsultas com apenas três cliques. O processo é semelhante à marcação das restantes consultas na plataforma e basta aos pacientes escolherem a especialidade, o profissional de saúde disponível, a data e hora pretendida e os dados necessários para que, na data agendada, o profissional dirigir-se ao local da consulta.

A startup da área da saúde já tinha lançado uma solução, em contexto de pandemia, que permitia consultas com profissionais especializados em formato online, por videochamada. Agora, em comunicado, anuncia a possibilidade de marcação de consultas ao domicílio: a plataforma permite agendar consultas ao domicílio.

“O nosso objetivo é garantir que os pacientes têm todas as opções de formatos de consultas do seu lado para que possam optar por aquela que lhes trouxer mais confiança e segurança. Já tínhamos as consultas online, mas as consultas ao domicílio constituem uma opção mais viável para um leque maior de pacientes, nomeadamente aqueles que têm a sua mobilidade reduzida ou que ainda apresentam alguma relutância em dirigir-se a hospitais nesta fase”, justifica Nuno Gonçalves, um dos fundadores da Doctorino.

Disponível, para já, na região de Lisboa, a Doctorino tem disponíveis para consultas ao domicílio especialistas nas áreas de nefrologia, clínica geral, fisioterapia, gastrenterologia, psicologia e osteopatia. “Até ao final do ano, temos o objetivo de expandir, cada vez mais, a nossa operação ao resto do país e estamos a trabalhar nesse sentido, para que todos os pacientes possam ter acesso a esta opção”, conclui.

Lançada no início do ano, a Doctorino conta com cerca de 1.300 profissionais de saúde e disponibiliza a marcação online de consultas no Porto e em Lisboa.

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Incubadora do espaço procura startups. Tem 600 mil euros para financiamento

Centro de Incubação de Negócios da Agência Espacial Europeia em Portugal está à procura de projetos ligados à tecnologia e dados da indústria espacial.

O Centro de Incubação de Negócios da Agência Espacial Europeia (ESA BIC) em Portugal está à procura de startups que estejam a desenvolver projetos ligados à tecnologia e dados da indústria espacial, anunciou a incubadora em comunicado.

A incubadora, coordenada pelo Instituto Pedro Nunes (IPN), tem 600 mil euros para apoiar o desenvolvimento de 12 empresas portuguesas por ano, além de dar suporte técnico e de negócio.

Este ano, a rede da ESA BIC Portugal aumentou de três para 15 o número de incubadoras em território nacional. O alargamento da rede pretende apoiar startups que integrem “tecnologia espacial em aplicações terrestres, em áreas como a saúde, energia, transportes, segurança e vida urbana, mas também empresas que pretendem entrar no mercado espacial comercial”.

Nos últimos cinco anos, o ESA BIC Portugal incubou 30 startups e criou mais de 100 novos postos de trabalho, tendo gerado um volume de negócios total de cerca de cinco milhões de euros.

As candidaturas ao programa de incubação podem ser feitas aqui.

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Porque é que estes 5 concelhos preocupam tanto? Num mês, têm metade dos novos casos de Covid-19

Quase um quarto do total de casos identificados no país situam-se nos concelhos de Lisboa, Sintra, Odivelas, Loures e Amadora.

Lisboa, Sintra, Odivelas, Loures e Amadora. São estes os cinco concelhos da região de Lisboa e Vale do Tejo que estão debaixo de olho pelas autoridades de saúde nacionais, por terem visto um aumento no número de casos nos últimos tempos. Num mês, metade dos novos casos identificados foram nestes locais, de acordo com os dados oficiais da Direção-Geral de Saúde.

Entre 21 de maio e 21 de junho, foram registados 9.221 novos casos no país. Desses, 85% foram na região de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) e, olhando mais a fundo, metade foram nos cinco concelhos em causa.

Atualmente, a região de Lisboa e Vale do Tejo tem 16.762 casos confirmados, o que representa 42,8% do total. Apesar de ainda não ter sido ultrapassada pelo Norte, onde se concentraram a maioria dos casos no início do surto, agora a distância que os separa não chega a 500. Isto quando, há um mês, o Norte tinha 16.540 infetados e LVT contabilizava 8.878.

Mais de metade dos casos em LVT são nestes cinco concelhos: Lisboa, Sintra, Odivelas, Loures e Amadora. Juntos, já têm, no total, 9.320 casos identificados, o que representa quase um quarto de todas as infeções por Covid-19 em Portugal. Apesar de ser o concelho de Lisboa que concentra mais casos (3.135), foi a Amadora que registou a maior taxa de crescimento num mês, de 138%, contando agora com 1.428 infeções.

Maio foi o mês em que arrancou o plano de desconfinamento no país, que foi dividido por várias fases. Ao longo do mês foram sendo noticiados vário surtos, nomeadamente na região de LVT, o que chegou mesmo a motivar um adiamento do levantamento das medidas de restrição e alertas para o agravamento da situação. Mais recentemente, têm sido reportadas várias festas e ajuntamentos acima dos limites permitidos, que se podem tornar novos focos de infeção.

O Presidente da República admitiu, este domingo, que pode haver “necessidade de tomar medidas mais duras” quanto a estes ajuntamentos, apontando que, “se houver casos pontuais, específicos, em que haja necessidade de tomar medidas para determinadas localidades ou freguesias ou áreas de freguesia”, tal será feito. Já o primeiro-ministro disse que poderia ser criado um “quadro punitivo para organizadores e participantes” nesses eventos, reiterando que “as autoridades vão ter de tomar medidas”.

Perante a situação que se verifica, foi agendada uma reunião, para esta segunda-feira, de forma a decidir o que fazer com o aumento de casos na Área Metropolitana de Lisboa. O primeiro-ministro vai reunir com os autarcas dos concelhos mais afetados, num encontro que contará também com a presença da ministra da Saúde e do secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, que é também responsável pela gestão da crise gerada pela Covid-19 na região de LVT.

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“Queremos produzir muito hidrogénio e produzi-lo barato”, diz Galamba

"A nossa proposta não é só uma fábrica de hidrogénio em Sines, uns postos de abastecimento ou uns autocarros. É todo o mercado do hidrogénio que queremos desenvolver", disse o governante.

“Queremos produzir muito hidrogénio, produzi-lo barato e usá-lo abundantemente” em Portugal. Aquela que é uma das maiores ambições do Governo para a próxima década foi expressa pelo secretário de Estado da Energia, João Galamba, e lançada em forma de desafio perante uma plateia composta por investigadores científicos e empresas portuguesas que já estão a arregaçar as mangas para tornar o hidrogénio verde numa realidade no país.

O governante revelou que Portugal está já em conversações avançadas com a Holanda e com a Alemanha, com vista a assumir-se como “líder” na nova Aliança Europeia para o Hidrogénio Limpo, que será apresentada a 8 de julho. O país quer assim estar na linha da frente para chegar primeiro aos fundos europeus disponíveis para financiar a descarbonização do continente. “A Europa olha para nós como país líder na área das renováveis. Portugal está preparado para avançar e não pode deixar passar esta oportunidade” disse Galamba.

Encontrar novas soluções técnicas para a produção de hidrogénio e reduzir os custos dessa mesma produção são agora as palavras de ordem, de acordo com o governante, que esta segunda-feira participou numa discussão da Estratégia Nacional para o Hidrogénio com as comunidades científicas e de investigação e inovação, presidida pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor. Esta foi a primeira de uma série de consultas setoriais (desde a investigação à indústria e aos transportes) no âmbito da consulta pública da Estratégia Nacional para o Hidrogénio, que vai decorrer até meados de julho.

Do lado da comunidade científica, Paulo Ferrão, do Instituto Superior Técnico, revelou que um estudo português recente “mostra que o uso do hidrogénio permite uma redução dos gases poluentes até 80% em 2040”. “Trazemos aqui as empresas para dizerem o que precisam para vencer este desafio em Portugal. E os investigadores para dizerem o que podem fazer nesse sentido”, acrescentou.

Maria João Rodrigues, da Lisboa e-nova, revelou que na capital vai nascer em breve uma central fotovoltaica de 2 MW no cemitério de Carnide com vista à criação de uma comunidade de energia na autarquia, não só para abastecer com eletricidade renovável os edifícios da câmara, mas também com objetivo de produzir hidrogénio, por eletrólise, que depois será disponibilizado num posto de abastecimento de veículos (autocarros e ligeiros de passageiros), na cidade. Este case study de pequena escala em Lisboa vai depois permitir tirar lições também para a estratégia nacional, garante a responsável.

Do lado do Governo, a aposta passa então por desenvolver todo o ciclo de vida do hidrogénio a uma escala nacional. “A nossa proposta não é só uma fábrica de hidrogénio em Sines, uns postos de abastecimento ou uns autocarros. É todo o mercado do hidrogénio que queremos desenvolver. Uns sem os outros não resultam. Queremos apostar em todos os elementos da cadeia de valor”, disse Galamba, apelando a um grande esforço colaborativo entre vários setores, agentes e até países.

O secretário de Estado reconhece que a Estratégia Nacional para o Hidrogénio “traz problemas para resolver” e pede às empresas e aos investigadores que o façam juntos. “É uma enorme oportunidade industrial e científica”, disse ainda Galamba.

O governante voltou assim a frisar a ideia de que a colaboração entre todos, na estratégia para o hidrogénio, permite desbloquear projetos individuais. “Neste momento temos o problema do ovo e da galinha: nos concursos para compra de autocarros, a Carris e outras empresas não incluem nos seus cadernos de encargos veículos a hidrogénio porque não há postos de abastecimento. Depois ninguém instala postos de abastecimento porque não há produção. A estratégia nacional, como olha para tudo em simultâneo, tem o potencial de viabilizar projetos que sozinhos não avançavam. Quando conseguimos juntar à mesma mesa quem pode comprar autocarros, quem pode instalar postos e quem pode produzir hidrogénio, viabilizamos os três projetos. Ninguém vai produzir se ninguém distribuir e se ninguém utilizar. É assim que conseguimos tirar os projetos do papel”, tinha já sublinhado na semana passada.

Quanto às empresas, EDP e Galp garantem estar de olho nas oportunidades do hidrogénio verde. No evento desta segunda-feira, Carlos Mata, da EDP Inovação, disse que a elétrica já está a trabalhar há alguns anos no hidrogénio, tendo dado início este ano a um projeto para a sua produção na central de ciclo combinado do Ribatejo. Mas a ambição vai mais longe e a EDP promete também “investir em startups que surjam na área do hidrogénio e produzir hidrogénio a partir de energia eólica offshore“.

Jorge Fernandes, da Galp, sublinhou que a petrolífera é já em Portugal o maior produtor e consumidor de hidrogénio, que no futuro se quer 100% verde. Para este responsável, a competitividade futura do hidrogénio passa obrigatoriamente por uma redução dos seus custos. “A produção em larga escala é essencial para viabilizar sustentabilidade económica com vista ao consumo no mercado nacional e à sua futura exportação”, disse Jorge Fernandes.

Do lado da investigação, o professor do Instituto Superior Técnico, João Bordado, garantiu que “não vai ser difícil de reduzir os custos da produção de hidrogénio em Portugal.

Por último, Sara Guedes, da Akuo Portugal, apresentou o projeto da empresa para a produção de combustíveis líquidos de nova geração para a aviação a partir do hidrogénio verde e de CO2 capturado, que representa um investimento de 90 milhões de euros. Esta tecnologia power to liquid consiste em usar energia solar fotovoltaica em grande escala, e com tarifas baixas, para produzir gás sintético que é depois convertido em combustíveis líquidos. A responsável sublinhou que a pandemia de Covid-19, que deixou no solo milhões de aviões de companhias aéreas em todo o mundo, irá ajudar a desenvolver esta tecnologia, já que os apoios financeiros às empresas de avião estão agora condicionados à aposta em tecnologias mais verdes.

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