Negócio falhou. Isabel dos Santos continua disponível para vender EuroBic

O EuroBic confirmou o fim das negociações com o Abanca e informou que Isabel dos Santos "continua disponível" para vender a sua participação no banco.

A empresária Isabel dos Santos “continua disponível” para vender os 42,5% que detém indiretamente no capital do EuroBic, ao mesmo tempo que os restantes acionistas “mantêm em aberto todas as hipóteses de reconfiguração da estrutura acionista do banco”. A garantia foi dada pelo EuroBic em comunicado, no qual confirma que as negociações que com o Abanca para a venda da empresa “terminaram sem sucesso”.

O ECO revelou esta terça-feira o fim das negociações entre os acionistas do EuroBic e os espanhóis do Abanca. As conversações estavam em curso desde fevereiro, na sequência do Luanda Leaks e da pressão do Banco de Portugal, e até já havia um acordo de princípio. Mas o eventual negócio entrou num impasse depois da revisão em baixa da oferta do Abanca, que inicialmente era de 240 milhões de euros.

“O EuroBic foi hoje [terça-feira] informado de que as negociações que estavam em curso entre alguns dos seus acionistas e o Abanca, tendentes à transmissão das ações representativas de 95% do seu capital social, terminaram sem sucesso”, começa por indicar o banco liderado por Fernando Teixeira dos Santos.

“Entretanto, Isabel dos Santos informou que continua disponível para alienar as suas participações indiretas representativas de 42,5% no capital do EuroBic e os restantes acionistas, titulares de 57,5% do capital do banco, informaram que mantêm em aberto todas as hipóteses de reconfiguração da estrutura acionista do banco, quer através da aquisição das participações indiretamente detidas pela senhora engenheira Isabel dos Santos, quer através da venda, por justo valor, das suas ações, total ou parcialmente a terceiros”, sublinha a empresa na mesma nota.

"Isabel dos Santos informou que continua disponível para alienar as suas participações indiretas representativas de 42,5% no capital do EuroBic e os restantes acionistas, titulares de 57,5% do capital do banco, informaram que mantêm em aberto todas as hipóteses de reconfiguração da estrutura acionista do banco.”

EuroBic

No mesmo comunicado, a administração liderada por Teixeira dos Santos “congratula-se com o facto de o Abanca ter apresentado uma proposta” para a compra da maioria do capital, “não obstante o termo das negociações, sem sucesso”. “A administração do EuroBic continuará, como até aqui, a assegurar a gestão sã e prudente do banco, salientando que o banco cumpre consistentemente os rácios prudenciais aplicáveis”, reforça a empresa.

Banco tem “balanço robusto”

No seguimento desta garantia, a administração do EuroBic aproveita a ocasião para salientar que o banco tem “um balanço robusto que lhe permite continuar a reforçar ainda mais os bons indicadores alcançados”. “Estamos totalmente empenhados na concretização de todos os projetos em curso que se mostrem adequados a fortalecer a trajetória de crescimento do EuroBic, reiterando o nosso inabalável compromisso com famílias e empresas no sentido de as ajudar a ultrapassar as dificuldades que enfrentam, neste momento tão desafiante”, conclui a empresa.

As notícias alegadamente incriminatórias de Isabel dos Santos, publicadas pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (ICIJ) em meados de janeiro, constituíram um dano reputacional significativo para o banco do qual Isabel dos Santos é acionista. O banco acabou por perder 600 milhões de euros em depósitos no primeiro trimestre do ano, como noticiou o ECO este mês.

Com efeito, no início deste mês, o negócio entre o EuroBic e o Abanca esteve prestes a ser fechado. Mas o Abanca acabou por deixar cair a operação, considerando, em comunicado, ter sido “forçado a desistir da operação” porque “as condições acordadas para o referido objetivo não foram cumpridas”.

O Banco de Portugal também adianta que foi informado do término das negociações. Lembra que a transação “permitiria operar uma alteração na estrutura acionista do EuroBic, num contexto em que um dos acionistas de referência tem, como é público, as ações sob arresto e, consequentemente, está impedido de exercer os respetivos direitos de voto”.

“Não obstante, os demais acionistas, titulares de 57,5% do capital, mantêm o exercício pleno dos seus direitos, sendo responsáveis por assegurar que o EuroBic continua a desenvolver normalmente a sua atividade – que o Banco de Portugal continuará a acompanhar – em cumprimento do quadro legal e regulamentar aplicável”, refere o supervisor.

(Notícia atualizada pela última vez na quarta-feira às 10h38)

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Super Bock Group vai despedir 10% da força de trabalho

  • Lusa
  • 16 Junho 2020

O Super Bock Group avançou com um reajustamento da operação ao efeito da pandemia que prevê a redução de 10% da força de trabalho da empresa.

O Super Bock Group decidiu reduzir a sua força de trabalho em 10%, devido ao impacto da pandemia de Covid-19, anunciou a empresa em comunicado, sem concretizar a forma e o número de pessoas afetadas pela decisão.

A “significativa redução da atividade do Super Bock Group provocada pelo efeito da pandemia Covid-19, bem como o cenário de recessão previsto para o futuro próximo, forçam a empresa a reajustar a sua estrutura para defender e proteger a sustentabilidade do grupo”, lê-se na nota divulgada pela empresa, que detém a marca de cerveja Super Bock e produz várias outras bebidas.

O mesmo comunicado refere que a paragem e atuais constrangimentos do canal HoReCa (hotéis, restaurantes e cafés), que “representa cerca de 70% do mercado de bebidas refrescantes em Portugal (fonte Nielsen)” irão “prolongar-se e continuar a ter um significativo impacto no desempenho do Super Bock Group”.

“Esta difícil decisão implica um reajustamento que afetará cerca de 10% da força de trabalho em diferentes áreas da organização”, sendo “tomada perante uma conjuntura excecional e foi anunciada, esta tarde, à Comissão de Trabalhadores e a todos os colaboradores do grupo num processo que terá início este mês de junho”, adiantou a empresa.

O grupo refere que está empenhado “em implementar soluções de compensação pelo impacto desta medida, tendo constituído um programa de apoio que inclui condições acima do quadro legal, bem como um programa de outplacement e formação focados na empregabilidade”.

“A realidade atual é complexa e inédita e, num mundo cada vez mais volátil, a prioridade do Super Bock Group é, e será sempre, a sustentabilidade da empresa, adequando de forma continua a sua estrutura às necessidades atuais e futuras do negócio”, referiu o grupo.

No último relatório de gestão publicado no seu site, referente a 2018, o grupo indicava que tinha 1.310 colaboradores, dos quais 1.060 efetivos.

Além da cerveja Super Bock, o grupo conta ainda com as marcas de águas Pedras e Vitalis, a sidra Somersby, entre outras, além de uma aposta no turismo, com unidades hoteleiras, como o Vidago Palace e o Pedras Salgadas Spa & Nature Park.

(Notícia atualizada às 21h20 com mais informações)

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“Quatro frugais” apelam à despesa “responsável” no Fundo de Recuperação da UE

Os líderes políticos da Suécia, Dinamarca, Holanda e Áustria escreveram um artigo de opinião no Financial Times a apelar a uma despesa "responsável" no fundo de recuperação da UE.

“Dinheiro novo ou fresco é coisa que não existe. Os fundos de resgate vão ter de ser reembolsados.” É com este alerta que os quatro países “frugais” dão início a um artigo de opinião no Financial Times (acesso pago), no qual reiteram a oposição ao modelo de subsidiação proposto pela Comissão Europeia para a “fatia” de leão dos 750 mil milhões de euros do fundo de recuperação.

O artigo em causa é assinado por Stefan Lofven, primeiro-ministro da Suécia, mas subscrito pelos chefes de Governo da Dinamarca e da Holanda — respetivamente, Mette Frederiksen e Mark Rutte — e pelo chanceler austríaco Sebastian Kurz. A três dias da reunião do Conselho Europeu onde se discutirá o plano de Bruxelas, os quatro líderes europeus, que se autointitulam de “quatro frugais”, voltam a apelar à “responsabilidade” na “despesa com a pandemia”.

Assim, embora reconhecendo que a crise do Covid-19 é uma “emergência humanitária”, os “frugais” afirmam que a solidariedade europeia deve andar “de mãos dadas” com o crescimento sustentável da Europa. Por isso, apesar de ser necessário ajudar os países em dificuldades por causa da pandemia, “há princípios que não devem ser esquecidos”. “Como é que, subitamente, é responsável gastar 500 mil milhões de euros de dinheiro emprestado e atirar a fatura para o futuro?”, interrogam.

O fundo proposto pela Comissão de Ursula von der Leyen prevê ajudas num montante total de 750 mil milhões de euros, dos quais 250 mil milhões em empréstimos e 500 mil milhões em subsídios a fundo perdido. Esta última componente tem gerado discordância destes quatro países (Suécia, Dinamarca, Holanda e Áustria), o que tem posto em causa as negociações, uma vez que é necessária unanimidade na aprovação.

“Parte da proposta recente da Comissão Europeia assenta em encontrar novas formas de o bloco se financiar. Mas dinheiro novo ou fresco é coisa que não existe. Dinheiro gasto vai ter de ser ganhado e reembolsado pelos contribuintes”, argumentam os quatro líderes europeus. É com base neste pressuposto que estes países se opõem aos subsídios, concluindo o artigo de opinião com uma garantia: estão “prontos para um acordo em torno de um fundo de emergência e de um orçamento para [o período de] 2021 a 2027”.

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Banco de Portugal diz que contrato não prevê dinheiro extra no Novo Banco em caso de pandemia

  • ECO
  • 16 Junho 2020

Banco de Portugal veio esclarecer que não estão previstas injeções adicionais no banco liderado por António Ramalho para o reforço de capital no caso de agravamento de circunstâncias. 

O Banco de Portugal afasta um cenário de reforço das injeções no Novo Banco. O supervisor do setor financeiro esclarece, em comunicado, que os contratos de venda do banco ao Lone Star “não preveem qualquer mecanismo que resulte em pagamentos ou injeções de capital adicionais” em resultado de um agravar das circunstâncias.

No dia em que o Público avançou que o banco liderado por António Ramalho poderia receber mais dinheiro do Estado numa situação como a de pandemia, a entidade ainda liderada por Carlos Costa emitiu um comunicado a contrariar essa informação. “É falso que os contratos relativos à venda do Novo Banco prevejam que “em ‘circunstâncias de extrema adversidade’, como uma pandemia, o Estado é forçado a injetar automaticamente o dinheiro necessário para manter o banco dentro das metas de solidez definidas”, diz.

“Os contratos não preveem qualquer mecanismo que resulte em pagamentos ou injeções de capital adicionais para o reforço de capital no caso de agravamento de circunstâncias”, salienta o supervisor.

O Novo Banco viu os seus rácios de capital deteriorarem-se no final do primeiro trimestre, caindo para 12,3%, sendo que o que está previsto é que o mecanismo de capital contingente seja acionado quando baixe do patamar dos 12%. A perspetiva de deterioração dos rácios levou António Ramalho a admitir a necessidade de uma nova injeção, superior até àquela que tinha estimado no arranque do ano.

"Contratos não preveem qualquer mecanismo que resulte em pagamentos ou injeções de capital adicionais para o reforço de capital no caso de agravamento de circunstâncias.”

Banco de Portugal

Esta nova injeção será realizada em 2021, com base nas necessidades verificadas nas contas de 2020, sendo realizada ao abrigo do mecanismo de capital contingente, no valor de 3,9 mil milhões de euros, dos quais o Novo Banco já utilizou cerca de 3.000 milhões.

O Banco de Portugal afasta o funcionamento do mecanismo de capitalização contingente com um outro: a “salvaguarda designada de ‘Capital Backstop’, prevista na Decisão da Comissão Europeia, de outubro de 2017, que aprovou o plano de reestruturação do Novo Banco e autorizou a operação de venda à Lone Star, concluindo o processo de resolução do Banco Espírito Santo”.

“Essa salvaguarda resulta de um compromisso assumido pelo Estado Português perante a Comissão Europeia, com vista a assegurar a viabilidade do Novo Banco, mesmo num cenário adverso“, explica o supervisor, acrescentando que esta medida “não está compreendida no âmbito dos contratos celebrados no quadro da venda do Novo Banco e, por conseguinte, a medida não se enquadra no âmbito de competências do Banco de Portugal, enquanto autoridade de resolução, nem do Fundo de Resolução”.

“Trata-se de uma medida a que são alheios os contratos e as suas partes e que ficou prevista apenas no plano dos compromissos assumidos pelo Estado junto da Comissão Europeia”, conclui o supervisor.

(Notícia atualizada às 19h37 com mais informação)

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Segurança Social já pagou 580 milhões de euros às empresas em lay-off

Até ao momento, a Segurança Social já pagou 778 milhões de euros em apoios extraordinários. Deste bolo, 580 milhões de euros dizem respeito ao lay-off simplificado.

Em três meses, a Segurança Social já gastou 778 de milhões de euros com as medida extraordinárias criadas pelo Governo em resposta à pandemia de coronavírus. Este número foi avançado, esta terça-feira, pela ministra do Trabalho que detalhou que, do total referido, 580 milhões de euros dizem respeito aos apoios pagos às empresas que recorreram ao lay-off simplificado.

Ana Mendes Godinho esteve, esta terça-feira, na Assembleia da República a responder às perguntas dos deputados da Comissão de Orçamento e Finanças sobre o Orçamento Suplementar para 2020. Na intervenção inicial, a governante adiantou que, até ao momento, cerca de um milhão e 222 mil trabalhadores já foram abrangidos pelas medidas extraordinárias lançadas em resposta ao surto de Covid-19, estando em causa 144 mil empresas e 778 milhões de euros gastos pela Segurança Social.

Quanto ao lay-off simplificado — uma das principais medidas na proteção dos postos de trabalho –, Ana Mendes Godinho adiantou que 105 mil empresas já aderiram a este regime, abrangendo 849 mil trabalhadores. No total, já foram pagos 580 milhões de euros a estes empregadores, no que diz respeito ao apoios previstos ao abrigo deste mecanismo para o pagamento dos salários.

A ministra do Trabalho revelou, além disso, que, destas 105 mil empresas, 87 mil pediram a prorrogação do lay-off simplificado, ou seja, 82% do universo total. As restantes já estão a conseguir retomar a atividade, sublinhou a responsável. De acordo com o decreto-lei em vigor, as empresas podem renovar mensalmente o lay-off simplificado até três meses.

Aos deputados, Ana Mendes Godinho avançou também que o diploma que deixará a porta do lay-off simplificado aberta por mais um mês — isto é, até ao final de julho — deverá ser publicado esta semana. A partir desse mês, o regime fica disponível apenas para as empresas cujas atividades estejam suspensas por imposição legal.

E sobre os novos apoios lançados pelo Governo, no âmbito do Programa de Estabilização Económica e Social e do Orçamento Suplementar, a ministra esclareceu que o complemento de estabilização para os trabalhadores que estiveram em lay-off será transferido diretamente para os próprios. Já o apoio previsto a partir de agosto que assegura parte da retribuição das horas não trabalhadas será transferido pela Segurança Social para o empregador, que adianta o total (as horas trabalhadas e 66% das horas não trabalhadas) ao trabalhador.

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Final da Taça de Portugal entre Benfica e Porto é a 1 de agosto

  • Lusa
  • 16 Junho 2020

Federação Portuguesa de Futebol adianta que “o local e o horário do jogo serão anunciados na próxima semana”.

A final da Taça de Portugal em futebol, que vai colocar frente a frente Benfica e FC Porto, vai disputar-se em 01 de agosto, revelou a Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

Na curta nota publicada no site oficial na Internet, o organismo adianta que “o local e o horário do jogo serão anunciados na próxima semana”.

A final da prova ‘rainha’, habitualmente disputada no final de maio no Estádio Nacional, em Oeiras, foi adiada devido à pandemia de Covid-19.

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​PSD abstém-se na generalidade e viabiliza o Orçamento Suplementar

  • ECO
  • 16 Junho 2020

A decisão já terá sido comunicada à direção do partido pelo líder, Rui Rio. A discussão e votação na generalidade do Orçamento Suplementar decorre esta quarta-feira, no Parlamento.

O PSD vai abster-se na votação do Orçamento Suplementar, na generalidade, esta quarta-feira, viabilizando assim o documento, avança a Rádio Renascença (acesso livre), citando fontes sociais-democratas. A decisão terá sido comunicada à direção do partido pelo líder, Rui Rio, que já tinha adiantado que deveria deixar aprovar o documento.

O Bloco de Esquerda e o PCP também deverão seguir o mesmo sentido de voto, permitindo assim o documento passar nesta fase. A proposta do Governo será depois discutida em sede de especialidade, altura em que o PSD irá apresentar propostas de alteração. A votação final global do Orçamento Suplementar está agendada para 3 de julho.

Rui Rio tinha referido, numa entrevista à TSF, estar “com muita vontade” de deixar aprovar o Orçamento Suplementar, apesar de admitir que poderia votar contra o documento caso estivesse nos “antípodas” do que considera necessário. O vice-presidente do partido, David Justino, tinha também referido à Renascença que o PSD não pretendia criar obstáculos ao Governo na aprovação do Orçamento Suplementar.

(Notícia atualizada às 19h20)

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Procurador castigado por pressionar no caso Freeport foi nomeado adjunto de Van Dunem

Procurador Lopes da Mota, que foi castigado em 2009 por pressionar no processo Freeport que envolvia José Sócrates nas suspeitas, foi nomeado adjunto da ministra da Justiça Francisca Van Dunem.

Corria o ano de 2009. José Luís Lopes da Mota, na altura presidente da Eurojust, uma entidade europeia do Ministério Público, foi suspenso durante 30 dias por pressionar os procuradores do Ministério Público que investigavam o caso Freeport, com José Sócrates, que nunca chegou a ser arguido, como uma das figuras centrais do caso sobre o licenciamento do centro comercial, localizado em Alcochete. À data, Sócrates era ministro do Ambiente do também socialista António Guterres.

Nessa altura, foram públicas as pressões exercidas sobre os procuradores Vítor Magalhães e Paes Faria, ambos do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP). Lopes da Mota, então presidente do Eurojust terá dito que o Governo de José Sócrates estava incomodado com a investigação e que se o PS perdesse a maioria absoluta alguém “iria pagar caro por isso” e existiriam “retaliações”. O PS acabou a perder essas eleições.

Agora, volvidos 11 anos, o mesmo procurador do Ministério Público é nomeado adjunto da ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, no governo socialista de António Costa. Missão? “Apoiar nos trabalhos de preparação e de acompanhar a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia” que decorrerá no primeiro semestre de 2021, lê-se no despacho que foi publicado esta terça-feira em Diário da República, segundo avança o Observador.

No ano passado, Lopes da Mota já tinha sido selecionado por uma comissão independente presidida pelo juiz conselheiro António Henriques Gaspar e composta pelo juiz José dos Santos Cabral, pelo professor Rui Manuel Gens de Moura Ramos, pelo procurador José Manuel dos Santos Pais e pelo advogado Paulo Saragoça da Matta como um dos três candidatos portugueses ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem.

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Depois do papel higiénico preto, Renova lança gama ecológica e 100% reciclada

A gama inclui papel higiénico, rolos de cozinha, lenços de bolso e lenços faciais, e utiliza papel 100% reciclado. O plástico também não entra e as embalagens são de papel biodegradável.

Ficou conhecida mundialmente como a marca do papel higiénico preto. Agora, a Renova quer voltar a marcar tendências pela escolha de matérias-primas sustentáveis para ajudar a salvaguardar o futuro do planeta. A empresa acaba de lançar uma nova gama 100% Recycled, com vista a agradar e cativar um número crescente de pessoas cujas opções de consumo são regidas pelas preocupações ambientais. Seja porque querem reduzir o consumo de plástico de uso único ou optar por produtos reciclados para um consumo mais consciente e sustentável, poupando os recursos naturais.

A gama inclui papel higiénico, rolos de cozinha, lenços de bolso e lenços faciais, e utiliza papel 100% reciclado e certificado, feito de papel recuperado provenientes da “floresta urbana”, sem utilização de corantes, cloro ou perfumes. Por seu lado, as embalagens são feitas de papel reciclável e biodegradável para uma diminuição da utilização de embalagens de plástico de utilização única.

Além disso, na produção destes novos papéis tissue de uso pessoal e doméstico, a Renova reduziu também o consumo de água no fabrico através da reutilização e do recurso a tecnologias de depuração e recirculação de água. São ainda utilizadas matérias-primas locais recolhidas preferencialmente num raio de 400 km, para diminuir o consumo de combustíveis, emissões de gases de efeito de estufa e respetiva pegada ambiental. A gama possui um Rótulo Ecológico atribuído pela União Europeia e certificação FSC, que comprovam que todos os produtos cumprem rigorosos critérios ambientais.

“Assumindo que o respeito pelas origens e o esforço na redução do plástico no consumo quotidiano deve ser uma responsabilidade partilhada por marcas, retalhistas e cidadãos, a Renova pretende que o lançamento da gama 100% Recycled seja inspirador de uma mudança de comportamento social absolutamente necessária para um mundo melhor e mais seguro”, afirmou a Renova em comunicado. O projeto de eliminação progressiva do plástico do portfólio da empresa iniciou-se em 2018 com o lançamento de quatro referências de papel higiénico Paper Pack (com embalagem de papel) a que se seguiu o lançamento rolos de cozinha Paper Pack em 2019.

“Agora, em 2020, este objetivo fica reforçado com o lançamento da gama 100% Recycled. A Renova irá continuar a consolidar o seu processo de progressiva substituição das embalagens de plástico por embalagens de papel, respondendo a uma crescente expectativa dos cidadãos por alternativas de produtos eco-friendly e assumindo a sua responsabilidade em criar alternativas que visem a redução do plástico no consumo quotidiano”, rematou a empresa.

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Têxtil de Famalicão finta a crise. Deixa roupa desportiva e agora faz máscaras

  • Lusa
  • 16 Junho 2020

Uma empresa têxtil de Famalicão fintou a crise, trocando a produção de roupa desportiva por artigos como máscaras e batas. Agora, prevê manter a faturação em 2019.

Uma empresa de vestuário desportivo de Famalicão que trabalha para marcas como Adidas ou Nike “fintou” a crise pandémica com um rápido “virar da agulha”, contando mesmo manter a faturação de 2019. Em causa está a Fradelsport, empresa que foi visitada esta terça-feira pelo presidente da Câmara de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, no âmbito do Roteiro pela Inovação.

Em comunicado, a câmara refere que em março, com a crise do Covid-19, as encomendas da produção habitual da Fradelsport “desceram ao mínimo”. Mas a empresa respondeu “de imediato” com a reconversão da produção e, um mês depois, começou a produzir equipamentos de proteção individual, como máscaras, batas, manguitos, cógulas e cobre-botas. Foi mesmo a primeira empresa do concelho a obter a certificação do CITEVE para máscaras reutilizáveis de uso social.

Desde então, a Fradelsport, que conta com 60 trabalhadores e que “em nenhum momento ponderou recorrer ao lay-off”, já produziu 400 mil máscaras. A empresa tem uma faturação média anual de cerca de dois milhões de euros, que este ano previa aumentar em 50%, mas a pandemia trocou-lhe as voltas.

Citado no comunicado, o sócio-gerente da Fradelsports, Paulo Reis, admitiu que para atingir aquele objetivo precisa agora de “dois ou três anos”. No entanto, e ainda de acordo com Paulo Reis, o negócio das máscaras permite equilibrar o valor bruto e assim ajudar a manter o volume de faturação de 2019, nomeadamente através da exportação para os mercados francês e alemão.

“Uma operação que se espera que se prolongue só por mais dois ou três anos, até porque começam a surgir os primeiros sinais de abrandamento”, acrescenta o comunicado.

Em sentido contrário, já se nota a retoma na procura de vestuário de desporto, “depois de quatro meses de vendas residuais para este setor”, face à paragem nas diferentes competições desportivas em toda a Europa.

A empresa representa marcas desportivas como Macron, Adidas, Lotto, Nike, Umbro, Mikasa, entre outras. “As exportações para Itália e Espanha estão agora a permitir-nos voltar a produzir artigos de desporto”, disse Paulo Reis.

O presidente da câmara usou o exemplo da Fradelsport para destacar a capacidade de readaptação das empresas do concelho, contribuindo para a retoma da economia.

“As empresas não deixaram de querer continuar a crescer, produzir mais, exportar mais e empregar mais. O que aconteceu foi que esses projetos foram adiados no tempo. E estamos cá particularmente porque a Fradelsport foi a primeira empresa em Famalicão a certificar uma máscara, aparecendo na linha da frente daquelas empresas que criaram uma resposta para a comunidade ao nível da saúde pública”, referiu Paulo Cunha.

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Liga das Nações e qualificação para Euro2020 rendem 766 mil euros aos clubes portugueses

  • Lusa
  • 16 Junho 2020

De acordo com os valores entregues pela UEFA aos emblemas lusos, o Benfica recebe 321.346,51 euros, quase 42% do montante a distribuir pelos 15 clubes.

Os clubes portugueses vão receber 766.113,01 euros pela cedência de jogadores às seleções nacionais de futebol, na Liga das Nações e no apuramento para o Euro2020, com o Benfica a arrecadar 42% dos ‘ganhos’.

De acordo com os valores entregues pela UEFA aos emblemas lusos, a que a agência Lusa teve acesso esta terça-feira, os ‘encarnados’, campeões nacionais, recebem 321.346,51 euros, quase 42% do montante a distribuir pelos 15 clubes. O FC Porto surge imediatamente atrás do Benfica, com um encaixe de 116.118,22 euros, seguindo-se o Sporting, com 90.869,89.

Estes montantes referem-se à cedência de jogadores às várias seleções envolvidas na edição 2018/19 da Liga das Nações, conquistada pela seleção portuguesa, e na fase de qualificação para o Euro2020, cuja fase final foi adiada para 2021 devido à pandemia de covid-19.

Nesta hierarquia, destacam-se os montantes recebidos por Desportivo de Chaves (43.100,63 euros), da II Liga, e Olhanense (34.902,16), do Campeonato de Portugal, que superam os primodivisionários Paços de Ferreira (35.872,23), Vitória de Guimarães (30.772,59) e Famalicão (30.394,45).

Sporting de Braga (16.214,04), Gil Vicente (13.99,01), Tondela (12.160,53), Estoril Praia (8.081,45), Santa Clara (4.447,60), União de Leiria (3.917,15) e Nacional (3.846,57) completam a lista dos 15 clubes lusos beneficiados com a cedência de internacionais às respetivas seleções europeias.

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Lime dá o salto. Compra à Uber as bicicletas Jump na Europa

A Lime adquiriu os ativos da Jump na Europa, depois de o ter feito também nos EUA. A aquisição acontece depois de uma ronda de capital de 170 milhões de dólares liderada pela Uber.

A Lime adquiriu à Uber os ativos da Jump na Europa, sendo a nova responsável pelas operações da empresa de bicicletas elétricas também no mercado europeu. O negócio estava previsto no acordo anunciado a 7 de maio e que resultou numa injeção de 170 mil milhões de dólares na Lime, através de uma ronda de capital liderada pela própria Uber.

Esta operação junta dois grandes operadores da nova “micromobilidade” — a Lime do lado das trotinetas elétricas e a Jump com as bicicletas. Esta última entrou em Portugal em fevereiro do ano passado, depois de ter sido adquirida pela Uber em 2018. Desde então, as bicicletas elétricas vermelhas da Jump, que também incluíam o logótipo da Uber, eram presença assídua nas ruas de Lisboa.

Para além de ficar com as operações da Jump na Europa, o negócio vai permitir à Lime alargar a oferta disponível na sua própria plataforma. A startup norte-americana informa ainda, em comunicado, que planeia “expandir ainda mais a integração da sua aplicação móvel com a Uber”.

Esta aquisição no mercado europeu surge depois de uma aquisição semelhante também no mercado norte-americano, com a Lime a ficar com os ativos da Jump nos EUA. No final do mês passado, como parte da entrega da divisão de bicicletas Jump à empresa de trotinetas, a Uber enviou milhares destes veículos para serem reciclados. Na altura, a empresa justificou que seria muito difícil doar os aparelhos por motivos de segurança e de responsabilidade.

Já depois da publicação desta notícia, fonte oficial da Uber Portugal disse ao ECO que “como parte do acordo anunciado no mês passado, a Lime adquiriu hoje [terça-feira] as operações e o hardware de Jump em Lisboa”. “Recentemente, transferimos a maioria das e-bikes e e-scooters de Jump para os armazéns de modo a garantir a entrega uniforme das operações à Lime. Todos os veículos Jump estão agora na posse da Lime, e entendemos que a Lime irá partilhar mais detalhes sobre os seus planos operacionais em Lisboa brevemente”, indicou a mesma fonte.

(Notícia atualizada pela última vez às 19h42)

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