Governo vai lançar linha de 20 milhões para empresas de eventos
O Turismo de Portugal vai lançar uma linha de financiamento para as empresas organizadoras de eventos afetadas pela pandemia, com especial foco nas pequenas e médias empresas.
O Governo decidiu criar mais uma linha para o setor do turismo. O foco são as empresas organizadoras de eventos que foram, e estão a ser, afetadas pela pandemia, devido à limitação atual do número de pessoas, especialmente as de pequena e média dimensão. A nova linha de financiamento de 20 milhões de euros deverá ficar disponível ainda este mês.
O anúncio foi feito pela secretária de Estado do Turismo na passada sexta-feira, durante um evento da Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística e Eventos (APECATE). “Temos plena consciência de que o setor turístico foi fortemente impactado por esta pandemia e, dentro do setor do turismo, temos de distinguir alguns subsetores, sendo certo que a organização de eventos é um deles“, disse Rita Marques.
Assim, o Governo criou novas medidas específicas para estas empresas — algumas já inscritas no Plano de Estabilização Económica e Social (PEES), disse Rita Marques — sendo que uma delas é uma nova linha de financiamento. A secretária de Estado do Turismo adiantou que esta linha deverá ficar disponível ainda este mês de julho, sem adiantar mais detalhes. Ao ECO, fonte oficial do Gabinete de Rita Marques avançou que terá o valor de 20 milhões de euros.
Trata-se de “uma linha específica para todos aqueles que organizam eventos, dando naturalmente destaque às pequenas e médias empresas que estão com a atividade fortemente impactada, tendo em conta que os eventos estão a realizar-se de uma forma muito hesitante“, disse Rita Marques, durante o evento da APECATE, em declarações aos jornalistas.
A nova linha será gerida pelo Turismo de Portugal e será diferente das restantes linhas já criadas pelo Governo para o setor turístico. “Não é uma linha que tem como objetivo estabelecer protocolos com a banca. Não se trata de uma linha idêntica às outras que foram anunciadas”, explicou a secretária de Estado, sublinhando que o objetivo é “compensar as empresas que organizam eventos pela falta de receita associada à bilheteira”.
Outras das novidades pensadas pelo Governo é a atribuição do selo “Clean&Safe” às empresas organizadoras de eventos. “Nesta altura temos o selo não só nos empreendimentos turísticos, mas também nos museus, rent-a-car e nas próprias guias intérpretes. E faltava, de facto, o setor da organização de eventos. Os espaços já têm o selo, mas faltava o selo para as empresas”.
Rita Marques aproveitou este tópico para adiantar que, desde 29 de abril, dia em que foi lançado o selo “Clean&Safe”, já foram atribuídos cerca de 18.000 selos a empresas do setor, tendo sido dada formação a 55.000 trabalhadores.
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