Clientes com mais de 10 mil euros no BCP passam a pagar comissão de conta

Todos os clientes do banco passam a pagar pela mesma "bitola" pela manutenção de conta. Comissão mensal será de 5,41 euros para todos os clientes a partir de 1 de novembro.

É cliente do Millennium BCP e tem mais de 10 mil euros na conta? Então prepare-se, porque vai passar a pagar comissão pela manutenção de conta. O banco liderado por Miguel Maya vai deixar de isentar contas com mais de 10 mil euros a partir de novembro. Todos os clientes do banco passam, assim, a pagar pela mesma “bitola” — mas há algumas exceções.

O BCP acaba de publicar no seu site uma alteração ao seu preçário que entra em vigor a 1 de novembro e em que é dada nota do arranque dessa cobrança. A partir dessa data, os clientes com Conta Millennium Start, Conta U — vocacionada para os clientes mais jovens da instituição — Conta Millennium, Conta Herança Indivisa e Conta Standard com quantias depositadas acima de 10 mil euros passam a ter de pagar uma comissão mensal de 5,41 euros. Ao fim de um ano, o encargo total é de 64,9 euros.

Essa alteração de preçário surge pouco mais de um ano e meio depois de o BCP ter anunciado a revisão das suas condições de isenção nas contas, duplicando na ocasião para 10 mil euros o património mínimo necessário para que os clientes pudessem não ter de pagar qualquer valor. Naquela altura procedeu ainda a agravamentos de custos nos escalões inferiores.

Ao retirar a isenção a essas contas, o BCP deixa assim de discriminar os clientes consoante o valor depositado, passando a cobrar a todos segundo a mesma “tabela”.

Porém, mesmo com as alterações de preçário previstas, alguns clientes do BCP vão poder escapar ao pagamento de comissão de conta. Nomeadamente, aqueles que tenham menos de 23 anos de idade e que sejam os primeiros titulares da conta, mas também os clientes que tenham o pagamento do ordenado ou da pensão domiciliados na instituição e/ou tenham uma faturação mínima mensal com o cartão de débito ou crédito em compras.

Outra via para tentar reduzir o peso desse encargo é através da adesão às “contas pacote” do banco que a partir de um montante fixo mensal dá acesso a um conjunto de serviços a um preço único.

Essa alteração do preçário do BCP dá seguimento à escalada das comissões levada a cabo pelos bancos no sentido de, perante o contexto de juros historicamente baixos, voltarem a ser rentáveis e puxarem pelos seus lucros. O quadro atual revela-se ainda mais exigente para os bancos que se veem obrigados a constituir provisões para fazer face aos efeitos da pandemia.

De salientar que desde o início do ano, e ainda antes da pandemia, vários bancos procederam a revisões em alta nos seus preçários. Foi o que aconteceu com a Caixa Geral de Depósitos e com o Novo Banco.

Contactada pelo ECO, fonte oficial do BCP não quis comentar o novo preçário da instituição.

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TdC abre inquérito às “infrações financeiras” no caso das contrapartidas das aeronaves C-295M

Foi revogado, por mútuo acordo, um contrato de contrapartidas no âmbito de uma compra de aeronaves. A compensação ao Estado pelo incumprimento destas fixou-se em 18,5 milhões.

O Estado revogou, por mútuo acordo, um contrato de contrapartidas que não tinha sido cumprido ou renegociado, sem acolher a recomendação do Tribunal de Contas. A entidade fez um relatório a analisar a situação, onde aponta que é necessário apurar a responsabilidade por eventuais infrações financeiras que foram encontradas durante o acompanhamento da operação, o que será feito num processo autónomo.

Em causa está uma compra de 12 aeronaves C-295M, de uso militar, uma operação de 2006 na qual foi celebrado um contrato de contrapartidas, “pelo qual a Airbus Defence & Space (ADS) deveria proporcionar à economia portuguesa um retorno industrial no valor inicial de 460 milhões de euros”, valor que foi revisto mais tarde para 464 milhões. O prazo para a realização destas foi prorrogado várias vezes, mas “as contrapartidas não foram integralmente cumpridas nem no prazo original [sete anos] nem no prazo prorrogado [seis anos]”, salienta o TdC.

Os ministérios responsáveis pelo processo, da Defesa Nacional e da Economia, não estavam a chegar a acordo com a ADS, que não conseguia cumprir as contrapartidas no prazo. Perante a perspetiva de incumprimento, “o Estado optou, em dezembro de 2018, pela revogação consensual do contrato, tendo o montante do incumprimento sido fixado, por acordo, em 185 milhões de euros”, sendo que já tinha sido executada uma parte. A compensação ao Estado pelo incumprimento fixou-se em 18,5 milhões, isto é, 10% do valor das contrapartidas não cumpridas.

Esta penalidade por incumprimento tinha sido reduzida para 10% numa alteração ao contrato de contrapartidas, em 2012, que a fixou numa percentagem inferior ao estabelecido na lei, de 15%. “Caso a penalidade por incumprimento definitivo tivesse sido fixada, em 2012, de acordo com o parâmetro que resultava da lei (15%), a compensação acordada afinal teria sido, com elevado grau de probabilidade, de 27,75 milhões em vez de 18,5 milhões, ou seja, de mais 9,25 milhões de euros”, salienta o Tribunal de Contas.

Numa auditoria de 2017, a entidade considerou esta alteração “ilegal e desvantajosa para os interesses do Estado”, recomendando que “na eventual renegociação do contrato de contrapartidas das aeronaves C-295 seja fixada uma garantia e uma penalidade por incumprimento definitivo nos termos legalmente estabelecidos”. A recomendação não foi cumprida, sendo que o contrato acabou por ser revogado, ainda que o TdC admita que tal foi “em circunstâncias que se consideram justificadas”.

No acordo de revogação do contrato de contrapartidas, as partes definiram que a compensação devida ao Estado seria transformada num “crédito para utilização no pagamento à ADS de serviços de manutenção das aeronaves”. Ora este mecanismo levou a que não fosse inscrita em Orçamento a compensação devida pelo incumprimento como receita e dos pagamentos da manutenção como despesa, “o que consubstancia violação dos princípios orçamentais da universalidade e da não compensação, constantes dos artigos 9.o e 15.o da Lei de Enquadramento Orçamental”, refere o TdC.

O Tribunal de Contas acrescenta ainda que não ficou demonstrado que a dedução ao crédito, previsto durante um período inicial, de um montante fixo mensal, o que se concretizou no montante de 1,55 milhões de euros, tenha tido “contrapartida adequada”, o que poderá constituir uma eventual infração financeira reintegratória e/ou sancionatória.

Para além disso, sinalizam quea Carta de Compromisso deveria ter sido submetida a fiscalização prévia do Tribunal de Contas”. “A execução da Carta de Compromisso sem que tenha sido submetida a fiscalização prévia, quando a ela estava legalmente sujeita, é suscetível de constituir infração financeira sancionatória, nos termos do artigo 65.o, n.o 1, alínea h), da LOPTC”, aponta o Tribunal de Contas, no relatório.

Desta forma, a entidade diz ser necessário notificar o relatório ao Ministério Público e “precisar a responsabilidade pelas eventuais infrações financeiras assinaladas, o que será apurado em processo autónomo”.

História das contrapartidas “não é uma história feliz para o Estado”, diz Cravinho

Reagindo a este relatório, o atual ministro da Defesa explica que “em 2012 o então ministro da Economia renegociou a garantia para 10% quando a lei estabelecia um mínimo de 15%”, em declarações transmitidas pela RTP3. No final de 2018, período final para contrapartidas, “verificou-se que estávamos ainda muito longe da realização de contrapartidas”, contou, portanto negociou-se “com a empresa fornecedora, mas a partir de uma base em que a garantia era muito mais baixa do que deveria ser”. “Negociamos a partir de uma posição de fraqueza”, admitiu.

João Gomes Cravinho reitera que a história das contrapartidas “não é uma história feliz para o Estado português”, salientando que hoje em dia já não existem esse tipo de acordos, “por força de transformações na legislação europeia”. Ainda assim, admite que “Portugal não beneficiou grandemente dos diversos contratos de contrapartidas que tiveram lugar com a aquisição de equipamento militar”.

(Notícia atualizada às 10h30 com mais informação)

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Empresários da diversão itinerante dizem que municípios não têm mostrado abertura

  • Lusa
  • 3 Agosto 2020

A percentagem de autarquias que aceitaram acolher equipamentos é ainda "mínima", queixa-se a Associação Portuguesa de Empresas de Diversão.

Os municípios não têm “estado recetivos” à instalação de equipamentos de diversão itinerante, apesar de já estarem autorizados a funcionar mediante regras sanitárias, afirmou, esta segunda-feira, a Associação Portuguesa de Empresas de Diversão (APED).

O despacho do Governo a autorizar o funcionamento de equipamentos de diversão itinerante foi publicado no início de julho, mas, um mês depois, a percentagem de autarquias que aceitaram acolher equipamentos é ainda “mínima”, afirmou à agência Lusa o presidente da APED, Francisco Bernardo. “Os parques que existem não devem cobrir sequer 5% e, se calhar, estou a ser muito simpático”, frisou o responsável da associação, que realizou hoje uma reunião extraordinária de sócios em Pedrógão Grande.

Segundo Francisco Bernardo, o grande problema que os empresários enfrentam neste momento é a falta de recetividade e abertura dos municípios para “a instalação destes equipamentos”, com muitos autarcas a terem receio que esses locais possam “promover ajuntamentos de pessoas”. “Nós estamos a tentar ir junto dos municípios e convencê-los a autorizarem-nos e a licenciarem-nos para pôr toda esta gente a trabalhar o mais rápido possível”, frisou.

Francisco Bernardo salientou que os problemas não se esgotam apenas nessa questão, havendo também a dificuldade em garantir a rentabilidade do negócio, mesmo com abertura dos municípios para instalarem equipamentos de diversão. “Há um leque de despesas para o promotor e depois para o empresário, como a logística de transporte dos equipamentos, pagamento a funcionários, despesas associadas aos consumos de luz, certificação de equipamentos e seguros. Havia várias despesas que eram diluídas em seis ou sete meses de trabalho e agora vão ter de ser diluídas em um ou dois meses“, notou, sublinhando que, em casos com menor afluência, poderá não compensar instalar os equipamentos.

De acordo com o presidente da APED, a associação vai continuar a dialogar e a sensibilizar os municípios, ao mesmo tempo que vai procurar marcar uma reunião no Ministério da Economia, por forma a resolver outros problemas, como é o caso da burocracia associada a esta atividade. “Eu considero que o pessoal deste setor é muito resiliente, mas está a ficar pesada a máquina e é difícil conseguirmos convencê-los a terem calma, porque olham para o lado e não veem soluções”, constatou.

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Microsoft dispara mais de 5%. Wall Street em alta

Donald Trump deu aprovação informal à compra do TikTok pela Microsoft, o que animou os investidores, na primeira sessão de agosto.

As bolsas dos Estados Unidos encerraram em alta na primeira sessão de agosto, com os investidores animados face à possibilidade de a Microsoft vir mesmo a comprar a operação norte-americana da rede social chinesa Tik Tok.

O índice de referência, o S&P 500, valorizou 0,77% para 3.296,22 pontos. Também em “terreno positivo” ficou o tecnológico Nasdaq, que subiu 1,47% para 10.903,55 pontos e fechou em recorde. O industrial Dow Jones somou 0,94% para 26.676,32 pontos.

Na sessão desta segunda-feira, destaque para os títulos da Microsoft, que dispararam 5,62% para 216,54 dólares. A gigante está em negociações para comprar a filial norte-americana do Tik Tok, o que está a dar alento aos investidores.

Esta tarde, Donald Trump anunciou que esta rede social terá de encerrar as suas operações a 15 de setembro a não ser que a chinesa ByteDance venda a plataforma. O presidente norte-americano não mostrou, de resto, qualquer oposição à eventual compra pela Microsoft, dando a sua aprovação informal à aquisição em causa.

Outro negócio que animou os mercados esta segunda-feira foi a eventual compra pela Google de uma fatia de cerca de 7% da ADT, empresa de segurança de domicílios, por 450 milhões de dólares. As ações da ADT subiram, por isso, 56,56% para 13,48 dólares.

“Os mercados estão a viver em torno da possibilidade de novas fusões e aquisições. Tal significa que os diretores executivos estão mais confiantes sobre o futuro“, explica o analista Jake Dollarhide, citado pela Reuters. Na tecnologia, destaque ainda para os títulos da Apple, que somaram 2,52% para 435,75 dólares, face aos bons resultados registados no último trimestre.

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Mercado abastecedor de Évora melhorou resultados no segundo trimestre

  • Lusa
  • 3 Agosto 2020

Apensar da Pandemia, o Mercado Abastecedor da Região de Évora (MARÉ) melhorou as contas no segundo trimestre.

O Mercado Abastecedor da Região de Évora (MARÉ) melhorou o resultado líquido, o EBITDA, o EBIT e as margens operacionais no segundo trimestre deste ano, face ao período homólogo de 2019, divulgou hoje a empresa.

Segundo o MARÉ, o resultado líquido do exercício ascendeu a 159,4 mil euros, superior ao do segundo trimestre de 2019 em 33,9 mil euros (+27%).

A empresa indicou que apresentou margens operacionais positivas e crescentes, fixando-se em 63% ao nível do EBITDA (resultados antes de impostos, juros, amortizações e depreciações) e de 43% do EBIT (resultado líquido de exploração), um aumento de quatro pontos percentuais e de 5,8 acima do período homólogo de 2019.

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PME dizem que novas medidas do Governo “são de bradar aos céus”

  • Lusa
  • 3 Agosto 2020

“A permissão para os bares noturnos e as discotecas poderem abrir das 08h00 às 20h00, em serviço de pastelaria, só pode ser uma brincadeira de mau gosto”, considera CPPME.

A Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas (CPPME) considerou, esta segunda-feira, que as recentes medidas anunciadas pelo Governo para combater o impacto da pandemia de Covid-19 “são de bradar aos céus”.

“As últimas medidas anunciadas pelo Governo para as Micro, Pequenas e Médias Empresas são de bradar aos céus”, afirma em comunicado a CPPME, acrescentando que “a permissão para os bares noturnos e as discotecas poderem abrir das 08h00 às 20h00, em serviço de pastelaria, só pode ser uma brincadeira de mau gosto”.

Por sua vez, para a confederação, “as três novas modalidades de lay-off, não só vêm complicar ainda mais o que foi o lay-off simplificado, como parecem estar desenhadas para que só muito poucas empresas possam ter acesso, com inevitáveis reduções no poder de compra e acentuada quebra do mercado interno”.

A CPPME lamenta ainda a “demora” do Governo “em colocar em prática a medida compensatória para os sócios gerentes com carreira contributiva para a Segurança Social, aprovada no Orçamento Suplementar”, o que por sua vez considera ser “uma medida de justiça”, mas “reiteradamente adiada”.

Além disso, o Governo “teima em não criar um fundo de tesouraria para as Micro e Pequenas Empresas (ágil, rápido, eficaz e sem burocracias excessivas), com juros zero e período de carência alargado”, sublinha a confederação. “O reiterado anúncio de mil milhões de euros para as microempresas e pequenas, que a banca continua a gerir à sua maneira, não responde ao real problema” destas empresas, defende ainda a CPPME.

A confederação refere que, após uma concentração em 22 de julho com outras estruturas empresariais, junto à escadaria da Assembleia da República, em Lisboa, entregou um conjunto de propostas ao presidente da Assembleia da República, aos grupos parlamentares, ao primeiro-ministro e ao ministro da Economia que considera “justas” e que acredita que “mais tarde ou mais cedo” o Governo terá de lhes dar atenção.

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Agente de seguros condenado a 9 anos de prisão nos EUA

  • ECO Seguros
  • 3 Agosto 2020

Autorizado desde 1989 a distribuir seguros Vida e produtos de poupança, um ex-agente foi julgado por delito criminal. Além da sentença de prisão terá de restituir 990 mil dólares aos clientes.

Gregory Oliver, de 61 anos, agora ex-agente de seguros em Milford, no estado de Ohio (EUA), licenciou atividade e iniciou negócio no final da década de oitenta, à frente da sua empresa (Oliver Financial Services). Defraudou a confiança de clientes e roubou-lhes dinheiro. Foi descoberto, teve licença revogada e levado à justiça.

Uma investigação das autoridades provou que, entre 2011 e 2018, Gregory reteve, apropriou-se de forma intencional e desviou para a sua conta pessoal, 1,1 milhão de dólares de, pelo menos 17 clientes, na maioria pessoas com mais de 65 anos, conta a edição eletrónica do jornal Cincinnati Enquirer.

Em dezembro de 2019, trinta anos depois de montar escritório, consolidar relações com diversas seguradoras e gerir as aplicações financeiras de muitos clientes, Oliver teve as licenças de agente profissional de seguros e a da atividade de mediação revogadas pela autoridade local de seguros (Ohio Insurance Department).

Além de desviar dinheiro dos prémios dos seguros dos clientes, depositando-o numa conta bancária pessoal, também forjou documentos falsos que submeteu às seguradoras para se tornar o beneficiário designado das apólices e das anuidades que lhe eram confiadas pelos aforradores.

Acusado de fraude, abuso de confiança e coerção, Gregory foi julgado e considerado culpado de seis crimes, roubo e outros delitos criminais, segundo veredicto ouvido em tribunal do condado de Clermont. Sentenciado e encarcerado na penitenciária local, enfrenta agora pena de nove anos em prisão.

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Swiss Re reporta prejuízo de 1,1 mil milhões até junho prevenindo já fatura Covid-19

  • ECO Seguros
  • 3 Agosto 2020

As perdas anunciadas supõem 2,5 mil milhões de dólares que a companhia assume já como perdas finais em resultado da pandemia. A divisão P&C sinaliza, em julho, acréscimo de 6% em resseguros.

A Swiss Re, líder mundial no resseguro, confirmou os números preliminares adiantados uma semana antes, reportando prejuízo líquido de 1,13 mil milhões de dólares (cerca de 930 milhões de euros) no primeiro semestre de 2020, refletindo provisões e reservas associadas à pandemia (Covid-19) por um montante total de 2,5 mil milhões de dólares (cerca de 2,1 mil milhões de euros), em grande parte correspondendo a reservas por perdas reconhecidas, mas não reportadas (IBNR na sigla internacional).

Excluindo este montante que totaliza os custos que a instituição suíça espera suportar por conta da Covid-19, a companhia indica que o lucro líquido ascendeu a 865 milhões de dólares, a refletir o forte desempenho no conjunto da operação corrente do grupo. No entanto, mesmo expurgando o efeito da pandemia, o lucro alcançado foi inferior aos 935 milhões apurados na primeira metade de 2019.

A Swiss Re considera que o pior ficou para trás, não antecipa uma segunda vaga na crise sanitária e reconhece níveis de incerteza no horizonte, mas espera que as reservas e provisões inscritas nas contas do semestre de 2020 “cubram grande parte das perdas totais” relacionadas com a pandemia, afirma Christian Mumenthaler, CEO do grupo, citado no comunicado.

De acordo com os números consolidados, o grupo terminou o semestre com 19 329 milhões de dólares de prémios líquidos (incluindo comissões), um incremento superior a 6%. A área de propriedade e danos (P&C), divisão que mais receita gera na Swiss Re, registou 9,6 mil milhões de dólares em prémios, em progressão de 10% face aos 8,72 mil milhões um ano antes.

Mas, por causa da Covid (fecho de empresas e perdas de exploração, eventos cancelados, etc), P&C apresentou um resultado negativo de 519 milhões, enquanto o rácio combinado passou de 100,5%, em junho de 2019, para 115,8%. Este indicador de eficiência na indústria de seguros e resseguros é considerado negativo sempre que se situe acima dos 100%. De resto, a rentabilidade do negócio medida pelo RoE (retorno sobre capitais próprios) passou de 15,9%, em junho de 2019, para -12,8% no final do semestre agora reportado.

Dos 2,5 mil milhões em provisões e reservas destinados à fatura total da Covid-19, cerca de 1,5 mil milhões pertencem à divisão P&C, refere o comunicado. No entanto, ainda na área P&C, a resseguradora realça que o volume de renovação contratual cresceu 6% já em julho, beneficiando da dinâmica do mercado e de subida significativa de preços no resseguro de catástrofes naturais.

Nas restantes divisões, o negócio de gestão de ativos fechou o semestre com ganhos de carteiras (sobretudo em rendimento fixo) gerando rentabilidade de 3,2%, Life & Health (L&H Re) alcançou 74 milhões de lucro (excluindo impacto Covid, o lucro foi de 516 milhões), enquanto o negócio Coporate Solutions apontou prejuízo de 301 milhões de dólares. A unidade Life Capital, que será desagregada da estrutura legal de consolidação do grupo no final do ano, perdeu 217 milhões em grande parte a refletir a desvalorização bolsista da Phoenix.

Por fim, a companhia confirmou que, em 22 de julho, obteve as aprovações regulamentares para a conclusão da venda da filial bitânica ReAssure à Phoenix Holdings. Em resultado da operação, a Swiss Re (através da divisão Life Capital) passou a deter uma participação de 13,3% na Phoenix e encaixa 1,2 mil milhões de libras esterlinas destinadas a reforçar a posição de capital do grupo.

Incluindo o impacto desta transação e as perdas reportadas no balanço de janeiro a junho, a Swiss Re assume um rácio de solvência (SST- Swiss Solvency Test) em nível superior ao alvo de 220%.

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Partner Re reporta prejuízos semestrais e nomeia novo CEO

  • ECO Seguros
  • 3 Agosto 2020

Após semestre com perdas superiores a 200 milhões, a companhia já tem nova liderança executiva. Jacques Bonneau acumula 40 anos de experiência no setor e assume de imediato funções de CEO e presidente

O novo Chief Executive Officer (CEO) da Partner Re era, até julho, membro do Comité de Auditoria do grupo e presidente do Comité de Risco e Subscrição, e também membro do conselho de administração do grupo desde fevereiro de 2019.

Antes de chegar à Partner Re, Jacques Bonneau desempenhou funções na Chubb (1999-2017), de onde saiu quando exercia cargo de Chief Underwriting Officer, detalha a Partner Re em comunicado.

Nomeado chairman e presidente executivo do grupo, Bonneau sucede a Emmanuel Clarke, que cessa funções na Partner RE “por mútuo acordo”, para prosseguir outros desafios fora do grupo, abrevia o comunicado da companhia.

Sendo ainda controlada pela holding da família Agnelli, a resseguradora sediada em Pembroke (Bermudas) também reportou resultados financeiros.

De janeiro a junho, e embora com números positivos no segundo trimestre (em termos de lucro), a companhia contabilizou 204 milhões de dólares de prejuízo líquido no primeiro semestre, refletindo perdas de 211 milhões, por ganhos não realizados em investimentos devido à volatilidade nos mercados e variações cambiais, entre outros fatores.

Em relação com a pandemia (covid-19) incorreu em perdas adicionais de 338 milhões de dólares (antes de impostos), em grande parte contabilizadas como reservas (perdas já reconhecidas, mas não reportadas). Desse montante, 159 milhões (líquidos de retrocessão e revaliação de prémios) foram perdas na carteira P&C (propriedade e danos), ao que somam outros 164 milhões no segmento Vida e 15 milhões de dólares em Saúde.

De acordo com o comunicado, as perdas atribuem-se a coberturas de sinistros por interrupção de negócio, cancelamento de eventos, e exposição a eventos de crédito, vida e saúde.

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Prévoir entra nos seguros de saúde aliada à Victoria

  • ECO Seguros
  • 3 Agosto 2020

A seguradora francesa que explora em Portugal seguros vida, previdência, reforma e crédito habitação, entra na área da Saúde com quatro produtos em co-seguro com a Victoria.

A Prévoir acaba de a introduzir seguros de saúde no seu portfólio em resultado de “sentir uma forte procura por uma solução complementar ao Serviço Nacional de Saúde”. Luiz Ferraz, Mandatário Geral da Prévoir em Portugal, afirma que serão um novo player da área de saúde em Portugal, “estamos a fechar o círculo das preocupações familiares e a permitir responder aos consumidores com uma oferta distinta e abrangente”, afirma o líder da companhia.

Os seguros de saúde complementam as ofertas nos ramos vida, previdência, reforma e crédito habitação já comercializadas pela Prévoir em Portugal e é uma aposta concretizada em parceria de co-seguro com a Victoria Seguros, que desenvolve soluções de saúde em Portugal desde 1987. Para Paulo Silva, director de Desenvolvimento Comercial da Prévoir, “esta relação profissional entre as duas entidades assume-se como um sólido compromisso na criação e fortalecimento de soluções de saúde adaptadas às necessidades dos portugueses”, concluindo que “o conhecimento distinto entre as duas companhias vai beneficiar claramente os consumidores”.

As primeiras soluções propostas pela companhia são a Prévoir Saúde XS Dental, Prévoir Saúde XS Internamento, Prévoir Saúde XS Consultas e Prévoir Saúde Essencial e foram desenhadas, segundo a companhia, “a pensar nas maiores necessidades dos consumidores nesta área, tais como o acompanhamento em ambulatório e o internamento”. A companhia vai apresentar “soluções à medida da dimensão económica de cada família flexíveis e modulares e para toda a vida”, diz em comunicado.

A distribuição será realizada através da rede Prévoir com mais de 750 mediadores e 16 escritórios centrais, e o serviço terá o suporte de mais de 20 mil prestadores na área da Saúde, através do acesso à rede convencionada gerida pela Future HealthCare.

Pelo lado da Victoria, “esta parceria com a Prévoir, com a qual estamos fortemente comprometidos, incorpora igualmente a validação da Victoria como uma referência no setor da saúde e nos seguros de saúde, algo que muito nos orgulha.”, refere Francisco Campilho, Diretor Geral Adjunto da Victoria Seguros.

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Saraiva “desiludido” com TSU no novo lay-off. CIP vai confrontar o Governo

Afinal, as empresas que adiram ao "novo lay-off" vão ter de pagar a 100% as contribuições sociais relativas à remuneração devida pelas horas trabalhadas.

Afinal, as empresas que adiram ao apoio à retoma progressiva vão pagar a 100% as contribuições sociais relativas às remunerações devidas pelas horas trabalhadas, estando previsto um desconto apenas no que diz respeito à retribuição assegurada pelas horas não trabalhadas. Na proposta que tinha sido enviada aos parceiros sociais, estava determinado que a dispensa abrangeria a totalidade do ordenado pago aos trabalhadores. Em declarações ao ECO, o líder da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) diz-se “desiludido” e acrescenta: “Tenho de interrogar o Governo do porquê desta alteração”.

“Só posso reagir mal. Tenho de, em sede própria, interrogar o Governo do porquê desta alteração. Há sempre uma lógica para tomadas de posição. Tenho de me mostrar desiludido”, afirma António Saraiva, que se mostra, de resto, contra o novo apoio à retoma progressiva. O líder da CIP preferia ver prolongado o lay-off simplificado, uma vez que esse processo já “está amadurecido”, evitando-se assim um acréscimo de burocracia.

António Saraiva lembra, por outro lado, os problemas e atrasos na implementação do lay-off simplificado, que demorou “um tempo fatal” a chegar com eficácia ao terreno, diz. O patrão dos patrões adianta, também, que há empresas que continuam sem resposta aos pedidos de adesão a este regime, que foi lançado em meados de março.

Sobre o novo apoio à retoma progressiva — desenhado para suceder ao lay-off simplificado –, o líder da CIP garante que o Governo ainda não lhe indicou em que data estará disponível o formulário de acesso, apesar de a medida estar em vigor há alguns dias. E salienta que, “por vezes, o Governo parece ter alguma dose de irrealismo”, nomeadamente nas perspetivas de retoma económica que estão por detrás do desenho deste novo regime.

O lay-off simplificado foi lançado em março e permitia às empresas em crise suspender os contratos de trabalho ou reduzir os horários dos trabalhadores. A partir de agosto, esse regime ficará disponível apenas para os empregadores encerrados por imposição legal.

Os demais poderão aderir ao apoio à retoma progressiva, que permitirá reduzir os horários em função da quebra de faturação. Neste novo regime, a empresa paga a 100% o ordenado correspondente às horas trabalhadas e as contribuições sociais relativas a esse montante. No lay-off simplificado, os empregadores tinham isenção total dos descontos para a Segurança Social.

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Trump abre a porta à compra do TikTok pela Microsoft

O presidente dos EUA não mostrou oposição à venda do TikTok pela ByteDance à Microsoft. Empresa chinesa tem até 15 de setembro para se desfazer da aplicação.

O presidente dos EUA deu aprovação informal à compra do TikTok pela Microsoft. Numa declaração a partir da Casa Branca, Donald Trump não mostrou oposição ao potencial negócio, dizendo apenas que o TikTok terá de encerrar as operações nos EUA a 15 de setembro, a não ser que a empresa chinesa ByteDance decida, até lá, vender a aplicação à Microsoft ou a outra empresa, segundo o The New York Times (acesso pago).

O TikTok tem estado sob escrutínio nos EUA por ter já largos milhões de utilizadores no país. As autoridades temem que o facto de a empresa ter sede em Pequim a torna permeável aos interesses do Partido Comunista Chinês, tendo em conta a lei em vigor que permite às autoridades chinesas obrigarem empresas privadas a cederem informação sobre os seus utilizadores. Na sequência disto, Trump disse ainda que pretende que o Tesouro dos EUA receba uma boa parte do valor da venda, mas não especificou de que forma tal poderá acontecer.

Por causa disto, este ano, a dona do TikTok tem vindo a tentar distanciar-se da China. Inclusivamente, contratou para CEO um antigo alto responsável da Disney, Kevin Mayer. No entanto, tal não terá sido suficiente para apaziguar os receios da Casa Branca, com a imprensa norte-americana a revelar na sexta-feira que Trump se preparava para assinar uma ordem executiva a forçar a venda da subsidiária norte-americana do TikTok.

Logo na sexta-feira, a Microsoft surgiu como a potencial compradora da aplicação e tudo indica que continua na corrida. A aplicação TikTok permite criar e partilhar vídeos e a aplicação fez furor entre as camadas mais jovens por ter um potente algoritmo que faz curadoria dos conteúdos com base nos interesses dos utilizadores. A empresa ainda não gera receitas, por não ter publicidade, mas o interesse dos anunciantes na aplicação põe a descoberto a potencial alta rentabilidade da aplicação.

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