Morreu Robert Trump, irmão mais novo de Donald Trump

  • Lusa
  • 16 Agosto 2020

O irmão mais novo de Donald Trump, Robert Trump, morreu no sábado à noite, aos 71 anos, depois de ter sido hospitalizado em Nova Iorque, anunciou o Presidente dos Estados Unidos.

O irmão mais novo de Donald Trump, Robert Trump, morreu no sábado à noite, aos 71 anos, depois de ter sido hospitalizado em Nova Iorque, anunciou o Presidente dos Estados Unidos.

Na sexta-feira, Donald Trump visitou o irmão num hospital de Nova Iorque, depois de responsáveis da Casa Branca terem afirmado que o estado de Robert Trump era grave, sem ter sido adiantado a causa da doença.

“É com um coração pesado que partilho que o meu maravilhoso irmão, Robert, morreu pacificamente esta noite”, disse Donald Trump, numa declaração. “Não era apenas o meu irmão, era o meu melhor amigo. A sua ausência será profundamente sentida, mas voltaremos a estar juntos. A sua memória viverá para sempre no meu coração. Robert, amo-te. Descansa em paz”.

O mais novo dos cinco irmãos Trump era próximo do presidente norte-americano e, em junho, interpôs, sem êxito, uma ação em nome da família para impedir a publicação de um livro sobre Donald Trump escrito pela sobrinha, Mary. Em junho, Robert Trump passou vários dias numa unidade de cuidados intensivos.

O irmão “mais sossegado e mais fácil”

Empresários de longa data, Robert e Trump tinham personalidades muito diferentes. Donald Trump descreveu uma vez o seu irmão mais novo como “mais sossegado e mais fácil”.

Robert Trump começou a carreira em Wall Street, mas mais tarde juntou-se, como executivo, ao negócio da família para gerir a área imobiliária.

“Quando trabalhava na Organização Trump, era conhecido como o Trump simpático”, disse Gwenda Blair, uma biógrafa da família, à agência de notícias Associated Press (AP). “Robert era aquele que as pessoas chamavam quando surgia um problema”.

No livro The Art of the Deal, que publicou em 1987, o atual Presidente norte-americano escreveu sobre Robert: “penso que deve ser difícil ter-me como irmão, mas ele nunca disse nada sobre isso e somos muito próximos”. “Robert dá-se bem com quase todas as pessoas, o que é ótimo para mim, uma vez que por vezes tenho de ser o mau”, acrescentou Trump.

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Bruxelas recomenda quarentenas e testes em vez de fecho de fronteiras

  • Lusa
  • 16 Agosto 2020

A Comissão Europeia mostrou-se preocupada com restrições de viagem de vários Governos europeus e defendeu quarentenas e testes obrigatórios a viajantes, em vez de encerrarem-se fronteiras.

A Comissão Europeia mostrou-se preocupada com as novas restrições de viagem que vários governos europeus aplicaram e defendeu a aplicação de medidas como quarentenas e testes obrigatórios aos viajantes, em vez do encerramento de fronteiras.

Numa carta datada de 7 de agosto e a que a agência Efe teve agora acesso, a Comissão lembra aos embaixadores dos Estados membros que, “dadas as experiências do início da pandemia”, a coordenação nesta área “é fundamental” para garantir clareza e previsibilidade “para os cidadãos e as empresas.

“A situação é agora volátil, com alguns Estados-Membros a registarem números decrescentes e outros, infelizmente, a ver um aumento dos casos. Vimos que alguns Estados-Membros decidiram manter ou reintroduzir certas restrições aos movimentos transfronteiriços, por vezes de forma bastante descoordenado”, refere-se na carta.

Entre outras mudanças nos últimos dias, a Alemanha recomendou que não fossem feitas viagens para a Espanha (exceto as Ilhas Canárias) e a Holanda fez o mesmo com dez regiões europeias, incluindo Madrid, Paris e Bruxelas.

A Comissão insiste que o encerramento das fronteiras e as restrições às viagens causam “perturbações” que devem “ser evitadas tanto quanto possível”. “Embora tenhamos que garantir que a União Europeia esteja preparada para possíveis surtos de casos Covid-19, devemos ao mesmo tempo evitar uma segunda onda de ações descoordenadas”, insiste a carta, assinada pelos diretores-gerais de Justiça e Interior do executivo comunitário.

Na carta apela-se a que sejam “evitadas” restrições e controlos “ineficazes” e sublinha-se, em vez disso, a propor medidas “proporcionais, coordenadas e com objetivos”, que se baseiam em provas científicas. Assim, em vez de uma proibição total de viagens, Bruxelas é favorável à circulação, mesmo que o viajante seja posteriormente forçado a quarentena ou a fazer um teste de PCR (exame de diagnóstico).

“As restrições à liberdade de circulação só devem ser impostas em circunstâncias excecionais, quando for claro (…) que são necessárias face ao risco para a saúde pública”, afirma a Comissão, que também pede aos governos que entrem em diálogo antes de implementar este tipo de medida.

Quanto à base científica para justificar estas medidas, Bruxelas recomenda não só olhar para o número de novos casos nas últimas duas semanas por 100.000 habitantes, mas também ter em consideração as estratégias de teste aplicadas por cada país, incluindo o número de testes e a taxa de resultados positivos deles.

O executivo comunitário também pede que a distribuição regional dos casos seja levada em consideração e que, em qualquer caso, se continue a “permitir e facilitar” a mobilidade por motivos profissionais ou familiares e para os transportadores de mercadorias.

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Zero destaca melhoria da qualidade das águas nas praias portuguesas

  • Lusa
  • 16 Agosto 2020

A associação ambientalista ZERO aponta melhoria da qualidade da água das praias face a 2019, não obstante terem sido desaconselhados ou proibidos banhos em 25 estâncias balneares este ano.

A associação ambientalista Zero aponta uma melhoria da qualidade da água das praias face a 2019, não obstante de já terem sido desaconselhados ou proibidos banhos em 25 estâncias balneares este ano, refere aquele organismo em comunicado.

“Comparando as épocas balneares de 2020 e 2019, em ambos os casos, até 15 de agosto, as praias afetadas por desaconselhamento ou proibição desceram de 30 para 25, isto é, cerca de 2% relativamente ao total de zonas balneares (de 6,1% para 4,0%)”, refere a nota da Zero.

O desaconselhamento ou proibição de banhos, mesmo que durante um curto período de tempo, afetou 25 praias (das 620 existentes) menos 12 que em igual período do ano passado. Em 22 praias, tal deveu-se a análises que ultrapassaram os limites fixados tecnicamente a nível nacional relativamente aos dois parâmetros microbiológicos que são avaliados (Escherichia coli e Enterococus intestinais).

A associação indica ainda o aumento de 7 para 15 das águas balneares interditadas pelos delegados regionais de saúde, sendo que em 11 casos tal se deveu a problemas de qualidade da água.

Do total de 15 praias até agora interditadas – oito interiores e sete costeiras – as causas devem-se “provavelmente à má qualidade da água, apesar de não haver uma justificação na informação prestada pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), como foi o caso da presença de Salmonella na Praia de Pego Fundo, em Alcoutim”, lê-se no comunicado.

A exceção foram quatro casos em que as razões se prenderam com a presença de medusas nas praias de Carcavelos e São Pedro do Estoril, em Cascais, ou Magoito, em Sintra; ou com um arrojamento de uma baleia na Praia Formosa em Santa Cruz, Torres Vedras, acrescenta a Zero.

A associação identificou como pior situação de contaminação o caso do Ilhéu de Vila Franca do Campo, para cuja contaminação têm sido apresentadas várias possíveis explicações, como a presença de gaivotas, contaminação proveniente de ribeiras ou eventual funcionamento inadequado de um emissário submarino. A praia de Tábua, no concelho de Ribeira Brava, na Ilha da Madeira, é a segunda situação mais grave, com quatro análises acima dos valores.

A Zero refere ainda casos “como a Praia de Burgães – Rio Caima, interdita já por dois períodos, onde, apesar de não estarem publicadas análises que apresentem contaminação microbiológica, a presença de descargas próximas e a poluição da água era notória”.

A associação denunciou ainda que entre a fronteira com Espanha e o estuário em Lisboa, o rio Tejo não consegue ter qualidade da água suficiente para ter uma única zona balnear. Os ambientalistas consideram que estes dados merecem uma reflexão, sobretudo para prevenir a repetição dessa situação.

“Houve muitas praias interditas por parte dos delegados regionais de saúde no interior, locais mais suscetíveis a descargas ou falta de tratamento de águas residuais, que requerem medidas adequadas de controlo”, alerta a associação.

A Zero realçou ainda que “muitas das zonas balneares que sofreram um desaconselhamento ou interdição durante a presente época balnear têm classificação ‘Excelente’”, pelo que se poderá concluir tratar-se de “episódios esporádicos”, mas “que devem ter as suas causas devidamente averiguadas”.

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Candidaturas ao ensino superior 51% acima de 2019 na semana do arranque

  • ECO
  • 16 Agosto 2020

Foram apresentadas 40.983 candidaturas ao ensino superior na primeira semana do concurso, o que compara com as 27.712 registadas em período idêntico de 2019.

A primeira semana de candidaturas ao ensino superior registou um aumento de cerca de 51% face à semana de arranque do concurso no ano passado. Segundo dados noticiados pelo Público (acesso condicionado), na sexta-feira havia já 40.983 estudantes a concorrerem ao superior, contra 27.712 candidaturas registadas em idêntico período de 2019.

Os dados sinalizam uma maior procura pela educação no ensino superior e, segundo o presidente da Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior, são um indicador de que poderá haver “mais candidatos” este ano quando terminar o concurso, o que “mostra que as famílias reconhecem que o investimento em educação é fundamental”, disse João Guerreiro ao jornal.

Para este ano estão disponíveis 51.408 vagas, um aumento de 548 face a 2019 e o valor mais elevado desde 2013. Quanto às médias nos exames nacionais, também se observou uma subida a todas as disciplinas, com exceção de Geometria Descritiva A e Matemática Aplicada às Ciências Sociais.

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Pandemia puxou pelos eSports atraindo mais fãs em Portugal

  • Lusa
  • 16 Agosto 2020

A pandemia levou ao cancelamento da maioria dos desportos físicos, atraindo um novo público para os "desportos eletrónicos competitivos", ainda que se tema uma estagnação do investimento das marcas.

A pandemia de Covid-19 levou ao cancelamento, por vários meses, da maioria dos desportos, atraindo um novo público para o setor dos desportos eletrónicos competitivos (eSports), ainda que se tema uma estagnação no investimento.

Com os campeonatos dos desportos ditos tradicionais, do futebol à Fórmula 1, suspensos devido à evolução pandémica, foram muitas as organizações que recorreram aos videojogos para criar conteúdos e manter a ligação aos adeptos.

Da I Liga portuguesa ou a Liga inglesa de futebol, que colocaram “craques” da vida real aos comandos das suas equipas no FIFA, em torneios com transmissões televisiva, à Fórmula 1, com pilotos a conduzirem versões virtuais deles mesmos, ao ciclismo, em que a bicicleta de casa em Braga podia competir contra uma outra na Nova Zelândia ou Rússia, o período de confinamento acabou por chamar a atenção de um novo público para os videojogos.

O setor competitivo na Europa tem crescido cerca de 24% por ano desde 2016, segundo a consultora Deloitte, com receitas estimadas de 240 milhões de euros em 2018, prevendo-se que chegue a 670 milhões de euros em 2023, num mercado em que a Ásia gera mais rendimentos e mais público.

Em Portugal, vários profissionais da área ouvidos pela Lusa referiram a falta de eventos físicos como problemática, assim como os possíveis efeitos de retração nas marcas que investem e patrocinam equipas ou competições, além do fim de equipas e a suspensão de competições, como a Liga Portuguesa de Counter-Strike (LPCS), suspensa até novembro, com a equipa Nexus2 BaeconGG a suspender já a atividade, entre outros efeitos.

Francisco Cruz, conhecido no mundo do FIFA, em que foi campeão mundial em 2011, por “Quinzas”, atualmente a trabalhar como treinador no Sporting, explica que “o impacto foi positivo” graças ao aumento do engajamento com streams, ou seja, transmissões ao vivo de jogadores dos vários videojogos.

“Por outro lado, sinto que quando achávamos que o aumento dos números significaria um passo em frente no que diz respeito a orçamentos ou entrada de novas marcas, não se sentiu muito isso. Sente-se que as marcas estão com algum receio de investir no que quer que seja, por causa da indefinição económica que existe neste momento”, analisa o treinador natural da Trofa.

Acreditando que a situação pode ser um travão ao crescimento projetado do setor, “Quinzas” lembra ainda os servidores “muito fracos” da Electronic Arts, que desenvolve o FIFA, e que impedem um bom jogo online, sem falhas, dando mais peso à ausência de torneios presenciais.

Simão Oliveira, de 23 anos, é treinador adjunto na formação de League of Legends na equipa alemã BIG (Berlin International Gaming), uma das principais formações europeias de eSports, e conta à Lusa ter sido pessoalmente afetado pela pandemia.

Depois de uma curta experiência nos Estados Unidos, com a Dignitas Academy, já este ano, decidiu “não voltar, pela pandemia e outras razões”, chegando à BIG num ponto que está “a receber bastante abaixo” do que seria o seu ordenado “em circunstâncias normais”.

“A pandemia afetou bastante as organizações. (…) Todos os desportos eletrónicos ficaram a ganhar com a pandemia, porque as pessoas estavam fechadas e acabaram por dar espaço a outros conteúdos, que antes não dariam. Foi bom e foi mau”, considera o técnico natural de Vila Nova de Famalicão.

Apesar dos benefícios que o aumento das visualizações e de seguidores pode trazer para o mercado, “para alguns profissionais que não teriam ainda contratos fechados não foi tão bom”, ainda que neste mercado “não seja tão preocupante como noutras áreas de negócio”, porque se “consegue fazer tudo, pode ser feito online”.

Fortnite é um dos jogos que mais tem crescido em popularidade.Pixabay

Já Ricardo “fox” Pacheco, um dos grandes nomes dos eSports portugueses, ao serviço da espanhola Giants em Counter-Strike: Global Offensive, afirma à Lusa que a pandemia “não mudou quase nada” nas rotinas dos jogadores. Continuam “a treinar e a jogar em casa”, participando em torneios online em vez de presenciais, e “o impacto até ajudou a subir ainda mais a adesão” de novos públicos.

“As visualizações dos jogos todos bateram recordes, porque o pessoal estava fechado em casa. Nós não podemos queixar-nos, com esta tristeza da Covid-19. É uma tristeza para toda a gente, mas o nosso estilo de vida não mudou quase nada”, comenta. Ainda assim, vai sentir-se “um rombo brutal” na indústria ligada aos eventos e torneios presenciais, com vários momentos anunciados que acabaram por cair por terra.

O “veterano” de 33 anos, natural de Guimarães, não vê as marcas a afastarem-se do setor por muito tempo. Pelo contrário, “há marcas que vêm isto a subir e apostam mais”.

A fisioterapeuta Marta Casaca, que trabalha como apresentadora, entrevistadora ou gestora de análise em várias competições nacionais, de vários videojogos, confessa à Lusa que via 2020 como “um ano que prometia muito, de crescimento” e com “bons planos”.

“Devido à pandemia, muitos eventos não acontecem, outras competições têm de ser online, e pior, há patrocínios e estrutura em torno de contratos com grandes nomes e empresas. (…) As empresas não têm como se posicionar, ou tiveram de se reestruturar”, refere.

Esse investimento nos eventos presenciais, que acabam por trazer um rendimento a vários profissionais em regime freelance, da animação a gestão, produção e análise das competições e das atividades paralelas, acabou por não dar frutos, pelos cancelamentos, e agora Marta Casaca teme “que isso tenha um impacto maior”.

“Os eventos dão trabalho a muita gente e geram muito dinheiro. Foi um grande abalo este ano, vai ter repercussões negativas em 2020, mas possivelmente também em 2021”, lamenta.

Se alguns “se conseguiram adaptar ao formato online”, mantendo as competições a decorrer e encontrar estratégias para dar visibilidade aos patrocinadores, esse caminho terá de continuar, ver “o que se aprendeu com a transição e criar ideias e conteúdos novos para envolver as marcas e tentar continuar a crescer”.

Os efeitos “já se notam, com equipas que estão a terminar” e um “impacto no ecossistema” que vai “não só para o staff mas às próprias equipas e jogadores”.

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Governo admite prolongar moratória dos seguros

  • ECO
  • 16 Agosto 2020

Os portugueses falharam o pagamento de 3,3 milhões de seguros obrigatórios entre 13 de maio e o 30 de junho, segundo a ASF. Perante estes números, o Governo admite prolongar o regime de moratória.

Os portugueses falharam o pagamento de pelo menos 3,3 milhões de seguros obrigatórios entre 13 de maio e 30 de junho, ao abrigo da chamada moratória dos seguros. No mesmo período, as seguradoras chegaram a acordos com clientes para aplicar um regime de pagamento mais favorável em 1,3 milhões de contratos. Perante estes dados, o Governo admite ajustar o regime excecional e temporário relativo aos contratos de seguro.

Ambos os fatores estão a pressionar o setor segurador, noticia este domingo o Público (acesso condicionado) com base nos dados da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), mas mostram também as dificuldades financeiras de muitas famílias. Em causa estão seguros como o do automóvel ou proteção contra incêndios.

De acordo com o jornal, estes números poderão obrigar a ajustamentos na moratória dos seguros, nomeadamente uma extensão. Nos termos atuais, a moratória dos seguros está em vigor até 30 de setembro e, ao Público, também o Ministério das Finanças admite essa hipótese: “A experiência decorrente da aplicação do diploma levará, naturalmente, a que sejam ponderados eventuais ajustamentos ao mesmo”, disse fonte oficial.

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Ordem dos Médicos considera “estranho” que ministra não tenha lido relatório

  • ECO
  • 16 Agosto 2020

O bastonário da Ordem dos Médicos disse ser "estranho" que a ministra Ana Mendes Godinho não tenha lido o relatório sobre o surto num lar em Reguengos: "Competia-lhe ler o documento."

O bastonário da Ordem dos Médicos diz ser “estranho” que Ana Mendes Godinho, ministra com a pasta da Segurança Social, não tenha lido o relatório que a ordem elaborou acerca do surto de Covid-19 num lar em Reguengos de Monsaraz.

“É no mínimo estranho e de uma enorme insensibilidade a ministra não ter perdido 15 ou 20 minutos para ler a auditoria que a Ordem dos Médicos fez. Competia-lhe ler o documento”, comentou Miguel Guimarães, em declarações à TSF.

Em causa está a entrevista de Ana Mendes Godinho ao Expresso, na qual a ministra admite não ter lido o relatório sobre o caso, tendo, no entanto, pedido “que o analisassem”. A ministra disse ainda que “a dimensão dos surtos nos lares não é demasiado grande”, mas acabou por emitir um esclarecimento mais tarde, assegurando ter sido “descontextualizada de forma grave” nessas declarações, recusando que tenha desvalorizado o problema.

No entanto, a entrevista gerou polémica devido ao relatório que a ministra disse não ter lido. Para o bastonário da Ordem dos Médicos, a leitura do documento era importante para “perceber algumas coisas que estiveram menos bem e atuar em conformidade”.

Na manhã deste sábado, Marcelo Rebelo de Sousa também reagiu à entrevista. O Presidente da República afirmou ter lido o relatório e apontou que, sobre o referido surto em Reguengos, há, na verdade, quatro documentos. “Li vários relatórios. É preciso ver que é preciso lê-los todos”, disse.

Também em reação à entrevista, o PSD avisou que vai chamar Ana Mendes Godinho e a ministra da Saúde, Marta Temido, ao Parlamento, com “caráter de urgência”. Já o presidente do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, pediu a sua demissão.

Perante as declarações políticas que surgiram, o ECO contactou o gabinete da ministra Ana Mendes Godinho este sábado, no sentido de obter uma reação. Fonte oficial remeteu para o esclarecimento entretanto emitido. A nota, no entanto, não aborda a temática concreta do relatório da Ordem dos Médicos.

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Avião da Easyjet esteve a 1,3 segundos de ter acidente em Lisboa

  • Lusa
  • 16 Agosto 2020

Um avião da Easyjet que partiu de Lisboa com destino a Manchester esteve a um segundo de ter um acidente, tendo passado a pouco mais de dez metros da vedação do aeroporto, em setembro do ano passado.

Um avião da companhia Easyjet, com 167 pessoas a bordo, esteve a 1,3 segundos de ter um acidente no aeroporto de Lisboa, em setembro do ano passado, segundo um relatório da agência britânica de investigação de acidentes aéreos.

De acordo com o relatório da AAIB (sigla em inglês), disponível online, “o Airbus A320 [ao serviço da Easyjet, com destino a Manchester, no Reino Unido] descolou do aeroporto de Lisboa [em 16 de setembro] com apenas 110 metros de asfalto disponíveis, por os elementos da tripulação terem feito cálculos errados para a pista que usaram”.

À velocidade a que o avião seguia, faltavam “aproximadamente 1,3 segundos até chegar ao final da pista”. “Isso poderia ter causado danos significativos à aeronave e aos seus ocupantes”, lê-se no relatório. Quando descolou, o A320 acabou por passar “apenas 10,6 metros” acima da vedação do aeroporto.

Segundo a AAIB, na preparação do voo os pilotos fizeram cálculos para a pista 21 do aeroporto de Lisboa, mas usaram, por engano, o comprimento total da mesma. Em vez disso, salienta a AAIB, os pilotos deveriam ter usado as medidas a partir da interseção através da qual acederam à pista.

A AAIB refere que os pilotos “foram várias vezes interrompidos durante a preparação do voo”, o que terá contribuído para o erro de cálculo. No relatório lê-se ainda que “a operadora teve dois incidentes do mesmo género em Lisboa, que aconteceram com 14 dias de intervalo no início de 2019”.

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Nova moda da pandemia é (tentar) fazer pão em casa

Se tentou fazer pão em casa na pandemia, não foi ideia original. Com o confinamento, muitos portugueses compraram farinha e fermento e puseram mãos à obra. E as vendas de máquinas de pão dispararam.

O confinamento levou muita gente a tentar fazer pão em casa. E a tendência também se verifica em Portugal.Pixabay

Juntar a farinha e um pouco de fermento. Acrescentar uma pitada de sal e alguma água. Amassar, amassar, amassar. Sem um forno a lenha em casa, fazer pão caseiro é, para muita gente, uma tradição distante, do tempo dos pais ou avós. E mesmo para quem possa ter um, por vezes, falta a arte e o engenho, porque confecionar pão não é tarefa fácil. Tudo isto era verdade… até que veio a pandemia.

Com o estado de emergência declarado em março, milhões de portugueses ficaram em casa. Uns a trabalhar, outros em lay-off ou mesmo sem emprego. Os hábitos de consumo alteraram-se subitamente. Houve corridas aos supermercados em busca de alguns produtos inesperados, como o papel higiénico e as conservas alimentares. Mas essas foram as tendências visíveis, porque outras só vieram a manifestar-se mais tarde.

Foi o caso do pão caseiro, uma “moda” que ganhou expressão nas redes sociais durante o confinamento e que conquistou o mundo. Não fossem os portugueses apreciadores de pão, essa moda também chegou, naturalmente, a Portugal. Registaram-se aumentos na procura por produtos como farinhas e fermentos, mas também por máquinas de pão, chamadas de panificadoras automáticas. Um pequeno luxo para muitos, ou quiçá uma heresia para os mais puristas da tradição nacional.

“Tivemos muita gente a comprar fermento e até farinha”, revela Luís Gonçalves ao ECO, vice-presidente da Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares (ACIP). “Logo naquela fase inicial, do estado de emergência, passados uns dias, começou a surgir muita gente a pedir fermento de padeiro para fazer pão em casa e a perguntar até as receitas. Estavam a experimentar”, recorda o profissional.

Como muito do que se passou desde o início da pandemia, dificilmente se explica com exatidão a tendência. Para Luís Gonçalves, terá surgido “um movimento na internet”. “Alguém famoso apareceu a fazer pão em casa e parece que começou a espalhar-se”, aposta.

Logo naquela fase inicial, do estado de emergência, passados uns dias, começou a surgir muita gente a pedir fermento de padeiro para fazer pão em casa e a perguntar até as receitas.

Luís Gonçalves

Vice-presidente da ACIP

Efetivamente, no Facebook, é fácil encontrar grupos dedicados a “pessoas que gostam de fazer pão em casa”, não necessariamente portugueses, mas em língua portuguesa. Um deles soma mais de 146 mil pessoas. Outro fica-se pelos 35 mil e o elevado número de interações terá levado os administradores a anunciarem: “Não estamos a aprovar publicações de pães sem receitas.” É que, a cada post, as dúvidas surgem: “Posso usar fermento fresco?”, “Alguém sabe dizer-me como deixar o pão dourado?” ou “Quantos gramas mais ou menos de farinha branca?”

O fenómeno suscitou a curiosidade de Luís Gonçalves. “Pelo que perguntei, a pessoas conhecidas com quem estava à vontade para perguntar, disseram que viram na internet. Também tinham muito tempo livre em casa, algumas com empresas fechadas que quiseram aprender outra coisa. E também por causa dos miúdos, pessoal com filhos.”

Outro fator poderá ter sido o receio da crise sanitária, que pode ter levado algumas pessoas a optarem por fazer o seu próprio pão em vez de pão feito por desconhecidos. Mas não terá sido o fator principal: “Do que falei com as pessoas, não. Pode também ser, mas vinham cá comprar. Pão é manuseado, o fermento é embalado, mas penso que não será por aí. Ou, se calhar, para não terem de sair tantas vezes de casa”, vai elencando.

Vendas de máquinas mais do que duplicaram

Um dos maiores desafios de se fazer pão em casa é a cozedura. Não é fácil de a fazer num forno residencial, e mesmo fazendo, dificilmente se obtém um pão com aquela crosta habitual. “Vai depender muito da pessoa. Se calhar, o maior entrave vai ser o forno mesmo, e a parte da levedação. Há maneiras artesanais: com uma bacia [tapada] com um pano em ambiente húmido e quente é possível. Depois o forno é que pode fazer grande diferença. Tem de ter algum vapor. Em casa não pode ganhar aquela corzinha”, explica Luís Gonçalves.

Assim, a outra hipótese são as máquinas de pão, geralmente compostas por uma cuba antiaderente com duas pás, disposta sobre uma resistência. O aparelho faz sozinho todo o processo de amassar, levedar e cozer e, no fim, ao retirar o pão da cuba, basta remover as pequenas pás que ficam no interior do pão. Sem surpresa, as vendas destes pequenos domésticos dispararam durante a pandemia.

“De facto, temos notado um aumento bastante significativo na procura de máquinas de fazer pão, nas lojas Worten, curiosamente desde a altura do confinamento, quando foi decretado o estado de emergência nacional, em virtude da Covid-19”, reconhece fonte oficial da Worten Portugal. “Sem poderem sair de casa, muitos portugueses decidiram dedicar mais tempo à cozinha, sendo a confeção de pão caseiro uma tendência que se foi cimentando no seio das famílias e que, de resto, tem permanecido pós-confinamento”, acrescenta.

No caso da Worten, entre 15 de março e 10 de agosto, “as vendas desse tipo de produtos mais do que duplicaram, em valor, em comparação com o período homólogo de 2019. Estamos a falar, concretamente, de um crescimento na ordem dos 140%”, detalha a mesma fonte.

Também a Fnac Portugal observou um aumento da procura por panificadoras automáticas. “É possível dizer que, em relação a estes equipamentos, que dispõem apenas da funcionalidade de fazer pão, o volume de vendas ficou acima do espectável para o primeiro semestre de 2020. Se alargarmos esta análise a robôs de cozinha com esta mesma funcionalidade, comparando o período de março a junho de 2020 com o ano anterior, as vendas cresceram 70%”, admite fonte oficial da marca. Salienta, no entanto, que não é possível fazer uma comparação direta com o ano passado em termos de máquinas de pão, porque, “durante o mesmo período a que nos estamos a referir, a venda de máquinas de pão foi muito residual, pelo que se torna difícil fazer um comparativo em relação a este ano”.

Já depois da publicação deste artigo, o Lidl confirmou ao ECO que “a evolução da procura de artigos relacionados com o fabrico de pão em casa” registou “um aumento exponencial no início do período da pandemia” nas lojas da marca. A mesma fonte confirma ainda um “aumento significativo” da procura em loja por farinhas, que se estendeu até abril, “com especial ênfase nas duas primeiras semanas de isolamento profilático”. “Neste momento, as vendas mantêm-se em linha com o expectável”, explica fonte oficial da cadeia de retalho.

“Adicionalmente, em março, disponibilizámos em loja, a nossa Máquina de Pão Silvercrest, que teve uma boa aceitação por parte dos clientes. Trata-se de um artigo que permite às famílias fazerem o seu próprio pão, sem terem necessidade de sair de casa tantas vezes para o comprar, ao mesmo tempo que ajuda a criar novas dinâmicas em família”, conclui fonte oficial do Lidl Portugal.

Ameaça ao setor? Nem por isso

Com os portugueses a optarem por fazer pão em casa, estará o futuro do setor sob ameaça? Para Luís Gonçalves, não há motivos para acreditar que assim seja. “Olhando aqui para a venda do pão, não notámos grande diferença”, assegura. A moda será, por isso, uma tendência passageira: “Penso que tiveram curiosidade para experimentar, mas depois vieram comprar, porque o pão nem é caro”, assegura. A diferença é grande face à área da pastelaria, em que a quebra nas vendas provocada pela pandemia “foi brutal”. “Pastelaria caiu muito e cafetaria também. Agora, o pão manteve-se”, diz o profissional.

De facto, os preços relativamente acessíveis do pão de fabrico profissional poderão ditar que esta nova tendência da pandemia não venha a passar disso mesmo. A somar aos custos dos ingredientes, quem quer fazer pão em casa deve contabilizar ainda um gasto com eletricidade ou gás (dependendo do tipo de forno), mais o tempo que tem de investir em amassar, levedar, moldar e cozer o pão.

Mas se a experiência resultar num delicioso pão caseiro, toda a despesa extra pode valer a pena. Ainda mais nos casos de quem pretende passar algum tempo em conjunto, a aprender ou a partilhar aventuras. Se for o seu caso, há inúmeras receitas por toda a internet, incluindo de tipos de pão que não precisam de ser amassados. Basta procurar o nome do pão que deseja, desde o normal ao saloio, pão de amêndoa, de coco ou qualquer outro. Incluindo até massa para pizas.

(Notícia atualizada a 17 de agosto, às 14h28, com mais informações)

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Ministra Ana Mendes Godinho diz ter sido “descontextualizada de forma grave”

O gabinete do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social emitiu um esclarecimento onde garante que a ministra Ana Mendes Godinho foi "descontextualizada de forma grave".

O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social emitiu um esclarecimento onde garante que a ministra Ana Mendes Godinho foi “descontextualizada de forma grave”. Em causa está a entrevista ao Expresso publicada este sábado, na qual Mendes Godinho afirma que “a dimensão dos surtos nos lares não é demasiado grande”, e que levou o líder do CDS a pedir a sua demissão.

“A frase escolhida para título foi descontextualizada de forma grave. À pergunta ‘O pior ainda não passou no caso dos lares?’ a resposta dada foi a seguinte: ‘Tivemos 365 surtos [em abril] e temos 69 agora! Claramente, temos menos incidência. Temos 3% do total dos lares e temos 0,5% das pessoas internadas em lares que estão afetadas pela doença! A dimensão não é demasiado grande em termos de proporção. Mas, claro, que isto não significa que não devamos estar preocupados e mobilizados para reforçar a guarda'”, aponta o gabinete da ministra.

Assim, “retirar uma parte essencial da frase, descontextualizando-a, e dando assim a entender que o Governo não considera graves os números de mortes em lares em Portugal, é um ato grave e que, como tal, deve ser desmentido”, acrescenta.

A entrevista em causa, manchete da última edição do semanário, não causou polémica apenas pelo título. Na entrevista, a ministra admite não ter lido o relatório da Ordem dos Médicos sobre o surto de Covid-19 num lar de Reguengos de Monsaraz, tendo pedido “que o analisassem”. No rescaldo das declarações de Ana Mendes Godinho, Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, disse serem quatro os relatórios e garantiu tê-los lido. O chefe de Estado disse ainda: “É preciso ver que é preciso lê-los todos.”

O esclarecimento do Ministério não aborda esta questão. Ainda assim, a ocasião é aproveitada para elencar o que tem sido feito no âmbito desta matéria.

“O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social tem estado, desde o início da pandemia, a acompanhar a situação nos lares, e tem desenvolvido mecanismos que, por um lado, permitam antecipar surtos e dotar estas instituições dos meios necessários e, por outro, no acompanhamento de todos os surtos e na resolução de problemas concretos na sequência do surgimento destes”, aponta. E sublinha: “Este trabalho insere-se numa política ativa que assenta numa estratégia de atuação com várias dimensões, cujas medidas adotadas ascendem já a 200 milhões de euros.”

Este sábado, o líder do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, reagiu à entrevista pedindo a demissão da ministra Ana Mendes Godinho. O PSD emitiu um comunicado, indicando que, na segunda-feira, entregará no Parlamento um requerimento para uma audição a Mendes Godinho e também a Marta Temido, ministra da Saúde, com “caráter de urgência”.

Leia o esclarecimento do Ministério na íntegra:

A propósito do título da entrevista da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social ao jornal Expresso deste sábado, cumpre informar o seguinte:

A frase escolhida para título foi descontextualizada de forma grave. À pergunta “O pior ainda não passou no caso dos lares?” a resposta dada foi a seguinte: “Tivemos 365 surtos [em abril] e temos 69 agora! Claramente, temos menos incidência. Temos 3% do total dos lares e temos 0,5% das pessoas internadas em lares que estão afetadas pela doença! A dimensão não é demasiado grande em termos de proporção. Mas, claro, que isto não significa que não devamos estar preocupados e mobilizados para reforçar a guarda.”

Retirar uma parte essencial da frase, descontextualizando-a, e dando assim a entender que o Governo não considera graves os números de mortes em lares em Portugal, é um ato grave e que, como tal, deve ser desmentido.

O Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social tem estado, desde o início da pandemia, a acompanhar a situação nos lares, e tem desenvolvido mecanismos que, por um lado, permitam antecipar surtos e dotar estas instituições dos meios necessários e, por outro, no acompanhamento de todos os surtos e na resolução de problemas concretos na sequência do surgimento destes.

Este trabalho insere-se numa política ativa que assenta numa estratégia de atuação com várias dimensões, cujas medidas adotadas ascendem já a 200 milhões de euros.

As dimensões em causa são as seguintes: apoio à reorganização das estruturas residenciais (através de visitas conjuntas da Segurança Social, Autoridades de Saúde e Proteção Civil e disponibilização de unidades de retaguarda); disponibilização de recursos humanos e sua capacitação (através da criação do programa MAREES, com o IEFP, para apoio à contratação de RH, que já aprovou a colocação de praticamente 6 mil pessoas em respostas sociais, na sua maioria em lares). Neste âmbito foram ainda criados materiais para formação online dos RH dos lares; e foram criados percursos formativos de curta duração para capacitação de desempregados para a área social, em articulação com o IEFP.

Outro das dimensões da estratégia é a disponibilização de material que permita a contenção da propagação do vírus, nomeadamente equipamentos de proteção individual (EPI), tendo já sido distribuídos mais de 1,3 milhões de EPI. Foram ainda lançados vários mecanismos financeiros de apoio para a aquisição de equipamentos de higienização: Programa Adaptar Social +; protocolos com os parceiros do setor social; isenção de IVA na aquisição de bens necessários para o combate à Covid-19.

Finalmente, foi colocado em prática um plano de testes preventivos de despistagem de SARS-CoV-2 a todos os funcionários dos lares e estruturas residenciais em todo o país, em parceria com mais de 20 Instituições do Ensino Superior e Centros de Investigação.

Esta estratégia tem permitido registar em Portugal níveis de incidência de Covid-19 nos lares de idosos abaixo do registado em outros países.

Para antecipar o próximo outono, o MTSSS manterá a sua atuação nestas dimensões acrescentando a criação de uma linha telefónica 100% dedicada a lares e a vacinação de todos os utentes e funcionários contra a gripe sazonal.

(Notícia atualizada pela última vez às 20h06)

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Comer e dormir em Portugal. Os melhores locais recomendados pelos “tripadvisors”

Sabe quais são os melhores hotéis e restaurantes em Portugal? Os viajantes do Tripadvisor dizem-lhe. Há opções em Lisboa e também espalhadas por todo o país.

Há um hotel português entre os melhores do mundo, e um restaurante com estrela Michelin entre os melhores de Portugal. Quem o diz são os utilizadores da plataforma Tripadvisor, que através das suas avaliações levam Portugal a um lugar de destaque nos principais destinos de viagem escolhidos pelos turistas.

Este ano, os holofotes voltam-se novamente para terras lusas, pelos prémios conseguidos nas várias categorias do “Travellers Choice Awards 2020”. A escolha dos vencedores tem em conta as avaliações dos “tripadvisors” do ano passado, antes da pandemia que fez parar o mundo e o setor do turismo.

Entre os principais vencedores está o hotel Quinta Jardins do Lago premiado como um dos melhores do mundo. Situado no Funchal, este hotel ocupa o primeiro lugar no pódio de melhores hotéis em Portugal.

Já está a pensar em férias ou numa escapadinha de fim de semana? Cá dentro, estes são os dez hotéis preferidos dos utilizadores do Tripadvisor.

Há gastronomia portuguesa e muito marisco

“Suberbo”, “fantástico” e “incrível” são alguns dos comentários que os utilizadores da plataforma deixam nos restaurantes por onde passam. A gastronomia portuguesa, conhecida por causar boa impressão entre os turistas, é obrigatória na carta de qualquer um dos restaurantes nomeados na lista dos melhores do país.

Entre os dez restaurantes portugueses escolhidos pelo Tripadvisor surge o “100 Maneiras”, o espaço do chefe Ljubomir Stanisic, que também fechou durante a pandemia. Já “Belcanto”, o restaurante galardoado com duas estrelas Michelin de José Avillez, está também a fechar a lista. Há espaços com história, reabilitados de antigas padarias ou até armazéns de sal. As opções estendem-se desde o Porto até às ilhas, passando por Ovar, Fátima ou Leiria. Em todos eles, a promessa é uma experiência de qualidade. Veja a lista:

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Dos hotéis às cidades, o que os “tripadvisors” escolhem para 2020

Da Ásia às Américas, passando por Portugal, os viajantes do Tripadvisor escolhem os melhores destinos, experiências, hotéis e restaurantes. Quando a pandemia passar, pode sempre partir à descoberta.

O Tripadvisor anunciou os vencedores dos “Travellers Choice Awards 2020”, prémios que destacam os melhores destinos, hotéis, experiências e restaurantes de todo o mundo. As distinções têm por base as avaliações, críticas e opiniões de milhões de viajantes registadas na famosa plataforma online de viagens ao longo de 2019.

Divulgadas anualmente nos últimos 17 anos, as listas das melhores escolhas para 2020 surgem num ano atípico em que a pandemia afetou a indústria do turismo em todo o mundo, obrigando ao encerramento em larga escala de hotéis, restaurantes, monumentos, atrações turísticas, aeroportos e rotas aéreas.

Portugal entre os melhores dos melhores

O Hotel Quinta Jardins do Lago no Funchal ocupa o 4º lugar na lista dos 25 hotéis com melhor avaliação em todo o mundo. “Raramente escrevi um comentário na minha vida, mas abro uma exceção para este hotel verdadeiramente excecional e inesquecível”, escreve um utilizador inglês num dos últimos comentários sobre a unidade hoteleira na página do Tripadvisor. Até ao final de outubro, uma noite neste hotel pode variar entre os 107 e os 220 euros por pessoa.

Lisboa e Porto, cidades habituadas a distinções dos turistas nos últimos anos, também merecem destaque nas escolhas dos críticos da plataforma de viagens. A cidade do Porto ocupa o 3º lugar na lista de destinos mais “na moda” para este ano, enquanto Lisboa é o 22º destino mais popular do mundo. “Hotspots” a não perder segundo o Tripadvidor? O Museu do Azulejo, a Igreja de São Domingos e… o Cemitério dos Prazeres.

Mais a sul, a vila algarvia de Alvor surge como um dos destinos emergentes de 2020. Na página do Tripadvisor pode ler-se que “a vila de pescadores na costa sul de Portugal se tornou um destino popular” e desafia mesmo os viajantes a passar um dia na praia principal de Alvor ou encontrar uma das pequenas enseadas isoladas ao longo da costa antes de um jantar de marisco na vila algarvia.

AlvorTripadvisor

Na lista das 25 melhores experiências, as escolhas dos viajantes destacam um passeio a pé pelas ruas de Lisboa com início no Rossio e passagem pelos Restauradores, Chiado, Rua Augusta e Alfama. Pelo meio, uma paragem na Sé de Lisboa e uma pausa para um pastel de nata. O percurso termina na Praça do Comércio. Se quiser ser um turista em Lisboa pode marcar aqui a partir de 22 euros.

No norte do país, os turistas ficaram rendidos à zona vinícola do Douro. Um passeio nesta zona distinguida pela UNESCO garante uma experiência gastronómica no seu melhor, com escolhas de produtos da região e degustação de vinhos produzidos nas quintas das margens do Douro. Toda a experiência ganha ainda mais destaque com um upgrade num cruzeiro no tradicional barco Rabelo. Esta tour pode ser marcada aqui, com preços a começar nos 80 euros.

Sugestões para 2020…ou para quando a pandemia deixar

Dos três melhores hotéis destacados pelos utilizadores do Tripadvisor, dois ficam no sudeste asiático. Em Siem Reap, no Camboja, o Viroth’s Hotel ocupa o 1º lugar da lista, seguido do Hanoi La Siesta Hotel & Spa, em Hanói, no Vietname. Em 3º lugar, na Costa Rica, o Tulemar Bungalows & Villas oferece vistas soberbas sobre a paisagem.

Se uma viagem à Índia estiver nos seus planos, não deixe de passar por Kochi. Esta cidade portuária no sudoeste da Índia ocupa o 1º lugar da lista de destinos mais “trendy” para 2020. O Tripadvisor diz maravilhas do pôr-do-sol naquela zona e desafia os viajantes a provar o peixe fresco vendido pelos pescadores locais. Um passeio de barco pelas ilhas mais próximas e um espetáculo de dança tradicional Kathakali são experiências a não perder.

E praia? Estes são os três destinos mais elogiados pelos viajantes: a Baía do Sancho em Fernando de Noronha, no Brasil, a praia de Grace Bay no arquipélago de Turks e Caicos e a Playa Paraíso em Cuba. Apesar de reconhecidas internacionalmente, não há praias portuguesas na lista das 25 melhores escolhas para o Tripadvisor.

O mesmo acontece com os restaurantes. Ainda assim, se a pandemia permitir e der um salto a França pode deixar levar-se por uma verdadeira experiência gastronómica no Auberge Du Vieux Puits (três estrelas Michelin) ou no La Ville Blanche (uma estrela Michelin). Noutras coordenadas geográficas mais distantes, o restaurante Chila, em Buenos Aires, é altamente recomendado pelos críticos do Tripadvisor. Nota importante: uma refeição num destes restaurantes facilmente ultrapassa os 100 euros por pessoa.

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