26 anos depois, Governo vai atualizar relatório Porter
O Governo quer fazer uma nova versão do relatório do economista Michael Porter, o qual foi encomendado em 1994 pelo então Executivo de Cavaco Silva.
Em 1994, o economista da Havard Business School, Michael Porter, apresentou um relatório sobre o que deveria ser feito para melhorar a economia portuguesa, após a encomenda feita pelo então ministro da Indústria, Mira Amaral, do Governo PSD de Cavaco Silva. 26 anos depois, o agora Executivo PS, de António Costa, quer atualizar esse estudo, com um foco especial nas baterias.
“Realizaremos ainda um estudo de atualização do Relatório Porter, elaborado há 25 anos“, lê-se nas Grandes Opções do Plano, a que o ECO teve acesso, um documento aprovado na semana passada em Conselho de Ministros e entregue aos parceiros sociais. Esta novidade está no capítulo sobre a “Promoção da Sociedade do Conhecimento”, inserido na agenda estratégica relativa à “inovação, digitalização e qualificações como motores do desenvolvimento”, um dos pilares do Executivo para os próximos anos.
E para que servirá esta atualização? O objetivo é identificar as “potencialidades da economia portuguesa e definir políticas públicas que permitam melhorar o perfil de especialização e a estrutura do nosso tecido industrial“. Mas há um foco: o Governo está especialmente interessado nos “domínios e setores emergentes, como, por exemplo, nas baterias“.
Falta saber quem fará esta atualização, nomeadamente se o autor original do relatório estará de alguma forma envolvido.
Em 1994, o relatório Porter defendeu uma aposta nos setores tradicionais da economia portuguesa, como o calçado, têxtil, vestuário e confeções, vinhos, turismo e mobiliário. O relatório definia ainda cinco áreas que precisavam de intervenção: a educação, financiamento, gestão florestal, capacidade de gestão, ciência e tecnologia. Uma das ideias do economista era a da criação de clusters e a da necessidade de associativismo entre as empresas e as universidades.
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