Governo tem 1,3 milhões para avaliar vulnerabilidade do país às alterações climáticas

  • ECO
  • 7 Setembro 2020

O Governo vai lançar o projeto RNA 2100 que vai avaliar o impacto, a vulnerabilidade e o risco das alterações climáticas no território nacional.

O Governo vai lançar um projeto de 1,3 milhões de euros que vai avaliar a vulnerabilidade do país às alterações climáticas. O objetivo é apoiar e dar resposta a exercícios de política pública de adaptação às alterações climáticas nos vários níveis de intervenção territorial.

Chama-se “Roteiro Nacional para a Adaptação 2100 – Avaliação da vulnerabilidade do território Português às alterações climáticas no século XXI” (RNA 2100) e vai ser assinado esta segunda-feira pelo Ministério do Ambiente e da Ação Climática. O projeto tem um financiamento total de 1,3 milhões de euros, sendo que 400.000 euros foram atribuídos pelo mecanismo financeiro EEA Grants e 900 mil pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

O RNA 2100 vai, através de um “conjunto de projeções e estimativa de custos de adaptação às alterações climáticas para os setores económicos em 2100”, avaliar o impacto, a vulnerabilidade e o risco das alterações climáticas no território nacional. “Os resultados alcançados estabelecerão diretrizes para os contextos micro e macroeconómico”, diz o ministério de Matos Fernandes, em comunicado.

Envolvidas neste projeto estão várias entidades como a APA, enquanto promotora, o Banco de Portugal, a Direção Geral do Tesouro (DGT), a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e a Direção Norueguesa de Proteção Civil.

Nota: Notícia corrigida às 20h41 após nota enviada pelo Ministério onde corrige os valores avançado ao início da manhã.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Já estão definidas as regras para o Banco de Fomento. Arranca em novembro

O Banco de Fomento já recebeu "luz verde" para avançar. Agora são conhecidas as regras que vão permitir que comece a funcionar em novembro.

Depois de aprovado o diploma da sua criação, o Banco Português de Fomento (BPF) conhece agora as regras que vão permitir arrancar em breve a sua atividade. O decreto-lei que regula o funcionamento da nova instituição já foi publicado em Diário da República, podendo a instituição arrancar as operações em novembro.

A instituição, que “tem a natureza de banco de fomento nacional” e será uma “sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos”, resulta da fusão por incorporação da PME Investimentos – Sociedade de Investimento, e da IFD – Instituição Financeira de Desenvolvimento, na SPGM, que é detido em mais de 90% por entidades públicas. Para ser totalmente público, o IAPMEI ir poder comprar o remanescente do capital.

O BPF vai arrancar com um capital social de de 255 milhões de euros é idêntico ao que tem, por exemplo o banco de fomento da Irlanda ou do Reino Unido. Será com este dinheiro que o Governo pretende que esta instituição possa desenvolver um conjunto alargado de operações, desde operações de crédito direto, gestão de garantias de Estado e capitalização de empresas e apoio às exportações e internacionalização das entidades.

Neste diploma, agora publicado, o Executivo, que conta com o BPF para ajudar as empresas nesta fase de recuperação da crise provocada pela pandemia, descreve de forma extensiva tudo aquilo que espera da instituição que irá começar a operar 40 dias úteis após a sua publicação. Ou seja, em vez e outubro, como previsto pelo Governo, chega em novembro.

Veja o que irá fazer, bem como irá fazê-lo, o BPF:

1 – O BPF tem por missão:

  • Apoiar o desenvolvimento da economia através da disponibilização de soluções de financiamento, nomeadamente por dívida, em condições de preço e prazo adequadas à fase de desenvolvimento de empresas e projetos, potenciando a capacidade empreendedora, o investimento e a criação de emprego e proporcionando ainda às empresas locais condições de financiamento equivalentes às melhores referências do mercado internacional, através da gestão de instrumentos de financiamento e partilha de riscos;
  • Apoiar o desenvolvimento da comunidade empresarial portuguesa, colmatando as falhas de mercado no acesso ao financiamento das empresas, com enfoque nas pequenas e médias empresas e midcaps, em particular ao nível da capitalização e do financiamento a médio e longo prazo da atividade produtiva.

2 – Na prossecução da sua missão, o BPF deve, genericamente, fomentar a modernização das empresas e o desenvolvimento económico e social, designadamente colmatando falhas de mercado ou situações de necessidade de otimização de investimento e promovendo a sustentabilidade e a coesão económica, social e territorial em Portugal.

3. A atividade do BPF (isoladamente ou em parceria com o Banco Europeu de Investimentos e outras instituições financeiras multilaterais) deve focar-se, nomeadamente, no financiamento direto a empresas ou na facilitação de acesso a financiamento nas seguintes áreas:

  • a) PMEs, Midcap, bem como grandes empresas consideradas importantes para a economia nacional, seja numa fase inicial ou numa fase mais desenvolvida destas empresas;
  • b) Projetos de investigação e desenvolvimento, levando os resultados de investigação ao mercado, transição digital, empreendedorismo, inovação e aumento de escala de empresas inovadoras, inteligência artificial, inter alia;
  • c) Projetos no setor das infraestruturas sustentáveis, conectividade digital, transportes e mobilidade, neutralidade carbónica, economia circular, transição energética, infraestruturas energéticas e ambientais, nas áreas dos recursos hídricos e de gestão de resíduos, bem como projetos em outras atividades sustentáveis conforme definidas pela taxonomia europeia inter alia;
  • d) Projetos no setor de investimento social e das qualificações, abrangendo em particular o setor da saúde, dos cuidados continuados, educação e formação (a todos os níveis), emprego e inclusão social, habitação acessível ou social e iniciativas similares;
  • e) Financiamento a longo prazo de projetos de investimento a ser desenvolvidos pelo setor público ao nível central, regional ou municipal.

4. O BPF tem por objeto todas as atividades que por lei são permitidas às sociedades financeiras, designadamente:

  • a) O conjunto de operações financeiras e a prestação de serviços conexos que, por lei, são permitidos às sociedades financeiras, em particular os que visem a melhoria das condições de financiamento de entidades do setor não financeiro, de forma a impulsionar o investimento, o desenvolvimento, a inovação, a neutralidade carbónica, a transição energética e a restruturação empresarial, incluindo, nomeadamente:

i) A realização de operações de crédito, incluindo a concessão de garantias bancárias e outros compromissos;

ii) A tomada de participações no capital de sociedades e fundos de investimento, sem a restrição prevista no artigo 101.º do RGICSF, promovendo o lançamento de novas empresas e a recuperação e revitalização de outras;

iii) A subscrição e aquisição de valores mobiliários, bem como participação na tomada firme e em qualquer outra forma de colocação de emissões de valores mobiliários e prestação de serviços correlativos;

iv) A consultoria de empresas em matéria de estrutura de capital, estratégia e de questões conexas, bem como a consultoria e serviços no domínio da fusão e compra de empresas;

  • b) A gestão do Fundo de Contragarantia Mútuo, criado pelo Decreto-Lei n.º 229/98, de 22 de julho, na sua redação atual, exercendo todas as competências que aí lhe são conferidas;
  • c) A administração de qualquer tipo de fundos de investimento, incluindo os previstos em legislação especial, bem como de fundos autónomos ou de instrumentos de natureza análoga;
  • d) A atuação como Agência de Crédito à Exportação, de acordo com mandato específico a atribuir pelo Estado através da Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF);
  • e) A administração dos instrumentos financeiros públicos de apoio à exportação e internacionalização e dirigidos ao apoio à economia e ao estímulo e orientação do investimento empresarial e à criação de emprego;
  • f) A administração de garantias de Estado que lhe sejam atribuídas por mandato específico; e
  • g) A organização, em favor de instituições de crédito e sociedades financeiras a operar no mercado, de operações de obtenção de recursos financeiros junto de outras entidades, nacionais ou estrangeiras (operações de «arrangement»).

5. O BPF desenvolve ainda todas as operações necessárias ao desenvolvimento da sua missão, nomeadamente as seguintes:

  • a) A gestão de instrumentos financeiros com recurso a financiamento de fundos europeus estruturais ou de investimento, bem como o financiamento proveniente de outros programas europeus de apoio às empresas, designadamente os geridos pelo Grupo do Banco Europeu de Investimento, no âmbito do Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos ou outros financiados pelo orçamento da União Europeia;
  • b) A gestão dos reembolsos associados aos diferentes períodos de programação no âmbito dos fundos europeus, desde que não tenham outro destino legal ou contratualmente definido até à data da entrada em vigor do diploma que aprovou os Estatutos do BPF;
  • c) A gestão de instrumentos financeiros com recurso a financiamento de instituições financeiras multilaterais de acordo com o seu objeto social;
  • d) O exercício de funções de apoio técnico sobre modelos de financiamento público, na promoção da competitividade e da internacionalização das empresas portuguesas; e
  • e) O exercício de quaisquer outras atribuições que lhe sejam conferidas por legislação especial ou pela carta de missão referida no n.º 3.

6. O BPF desenvolve a sua atividade de forma prudente e sustentável, de modo a não gerar quaisquer riscos orçamentais.

7. O BPF pode participar em contratos de associação em participação, em agrupamentos complementares de empresas e em agrupamentos europeus de interesse económico e, bem assim, adquirir, originária e subsequentemente, participações sociais em sociedades de responsabilidade limitada ou ilimitada, qualquer que seja o respetivo objeto.

8. O BPF pode exercer outras atividades para além das previstas no n.º 4, que sejam consideradas acessórias ou complementares daquelas, nomeadamente a prestação e aquisição dos seguintes serviços:

  • a) Serviços técnicos de administração e gestão às suas participadas;
  • b) Serviços de consultoria e de capacitação às suas participadas;
  • c) Bens e serviços em nome, por conta ou em benefício das suas participadas; e
  • d) Instituição e gestão de plataformas de cooperação de partilha de conhecimento em rede entre o BPF e as suas participadas.

(Notícia atualizada às 10h45 com prazo para o BPF arrancar)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Petróleo abaixo dos 40 dólares. Mercado fala em “estagnação”

O preço do barril do petróleo está a cotar abaixo dos 40 dólares, numa altura em que o mercado fala numa "estagnação" devido à pandemia.

Os preços do barril de petróleo estão em queda, poucos dias depois de terem batido máximos de cinco meses devido ao furacão Laura. Esta desvalorização do “ouro negro”, que passou a cotar abaixo dos 40 dólares em Nova Iorque, acontece numa altura em que a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) fala numa “estagnação” do mercado petrolífero devido à pandemia.

Negociado em Londres e usado como referência para as importações nacionais, o barril de Brent está a cair 1,08% para 42,20 dólares, enquanto o WTI, negociado em Nova Iorque, segue a desvalorizar 1,13% para 39,32 dólares.

Este desempenho acontece numa altura em que a EIA fala numa “estagnação” do mercado petrolífero devido à pandemia. Contudo, o cenário não deverá piorar. Isto porque os armazéns acumularam muitos barris de petróleo com o confinamento e existe bastante incerteza quanto à recuperação do mercado petrolífero devido à China, diz a IEA.

“Há uma enorme incerteza, mas não esperamos nenhuma desaceleração séria adicional nos próximos meses”, diz Keisuke Sadamori, diretor diretor de mercados de energia e segurança da IEA, citado pela Reuters (conteúdo em inglês).

“Mesmo que (o mercado) não enfrente um crescimento robusto real em breve, o cenário do lado da procura é mais estável em comparação com os últimos três meses“, acrescentou o especialista.

Recorde-se que, na primavera, altura em que a pandemia paralisou o mundo, o preço da matéria-prima bateu mínimos históricos, consequência da fraca procura. Contudo, o preço estagnou nos 40 dólares, não descendo mais do que isso.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Produção industrial sobe pelo terceiro mês na Alemanha, mas perde gás

  • Lusa
  • 7 Setembro 2020

A produção da indústria alemã cresceu 1,2% em julho, face ao mês anterior. Apesar de ter sido o terceiro mês seguido com aumentos, a indústria da maior economia da Zona Euro está a perder gás.

A produção da indústria alemã cresceu 1,2% em julho em relação ao mês anterior e contraiu 10,0% na comparação anual, de acordo com dados provisórios divulgados hoje pelo Departamento Federal de Estatística (Destatis) alemão.

Já os dados da produção industrial de junho foram corrigidos, com um aumento de 8,9% para 9,3% em relação a maio e uma queda de 11,7% para 11,4% em comparação a 2019.

Desde o início da crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, a produção industrial caiu por dois meses consecutivos, em abril, de 17,9% em relação ao mês anterior e de 25,3% na comparação anual, a maior queda desde o início da série histórica em janeiro de 1991.

A produção voltou a aumentar desde maio, 7,4% naquele mês em relação a abril.

Em relação a fevereiro, mês anterior à introdução das restrições para conter os contágios, a produção caiu 10,8% em julho – corrigidos os efeitos sazonais e de calendário.

No setor industrial, a produção de julho cresceu 2,8% face a junho.

Além da própria produção industrial, a geração de energia caiu 0,6% em julho em relação ao mês anterior e a atividade na construção civil contraiu 4,3%.

No setor industrial, a produção de bens intermediários cresceu 4,0%, a de bens de consumo 1,8% e a de bens de investimento 2,1%. No maior setor da indústria alemã, o automóvel, a produção cresceu 6,9% em julho, mas ainda está 15% abaixo da registada em fevereiro. Já o fabrico de máquinas caiu 3,9%.

Na comparação bimestral, a produção cresceu 13,8% no período junho-julho frente a abril-maio devido à recuperação após a retração económica em abril, com alta de 17,9% no setor industrial, e praticamente inalterado (+0,1%) na construção.

A recuperação da produção observada desde maio continuou em julho, embora em ritmo mais lento, e no setor industrial atingiu quase 90% do nível registado no último trimestre de 2019, antes do início da pandemia, indicou o Ministério da Economia.

A melhoria nas expectativas dos empregadores e a diminuição do número de empregados no “Kurzarbeit”, modalidade de curta duração subsidiada, sugerem que o processo de recuperação continuará nos próximos meses, embora ainda demore.

Por sua vez, o instituto económico alemão Ifo prevê ligeiro aumento da produção para os próximos meses e indica hoje, num comunicado, que o índice de expectativa de produção, baseado em pesquisa com industriais, subiu de 14,3 pontos em julho para 15,4 pontos em agosto.

“Aos poucos, o motor da economia alemã, a indústria, está a retomar de novo”, disse Klaus Wohlrabe, líder das pesquisas do Ifo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Dia do Ar Limpo para um céu azul. Zero pede menos carros nas cidades portuguesas

  • Lusa
  • 7 Setembro 2020

O Dia Internacional do Ar Limpo para um céu azul, a comemorar anualmente a 7 de setembro, foi instituído numa resolução aprovada a 19 de dezembro de 2019 pela Assembleia Geral das Nações Unidas.

A organização ambientalista Zero pede às cidades portuguesas para reduzirem a poluição atmosférica retirando os carros dos centros urbanos, incentivarem o andar a pé e de bicicleta, promoverem transporte público sustentável e acessível e expandirem as áreas verdes.

Num apelo divulgado no âmbito do primeiro Dia Internacional do Ar Limpo para um céu azul, instituído pelas Nações Unidas, e que se celebra esta segunda-feira, 7 de setembro, a Zero – Associação Sistema Terrestre Sustentável sublinha que “a poluição do ar é o maior risco ambiental para a saúde humana e uma das principais causas evitáveis de morte e doenças em todo o mundo”.

O Dia Internacional do Ar Limpo para um céu azul, a comemorar anualmente a 7 de setembro, foi instituído numa resolução aprovada a 19 de dezembro de 2019 pela Assembleia Geral das Nações Unidas.

No conjunto de medidas, propostas em conjunto com a Aliança Europeia de Saúde e Ambiente (HEAL), a Zero apela, em particular, à Câmara de Lisboa para que atue no sentido de, pelo menos, preservar a redução atual de 25% na poluição do ar.

Citando uma análise dos níveis de concentração de dióxido de azoto (NO2) nas estações de monitorização de tráfego da Avenida da Liberdade, Entrecampos, Santa Cruz de Benfica e Olivais (a que regista maiores concentrações), a associação refere que, no período de maiores restrições impostas pela pandemia da covid-19 (entre 13 de março e 03 de maio), houve uma redução da concentração de dióxido de azoto próxima dos 60% (59% em Entrecampos e 57% na Avenida da Liberdade).

Segundo a Zero, em julho e agosto essas reduções foram da ordem dos 25% nas estações de tráfego, com uma redução de 33% na Avenida da Liberdade e de 27% em Entrecampos, valores “mais próximos de assegurar a salvaguarda da saúde pública de quem habita e trabalha no centro de Lisboa”.

Apelando à “capacidade de se implementar de forma progressiva um conjunto de medidas que consigam no futuro garantir o cumprimento da legislação e melhorem a qualidade de vida numa das áreas mais nobres da cidade”, a associação considera que, a par da “construção de ciclovias que tem vindo a ter lugar, é absolutamente crucial que a Câmara Municipal de Lisboa aumente o nível de ambição das Zonas de Emissões Reduzidas”.

Assim, refere a necessidade de criação da Zona de Emissões Reduzidas (Avenida-Baixa-Chiado), “que implica uma forte redução de tráfego e emissões”.

“Em toda a Europa as pessoas perceberam quão importante é preservarmos a saúde e Lisboa como Capital Verde Europeia não pode desperdiçar esta oportunidade de fazer uma recuperação ambientalmente exemplar”, sublinha.

O documento aponta “quatro exigências para que amanhã todas as cidades [portuguesas] sejam mais saudáveis”, como a criação de áreas pedonais nos centros urbanos, livres de carros, o incentivo ao andar a pé e ao uso de bicicletas, com a “expansão de ciclovias seguras dentro e em redor do centro da cidade”.

Outra medida pugna pela criação de “alternativas ou melhorias do transporte público confiáveis, acessíveis, económicas para todos e sem uso de combustíveis fósseis” e “penalização do uso do carro nos acessos ao interior das cidades que estejam bem servidas por transporte público”.

Por outro lado, a Zero defende a “expansão de áreas verdes e construção de corredores ecológicos nas cidades incluindo parques, jardins comunitários ou plantação de fachadas”, bem como a melhoria significativa das “ofertas de desporto, jogos e recreação para todas as idades, com locais gratuitos para exercícios ao ar livre”.

“As cidades devem pertencer às pessoas, não aos carros – as cidades precisam de ser construídas e repensadas para o usufruto de uma melhor qualidade de vida pelos seus habitantes e por quem as frequenta. Reduzir o uso do carro é bom para a saúde, a produtividade, a habitabilidade urbana e a economia”, salienta.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal acaba com prospeção de petróleo e gás

  • ECO
  • 7 Setembro 2020

“Não serão atribuídos mais contratos de prospeção e pesquisa de gás natural ou petróleo”, diz o Ministério do Ambiente e da Ação Climática

Portugal vai deixar de conceder contratos de prospeção e pesquisa de gás natural ou petróleo. Com a renúncia da Australis, o Governo decidiu acabar com a exploração de energias poluentes numa altura em que a aposta recai nas renováveis.

“Não serão atribuídos mais contratos de prospeção e pesquisa de gás natural ou petróleo”, disse ao Jornal Económico (acesso livre) fonte oficial do Ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC).

Decisão do MAAC surge depois de a Australis, que veio procurar gás e petróleo na zona Oeste e na zona Centro, ter decidido renunciar ao contrato. Segundo o MAAC, foi a própria empresa que renunciou às concessões “Batalha” e “Pombal”, através de carta enviada a 24 de agosto para a Direção-Geral de Energia e Geologia.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Esta é a primeira casa de dois andares feita com uma impressora

A Kamp C é a primeira empresa do mundo a imprimir uma casa de dois andares numa única peça com recurso à maior impressora 3D da Europa.

A Kamp C construiu uma casa de dois andares usando a maior impressora 3D da Europa. De acordo com o Business Insider (conteúdo em inglês), esta é a primeira vez que um imóvel com dois andares é construído numa única peça, num processo que demorou três semanas.

A casa, localizada em Westerlo, na Bélgica, foi construída de forma sustentável e é três vezes mais resistente do que uma construção tradicional. Conta com vários tipos de paredes, desde com texturas a curvas, de forma a demonstrar as possibilidades da impressão 3D.

Este imóvel demorou três semanas a ser construído mas, no futuro, a empresa bolsa acredita que poderá demorar apenas dois dias. “As casas que já foram impressas em todo o mundo têm apenas um andar e costumam ser impressas na fábrica de peças e montadas no local. Nós imprimimo-la como um todo”, diz Emiel Ascione, responsável pelo projeto.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nissan recebe maior ajuda de sempre do governo de Tóquio

  • Lusa
  • 7 Setembro 2020

Fabricante de automóveis com sede em Yokohama, a sul de Tóquio, enfrenta neste momento um amplo processo de reestruturação.

O fabricante japonês de automóveis Nissan Motor recebeu em maio um empréstimo com garantias estatais de 1.431 milhões de euros no quadro de um programa de ajuda a empresas afetadas pela pandemia de Covid-19.

De acordo com o jornal Nikkei, 795 milhões de euros são assumidos pelo Executivo em caso de incumprimento, o que corresponde ao maior crédito estatal de sempre a uma empresa no Japão.

O empréstimo foi concretizado no mês de maio entre a Nissan Motor e o Banco de Desenvolvimento do Japão, uma das entidades destacadas para distribuir fundos especiais mobilizados pelo governo e o Banco Central do país para se conseguir liquidez nas empresas atingidas pelos efeitos da epidemia global de SARS CoV-2.

No âmbito deste esquema, o Banco de Desenvolvimento estabeleceu 185 linhas de crédito a empresas japonesas, até ao momento, sendo que no total os empréstimos somam 14.950 milhões de euros.

A Nissan Motors é a única empresa que conta com garantias estatais, refere o jornal japonês na mesma notícia publicada hoje.

O Banco de Desenvolvimento do Japão decide o volume dos créditos a conceder no quadro do esquema estatal, em função da dimensão das empresas e o volume de danos provocados pela pandemia.

No último ano fiscal, que terminou em março, a Nissan registou perdas de 5.662 milhões de euros, sobretudo por causa dos efeitos do covid-19 na economia, correspondendo aos primeiros prejuízos assinalados pela construtora nos últimos 11 anos.

O fabricante de automóveis com sede em Yokohama, sul de Tóquio, viu cair 14,6% o volume de vendas e enfrenta neste momento um amplo processo de reestruturação que prevê o encerramento de várias unidades fabris e milhares de despedimentos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nas notícias lá fora: Petróleo, Brexit e vacina

  • ECO
  • 7 Setembro 2020

O mercado petrolífero enfrenta um futuro incerto devido à pandemia, ao mesmo tempo que o processo para se chegar a um acordo quanto ao Brexit arrisca o fracasso.

A pandemia está a pesar no mercado petrolífero, enquanto o processo de chegar a um acordo quanto ao Brexit está a ser mais moroso do que se esperava, estando mais perto de um no deal. Contudo, há boas notícias e a farmacêutica AstraZeneca estendeu o contrato que tinha assinado com a Oxford para produzir uma vacina contra o coronavírus.

Reuters

Mercado petrolífero enfrenta estagnação, diz a AIE

A economia global deverá evitar um abrandamento substancial por causa da pandemia, segundo um responsável da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês). Porém, os armazéns acumularam muitos barris de petróleo com o confinamento e existe bastante incerteza quanto à recuperação do mercado petrolífero devido à China, acrescentou Keisuke Sadamori, diretor de mercados de energia e segurança da IEA. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

Bloomberg

Boris Johnson avisa UE para não esperar um acordo antes das negociações comerciais

O Governo britânico está a preparar a União Europeia para um fracasso nas negociações comerciais sobre o Brexit, dado que o tempo disponível para alcançar um acordo está prestes a acabar. Boris Johnson deverá anunciar esta segunda-feira que está disposto a desistir de um acordo. Preparando este cenário, está já ser criada nova legislação. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

The Guardian

AstraZeneca reforça acordo com Oxford para produzir vacina

A AstraZeneca alargou o acordo assinado com a Oxford Biomedica para aumentar a produção da vacina capaz de combater o coronavírus, numa altura em que continua a corrida para encontrar uma “arma” eficaz para este vírus. A AstraZeneca iria produzir inicialmente dezenas de milhões de doses da vacina AZD1222 durante 18 meses, mas esse prazo poderá ser estendido até 2023. Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês)

Wall Street Journal

Empresas recrutam 350.000 funcionários eleitorais para as eleições nos EUA

Grandes empresas como a Old Navy da Gap, a Target e a Warby Parker estão a dar aos funcionários uma folga remunerada caso estes aceitem ser voluntários nas eleições dos Estados Unidos, que vão acontecer em novembro. O objetivo é combater a falta destes funcionários para o processo eleitoral. Há mesmo uma iniciativa criada para esse efeito — Power the Polls — que pretendia recrutar 250.000 pessoas, mas cuja meta já foi superada em mais de 100 mil pessoas. Leia a notícia completa no Wall Street Journal (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Business Insider

Empresa belga imprime uma casa de dois andares

A Kamp C acaba de se tornar na primeira empresa do mundo a imprimir uma casa de dois andares numa única peça, usando a maior impressora 3D da Europa. Esta habitação está localizada em Westerlo e foi construída de forma sustentável. O processo de construção demorou três semanas mas, no futuro, a companhia belga espera que mais casas como esta possam vir a ser construídas utilizando esta tecnologia que permite concluir o imóvel em apenas dois dias. Leia a notícia completa no Business Insider (acesso livre, conteúdo em inglês)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Energia anima bolsa após pior sessão em três meses

Depois das quedas de mais de 4%, a EDP e a EDP Renováveis estão a recuperar terreno perdido. Lisboa avança após pior sessão desde junho e acompanha ganhos nas restantes praças europeias.

Depois da pior sessão em quase três meses, a bolsa nacional avança à boleia do setor da energia, com a EDP e EDP Renováveis a recuperarem ligeiramente das perdas de 4% registadas na última sessão.

O PSI-20, o principal índice português, arrancou a primeira sessão com um ganho de 0,52% para 4.270,32 pontos, com as quatro cotadas do setor da energia em alta. A REN, a gestora da rede elétrica, soma 1,05% para 2,415 euros, a petrolífera Galp ganha 0,59% para 8,038 euros.

Já EDP e EDP Renováveis, depois das quedas superiores a 4% registadas na sessão de sexta-feira — levando a bolsa ao pior registo diário desde junho –, seguem em alta de 0,70% e 1,31%, respetivamente.

Apenas uma cotada está abaixo da linha de água nos primeiros minutos da negociação: a Corticeira Amorim desliza 0,40% para 9,96 euros.

Lá por fora o sentimento é também positivo, com o índice de referência europeu Stoxx 600 a avançar 0,3%. As bolsas de Paris, Madrid e Frankfurt registam subidas que vão até 0,70%.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Construtoras nacionais só ganham 20% das grandes obras

  • ECO
  • 7 Setembro 2020

Empresas espanholas asseguraram mais de dois terços das grandes obras públicas, avaliadas em 544 milhões de euros. Já os construtoras nacionais ficaram com obras de 166 milhões de euros.

As construtoras nacionais asseguraram pouco mais do que um quinto dos concursos para as grandes obras públicas, acima de 10 milhões de euros, desde o início do ano, segundo avança o Jornal de Negócios (acesso pago).

Com base nos dados do portal Base e na informação divulgada pelas empresas, em 11 grandes investimentos públicos contratados este ano, num total de 760 milhões de euros, as empresas portuguesas asseguraram quatro, no valor de 166 milhões. As construtoras espanholas lideram o “ranking”, com 72% das obras em termos de investimento, cerca de 544 milhões.

De acordo com o jornal, os restantes 50 milhões de euros, representando 6% do total, correspondente ao contrato do primeiro lote do projeto de expansão do Metro de Lisboa. Quem assegurou esta obra foi a construtora Zagope, dos brasileiros da Andrade Gutierrez.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Doentes não prioritários nas urgências já são 45% do total

  • ECO
  • 7 Setembro 2020

Numa altura em que vão começar a aparecer os casos de gripe sazonal e outros vírus, a afluência às urgências começa a aumentar. Hospitais tentam encaminhar casos não urgentes para centros de saúde.

O número de doentes não prioritários nos hospitais está a aumentar e representa já 45% do total durante o mês de agosto, avança o Público (acesso pago). Espera-se um aumento da pressão e o objetivo é tentar que estes doentes sejam encaminhados para os centros de saúde. O problema é que muitos não aceitam.

Numa altura em que deverão começar a aparecer os casos de gripe sazonal e outros vírus respiratórios, a pressão nos serviços de urgência vai aumentar em todo o país. Os hospitais estão a tentar encaminhar os doentes não prioritários para os centros de saúde, de forma a aliviar as urgências, mas muitos não aceitam. O problema torna-se ainda mais grave este ano com o coronavírus.

Os dados do portal da Monitorização Diária dos Serviços de Urgência do SNS mostra que há um ligeiro aumento dos doentes com pulseiras verdes, azuis e brancas em todas as regiões do país. Contudo, na região de Lisboa e Vale do Tejo tem-se verificado uma tendência inversa, devido, em parte, à falta de resposta de alguns centros de saúde.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.