Fitch desce rating de Angola indicando possível default

  • Lusa
  • 4 Setembro 2020

"A descida do rating reflete o significativo aumento na dívida pública, a reduzida flexibilidade do financiamento externo e a decrescente liquidez externa", diz agência.

A agência de notação financeira Fitch Ratings desceu esta sexta-feira o rating de Angola para CCC, indicando que há uma possibilidade real de Incumprimento Financeiro (default), devido ao significativo aumento da dívida pública e deterioração das finanças públicas.

“A descida do rating reflete o significativo aumento na dívida pública, a reduzida flexibilidade do financiamento externo, como é evidente na forte subida dos juros da dívida, e a decrescente liquidez externa”, diz a Fitch Rating na explicação da ação de rating, que surge menos de seis meses da última revisão em baixa, em março.

“A sustentabilidade da dívida pública piorou e as debilitadas finanças públicas vão inibir as autoridades de baixarem significativamente o nível da dívida durante os próximos dois anos”, argumentam, prevendo que no final deste ano o rácio da dívida sobre o PIB suba para 129%, o que representa “850% das receitas do Governo, mais do dobro da média dos países com rating B, com 356%, e é indicativo das dificuldades de Angola em aumentar a receita não petrolífera”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Desemprego nos EUA cai e leva Wall Street de volta ao verde

Recuo na taxa de desemprego e expectativas de que uma vacina para o coronavírus seja conseguida mais cedo que o previsto estão a animar os investidores. Bolsas recuperam após fortes quedas de ontem.

A criação de emprego nos Estados Unidos abrandou, mas a taxa de desemprego acabou por ser mais baixa que o esperado, levando Wall Street de volta para terreno positivo esta sexta-feira. Após uma pausa no rally acionista durante a sessão desta quinta-feira, as principais bolsas norte-americanas voltaram aos ganhos, mas ainda arriscam fechar a semana no vermelho.

Os empregados gerados em agosto totalizaram os 1,37 milhões, abaixo dos 1,73 milhões criados no mês anterior, de acordo com o relatório do Labor Department. No entanto, a taxa de desemprego fixou-se em 8,4% dos anteriores 10,2% em julho, o que compara com uma projeção de 9,8% dos economistas consultados pela Reuters.

A par do recuo na taxa de desemprego, as expectativas de que uma vacina para o coronavírus seja conseguida mais cedo que o previsto têm animado os investidores. Esta sexta-feira, o Dow Jones sobe 0,62% para 28.469,55 pontos e o S&P 500 ganha 0,59% para 3.475,43 pontos.

O tecnológico Nasdaq arrancou a sessão no vermelho, mas inverteu e segue a somar 0,54% para 11.835,342 pontos. A recuperação segue-se a fortes quedas na última sessão causadas pelo alerta da Fed, no Livro Bege, e por novos dados económicos pouco animadores. Como Wall Street está fechado na próxima segunda-feira, esta será a última sessão antes do fim de semana prolongado em que os investidores norte-americanos estarão a celebrar o Labor Day.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Meio milhão de pessoas já descarregaram a aplicação ‘Stayaway Covid’

  • Lusa
  • 4 Setembro 2020

“Voltamos a sublinhar a necessidade e utilidade da adesão dos portugueses" à aplicação, disse a secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira.

Meio milhão de pessoas descarregaram a aplicação ‘Stayaway Covid’, que permite rastrear contactos de infeção, avançou esta sexta-feira a secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira.

Voltamos a sublinhar a necessidade e utilidade da adesão dos portugueses” à aplicação, disse a responsável na conferência de imprensa de balanço da pandemia da Covid-19 em Portugal.

A aplicação móvel, lançada terça-feira no Porto na presença do primeiro-ministro, António Costa, permite rastrear, de forma rápida e anónima e através da proximidade física entre ‘smartphones’, as redes de contágio por Covid-19, informando os utilizadores que estiveram, nos últimos 14 dias, no mesmo espaço de alguém infetado com o novo coronavírus. A sua instalação é voluntária.

Rui Oliveira, administrador do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), avançou que a aplicação contabilizava já um total de 535.978 downloads, sendo que 160.360 correspondiam ao sistema operativo iOS e 375.618 ao sistema operativo Android. “Claramente que este é um sinal muito positivo”, salientou o responsável, em declarações à Lusa, acrescentando que espera que a aplicação chegue a todos os portugueses que usam ‘smartphones’, cerca de seis milhões de pessoas. “Seis milhões de portugueses era, pessoalmente, o meu objetivo. Ser ambicioso, neste caso, não tem mal nenhum”, frisou.

Rui Oliveira revelou que, além do meio milhão de utilizadores, já se começa a notar “interação” na aplicação, havendo “algumas dezenas” de médicos a gerar códigos. “Se alguém introduziu o código na aplicação, isso já não sabemos, mas esta interação mostra-nos que a aplicação está, de facto, a funcionar”, disse.

Na altura, o chefe do Governo considerou que instalar nos telemóveis a aplicação ‘Stayaway Covid’ é um “dever cívico” para travar a pandemia enquanto não existir uma vacina. “Entendam que é um dever cívico descarregar esta aplicação e sinalizarem se vierem a ser diagnosticados como testando positivo”, afirmou António Costa, na cerimónia que contou com a presença da ministra da Saúde, Marta Temido.

Contudo, a organização de defesa do consumidor Deco Proteste colocou reservas à instalação nos telemóveis desta aplicação, invocando a possibilidade de uso não-declarado e indevido de dados pessoais pela Google e Apple.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 869.718 mortos e infetou mais de 26,3 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Em Portugal, morreram 1.833 pessoas das 59.457 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China. Depois de a Europa ter sucedido à China como centro da pandemia em fevereiro, o continente americano é agora o que tem mais casos confirmados e mais mortes.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bruxelas propõe regras comuns nas restrições de viagens

  • Lusa
  • 4 Setembro 2020

Comissão aponta que “existe atualmente uma grande discrepância entre os critérios nacionais para a introdução de medidas que restringem a livre circulação na União Europeia”.

A Comissão Europeia adotou uma proposta com vista a garantir que quaisquer medidas decididas pelos Estados-membros que restrinjam a livre circulação devido à pandemia da Covid-19 sejam coordenadas e comunicadas claramente a nível da UE.

A proposta que o executivo comunitário submete ao Conselho prevê que haja critérios comuns para os Estados-membros decretarem restrições de viagens, um mapeamento desses critérios comuns utilizando um código de cores acordado entre os 27, um quadro comum de medidas aplicadas aos viajantes provenientes de zonas de alto risco, e informação clara e atempada ao público sobre quaisquer restrições, que devem ser anunciadas com uma semana de antecedência.

“Encontramo-nos todos numa situação em que estamos numa zona vermelha ou laranja ou verde ou o que seja, e de repente a zona onde estamos muda de cor. Os cidadãos, residentes e empresários necessitam de um certo grau de certeza, devem ser informados atempadamente de possíveis restrições, e não serem apanhados de surpresa quando já estão em viagem […] Devemos evitar um caleidoscópio de medidas”, declarou a comissária dos Assuntos Internos, Ylva Johannsson, em conferência de imprensa.

A Comissão sublinha ainda a necessidade de as medidas restritivas serem aplicadas de igual modo, sem discriminação da nacionalidade, tendo uma vez mais criticado a decisão da Hungria de encerrar as suas fronteiras a todos os cidadãos estrangeiros, mesmo comunitários, com exceção dos cidadãos de República Checa, Eslováquia e Polónia, os seus parceiros do chamado “Grupo de Visegrado”, que disse esperar ver revogada “rapidamente”, assim que a proposta de Bruxelas for adotada pelo Conselho.

Relativamente à adoção de critérios comuns, a Comissão aponta que “existe atualmente uma grande discrepância entre os critérios nacionais para a introdução de medidas que restringem a livre circulação na União Europeia”, pelo que propõe que cada Estado-Membro tenha em conta uma série de critérios ao introduzir quaisquer medidas restritivas.

A proposta prevê que sejam então tidos em conta o número total de casos Covid-19 recentemente notificados por 100 mil numa determinada área num período de 14 dias, a percentagem de testes positivos de todos os testes à Covid-19 realizados numa determinada área durante um período de sete dias, e o número de testes realizados por 100 mil pessoas numa determinada área durante um período de sete dias.

Os Estados-membros devem fornecer estes dados semanalmente ao Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC, na sigla em inglês).

A Comissão propõe também que, no caso em que um Estado-membro tenha uma taxa de testes semanal superior a 250 por 100 mil pessoas, os países da União não restrinjam a livre circulação de pessoas que viajam de outro Estado-membro onde o número total de casos positivos notificados numa determinada área seja menos de 50 por 100 mil pessoas durante um período de 14 dias, ou onde a percentagem de testes positivos de todos os testes Covid-19 numa determinada área seja inferior a 3%.

Quanto ao código comum de cores, Bruxelas propõe que caiba ao ECDC publicar um mapa, a ser atualizado semanalmente, no qual as regiões devem ter uma de quatro cores: verde, laranja, vermelho e cinzento.

O executivo comunitário propõe o verde para as áreas onde o número total de casos de Covid-19 recentemente notificados seja inferior a 25 durante um período de 14 dias e a percentagem de testes positivos de todos os testes seja inferior a 3%.

O laranja seria para uma área onde o número total de casos positivos seja inferior a 50 durante um período de 14 dias, mas a percentagem de testes positivos de todos os testes seja de 3% ou superior, ou o número total de casos positivos se encontro entre 25 e 150, mas a percentagem de testes positivos de todos os testes seja inferior a 3%.

Bruxelas defende que devem ser colocadas no vermelho áreas onde o número total de casos seja superior a 50 durante um período de 14 dias e a percentagem de testes positivos de todos os testes realizados seja de 3% ou mais ou o número total de casos seja superior a 150 por 100 mil pessoas durante um período de 14 dias.

Por fim, sugere a cor cinzenta nos casos em que não houver informação suficiente disponível para avaliar os critérios propostos pela Comissão, ou quando o número de testes realizados por 100 mil pessoas seja inferior a 250.

Quanto aos viajantes oriundos de “áreas de alto risco”, a Comissão defende que nenhum Estado-membro deve proibir a entrada de cidadãos comunitários, devendo antes exigir que as pessoas se submetam a uma quarentena ou, preferencialmente, realizem um teste à chegada.

Na apresentação desta proposta de recomendação ao Conselho (Estados-membros), que deverá adotá-la “nas próximas semanas”, a Comissão reitera que o grande objetivo é preservar aquela que é “uma das realizações mais acarinhadas da União Europeia”, bem como um “importante motor” da economia europeia, a livre circulação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Cristina Ferreira, Tony Carreira e Abrunhosa entre os novos donos da TVI

A Prisa vendeu a totalidade da participação na TVI a um conjunto de investidores portugueses, entre os quais estão empresários e figuras como Cristina Ferreira, Tony Carreira e Pedro Abrunhosa.

Os espanhóis da Prisa controlavam a TVI desde 2005 e agora, em 2020, a dona da TVI voltará a ser controlada por portugueses. A Prisa ignorou a OPA da Cofina e anunciou acordos de venda da totalidade dos 64,47% do capital a um conjunto de investidores por cerca de 36,8 milhões de euros, e o ECO sabe que entre os novos donos estão empresários como Luís Guimarães (Polopique), Avelino Gaspar (Lusiaves) e figuras como Pedro Abrunhosa, Tony Carreira ou a própria Cristina Ferreira.

Com esta operação, que leva à saída da Prisa do capital da dona da TVI, a estrutura acionista da Media Capital deixará de ter um acionista de controlo, e passará a ter um núcleo superior a 10 investidores. Mário Ferreira mantém-se com 30% do capital, mas continuará a não ter poder de domínio ou de mudança de administração.

Após esta venda da Prisa, que tem de passar ainda pela aprovação dos credores do grupo espanhol, o segundo maior acionista será o grupo Triun, liderado por Paulo Gaspar, revelou o Expresso. O semanário adianta ainda que João Serrenho, dono da CIN, será outro dos novos acionistas da Media Capital. Luís Guimarães, da Polopique, e o grupo IGB, revela também o Expresso, estão na lista dos investidores que entram na Media Capital.

Haverá ainda outro grupo de investidores com mais de 12%, que conta com o cantor e produtor musical Tony Carreira, segundo apurou o ECO. Mas há pelo menos outro nome do espetáculo: Pedro Abrunhosa também assinou um contrato-promesssa com a Prisa para a aquisição de 2% da Media Capital a pouco mais de 67 cêntimos por ação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Há mais 406 infetados com Covid-19. Morreram quatro pessoas

Nas últimas 24 horas foram identificados 406 novos casos do novo coronavírus em Portugal. O número total de pessoas infetadas sobe para 59.457.

A Direção-Geral de Saúde (DGS) identificou 406 novos casos de infeção por Covid-19, elevando para 59.457 o número total de infetados. O número de vítimas mortais subiu para 1.833, após terem sido contabilizadas mais quatro mortes nas últimas 24 horas.

A maioria dos novos casos voltou a ser registada na região de Lisboa e Vale do Tejo. Dos 406 novos casos confirmados nas últimas 24 horas, 194 foram registados em Lisboa (47,8% do total), seguidos pela região Norte, que contabilizou 152 novas infeções (37,4%).

Boletim epidemiológico de 4 de setembro:

Assim, a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a região com mais casos até ao momento (30.609 casos de infeção e 677 mortes), seguindo-se do Norte (21.454 casos e 849 mortes), do Centro (4.903 casos e 253 mortes), do Algarve (1.150 casos e 17 mortes) e do Alentejo (959 casos e 22 mortes). Nas ilhas, os Açores registam 216 casos e 15 mortos, enquanto a Madeira tem 166 pessoas infetadas e continua sem registar nenhuma vítima mortal.

Quanto à caracterização clínica, a maioria dos infetados está a recuperar em casa, sendo que 339 estão internados (mais cinco face ao dia anterior), dos quais 40 em unidades de cuidados intensivos (menos quatro). Há ainda 34.266 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, ou seja, mais 69 do que no balanço de quinta-feira.

Os dados revelados pelas autoridades de saúde dão ainda conta de mais 149 recuperados, um número ligeiramente inferior relativamente ao último balanço. No total, já 42.576 pessoas recuperaram da doença. Entre os casos de infeção confirmados desde o início da pandemia, mas considerando também os recuperados, existem atualmente 15.048 casos ativos, mais 253 do que no dia anterior.

Governo assegura compra antecipada de 100 mil doses de vacinas da gripe

O Ministério da Saúde garantiu a “antecipação do fornecimento das primeiras mais de 100 mil doses de vacinas” contra a gripe para serem distribuídas às unidades de saúde do Serviço Nacional de Saúde (SNS), anunciou a secretária de Estado Ajunta da Saúde.

“É a maior compra de sempre do nosso país de vacinas contra a gripe, num total de dois milhões de vacinas cuja distribuição iniciar-se-á antecipadamente”, disse Jamila Madeira, em declarações transmitidas pelas televisões.

Segundo a governante, esta antecipação permitirá garantir um “melhor planeamento” por parte da DGS na atribuição das mesmas. Contudo, a diretora-geral da Saúde avisou que os serviços de saúde não podem começar a “vacinar demasiado cedo”, dado que se pode correr o risco de a vacina “não funcionar”.

Quanto à lista de grupo de risco que vão ser incluídos no plano de vacinação, Graça Freitas adiantou que grávidas e profissionais dos lares ou “outras instituições que tenham grupos muito vulneráveis” terão acesso gratuito à vacina.

(Notícia atualizada pela última vez às 14h37)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Prisa ignora OPA da Cofina e vende Media Capital a investidores portugueses

  • ECO
  • 4 Setembro 2020

A Prisa chegou a um acordo para a venda da totalidade dos 65% da Media Capital a um conjunto de investidores, entre os quais Cristina Ferreira, por 36,8 milhões de euros. TVI volta a mãos portuguesas.

A Prisa ignorou o anúncio preliminar da Oferta Pública de Aquisição (OPA) da Cofina sobre a Media Capital e avançou para a venda da totalidade da sua participação (cerca de 65%) a um conjunto de investidores portugueses por um valor de 67,6 cêntimos por ação. Segundo um comunicado enviado ao mercado, esta operação valoriza a dona da TVI em 150 milhões de euros (dívida incluída), 63% acima do valor implícito na oferta da Cofina que, nestas condições, fica pelo caminho.

A operação vai ser concretizada de forma simultânea mediante as transmissões independentes de blocos de ações por um preço total de 36,850 milhões de euros“, revela a Prisa em comunicado ao mercado. Segundo o mesmo comunicado, “depois de levar a cabo, através de uma entidade financeira, uma prospeção de potenciais investidores, a Vertix (filial integralmente detida pela Prisa) subscreveu no dia de hoje [4 de setembro] com uma pluralidade de investidores acordos independentes de compra e venda de ações da entidade cotada portuguesa Media Capital SGPS, que no seu conjunto representam a totalidade da participação acionista (64,47%) mantida pela Vertix na Media Capital”.

Agora que estão assinados os contratos-promessa de compra e venda dos cerca de 65% do capital, a efetivação do negócio tem ainda de passar pela aprovação dos credores do grupo espanhol, num processo idêntico àquele que permitiu a entrada de Mário Ferreira na estrutura acionista da empresa, com cerca de 30% do capital, e que poderá demorar cerca de quinze dias a três semanas.

"A operação vai ser concretizada de forma simultânea mediante as transmissões independentes de blocos de ações por um preço total de 36,850 milhões de euros.”

Prisa

Com estas vendas, a Media Capital passará a ter uma estrutura acionista plural e diversificada, com mais de dez acionistas portugueses, e em que nenhum deles tem uma posição de controlo. É público que Cristina Ferreira será uma das acionistas da Media Capital, com uma posição acima dos 2%, mas há um conjunto de outros investidores empresariais (family office) e particulares, cujos nomes ainda não foram revelados. De acordo com várias fontes contactadas pelo ECO, Pedro Abrunhosa e Tony Carreira serão também novos acionistas da dona da TVI, Plural e Comercial. E o ECO apurou ainda que haverá pelo menos três grupos novos de acionistas a deter mais de 10% do capital.

No entendimento jurídico da Prisa, as vendas de ações da Media Capital a vários investidores, numa lógica de dispersão do capital, não estão sujeitas à autorização prévia da Entidade Reguladora da Comunicação Social, apurou o ECO.

Estando em causa vendas a uma pluralidade de investidores, sem que nenhum deles adquira o domínio da Media Capital e sem que haja nenhuma operação de concentração, as vendas de capital não estarão sujeitas a autorização prévia da ERC, nos termos da Lei da Televisão. O art. 4º-B, nºs 2 e 4, determina a autorização prévia da ERC, mas apenas em quando se trata de operações de concentração e de domínio, o que não sucede neste caso.

O que diz a avaliação jurídica da Prisa? O legislador configurou, no art. 2º, nº 1, al. g), da Lei da Televisão, que há uma situação de domínio quando há a possibilidade exercer, direta ou indiretamente, uma influência dominante numa televisão, definindo que tal acontece quando há uma participação maioritária no capital social, a possibilidade de exercício da maioria dos direito de voto ou a possibilidade de nomeação ou destituição da maioria dos titulares dos órgãos de administração ou de fiscalização.

Nestes acordos, como assinala a Prisa no comunicado ao mercado, não existe nenhum acordo parassocial nem concertação entre os diversos compradores. Tendo em conta que nenhum deles adquire o domínio da Media Capital, não afetam os objetivos de controlo da concentração, de defesa da concorrência e do pluralismo que a exigência de autorização prévia pela ERC visa.

A Cofina, recorde-se, anunciou uma OPA sobre a totalidade da Media Capital, dona da TVI, revendo as condições de uma outra oferta que estava em curso. Nos termos do anúncio preliminar da nova oferta, o grupo liderado por Paulo Fernandes propõe-se a pagar uma contrapartida de referência de 41,5 cêntimos por ação, sujeita a várias condições. No documento da “alteração ao anúncio preliminar” da OPA, a Cofina indica que, “em primeiro lugar”, a oferta dirige-se a 5,31% das ações da Media Capital. Esta primeira parte da oferta está sujeita a duas condições: “o registo da oferta pela CMVM” e a “designação pela CMVM de um auditor independente para o cálculo da contrapartida da oferta”. A CMVM já confirmou que será mesmo fixado o auditor.

A Media Capital, por seu turno, já aconselhou os acionistas a rejeitarem esta proposta. “O Conselho de Administração da Media Capital considera que o preço oferecido não reflete adequadamente o valor da Sociedade e que o prémio implícito na Oferta é baixo considerando a prática seguida no mercado nas situações onde existiu aquisição de controlo. Portanto, o Conselho de Administração não pode recomendar que os acionistas vendam as suas ações ao preço oferecido”, lê-se no comunicado divulgado ao mercado.

(Notícia atualizada às 13h40 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

IGCP faz novo teste ao mercado de dívida de muito longo prazo. Vai fazer emissão a 25 anos

Portugal vai voltar ao mercado com a emissão de dívida de longo prazo. Realizará, na próxima semana, uma operação de financiamento a 10 e a 25 anos.

Portugal vai voltar ao mercado de dívida de longo prazo. A Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) anunciou que pretende fazer um duplo leilão de dívida, com maturidades a 10 e a 25 anos. A última vez que se financiou com a linha de 2045 foi há pouco mais de um ano.

“O IGCP vai realizar no próximo dia 9 de setembro dois leilões das OT com maturidade em 18 de outubro de 2030 e 15 de fevereiro de 2045, com um montante indicativo global entre 1.000 milhões e 1.250 milhões de euros”, refere o IGCP.

Se a agência liderada por Cristina Casalinho emitiu dívida a 10 anos há pouco tempo, a 26 de agosto, tendo conseguido um juro de apenas 0,336%, é preciso recuar ao verão de 2019 para encontrar uma operação com a linha de dívida de 2045.

Foi em julho de 2019 que Portugal emitiu dívida de mais longo prazo, tendo pago, à data, 1,42%, muito abaixo da taxa de 2,8% que tinha suportado no ano anterior no leilão da mesma linha que continua a servir como referência a 30 anos, embora tenha agora uma maturidade de 25 anos.

Com este duplo leilão, o IGCP pretende obter financiamento que o Estado necessita tendo em conta os gastos que terá de suportar por causa da pandemia de Covid-19.

Beneficiará, neste duplo leilão, da “bazuca” do Banco Central Europeu, destinada a comprar dívida de países do euro emitida por causa da pandemia, o que tem permitido baixa de forma expressiva os custos de financiamento do país.

(Notícia atualizada às 13h31 com mais informação)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Covid-19 tirou 100 milhões à EDP. “Tivemos um forte impacto”, reconhece Stilwell d’Andrade

CEO interino da elétrica falou esta sexta-feira, numa conference call com analistas, sobre o efeito do vírus nas contas. Garantiu, contudo, que o guidance e a remuneração acionista não estão em risco.

A pandemia teve um impacto direto de 100 milhões de euros nas contas da EDP. O número foi avançado esta sexta-feira pelo CEO interino Miguel Stilwell d’Andrade numa conference call com analistas depois de a elétrica ter divulgado resultados. No primeiro semestre do ano, a empresa lucrou 315 milhões de euros, o que representa uma quebra de 22% face ao período homólogo.

Tivemos um forte impacto da Covid-19. Todos tiveram“, disse o gestor, apontando para o efeito especialmente no Brasil (nomeadamente com a desvalorização de 20% do real face ao euro, que gerou uma perda de 57 milhões) e no negócio comercial na Península Ibérica. “Teve um impacto direto de 0,1 mil milhões de euros no EBITDA“, continuou.

O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) do grupo cedeu 3% para 1.872 milhões de euros. A pandemia causou igualmente atrasos nas construções, mas não impediu a execução do plano de investimentos. O OPEX situou-se em 266 milhões de euros, em linha com o previsto.

Com alguns fatores a compensarem a pandemia, o CEO — que está interinamente a substituir António Mexia, que foi afastado pela justiça devido ao caso das rendas excessivas em que é arguido — diz que já vê sinais positivos.

“Apesar de 2020 estar a ser um ano difícil, mantemos o guidance“, afirmou. A projeção da empresa aponta para um lucro entre 850 milhões e 900 milhões de euros este ano, o que compara com 854 milhões registados em 2019. “Continuamos a ver um outlook muito positivo para a capacidade da EDP para liderar a transição energética e de criar valor para os acionistas“.

A EDP decidiu não suspender a remuneração acionista apesar da pandemia (dentro do grupo, apenas a EDP Brasil o fez) e pagou 0,19 euros por ação como previsto. Este valor é o mínimo que a empresa se comprometeu a pagar aos acionistas, pelo menos até 2022. E Stilwell diz que a gestão está “confortável” com esta ideia.

Em parte, a razão para o otimismo prende-se com “resultados melhor que o esperado” na rotação de ativos. “O que vemos nos últimos 18 meses, permite-nos estar mais otimistas do que no plano estratégico“, refere. Do objetivo definido pela empresa, já estão concretizadas 55% da meta de 4 mil milhões de euros até 2022. O gestor diz que continua a “ver grande apetite de investidores institucionais por ativos verdes”.

Além destas transações, a EDP está a ultimar os pormenores da joint venture com a francesa Engie focada no mercado eólico offshore, a Ocean Winds, estando prevista a transferência dos últimos ativos ainda segundo semestre. É também até ao final do ano que a elétrica espera que fique concluída a compra da empresa espanhola Viesgo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

A partir de hoje, doentes com Covid-19 recebem baixa a 100%

A partir desta sexta-feira, a Segurança Social vai pagar 100% da remuneração durante a baixa aos doentes com Covid-19, por um período máximo de 28 dias, tal como previsto no Orçamento Suplementar.

A partir desta sexta-feira, os trabalhadores que tenham de cumprir o isolamento profilático recebem o correspondente a 100% da remuneração de referência, durante o período máximo de 28 dias.

“No âmbito do subsídio por isolamento profilático ou do subsídio por doença, o Governo, vem, desta, forma alterar as medidas excecionais e temporárias para fazer face à pandemia de Covid-19. Nesse sentido, os trabalhadores por conta de outrem e os trabalhadores independentes do regime geral de segurança social vão passar a receber o “correspondente a 100% da remuneração de referência, até ao limite de 28 dias“, lê-se no decreto-lei publicado esta quinta-feira em Diário da República.

Tal como adiantou o ECO a semana passada, os doentes estavam a receber atualmente 55% da remuneração de referência, nos primeiros 30 dias do impedimento para o trabalho, apesar do Orçamento Suplementar ter determinado que deve ser feito o pagamento a 100% numa parte desse período.

O Orçamento Suplementar, em vigor desde 25 de julho, estabelecia um reforço o subsídio de doença destinado às pessoas infetadas com o novo coronavírus ainda que até agora este apoio não estivesse a ser aplicado. A Segurança Social tinha explicado que apesar de o reforço já estar em vigor, faltava regulamentação para que os valores atualizados fossem postos em prática, que só foi aprovado em Conselho de Ministros há cerca de uma semana. O Governo garantiu que terá efeitos retroativos ao final de julho.

Depois do referido período de pagamento a 100%, a legislação prevê o pagamento a 55% da sua remuneração de referência, nos restantes dias dos primeiros 30 de impedimento para o trabalho. Entre 31 dias e 90 dias, essa fatia sobe para 60% da remuneração; entre 91 dias e 365 dias, aumenta para 70%; E um período de doença superior a um ano é sinónimo de 75% do vencimento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Donos do Haitong Bank com lucros de 690 milhões no primeiro semestre

  • ECO
  • 4 Setembro 2020

Chineses da Haitong Securities registaram lucros de 690 milhões de euros na primeira metade do ano, ligeiramente abaixo do resultado recorde obtido há um ano.

O grupo chinês Haitong Securities, que detém o Haitong Bank em Portugal, obteve lucros de 690 milhões de euros no primeiro semestre do ano, ligeiramente abaixo do resultado recorde de 707 milhões obtido no mesmo período do ano passado.

No mesmo período, as receitas atingiram os 3,3 mil milhões de euros, registando uma quebra ligeira de 0,37% em termos homólogos, com o grupo a “beneficiar de uma favorável evolução da receita com comissões de mais 18,4%”.

O grupo chinês destaca o crescimento de 8,5% da base de clientes de gestão de wealth management para 12,46 milhões de clientes, com os ativos a observaram um aumento anualizado de 11,6% para 2,04 biliões de yuan (cerca de 250 mil milhões de euros).

Por outro lado, a negociação de títulos e fundos nas bolsas chinesas cresceram 28,3%, tendo contribuído para crescimento homólogo de 26,4% nos volumes negociados pela Haitong Securities no período entre janeiro e junho de 2020. “As atividades de mercado de capitais cresceram apesar das condições exigentes impostas pela situação de pandemia”, refere o grupo chinês.

Fora da China, a Haitong Securities adianta que as receitas operacionais em mercados internacionais subiram 0,9% para 8,4 mil milhões de yuan (mil milhões de euros), representando cerca de 32% das receitas totais do grupo.

Em Portugal, a Haitong Securities detém o Haitong Bank (ex-banco de investimento do BES) em Portugal desde 2015.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Sindicato receia despedimento de cerca de 300 trabalhadores da Portway

  • Lusa
  • 4 Setembro 2020

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (Sintac) receia o despedimento de cerca de três centenas de trabalhadores da empresa de ‘handling’ Portway.

No dia 17 de julho, a Portway anunciou que iria lançar em agosto, um programa de saídas voluntárias por mútuo acordo, perante o impacto da pandemia de covid-19, tentando evitar “outras medidas mais penalizadoras” para os trabalhadores.

Em declarações hoje à agência Lusa, Fernando Simões, do Sintac, disse que a empresa contactou centenas de trabalhadores em agosto para reuniões, que classificou de “contactos cirúrgicos”.

“Os trabalhadores com salários mais altos até percebemos, mas os restantes começámos a dissecar e temos pessoas com restrições horárias, situações clínicas porque tiveram acidentes de trabalho, já para não falar em membros do sindicato. Assim, não é difícil chegar à conclusão de que foi um processo cirúrgico”, disse, acrescentando que o programa terminou em 31 de agosto.

Fernando Simões contou que durante o mês de agosto decorreu um programa de rescisões amigáveis que, para o sindicato, “de amigável tem muito pouco”.

“Quando nos foi comunicado que a empresa iria avançar com um programa de rescisões amigáveis, na mesma altura descobrimos que a empresa nas duas semanas anteriores já tinha marcado entrevistas a centenas e com trabalhadores escolhidos por ela. Portanto, já não é assim tão voluntária”, salientou.

Segundo Fernando Simões, os trabalhadores foram sem saber ao que iam e foram confrontados com aquilo que consideram ser uma proposta impossível.

“Uma proposta fechada da empresa com determinados pontos e em que ou aceitavam tendo em conta as dificuldades dos setor – o Covid-19 vai servir para tudo – ou em outubro, 60 dias após acabar ‘lay-off’ simplificado, o nome deles constariam de uma lista de despedimento coletivo”, afirmou.

O sindicalista disse que não tem um número concreto de trabalhadores, mas que poderão ser cerca de três centenas, à semelhança dos números de há quatro anos quando a Ryanair deixou de ser cliente.

“Não concordamos que se façam rescisões amigáveis pois é o primeiro passo para delapidar as contas da empresa. Vamos estar a pagar centenas de indemnizações. Por outro lado, estamos a desperdiçar anos de ‘know how’ [conhecimentos] destes trabalhadores. A Portway teve também ajudas do Governo português para a manutenção dos postos de trabalho e a recebeu do ‘lay-off’ simplificado”, disse.

Para já, Fernando Simões disse que o Sintac vai aguardar por informação oficial da Portway sobre o que pretende fazer.

“Se o cenário for o pior vamos analisar e consultar os trabalhadores”, concluiu.

A agência Lusa contactou a Portway, que remeteu informação para mais tarde.

A Portway anunciou na altura que o programa de saídas voluntárias por mútuo acordo tinha por objetivo ajustar a sua estrutura de pessoal e evitar outras medidas mais penalizadoras para os trabalhadores.

Em junho, a quebra nos movimentos dos clientes da empresa foi de 87% face a igual mês do ano anterior.

“A expectativa para o final do ano aponta para uma retoma ligeira, com perspetivas de 2020 fechar com uma quebra de 60% de movimentos face a 2019. O mês de agosto deverá ser o mês com maior atividade até ao final do ano, ainda assim 30% a 40% abaixo de 2019”, apontou a Portway em comunicado em julho.

Entre os serviços disponibilizados pela Portway nos aeroportos encontram-se o embarque e acolhimento de passageiros, o carregamento e descarregamento das aeronaves, a preparação de voos e o transporte de passageiros e tripulações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.