Portugal regista mais 418 infetados com Covid-19. Morreram duas pessoas

Foram identificados 418 novos casos de infeção pelo novo coronavírus em Portugal nas últimas 24 horas. O número total de casos positivos desde o início da pandemia sobe para 59.051.

Portugal registou 418 novos casos de infeção por Covid-19, elevando para 59.051 o número de infetados desde o início da pandemia. Já o número de mortes subiu para 1.829, após mais dois óbitos terem sido contabilizados nas últimas 24 horas, segundo a última atualização da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Este é o registo mais elevado de novas infeções a nível nacional desde 11 de julho, ou seja, em quase dois meses. A maioria dos novos casos voltou a ser registada na região de Lisboa e Vale do Tejo. Dos 418 novos casos confirmados nas últimas 24 horas, 207 foram registados em Lisboa (49,5% do total), seguidos pela região Norte, que contabilizou 177 novas infeções (42,3%).

Boletim epidemiológico de 3 de setembro:

Assim, a região de Lisboa e Vale do Tejo continua a ser a região com mais casos até ao momento (30.415 casos de infeção e 673 mortes), seguindo-se do Norte (21.302 casos e 849 mortes), do Centro (4.860 casos e 253 mortes), do Algarve (1.141 casos e 17 mortes) e do Alentejo (952 casos e 22 mortes). Nas ilhas, os Açores registam 216 casos e 15 mortos, enquanto a Madeira tem 165 pessoas infetadas e continua sem registar nenhuma vítima mortal.

Quanto à caracterização clínica, a maioria dos infetados está a recuperar em casa, sendo que 334 estão internados (menos três face ao dia anterior), dos quais 44 em unidades de cuidados intensivos (mais três). Há ainda 34.197 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, ou seja, mais 283 do que no balanço de quarta-feira.

Os dados revelados esta quinta-feira dão ainda conta de mais 194 recuperados, um número ligeiramente superior relativamente ao último balanço. No total, já 42.427 pessoas recuperaram da doença. Entre os casos de infeção confirmados desde o início da pandemia, mas considerando também os recuperados, existem atualmente 14.795 casos ativos, mais 222 do que no dia anterior.

(Notícia atualizada pela última vez às 16h05)

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Wall Street negoceia misto com queda dos pedidos de desemprego

  • Lusa
  • 3 Setembro 2020

As praças norte-americanas corrigem, após os máximos históricos atinguidos dos últimos dias. Governo norte-americano divulgou que os pedidos de subsídio de desemprego caíram, na semana passada.

A bolsa de Wall Street negociava esta quinta-feira mista no início da sessão, quando o Departamento do Trabalho (DOL) norte-americano divulgou que os pedidos de subsídio de desemprego caíram, na semana passada, para 881 mil.

Pelas 14h45 (hora de Lisboa), o índice Dow Jones avançava 0,17% para 29.134,64 pontos, enquanto o Nasdaq cedia 1,92% para 11.826,40 pontos. Já o índice alargado S&P 500 fixava-se em 3.562,39 pontos, menos 0,52%.

Os pedidos de subsídio de desemprego nos EUA desceram para 881 mil na semana passada, uma evolução impactada pelos ajustes sazonais, avançou hoje o DOL.

De acordo com os dados divulgados esta quinta-feira, citados pela Bloomberg, na semana passada, os pedidos de desemprego fixaram-se em 881 mil, abaixo dos 1,006 milhões registados na semana terminada em 22 de agosto.

No entanto, os dados agora divulgados foram impactados de ajustes sazonais. Sem estas alterações, os pedidos de subsídio de desemprego nos EUA situaram-se, na semana em causa, em 833.352.

Na quarta-feira, a bolsa nova-iorquina encerrou em alta com o índice Dow Jones a subir 1,59%, para os 29.100,50 pontos.

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IVA da luz baixa para 13% nos consumos mais baixos. Medida chega a 1 de dezembro

Foi aprovada a aplicação de taxas de IVA diferenciadas em função de escalões de consumo no Conselho de Ministros.

Foi aprovada a aplicação de taxas de IVA diferenciadas em função de escalões de consumo no Conselho de Ministros desta quinta-feira. A medida vai entrar em vigor a 1 de dezembro e irá incluir 5,2 milhões de contratos de eletricidade.

A redução do IVA para a taxa intermédia, os 13%, acontece até aos primeiros 100 kWh por mês, tanto para contratos no mercado liberalizado como no regulado. Para o consumo posterior, a taxa da IVA volta a ser a de 23%. Além disso, esta medida só se aplica aos contratos cuja potência contratada seja, no máximo, de 6,9 kVA, que é o limite da tarifa social de energia.

Contudo, haverá uma majoração de 50% para agregados familiares numerosos. Em causa estão agregados com cinco ou mais elementos que, com esta majoração, pagam o IVA de 13% até ao consumo de 150 kWh por mês. Só a partir desse valor é que pagará 23% da IVA. Porém, esta diferenciação com base na dimensão dos agregados só se aplicará a partir de 1 de março por causa dos procedimentos que são necessários, explicou o ministro das Finanças, João Leão, na conferência de imprensa.

O Governo escreve no comunicado do Conselho de Ministros que “a medida abrange cerca de 5,2 milhões de contratos (86% dos clientes da baixa tensão) e complementa a medida tomada no Orçamento do Estado para 2019 de redução da taxa de IVA para 6% na componente fixa das tarifas de acesso às redes nos fornecimentos de eletricidade correspondentes a uma potência contratada que não ultrapasse 3,45 kVA”.

A concretização da medida é feita em termos ambientalmente sustentáveis, socialmente justos e financeiramente com um impacto controlado“, argumenta o Governo, assinalando que “a aplicação das taxas de IVA nestes termos constitui uma inovação no sistema do IVA ao nível comunitário, justificada em função da concretização de objetivos incluídos no Pacto Verde Europeu, respeitando o princípio da neutralidade constante das regras do IVA, na aceção da não distorção da concorrência”.

A medida custará 151 milhões de euros (perda de receita fiscal) por ano, segundo João Leão, e dará uma poupança anual à volta de 18 euros para um agregado familiar de 4 pessoas e de 27 euros para uma família numerosa, ou seja, cinco ou mais elementos.

(Notícia atualizada às 15h59 com mais informação)

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Auditoria mostra “adequação” da atuação do Fundo de Resolução no Novo Banco

Auditoria da Deloitte prova, segundo o Fundo de Resolução, que este tem exercido os seus poderes sobre o mecanismo de capital contingente de forma adequada.

O Fundo de Resolução (FdR), responsável por controlar o mecanismo de capital contingente, tem exercido os seus poderes sobre esta garantia prestada ao Lone Star no âmbito da compra do Novo Banco de forma adequada. É, pelo menos, isso que a entidade liderada por Máximo dos Santos lê na auditoria realizada pela Deloitte. Ainda assim, diz que vai integrar os resultados deste exame na “reflexão permanente sobre a execução” do mecanismo.

“A informação apresentada pela entidade independente que realizou a auditoria especial evidencia, designadamente, que o Novo Banco tem vindo a operar num quadro fortemente marcado pelo vasto legado de ativos não produtivos, gerado ainda na esfera do BES, com o consequente registo de imparidades e provisões, mas que tem também robustecido os seus procedimentos internos”, começa por dizer o FdR.

Depois de destacar a conclusão relativa ao Novo Banco, o FdR salienta o que a auditoria da Deloitte diz relativamente à entidade liderada por Máximo dos Santos. “No que respeita ao exercício dos poderes do FdR no âmbito do Acordo de Capitalização Contingente [o mecanismo de capital contingente], os resultados da auditoria traduzem a adequação dos princípios e critérios adotados“.

Apesar deste resultado, o FdR diz que “não deixará de integrar os resultados da auditoria na sua reflexão permanente sobre a execução do acordo, tendo em vista extrair as conclusões que se mostrem pertinentes”.

Conclui afirmando que o FdR “como acionista, detentor de 25% do capital do Novo Banco, e todos os seus credores, em especial o Estado e as instituições bancárias, só têm a ganhar com a preservação da estabilidade do Novo Banco”.

(Notícia atualizada às 15h30 com mais informação)

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Banco de Portugal diz que auditoria prova “importância” do mecanismo de capital contingente na recuperação do Novo Banco

O supervisor liderado por Mário Centeno diz que o relatório vem confirmar a importância do mecanismo de capital contingente na recuperação e viabilidade do banco.

O Banco de Portugal também já reagiu à auditoria especial da Deloitte feita ao Novo Banco. O supervisor liderado por Mário Centeno diz que o relatório vem confirmar a importância do mecanismo de capital contingente na recuperação e viabilidade do banco. Adianta ainda que está a analisar as “insuficiências” detetadas pela auditora entre 2000 e 2018, com especial “incidência e gravidade” no período de Ricardo Salgado.

“A auditoria especial confirma a importância do mecanismo de capitalização contingente para a recuperação do balanço do Novo Banco e para a sua viabilidade”, salienta o Banco de Portugal em comunicado.

“Sem aquele mecanismo, o Novo Banco não cumpriria as exigências de redução da exposição a ativos não produtivos, nem os rácios de capital regulatórios a que está sujeito”, remata a instituição presidida pelo ex-ministro das Finanças Mário Centeno em declarações que salvaguardam as decisões do Fundo de Resolução e do Governo em relação polémico mecanismo de capital contingente que foi criado em 2017 aquando da venda do Novo Banco ao Lone Star.

Ao mesmo tempo que o Banco de Portugal reagia, também o Fundo de Resolução enviou um comunicado às redações onde defende a sua atuação no Novo Banco. “Os resultados da auditoria traduzem a adequação dos princípios e critérios adotados”, considera este organismo liderado pelo vice-governador do Banco de Portugal, Máximo dos Santos.

Este mecanismo, no valor de 3,9 mil milhões de euros, tem estado debaixo de fogo devido às sucessivas injeções milionárias que o Fundo de Resolução tem realizado nos últimos anos na instituição financeira. É uma espécie de seguro que o banco pode ativar sempre que registar perdas com um conjunto de ativos e essa perda deteriorar os rácios de capital do banco abaixo dos níveis regulamentares.

"A auditoria especial confirma a importância do mecanismo de capitalização contingente para a recuperação do balanço do Novo Banco e para a sua viabilidade.”

Banco de Portugal

Comunicado

Até hoje, por via deste seguro que vigorará até 2026, o Fundo de Resolução já injetou quase 3.000 milhões de euros no banco, socorrendo-se de 2,6 mil milhões de empréstimos do Estado.

É este mecanismo de capital contingente que está na mira do Bloco de Esquerda e da comissão de inquérito parlamentar que já anunciou. São visados no projeto dos bloquistas o Governo, Banco de Portugal e Fundo de Resolução em relação à atuação destas entidades no Novo Banco.

“Insuficiências” no BES em análise

O Banco de Portugal revelou ainda que as “insuficiências nos atos de gestão praticados no período em análise, com especial incidência e gravidade no período de atividade do BES” detetadas na auditoria estão a ser analisadas pelos reguladores.

“Essas situações estão já a ser alvo de uma análise cuidada por parte do Banco de Portugal, incluindo no quadro do Mecanismo Único de Supervisão, ao qual foi remetido o relatório da auditoria especial”, sublinha o supervisor bancário. O BCE confirmou ter recebido esta quinta-feira o documento e está agora a avaliá-lo.

Segundo o Banco de Portugal, o relatório da auditoria especial de Deloitte, que apontou para prejuízos de 4.000 milhões de euros no período entre 2014 e 2018 com origem sobretudo no BES, “caracteriza as condicionantes sobre a atividade do Novo Banco“, nomeadamente os compromissos assumidos com a Comissão Europeia e as exigências na limpeza do balanço.

(Notícia atualizada às 15h38)

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Segurança Social encaixa mais três milhões com boom do jogo online na pandemia

A Segurança Social encaixou mais 3 milhões de euros com o imposto sobre o jogo online no primeiro semestre, um aumento de 69% explicado pelo boom das apostas na internet durante a pandemia.

A Segurança Social arrecadou mais três milhões de euros com o imposto especial sobre o jogo online durante o primeiro semestre deste ano, encaixando um total de nove milhões de euros. Entre janeiro e junho, as apostas na internet aumentaram 70%, o que ajudará a explicar o aumento do imposto entregue aos cofres da Segurança Social.

Os dados constam do relatório do Conselho das Finanças Públicas divulgado esta quinta-feira em que é analisada a execução orçamental da Segurança Social entre janeiro e junho. Apesar de ser um imposto com muito pouco peso na receita do sistema, o imposto sobre o jogo online tem registado crescimentos expressivos desde que foi criado.

Durante o primeiro semestre, os apostadores portugueses viraram-se para o jogo online quando os casinos fecharam, levando o volume de apostas online a crescer 70% no primeiro semestre para os 2,3 mil milhões de euros. Este aumento pode ser explicado não só pelo encerramento dos casinos, mas também pela redução de oferta verificada nas apostas desportivas online nesse período dada a suspensão das competições.

Este boom do jogo online traduziu-se numa maior arrecadação do imposto que incide sobre esta atividade, sendo que parte vai para a Segurança Social. Ao todo, no primeiro semestre, o sistema arrecadou nove milhões de euros, mais três milhões ou mais 69% do que no mesmo período do ano passado. A previsão do Governo era arrecadar 11 milhões no conjunto do ano, meta que poderá ser superada dado o desempenho do primeiro semestre.

Este imposto especial para o jogo online foi criado em 2016, com parte da receita consignada à Segurança Social para fins de ação social — outras porções das verbas arrecadadas com esta taxa revertem para o Ministério da Saúde e também para o Ministério da Educação, entre outros. Este valor é dirigido ao financiamento da ação social, enquadrados no subsistema de ação social, pelo que não se destinam a financiar o pagamento de pensões ou outras prestações sociais.

Receita de jogos sociais baixa 16%

Ao contrário do jogo online, os jogos sociais tiveram um menor volume de negócios durante o primeiro semestre devido às restrições à circulação e nos espaços de atendimento ao público. Isso refletiu-se no encaixe feito pela Segurança Social, a qual tem um peso bem superior na receita do sistema.

Ao todo, os jogos sociais renderam 95 milhões de euros no primeiro semestre, menos 16,4% do que no mesmo período do ano passado (114 milhões de euros). Para o conjunto do ano, o Governo estimava uma receita total de 233 milhões de euros, menos 2,4% do que em 2019 (239 milhões de euros).

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Apesar da fatura do lay-off, Segurança Social tem excedente de 352 milhões

A Segurança Social registou um excedente de 352 milhões de euros no primeiro semestre, apesar do choque da crise pandémica. Ainda não foi feita transferência do OE para compensar despesa da Covid-19.

A Segurança Social registou um excedente de 352 milhões de euros em contabilidade pública no primeiro semestre de 2020, apesar do impacto que a crise pandémica teve na despesa e na receita do sistema. Excluindo esse impacto, o excedente seria de 1.145 milhões de euros, segundo a análise do Conselho das Finanças Públicas divulgada esta quinta-feira sobre a evolução orçamental da Segurança Social entre janeiro e junho.

As contas da Segurança Social foram afetadas tanto do lado da receita como da despesa, apesar de o impacto ter sido significativamente maior no lado dos gastos por causa de medidas como o lay-off simplificado e o apoio extraordinário à redução da atividade económica para os trabalhadores independentes. É de assinalar que, apesar de ter “aguentado” o excedente até junho, este passou a ser um défice de 448,4 já em julho (no acumulado entre janeiro e julho), segundo os dados da Direção-Geral do Orçamento. Há um ano, até julho, o excedente era de 1.611 milhões de euros.

A despesa aumentou 12,6%, mais 1.457 milhões de euros, no primeiro semestre, bem acima do aumento implícito no Orçamento de 8,8%. Esta subida é explicada pelas medidas excecionais e temporárias que o Governo lançou por causa da crise pandémica, as quais representam 60% do aumento (876 milhões de euros), sendo que a medida com mais custos foi, sem dúvida, o lay-off simplificado (629 milhões de euros). Sem este impacto, a despesa teria aumentado 5%.

O Conselho das Finanças Públicas (CFP) revela que, até junho, “ainda não ocorreu nenhuma transferência do OE para compensar este aumento atípico na despesa“. O Governo tinha prometido que seria o OE a compensar a despesa superior da Segurança Social relativa à pandemia, o que deverá concretizar-se no segundo semestre uma vez que o Orçamento Suplementar só entrou em vigor em julho.

Além do impacto direto, há também o impacto indireto da pandemia com o aumento da despesa com o subsídio de desemprego (+18,7%, em termos homólogos), a subida da prestação social para a inclusão (+27,8%), entre outros. Mas também há despesa a cair como “o rendimento social de inserção em 7% (-12,5 milhões de euros) e o complemento solidário para idosos em 1,6% (-1,7 milhões de euros)”.

Relativamente à receita, esta caiu 2,6% no primeiro semestre, face à previsão de crescimento de 4,8% que estava implícita no orçamento. Foram menos 356 milhões de euros que entraram nos cofres da Segurança Social principalmente por causa da redução das contribuições sociais uma vez que os salários dos trabalhadores em lay-off tiveram um corte de 30% e, além disso, os empregadores ficaram isentos de pagar a TSU.

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BCE já recebeu relatório da auditoria ao Novo Banco e vai avaliá-lo

  • Lusa
  • 3 Setembro 2020

O Banco Central Europeu recebeu esta quinta-feira o relatório da auditoria externa ao BES e ao Novo Banco e adiantou que irá agora avaliá-lo.

O Banco Central Europeu (BCE) recebeu esta quinta-feira o relatório da auditoria externa ao BES e ao Novo Banco, que revelou perdas líquidas de 4.042 milhões de euros, e irá agora avaliá-lo, informou fonte oficial da instituição à Lusa.

Posso confirmar que o BCE recebeu hoje o relatório [da auditoria externa] solicitado pelo Governo português e irá agora avaliá-lo”, disse fonte oficial da instituição europeia de supervisão bancária quando questionada pela agência Lusa.

Em causa está a auditoria realizada pela consultora Deloitte aos atos de gestão do BES/Novo Banco no período entre 2000 e 2018, ou seja, abarcando quer o período antes quer depois da resolução do BES, como a criação do Novo Banco.

O relatório desta auditoria, que decorre desde o ano passado e deveria ter ficado concluída em julho, foi entregue na passada terça-feira ao Governo.

Nesse dia, em comunicado, o Ministério das Finanças disse que recebeu o relatório da auditoria externa e que o documento “será remetido à Procuradoria-Geral da República considerando as competências constitucionais e legais do Ministério Público”.

Posso confirmar que o BCE recebeu hoje o relatório [da auditoria externa] solicitado pelo Governo português e irá agora avaliá-lo.

Banco Central Europeu

Fonte oficial

Segundo o Governo, o relatório revela perdas líquidas de 4.042 milhões de euros no Novo Banco (entre 04 de agosto de 2014, um dia após a resolução do BES, e 31 de dezembro de 2018).

O documento descreve, ainda, “um conjunto de insuficiências e deficiências graves” no BES, até 2014, na concessão de crédito e investimento em ativos financeiros e imobiliários, de acordo com o executivo.

Nascido na resolução do BES (em 03 de agosto de 2014), 75% do Novo Banco foi vendido em outubro de 2017 ao fundo de investimento norte-americano Lone Star, mantendo o Fundo de Resolução bancário 25%, numa solução acordada entre Banco de Portugal e Governo.

Aquando da venda, foi acordado um mecanismo de capital contingente, que prevê que até 2026 o Fundo de Resolução compensa o Novo Banco por perdas de capital num conjunto de ativos que ‘herdou’ do BES até 3.890 milhões de euros.

Desde então e até hoje, o Fundo de Resolução já injetou 2.976 milhões de euros e ainda poderá colocar mais de 900 milhões de euros, valores que em cada ano têm impacto nas contas públicas uma vez que o Fundo de Resolução é uma entidade da esfera do Estado.

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Portugal Fashion na Alfândega do Porto “entre o físico e o digital”

  • Lusa
  • 3 Setembro 2020

Organização avança com o evento na tentativa minimizar o impacto negativo que a Covid-19 teve na indústria da moda, dando "alguma esperança aos criadores".

O Portugal Fashion regressa à Alfândega do Porto entre 15 e 17 de outubro, numa edição entre “o físico e o digital”, depois de, em março, o evento ter sido interrompido no âmbito das medidas de combate à pandemia de Covid-19.

Mesmo com o país a entrar novamente em estado de contingência a partir de 15 de setembro, a ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários, responsável pela organização do evento, decidiu avançar com a realização do evento em outubro, na tentativa minimizar o impacto negativo que a Covid-19 teve na indústria da moda, dando “alguma esperança aos criadores” que têm enfrentado grandes dificuldades aos longo dos últimos meses, explicou à Lusa.

A associação sublinha que o Portugal Fashion é um evento profissional, sendo a partir do mesmo que “se desenvolvem todas as dinâmicas de negócio e vendas, essenciais à atividade de designers e marcas”.

“Naturalmente que o Portugal Fashion está convicto de que o evento se vai realizar, embora em moldes muito diferentes do que seria habitual, tal como tem acontecido nas Semanas da Moda internacionais, bem como em outros eventos em Portugal, com um número muito restrito de pessoas e dando primazia aos espaços exteriores“, assinala a ANJE em resposta à Lusa.

Questionada sobre as medidas de segurança e a lotação máxima do evento, a organização adiantou apenas que a “preparação da 47.ª edição tem sido coordenada e pensada com o apoio de especialistas em Saúde Pública e será sempre validada pelas autoridades competentes”.

A associação escusou ainda avançar com a programação prevista para a 47.ª Edição (Primavera/Verão 2021), adiantando apenas que “será uma edição entre o físico e o digital”.

Na segunda-feira, a Câmara do Porto vota a atribuição de um apoio, solicitado pela ANJE, para a realização da edição de outubro do Portugal Fashion, até ao montante máximo de 50.000 euros, a pagar mediante a apresentação de documentação comprovativa da realização de despesas concretas efetuadas no âmbito do respetivo evento.

De acordo com a informação disponibilizada à autarquia, na última edição, realizada em março, e interrompida no final do primeiro de três dias previstos, estiveram presentes 200 profissionais de comunicação social e alcançou “uma audiência de 1,5 milhões de pessoas, bem como 972 publicações nas redes sociais e 332 notícias na comunicação social, gerando um retorno mediático na ordem dos 1,5 milhões de euros”.

Pela primeira vez em 25 anos, a 46.ª edição do Portugal Fashion teve início no dia 12 de março à porta fechada, por causa da pandemia do novo coronavírus e a sua realização “esteve sempre dependente da evolução da epidemia e dos pareceres técnicos das autoridades de saúde”, com as quais a organização esteve “em contacto permanente”.

Em 13 março, tendo em conta as medidas decretadas pelo Governo no âmbito do combate à pandemia de covid-19, a organização do Portugal Fashion decidiu cancelar a 46.ª edição da iniciativa.

À data, fonte oficial da iniciativa, explicou que a decisão de cancelar a 46.ª edição, que esteve sempre em cima da mesa, acabou por ser tomada com o acordo da Direção-Geral de Saúde (DGS), tendo em conta as medidas decretadas, entretanto, pelo Governo.

A pandemia do coronavírus que provoca a Covid-19 já provocou pelo menos 863.679 mortos e infetou mais de 26 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 1.827 pessoas das 58.633 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

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Acionistas confirmam administração da COSEC até 2022

  • ECO Seguros
  • 3 Setembro 2020

Celeste Hagatong mantém presidência, Thierry Etheve continua CEO. Apenas entra Placido Furnari para o cargo de José Vairinhos que se reformou mas fica no conselho fiscal.

O BPI e a Euler Hermes, acionistas em partes iguais da COSEC – Companhia de Seguro de Créditos, que é líder em Portugal nos ramos do seguro de créditos e caução, confirmaram a atual administração em assembleia geral reunida no passado dia 1 de setembro para eleger novos órgãos sociais para o mandato 2020-2022.

Na presidência do Conselho de Administração da companhia mantém-se Maria Celeste Hagatong e para este novo mandato foram eleitos os anteriores administradores não executivos Pedro Silva Fernandes e Paolo Cioni.

Na presidência da Comissão Executiva permanece Thierry Etheve tendo ainda como membros Ana Carvalho, responsável pela na área comercial, marketing e comunicação, e entrou Placido Furnari para assumir o pelouro de risco, substituindo José Vairinhos que passou à situação de reforma.

Foi eleito Pedro Rebelo de Sousa para presidir à assembleia Geral enquanto o conselho Fiscal mantém Miguel Gomes da Costa na presidência, integrando ainda Isabel Lacerda e José Vairinhos como membros efetivos.

A COSEC é responsável pela gestão do Sistema de Seguro de Créditos com Garantia do Estado português, que apoia as empresas na exportação e internacionalização para países de risco político agravado.

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Rita Travassos vai liderar Seguro Directo

  • ECO Seguros
  • 3 Setembro 2020

A gestora regressa à seguradora de comercialização de seguros automóvel por telefone e internet agora do grupo Ageas. Foi a casa onde há 24 anos começou a sua carreira profissional.

Rita Travassos assumiu o cargo de responsável da Seguro Directo, seguradora especializada na em seguro automóvel por internet e telefone, pertencente ao Grupo Ageas Portugal. O seu último cargo no grupo tinha sido direção de marketing da Médis e Ocidental.

Rita Travassos: “É a aposta nas pessoas e na inovação que nos permite hoje assegurar um nível de crescimento de 14% potenciando as vendas através de canais remotos”.

“É a aposta nas pessoas e na inovação que nos permite hoje assegurar um nível de crescimento de 14% potenciando as vendas através de canais remotos que se revelaram de enorme valia numa conjuntura de risco e propagação da COVID-19” afirma Rita Travassos, a propósito da Seguro Directo.

Licenciada em Gestão e com MBA pela Universidade Católica, a gestora iniciou o seu percurso profissional na Seguro Direto em 1996, na altura da sua fundação, na área de planeamento e controlo. Transitou para a Ocidental em 2007 e em 2016 para o grupo Ageas. “É particularmente reconfortante regressar à Seguro Directo 20 anos depois e sentir que o caminho efetuado foi estruturado e rico”, diz Rita Travassos, “temos hoje uma Companhia na vanguarda da inovação, não apenas na forma como se relaciona com o seu Cliente, mas também na forma como gere o seu negócio”, conclui.

A Seguro Directo foi pioneira em 1996 na venda de seguro automóvel por canais remotos, tendo sido adquirida pela AXA em 2005 que a vendeu ao grupo Ageas em 2016.

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Bloco quer comissão de inquérito para “perceber porque é que o Novo Banco continua a sobrecarregar as contas públicas”

Bloquistas apresentam projeto de comissão de inquérito para perceber porque é que o Novo Banco continua a pedir dinheiro ao Fundo de Resolução, com recurso a fundos públicos.

Comissão Eventual de Inquérito aos prejuízos do Novo Banco imputados ao Fundo de Resolução“. Este é o nome da comissão de inquérito que o Bloco de Esquerda propõe para apurar “porque é que o Novo Banco continua a sobrecarregar as contas públicas“, segundo o projeto dos bloquistas.

Desde que foi criado, em 2014, o Novo Banco já recebeu injeções de cerca de oito mil milhões de euros, três mil milhões dos quais injetados já depois da venda ao Lone Star, em 2017, e que obrigou o Estado a emprestar cerca de 2,6 mil milhões ao Fundo de Resolução por via do mecanismo de capital contingente.

“Tendo a comissão de inquérito ao BES/GES apurado as responsabilidades que conduziram à falência do Grupo, é hoje crucial compreender porque é que o Novo Banco continua a sobrecarregar as contas públicas“, refere o projeto.

O Bloco quer apurar as causas dos prejuízos reportados pelo Novo Banco desde o momento da resolução bem como os mecanismos que levaram à imputação dessas perdas ao Fundo de Resolução, e os seus responsáveis.

“O objetivo da comissão de inquérito é avaliar as causas das perdas do Novo Banco imputadas ao Fundo de Resolução, identificar as decisões que lhes deram origem e os seus responsáveis políticos, compreender se poderiam ter sido evitadas, e apurar os atos da atual gestão do Novo Banco do ponto de vista da defesa do interesse público”, explicam os bloquistas no projeto.

Apontando para uma comissão de inquérito com o prazo máximo de 120 dias, o objetivo desta iniciativa “não é, ao contrário do que é habitual, apenas escrutinar o passado”, “é proteger o futuro”. E fala em três momentos que são fulcrais para esta avaliação: a resolução e consequente definição inicial do perímetro do balanço do Novo Banco, em agosto 2014; o processo de venda do Novo Banco ao fundo Lone Star, em outubro de 2017; a gestão do Novo Banco sob o controlo da Lone Star, após 2017.

Para tal, pretende que o Parlamento faça uma avaliação:

  • Da intervenção do Banco de Portugal no processo de resolução que conduziu à definição do perímetro de resolução;
  • Do processo e condições de venda ao fundo Lone Star;
  • Da atuação dos órgãos societários no Novo Banco, incluindo os de administração, de fiscalização e de auditoria, no que respeita à proteção dos interesses do acionista Estado, em particular no processo de avaliação e venda de ativos que conduziram a injeções do Fundo de Resolução;
  • Da atuação do Governo, Banco de Portugal, do Fundo de Resolução e da Comissão de Acompanhamento enquanto decisores públicos e mecanismos responsáveis pela fiscalização da gestão do Novo Banco.

O Bloco avança com o projeto depois de a Deloitte ter concluído a auditoria aos atos de gestão no banco entre 2000 e 2018, verificando que a maior parte das perdas de 4.000 milhões de euros que o Novo Banco registou entre 2014 e 2018 se devem à herança tóxica do BES.

Esta quarta-feira, António Ramalho esclareceu que 95% das perdas tiveram origem no tempo em que o banco era liderado por Ricardo Salgado e, perante aquilo que chamou de “incêndio que lavrava de forma extremamente perigosa”, assegurou que a sua equipa de “bombeiros” vai apagar o “fogo posto” no banco.

O presidente do Novo Banco vai ao Parlamento no próximo dia 15 de setembro. No dia a seguir será a vez de os deputados ouvirem as explicações do presidente do Fundo de Resolução, Máximo dos Santos.

(Notícia atualizada às 12h41)

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