Valor médio das novas pensões toca máximo de 2018

  • Lusa
  • 1 Setembro 2020

Valor médio bruto das novas pensões atribuídas em julho foi de 1.332,8 euros.

O valor médio bruto das reformas dos novos pensionistas por velhice da Caixa Geral de Aposentações foi de 1.332,8 euros em julho, o mais alto desde dezembro de 2018, segundo os dados da síntese de execução orçamental.

Em julho, a Caixa Geral de Aposentações (CGA) passou a ter 1.452 novos pensionistas por velhice, o que reflete uma subida homóloga de 43,3%, de acordo com a mesma informação disponibilizada pela Direção-Geral do Orçamento (DGO).

Naquele mês, o valor médio bruto das novas pensões atribuídas foi de 1.332,8 euros (mais 1,7% em termos homólogos), sendo esta a primeira vez em 2020 que a barreira dos 1.300 euros foi ultrapassada.

O valor médio das pensões atribuídas em cada mês depende de vários fatores, nomeadamente da remuneração dos funcionários públicos que entram na reforma ou da existência de penalizações por antecipação da aposentação antes da idade legal para o fazer.

Os dados da DGO mostram que, entre janeiro e julho, há apenas registo de três meses (abril, junho e julho) em que o valor médio das novas pensões registou uma subida em termos homólogos. Nos restantes, a comparação foi negativa.

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Parlamento alemão vai abrir inquérito ao colapso da Wirecard

Após o desaparecimento de quase dois mil milhões de euros das contas da Wirecard, o parlamento alemão vai abrir um inquérito completo ao colapso da empresa de pagamentos.

O parlamento alemão prepara-se para abrir um inquérito completo ao colapso da Wirecard, depois de ter sido descoberto um buraco nas contas da fintech germânica de quase dois mil milhões de euros, avança o Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Este inquérito parlamentar será fundamental para “esclarecer um escândalo contabilístico que não tem precedentes na história do pós-guerra da Alemanha“, disse a porta-voz de finanças do Green Party, Lisa Paus, citada pelo jornal. “Devemos isso aos investidores e cidadãos deste país”, reiterou.

A decisão foi conhecida depois de os deputados alemães terem considerado que as audiências especiais realizadas perante o comité de finanças do Bundestag não foram conclusivas quanto ao papel das autoridades financeiras no colapso da Wirecard. “A imagem que nos foi apresentada nos últimos dois meses é a de um governo que atira a culpa para as outras pessoas”, afirma Florian Toncar, deputado do Partido Democrático Liberal.

No centro da polémica está o desaparecimento de 1,9 mil milhões de euros das contas da empresa de pagamentos encontrado através de uma auditoria da EY. O montante representava cerca de um quarto do balanço da Wirecard e a informação disponível indicava que os fundos estariam no sistema financeiro das Filipinas, para facilitar a concretização de operações com outras empresas.

No seguimento deste caso, a Wirecard pediu insolvência e mais de 700 trabalhadores foram despedidos. Além disso, o escândalo já levou à detenção antigo CEO da Wirecard, Markus Braun, bem como, à saída da fintech germânica do índice de referência DAX

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Visão estratégica de Costa Silva recebeu 1.153 propostas de contributo

  • Lusa
  • 1 Setembro 2020

Das propostas recebidas, o eixo que recebeu mais contributos foi o da "Qualificação da população, Infraestruturas digitais, Ciência e Tecnologia".

O documento “Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020/2030, do gestor António Costa Silva, recebeu 1.153 propostas de contributo no período de discussão pública, que terminou em 21 de agosto.

Em declarações à Lusa, o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, Tiago Antunes, salientou a “elevada participação, quer de instituições quer de cidadãos anónimos” em relação ao plano do professor universitário, cuja versão inicial foi apresentada publicamente em julho.

O número de propostas recebidas ao longo do período de discussão pública, segundo Tiago Antunes, “demonstra bem o interesse que a visão estratégica delineada pelo professor Costa Silva suscitou na sociedade portuguesa, o vivo debate que gerou e o empenhamento cívico de tantos que querem dar o seu contributo para o futuro do país”.

“Chegaram muitas propostas interessantes que estão agora a ser analisadas e levadas em consideração” pelo gestor e professor universitário, acrescentou o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro.

Tal como anunciou António Costa, na segunda-feira, em Coimbra, a sessão de balanço da consulta pública da “Visão Estratégica para o Plano de Recuperação” está marcada para 15 de setembro.

A “Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020-2030”, que se pretende assumir como o documento “enquadrador das opções e prioridades que deverão nortear a recuperação dos efeitos económicos causados pela atual pandemia da Covid-19”, será depois trabalhado pelo Governo, antes de ser entregue em Bruxelas em outubro.

Esta “Visão Estratégica para o Plano de Recuperação” está dividida em “10 eixos estratégicos: Rede de Infraestruturas indispensáveis; qualificação da população, a aceleração da transição digital, as infraestruturas digitais, a Ciência e Tecnologia; Saúde e o futuro; Estado Social; Reindustrialização do país; Reconversão industrial; Transição energética e eletrificação da economia; Coesão do território, Agricultura e Floresta; Novo paradigma para as cidades e a mobilidade; e Cultura, Serviços, Turismo e Comércio.

Segundo o Governo, do total de 1.153 propostas recebidas até 21 de agosto, o que recebeu mais contributos foi o da “Qualificação da população, Infraestruturas digitais, Ciência e Tecnologia”, com 187 sugestões, cerca de 16%.

Os eixos referentes à rede de infraestruturas e da coesão do território receberam, respetivamente, 156 e 157 contributos, representando cada qual 14% do total.

No documento de balanço do Governo, ao qual a agência Lusa teve acesso, destacam-se ainda propostas para os eixos da reindustrialização (11%), do Estado Social (9%), e cultura e turismo (5%).

Destas propostas, o executivo refere ainda que “dois terços dos contributos tiveram origem em particulares, tendo os restantes sido enviados por instituições e empresas”.

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Draghi diz que dinheiro da Europa deve criar novos empregos, não salvar os antigos

Mario Draghi, ex-presidente do Banco Central Europeu, defende que os países devem canalizar as verbas da "bazuca" europeia para novos empregos, destinados aos mais novos.

Mario Draghi instou os países europeus a aplicarem corretamente as verbas europeias, os do Fundo de Recuperação. Defende que estes estímulos devem ser canalizados para setores que possam criar novos empregos, para os mais novos, em vez de serem gastos nos antigos.

“Os subsídios [criados para proteger os postos de trabalho] terão de acabar, mas ao mesmo tempo serão criados novos postos de trabalho”, disse o antigo presidente do Banco Central Europeu (BCE), que participou num evento online.

“É muito bom se os governos conseguirem acabar com os subsídios ao mesmo tempo que criam empregos, e especialmente bom para os mais novos”, afirmou, em declarações citadas pela Bloomberg (acesso pago/conteúdo em inglês). Draghi pede que os governos evitem gastar dinheiro para continuar a apoiar setores desatualizados, que não darão retorno a prazo.

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Escócia prepara referendo sobre independência

  • Lusa
  • 1 Setembro 2020

Apesar de o Governo britânico se opor à ideia, a primeira-ministra escocesa prometeu definir antes das eleições locais os termos e a data de um segundo referendo sobre a independência da Escócia.

A primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, prometeu esta terça-feira definir antes das eleições locais de maio os termos e a data de um segundo referendo sobre a independência da Escócia, apesar de o Governo britânico se opor à ideia.

“Antes do final desta legislatura, iremos publicar uma proposta de lei que definirá as condições e o calendário para um referendo sobre a independência, bem como a questão que será colocada à população durante este referendo”, anunciou Sturgeon, durante o discurso para marcar a reabertura do Parlamento escocês.

A líder do Partido Nacionalista Escocês (SNP) acrescentou que vai fazer campanha nas eleições para a assembleia autónoma em 2021 pela independência da Escócia, que faz parte do Reino Unido, juntamente com Inglaterra, País de Gales e Irlanda do Norte.

A questão da independência foi a referendo em 2014, quando os escoceses votaram 55% para permanecer no Reino Unido, e uma repetição precisa de ser autorizada por Londres.

Nicola Sturgeon acredita que o processo do Brexit mudou a opinião pública porque a Escócia votou esmagadoramente (62%) em 2016 contra a saída da União Europeia (UE), formalizada a 31 de janeiro.

Segundo a chefe do Governo escocês, os desafios colocados pela pandemia covid-19 são agravados “completa e desnecessariamente” pela teimosia do Governo de Boris Johnson, o primeiro-ministro britânico, em recusar o prolongamento das negociações pós-Brexit com a UE.

Sturgeon viu a popularidade aumentar durante a pandemia, ao contrário de Johnson, criticado pela gestão da crise, e espera capitalizar esse apoio e os bons resultados nas eleições legislativas nacionais de dezembro para forçar Londres a aceitar uma nova consulta pública.

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Quais são as seguradoras que os corretores mais gostam

  • ECO Seguros
  • 1 Setembro 2020

Os corretores estão do lado dos clientes ao procurarem as seguradoras que melhores condições oferecem para contratar coberturas de riscos. Revelamos as companhias preferidas das 15 maiores corretoras.

Fidelidade e Seguradoras Unidas (Tranquilidade, Açoreana) foram as seguradoras que, em 2019, maior negócio fizeram com o top 15 das corretoras portuguesas, estando sempre nos dois primeiros lugares entre as companhias que concederam maiores remunerações às corretoras pelo seu trabalho de mediação e cobrança junto de clientes. Duas exceções confirmam esta regra, A Ageas Seguros é a mais importante para a corretora Seguramos enquanto a seguradora londrina Domestic & General é a 2ª maior fornecedora da MDS que pertence ao grupo Sonae. A D&G fornece seguros no negócio das lojas do grupo, Worten entre outras.

As corretoras de seguros têm legalmente de revelar nos seus relatórios e contas as seguradoras que contribuíram com mais de 5% para a sua receita de remunerações. O legislador pretende com essa disposição que as corretoras procurem realmente muitas alternativas para os seus clientes e não se concentrem apenas em algumas seguradoras, fator que pode significar uma pior solução. Essas remunerações são atribuídas pelas seguradoras concedendo comissões de mediação e de cobrança às corretoras pelo seu trabalho junto dos clientes. A este valor junta-se ainda um valor de rappel que são prémios adicionais que as seguradoras concedem aos corretores quando se ultrapassam patamares de negócio, normalmente relacionados com volume de prémios emitidos pelo corretor em nome dessa seguradora.

Outro modelo de remuneração das corretoras é a prestação de um serviço de consultoria aos seus clientes. As maiores empresas portuguesas já seguem este modelo, pagando às corretoras um fee fixo para encontrarem, estudarem e ajustarem o melhor pacote de coberturas, ao melhor preço, junto das seguradoras do mercado. Neste caso está pressuposto que as corretoras não são remuneradas pelas seguradoras, abdicam do valor das suas comissões e incorporam-nas nos preços para os clientes, baixando os encargos destes.

Com base nos relatórios e contas de 2019 das corretoras, foi possível detetar as seguradoras que mais remunerações deram a cada uma das 15 maiores corretoras portuguesas. O conjunto das 69 corretoras a operar no mercado nacional contribuem para 8,4% do valor dos prémios de seguros emitidos em Portugal, segundo dados de 2018 da APS – Associação Portuguesa de Seguradores. Nos ramos Não Vida o seu peso quase atinge os 20% das vendas, mas em Vida apenas 1,6% do valor dos contratos é mediado por corretores.

No lado das cobranças, as corretoras recebem diretamente dos clientes e pagam às seguradoras sendo remunerados por esse serviço. Neste caso o contributo das corretoras é de apenas 6,2% do total cobrado em Portugal, com um peso de 15,3% nos ramos Não Vida e de apenas 0,3% no ramo Vida, sempre mais dirigido para cobranças por débito direto ou transferência bancária.

Muitas seguradoras não privilegiam relações com corretores, preferindo outros canais como mediadores ou bancassurance para obter volume, mas todas trabalham com estes intermediários especializados que estão por definição mais próximos dos clientes de seguros e exigindo, em nome destes, as melhores condições e coberturas a qualquer uma das seguradoras do mercado.

A Fidelidade foi a maior fornecedora para 9 das 15 maiores corretoras nacionais, a segunda maior para outras cinco e terceira para outra. Já a Seguradoras Unidas, mais conhecida pela sua marca Tranquilidade, foi a maior fornecedora de cinco corretoras e a segunda maior em nove sendo a terceira na MDS logo após a Domestic & General. A Ageas Seguros é a maior fornecedora da Seguramos.

No top 5 dos fornecedores das corretoras, a partir da terceira posição em importância, surgem ainda a Allianz (8 corretoras), Generali (7), Zurich (6), Caravela (2), Victoria (2), Lusitania (2), Liberty (2) e Metlife (1) . A partir da 4ª posição surgem a AIG (2) e a Ocidental (2).

A presença das maiores seguradoras nesta tabela é considerada natural, uma vez que a oferta disponível e a capacidade de aceitar riscos é maior. No entanto, a maior concentração das corretoras em muitas ou poucas das seguradoras no mercado é variável. A AON tem apenas 31% das suas remunerações concentrada em seguradoras que pesam mais de 5% do total das suas remunerações. Significa que 69% os seus rendimentos são provenientes de muitas seguradoras cujo peso está abaixo de 5% deste tipo de receita da corretora. Já a Villas Boas ACP tem o seu negócio concentrado em apenas 2 seguradoras: Fidelidade e Tranquilidade.

Na tabela pode ser verificado as seguradoras com maior peso em cada uma das 15 maiores corretoras durante o ano de 2019, tendo como fonte de informação os relatórios e contas de cada uma das empresas. O volume de negócios (VN) apenas justifica a classificação apresentada, o valor não pode ser relacionado com as remunerações recebidas uma vez que para o VN entram outras receitas não provenientes de seguradoras. O top 5 adiciona o peso das cinco maiores, indicando o nível de concentração. Aqui fica:

 

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Investidores da bolsa não foram de férias este ano. E compensou

Bolsas norte-americanas viveram o melhor agosto em 30 anos, enquanto o português PSI-20 subiu no mês das férias pela primeira vez desde 2016. A recuperação das ações continua, mas é desigual.

Fotomontagem: Lídia Leão / ECO

A praia e o calor estão nos pensamentos de muitas pessoas, especialmente após meses de confinamento. Mas para os investidores que perderam dinheiro no sell-off dos mercados vivido no início da pandemia, há outra preocupação. Este ano, as férias foram feitas de olho na recuperação das bolsas e a estratégia compensou.

“O início da pandemia foi dominado essencialmente pelo desconhecimento e incerteza. Não conhecendo o vírus, a sua forma de propagação e consequências para a saúde individual e publica, a grande dúvida foi como nos poderíamos comportar e trabalhar”, explica a diretora da área de investimentos da GNB Gestão de Ativos, Susana Vicente. “A nossa profissão exige que estejamos presentes, o mercado de capitais não parou, e em momentos como estes é quando as pessoas precisam ter a certeza de que se precisarem de mobilizar as suas economias o podem fazer“.

Em março, o coronavírus espalhou-se além da Ásia e atirou as bolsas ao “tapete”. As ações mundiais perderam 11 biliões de euros de capitalização devido à pior queda mensal desde a crise do subprime.

"A nossa profissão exige que estejamos presentes, o mercado de capitais não parou, e em momentos como estes é quando as pessoas precisam ter a certeza de que se precisarem de mobilizar as suas economias o podem fazer.”

Susana Vicente

Diretora da área de investimentos da GNB GA

“Havia a expectativa que o vírus ficasse restrito na China. Não aconteceu e os clientes foram obrigados a negociar mais para diminuir a exposição. A queda do mercado assustou muita gente. Além disso, por uma série de razões, os investidores estão mais atentos. Enquanto as pessoas estiveram confinados, tiveram mais tempo. As apostas desportivas pararam, mas a bolsa não fechou“, sublinha igualmente Steven Santos, head of trading platforms and brokerage do BiG – Banco de Investimento Global.

Ambos admitem que houve algum pânico entre os clientes, enquanto as equipas dos dois bancos tiveram de se fechar em casa devido à pandemia. A tendência foi generalizada com os volumes de negociação a dispararem por todo o mundo. No índice português PSI-20, subiram em março para o valor mais elevado desde 2016. E continuam acima do que é costume com a tentativa de recuperação das perdas geradas.

Fonte: Reuters

“A estratégia inicial passou por uma geração de liquidez que permitisse, por um lado, proteger as carteiras da forte volatilidade e, por outro lado, fazer face a algum aumento de resgates que pudesse acontecer, em especial nas carteiras de maior risco, como as carteiras puras de ações”, refere a gestora. “Em termos de estratégia de gestão, houve um reconhecimento de que nesta crise ‘não somos todos iguais’, quer setorialmente quer empresas individuais“.

Assim, os fluxos de capital moveram-se para áreas de negócio mais bem preparadas para uma nova realidade, como o e-commerce e a interação virtual, em detrimento de outros setores mais prejudicados pela pandemia, como o turismo e o lazer. Após o pânico inicial, a recuperação nas bolsas tem sido constante, mas desigual e é a tecnologia a grande vencedora.

Em Wall Street, o Nasdaq e o S&P 500 já estão positivos no acumulado do ano, mas o Dow Jones continua na linha de água. Sobem há cinco meses seguidos e viveram o melhor agosto em mais de 30 anos. Já na Europa, os índices ainda estão abaixo da linha de água, mas a caminho de terreno positivo. O português PSI-20 ainda perde 17%, mas registou, no mês passado, o primeiro agosto positivo desde 2013.

"Quem achava que o mercado estava demasiado caro, viu agora uma oportunidade de entrar. Além disso, há a consciencialização que nada paga retornos portanto para ter rendimento tem de haver maior exposição ao risco.”

Steven Santos

Head of trading platforms and brokerage do BiG

No GNB GA, a estratégia de aposta nos setores vencedores da pandemia permitiu “participar na recuperação dos mercados, quer de ações quer de obrigações, estando a generalidade das carteiras perto, ou já acima, dos máximos do ano, verificados em fevereiro, antes da chegada da pandemia ao continente europeu”, aponta Susana Vicente.

Não há, para já, razões para que o rally chegue ao fim até porque este tem tido um forte impulso do dinheiro barato dos bancos centrais. “Quem achava que o mercado estava demasiado caro, viu agora uma oportunidade de entrar. Além disso, há a consciencialização que nada paga retornos portanto para ter rendimento tem de haver maior exposição ao risco“, acrescenta Steven Santos, que acredita numa continuação das valorizações até, pelo menos, às eleições nos EUA.

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“Estamos a avaliar a operação em Portugal”, diz a Ryanair

  • Lusa
  • 1 Setembro 2020

Ryanair está “a fazer uma avaliação agora sobre os custos de pessoal e aeroportos e qual a situação de quarentena em Portugal".

O presidente executivo da Ryanair disse, em entrevista à Lusa, que a companhia aérea está a “avaliar a operação em Portugal”, nomeadamente em termos de custos, referindo que pretende manter o maior número de empregos possível.

“Temos de cortar os nossos custos de trabalho no curto prazo, mas não de forma pouco razoável. Temos de cortar agora e depois restaurar o pagamento, para tentar manter os postos de trabalho, o mais possível”, indicou Eddie Wilson.

O presidente da Ryanair pretende chegar a um acordo nesse sentido com os trabalhadores portugueses, indicou.

“Temos um sindicato muito vocal, que não conseguiu um acordo com a Ryanair e que parece passar todo o seu tempo com a comunicação social em vez de com a companhia e acho isso lamentável, especialmente tendo em conta que conseguimos concluir acordos na maioria dos outros países europeus”, assegurou.

Indicou ainda que o grupo está “a fazer uma avaliação agora sobre os custos de pessoal e aeroportos e qual a situação de quarentena em Portugal, para decidir quais serão os números do tráfego [que pretende atingir]”.

Eddie Wilson defendeu ainda que a empresa é um “um grande contribuidor para a economia portuguesa”, operando “o ano todo”, e apoiando o turismo e o emprego.

No dia 21 de agosto, o diretor de Recursos Humanos da Ryanair disse, em entrevista à Lusa, que há “uma perspetiva real de cortes selvagens em Portugal” na temporada de inverno em termos de capacidade e aviões, devido à pandemia de Covid-19.

“Estamos a enfrentar tempos muito incertos, e há uma perspetiva bem real de cortes selvagens em Portugal este inverno em todas as nossas bases, em termos de capacidade e em termos de aviões”, disse o diretor de Recursos Humanos da Ryanair, Darrell Hughes, numa entrevista por telefone à Lusa.

Instado a concretizar e a dar números, o responsável da companhia aérea irlandesa de baixo custo referiu que “há a possibilidade de cortes selvagens em qualquer lado” na operação da empresa na Europa, remetendo para o anúncio já feito de que a empresa iria cortar 20% do seu horário planeado para setembro e outubro.

Darrell Hughes lembrou que a empresa tem um acordo com os pilotos “para manter as pessoas empregadas, o que pelo menos lhes dá alguma proteção”, mas afirmou que “não está em modo de recrutamento”, mas sim “em modo de sobrevivência e reconstrução”.

O diretor da Ryanair disse ainda que, tal como a empresa já tinha adiantado à Lusa, não planeia “usar nenhum pessoal da Crewlink no inverno”, numa referência à empresa de trabalho temporário que opera há mais de 10 anos em Portugal e tem como único cliente a Ryanair.

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Corticeira Amorim vence prémio europeu de sustentabilidade

A empresa liderada por António Rios Amorim venceu o "Best Raw Materials Sustainability - Europe 2020", pela "atitude pioneira" da empresa e "empenho na conservação das florestas e sobreiros". 

A Corticeira Amorim conquistou o “Best Raw Materials Sustainability – Europe 2020”, um galardão da revista inglesa Capital Finance International ligado à sustentabilidade, pela “atitude pioneira” da empresa e “empenho na conservação das florestas e sobreiros”.

A revista inglesa justifica a entrega do galardão pela “atitude pioneira” da Corticeira Amorim “em termos de desenvolvimento sustentável, sublinhando o empenho na conservação das florestas de sobreiros“, lê-se no comunicado divulgado pela empresa liderada por António Rios Amorim.

Além disso, a publicação realça ainda “a inovação interna e externa” da empresa líder mundial do setor corticeira para “encontrar novos usos, utilizações e mercados para a cortiça”, que vão desde as rolhas “até às viagens espaciais”.

Nesse sentido, o júri valorizou ainda o equilíbrio encontrado pela empresa para balançar a rentabilidade do negócio com as práticas ambientais, já que a cortiça é ” totalmente natural” e reutilizável e extraída “sem causar quaisquer danos às árvores”, revela a nota de imprensa. Além disso, a revista inglesa destaca também o papel do sobreiro na regulação do clima, permitindo que “por cada tonelada de cortiça produzida, o montado pode sequestrar até 73 toneladas de CO2”.

Segundo o CEO e presidente do grupo Amorim, este prémio revela “o reconhecimento internacional” do compromisso estratégico da empresa no desenvolvimento sustentável, nomeadamente “no que concerne à defesa do montado de sobro e da cortiça”, aponta. “Trabalhamos uma matéria-prima única, e acreditamos que responde aos desafios da sociedade atual, beneficiando as pessoas, o planeta e o crescimento sustentado das organizações”, conclui António Rios Amorim.

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Presidente da Ryanair diz que apoio à TAP é “escandaloso”. Vai ser o “maior desperdício de dinheiro de sempre em Portugal”

  • Lusa
  • 1 Setembro 2020

Presidente da Ryanair acredita que “a capitalização da TAP vai ser o maior desperdício de dinheiro de sempre em Portugal".

O presidente executivo da Ryanair, Eddie Wilson, considera o apoio concedido à TAP, num total de 1,2 mil milhões de euros, de “escandaloso”, chamando-lhe ainda “o maior desperdício de dinheiro de sempre em Portugal”.

“A ideia de que os contribuintes portugueses tenham de pagar 1,2 mil milhões de euros para manter uma companhia aérea que tem uma cor especial na cauda do avião é escandalosa. Não existem transportadoras nacionais, estamos todos na União Europeia”, afirmou o líder da companhia aérea low cost irlandesa em entrevista telefónica à Lusa, mostrando-se confiante no resultado de um processo que o grupo apresentou, junto do Tribunal de Justiça da União Europeia, a contestar esta ajuda.

Eddie Wilson disse ainda que “se o Governo português tem 1,2 mil milhões de euros em trocos para companhias áreas o que devia ter feito era abolir as taxas nos aeroportos portugueses nos próximos três anos e encorajar as companhias aéreas a trazer mais tráfego, o que criaria mais empregos”.

“Esta ideia é escandalosa, antieuropeia e anticoncorrencial e não faz nada para promover o investimento em Portugal”, vincou.

O presidente da Ryanair acredita que “a capitalização da TAP vai ser o maior desperdício de dinheiro de sempre em Portugal e não fazer nada para criar mais rotas e conectividade”.

A Ryanair apresentou, para já, seis processos contra as ajudas às companhias aéreas europeias, incluindo a concedida à TAP.

“O projeto europeu passava por abrir os mercados para que os cidadãos da União Europeia tivessem acesso a preços de alimentação mais reduzidos, a menos custos bancários, a telemóveis e carros mais baratos. Quando chegamos à aviação toda a gente perde a cabeça e diz que tem de ter uma companhia aérea nacional”, lamentou Eddie Wilson, rematando que esta estratégia “vai fazer estragos enormes ao projeto europeu e à credibilidade da Comissão Europeia”.

De acordo com informação oficial a que a Lusa teve acesso no dia 27 de agosto, confirmada pela Ryanair, um dos recursos apresentados pela companhia aérea de baixo custo contra autorizações da Comissão Europeia a ajudas estatais à aviação em altura de profunda crise no setor causado pela pandemia diz respeito ao apoio português à TAP e deu entrada no tribunal geral no passado dia 22 de julho.

Esse recurso visa anular a decisão de 10 de junho, quando o executivo comunitário deu ‘luz verde’ a um auxílio de emergência português à TAP, um apoio estatal de 1,2 mil milhões de euros para responder às “necessidades imediatas de liquidez” dada a pandemia de Covid-19, com condições predeterminadas para o reembolso.

De acordo com uma notícia do Público, no caso da TAP, a Ryanair apresentou ao tribunal geral cinco fundamentos legais para tentar anular o apoio estatal, argumentando desde logo que não ficou devidamente definido que “o auxílio de emergência contribui para um objetivo bem definido de interesse comum, adequado e proporcionado, e sem efeitos negativos indevidos” na concorrência.

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Covid-19 é transmissível pelo ar. Ambientes fechados são perigosos

  • Lusa
  • 1 Setembro 2020

Estudo aponta para a transmissão do vírus pelo ar que cada um expira e inspira, ao invés das grandes gotículas expelidas por espirros e tosse.

Em janeiro, no início da pandemia de Covid-19, um passageiro infetado e assintomático contagiou um terço do seu autocarro mal ventilado, durante um trajeto inferior a uma hora, indício de que o coronavírus é transmissível pelo ar.

A tese da transmissão do vírus pelo ar que cada um expira e inspira, ao invés das grandes gotículas expelidas por espirros e tosse, foi inicialmente negligenciada pelas autoridades sanitárias no mundo, antes de uma reviravolta este verão face à pressão de muitos especialistas em vírus respiratórios e de um acumulado de estudos sobre a presença de partículas virais em microgotículas aerotransportadas exaladas pela mera fala.

Num artigo publicado pela revista médica norte-americana Jama Internal Medicine, especialistas de centros chineses de controlo das doenças descrevem ter interrogado e testado passageiros que foram transportados em dois autocarros para um evento budista na cidade de Ningbo, a 19 janeiro, num percurso de 50 minutos (com regresso nos mesmos veículos). Ninguém usava máscara.

Uma pessoa sexagenária, sem sintomas, foi muito provavelmente o caso inicial, tendo tido contactos anteriores com pessoas de Wuhan, onde a epidemia começou.

Viajou sentada do lado direito, a meio do veículo 2, entre dois passageiros.

No total, outros 23 passageiros deste carro ficaram contaminados, entre 68 pessoas.

Pelo contrário, nenhuma infeção foi registada no carro número 1, idêntico.

O circulo de infeções era muito mais alargado do que as filas em torno da pessoa de 60 anos, com pessoas infetadas na parte da frente e na parte de trás do autocarro: se o vírus se transmitisse apenas em gotículas de grande dimensão, o circulo teria sido menor, pois geralmente caem dentro de um perímetro de um a dois metros.

Por outro lado, o paciente inicial não tinha sintomas no momento da viagem, pelo que não tossiu.

O sistema de climatização do carro fez recircular o ar dentro do veículo e não o renovou, o que, provavelmente, contribuiu para propagar o vírus, concluíram os autores da investigação.

“Este inquérito sugere que, em ambientes fechados onde o ar recircula, a SARS-CoV-2 é uma doença altamente transmissível”, escreveram.

O estudo, minucioso e que inclui um plano do veículo com a posição de cada pessoa contaminada, junta-se a outros no mesmo sentido, nomeadamente o caso de múltiplas contaminações entre mesas de um restaurante em Cantão, provavelmente potenciadas por um sistema de ventilação que não renova o ar no interior.

A pandemia do coronavírus que provoca a Covid-19 já provocou pelo menos 851.071 mortes e infetou mais de 25,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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Deco coloca reservas à instalação da aplicação StayAway Covid

  • Lusa
  • 1 Setembro 2020

A organização considera que "existe a possibilidade de uso não-declarado e indevido dos dados pessoais por parte da Google e da Apple".

A organização de defesa do consumidor Deco Proteste colocou esta terça-feira reservas à instalação nos telemóveis da aplicação StayAway Covid, invocando a possibilidade de uso não-declarado e indevido de dados pessoais pela Google e Apple.

A aplicação móvel, hoje lançada no Porto na presença do primeiro-ministro, António Costa, permite rastrear, de forma rápida e anónima e através da proximidade física entre ‘smartphones’, as redes de contágio por covid-19, informando os utilizadores que estiveram, nos últimos 14 dias, no mesmo espaço de alguém infetado com o novo coronavírus. A sua instalação é voluntária.

“Não podemos recomendar a instalação da StayAway Covid sem reservas”, refere a Deco Proteste num texto publicado no seu portal, acrescentando que “a decisão está do lado do consumidor”. A organização considera que “existe a possibilidade de uso não-declarado e indevido dos dados pessoais por parte da Google e da Apple”.

A ‘app’ StayAway Covid recorre ao sistema ‘Google/Apple Exposure Notification’, conhecido como GAEN, que disponibiliza o acesso a funcionalidades ao nível do sistema operativo do telemóvel (Android ou iOS).

Segundo a Deco Proteste, o sistema de notificação GAEN “não segue o princípio da abertura de código e transparência sobre entidades envolvidas no tratamento de dados”, pelo que “abre a porta para a possibilidade de terceiros, em particular as duas gigantes tecnológicas (Google e Apple), darem um uso não-declarado e indevido aos dados pessoais obtidos”.

A aplicação móvel, por ser baseada no sistema GAEN, “não permite um total escrutínio, já que o código desta parte do sistema não é público”, sustenta a organização de defesa do consumidor. A Deco Proteste saúda, no entanto, a opção pela tecnologia ‘Bluetooth’, em detrimento do GPS, e o caráter voluntário da ‘app’.

Ainda assim, aponta riscos associados à tecnologia usada, como “falhas no reconhecimento de telemóveis” e a “identificação de falsos contactos com infetados”, o que “poderá criar ansiedade desnecessária”.

A pandemia da covid-19 já provocou pelo menos 851.071 mortos e infetou mais de 25,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência noticiosa francesa AFP. Em Portugal, morreram 1.824 pessoas das 58.243 confirmadas como infetadas, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A covid-19 é uma doença respiratória causada por um novo coronavírus (tipo de vírus) detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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