Bolsa sobe pelo sétimo dia, juros mantêm-se em terreno negativo
No dia em que o BCE reforçou as munições da sua bazuca, a bolsa nacional prolongou os ganhos pela sétima sessão, enquanto os juros a 10 anos permaneceram em terreno negativo.
O rally do Pai Natal começou mais cedo na bolsa de Lisboa, que valorizou esta quinta-feira pela sétima sessão consecutiva, no dia em que o Banco Central Europeu (BCE) reforçou as munições da sua bazuca e ajudou a que os juros da dívida portuguesa continuassem em terreno negativo… pelo terceiro dia.
A yield associada às obrigações a 10 anos transaciona nos -0,016%, depois de ter fechado as duas sessões anteriores também em terreno negativo.
Por seu turno, o PSI-20, o principal índice português, somou 0,45% para 4.795,47 pontos, prolongando os ganhos pela sétima sessão seguida — desde o início de janeiro que a bolsa não tinha um ciclo tão prolongado de ganhos.
Foram 12 as cotadas que encerrarem com sinal positivo, sendo que a Pharol, com um disparo de 8%, foi a estrela da sessão. Entre os pesos pesados, a Jerónimo Martins ganhou 1,67%, a EDP subiu 1,66% e a Galp, acompanhando a subida do preço do petróleo, avançou 1,62%.
Fora do índice principal, as ações da Ramada Investimentos centraram as atenções dos investidores nacionais: valorizaram 12,9% para 4,2 euros, depois de a Euronext ter promovido o título ao PSI-20, algo que se concretizará no dia 21 de dezembro.
Lisboa contrariou o sentimento negativo que marcou a sessão europeia. O índice de referência Stoxx 600 caiu cerca de 0,3% para 393,69 pontos, registando-se também as descidas no Ibex-35 (-0,63%) e no Dax-30 (-0,27%).
O dia ficou marcado pela reunião do BCE. Lagarde correspondeu àquilo que era mais ou menos esperado pelo mercado, com o reforço do programa de compra de títulos em 500 mil milhões de euros, numa decisão que foi acompanhada de um prolongamento do programa até, pelo menos, março de 2022.
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