Nas notícias lá fora: guerra comercial, Brexit e China

  • ECO
  • 31 Dezembro 2020

Reguladores chineses estão a rever as participações do Ant Group e Espanha vai permitir aos intermediários britânicos que já operavam no país a exercer a sua atividade até 30 de junho.

Não há tréguas para a guerra comercial entre os Estados Unidos e a União Europeia. Washington impôs tarifas adicionais a produtos provenientes de França e da Alemanha. Os auxílios públicos à Boeing e à Airbus estão na génese desta luta. Uma guerra que chegou ao fim foi a do Brexit, o acordo comercial que Boris Johnson negociou com Bruxelas já é lei. Em consequência, em Espanha, o Ministério da Economia publicou uma norma que permite aos intermediários britânicos que até agora operavam no país com o seu passaporte comunitário continuarem a exercer atividade até 30 de junho.

Financial Times

Guerra comercial entre EUA e UE continua com novas tarifas impostas por Washington

Os Estados Unidos anunciaram a imposição de tarifas adicionais a produtos provenientes de França e da Alemanha, em retaliação às tarifas impostas pela União Europeia (UE). Washington alega que o país foi penalizado pelo método de cálculo utilizado pela UE. Bruxelas é, por isso, acusada de cobrar um valor demasiado elevado de direitos alfandegários sobre os produtos norte-americanos. Assim, as peças da indústria aeronáutica, os vinhos, excetuando espumantes, e os conhaques de França e da Alemanha serão, em retaliação, acrescentados à lista de produtos tributados desde 2019, no âmbito do litígio sobre os auxílios públicos para a Boeing e para a Airbus. A UE também foi autorizada este ano, pela Organização Mundial do Comércio (OMC) a cobrar direitos aduaneiros adicionais sobre os produtos norte-americanos.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês)

The Guardian

Acordo comercial de Boris Johnson com a UE já é lei

A Câmara dos Lordes do parlamento do Reino Unido aprovou, na noite de quarta-feira, o acordo de comércio pós-Brexit com a União Europeia (UE), e a Rainha Isabel II já o promulgou permitindo assim que o acordo se torne lei, após 14 horas de manobras parlamentares. Uma maratona necessária porque o período de transição que se seguiu à saída do Reino Unido da UE em 31 de janeiro termina às 23h00 de Londres e Lisboa. Boris Johnson agradeceu aos deputados pelo esforço para conseguirem aprovar a lei num dia. Após dez meses de negociações, a União Europeia e o Reino Unido chegaram finalmente a um Acordo de Comércio e Cooperação em 24 de dezembro que garante o acesso mútuo dos mercados sem quotas nem taxas aduaneiras.

Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês)

Cinco Días

Calviño dá borla à banca britânica para operar em Espanha apesar do Brexit

Não houve um grande acordo geral entre a União Europeia e o Reino Unido relativamente aos serviços financeiros, mas os 27 Estados membros podem dar uma autorização especial para cada país. Em Espanha, o Ministério da Economia publicou uma norma que permite aos intermediários britânicos que até agora operavam no país com o seu passaporte comunitário continuarem a exercer atividade até 30 de junho. Assim, os contratos de prestação de serviços bancários, valores, seguros e outros serviços financeiros com uma entidade domiciliada no Reino Unido mantêm a vigência.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Reuters

Reguladores chineses apertam o cerco ao Ant Group

Os reguladores chineses estão a rever as participações que o Ant Group detém em dezenas de empresas, num apertar do cerco ao império tecnológico do bilionário Jack Ma, avança a Reuters. Os reguladores estão a ponderar obrigar o Ant Group a desinvestir em algumas empresas, sobretudo start-ups fintech ou tecnológicas, caso viole alguma regra, como por exemplo criar concorrência injusta no mercado. Qualquer desinvestimento forçado privaria o grupo de investimentos potencialmente lucrativos, obrigaria a uma reestruturação das empresas e a uma maior injeção de capital, mas também reduziria significativamente a dimensão e influência do grupo no setor das fintech em franco crescimento.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

AFP

General Electric despede milhares mas CEO pode receber bónus

O diretor executivo da General Electric (GE), Larry Culp, poderá receber um bónus de 47 milhões de dólares (cerca de 38 milhões de euros), apesar de o grupo estar a despedir milhares de funcionários depois de más decisões de gestão. Este bónus poderia chegar a 230 milhões de dólares (cerca de 187 milhões de euros) se o diretor executivo conseguisse atingir os objetivos financeiros da empresa, de acordo com documentos enviados à Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, consultados pela AFP. Este ano, em plena crise do setor da aviação por causa da pandemia e que afetou o grupo – fabricante para as aeronaves LEAP em parceria com o grupo francês Safran –, a GE alterou, em 18 de agosto, o contrato do diretor executivo, com novos termos que eram melhores em relação ao contrato assinado em 2018.

Leia a notícia completa na AFP (acesso pago, conteúdo em inglês)

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