Governo confirma excecionalidade no pagamento de seguros por mais 6 meses

  • ECO Seguros
  • 29 Setembro 2020

O Supervisor alerta para o decreto lei publicado que altera as medidas excecionais e temporárias relativas à pandemia. São mais 6 meses de flexibilidade.

A regime de excecionalidade quanto ao pagamento dos seguros foi incluído no decreto lei 78A/2020 publicado em 29 de setembro. Assim, os efeitos anunciados em 12 de maio, através do decreto- lei 20F/2020 quanto à flexibilidade dos prazos de pagamento de seguros é estendido até 31 de março de 2021.

“O presente decreto-lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação e vigora até 31 de março de 2021, sem prejuízo do período de produção dos efeitos contratuais que decorram da aplicação do disposto nos artigos 2.º e 3.º.”, lê-se no decreto de 29 de setembro.

O artigo 2º referido afirma “podem ser convencionados o pagamento do prémio em data posterior à do início da cobertura dos riscos, o afastamento da resolução automática ou da não prorrogação em caso de falta de pagamento, o fracionamento do prémio, a prorrogação da validade do contrato de seguro, a suspensão temporária do pagamento do prémio e a redução temporária do montante do prémio em função da redução temporária do risco”.

Quanto ao artigo 3º a redação mantém-se afirmando que na ausência de acordo, em caso de falta de pagamento do prémio ou fração na data do respetivo vencimento, em seguro obrigatório, o contrato é automaticamente prorrogado por um período de 60 dias a contar da data do vencimento do prémio ou da fração devida.

A novo decreto lei pode ser visto aqui, e o decreto lei relativo aos seguros que o primeiro modifica pode ser consultado aqui.

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Fundos de pensões americanos processam Allianz por perdas de investimento

  • ECO Seguros
  • 29 Setembro 2020

A companhia alemã enfrenta processos judiciais de indemnização nos EUA por perdas em produtos de investimento, que as queixosas alegam ser responsabilidade da seguradora.

A Allianz é alvo de processos judiciais movidos por diversos fundos de pensões nos Estados Unidos porque, alegadamente, a seguradora alemã não preveniu “opções” para perdas de certas carteiras de investimento expostas às quedas abruptas do mercado, por efeito da pandemia, ao longo da primeira metade de 2020.

Segundo reporta a imprensa, em conjunto, as ações judiciais movidas contra a seguradora no tribunal de Nova Iorque alegam que os investidores perderam cerca de 4 mil milhões de dólares. Por conta deste litígio, a atuação da Allianz também é alvo de inquéritos da SEC (Securities and Exchange Commission).

Os queixosos – fundos de pensões de professores, camionistas e trabalhadores do setor de transportes da área metropolitana de Nova Iorque (MTA) – pretendem ser compensados por perdas significativas em ativos negociados nos mercados financeiros no período de forte volatilidade causada pelo impacto da Covid-19 nos mercados.

A companhia alemã assumiu posição afirmando que, embora “as perdas tenham sido dececionantes, as alegações são legal e factualmente inaceitáveis” e irá defender-se vigorosamente das acusações, cita a agência Reuters. Ainda segundo a seguradora, os queixosos são investidores profissionais, cientes de comprarem fundos com riscos proporcionais aos ganhos esperados para o produto.

O processo mais recente tem como alvo a unidade de gestão de ativos Allianz Global Investors, e foi movido pelo fundo de pensões da Metropolitan Transportation Authority (MTA). A empresa tem 70 mil funcionários e fez um investimento inicial de 200 milhões de dólares nos produtos financeiros.

Os outros processos, na generalidade relacionados com fundos de uma carteira (designada “Structured Alpha”), são assumidos por um fundo de pensões de professores do Estado do Arkansas, outro fundo de um sindicato dos camionistas e por empresas do grupo Blue Cross Blue Shield, que opera em seguros de saúde.

A investigação conduzida pela SEC continua e a Allianz está a cooperar no inquérito, indicam as mesmas fontes.

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Angolana Mundial Seguros arrisca intervenção estatal

  • ECO Seguros
  • 29 Setembro 2020

A companhia seguradora esteve anos sem aprovar relatório e contas anuais. Recentemente divulgou números de 2013 a 2017, encontrando-se atualmente em falência técnica.

A angolana Mundial Seguros (Amuse) dispõe de seis meses para angariar recursos que permitam injetar 5000 milhões de kwanzas (pouco mais de oito milhões de dólares) em reforço de capital, evitando assim a falência e consequente intervenção estatal que colocará a seguradora na lista de ativos a privatizar.

Se falhar o cumprimento da exigência de capital – que visa reequilibrar o rácio de solvência da entidade – a companhia tem destino traçado. Para evitar tal desfecho, conta o Jornal de Angola, está a ser preparado um concurso para contratação de serviços de consultoria especializada para, no prazo de um ano, avaliar o valor real da Amuse, cujo balanço apresenta problemas.

O Banco de Poupança de Crédito (BPC), acionista maioritário com 70% dos direitos de voto, é peça central no processo que poderá levar à intervenção do Instituto de Gestão de Ativos e Participações do Estado (IGAPE) ao ponto de, se a companhia não for salva, integrar a lista de ativos do Programa de Privatizações (PROPRIV).

Recentemente, reporta o órgão de comunicação angolano, a Assembleia Geral da seguradora aprovou relatórios e contas de 2013 a 2017, mas desde 2015 não cumpria a obrigação legal cometida aos órgãos de gestão no que respeita ao procedimento igualmente previsto nos estatutos da seguradora.

A Mundial Seguros foi constituída em fevereiro de 2006, ao abrigo do diploma legal de 15 de março deste ano, e, mais tarde, foi licenciada pela Supervisão de Seguros (Arseg).

Fontes não oficiais indicam que, a seguradora, cujo capital era inicialmente liderado pelo BPC com participação de 56%, começou por ser liderada por Paixão António Júnior em representação da instituição de crédito. Três anos depois da constituição da Mundial Seguros, alterações na estrutura acionista instalaram desconfiança sobre o controlo societário da seguradora. Paixão Júnior foi presidente do CA do banco até 2017.

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Médis abre clínica no Almada Fórum

  • ECO Seguros
  • 29 Setembro 2020

Com o novo espaço instalado no centro comercial de Almada, a prestadora de serviços pessoais de saúde soma quatro clínicas inauguradas nos últimos três meses.

A Clínica Médis acaba de inaugurar, no centro comercial Almada Fórum, o seu oitavo espaço na área de cuidados de saúde oral. À semelhança das anteriores, a Clínica Médis Almada “apresenta uma proposta de valor inovadora assente numa experiência de Cliente diferenciadora e em cuidados de saúde de elevada qualidade”, salienta um comunicado da empresa do grupo Ageas Portugal.

Segundo Rúben São Marcos, diretor geral da Clínica Médis, “a abertura de mais uma Clínica, a quarta num espaço de três meses, é um marco importante no nosso plano de expansão. Se tivermos em conta os desafios resultantes dos tempos que estamos a viver, esta é também uma prova do compromisso em manter o nosso plano de aberturas e de expansão da marca Clínica Médis a nível nacional”.

A aposta na vertente digital “continua a ser um dos principais focos na área privada de cliente é possível aceder ao histórico clínico, planos de tratamento e aceder às próximas consultas, entre outras funcionalidades”, explica a Médis.

“Estamos também focados em garantir todas as medidas de higiene e segurança necessárias, e que nos permitam continuar a estar próximo de todos, oferecendo os melhores cuidados de saúde em segurança,” realçou o responsável da companhia.

A Clínica Médis “adotou todos os procedimentos necessários para garantir a segurança dos pacientes e profissionais de saúde, seguindo as orientações da Direção Geral de Saúde e Ordem dos Médicos Dentistas,” assegura a empresa.

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Marcelo defende que “ninguém lhe perdoaria” se permitisse agora uma crise política

  • Lusa
  • 29 Setembro 2020

O Presidente da República diz que "ninguém lhe perdoaria" se permitisse a criação de condições para uma crise política no atual contexto de crise sanitária e consequente crise económica.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defendeu esta terça-feira que “ninguém lhe perdoaria” se permitisse a criação de condições para uma crise política no atual contexto de crise sanitária e consequente crise económica.

Em declarações à RTP e à TVI, à saída do Palácio da Cidadela, em Cascais, onde hoje o Conselho de Estado esteve reunido, Marcelo Rebelo de Sousa rejeitou a ideia de procura “ser presidencialista” no exercício das suas funções, argumentando que “sabe bem o que está na Constituição”, até “porque a votou”.

“Agora, também sabe que ninguém lhe perdoaria se, com duas grandes crises, o Presidente deixasse criar condições, sem a prevenir, para uma crise que era a terceira crise em cima das outras duas”, considerou.

O Presidente da República realçou que, por não ter o poder de dissolução nestes últimos seis meses do seu mandato, uma crise política agora será “ainda por cima uma crise a prazo, para ser resolvida em junho do ano que vem, começar agora e durar até junho do ano que vem”, e concluiu: “É um disparate”.

Em seguida, o chefe de Estado assinalou que “ao longo dos anos” tem feito apelos para evitar crises nos processos de aprovação dos orçamentos do Estado, “as pessoas é que não notaram”.

“Não tem nada de grave nem tem nada de original, não é novo”, relativizou.

Marcelo Rebelo de Sousa saiu do Palácio da Cidadela cerca de 50 minutos depois de ter terminado a reunião do Conselho de Estado, que contou com a participação da presidente do Conselho Europeu, Ursula von der Leyen.

Nas declarações que prestou à RTP e à TVI, voltou a elogiar a liderança da presidente da Comissão Europeia neste momento “muito crítico” de crise económica e social provocada pela pandemia de covid-19.

“Primeira conclusão: há líder europeia. Segunda conclusão: gosta de Portugal”, afirmou o chefe de Estado, acrescentando: “O que está encaminhado para ser decidido será decidido, ela fará tudo para que seja decidido. Há uma determinação, uma vontade, uma força, uma liderança”.

Relativamente a Portugal, segundo o Presidente da República, Ursula von der Leyen visitou o país pela primeira vez e “ficou muito impressionada”.

“Neste curto período, e nos contactos antes tidos, percebeu o esforço que nós fizemos no passado para recuperar as nossas finanças, percebeu como apanhámos em cima com a pandemia e voltou tudo para trás, para pior do que para trás”, disse.

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Wall Street no vermelho à espera do debate presidencial

Os principais índices bolsistas dos EUA aliviam após três sessões de ganhos, com os investidores a tirarem mais-valias antes do fim do mês.

Após uma série de três sessões de ganhos, Wall Street caiu. Os principais índices bolsistas norte-americanos fecharam no vermelho, com os investidores a retirarem liquidez do mercado antes do fim do trimestre a a escassas horas do primeiro debate presidencial entre Trump e Biden.

O Dow Jones e o S&P 500 caíram 0,42%, para 27.468,95 e 3.337,47 pontos, respetivamente, enquanto o Nasdaq recuou 0,25%, para 11.089,87 pontos.

As ações da Apple, Microsoft e Amazon que tinham sido dos principais contribuintes para o disparo em Wall Street na sessão anterior, acabaram por ser dos que mais pesaram no rumo negativo do S&P 500 e do Nasdaq. Os títulos da Apple perderam 0,76%, os da Microsoft recuaram 1,04% e os da Amazon desceram 0,92%.

“É uma tomada de lucros depois de várias recuperações sólidas consecutivas”, justificou Peter Cardillo, economista-chefe de mercado da Spartan Capital Securities, citado pela Reuters.

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AT vai anular multas a precários que se registaram para aceder a apoio extraordinário

  • Lusa
  • 29 Setembro 2020

Coimas aos trabalhadores independentes que abriram atividade para terem acesso ao apoio extraordinário da Segurança Social vão ser anuladas e devolvidas pelo Fisco.

O fisco vai anular e devolver (a quem já tenha pago) de forma automática as coimas aos trabalhadores independentes que abriram atividade para terem acesso ao apoio extraordinário da Segurança Social, indicaram esta terça-feira os secretários de Estado das tutelas.

O comunicado conjunto dos secretários de Estado Adjunto e dos Assuntos Fiscais, António Mendonça Mendes, e da Segurança Social, Gabriel Bastos, vem dar resposta a uma questão denunciada hoje pela Associação de Combate à Precariedade de que a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) estava a aplicar multas de 75 euros a trabalhadores precários que recorreram ao novo apoio extraordinário, por entender que estes estavam a abrir a atividade com atraso.

“Na sequência de uma informação tardia e pouco rigorosa divulgada pelo Instituto da Segurança Social (ISS), muitas pessoas abriram atividade como trabalhadores independentes com início no mês de julho, anterior ao momento do pedido, o que levou a AT a considerar que houve um atraso no pedido e a aplicar cegamente as multas”, refere o alerta daquela Associação.

O apoio em causa, criado com o Orçamento do Estado Suplementar, dirige-se a trabalhadores desprotegidos sem acesso a instrumento ou mecanismo de proteção social e tem como pressuposto a abertura de atividade como trabalhador independente.

No comunicado conjunto, os governantes reconhecem que, devido à necessidade de operacionalização do apoio, o formulário foi disponibilizado em setembro, pelo que, “considerando que a atuação do Estado deve ser uniforme,” o secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Fiscais, “em articulação” com o secretário de Estado da Segurança Social, refere estarem “verificadas as condições para que seja determinado à Autoridade Tributária e Aduaneira a anulação dos respetivos processos contraordenacionais e respetivas coimas”.

Para tal, a Segurança Social vai indicar à AT “o universo das pessoas abrangidas pela prestação”, que verão a sua situação ser reparada de forma automática através da anulação dos processos instaurados e eventual devolução de coimas entretanto pagas.

O comunicado acentua ainda que, apesar de a lei obrigar as pessoas a declararem o início da atividade, este caso em concreto “justifica esta decisão” (de anulação dos processo) pelo facto de uma das condições de acesso ao novo apoio ser a promoção destas pessoas no sistema, já que a atribuição do apoio pressupõe a integração no sistema de segurança social, pelo menos, durante 30 meses findo o prazo de concessão do mesmo.

O apoio extraordinário corresponde ao valor mensal de um Indexante de Apoios Sociais (438,81 euros) e é atribuído entre julho e dezembro de 2020.

De acordo com a informação disponibilizada no site da Segurança Social, o apoio referente a julho teve de ser pedido entre 7 e 13 de setembro, enquanto a prestação referente a agosto deveria ter sido requerida entre 16 e 23 de setembro.

Para os meses seguintes, o apoio pode ser solicitado nos primeiros 10 dias do mês seguinte, por exemplo, o apoio relativo a setembro deve ser requerido pelo trabalhador entre 01 e 10 de outubro.

“Este apoio destina-se a trabalhadores em situação de desproteção económica e social, e que não tenham acesso a qualquer instrumento ou mecanismo de proteção social, nem aos apoios sociais criados no âmbito das medidas excecionais e temporárias de resposta à epidemia SARS-CoV-2”, pode ler-se no site da Segurança Social Direta.

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Cofina diz que cumpre lei após queixa de Mário Ferreira à ERC

  • Lusa
  • 29 Setembro 2020

A Cofina diz pautar a sua atuação "pelo cumprimento escrupuloso das exigências legais e regulatórias que lhe são aplicáveis" depois de Mário Ferreira ter apresentado uma queixa à ERC contra o grupo.

A Cofina pauta a sua atuação “pelo cumprimento escrupuloso das exigências legais e regulatórias que lhe são aplicáveis”, disse esta terça-feira à Lusa fonte oficial, um dia depois de o empresário Mário Ferreira ter apresentado uma queixa contra o grupo.

O empresário Mário Ferreira, acionista da Media Capital, com 30,22% do capital do grupo, entregou na segunda-feira uma queixa na Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) contra o grupo Cofina, pelo ataque que considera lhe está a ser feito.

“A Cofina, sendo um grupo admitido à negociação em bolsa e que atua num setor objeto de apurada regulação e visibilidade social, encontra-se sujeita a um permanente escrutínio no exercício da respetiva atividade”, começou por referir fonte oficial da dona do Correio da Manhã.

Segundo a mesma fonte, “neste enquadramento, a Cofina pauta a respetiva atuação pelo cumprimento escrupuloso das exigências legais e regulatórias que lhe são aplicáveis, seguindo sempre as diretrizes das autoridades competentes”.

“Conforme é do conhecimento público, a Cofina anunciou uma oferta pública de aquisição sobre a Media Capital, que se encontra atualmente a correr os seus termos, e no âmbito da qual a Cofina obteve já autorização da ERC e a não oposição da Autoridade da Concorrência”, prosseguiu a mesma fonte.

“Esta oferta enquadra-se no objetivo da Cofina de, por via da integração no respetivo grupo, promover o desenvolvimento empresarial da Media Capital, valorizando-a enquanto meio de comunicação de elevado interesse público”, rematou fonte oficial.

De acordo com Mário Ferreira, nos últimos meses houve mais de 250 notícias nos órgãos de comunicação social do grupo Cofina – do qual fazem parte, entre outros, o Correio da Manhã, o Jornal de Negócios e a Sábado – sobre o empresário, dono da Douro Azul. Se for tido em conta o universo Media Capital, segundo o empresário, são mais de 1.000 notícias.

Mário Ferreira entendeu que ficava claro que o objetivo da Cofina era condicionar as decisões da ERC e da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“Há uma clara perseguição e tentativa de manipulação dos mercados com o objetivo de baixar preços, afastar potenciais investidores e comprar ao desbarato”, disse na segunda-feira à agência Lusa o empresário, que em 14 de maio comprou, através da Pluris Investments, 30,22% da Media Capital, dona da TVI, por 10,5 milhões de euros.

Em 21 de julho, fonte oficial da CMVM disse à Lusa que este organismo está a analisar a relação entre a Prisa, que controlava a Media Capital através da Vertix, e a Pluris, e o impacto na estrutura de controlo da Media Capital.

Também a ERC está a analisar as mudanças na estrutura acionista da TVI.

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Há “Ubers” com salários bloqueados há semanas por falta de documentos

Alguns parceiros da Uber estão há semanas sem obterem rendimentos, apesar de continuarem a transportar passageiros. Não conseguem transferir os ganhos por dificuldades em atualizar documentação.

“Há grandes operadores que não estão a receber. Eu estou num desses operadores que aguentou três semanas a pagar-nos a nós sem estar a receber da Uber.” O desabafo surge num vídeo posto a circular no WhatsApp. Nele, um presumível motorista da Uber UBER 0,00% garante que, por esse motivo, o patrão decidiu suspender a atividade até que consiga receber os montantes devidos.

O caso não é único. Nas redes sociais, ou em grupos restritos, têm surgido esporadicamente parceiros ou motoristas que dizem estar há semanas sem conseguirem levantar os seus rendimentos. Um proprietário de uma empresa com frota ao serviço da plataforma, que pediu para não ser identificado, garante ao ECO ter 1.700 euros por receber “há três semanas”. Motivo pelo qual pondera abandonar o negócio para se dedicar à sua outra atividade no setor dos transportes.

Alguns parceiros, preocupados e sem saberem o que fazer, disparam acusações mais graves à empresa, para as quais ajuda o desespero de quem tem de pôr pão na mesa. Mas a Uber Portugal, gestora da plataforma, recusa estar a reter dinheiro indevidamente. E aponta para uma diretiva europeia para explicar a situação, mostrando-se, ela própria, impedida de transferir fundos para parceiros que não tenham toda a documentação em conformidade com a legislação.

O email que não chegou, a chamada não atendida

“Há uma diretiva da União Europeia que tem como objetivo regular serviços de pagamento, melhorando a segurança na utilização de sistemas de pagamento e reforçar a proteção dos consumidores”, afirma fonte oficial da Uber, que diz ter de “verificar a identidade dos parceiros”. “Estamos há vários meses a pedir aos parceiros que atualizem a sua informação de pagamento. Ou seja, temos vindo a explicar e a informar que os pagamentos para a conta de parceiro poderão ficar suspensos caso não verifiquem os seus dados de identidade e de pagamento”, continua.

Após diversas tentativas de contacto com o suporte da plataforma, um dos parceiros que reporta problemas com os pagamentos deslocou-se ao balcão presencial da empresa em Lisboa. Ali, foi informado que a Uber lhe telefonou várias vezes, sem sucesso, para dar conta da necessidade de atualizar documentação. Inicialmente, foi explicado que o erro estaria no “cartão de cidadão de um dos sócios”, por não estar “bem visível”.

"Estamos há vários meses a pedir aos parceiros que atualizem a sua informação de pagamento. Ou seja, temos vindo a explicar e a informar que os pagamentos para a conta de parceiro poderão ficar suspensos caso não verifiquem os seus dados de identidade e de pagamento.”

Uber

Corrigido esse eventual problema, a documentação encontra-se a aguardar “uma segunda validação”. Situação que, segundo o parceiro, se prolonga há já algum tempo. Entretanto, continua sem conseguir transferir os rendimentos. “Normalmente, se tiver um elemento caducado, a minha conta fica inativa. Neste caso, há um documento que não está correto, mas deixam-me trabalhar”, queixa-se, referindo-se ao sistema da Uber que inativa as contas dos motoristas quando se verifica um documento caducado ou em falta.

Fonte oficial da Uber promete que “assim que” os parceiros atualizem a documentação, “o pagamento é procedido”. A pedido do ECO, cedeu ainda um exemplar de um dos emails que garante ter enviado aos parceiros. Na mensagem, surge a indicação: “Verifique os seus dados até ao dia 31 de agosto para continuar a receber os seus pagamentos”. O texto é também claro a indicar que os pagamentos “poderão ficar suspensos” caso o parceiro “não verifique os seus dados de identidade e de pagamento”. “Evite a suspensão dos pagamentos para a sua conta e continue a usar a aplicação como sempre”, refere a mensagem. “Ligámos a todos os parceiros para além dos emails”, assegura o mesmo porta-voz.

Sinais díspares e confusão instalada

Fica assim claro que certos parceiros não estão a conseguir retirar os rendimentos já gerados com a aplicação, presumivelmente por complexidades legais relacionadas com documentação. Mas, em alguns casos, depois de contactarem o suporte via chat, um operador admite que a “questão foi identificada e a situação já se encontra em fase de resolução”. Noutro caso, um operador admite ter “conhecimento de que existe um constrangimento com os pagamentos” e diz mesmo que a empresa está a “trabalhar ativamente na solução desta questão”. Uma captura de ecrã de um pagamento com a data de 15 de setembro mostra o estado “erro na transferência”.

Tudo somado, estes fatores contribuem e alimentam a desconfiança de alguns parceiros, que insistem que alguma coisa na Uber não está bem, ainda mais neste contexto de pandemia. Ainda assim, nas informações consultadas pelo ECO, há também uma mensagem que indica ser necessário verificar “a identidade de cada pessoa que detém 25% ou mais da empresa associada” à conta, em linha com o que é justificado pela Uber.

Depois há também situações em que a justificação é menos óbvia. Um parceiro, que também terá tido dificuldades na atualização dos documentos, conseguiu, por fim, resolver o problema, somente para ver uma nova mensagem surgir na área de pagamentos pontuais da aplicação, conhecida por FlexPay: “Os seus rendimentos foram bastante elevados esta semana e isso é ótimo. Mas também significa que não podemos transferir um montante assim tão elevado numa única semana. Receberá os rendimentos restantes juntamente com o seu pagamento semanal normal.”

Também para isto a empresa tem uma justificação. “Temos uma função que é o FlexPay. Esta função permite que os parceiros possam levantar parte do seu rendimento semanal em qualquer altura da semana, não tendo que esperar pelo normal pagamento semanal todas as segundas-feiras. Em alguns casos, o valor que os parceiros gostariam de levantar através da função FlexPay é superior ao que é permitido, no entanto, 100% do valor de rendimentos remanescente é pago no início da semana seguinte”. O valor do caso reportado ao ECO será na ordem dos quatro dígitos, mas a Uber recusou revelar o montante máximo que permite levantar nessas condições, apontando apenas ser “uma quantia elevada”.

Fonte oficial da Uber também se mostrou incapaz de revelar quantos parceiros estão impedidos de transferirem os rendimentos concretamente por questões de documentação. “Não se pode falar de dimensão ou ordem de grandeza, porque estes processos estão permanentemente a correr e, adicionalmente, temos auditorias internas para fazer uma dupla verificação de documentação de parceiros para este efeito. Nos casos em que estas auditorias detetem problemas, os pagamentos serão suspensos até que a situação seja regularizada”, sinalizou.

Mas também, ao que o ECO apurou, estas situações estão longe de ser um problema generalizado. Outro parceiro com frota ao serviço da plataforma garantiu que tem vindo a receber as transferências semanais com normalidade, apesar de conhecer um caso de um colega na situação acima reportada. Instado a opinar sobre o que estará na origem dessas dificuldades, este parceiro não hesitou em levantar a hipótese de eventuais problemas com documentação.

Fonte oficial da Uber sugere, assim, que quem se encontre nestas situações se dirija “ao apoio físico em Lisboa e no Porto”. E, aos mais desconfiados, deixa a garantia: “Não estamos a ficar com os pagamentos ou valores de ninguém. Estamos a pedir que atualizem dados legais que nos são exigidos enquanto plataforma.”

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Conselho de Estado quer “todos os recursos” da UE ao serviço da recuperação

  • Lusa
  • 29 Setembro 2020

Numa reunião em que esteve presente a presidente da Comissão Europeia, o Conselho de Estado apelou a que sejam usados "todos os instrumentos e recursos" da UE ao serviço de recuperação sustentável.

O Conselho de Estado, que se reuniu esta terça-feira tendo como convidada a presidente da Comissão Europeia, considerou que devem ser “utilizados todos os instrumentos e os recursos indispensáveis para uma recuperação sustentável” da crise provocada pela Covid-19.

Esta posição consta de uma nota informativa divulgada no final da reunião deste órgão político de consulta do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a primeira presencial em período de pandemia, que decorreu no Palácio da Cidadela, em Cascais, durante cerca de quatro horas.

“O Conselho de Estado salientou a mais-valia da União Europeia num contexto mundial e europeu tão complexo, difícil e exigente, tendo sublinhado a responsabilidade e a oportunidade de serem utilizados todos os instrumentos e os recursos indispensáveis para uma recuperação sustentável e transformadora, num espaço de democracia e direitos humanos, reforçando a confiança dos cidadãos europeus nas instituições comunitárias, através de uma participação ativa em prol da União Europeia”, lê-se na nota.

Esta reunião com a participação da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a convite de Marcelo Rebelo de Sousa, teve como tema “a União Europeia”.

Segundo a nota divulgada no final do encontro, o Conselho de Estado “analisou os desafios, as perspetivas estratégicas e os mecanismos que a União Europeia e os Estados-membros dispõem, no curto, médio e longo prazo, para fazer face à grave crise sanitária, económica e social, originada pela pandemia covid-19, e para promover uma Europa mais forte, mais solidária, com maior coesão social, económica, territorial e política”.

Primeiro, houve uma “exposição introdutória” de Ursula von der Leyen, a que se seguiram as intervenções dos conselheiros de Estado.

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Portugal tem cada vez menos água disponível

  • Lusa
  • 29 Setembro 2020

Portugal tem cada vez menos água. Nos próximos cem anos a precipitação em certas regiões do país, como o Algarve, pode sofrer uma redução de até 30%, alertou a Associação Natureza Portugal (ANP).

Portugal tem cada vez menos água disponível e nos próximos cem anos a precipitação em certas regiões do país, como o Algarve, pode sofrer uma redução de até 30%, alertou a Associação Natureza Portugal (ANP).

Em antecipação do Dia Mundial da Água, que se assinala a 1 de outubro (quinta-feira), a organização ambientalista portuguesa que trabalha em parceria com o Fundo Mundial para a Natureza (WWF), defende que é necessário limitar o consumo de água em algumas bacias do país, como Sado, Mira e Barlavento algarvio para prevenir que no futuro a água não falte às populações dessas regiões.

Num relatório intitulado “O Futuro tem menos Água”, a organização analisa os efeitos das alterações climáticas e alerta que Portugal tem cada vez menos água disponível. “Devido ao aumento global da temperatura, a verões mais longos, menos chuva no inverno e, consequentemente menos água a infiltrar-se na terra, o nosso país tem atravessado secas cada vez mais frequentes e prolongadas”, mesmo em zonas onde não era habitual, lê-se no documento.

Para a ANP/WWF, é necessário “agir o quanto antes” e já não basta apelar ao consumidor para poupar água ou melhorar a eficiência das redes de abastecimento. “O futuro vai ter menos água, e é essencial que todos nós tenhamos esta consciência. Deve partir dos nossos governantes preparar esta realidade, limitando o consumo em algumas bacias portuguesas, permitindo apenas os consumos onde tenham garantia de abastecimento e promovendo medidas efetivas para proteger os recursos hídricos em particular no sul do país”, adverte a organização dedicada ao ambiente.

Portugal “consome mais do que as suas disponibilidades numa ótica de segurança e prevenção de riscos”, particularmente em situações de seca como a que se tem vivido, fruto de “uma sequência de anos pouco chuvosos e cujos efeitos são agravados pelas alterações climáticas”, sustenta a ONG.

Esta situação é mais gravosa no setor agrícola, maior consumidor de água e também aquele que exerce uma maior pegada hídrica sobre os recursos, quer do País quer dos restantes países donde importamos bens que necessitam de água para serem produzidos.

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ASF diz que comprovou idoneidade de todos os ligados à compra da GNB Vida

  • Lusa
  • 29 Setembro 2020

Presidente do regulador dos seguros disse no Parlamento que foi comprovada a idoneidade de todas as pessoas ligadas à compra da GNB Vida e que não há ligações a Greg Lindberg, acusado de corrupção.

A presidente do regulador dos seguros disse esta terça-feira, no Parlamento, que foi comprovada a idoneidade de todas as pessoas ligadas à compra da GNB Vida e que não há ligações a Greg Lindberg, gestor acusado de corrupção. Porém, também confirmou que o regulador precisa de “segurança jurídica muito elevada” para não dar idoneidade a gestores.

“Os beneficiários desta aquisição são 19, 19 investidores pessoais, que têm participações no fundo Apax. (…) Sabemos quem são os beneficiários últimos, esta pessoa não consta”, afirmou a presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), em audição na comissão de orçamento e finanças.

Segundo Margarida Corrêa de Aguiar, o regulador dos seguros fez múltiplas diligências junto de autoridades de supervisão europeias, dos Estados Unidos e das Bermudas e concluiu que o grupo Apax não tem relação com Greg Lindberg e que “todos os que estão na órbita desta operação têm idoneidade verificada e capacidade de prosseguir uma gestão sã e prudente” da seguradora GNB Vida (vendida pelo Novo Banco em 2019).

Já em 10 de agosto, em comunicado, a ASF tinha dito que “não apurou qualquer ligação entre Greg Evan Lindberg e o grupo adquirente da GNB – Companhia de Seguros de Vida”, atualmente designada GamaLife.

Margarida Corrêa de Aguiar defendeu ainda que, de futuro, será “vantajosa a revisão da legislação” referente ao tempo dado à ASF para garantir que os adquirentes de seguradoras cumprem a lei.

“A lei estabelece hoje 60 dias úteis para o supervisor avaliar a idoneidade e capacidade de um adquirente prosseguir uma gestão sã e prudente. Se pensarmos no que acabei de referir [a venda da GNB Vida], em que estamos a falar de uma estrutura em cascata, com sede em diferentes jurisdições, é extremamente difícil fazer este trabaho, que pode envolver dezenas de autoridades de supervisão, dezenas de países, em 60 dias úteis”, considerou.

Em setembro de 2018, o Novo Banco comunicou ao mercado que tinha acordado vender por 190 milhões de euros a GNB Vida à Bankers Insurance Holdings, pertencente ao Global Bankers Insurance Group, detido por Greg Lindberg.

Contudo, o negócio entrou em compasso de espera porque Lindberg estava então a ser investigado por fraude fiscal e corrupção nos Estados Unidos da América.

Hoje a presidente da ASF disse que, após a Global Bankers ter comunicado ao regulador que queria comprar a GNB Vida, foram consultadas diversas entidades de supervisão (Europa, EUA, Bermudas) e ao ser concluído que o gestor estava a ser investigado por irregularidades “não podia conferir, de maneira alguma, idoneidade a essa pessoa”, pelo que o adquirente desistiu do processo.

Posteriormente, afirmou Margarida Corrêa de Aguiar, a ASF recebeu a comunicação da intenção de compra da GNB Vida pelo grupo Apax Partners, um grupo “toalmente distinto” da Global Bankers que tinha comprado a operação europeia da Global Bankers. O regulador foi então fazer nova avaliação, tendo concluído que os envolvidos na operação cumpriam o que indica a lei – idoneidade e capacidade de prosseguir gestão sã e prudente.

“Foram plenamente avaliados e daí não resultou qualquer constrangimento que pudesse conduzir a não pemritir a operação”, afirmou a presidente do regulador dos seguros.

O Público noticiou em agosto que a venda pelo Novo Banco em 2019 da seguradora GNB Vida foi feita com desconto de quase 70% face ao valor de balanço a fundos geridos pela Apax e que a operação qgerou uma perda de 268,2 milhões, compensada com verba do Fundo de Resolução,

O Público associou ainda os currículos dos gestores da GamaLife (nova designação da GNB Vida) a Greg Lindberg, apelidando o “principal executivo” Matteo Castelvetri de “braço direito” de Lindberg na Europa e mencionando ainda que o número dois, Alistair Wallace Bell, foi director de estratégia e de operações do Global Bankers para a Europa, sendo agora ambos parceiros na antiga GNB Vida.

Sobre o facto de as instalações da Global Bankers serem agora usadas pela Apax, Corrêa de Aguiar considerou “natural” uma vez que Apax ao comprar a operação da Global Bankers na Europa adquiriu também equipas e instalações.

ASF precisa de “segurança jurídica muito elevada” para não dar idoneidade a gestores

A presidente da ASF disse também, no Parlamento, que o regulador dos seguros tem de ter “segurança jurídica muito elevada” para não conferir idoneidade a gestores das entidades que supervisiona, uma vez que se falhar fica em risco a sua reputação.

“As avaliações de idoneidade são tarefas, processos muito rigorosos. Quando o supervisor não confere idoneidade a uma pessoa tem de estar na posse de um elevado nível de segurança jurídica porque se cometer um erro e se ficar provado que cometeu um erro o que fica em causa é a reputação da autoridade”, afirmou Margarida Corrêa de Aguiar, em audição na comissão de Orçamento e Finanças.

A presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e de Fundos de Pensões (ASF) tinha sido questionada pela deputada do BE Mariana Mortágua sobre a idoneidade de gestores das entidades que supervisiona, nomeadamente de Luís Almeida, administrador da Associação Mutualista Montepio Geral. Corrêa de Aguiar não quis referir-se a casos específicos, mas reiterou que os “princípios do rigor e da segurança jurídica” são cruciais no processo de avaliação da idoneidade de um gestor.

(Notícia atualizada às 19h11 com mais declarações da presidente da ASF)

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