SRS Advogados assessorou a JP Holding Services

A equipa da SRS Advogados foi liderada pelo sócio, Nuno Miguel Prata, e pela associada, Madalena Salreu, do departamento de Corporate & Finance.

A SRS Advogados assessorou a JP Holding Services, S.A. (grupo JP Sá Couto) na aquisição à Gereservi, S.A. de uma participação de 49% no capital social da Solarisfloat, Lda, passando agora a deter 100% do capital social.

A Solarisfloat é uma empresa do sector das energias renováveis, tendo desenvolvido uma solução tecnologicamente inovadora ao nível dos painéis fotovoltaicos flutuantes, em linha com as mais modernas tendências de aproveitamento energético.

A equipa da SRS Advogados foi liderada pelo Sócio, Nuno Miguel Prata, e pela associada, Madalena Salreu, do departamento de Corporate & Fiannce.

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Pandemia enviou quase metade da população ativa da UE para teletrabalho

  • Lusa
  • 8 Março 2021

Portugal é o sexto país com mais teletrabalhadores (quase 40%). Na Europa, em 2018 “menos de um em vinte trabalhadores” relataram trabalhar de forma remota regularmente.

A pandemia de Covid-19 fez com que quase metade da população ativa da União Europeia (UE) estivesse em teletrabalho, total ou parcial, em julho, contra cerca de 10% antes da crise pandémica, segundo o Eurofound.

Esta nova realidade laboral, acelerada pela pandemia, vai estar em discussão na terça-feira numa conferência de alto nível sobre o futuro do trabalho intitulada “Trabalho Remoto: Desafios, Riscos e Oportunidades” realizada, por via remota, no âmbito da presidência portuguesa do Conselho da UE.

Os resultados mais recentes de uma pesquisa efetuada pelo Eurofound (Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho), com base em cerca de 90 mil inquéritos ‘online’ realizados em julho, mostram que quase metade (48%) dos inquiridos estava em trabalho remoto, pelo menos uma parte do tempo.

Destes, mais de um terço (34%) trabalhavam exclusivamente em casa, ou seja, mais de um em cada três trabalhadores estava nesta situação.

Os dados contrastam com os verificados antes da pandemia, em 2018, quando “menos de um em vinte trabalhadores” relataram trabalhar de forma remota regularmente e “menos de um em cada dez ocasionalmente”, lê-se no estudo, intitulado “Living, Working and Covid-19”, citando dados da Comissão Europeia.

A proporção de pessoas a trabalhar exclusivamente em casa varia, contudo, de forma significativa entre os Estados-membros. A Bélgica é o país onde a percentagem de teletrabalhadores é mais elevada (superior a 50%), seguindo-se Irlanda, Itália, Espanha e França, com níveis acima dos 40%. Portugal surge em sexto lugar, com quase 40% de teletrabalhadores em casa, seguido logo de perto pela Dinamarca.

Com taxas inferiores à da média europeia estão países como a Grécia, Finlândia ou Alemanha, com percentagens ligeiramente superiores a 20%, enquanto na Croácia, Polónia, Eslováquia, Bulgária e Hungria apenas cerca de um quinto dos trabalhadores estava em casa.

Os dados do Eurofound mostram ainda que do total de inquiridos que estavam a trabalhar em casa, a maioria (74%) tinha qualificação superior.

Por atividade, o setor dos serviços foi o que registou maior incidência de teletrabalhadores, enquanto os setores com menores níveis foram os da ‘linha da frente’, como a saúde, transportes e agricultura bem como os afetados diretamente pelas restrições, como é o caso do comércio e alojamento.

Daqueles que trabalharam em casa durante a crise pandémica, mais de metade (54%) já o tinha feito anteriormente, enquanto 46% eram novos teletrabalhadores.

Uma das questões em discussão sobre o teletrabalho é a falta de limites que pode existir entre o trabalho e a vida não profissional e, de acordo com a pesquisa, um quinto dos teletrabalhadores (24%) relataram trabalhar durante o seu tempo livre, enquanto apenas 6% dos que trabalhavam nas instalações da empresa ou locais fora de casa o admitiram. No entanto, a maioria dos teletrabalhadores disse que deseja continuar a trabalhar a partir de casa após a crise pandémica, pelo menos às vezes.

“Parece muito provável que a experiência de trabalhar em casa durante a crise Covid-19 levará a um crescimento do teletrabalho quando a crise diminuir”, conclui o Eurofound, indicando que 78% dos trabalhadores inquiridos em julho manifestaram preferência por trabalhar em casa, pelo menos ocasionalmente, mesmo se não houvesse a pandemia e as restrições impostas pelos governos.

A principal preferência manifestada foi a possibilidade de estar em teletrabalho várias vezes por semana (32%), com apenas 13% a indicar que gostariam de teletrabalhar diariamente.

Para o economista e professor da Universidade do Minho João Cerejeira, o teletrabalho “veio para ficar, nomeadamente em modalidades mais híbridas”. “Quando se resolver a pandemia, o recurso ao teletrabalho, que agora acelerou, é capaz de cair, mas não há dúvida de que vai ficar a um nível muito maior do que era a tendência anterior”, vinca o economista à Lusa.

João Cerejeira considera que há mais vantagens do que desvantagens tanto para o trabalhador como para as empresas, mas é preciso regular o regime laboral. “A legislação é muito vaga e tem de ficar definido quem é que paga o quê, a questão da conciliação da vida familiar e laboral, que horário cumprir, a forma de monitorizar o trabalho ou a avaliação”, defende João Cerejeira.

Em Portugal, a discussão sobre a regulação do teletrabalho deverá arrancar após a conclusão do Livro Verde sobre o futuro do trabalho, que deveria estar concluído até final de 2020 mas que ainda não é conhecido.

Na terça-feira, o tema estará em debate na conferência organizada pela presidência portuguesa da UE sobre o futuro do trabalho, dinamizada pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e pelo secretário de Estado Adjunto do Trabalho e da Formação Profissional, Miguel Cabrita.

Na conferência serão analisadas as mudanças no mercado de trabalho nos últimos anos, nomeadamente as novas formas de trabalho e de organização dos tempos de trabalho, a conciliação entre a vida profissional e pessoal e o direito a desligar.

A sessão de abertura vai contar com a participação do primeiro-ministro, António Costa, bem como do diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Ryder, e do comissário europeu para o emprego e direitos sociais, Nicolas Schmit.

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Fim das moratórias representa “grande desafio”, diz Paulo Macedo

Paulo Macedo assinala que o fim das moratórias vai representar um "desafio grande" para as empresas, defendendo que devem ser criados apoios para os setores mais afetados pela pandemia.

O presidente da comissão executiva da Caixa Geral de Depósitos (CGD) assinala que o fim das moratórias vai representar um “desafio grande” para as empresas com maiores dificuldades financeiras e alerta que devem ser criados apoios para os setores mais afetados pela pandemia.

As moratórias vão ser um desafio grande, designadamente para as empresas que não têm cash flow”, apontou Miguel Macedo, na conferência “As mulheres e o emprego: desta vez um debate com homens e mulheres”, promovido pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP) para assinalar o dia Internacional da Mulher.

O presidente executivo do banco estatal alerta que o fim das moratórias “vai ter efeitos assimétricos” nos diversos setores, dando como exemplo que se no setor da distribuição, do retalho alimentar e da construção vão conseguir superar melhor o fim deste apoio, há outros setores que se vão ressentir. Nesse sentido, Paulo Macedo considera que é “essencial” criar medidas de apoio” para os setores mais afetados.

O responsável já tinha apoiado o eventual prolongamento das moratórias, mas lembrou que é preciso, para isso, que a EBA dê orientações nesse sentido para que o setor não seja penalizado.

Portugal é dos países onde mais se recorreu à moratória, que permite uma suspensão temporárias dos empréstimos bancários, com o Banco de Portugal a reconhecer a dimensão “significativa” do crédito em moratória. Os últimos dados do supervisor davam conta de 46 mil milhões de euros de crédito ao abrigo desta medida, o equivalente a mais de 20% do crédito concedido em Portugal.

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Os programas empresariais no feminino fazem sentido?

  • PESSOAS + EY
  • 8 Março 2021

A propósito do Dia Internacional da Mulher, Isabel Ferreira, Business Development EY, reflete sobre os programas empresariais femininos.

Todos os anos, a propósito do Dia Internacional da Mulher, reacende-se, à escala global, o debate sobre a paridade de género, seja na via privada, em sociedade, ou no mundo dos negócios. E surge, para muitos, a mesma questão: os programas empresariais no feminino farão sentido?

A resposta é sim, partindo-se do pressuposto de que se prefere o “bom” ao “ótimo”, que tarda em chegar. No fundo, é o assumir da preferência por uma solução imperfeita para um problema que é complexo e está longe de ter fim à vista.

Vamos aos factos. Há mais mulheres do que homens na Europa, mas menos mulheres empreendedoras, menos mulheres em posições de liderança, de forma geral, e menos mulheres em vários setores e profissões. A nível global, e apesar do aumento significativo de mulheres em funções de decisão pública, elas detêm apenas cerca de 21% de posições ministeriais, apenas três países têm 50% ou mais mulheres no parlamento, e somente 22 países no mundo têm uma mulher como líder. E, apesar de os números de mulheres CEO nas empresas da Fortune 500 estarem em máximos históricos, apenas 7,4% das empresas constantes na lista são lideradas por mulheres. Em Portugal, só 16,2% dos lugares em Conselhos de Administração das empresas são ocupados por mulheres, contra 83,8% de homens. Esta é também uma realidade que se verifica nos negócios de cariz familiar, onde os homens tendem a assumir a continuidade do negócio.

"A igualdade de género tem potencial para acrescentar um enorme valor a nível global – trará maior produtividade, melhor desempenho, e é benéfica para a economia e para a sociedade.”

Isabel Ferreira

Business Development EY

Temos motivos para celebrar algum progresso, é certo, mas há ainda um longo caminho a percorrer no que diz respeito à paridade de género no mundo dos negócios. E esse gap sente-se tanto quanto mais empreendedora for uma mulher, quanto mais riscos estiver disposta a correr, porque aos obstáculos naturais que um empreendedor enfrenta, acrescem outros.

A EY celebra o empreendedorismo há mais de trinta anos, com o seu programa EY Entrepreneur of the Year onde, tanto nas suas edições globais como locais, a participação é essencialmente masculina. E é quando nos envolvemos numa causa que conhecemos realmente os seus obstáculos. Se as mulheres, historicamente, tiveram sempre menor inclinação para o empreendedorismo do que os homens (naturalmente porque também levaram mais tempo a aceder ao mercado de trabalho, facto a que se somarão questões culturais associadas a uma menor propensão para o risco e para a exposição, criando ou assumindo negócios principalmente por necessidade), hoje em dia, as mulheres empreendedoras deparam-se com dificuldades acrescidas no acesso a financiamento, ou na criação de redes fortes de contactos. Estas e outras dificuldades levarão, em alguns casos, a que empreendedoras de grande potencial prefiram – ou sejam forçadas a – manter operações de pequena escala, sem grandes ambições de crescimento.

Mas os tempos mudaram. Na EY acreditamos que as mulheres têm um papel vital a desempenhar no crescimento e na transformação dos mercados mundiais. Por isso, há cerca de uma década, e no âmbito do nosso contributo para defender a paridade de género no mundo dos negócios, a EY lançou o EY Entrepreneurial Winning Women (EWW). O programa, que tem como requisitos de participação, entre outros, a criação de um negócio inovador ou movido pela digitalização e com potencial para crescimento acelerado, abrangeu já, em 12 edições, 750 participantes, em 65 países.

"Neste Dia Internacional da Mulher, pensemos no enorme potencial contributo das mulheres para a construção de um mundo melhor de negócios.”

Isabel Ferreira

Business Development EY

Este é um programa onde as líderes de negócios têm acesso a mentores, que as acompanharão e darão aconselhamento, acesso a ferramentas e aceleradores de negócio, para que possam abraçar planos de crescimento ambiciosos, construir uma equipa de trabalho sólida, estabelecer as suas redes de contactos, expor-se no mercado e avaliar as melhores opções de financiamento. O objetivo final é fortalecer as suas capacidades para se tornarem líderes de mercado. Entre as participantes portuguesas tivemos já Juliana Oliveira, da Olimec, Carmen Vicente, da PPM Coachers e Amélia Santos, da Innuos. Este ano, a EY Portugal dinamizará a terceira edição do EWW.

O último Global Gender Gap Report, do World Economic Forum, estima que, a este ritmo, a Europa ocidental precise de mais 54 anos para que seja atingida a paridade de género, e que o mundo inteiro precise de 163 anos para que o gap se feche por completo. Mas o mundo não pode aguardar décadas e, muito menos, séculos. A igualdade de género tem potencial para acrescentar um enorme valor a nível global – trará maior produtividade, melhor desempenho, e é benéfica para a economia e para a sociedade.

As sociedades mais desenvolvidas são empreendedoras. O empreendedorismo é uma fonte indiscutível de criação de riqueza, de geração de postos de trabalho e de inovação, movida por pessoas que aceitam correr riscos, devolvendo muito do que colhem à comunidade. Imagine-se como seria a vida numa sociedade onde não houvesse empreendedorismo, onde não houvesse progresso, nem criação de valor. E imagine-se, então, como seria o panorama do empreendedorismo no mundo, se houvesse igual acesso de oportunidades para homens e mulheres. No fundo, se apenas se assumisse que não é razoável que se retirem as mulheres desta equação. Neste Dia Internacional da Mulher, pensemos no enorme potencial contributo das mulheres para a construção de um mundo melhor de negócios.

Se tiver interesse, subscreva aqui as comunicações da EY Portugal (convites, newsletters, estudos, etc).

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Índice de transmissibilidade (Rt) está abaixo de 1 em todo o continente, mas está a subir desde 10 de fevereiro. Acompanhe aqui em direto

Os peritos e especialistas discutem a evolução da pandemia no país, numa reunião que terá o desconfinamento em foco.

Na apelidada “reunião do Infarmed” desta semana, que junta peritos e especialistas e governantes e políticos, para avaliar a situação da pandemia em Portugal, o foco vai estar no desconfinamento. O Governo vai apresentar oficialmente o plano de desconfinamento esta quinta-feira, tendo em consideração os contributos dados neste encontro.

Já foram sendo conhecidos alguns detalhes dos planos do Executivo nos últimos dias, nomeadamente com Marques Mendes a adiantar no seu espaço de comentário que creches, pré-escolar e 1º ciclo reabrem a 15 de março, e que nesta reunião os peritos vão apresentar “linhas vermelhas” para a evolução da pandemia que possam motivar restrições e futuros confinamentos.

Acompanhe aqui a reunião.

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Trabalhadores da TAP pedem mais tempo para as medidas voluntárias

Administração da companhia recusou extensão do período de adesão aos pilotos. Trabalhadores de terra recorreram diretamente ao Governo.

A poucos dias do fim do prazo para aderirem às medidas voluntárias da TAP, os trabalhadores continuam sem conhecer condições de algumas das opções, como é o caso das reformas antecipadas. Já pediram por isso mais tempo à administração da TAP, que queria ver o processo fechado a 14 de março e aplicado a 31 de março.

O plano de reestruturação da TAP — cuja proposta está ainda a ser avaliada pela Comissão Europeia — implica um corte de 1,4 mil milhões de euros na massa salarial. Os sindicatos negociaram com a administração (e com o Governo) alternativas para reduzir os despedimentos, que resultaram numa série de medidas voluntárias: rescisões por mútuo acordo, reformas antecipadas, pré-reformas, trabalho a tempo parcial e licenças sem vencimento.

No dia 11 de fevereiro, cada trabalhador da TAP recebeu informação sobre as opções que lhe estavam disponíveis. Os mais velhos encontraram na sua área pessoal a possibilidade de aderir a reforma antecipada ou pré-reforma. No primeiro caso, são elegíveis pessoas com mais de 62 anos de idade (a completar em 2021) e 40 anos de descontos. Já o segundo, poderá abranger trabalhadores com 61 anos.

A grande diferença é que as reformas antecipadas representam um encargo adicional para a Segurança Social e tem, por isso, de ser negociado com esta entidade. Este é um dos principais problemas: os trabalhadores não conhecem ainda as condições aplicáveis e não conseguem agendar em tempo útil reuniões na Segurança Social para pedir esclarecimentos, apurou o ECO. Vários sindicatos já manifestaram junto da gestão preocupação com a situação, nomeadamente os trabalhadores de terra que pediram apoio ao Governo.

Mas não é o único problema. O Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) queixa-se de não conhecer os contratos e enviou uma carta ao CEO Ramiro Sequeira e ao chairman Miguel Frasquilho a pedir um adiamento do prazo. “Reiteramos o pedido de envio das minutas dos contratos de pré-reforma, de rescisão por mútuo acordo e de trabalho a tempo parcial. É muito importante que os Pilotos e o Sindicato possam ter conhecimento atempado e detalhado das condições aplicáveis a cada caso“, aponta a missiva, a que o ECO teve acesso.

A mesma carta indica que já tinha sido feito um pedido anterior, que foi rejeitado. Contactada pelo ECO, a empresa recusou fazer comentários. No entanto, prolongar o prazo poderá significar novo adiamento da aplicação das medidas, que a TAP quer ver concretizadas a 31 de março. A atividade da companhia aérea está a ser fortemente castigada pelo confinamento, o cheque de 1,2 mil milhões de euros deverá chegar ao fim este mês e é preciso aprovação da Comissão Europeia para receber mais uma tranche de apoio público. Assim, a empresa está a correr contra o tempo para reduzir custos.

Pilotos dizem estar a ser “intimidados com propostas prepotentes da TAP”

Além desta carta enviada na semana passada, o SPAC denunciou um comportamento “errático” e uma situação de intimidação num comunicado esta segunda-feira. “Desde o início do processo de reestruturação que o Conselho de Administração do grupo TAP e os seus serviços de RH (recursos humanos) têm, em relação ao SPAC, alternado entre um comportamento autista e uma postura de interação”, começa por dizer.

O sindicato que representa os pilotos refere que, ao longo do tempo, tem exigido audições com a TAP para que sejam possíveis “medidas justas” para os trabalhadores e que defendam os seus interesses. Defende que o programa de medidas voluntárias “está mal estruturado, revela deficiências de informação e é absolutamente opaco”, enquanto a direção de recursos humanos é “incapaz” de responder às perguntas dos pilotos e adota uma “postura arrogante”.

“Esta postura da TAP é absolutamente inaceitável porque está em causa o futuro de muitos pilotos e das suas famílias”, acusa. “O SPAC não pode aceitar que os pilotos sejam intimidados com as propostas prepotentes da TAP, que passam pela impossibilidade de negociar as condições, de impor cláusulas contratuais inaceitáveis e de afastar a colaboração do Sindicato em representação dos interesses coletivos”.

De acordo com o sindicato, as medidas e condições estão a ser alteradas todas as semanas. “É tempo de a TAP arrepiar caminho e assumir uma postura diferente”, apela. “Se o programa de medidas voluntárias for um fracasso a responsabilidade é da TAP, porque desenhou mal o programa, não ouviu os Sindicatos e ignorou as legítimas expectativas dos trabalhadores”, acrescenta o SPAC.

As medidas de adesão voluntária foram discutidas com os sindicatos no âmbito das negociações dos acordos de emergência (que ficarão em vigor devido à suspensão dos acordos de empresa e enquanto não forem negociados novos acordos). Os números para cada segmento não estão fechados e irão depender dos níveis de adesão. Por exemplo, maior recurso ao part-time e a licenças sem vencimento poderá resultar em menos despedimentos.

Entre rescisões por mútuo acordo e por iniciativa da empresa deverão sair 800 pessoas. Para determinar quem irá sair, serão aplicados vários critérios em simultâneo, sendo que o absentismo (produtividade) e o custo (medido pelo salário fixo) serão fatores penalizadores. Por outro lado, a experiência e antiguidade na empresa, bem como as habilitações literárias e técnicas poderão beneficiar os trabalhadores.

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Podcast PLMJ #11: O papel da mulher na arte portuguesa

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  • 8 Março 2021

João Silvério, curador da Fundação PLMJ, reflete sobre o papel da mulher na história da arte portuguesa, no 11º episódio do Podcast PLMJ.

No mês em que se celebra o Dia Internacional da Mulher, convidámos para o Podcast da PLMJ o curador da Fundação PLMJ, João Silvério, para uma conversa sobre o papel da mulher na história da arte portuguesa. Falamos sobre as artistas que marcam a nossa história, contextualizando a evolução da presença das mulheres na arte ao longo das últimas décadas, e o seu papel na internacionalização da cultura portuguesa.

Acompanhe o episódio #11: O papel da mulher na arte portuguesa

A PLMJ criou um podcast próprio que, além de cobrir questões jurídicas com relevância para as empresas, oferece também a visão de empresários e especialistas sobre os grandes temas da atualidade.

O podcast da PLMJ inclui ainda conversas com os artistas representados na Fundação PLMJ e reflexões com convidados e parceiros sobre alguns dos pilares estratégicos da sociedade: sustentabilidade, impacto social e promoção cultural.

O podcast é atualizado semanalmente e conta já com um conjunto de reflexões que acompanham os últimos desenvolvimentos legislativos no contexto da pandemia e analisam tendências setoriais. Reveja os episódios anteriores do Podcast PLMJ.

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Lusa recebe oito milhões no primeiro semestre para prestar serviço público

  • ECO
  • 8 Março 2021

A agência de notícia vai receber oito milhões de euros no primeiro semestre como indemnização compensatória por parte do Estado pelo serviço público que presta.

O Estado vai pagar oito milhões de euros no primeiro semestre à agência de notícias Lusa pelo serviço público prestado. Este valor será pago até que entregue em vigor o contrato de prestação de serviço noticioso que tem de ser celebrado este ano, de acordo com a resolução publicada esta segunda-feira em Diário da República após a verba ter sido aprovada no Conselho de Ministros.

Em fevereiro, o Jornal Económico revelou que a empresa só teria verbas asseguradas até ao final de fevereiro, mas tanto a administração como o Governo negaram problemas de tesouraria e o Ministério das Finanças avançava que o contrato de serviço público 2021-2026 estava prestes a ser enviado para o Tribunal de Contas. Nicolau Santos, presidente da Lusa, dizia ao jornal: “Em março, estou seguro que vai aparecer o dinheiro”.

E o dinheiro apareceu. “Atribuir à Lusa – Agência de Notícias de Portugal, S. A., a título de indemnização compensatória, pelo cumprimento das obrigações do serviço noticioso e informativo de interesse público, durante o primeiro semestre de 2021 ou até a entrada em vigor do Contrato de Prestação de Serviço Noticioso e Informativo de Interesse Público a celebrar com o Estado no corrente ano, um valor mensal de (euro) 1 346 260,92, até ao montante máximo de (euro) 8 077 565,50, com o IVA incluído à taxa legal em vigor, e autorizar a realização da respetiva despesa pela Direção-Geral do Tesouro e Finanças”, lê-se na resolução publicada esta segunda-feira.

Nicolau Santos foi ouvido no início deste mês no Parlamento e defendeu um novo modelo de financiamento para a Lusa. “Esta dependência [do Orçamento do Estado] acarreta normalmente um atraso significativo na aprovação dos orçamentos anuais da agência”, alertou o jornalista, referindo que estes só podem ser validados após a entrada em vigor da Lei de Enquadramento Orçamental. Num ano “normal”, a Lusa recebe 12,4 milhões de euros do Estado pelo serviço que presta.

Além da verba para a Lusa, a resolução também autoriza a transferência de 61,1 milhões de euros para a Parque Escola como “contrapartida pela prestação de serviços de interesse público a cargo daquela entidade pública empresarial no âmbito do Programa de Modernização das infraestruturas escolares”. Esta verba também se refere ao primeiro semestre “ou até à entrada em vigor da Adenda a celebrar com o Estado no corrente ano”.

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Nas notícias lá fora: BCE, petróleo e Deliveroo

O petróleo está acima dos 70 dólares por barril pela 1ª vez desde o início da Covid. No plano empresarial, a Ferrovial está à procura de projetos rodoviários nos EUA e a Deliveroo avançou com um IPO.

O Banco Central Europeu questionou os principais bancos europeus sobre a sua exposição à Greensill Capital. A marcar o dia está ainda a valorização do petróleo nos mercados internacionais, com o barril de “ouro negro” acima dos 70 dólares por barril pela primeira vez desde o início da pandemia. No plano empresarial, a empresa espanhola Ferrovial está à procura de projetos rodoviários no mercado norte-americano, ao passo que a Deliveroo avançou com um IPO em Londres.

Financial Times

BCE quer saber exposição dos bancos europeus à Greensill

O Banco Central Europeu (BCE) questionou os principais bancos europeus sobre a sua exposição à Greensill Capital, uma empresa de serviços financeiros do Reino Unido que está na iminência de pedir insolvência. A situação foi desencadeada após o Credit Suisse ter fechado a torneira de dez mil milhões de euros para o grupo britânico e depois de o regulador alemã BaFin ter congelado a sucursal de Bremen, tendo avançado com uma queixa criminal alegando manipulação do balanço. Agora o BCE quer saber todos os detalhes de outros empréstimos da Greensill junto de bancos europeus para evitar um risco sistémico. O BaFin considera que a empresa é demasiado pequena para afetar o sistema financeiro como um todo. Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).

Reuters

Petróleo acima dos 70 dólares por barril pela primeira vez desde o início da pandemia

Os ataques às instalações petrolíferas da Arábia Saudita divulgados esta segunda-feira foram suficientes para valorizar o petróleo nos mercados internacionais, apesar de não existir notícia de que a produção saudita tenha sido afetada. O petróleo valoriza mais de 1% em Londres com o Brent a superar os 70 dólares por barril pela primeira vez desde o início da pandemia de Covid-19. Em Nova Iorque, o crude (WTI) atingiu um máximo de dois anos ao fixar-se nos 67 dólares por dólares. Com a procura igual mas a oferta em risco por causa do ataque à Arábia Saudita, a cotação do petróleo tende a subir. Em causa está um ataque das forças Houthi do Iémen com drones e mísseis apontados à indústria petrolífera saudita, nomeadamente o porto e refinaria de Ras Tanura que é essencial para as exportações. Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês).

Cinco Dias

Ferrovial procura projetos rodoviários nos EUA e abre a porta a investimentos na ferrovia

O interesse da Ferrovial no mercado norte-americano está a acentuar-se. Aquela que é considerada uma das maiores operadoras rodoviárias de Espanha está a procurar dar um salto quantitativo a médio prazo na construção e gestão de portagens, bem como nas concessões de água e até ferrovia. A Ferrovial perdeu um concurso em Maryland, nos EUA, avaliado em 4.000 milhões de dólares, para a instalação de portagens dinâmicas, contudo as expectativas ainda são animadoras já que há um recurso a contestar a sentença da Transurban. Além disso, a empresa espanhola já identificou outras oportunidades no valor de oito mil milhões de dólares, algumas das quais apresentadas pela própria empresa aos departamentos de Transporte. Com essas propostas não solicitadas, a empresa procura uma vantagem competitiva em possíveis concursos se conseguir convencer os estados. Leia a notícia completa no Cinco Dias (acesso livre, conteúdo em espanhol).

Bloomberg

Deliveroo avança com IPO em Londres

A Deliveroo, empresa de entrega de refeições ao domicílio, deu início a uma oferta de aquisição pública (IPO, na sigla em inglês) em Londres, numa operação em que poderá arrecadar mil milhões de libras e colocar o mercado do Reino Unido a caminho do melhor primeiro trimestre da sua história. Segundo o comunicado da empresa, a startup pretende levantar capital através da venda de novas ações, não obstante, os acionistas atuais também vão poder vender os títulos. Na última ronda de financiamento, a Deliveroo foi avaliada em mais de sete mil milhões de dólares. Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Sky News

Estudantes do Reino Unido voltam hoje à escola

O plano de desconfinamento do Reino Unido arranca esta segunda-feira, com as escolas a serem as primeiras a abrirem portas. Neste contexto, as escolas e faculdades de todo o país voltam a receber estudantes, depois de vários meses em aulas à distância, com os estudantes do ensino secundário e universitário a ser obrigados a usar máscara facial nas salas de aula. Estão também permitidas todas as atividades e atividades desportivas extracurriculares, desde que realizadas ao ar livre. O primeiro-ministro inglês assinalou que esta medida “marca um esforço verdadeiramente nacional para vencer” a pandemia. Leia a notícia completa na Sky News (acesso livre, conteúdo em inglês).

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Marcelo afirma que quis passar “das palavras aos atos” com mais mulheres na sua equipa

  • Lusa
  • 8 Março 2021

Segundo o Chefe de Estado, "muito foi feito" na democracia portuguesa "para mitigar a discriminação contra as mulheres".

O Presidente da República considerou esta seguda-feira que os passos dados para salvaguardar a igualdade de género em Portugal não são ainda suficientes e afirmou que quis passar “das palavras aos atos” com mais mulheres na sua equipa.

Numa nota publicada no portal da Presidência da República na Internet, para assinalar o Dia Internacional da Mulher, Marcelo Rebelo de Sousa assinala que no seu segundo mandato terá mais de 60% de mulheres entre os consultores da sua Casa Civil.

Segundo o Chefe de Estado, “muito foi feito” na democracia portuguesa “para mitigar a discriminação contra as mulheres”.

No seu entender, “os passos já dados para salvaguardar a igualdade na Lei, na Constituição, e na família, na revisão do Código Civil, na paridade no emprego, nos salários, nos cargos de direção, na política, nas responsabilidades familiares e domésticas, na proteção contra a violência, embora decisivos, não são, porém, ainda suficientes”.

Nesta nota a propósito do Dia Internacional da Mulher, ao fim de um “ano marcado tragicamente pela Covid-19”, Marcelo Rebelo de Sousa começa por “exaltar o papel infatigável das mulheres nos serviços públicos e em todas esferas da sociedade no combate à doença”.

“No apoio às vítimas, no acompanhamento e conforto dos seus familiares em tempos particularmente exigentes, quando elas mesmas se sentem tantas vezes esgotadas pelas circunstâncias — e até confrontadas, nos seus lares, nos seus empregos, nos seus transportes, na via pública, com a discriminação, o assédio, a violência”, acrescenta.

Dirigindo-se “a todas as mulheres e em especial àquelas cuja invisibilidade, medo e desânimo são sofridos em silêncio, não só ao longo deste ano, mas ao longo das suas vidas”, o Chefe de Estado expressa “o seu reconhecimento solidário, o seu agradecimento sincero e uma palavra de esperança”.

Marcelo Rebelo de Sousa foi reeleito Presidente da República nas eleições presidenciais de 24 de janeiro passado, com 60,67% dos votos expressos, e vai tomar posse para um segundo mandato na terça-feira, perante o parlamento.

Fonte de Belém disse à agência Lusa que, sem contar com o secretariado e com a equipa de imagem, a partir de 9 de março, passará a haver 21 mulheres e 12 homens na Casa Civil — que deixará de ter assessores e terá apenas consultores — e na Casa Militar serão três mulheres e quatro homens na Casa Militar, incluindo os chefes das duas casas.

Na Casa Militar não haverá mudanças na proporção por género. Na Casa Civil, neste final de primeiro mandato a maioria é masculina, com 16 homens e 11 mulheres, situação que se irá inverter.

A lista de 24 mulheres com estudos superiores na nova equipa de Marcelo Rebelo de Sousa, a que a Lusa teve acesso, inclui 12 que já estavam em Belém e 12 que irão entrar no segundo mandato, que começa na terça-feira.

Entre os novos rostos estão Djaimilia Pereira de Oliveira, escritora, doutorada em Letras, Inês Domingos, docente da Universidade Católica, mestre em Economia, ex-deputada do PSD, Isabel Aldir, médica, diretora do Programa Nacional contra o HIV e a Tuberculose, e Maria Amélia Paiva, diplomata, embaixadora em Moçambique.

Patrícia Fonseca, engenheira agrónoma, ex-deputada do CDS-PP, Zita Martins, professora do Instituto Superior Técnico, doutorada em Astrobiologia, Rita Saias, jurista, presidente do Conselho Nacional da Juventude (CNJ), e Ana Patrícia Pereira, major da GNR, são outros dos novos elementos femininos na equipa do Presidente da República.

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O mundo ainda não é delas. Edição de março da Advocatus nas bancas

  • ADVOCATUS
  • 8 Março 2021

A Advocatus de março é dedicada às mulheres. Pode ler especiais sobre a igualdade de género, liderança e o papel da mulher na advocacia e ainda uma entrevista a Mafalda Barreto, líder da GA_P.

A Advocatus contactou as principais doze sociedades de advogados do mercado – em função da dimensão – e concluiu que a igualdade de género ainda está muito aquém de ser concretizada no terreno. Dos 81 advogados que compõem os órgãos de gestão desses escritórios, apenas 21 são mulheres. Morais Leitão tem apenas homens. E Miranda e CMS Rui Pena & Arnaut são os mais bem ‘cotados’. Garrigues e Uría não quiseram responder. Veja os rostos de quem lidera no feminino e conheça as suas carreiras.

Em comemoração do dia internacional da mulher, a Advocatus questionou também seis advogadas sobre o papel da mulher na advocacia e em que ponto está a igualdade de género no setor. E ainda deram um conselho para as futuras colegas.

Os desafios colocados pela pandemia podem estender-se e afetar diversas lutas sociais. A Advocatus foi perceber junto de três advogadas se o tema da igualdade de género foi apanhado no turbilhão da Covid-19 e se está a afetar de maneira diferente ambos os sexos.

A Advocatus foi também falar com as líderes de três associações, Astraea, PRO BONO Portugal e PAIIR, e todas acreditam que as regras de gestão são transversais a ambos os géneros. Sobre se ainda existe discriminação no setor, referem que o acesso aos cargos de topo ainda não é de acesso fácil às mulheres.

Em três meses, a Caiado Guerreiro ajudou a Eni gas e luce, uma subsidiária da Eni SpA, e o Grupo Pitma na aquisição de 100% da Aldro Energìa Y Soluciones. Descubra todos os pormenores da operação na rubrica negócio do mês da 124.ª edição.

Catarina Belim é a advogada do mês desta edição. A sócia fundadora do escritório Belim, esteve à conversa com a Advocatus e fez um balanço sobre os primeiros quatro anos do seu projeto e dos riscos que assumiu. Segundo a advogada, o escritório conta com advogados que não se acomodam a frases como “mas sempre foi assim”. Sobre o combate à pandemia assegura que este representa um enorme golpe nas finanças públicas.

Catarina Belim, sócia fundadora da Belim

A Advocatus esteve à conversa com a managing partner da Gómez-Acebo & Pombo, Mafalda Barreto, que fez um balanço dos 50 anos da firma espanhola. Sendo uma das poucas managing partner mulheres no país, a líder mostrou-se confiante que será uma questão de tempo até que haja um equilíbrio. Sobre o futuro, acredita que passará por uma maior digitalização.

A Advocatus de março já se encontra nas bancas. Assine a revista aqui.

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Petróleo acima dos 70 dólares pela primeira vez desde o início da pandemia

O "ouro negro" está a valorizar mais de 1% nos mercados internacionais, atingindo os valores mais elevados desde que a pandemia se instalou no mundo.

Os ataques às instalações petrolíferas da Arábia Saudita divulgados esta segunda-feira foram suficientes para provocar uma valorização do petróleo nos mercados internacionais, apesar de não existir notícia de que a produção saudita tenha sido afetada. O petróleo valoriza mais de 1% em Londres com o Brent a superar os 70 dólares por barril pela primeira vez desde o início da pandemia de Covid-19.

Em Nova Iorque, o crude (WTI) atingiu um máximo de mais de dois anos (outubro de 2018) ao fixar-se nos 67 dólares por barril. Com a procura igual mas a oferta em risco por causa do ataque à Arábia Saudita — um dos maiores exportadores de petróleo do mundo –, a cotação do petróleo tende a subir. Os analistas da ING, citados pela Reuters, referem que a tendência será de subida se a frequência destes ataques aumentar.

Em causa está um ataque das forças Houthi do Iémen com drones e mísseis apontados à indústria petrolífera saudita, nomeadamente o porto e a refinaria de Ras Tanura que é essencial para as exportações sauditas. Este é o fator principal por detrás desta subida do petróleo nos mercados internacionais, mas a influenciar está também a decisão do cartel da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) de manter os cortes na produção em abril.

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