Altice Portugal pede à Anacom que suspenda leilão do 5G e esclareça possível fusão entre Másmóvil e Vodafone

A Altice Portugal enviou uma carta à Anacom a pedir a suspensão do leilão do 5G até serem esclarecidas as notícias que dão conta de negociações para a fusão entre Másmóvil e Vodafone.

A direção de regulação, concorrência e jurídica da Altice Portugal está preocupada com as notícias na imprensa espanhola que apontam para uma possível fusão entre a Másmóvil e a Vodafone, a ter lugar até ao fim do semestre. Nesse sentido, a empresa apelou à Anacom para que confirme se esse negócio vai mesmo adiante, suspendendo o leilão do 5G durante o tempo necessário para esse efeito.

Numa carta enviada ao regulador, a que o ECO teve acesso, a direção do departamento alerta para a hipótese de uma operação dessa natureza colocar em causa a “sã concorrência” no mercado. Em causa está o facto de a empresa espanhola ter adquirido espetro na fase do leilão do 5G reservada aos “novos entrantes”.

Embora admita desconhecer “a veracidade” da informação noticiada pela comunicação social, a Altice Portugal, que controla a operadora Meo, indica que as mesmas nunca foram desmentidas e adverte para “um conjunto significativo de questões” que “ganham uma especial acuidade no atual contexto do leilão” de frequências para a quinta geração. E assegura que várias dessas preocupações já tinham sido manifestadas ao regulador durante a consulta pública do regulamento, criticando a Anacom por “não responder” às mesmas.

Uma delas, recorda agora a Altice na referida carta, era a de que o regulamento do leilão não incluía um mecanismo que “impedisse ou, pelo menos, controlasse alterações acionistas nos ‘novos entrantes'”. Ou seja, “nada impedia” um “novo entrante” de “participar no futuro leilão e, mais tarde, os seus acionistas venderem o capital social a qualquer terceiro, nomeadamente, a operadores estabelecidos no mercado”, ressalva a empresa.

Tanto a Altice Portugal como a Nos e a Vodafone foram muito críticas do regulamento do leilão do 5G desenhado pela entidade reguladora, e não apenas por causa da reserva de espetro para “novos entrantes”. As operadoras também foram fortemente contra as obrigações de cobertura dessas empresas, que consideraram não ser suficientes, bem como a medida que permite a essas empresas usarem as redes das atuais operadoras por, pelo menos, 10 anos, ao abrigo de acordos de roaming nacional.

A fase principal do leilão do 5G ainda está em curso e dura há quase 50 dias, podendo participar qualquer uma das empresas que se tenha candidatado ao leilão. Mas o procedimento contemplou também uma primeira fase, exclusiva para empresas que ainda não tenham qualquer licença de telecomunicações em Portugal, no qual a Másmóvil, dona da Nowo, terá adquirido os três lotes à venda na faixa dos 1.800 MHz.

A Altice Portugal, que não pôde concorrer à compra dessas frequências, teme assim que, se a Másmóvil se fundir com a Vodafone, esta última que também estava impedida de comprar esses direitos, passe a usufruir dos mesmos para reforçar a sua rede de 4G. “Constata-se, agora, que este receio poderá vir a concretizar-se mais cedo do que era expectável, subvertendo os princípios e objetivos subjacentes ao leilão e criando riscos sérios para o funcionamento do mercado”, escreve a direção na carta enviada à Anacom, datada de 22 de fevereiro.

Altice defende que fusão só em Espanha já ameaçaria concorrência

Segundo a imprensa internacional, a Másmóvil e a Vodafone estão em negociações com vista a uma fusão em Espanha e Portugal. Mas se a operação se limitar ao mercado espanhol, a Altice Portugal, na missiva à entidade liderada por João Cadete de Matos, aponta que, mesmo assim, o negócio levantaria dúvidas do ponto de vista da concorrência no mercado nacional.

“Mesmo que os eventuais entendimentos entre a Másmóvil e a Vodafone apenas se concretizem em relação às operações no território espanhol, tal levaria à criação, sem qualquer controlo das entidades nacionais, de uma entidade em Espanha com interesses e influência, direta ou indireta, sobre dois operadores no mercado nacional que, supostamente, devem competir entre si, sendo que um deles congrega de um quadro de benefícios lesivo para os demais operadores”, escreve a direção de regulação e concorrência.

E se não vier a acontecer negócio nenhum? A Altice Portugal defende que, mesmo nesse caso, os meros rumores na imprensa “lançam uma indesejável nebulosidade sobre o decurso do leilão” e “sobre as condições” de concorrência do mesmo. A empresa considera que as duas entidades têm “capacidade de influenciar o decurso do leilão, em particular o preço dos lotes disponíveis”.

Para a Altice Portugal, a Anacom deve adotar “todas as medidas necessárias” para “verificar a veracidade destas notícias” e, “em função das informações obtidas”, garanta “um procedimento de leilão efetivamente concorrencial e justo, procedendo, se for caso disso, à sua suspensão durante o tempo que for estritamente necessário à retoma das condições necessárias ao seu prosseguimento”.

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Siza Vieira admite que abastecimento crítico da União Europeia está sujeito a “disrupções diversas”

Depois de uma reunião dos ministros da competitividade da União Europeia, Pedro Siza Vieira reconheceu que a região depende de cadeias de abastecimento externas, sujeitas a "disrupções diversas".

É durante uma crise que a economia dá provas da sua resiliência. E a pandemia trouxe a lume várias lacunas económicas na União Europeia (UE). O tema esteve em destaque esta segunda-feira numa reunião do Conselho de Competitividade, presidida pelo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, e que reuniu à mesma mesa os ministros com a tutela da competitividade dos vários Estados-membros.

Uma das conclusões está à vista: “Matérias-primas, componentes críticos, equipamentos de proteção individual e semicondutores, todas estas foram áreas em que notámos que a Europa precisa, para o funcionamento regular das suas empresas e para a manutenção da qualidade de vida dos seus cidadãos, de cadeias de abastecimento situadas noutros locais do globo e que podem estar sujeitos a disrupções diversas”, alertou o ministro português.

Numa conferência de imprensa transmitida pela RTP3, Siza Vieira explicou que os ministros discutiram também como encarar esse facto, para permitir que a Comissão Europeia atualize “a estratégia industrial que está a ser preparada” para ser apresentada por Bruxelas no próximo dia 27 de abril.

Instado a dar mais detalhes sobre medidas para endereçar a problemática, o ministro da Economia reconheceu que “a integridade” do mercado único “foi posta à prova durante a crise pandémica” e que “todos perdemos com isso”. “Ficou muito claro que é quando cooperamos e permitimos que o mercado único ofereça a todos a possibilidade de acederem a bens e mercadorias que se dirigem a todo o mercado, que conseguimos aumentar a nossa produção e gerar recursos que podem ser investidos”, indicou.

A escassez global de semicondutores já está a penalizar a recuperação da economia, incluindo em Portugal, onde a fábrica da Volkswagen Autoeuropa, uma das empresas que mais pesa no Produto Interno Bruto português, a anunciar uma paragem de um mês por falta destes componentes. Irá produzir menos 5.700 automóveis a conta da falta destes componentes eletrónicos.

No fim de semana, a imprensa internacional deu também conta da ocorrência de um incêndio numa importante fábrica de chips para a indústria automóvel, perspetivando-se o agravamento da crise de oferta face a uma acelerada procura.

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Economia alemã em queda acentuada no 1.º trimestre, revela o Bundesbank

  • Lusa
  • 22 Março 2021

No boletim mensal de março, publicado esta segunda-feira, o Bundesbank afirma que "a atividade pode voltar a cair acentuadamente, especialmente nos setores de serviços de contacto próximo".

O Bundesbank regista uma queda acentuada na economia alemã no primeiro trimestre, especialmente nos setores dos serviços, onde a atividade desceu devido às medidas de confinamento para travar a pandemia.

No boletim mensal de março, publicado esta segunda-feira, o Bundesbank afirma que “a atividade pode voltar a cair acentuadamente, especialmente nos setores de serviços de contacto próximo”.

O volume de negócios dos retalhistas diminuiu drasticamente em janeiro devido às medidas de contenção e porque o IVA, que o Governo alemão reduziu no ano passado para contrariar o efeito das medidas de contenção sobre a queda do consumo, voltou a aumentar.

“A indústria alemã está a beneficiar de uma procura externa mais dinâmica”, especialmente de países fora da zona euro, embora a produção industrial tenha diminuído um pouco em janeiro, especialmente no setor automóvel devido à escassez de semicondutores, de acordo com o Bundesbank.

A procura por parte dos países da zona euro manteve-se, enquanto a procura interna até diminuiu.

A produção industrial em janeiro estava muito abaixo do nível em que se encontrava no quarto trimestre de 2019, antes do início da pandemia.

O Bundesbank também acredita que o número de empregados em ‘lay off’ terá aumentado um pouco no início do ano.

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Português Akacorleone assina obra que assinala Pessoas Awards’20

  • Trabalho
  • 22 Março 2021

Formado em artes e licenciado em Design e Comunicação Visual, o artista português é conhecido pela destreza na utilização de cores, tipografia, caracteres e formas.

Akacorleone é o autor da serigrafia que será o prémio atribuído aos vencedores dos Pessoas Awards’20. A obra, assinala pelo artista português, descreve a importância das pessoas nas organizações, num ano de dinâmica particular como foi o de 2020.

“Neste momento singular, em que nos encontramos distantes uns dos outros, apercebemo-nos de como precisamos de proximidade, de diálogo, de colaboração, de diversidade e de crescermos com partilha de experiências entre nós. Juntos somos mais fortes”, detalha o artista Akacorleone, sobre o trabalho.

Vencedores dos Pessoas Awards’20 recebem obra do português Akacorleone.Akakorleone

Akacorleone, alter-ego de Pedro Campiche, é atualmente conhecido pela destreza na utilização de cores, tipografia, carateres e formas. Mistura os elementos para conseguir composições atraentes e originais. Nasceu em 1985, é descendente de portugueses e suíços e começou o seu percurso no graffiti.

Formado em artes e licenciado em Design e Comunicação Visual, Akacorleone trabalhou como designer gráfico em estúdios durante alguns anos, no entanto, desapontado com essa experiência, decidiu trabalhar como ilustrador freelancer e desenvolver a sua carreira artística. Desde 2010, tem apresentado o seu trabalho em exposições individuais e coletivas, em Portugal e no estrangeiro. É o autor da ilustração que é a capa desta edição da Pessoas. Para premiar os vencedores do prémio, a organização imprimiu uma edição desta ilustração em formato de serigrafia limitada e numerada.

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Apritel diz que Portugal “mantém liderança” na descida dos preços nos pacotes de comunicações

  • Lusa
  • 22 Março 2021

A Apritel salienta que "os dados mais recentes do Eurostat, referentes a fevereiro de 2021, demonstram mais uma vez a forte dinâmica competitiva do mercado português de comunicações eletrónicas".

A Associação dos Operadores de Comunicações Eletrónicas (Apritel) divulgou esta segunda-feira que Portugal “mantém a liderança” na descida dos preços nos pacotes de comunicações usados por 88% das famílias, citando dados do Eurostat de fevereiro.

A questão dos preços das comunicações em Portugal tem sido ponto de discórdia entre os operadores de telecomunicações e a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).

Em comunicado divulgado esta segunda-feira, a Apritel salienta que “os dados mais recentes do Eurostat, referentes a fevereiro de 2021, demonstram mais uma vez a forte dinâmica competitiva do mercado português de comunicações eletrónicas“.

A associação aponta que, “nos serviços em pacote, aqueles que, de acordo com os dados da Anacom, as famílias portuguesas cada vez mais preferem, e que no final de 2020 já eram subscritos por 88 em cada 100 famílias, Portugal é o país onde os preços mais baixaram nos últimos 12 meses (-2,8%)”.

A Apritel salienta que, “numa perspetiva mais global, e analisado os últimos 12 meses, a competitividade do setor nacional também sai reforçada“.

Isto porque o “índice dos preços de serviços de telecomunicações reduziu-se 1,5% nos últimos 12 meses, enquanto na EU27 apenas desceu 0,3%”, reforça a Apritel.

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Governo grego recruta à força médicos do setor privado

  • Lusa
  • 22 Março 2021

Médicos do setor privado na Grécia vão receber avisos com hora e hospital público onde se devem apresentar por ordem do Governo. Quem não cumprir fica sujeito a sanções.

O Ministério da Saúde grego começou a mobilizar de forma obrigatória médicos do setor privado para enfrentar a falta de profissionais nos hospitais públicos, na região de Ática durante a atual “terceira onda” de Covid-19.

O recrutamento forçado dos médicos de Medicina Interna, Pneumologia e Clínica Geral foi adotado depois de fracassar o processo para se conseguirem voluntários dispostos a trabalhar no serviço público, disse o ministro da Saúde, Vassilis Kikilias.

O ministério, que tinha solicitado no mês de fevereiro 206 médicos que voluntariamente se apresentassem nos serviços de saúde públicos por um período de um mês, lançou um ultimato na semana passada, referindo-se às necessidades dos hospitais que atendem os doentes afetados com SARS-CoV-2.

Até ao momento só se tinham apresentado 61 profissionais de saúde de um total de 2.500 médicos registados na região da capital da Grécia.

Os voluntários vão receber dois mil euros livres de impostos e pagamentos extraordinários referentes a horas extraordinárias e que podem rondar os 1.300 euros. Por outro lado, podem decidir quantos dias e quantas horas podem trabalhar no sistema público de saúde.

De acordo com a imprensa local, os médicos recrutados de forma compulsiva depois de encerrado o período de recrutamento voluntário não vão receber qualquer pagamento extraordinário. Até ao momento, desconhece-se o método de seleção que o Ministério da Saúde pretende adotar no recrutamento forçado.

O único aspeto confirmado é a receção de um aviso com a hora e hospital onde os médicos do setor privado se devem apresentar por ordem do Governo. Os médicos que não se apresentarem ficam sujeitos a sanções que ainda não foram especificadas.

Nas últimas semanas verificou-se um aumento do número diário de casos de Covid-19, que superou com frequência os 2.000 contágios, assim como se regista um aumento significativo dos internamentos hospitalares devido à doença.

No domingo, o número de pessoas que tiveram de receber respiração assistida alcançou um novo valor máximo: 674 doentes nas unidades de cuidados intensivos em Atenas, onde mais de uma centena de pessoas estão entubadas em espaços comuns.

Os médicos do sistema nacional de saúde grego queixam-se do Governo do conservador Kyriakos Mitsotakis, grande defensor da saúde privada, que não reforçou suficientemente a rede pública de hospitais face à crise sanitária.

A Federação das Associações dos Hospitais da Grécia (OENGE) criticou as autoridades gregas pelo encerramento dos blocos operatórios transformados em zonas para tratamento de doentes com Covid-19, em vez de abrir novos espaços hospitalares destinados à doença. A federação pede para que sejam requisitadas clínicas privadas, com todas as infraestruturas disponíveis, em vez do recrutamento de médicos.

Além do mais, os médicos do sistema público criticam o método de recrutamento obrigatório porque estão a ser chamados profissionais de todo o tipo de especialidades para tratar doentes com SARS CoV-2, em vez de se realizarem mais contratações para as estruturas do Estado.

O Governo afirma que foram contratados 10 mil profissionais de saúde durante a pandemia, mas os sindicatos indicam que se trata de contratos a prazo.

A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.710.382 mortos no mundo, resultantes de mais de 122,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela AFP. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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Um mindset flexível

  • PESSOAS + EY
  • 22 Março 2021

A flexibilidade é um hot topic associado às novas formas de trabalhar. Estará a ser potenciada nas organizações? Beatriz Marques, Senior Consultant EY, People Advisory Services, responde.

O contexto que vivemos tem-nos colocado à prova constantemente, deixando marcas significativas. Os desafios de ontem já não são os desafios de hoje e muito menos os de amanhã.

Nenhum de nós escapou a experienciar o mundo VUCA (sigla em inglês para Volatility, Uncertainty, Complexity e Ambiguity). E, na verdade, face a este contexto de caos, descobrimos até que o próprio mundo VUCA se tornou desatualizado.

Surge assim uma nova forma de ver o mundo, através do acrónimo BANI (B:rittle, A:nxious, N:on-linear and I:ncomprehensiblel).O que costumava ser volátil, deixou de ser completamente confiável e é cada vez mais frágil; já não sentimos a incerteza mas sim a ansiedade; o que antigamente era complexo passou a ser não linear; e aquilo que víamos como ambíguo, agora vemos como incompreensível.

As primeiras questões que me surgem são: qual é o impacto que isto provoca nos colaboradores e na dinâmica das organizações? Como podemos lidar agilmente com estas mudanças de paradigma?

"Sabemos que colaboradores flexíveis são capazes de lidar simultaneamente com vários desafios sem perder o foco ou a energia, estão confortáveis perante ambiguidades, são ágeis na transformação e maleáveis nas suas ideias, procurando alcançar a melhoria continua.”

Beatriz Marques

Senior Consultant EY, People Advisory Services

Cada vez mais acredito que a resposta passa por uma palavra mágica: a flexibilidade. Que se traduz na capacidade de, constantemente, nos adaptarmos a qualquer circunstância mantendo uma postura positiva e colaborativa.

O contexto atual, acentuou esta necessidade e a flexibilidade passa a ser um must have nas organizações. Foi colocada no TOP 10 das competências de futuro, pelo World Economic Forum, destacando ainda que 50% dos colaboradores terão que fazer reskill para colocar em prática competências como esta.

Beatriz Marques explica como poderá garantir que desenvolve um mindset flexível e o coloca em prática no dia-a-dia na sua organização.Getty Images

Porque será necessário fazer o reskill desta competência? Não é algo que seja totalmente novo nas organizações…. Se refletirmos bem, chegámos à conclusão de que a flexibilidade é muito mais do que uma competência e, talvez essa seja talvez a maior dificuldade. Na minha opinião, trata-se de algo muito mais abrangente, como um tipo de mindset.

Sabemos que colaboradores flexíveis são capazes de lidar simultaneamente com vários desafios sem perder o foco ou a energia, estão confortáveis perante ambiguidades, são ágeis na transformação e maleáveis nas suas ideias, procurando alcançar a melhoria continua.

"No fundo, um mindset flexível dar-lhe-á o poder de abraçar o crescimento, a mudança e todas as possibilidades.”

Beatriz Marques

Senior Consultant EY, People Advisory Services

Portanto, perante qualquer adversidade, é este mindset flexível que os permite reagir eficazmente às circunstâncias, fazendo uma adequada gestão da mudança, focada na forma como podem continuar a acrescentar valor à organização e garantir o seu desenvolvimento. E, pelo que temos sentido do mercado, é isto que as organizações cada vez mais procuram.

Como poderá garantir que desenvolve este mindset flexível e o coloca em prática no dia-a-dia?

  1. Aceitar o desconhecido e a mudança. Vivemos de facto num mundo em constante alteração, portanto, temos de aceitar o desconhecido, encará-lo como uma oportunidade de experimentar algo novo e sair fora da caixa. Quando foi a última vez que o fez?
  2. Não ter medo de errar. O medo de errar é algo que não preocupa pessoas com um mindset flexível, pois, reconhecem que perante o erro, existe sempre uma margem de aprendizagem associada que irá compensar e trazer valor acrescentado.
  3. Demonstrar uma “can do attitude”. A flexibilidade envolve encarar todos os desafios com uma postura confiante e persistente, antecipando possíveis cenários e soluções, agindo como problem solver até atingir o objetivo desejado.
  4. Envolver o outro. É fundamental manter uma postura positiva e open mind, não só perante os diversos contextos, mas, também perante os outros. A flexibilidade contribui para aumentar a empatia perante os outros, permitindo assim a abertura a novas perspetivas, experiências e ideias.
  5. Motivação por novos desafios. Um verdadeiro mindset flexível passa por uma procura constante de novos desafios, colocando a pessoa sair da sua zona de conforto. É nestes momentos que a aprendizagem é mais significativa e impacta a jornada do colaborador.

No fundo, um mindset flexível dar-lhe-á o poder de abraçar o crescimento, a mudança e todas as possibilidades.

Com o tempo e o foco certo na mudança de mindset e comportamentos correspondentes, poderá alcançar o sucesso e fazer a diferença!

Se tiver interesse, subscreva aqui as comunicações da EY Portugal (convites, newsletters, estudos, etc).

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A importância da Lei do Clima Europeia na descarbonização

  • Capital Verde + EY
  • 22 Março 2021

Beatriz Varela Pinto, Manager EY, Climate Change & Sustainability Services, explica como a Lei do Clima é uma oportunidade para implementar na legislação europeia o objetivo da neutralidade carbónica.

No primeiro semestre de 2021, Portugal assumiu a presidência rotativa do Conselho da União Europeia. Entre os temas a abordar, a pasta das alterações climáticas assume particular relevância, em linha com a visão e a estratégia definidas no Pacto Ecológico Europeu e com o Acordo de Paris, sendo que as negociações em curso no âmbito da Lei do Clima Europeia têm merecido especial destaque.

Um dos objetivos assumidos pela presidência portuguesa do Conselho da UE é precisamente alcançar a aprovação da Lei Europeia do Clima até ao fim do semestre.

Beatriz Varela Pinto, Manager, Manager EY, Climate Change & Sustainability ServicesEY

Atualmente é sabida a divergência entre as posições do Parlamento Europeu e o Conselho. Entre outros elementos, as duas estão divididas quanto às metas a introduzir relativamente a 2030. Recorde-se que em dezembro de 2020 os líderes europeus acordaram uma nova meta de redução de emissões de 55% até 2030, relativamente aos níveis de 1990. No entanto, conforme alertam diversas ONGs, tal ambição não será suficiente para cumprir o objetivo de longo prazo do Acordo de Paris e limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC.

"Caberá assim à presidência portuguesa do Conselho da UE procurar um resultado consensual entre as três partes nas negociações do texto, para viabilizar uma Lei do Clima Europeia transparente e eficiente.”

Beatriz Varela Pinto

Manager EY, Climate Change & Sustainability Services

O Parlamento Europeu pretende ver aprovado nos objetivos da Lei do Clima Europeia um aumento do nível de ambição da meta de redução de emissões para 2030, nomeadamente dos 55% acordados em dezembro passado, para 60%. Adicionalmente, procura que todos os Estados Membros fiquem vinculados ao objetivo de atingir neutralidade carbónica até 2050. Por seu turno, o Conselho – que representa os vários Estados Membros – apresenta maior reserva na adoção de uma revisão em alta da meta de 2030 e vê o objetivo da neutralidade carbónica como um esforço conjunto da Europa, e não um objetivo vinculativo para cada um dos Estados Membros. Há ainda posições divergentes sobre temas como a constituição de um budget de emissões a nível europeu, para cumprir a meta de neutralidade carbónica até 2050, e a criação do Conselho Europeu para as Alterações Climáticas (ECCC, na sigla inglesa), um comité científico independente que estabeleça princípios de apoio à decisão política com base em critérios científicos.

Embora haja algumas posições convergentes – como é o caso da adaptação às alterações climáticas, cuja estratégia europeia foi aprovada a 24 de fevereiro deste ano – são ainda necessárias negociações para ultrapassar as diferenças verificadas entre as duas instituições. Caberá assim à presidência portuguesa do Conselho da UE procurar um resultado consensual entre as três partes nas negociações do texto, para viabilizar uma Lei do Clima Europeia transparente e eficiente. De notar que a presidência portuguesa terá de manter um papel neutro nas negociações em curso, já que representa os vários Estados Membros (e não somente a visão de Portugal), com níveis de ambição divergentes.

"Importa destacar que está em processo de adoção em Portugal uma lei do clima, com vista a verter na legislação nacional o objetivo da neutralidade carbónica, a ser devidamente regularizado e institucionalizado, com implicações a nível das políticas de mitigação e adaptação às alterações climáticas.”

Beatriz Varela Pinto

Manager EY, Climate Change & Sustainability Services

Em resumo, a Lei do Clima Europeia constitui uma oportunidade para implementar na legislação europeia o objetivo da neutralidade carbónica até 2050, e vincular a Comissão Europeia no estabelecimento e revisão de metas climáticas intermédias, com base na evolução da ciência climática.

Adicionalmente, importa destacar que está em processo de adoção em Portugal uma lei do clima, com vista a verter na legislação nacional o objetivo da neutralidade carbónica, a ser devidamente regularizado e institucionalizado, com implicações a nível das políticas de mitigação e adaptação às alterações climáticas.

Se este enquadramento pode parecer distante no tempo para o tecido empresarial nacional, sobretudo num ano de pandemia, importa que as empresas tenham presente que o objetivo da neutralidade carbónica vai tocar de forma transversal todos os setores da atividade económica e provocar uma transformação profunda seja ao nível dos mercados, seja dos seus modelos de negócio. Exemplos como o phase-out do carvão a nível europeu e nacional – com a antecipação do encerramento das centrais termoelétricas a carvão para o final de 2021 -, demonstram o impacto direto da descarbonização no setor eletroprodutor e sua a capacidade de antecipação.

É assim de importância fulcral, tanto para cidadãos como para empresas, procurar acompanhar e antecipar a evolução das negociações da Lei do Clima Europeia, assim como as suas implicações para a descarbonização nos diferentes Estados e mercados onde operam.

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Podcast PLMJ #13: Insurtech e a transformação digital no setor segurador

  • Conteúdo Patrocinado
  • 22 Março 2021

Marco Navega, director de informática da Zurich, e Nuno Luís Sapateiro, associado da PLMJ, são os protagonistas de hoje do Podcast da PLMJ sobre Insurtech e a transformação digital nos seguros.

Hoje falamos sobre transformação digital no setor segurador. Falamos também de Insurtech, uma tendência em crescimento que está a revolucionar o mercado das seguradoras. Do que se trata, qual o enquadramento regulatório e legal e qual o impacto para o consumidor são temas que vão estar em debate no podcast de hoje.

Para nos ajudar, está connosco Marco Navega, diretor de informática da Zurich Portugal, com mais de 17 anos de experiência na área de IT e 15 na indústria seguradora. Navega tem liderado a transformação digital na Zurich. Da PLMJ, Nuno Luís Sapateiro, associado coordenador nas áreas de Bancário e Financeiro e Mercado de Capitais, com 15 anos de experiência na área de regulatório de seguros e membro do grupo de trabalho de Insurtech da AFIP (Associação FinTech e InsurTech Portugal).

Acompanhe o episódio #13: Insurtech e a transformação digital no setor dos seguros

A PLMJ criou um podcast próprio que, além de cobrir questões jurídicas com relevância para as empresas, oferece também a visão de empresários e especialistas sobre os grandes temas da atualidade.

O podcast da PLMJ inclui ainda conversas com os artistas representados na Fundação PLMJ e reflexões com convidados e parceiros sobre alguns dos pilares estratégicos da sociedade: sustentabilidade, impacto social e promoção cultural.

O podcast é atualizado semanalmente e conta já com um conjunto de reflexões que acompanham os últimos desenvolvimentos legislativos no contexto da pandemia e analisam tendências setoriais. Reveja os episódios anteriores do Podcast PLMJ.

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EDP vai instalar até 150 pontos de carregamento rápido nos restaurantes McDonald’s

A EDP Comercial e a MacDonald's celebraram uma parceria de mobilidade elétrica que vai permitir instalar carregadores ligados à rede pública em cerca de 75 restaurantes de fast food em todo o país.

A EDP Comercial e a McDonald’s Portugal anunciaram esta segunda-feira a celebração de uma parceria para começar a instalar, nos próximos meses, até 150 pontos de carregamento rápido em alguns dos restaurantes da marca, em localizações diversas, de norte a sul, no litoral e interior, assim como nas ilhas da Madeira e dos Açores.

Até ao final do ano, deverão ser instalados os primeiros 100 pontos de carregamento rápido, que permitem carregar, em apenas 20 a 30 minutos, o equivalente a 100 quilómetros de autonomia, informou a EDP em comunicado.

“Esta parceria, a maior em número de pontos de carregamento e localizações que já celebrámos, é um passo fundamental para o desenvolvimento de uma rede pública de carregamento mais conveniente, capilar e, por isso, inclusiva. Estamos muito satisfeitos por nos associarmos à McDonald’s, para juntos contribuirmos para um mundo mais sustentável e acelerarmos para a necessária transição energética”, destacou Vera Pinto Pereira, presidente da EDP Comercial, no mesmo comunicado.

Inês Lima, diretora geral da McDonald’s Portugal, disse: A monitorização e a redução do impacte ambiental da nossa atividade tem sido uma prioridade ao longo dos anos, visível nas soluções encontradas para a eficiência energética dos nossos restaurantes, bem como nas medidas tomadas noutras áreas da sustentabilidade ambiental. Com foco na mobilidade verde e com a EDP Comercial como parceiro fundamental, vamos instalar carregadores elétricos de última geração por todo o país, de forma a sensibilizar e promover a adoção dos veículos elétricos”.

Os equipamentos estarão ligados à rede pública MOBI.E e poderão ser utilizados por todos os clientes com cartão de mobilidade elétrica de um CEME (Comercializador de Eletricidade para a Mobilidade Elétrica). Para quem utilizar o cartão Mobilidade Elétrica EDP e for cliente residencial da EDP Comercial, terá um desconto no carregamento e a garantia de que a energia é 100% verde.

No setor da mobilidade elétrica em Portugal a EDP Comercial quer ultrapassar os 1.000 pontos de carregamento até ao final do ano. Em 2020, foi a empresa que mais cresceu no carregamento público e hoje representa cerca de 50% de quota de mercado em cartão CEME, com mais de 25 mil cartões emitidos, refere a elétrica. A EDP pretende ainda ter 40 mil pontos de carregamento público e privado até 2025.

Recentemente, a empresa anunciou o maior hub de carregamento público instalado num município, na Maia, assim como uma parceria com a Brisa, BP e Repsol, para a instalação de carregadores rápidos e ultrarrápidos nas autoestradas nacionais.

Do lado da McDonald’s Portugal, a aposta na mobilidade verde teve início em 2017 e, até ao final de 2022, a marca estima instalar estes novos carregadores elétricos rápidos em cerca de 75 dos seus restaurantes McDrive, sendo que, este ano, a meta é equipar já 50 restaurantes (100 pontos de carregamento) com estes novos equipamentos.

Da nova gama Quick Charging, da Efacec, lançada no final de fevereiro, estes carregadores de design modular permitem a utilização por diferentes tipos de viaturas, com possibilidade de carregamentos entre corrente contínua ou alternada. Em caso de disponibilidade de dois lugares de estacionamento exclusivos para mobilidade verde, é possível o carregamento simultâneo de duas viaturas.

Além disso, também a sede da McDonald’s Portugal dispõe desde o ano passado 18 carregadores elétricos, disponíveis para colaboradores que utilizam viaturas elétricas ou híbridas, próprias ou da empresa. A marca está ainda, em Portugal, num processo de transição de 100% da sua frota para modelos elétricos e, atualmente, esse objetivo já se encontra cumprido a 25%.

Também a frota da HAVI, o parceiro logístico da McDonald’s, contribui para o impacte ambiental positivo da marca: todos os veículos são hoje movidos a gás natural veicular, tendo, anteriormente, utilizado biodiesel produzido a partir dos óleos alimentares usados nos restaurantes, um dos mais antigos projetos de economia circular da McDonald’s Portugal.

A marca tem como meta reduzir a emissão de gases de efeito de estufa em 36%, até 2030, nos restaurantes e escritórios, tendo como base de referência os valores do ano 2015, e está comprometida na redução de 31% na intensidade das emissões (por tonelada métrica de alimentos e embalagens) em toda a sua cadeia de abastecimento, em colaboração com os seus fornecedores.

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Desempregados inscritos no IEFP sobem 1,8% em fevereiro

O número de desempregados inscritos no IEFP subiu 1,8% em fevereiro, face a janeiro, atingindo os 431.843 desempregados.

Registaram-se mais 7.484 desempregados no IEFP em fevereiro, face a janeiro, para um total de 431.843 desempregados em Portugal, o que representa uma subida em cadeia de 1,8%. Este é o terceiro mês consecutivo em que o número de inscrições no IEFP aumenta face ao mês anterior. Em termos homólogos, o número de desempregados sobe 36,8%, ou seja, mais 116.281 desempregados.

“No fim do mês de fevereiro de 2021, estavam registados, nos Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas, 431.843 indivíduos desempregados”, revela o IEFP esta segunda-feira, especificando que “o total de desempregados registados no País foi superior ao verificado no mesmo mês de 2020 (+116.281; +36,8%) e face ao mês anterior (+7.484 ; +1,8%)”.

Fonte: IEFP.

Não havia tantos desempregados inscritos no IEFP desde maio de 2017 (432.274 desempregados na altura), de acordo com a série histórica. Esta evolução reflete o impacto da pandemia no mercado de trabalho — antes da Covid-19 o número de desempregados era de 315 mil –, o qual foi amparado pelos apoios disponibilizados pelo Estado, como é o caso do lay-off simplificado. Ainda assim, em poucos meses eliminou-se toda a criação de emprego de pelo menos dois anos (2018 e 2019).

O desemprego aumentou em todo o país, mas há duas regiões mais afetadas (na comparação homóloga), o que estará relacionado com a sua dependência ao turismo: é o caso de Lisboa (+52,9%), do Algarve (+74,4%) e da Madeira (+30,4%).

Por setores, sem surpresas, o desemprego aumentou mais nos serviços (+43,7%), em específico no alojamento, restauração e similares (+70,6%), nas atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio (+54,4%) e nos transportes e armazenagem (+50,8%).

Em fevereiro, o IEFP recebeu 7.677 ofertas de emprego em todo o país, menos do que no mês anterior e do que no mês homólogo. “As atividades económicas com maior expressão nas ofertas de emprego recebidas ao longo deste mês (dados do Continente), por ordem decrescente, foram as seguintes: ‘Atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio’ (26,5%), ‘Construção’ (12,9%) e ‘Comércio por grosso e a retalho’ (11,3%)”, revela o IEFP.

(Notícia atualizada às 11h07 com mais informação)

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Maior aeronave do planeta é secreta e será 100% elétrica

O co-fundador da Google quer criar a maior aeronave do mundo com um comprimento de 198 metros e com uma célula de combustível de hidrogénio capaz de fornecer 1,5 megawatts de energia.

O co-fundador da Google, Sergei Brin, está a acelerar a descolagem do seu novo grande projeto: a maior nave aérea do planeta. Esta aeronave será a maior do mundo com um gerador elétrico voador mais potente alguma vez criado e com uma célula de combustível de hidrogénio capaz de fornecer 1,5 megawatts de energia.

Intitulada de Pathfinder 1, a primeira versão da aeronave, já foi registado na Administração de Aviação dos EUA, tem aproximadamente 72 metros de comprimento e utilizará baterias convencionais e 12 motores elétricos para transportar 14 passageiros, avança o El Confidencial.

Os planos de Sergei Brin, que é a oitava pessoa mais rica do mundo, vão muito além do Pathfinder 1, que acabará por parecer um brinquedo ao lado da versão final da aeronave. O objetivo do co-fundador da Google é criar a maior máquina voadora do mundo, com um comprimento de cerca de 198 metros. Isso seria mais do dobro do maior avião do mundo — o Antonov An-225 Mriya (84 metros) e o HAV Airlander 10 (92 metros).

As aeronaves da empresa LTA não necessitam de pistas de descolagem e aterragem e podem aterrar diretamente no solo.

Para dar asas a este projeto, a empresa de Brin tem um grande número de vagas de emprego abertas, neste momento, desde técnicos de teste e engenheiros de materiais a programadores e um gestor de programas de hidrogénio.

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