Excedente da Segurança Social recua para 229,7 milhões em março

  • Lusa
  • 26 Abril 2021

No final de março, a despesa efetiva atingiu o montante de a 7.520,7 milhões de euros, mais 18,6% que no período homólogo.

A Segurança Social registou em março um excedente de 229,7 milhões de euros, uma diminuição de 929,4 milhões de euros, face ao mesmo período do ano passado justificada pelo aumento da despesa efetiva.

“Para este resultado [excedente de 229,7 milhões de euros] contribuiu um aumento da receita efetiva de 250,4 milhões de euros, e essencialmente um aumento da despesa efetiva no montante de 1.179,8 milhões de euros”, refere em comunicado o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

O Ministério tutelado por Ana Mendes Godinho refere que o aumento da despesa “se deve essencialmente às medidas extraordinárias adotadas para fazer face aos efeitos socioeconómicos da pandemia por covid-19”.

A despesa efetiva atingiu no final de março o montante de a 7.520,7 milhões de euros, traduzindo um aumento de 18,6% face ao período homólogo.

“Esta subida foi gerada, essencialmente, pelas medidas adotadas no âmbito da situação de pandemia por covid-19, que representam um acréscimo de 804,9 milhões de euros”, lê-se na mesma nota.

O aumento homólogo da despesa é ainda explicado por um acréscimo de 134,9 milhões de euros (mais 42,9% face a março de 2020) das despesas com prestações de desemprego, que totalizavam no final deste primeiro trimestre 449,3 milhões de euros.

As pensões contribuíram, por seu lado, para um aumento homólogo de despesa de 127,2 milhões de euros (+3,3% do que em março de 2020), tendo-se ainda registado um aumento da despesa com programas e prestações de ação social em 9,3%, (mais 40,8 milhões de euros do que em março de 2020).

Já a despesa relacionada com prestações de parentalidade e com subsídios e complementos por doença verificou-se uma descida da despesa, segundo indica o Ministério do Trabalho.

Relativamente à receita, os dados da execução orçamental até março indicam que esta cifrou-se em 7.750,4 milhões de euros, refletindo um aumento de 3,3% face ao período homólogo de 2020.

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Biotecnológica por detrás da vacina da Astrazeneca avança para IPO

A listagem de Nova Iorque valorizaria a Vaccitech em 613 milhões de dólares. A oferta pública inicial iria permitir à biotecnológica arrecadar 117 milhões de dólares.

A Vaccitech, a companhia que esteve por detrás da plataforma da vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, anunciou esta segunda-feira que pretende encaixar 117 milhões de dólares com a oferta pública inicial (IPO) nos EUA, numa operação que avaliaria a empresa em 613 milhões de dólares (507 milhões de euros), segundo o Financial Times (acesso condicionado).

A startup de biotecnologia angariou recentemente 168 milhões de dólares (139 milhões de euros) de investidores como M&G Investment Management, a empresa chinesa Tencent, e a Gilead Sciences, uma empresa de biotecnologia sediada na Califórnia, ficando com uma avaliação de cerca de 425 milhões de euros. Um mês depois, com o IPO em Wall Street, prepara-se para registar uma valorização de 44%.

A empresa com sede em Oxford tem direitos sobre 1,4% das vendas líquidas geradas pela vacina da AstraZeneca se começar a ser vendida com fins lucrativos após o fim da pandemia.

A Vaccitech nunca teve qualquer resultado positivo, tendo registado prejuízos de 17,9 milhões de dólares no último ano, com as contas a serem penalizadas pelos encargos com investigação e desenvolvimento e com o staff.

A Oxford Sciences Innovation, a empresa de capital de risco que comercializa propriedade intelectual da Universidade de Oxford, é a maior acionista da Vaccitech, com uma participação de 29% antes da oferta.

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The Hartford indemniza 650 milhões a vítimas de abusos sexuais nos escuteiros

  • ECO Seguros
  • 26 Abril 2021

Nos termos do acordo alcançado, a The Hartford fica livre de quaisquer outras responsabilidades ou obrigações que, através das apólices, vinculem a seguradora à organização de escuteiros.

A seguradora The Hartfod acordou desembolsar o equivalente a cerca de 540 milhões de euros a favor das vítimas de abuso sexual de jovens que integravam a The Boy Scouts of America (BSA).

Em comunicado, a seguradora com mais de 200 anos de história revela que concluiu um acordo com a organização de escuteiros, com base no qual pagará 650 milhões de dólares antes de impostos para indemnizar as reclamações ligadas a apólices, na maioria datadas dos anos 70 do século passado.

Nos termos do Settlement Agreement and Release, alcançado após longo processo de negociações, estipula-se que, como contrapartida do montante de desembolso acordado, a BSA e respetivas secções locais livram a The Hartford, no futuro, de quaisquer outras responsabilidades ou obrigações que, através das apólices, vinculem a seguradora à organização de escuteiros.

O acordo, que extingue o litígio que ligava a seguradora ao processo de insolvência ao abrigo da lei de falências (Chapter 11), produzirá efeito jurídico desde que se verifiquem determinadas condições, incluindo a confirmação do plano judicial de resolução da BSA, certidões de extinção ou revogação das reclamações e a homologação do acordo pelos queixosos de abuso e aceitação do mesmo pelo tribunal de falências. A seguradora do Hartford Financial Services Group e a BSA esperam receber a aprovação do tribunal no terceiro trimestre de 2021, mas o processo poderá ir além desta data por questões processuais, admite a companhia no mesmo comunicado.

Considerada maior associação de escuteiros dos EUA,
a organização foi obrigada a declarar insolvência há pouco mais de um ano, por causa do peso de centenas de reclamações de compensação por parte das vítimas dos abusos. O escândalo de abusos sexuais na organização de escuteiros abalou América. Com 110 anos de história e mais de dois milhões de membros com idades entre 5 e 21 anos, a Boy Scouts of America declarou falência em fevereiro de 2020 sob acusações de encobrimento, durante várias gerações, de milhares de casos de abuso sexual que vitimaram jovens escuteiros, sem que a organização tenha feito o suficiente para expulsar e denunciar os pedófilos.

A indemnização suportada pela seguradora terá, já nas contas do primeiro trimestre, um impacto negativo estimado de 225 milhões de dólares (antes de impostos), em parte por causa do acréscimo de reservas que a companhia assume em consequência do acordo com a BSA.

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Sinistros do ramo Vida custaram mais 548,3 milhões às seguradoras até março

  • ECO Seguros
  • 26 Abril 2021

Cerca de 813 milhões de euros foram sacados dos PPR de janeiro a março, mais 25% do que em igual trimestre de 2020, indicam dados das seguradoras.

As seguradoras desembolsaram 2,21 mil milhões de euros para compensar sinistros no negócio Vida nos primeiros três meses do ano (1ºT), uma subida de 548,28 milhões ou mais 33% de variação (sem descontar inflação) relativamente aos custos assumidos em igual período de 2020, revela informação da Associação Portuguesa de Seguradores (APS), apontando desaceleração na variação homóloga face ao acréscimo de 51% registado até fevereiro nos custos com sinistros.

Globalmente, os sinistros Vida e não Vida originaram compensações por um total acumulado superior a 2,96 mil milhões de euros, mais 21% em comparação com o desembolsado pelas seguradoras no mesmo período do ano passado.

Decompondo os números, a subida mais pronunciada aconteceu nos produtos não ligados a fundos de investimento, que custaram 1,55 mil milhões de euros às seguradoras, um incremento nominal de 47,4% face à despesa do trimestre homólogo em 2020.

Fonte: APS- março 2021.

 

Os PPR (Planos Poupança-Reforma), beneficiando das condições atrativas de resgate – por conta das medidas de excecionalidade temporária aplicadas pelo regulador (ASF) no quadro da pandemia – registaram custo acumulado 25% superior ao de um ano antes, com um total próximo de 813 milhões de euros em desembolsos a favor dos aforradores.

De acordo com os indicadores da APS, com base na habitual amostra representativa do setor, os sinistros do ramo não Vida ascenderam a 751,35 milhões de euros, a abrandar de quebra verificada até fevereiro (-6,47%) e a diminuir 5,3% em comparação com o custo estimado no primeiro trimestre de 2020. Não Vida também perdeu peso na estrutura de custos com sinistros ao representar 25,3% da despesa global com sinistralidade (32,3% um ano antes).

Os sinistros do ramo automóvel obrigaram a desembolso de 267,3 milhões de euros, menos 14,4% em comparação com o que pesaram um ano antes. Parcela importante do ramo, Acidentes e Doença representaram menos 3,5% face ao período comparável de 2020, representando pagamentos de 338,12 milhões de euros, com destaque para Doença, que cresceu 1,4%, para cerca de 172,2 milhões de custo para as seguradoras.

Quanto à evolução dos prémios adquiridos (com período de cobertura decorrido), os indicadores agregados indicam crescimento de 2,8%, totalizando perto de 1,6 mil milhões de euros, sendo que o valor dos prémios emitidos (por cobrar) rondou 2,8 mil milhões de euros em todo o trimestre, menos do que os cerca de 2,97 mil milhões que a indústria suportou com sinistros no mesmo período.

Por ramos, Vida reforçou 0,6 p.p. na estrutura de mercado, com o valor acumulado de prémios adquiridos a aproximar-se de 261,36 milhões de euros (+6,8% face ao 1ºT de 2020), enquanto não Vida cresceu 2% para 1 335,3 milhões, representando 83,6% da estrutura, contra 84,2% um ano antes.

No negócio não Vida, as linhas Acidentes e Doença, Incêndio e Outros Danos e Responsabilidade Civil Geral, destacaram-se com progressões de 9,5%, 4,1% e 3,7%, respetivamente.

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Segundo confinamento tirou mais de 3 milhões de passageiros à TAP no arranque de 2021

Janeiro e fevereiro foram meses de forte quebra na atividade da companhia aérea, que começou a recuperar em março, ou seja, no mês de início do desconfinamento. Para o verão, a expetativa é de retoma.

A TAP transportou 403.500 passageiros no primeiro trimestre de 2021. Num período fortemente afetado pelo segundo confinamento e pelo fecho de fronteiras, a companhia aérea operou pouco mais de 10% do que no mesmo período do ano passado. No entanto, o pior mês foi mesmo fevereiro e em março — mês do início do desconfinamento — houve já uma retoma da atividade.

Após ter 253 mil pessoas que viajaram na TAP em janeiro, o agravamento da pandemia (e a disseminação de estirpes mais contagiosas do novo coronavírus) levou vários países a fecharem fronteiras e Portugal a entrar num novo confinamento. O número de passageiros afundou para 56.487, tendo a companhia aérea ajustado o número de voos a um quinto do que seria normal.

Em março, o início do desconfinamento já se fez sentir nas viagens, apesar da proibição de voar para dois mercados de peso da empresa: Brasil e Reino Unido. O número de passageiros transportados subiu 66,3%, no mês passado em comparação com o anterior, para 93.917, segundo dados da Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC).

Feitas as contas à totalidade do primeiro trimestre, passaram pelos aviões da TAP 403.500 pessoas, menos 89% (ou 3,16 milhões) do que os 3,56 milhões de passageiros transportados em igual período do ano passado. Apesar de em janeiro e fevereiro de 2020 ainda não existir o efeito do vírus, este já se fazia em março do ano passado. Ainda assim, o pior mês desde o início da pandemia foi mesmo abril de 2020, quando menos de 5 mil pessoas viajaram com a companhia aérea.

Fonte: ANAC

Tal como a companhia aérea portuguesa, as internacionais que operam em Portugal reagiram igualmente ao desconfinamento. O relatório mensal da ANAC indica que, em março, o número de passageiros que passaram tanto pelo Aeroporto de Lisboa como pelo do Porto e pelo do Funchal recuperou mais de 60% face a fevereiro. Em Faro, a subida foi de 46,1%, enquanto o líder da retoma foi mesmo o Aeroporto de Ponta Delgada: 95,2%. Todos estes mantêm um tráfego abaixo do registado em março de 2020.

Além do desconfinamento, há outro fator a influenciar a atividade nas últimas semanas. Com a mudança de hora (no último fim de semana de março) as companhias aéreas entraram nos planos de verão, que foram sendo apresentados. No caso da TAP há um reforço dos voos para certos destinos, como a Madeira e Cabo Verde, e a criação de oito novas rotas para a Europa e quatro para África. Na América Central, o destaque está na estreia de Lisboa-Cancun (México) com três voos semanais.

Em agosto, a companhia aérea portuguesa planeia operar 879 voos por semana, num total de 100 rotas, incluindo oito rotas nacionais com 126 voos por semana. Na sexta-feira, a administradora executiva Alexandra Vieira Reis admitiu, numa conferencecall com analistas que se seguiu à apresentação de resultados, que “2020 foi um ano com muitos desafios e 2021 ainda será muito desafiante”, mas apontou para o verão como luz ao fundo do túnel.

“Estamos a ver uma recuperação no segmento de lazer, que é muito importante. A curva de reservas estava muito concentrada no curto prazo e agora começamos a ver um prolongamento”, referiu. “Sem entrar em pormenor, posso dizer que temos níveis muito interessantes de reservas para junho, julho e agosto, que são os meses de pico do verão em Portugal. Apesar de 2021 ainda ser muito desafiante, já vemos alguns sinais de retoma”.

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Operação Marquês: MP abre inquérito à distribuição inicial do processo

  • Lusa
  • 26 Abril 2021

"A certidão em referência deu origem a um inquérito que corre termos no DIAP de Lisboa", respondeu a Procuradoria-Geral da República.

A distribuição do processo Operação Marquês na fase de investigação, em 2014, deu origem a um inquérito no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, após o juiz Ivo Rosa ter mandado extrair uma certidão.

“A certidão em referência deu origem a um inquérito que corre termos no DIAP de Lisboa”, respondeu esta segunda-feira a Procuradoria-Geral da República à agência Lusa.

Na sexta-feira, o ex-primeiro-ministro José Sócrates manifestou à procuradora-geral da República a intenção de se constituir como assistente no inquérito.

“Vou requerer a minha constituição como assistente no inquérito que agora se vai iniciar. Faço-o com a legitimidade, que me parece indiscutível, de ser uma das principais vítimas destes tristes acontecimentos”, referiu Sócrates em carta dirigida a Lucília Gago.

Na leitura da decisão instrutória da Operação Marquês, o juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal anunciou que extraiu uma certidão para a PGR averiguar a distribuição desse processo ao seu colega do TCIC Carlos Alexandre.

Segundo o magistrado, em causa está a eventual violação do princípio do juiz natural ou juiz legal.

Na mesma carta, José Sócrates considera que, na decisão instrutória, o “Tribunal declarou nulo o ato da distribuição do processo durante a fase de inquérito”, por considerar “haver indícios da prática de um crime”.

“No dia 9 de setembro de 2014, dia em que o processo chegou ao Tribunal para ser distribuído, nem uma coisa nem outra aconteceu. Os autos do processo relatam que foi efetuada uma “atribuição manual”, que é exatamente aquilo que parece – uma ilegalidade cometida com o objetivo de escolher arbitrariamente o juiz”, refere na missiva.

José Sócrates reitera ainda que o que está em causa neste inquérito “não é, portanto, um mero engano judicial, mas uma deliberada manipulação”.

“A suspeita é de que houve intenção de escolher, de forma fraudulenta, um juiz que permitisse, como veio a permitir, todos os abusos cometidos durante a investigação: a detenção, a prisão para investigar, as violações do segredo de justiça, a violação dos prazos de inquérito, enfim, todo o cortejo de violência e de difamação que caracterizou este caso”, refere ainda.

Poucos dias depois da decisão instrutória, o Conselho Superior da Magistratura decidiu averiguar se há novos elementos que justifiquem uma alteração do seu entendimento de que não houve irregularidades na distribuição ao juiz Carlos Alexandre.

No processo Operação Marquês, dos 189 crimes na acusação, a decisão instrutória determinou que só 17 vão a julgamento, e nenhum deles de corrupção, num processo que está longe de terminar e cujo próximo capítulo será o recurso do Ministério Público.

Em concreto, entre os 28 arguidos, dos quais 19 pessoas individuais e nove empresas, o juiz decidiu mandar para julgamento o ex-primeiro ministro José Sócrates, o seu amigo e empresário Carlos Santos Silva, o ex-ministro Armando Vara e o antigo banqueiro Ricardo Salgado.

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Apple vai investir mais de 355 mil milhões de euros nos EUA nos próximos cinco anos

  • Lusa
  • 26 Abril 2021

Empresa tecnológica vai também criar 20.000 empregos nos próximos cinco anos, em áreas de vanguarda, desde o 5G até à engenharia de silício e inteligência artificial.

A gigante tecnológica Apple anunciou esta segunda-feira novos investimentos nos Estados Unidos de mais de 430.000 milhões de dólares (355.413 milhões de euros) e a criação de 20.000 empregos nos próximos cinco anos.

O presidente executivo da Apple, Tim Cook, que revelou que cerca de 1.000 milhões de dólares na criação de um campus na Carolina do Norte, adiantou que os novos postos de trabalho serão tanto na nova tecnologia 5G como no desenvolvimento de inteligência artificial.

“Estamos a criar postos de trabalho” em áreas “de vanguarda, desde o 5G até à engenharia de silício e inteligência artificial, investimento na próxima geração de novos negócios inovadores e em todo o nosso trabalho, construindo um futuro mais ecológico e equitativo”, afirmou Cook.

No que respeita ao campus da Carolina do Norte, a tecnológica norte-americana salientou que investimento irá incluir um centro de engenharia na zona Research Triangle Area e criará 3.000 empregos na “aprendizagem automática, inteligência artificial, engenharia de software e outras áreas de vanguarda”.

A Apple vai lançar um fundo de 100 milhões de dólares (cerca de 82,6 milhões de euros, à taxa de câmbio atual) para apoiar iniciativas de escolas e comunidades na região de Raleigh-Durham daquele Estado e investirá mais de 110 milhões em infraestruturas nos 80 condados da Carolina do Norte mais necessitados.

“Neste momento de recuperação e reconstrução, na Apple estamos a dobrar o nosso compromisso com a inovação e a produção nos Estados Unidos, com investimentos geracionais alcançando comunidades em todos os 50 Estados”, acrescentou Tim Cook.

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Número de portugueses sem médico de família voltou a aumentar para mais de 860 mil

O número de portugueses sem médico de família voltou a aumentar em março. Cerca de 8% dos utentes não têm um profissional atribuído.

É já famosa a promessa de António Costa, feita em 2016, de que todos os portugueses teriam um médico de família no final do ano seguinte. No entanto, quatro anos depois, continuam a existir mais de 860 mil utentes inscritos no Serviço Nacional de Saúde (SNS) que não têm um médico atribuído.

Neste que é o dia nacional do utente de saúde, é possível constatar que 8,3% das pessoas inscritas no SNS não têm atribuído um profissional de saúde familiar. “Os dados provisórios do final de março de 2021, revelavam que se encontravam inscritos 10.343.220 utentes no SNS, dos quais 9.443.903 com médico de família e 867.369 sem médico de família”, avançou o Ministério da Saúde ao ECO.

Existem assim mais portugueses sem médico de família agora do que no final de 2020, quando eram 835.658 aqueles sem um profissional atribuído, segundo o Portal da Transparência do SNS.

No início do ano passado, a ministra da Saúde anunciava que o Governo pretendia cobrir mais cerca de 200 mil portugueses com médico de família, um número que tinha em conta a estimativa da taxa de retenção. No entanto, o aparecimento da pandemia acabou por colocar um entrave a este objetivo. Chegou-se mesmo a ultrapassar a fasquia de um milhão de pessoas sem médico de família, em setembro, que não era superada desde 2016.

Para além dos atrasos no concurso de recrutamento de novos especialistas em medicina geral e familiar, devido à pandemia, o Governo apontou também na altura que o número de médicos de família a reformar-se foi outro fator que pesou nos números.

O ano acabou por terminar abaixo dessa fasquia, mas ainda assim com mais pessoas sem médico de família do que em 2019. Aí, o número de utentes sem um profissional atribuído era de 730.232, número que representava também um aumento de 40 mil pessoas face ao ano anterior (690.232 no final de 2018).

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PAN alinha com esquerda e quer patrões a pagar 11 euros por dia em ajudas de custo em teletrabalho

Depois do BE, PCP e PS, foi a vez do PAN apresentar as suas propostas para mudar o que diz o Código do Trabalho sobre o teletrabalho. Partido alinha em algumas medidas defendidas pela esquerda.

O PAN está alinhado com o Bloco de Esquerda e com o PCP em alguns pontos, no que diz respeito às alterações pretendidas ao que a legislação prevê hoje sobre o teletrabalho. De acordo com o Projeto de Lei apresentado, esta segunda-feira no Parlamento, a bancada liderada por Inês Sousa Real quer, à semelhança dos bloquistas, estender a mais pais a possibilidade de irem para teletrabalho, sem que o empregador se possa opor, bem como fixar um abono mínimo de 10,97 euros diários para cobrir o acréscimo nas despesas decorrente da modalidade remota, tal como defendem os comunistas. O PAN quer também criar uma modalidade híbrida entre trabalho presencial e remoto, a que chama de trabalho flexível.

Atualmente, o Código do Trabalho dita que o teletrabalho pode ser adotado sem o “sim” da empresa nas seguintes circunstâncias: caso o trabalhador que seja vítima de violência doméstica apresente queixa-crime e saia da casa da morada de família ou caso o trabalhador tenha filhos com idades até aos três anos, sempre que a atividade desempenhada seja compatível e a entidade patronal disponha de recursos e meios para o efeito.

O PAN quer, contudo, ver alargado o universo de trabalhadores que têm direito a essa opção. Na proposta entregue, esta segunda-feira, na Assembleia da República, o grupo parlamentar determina que têm direito a exercer a sua atividade em teletrabalho, quando as funções sejam compatíveis e sempre que o empregador disponha de recursos, não só as vítimas de violência doméstica, mas também:

  • Os trabalhadores com filhos ou dependentes menores de 12 anos — em linha com a proposta feita pelo Bloco de Esquerda –, menores de idade com doença oncológica ou, independentemente da idade, com deficiência ou doença crónica;
  • Os trabalhadores reconhecidos como cuidadores informais não principais;
  • Os trabalhadores com doença crónica ou com grau de incapacidade igual ou superior a 60%;
  • Os trabalhadores-estudantes.

Nestes casos, sugere o PAN, o empregador não deve poder recusar o pedido de teletrabalho e, se o fizer com “fundamento na incompatibilidade do exercício de funções com a atividade desempenhada ou na falta de recursos e meios, deverá ter de apresentar por escrito uma justificação fundamentada“. O Bloco de Esquerda também prevê a exigência dessa fundamentação, mas vai mais longe e coloca na mão da entidade competente na área da igualdade no trabalho e no emprego a decisão final.

Por outro lado, o PAN defende que o contrato de teletrabalho deve fixar, além do que já está previsto no Código do Trabalho:

  • A indicação do instrumento de regulamentação coletiva de trabalho aplicável — o que também é defendido no PCP, na proposta que apresentou sobre o teletrabalho;
  • A indicação da atividade a prestar pelo trabalhador, com menção expressa do regime de teletrabalho, e correspondente retribuição, incluindo subsídio de refeição, outros subsídios ou abonos aplicáveis;
  • O valor do abono de ajudas de custo a pagar mensalmente pelo empregador por conta do acréscimo de despesas realizadas com os consumos de água, eletricidade, incluindo climatização, internet e telefone;
  • A indicação do período normal de trabalho, o enquadramento das razões de força maior que possam justificar a prestação de trabalho fora do período normal de trabalho, bem como a identificação do correspondente direito do trabalhador a descanso compensatório remunerado e a uma compensação remuneratória;
  • A identificação dos instrumentos de trabalho e, sempre que aplicável, o modo de reembolso do trabalhador com as despesas com a respetiva aquisição, bem como a identificação do responsável pela instalação e manutenção dos instrumentos de trabalho e pelo pagamento das inerentes despesas de consumo e de utilização;
  • A indicação da periodicidade das deslocações presenciais do trabalhador às instalações da empresa que ocorrerá, no mínimo, mensalmente — o que também é defendido pelo Bloco de Esquerda, nos mesmos termos.

Outra das mudanças propostas pelo PAN é que, em caso de denúncia do contrato de teletrabalho, tal seja feito “com a antecedência mínima de 15 dias em relação à data da respetiva produção de efeitos“. Atualmente, a lei não diz nada sobre que prazo deve existir entre a denúncia e a cessação efetiva do teletrabalho.

Já no que diz respeito aos instrumentos de trabalho (não só ligados às tecnologias de informação e comunicação, mas também mobiliário “eventualmente necessário”), o PAN quer deixar claro que deve ser o empregador a garanti-los, quer a sua instalação, quer a manutenção e pagamento das inerentes despesas.

Esse pagamento deve ser feito, entende a bancada de Inês Sousa Real, por via de um abono de ajudas de custo, que deve cobrir o “acréscimo de despesas que o trabalhador tenha pela execução do trabalho em regime de teletrabalho ou de trabalho flexível, nomeadamente, com os consumos de água, eletricidade, incluindo climatização, internet e telefone”. Tal como defende o PCP, o PAN quer que esse abono seja, no mínimo, de 11,97 euros, por dia, ou seja, 2,5% do Indexante dos Apoios Sociais.

Quanto à privacidade dos teletrabalhos, o PAN junta-se ao PS, BE e PCP na defesa de que “a entidade empregadora não pode utilizar os instrumentos de trabalho respeitantes a tecnologias de informação e de comunicação para vigilância e controlo do trabalho e do espaço em que o trabalhador se encontra“.

Outra semelhança entre o projeto do PAN e aqueles apresentados por esses partidos é o ênfase na igualdade entre trabalhadores presenciais e teletrabalhadores, não só em termos de salários, mas também de condições de trabalho, formação e segurança, e o destaque dado à necessidade de garantir também aos trabalhadores remotos os mesmos diretos sindicais.

Sobre a saúde, o PAN quer os empregadores a promoverem “semestralmente exames de vigilância da saúde e bem-estar psicológico aos trabalhadores” e a proporcionarem-lhes “serviços de psicologia sempre que se afigure necessário”. Também o PCP e o PS têm propostas que envolvem exames de saúde, mas sugerem periodicidades diferentes. Ainda nesse artigo, o grupo parlamentar defende que as empresas adotar “medidas tendentes a evitar o isolamento dos trabalhadores”.

Por outro lado, o PAN quer aditar um novo artigo ao Código do Trabalho, criando o “regime de trabalho flexível”. Podem exercê-lo os trabalhadores com funções compatíveis, mediante acordo com a entidade empregadora, desde que esta disponha de recursos e meios para o efeito.

Explica a bancada: “Propõe-se a criação de uma nova modalidade de trabalho à distância, designada como regime de trabalho flexível, uma modalidade menos rígida de prestação de trabalho à distância e que se concretiza mediante um simples acordo das partes (sem os formalismos contratuais da modalidade de teletrabalho). Esta modalidade assume uma lógica híbrida que combina trabalho presencial e trabalho à distância no quadro da relação de trabalho“.

É importante notar ainda que o PAN propõe ainda uma clarificação do direito à reparação em caso de acidentes de trabalho no domicílio em contexto de trabalho à distância e defende que todas estas alterações deverão ser aplicadas também aos funcionários públicos, propondo, em paralelo, mudar a Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas.

A par deste projeto de lei, o PAN entregou um projeto de resolução que visa recomendar ao Governo que “negoceie, no âmbito da Comissão Permanente de Concertação Social, a criação de incentivos para que as empresas adotem mecanismos de trabalho à distância“.

As propostas sobre o teletrabalho deverão ser debatidas no Parlamento a 5 de maio, não sendo certo ainda se haverá uma maioria que viabilize qualquer uma das medidas já defendidas.

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Google Chrome vai alertar para preços mais baixos

  • Tiago Lopes
  • 26 Abril 2021

O Google Chrome vai ter uma nova funcionalidade para Android que vai notificar os utilizadores quando houver uma alteração nos preços dos produtos.

Numa altura em que cada vez mais pessoas fazem compras através da internet, o Google Chrome vai ter uma novidade feita a pensar nos fãs do comércio eletrónico. O browser vai permitir monitorizar os preços de um determinado produto, enviando alertas quando forem detetados descontos.

De acordo com o site especializado 9to5Google, a funcionalidade vai permitir aos utilizadores controlarem os preços de um artigo que pretendam adquirir. Se forem detetadas alterações no preço, nomeadamente um preço mais baixo, o browser envia um alerta ao utilizador.

Mas a novidade não está disponível para toda a gente. Nesta fase, a funcionalidade de alertas de descidas de preços só está disponível para os utilizadores que já disponham da versão 90 do Chrome para Android.

Além disso, só é possível acompanhar os preços se o utilizador deixar a aba aberta em segundo plano no browser, enquanto navega por outras páginas. Ou seja, para acompanhar o preço de vários produtos, os utilizadores terão de deixar várias abas abertas no Google Chrome, o que pode aumentar o consumo de bateria e de recursos do smartphone.

Esta funcionalidade ainda está em desenvolvimento, pelo que a Google ainda pode vir a melhorar as suas características. Não é a primeira vez que um browser adiciona uma funcionalidade deste género. Recentemente, o Microsoft Edge anunciou uma ferramenta de comparação de preços. Também o Mozilla Firefox testou um recurso semelhante em 2018, chamado Price Wise.

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Madeira passa recolher obrigatório para as 23:00 a partir de domingo

  • Lusa
  • 26 Abril 2021

Restaurantes e bares vão poder estar abertos até às 22:00 com uma lotação até 50%. Casamentos e batizados podem realizar-se com ocupação até 50% do recinto.

O recolher obrigatório na Madeira vai passar a vigorar entre as 23:00 e as 05:00, incluindo aos fins de semana, a partir de domingo, anunciou esta segunda-feira o Governo Regional, que decidiu aliviar várias medidas de combate à pandemia.

Atualmente, o recolher obrigatório vigora na região entre as 19:00 e as 05:00 do dia seguinte durante a semana, e entre as 18:00 e as 05:00 aos fins de semana e feriados.

Segundo informação divulgada pelo executivo, o novo horário é aplicado a partir das 00:00 de 02 de maio.

“Ouvidas as autoridades regionais de saúde e o representante da República”, o Governo da Madeira determinou “algum alívio das medidas restritivas”, declarou o presidente do executivo de coligação PSD/CDS-PP, Miguel Albuquerque, em videoconferência.

O social-democrata referiu que a partir das 00:00 de terça-feira (27 de abril) os espetáculos, eventos culturais e conferências podem realizar-se com “lotação até 50% do espaço” e que “não são permitidos intervalos, visando evitar os ajuntamentos”.

Neste dia passam também a ser permitidas “duas visitas por utente” nos lares, com a duração de uma hora (até agora eram de 30 minutos).

No que diz respeito aos viajantes, os “residentes, estudantes e emigrantes – que entram na região por via aérea – mantêm a dupla testagem ao quinto dia, suspendendo-se a necessidade de isolamento profilático entre os dois testes”, adiantou o governante.

Os restaurantes e bares vão poder estar abertos até às 22:00 com uma lotação até 50%, com cinco pessoas por mesa, e nos bares não é permitido “beber ao balcão ou de pé”.

Atualmente, a restauração, tal como as outras atividades comerciais, encerra durante a semana às 18:00 e aos fins de semana às 17:00, sendo que o horário de entrega de refeições ao domicílio decorre até às 22:00, todos os dias.

“Os horários agora definidos devem ser cumpridos escrupulosamente e serão rigorosamente fiscalizados pelas autoridades”, afirmou Miguel Albuquerque, sublinhando que compete aos proprietários ou responsáveis pelos estabelecimentos “zelar e fazer cumprir as normas sanitárias”.

O líder do executivo regional, de coligação PSD/CDS-PP, sublinhou que as medidas de prevenção adotadas até agora, designadamente a “testagem intensiva” e o recolher obrigatório, tiveram “efeitos positivos” na contenção da pandemia. “A celeridade da campanha de vacinação em curso e a estratégia regional de testagem massiva quinzenal oferecem-nos igualmente novas margens de segurança que devemos considerar”, disse.

Em relação a festas de casamentos e batizados, o Governo Regional impõe que a ocupação dos recintos corresponda a 50% da sua capacidade, medida também aplicada aos supermercados e lojas comerciais, bem como aos ginásios, onde passam a ser permitidas aulas de grupo no interior até cinco pessoas.

Ao nível desportivo, é autorizada a competição das equipas seniores com participação em campeonatos nacionais regulares nas infraestruturas da região autónoma, bem como a retoma da prática desportiva, em contexto de treino e competição, dos vários escalões de todas as modalidades federadas de baixo risco.

Por outro lado, os veículos utilizados em atividades de turismo poderão transportar 100% da sua lotação, caso todos os ocupantes tenham sido vacinados ou sejam recuperados da doença Covid-19, regra que também se aplica aos operadores marítimo-turísticos. Em caso contrário, permanece o limite de dois terços da capacidade.

O Governo insular decidiu também reabrir as piscinas e parques infantis, as infraestruturas desportivas, equipamentos e plataformas flutuantes, mas a sua utilização estará condicionada e sujeita às “boas práticas preconizadas pelas autoridades de saúde”.

Será também retomado o horário normal de funcionamento de todos os serviços e organismos da Administração Pública regional (09:00 – 17:30) e da Loja do Cidadão (segunda a sexta-feira das 08:30 às 19:30 e sábados das 08:30 às 13:30).

“Todas as medidas serão avaliadas permanentemente e após um ciclo de incubação serão tomadas novas decisões”, advertiu Miguel Albuquerque, reforçando: “O Governo não hesitará em reverter estas medidas, para salvaguarda da saúde pública, se o evoluir da pandemia se agravar”.

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JF Almeida, Lameirinho e Mundifios desmentem interesse em comprar têxtil Coelima

As têxteis JF Almeida, Lameirinho e Mundifios garantem ao ECO que não têm interesse em adquirir a Coelima, que se encontra em processo de insolvência.

O futuro da têxtil Coelima pode passar pelas mãos de investidores locais e segundo apurou o ECO já existem potenciais interessados. No entanto, as têxteis Mundifios, Lameirinho e JF Almeida negam o interesse em adquirir a Coelima, que se encontra neste momento em processo de insolvência.

O administrador da Mundifios, Joaquim Fernandes, disse ao ECO que o interesse em adquirir a vimaranense Coelima “não tem qualquer fundamento”, enquanto a administração da JF Almeida garante que “não existe qualquer interesse por parte da empresa em adquirir a Coelima”.

A Lameirinho também esclareceu que “não está interessada em comprar a Coelima” e que “não faz parte da estratégia da empresa a aquisição de empresas seja elas quais forem”, adianta ao ECO fonte oficial da gigante dos lençóis.

A Polopique também foi questionada sobre o eventual interesse em adquirir a têxtil, que conta com uma quase um século de história, mas até à data desta publicação o ECO não conseguiu obter uma resposta.

A Câmara Municipal de Guimarães confirmou ao ECO que existem empresas interessadas em transformar a Coelima numa têxtil de saúde aliada à tecnologia. Questionada se a intenção dos compradores é aliar projetos colaborativos no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), a autarquia não confirma, mas diz que “faz sentido”.

A empresa têxtil Coelima, agora insolvente, tem um passivo de 29,5 milhões de euros. Dívidas à banca, a fornecedores e até a empresas irmãs do grupo Moretextile, do qual faz parte, explicam esse montante.

O pedido de insolvência, que identifica 250 credores, já foi entregue no Tribunal de Comércio de Guimarães que decretou a insolvência da têxtil. Entre os credores, “existem dois particularmente expressivos”: a Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o Fundo de Apoio à Concentração e Consolidação de Empresas (FACCE), que, no conjunto, “representam aproximadamente 80% do total do passivo extra do grupo da Coelima, por referência a 31 de dezembro de 2020”.

Pedro Pidwell foi o nome escolhido para ficar à frente do processo de insolvência da têxtil Coelima com o objetivo de apresentar um plano de recuperação. Pidweel está ligado a processos de insolvência de grandes empresas, como é o caso da Soares da Costa e Ricon.

A Coelima apresentou insolvência, na sequência da quebra de vendas “superior a 60%” provocada pela pandemia e da não aprovação das candidaturas que apresentou às linhas de crédido Covid-19. Apesar do Ministério da Economia ter confirmado ao ECO que o Banco Português de Fomento não recebeu qualquer pedido da Coelima para ter acesso às linhas Covid-19.

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