Câmara de Lisboa gasta 15 vezes mais que o Porto com a pandemia

  • ECO
  • 26 Abril 2021

A Câmara de Lisboa investiu 77,7 milhões de euros para compensar as consequências da pandemia, o que representa 6,7% do seu orçamento. Já o Porto gastou 5,6 milhões, ou seja, 1,78% do orçamento.

Durante 2020, os gastos das câmaras municipais para combater o impacto da Covid-19 foram díspares. Enquanto a autarquia de Lisboa gastou 77,7 milhões de euros para compensar as consequências da pandemia, o que representa 6,7% do seu orçamento, o Porto investiu 5,6 milhões de euros, ou seja, 1,78% do orçamento. Isto significa que o investimento da Câmara de Lisboa foi 15 vezes superior ao do Porto, revela o Público (acesso condicionado).

Ao mesmo tempo, a Câmara de Sintra alocou 20 milhões das suas verbas orçamentais (cerca de 241 milhões de euros) para combater a Covid-19, ou seja, quatro vezes mais do que o município liderado por Rui Moreira. Já a Câmara de Cascais, com um orçamento de 230 milhões, foi a quarta autarquia que mais verbas destinou para combater a pandemia, com um investimento de 25 milhões de euros, enquanto a Câmara de Vila Nova de Gaia investiu 4,2 milhões do total de 199,8 milhões previstos no orçamento.

Confrontada com estas diferenças fonte da autarquia portuense justificou o baixo esforço financeiros com o facto de o Estado já apoiar a população, e assim não haver necessidade de mais reforço. Do total investido pelas autarquias, a prioridade foi reforçar a área da Saúde.

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“Recuperei aviões e iates” aos grandes devedores, diz CEO do Novo Banco

  • ECO
  • 26 Abril 2021

O presidente executivo do Novo Banco reitera que a instituição geriu ações judiciais com "dureza", tendo existido recuperação em alguns casos.

Depois da auditoria da Deloitte, o presidente executivo do Novo Banco vem assegurar que não existiu passividade para com os créditos malparados dos maiores clientes. “Gerimos as ações judiciais com dureza. Sofremos isso na pele”, reiterou António Ramalho, em entrevista ao Jornal de Negócios (acesso pago), revelando que o banco tem 90 mil ações judiciais contra devedores. “Em muitos casos, fez-se recuperação”, nomeadamente de “aviões e iates”, acrescentou.

Quanto às moratórias, o CEO do Novo Banco defendeu uma extensão do mecanismo para um conjunto limitado de setores, negociada com a Autoridade Bancária Europeia. Olhando para setembro, Ramalho defende uma solução de partilha de risco que em parte “fosse suportada pela extensão dos prazos e pela própria capitalização de juros feita pelas próprias empresas”. Soluções devem, no entanto, “ser claras na setorização”.

Já no que diz respeito a uma possível aquisição do EuroBic, o presidente executivo do Novo Banco não confirmou o interesse mas apontou que tem toda a legitimidade para comprar, se tal permitir valorizar a posição dos acionistas. Reagindo a críticas, defende que pagou “o preço necessário à concorrência.” “Espero que ninguém me venha pedir que fique incapaz de gerir em concorrência até 2046”, atirou.

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Hoje nas notícias: Novo Banco, Justiça e corrupção

  • ECO
  • 26 Abril 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

António Ramalho garante que o Novo Banco geriu ações judiciais dos grandes devedores “com dureza”. Já as autoridades judiciais portuguesas entregaram a lista das fortunas angolanas que tinha sido pedida pelo país há mais de um ano. Ainda pela Justiça, há seis vezes mais suspensões que acusações por corrupção. Os jornais desta segunda-feira dão ainda conta de que a Câmara do Porto gastou 15 vezes menos do que Lisboa na pandemia. Veja estas e outras notícias que marcam as manchetes nacionais.

Grandes devedores: “Recuperei aviões e iates”, diz António Ramalho

Depois da auditoria da Deloitte, o presidente executivo do Novo Banco vem assegurar que não existiu passividade para com os créditos malparados dos maiores clientes. “Gerimos as ações judiciais com dureza. Sofremos isso na pele”, reiterou António Ramalho, acrescentando que “em muitos casos fez-se recuperação”, nomeadamente de “aviões e iates”. O responsável revelou ainda que o banco tem 90 mil ações judiciais contra devedores.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Câmara do Porto gastou 15 vezes menos com a pandemia do que Lisboa

Durante 2020, os esforços financeiros das câmaras municipais para combater o impacto da pandemia foram díspares. Enquanto a autarquia de Lisboa gastou 77,7 milhões de euros para compensar as consequências da pandemia, o que representa 6,7% do seu orçamento, o Porto investiu 5,6 milhões de euros, ou seja, 1,78% do orçamento. Isto significa que o investimento da Câmara de Lisboa foi 15 vezes superior ao do Porto.

Leia a notícia no Público (acesso condicionado)

Justiça portuguesa entrega lista das fortunas angolanas

O Departamento Central de Investigação e Ação Penal entregou a Angola a lista das fortunas que vários cidadãos daquele país possuem em Portugal. O documento, de mais de sete mil páginas, contempla todas as contas bancárias, bens móveis e imóveis e participações em empresas. Relatório cumpre uma carta rogatória que a Procuradoria-Geral da república angolana tinha pedido, há mais de um ano, às autoridades judiciais portuguesas.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Há seis vezes menos suspensões do que acusações na corrupção

O relatório Anual de segurança interna revela que, em 2020, nas investigações bem-sucedidas sobre os crimes de corrupção houve seis vezes mais suspensões provisórias dos processos que acusações. No ano passado, houve 259 casos em que o Ministério Público abdicou de incriminar os autores dos crimes. Nestes casos, os arguidos são instados a pagar uma multa ou a colaborar com magistrados.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Famílias gastaram mais 125 milhões em despesas no supermercado

Entre janeiro e março deste ano, as vendas de bens e consumo subiram 5,5% para 2,4 mil milhões de euros. Contas feitas, os portugueses gastaram mais 125 milhões de euros nos supermercados face ao ano anterior. Não obstante, a reabertura faseada da economia em março levou a uma quebra de 5,1% dos gastos dos consumidores para 818, 8 milhões de euros, quando comparado com o período homólogo, de acordo com os dados do ScanTrends da NielsenIQ.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso pago)

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PME portuguesas ainda longe de serem verdes, AEP quer inverter tendência

O projeto EcoEconomy4.0 vai abranger 370 micro e PME e tem como objetivo reduzir o baixo conhecimento do tecido industrial em áreas críticas como a inovação e a competitividade sustentável.

As grandes empresas, sobretudo do setor industrial, são aquelas que mais investem no campo da sustentabilidade e têm vindo a implementar estratégias bem definidas neste sentido nos últimos anos. No extremo oposto estão as micro e as pequenas e médias empresas, que representam 99,9% das empresas em Portugal em 2020 mas ainda mais longe de serem verdes e têm um longo caminho a percorrer na questão da sustentabilidade.

Para inverter esta tendência a Associação Empresarial de Portugal (AEP) acaba de criar um novo projeto que irá precisamente mobilizar o tecido empresarial português, principalmente as PME, de forma a torná-lo não só mais sustentável mas também mais competitivo.

Intitulado EcoEconomy 4.0, este projeto tem como objetivo reduzir o baixo conhecimento das PME industriais – localizadas em regiões mais desfavorecidas – em áreas que constituem fatores críticos de inovação e competitividade sustentável, usando as tecnologias digitais da Indústria 4.0.

Na prática vai abranger 370 micro e PME do Norte, Centro e Alentejo, através dos seus eventos, e mais 800 empresas, através da informação publica que será publicada no site. O projeto envolveu um investimento superior a 700 mil euros.

Para o presidente da AEP, Luís Miguel Ribeiro, “o novo projeto será capaz de atrair mais empresas, e os impactos das atividades a desenvolver vão fazer-se sentir no tecido empresarial, tornando-o mais sustentável e competitivo”. Para o líder da associação, a economia circular, a eficiência energética e a descarbonização, “são indutores de muitas oportunidades ganhadoras para as empresas, como por exemplo, redução dos custos de algumas matérias-primas, pensar o modelo de negócio de forma regenerativa, a valorização pelos consumidores por produtos mais ecológicos e “amigos” do ambiente, os investidores investem mais em empresas sustentáveis”.

O responsável explica ao ECO/Capital Verde que as empresas “já perceberam que o futuro também reside na sustentabilidade e que esta não está dissociada dos fatores económicos. Por isso, estão recetivas a este projeto que vai aportar novas competências às PME nos domínios temáticos da circularidade e da descarbonização/ transição energética, incluindo uma abordagem às tecnologias da indústria 4.0″.

Questionado se as empresas têm conhecimentos dos critérios ambientais, sociais e de governance (ESG, na sigla original, em inglês) e se estão familiarizadas com estes termos, Luís Miguel Ribeiro adianta que o número de micro e PME que adotam estes princípios, criando relatórios, relatando e destacando as práticas a relatar nos seus programas de ESG, “é ainda reduzido”.

Para impulsionar o tecido industrial português a tornar-se mais verde, o novo projeto da AEP — EcoEconomy 4.0 — foca-se em dois domínios temáticos com impacto na pegada carbónica (emissão de carbono) e na produtividade dos materiais (relação entre o consumo de materiais na economia e o PIB): a Descarbonização/Transição Energética e a Economia Circular. O projeto irá apoiar o universo empresarial mais carente de intervenção, designadamente as PME.

O novo projeto EcoEconomy 4.0 será capaz de atrair mais empresas, e os impactos das atividades a desenvolver vão fazer-se sentir no tecido empresarial, tornando-o mais sustentável e competitivo.

Luís Miguel Ribeiro

Presidente da AEP

Tendo em conta que os planos nacionais de recuperação e resiliência vão dedicar pelo menos 37% dos gastos totais a investimentos e reformas que apoiem ​​os objetivos climáticos, a AEP considera que o EcoEconomy 4.0 “contribuirá ativamente para fazer chegar esta mensagem às PME portuguesas, garantindo uma transição justa e inclusiva, condição necessária para o sucesso. Com o EcoEconomy 4.0, a AEP pretende mobilizar a força motriz da economia portuguesa para potenciar o cumprimento das metas ambientais nacionais e europeias, mostrando às empresas a importância de adotarem comportamentos numa lógica de economia regenerativa”, lembra Luís Miguel Ribeiro.

O presidente da AEP não considera que as PME estejam perdidas neste campo da sustentabilidade e refere que já existem incentivos disponíveis (ainda no PT2020), com o Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) com o quadro financeiro plurianual 21-27 para a sensibilizar as PME nos fatores críticos de inovação e competitividade sustentável.

O projeto EcoEconomy 4.0 é cofinanciado pelo Programa Operacional Competitividade e Internacionalização, através do Portugal 2020 e do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

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A minha família tem rendimentos muito baixos. Posso pedir isenção do IMI?

Para os contribuintes que ainda não entregaram o IRS e que querem saber como aumentar o seu reembolso, o ECO escolheu 20 dicas do Guia Fiscal da Deco para o ajudar. Será partilhada uma dica por dia.

A campanha do IRS ainda agora começou, mas existem já muitas dúvidas na mente dos contribuintes. Para todos aqueles que veem o preenchimento do IRS como um “bicho-de-sete-cabeças” e que querem saber como podem “engordar” o seu reembolso, o Guia Fiscal 2021, da Deco Proteste, oferece respostas para muitas destas questões.

Os portugueses têm até ao final de junho para entregarem as declarações de IRS relativas a 2020. Num ano em que mais 250 mil contribuintes passaram a estar abrangidos pelo IRS Automático, para um total de 3,6 milhões de pessoas, o Fisco tem agora até 31 de julho para devolver às famílias os valores que lhes são devidos a propósito do IRS.

Assim, o ECO selecionou 20 das dicas disponibilizadas pela Deco para o ajudar a esclarecer todas as suas dúvidas. Cada uma será partilhada num dia diferente deste mês de abril.

A minha família tem rendimentos muito baixos. Posso pedir isenção do IMI?

As famílias com rendimento anual bruto até 15.295 euros e com imóveis de valor tributário até 66.500 euros não têm de pagar IMI. Não é necessário apresentar qualquer requerimento, pois a isenção é automática. Enquanto o rendimento do agregado e o valor total dos imóveis se mantiverem abaixo desses limites, a isenção é renovada de forma automática todos os anos. Se, porventura, detetar que tal não acontece, reclame num serviço de Finanças.

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Saiba como pode agendar a vacina contra a Covid-19 se tem mais de 65 anos

O auto-agendamento permite aos utentes com 65 ou mais anos, independentemente das doenças, escolherem o ponto de vacinação e data em que pretendem ser vacinados. Saiba como funciona a plataforma.

Estava previsto que fosse lançada esta semana, mas chegou mais cedo. Na sexta-feira, entrou em funcionamento a plataforma online de auto-agendamento através da qual os utentes 65 ou mais anos, independentemente das patologias associadas, podem escolher a data e o local onde vão ser vacinados. Tem dúvidas como funciona? O ECO explica-lhe passo por passo.

Na segunda fase do plano de vacinação e com a chegada de uma maior disponibilidade de vacinas, a prioridade é vacinar as pessoas com mais de 60 anos, pelo que para o efeito o Governo comprometeu-se a ter toda esta faixa etária imunizada com, pelo menos uma dose da vacina, até ao final de maio. Assim, para agilizar o processo e para que corra “todos os dias de forma correta e sem falhas”, as autoridades de saúde nacionais decidiram criar um sistema de auto-agendamento da vacinação, “evitando ser o sistema central a encontrar as pessoas” para serem vacinadas, tal como tinha explicado o vice-almirante, Henrique Gouveia e Melo, coordenador da task force, na quarta-feira.

Deste modo, esta plataforma online, criada pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), passa agora a estar disponível no portal da Covid-19 e pode ser acedida aqui. Esta funcionalidade — que só no primeiro dia registou mais de 50 mil pedidos de agendamento –permite aos utentes com 65 ou mais anos, independentemente das doenças, escolherem o ponto de vacinação em que pretendem ser vacinados. Além disso, podem também escolher as datas que lhes são sugeridas e caso não exista vaga, optarem por ficar em lista de espera. Mas, afinal, como funciona o agendamento?

Num primeiro momento, os utentes devem indicar a sua data de nascimento (dia/mês/ano). Validado este passo, cada utente é convocado a preencher um formulário onde deve inserir o número de utente do SNS, o nome completo e novamente a data de nascimento (seguindo o mesmo critério).

Numa primeira fase, os utentes devem preencher alguns dados pessoais, como número de utente, nome completo e data de nascimentoFonte: Portal de auto-agendamento para vacinação da Covid-19

 

De seguida, os utentes podem escolher o ponto de vacinação em que pretendem ser vacinados. Para o efeito, deverão escolher o distrito, concelho e o local de vacinação pretendidos. Além disso, os utentes terão de inserir o seu NIF, nacionalidade e número de telemóvel para o qual pretendem receber a SMS de confirmação do agendamento (isto no caso de o contacto não estar associado ao seu registo).

Depois de preenchidos alguns dados pessoais, os utentes devem inserir o distrito, concelho e local de vacinação pretendido.Fonte: Portal de auto-agendamento para vacinação da Covid-19

 

Feita esta escolha, é-lhes apresentada a primeira data disponível para a vacinação, sendo que os utentes podem aceitá-la ou escolher outra data mais conveniente. No caso de não existir vagas disponíveis para data pretendida, os utentes podem optar por ficar em lista de espera naquele ponto de vacinação ou escolher uma data, noutro ponto de vacinação.

Posteriormente, o utente que realizou esta inscrição receberá um SMS enviado pelo número 2424 com a hora exata em que será vacinado no dia e no ponto de vacinação escolhido. Posto isto, tem de responder ao SMS. Se responder “SIM” o agendamento fica confirmado, caso não responda, se responder fora do prazo ou se a resposta for “NAO”, o pedido fica sem efeito. Para fazer um novo agendamento, deve aguardar até 72 horas.

Além disso, e para os mais esquecidos, as autoridades de saúde voltam a enviar no dia anterior à vacinação um novo SMS de convocatória. Importa sublinhar que esta plataforma só funciona para quem já tenha completado 65 anos ou mais anos até à data. Ou seja, se fizer 65 anos amanhã, por exemplo, só poderá agendar a vacina a partir desse dia. Além disso, se já tiver recebido pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19 ou já tiver sido infetado, o pedido de agendamento também não poderá ser, para já, considerado.

Até agora, os centros de saúde estavam a contactar os utentes preferencialmente por SMS, ou por chamada telefónica (quando consideravam necessário ou não existia resposta ao SMS) ou por carta (quando não existem contactos telefónicos disponíveis).

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Porque é que o leilão do 5G nunca mais acaba?

A pandemia atrasou o lançamento do 5G, mas não foi o único fator que explica o facto de Portugal ser um dos três países europeus sem rede móvel de quinta geração. Crispação no setor também não ajuda.

Diz-se que o que torto nasce, tarde ou nunca se endireita. Veja-se o leilão do 5G. A operação nasceu em polémica e dura há mais de três meses, sem sinal de acabar. Por que está a demorar tanto?

A venda das frequências é promovida pela Anacom, o regulador do setor, mas o procedimento diz pouco aos portugueses. Esses esperam pelo momento em que poderão beneficiar efetivamente da tecnologia, que deverá acelerar a velocidade da internet e desbloquear o potencial de uma série de tecnologias emergentes. E têm bons motivos para ansiar ter 5G.

No final de março, só Lituânia e Malta estavam na mesma situação do que Portugal, sem qualquer tipo de oferta comercial de quinta geração no mercado. Ou seja, nesta altura, há 24 outros Estados-membros onde já há algum tipo de cobertura comercial de 5G, embora em diferentes níveis de desenvolvimento.

Quanto a Portugal em concreto, a pandemia foi um fator relevante que fez atrasar todo o processo. Mas o clima de crispação no setor das telecomunicações, que levou a um autêntico choque institucional entre a Anacom e operadoras, também tem contribuído negativamente para o problema.

“Todos ralham e ninguém tem razão”

Recuemos até outubro de 2018. Nessa altura, o presidente executivo da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, que tem sido um dos gestores mais vocais em todo este processo, não via “necessidade evidente” que justificasse a implementação do 5G em Portugal. “Os utilizadores ainda nem sequer tiram partido total da tecnologia [atualmente disponível]”, afirmou, referindo-se ao 4G.

Menos de um ano depois, a posição do gestor era bem diferente: “Estamos certamente seis meses atrasados” no lançamento do 5G, dizia Alexandre Fonseca aos jornalistas a 9 de agosto de 2019. Para o responsável da empresa líder de mercado, Portugal estava a perder “claramente o comboio” da nova vaga tecnológica.

O que terá feito Alexandre Fonseca mudar de ideias? Uma justificação será, certamente, as reticências das empresas com os pesados investimentos exigidos no lançamento do 5G, quando ainda há potencial na rede de quarta geração. Mas a Comissão Europeia exigia, já nessa altura, pelo menos uma cidade com cobertura de 5G em cada Estado-membro até ao final de 2020.

Ciclo de conversas Altice “Estamos Cá! Perspetivas e Ação” - Adalberto Campos Fernandes
No final de 2018, Alexandre Fonseca, presidente executivo da Altice Portugal, não via pressa em lançar o 5G. Meses depois, afirmava que Portugal estava atrasado.Hugo Amaral/ECO

Neste contexto, nos primeiros meses de 2020, lá surgiu o plano nacional do Governo para o 5G e a Anacom colocou em consulta pública o projeto de regulamento do leilão para a atribuição das licenças. Acabaria por ser uma das consultas públicas mais participadas da história do regulador, tendo recebido centenas de contributos de entidades interessadas.

Mas entretanto apareceu a pandemia. Uma externalidade que acabou por mudar todo o calendário previsto para o desenvolvimento português do 5G.

A 19 de março de 2020, a Anacom anunciava a suspensão do processo por tempo indeterminado, o que acabaria por ser determinante para o atraso português, embora não seja o único motivo. A 9 de julho, o regulador retomá-lo-ia com o anúncio de um novo calendário, prevendo, nessa altura, a aprovação do regulamento em setembro, o início do leilão em outubro, e o encerramento do processo em dezembro de 2020.

O tiro foi totalmente ao lado. Não só a Anacom falhou em aprovar o regulamento em setembro, como o leilão só acabaria por começar no final de dezembro de 2020.

Certo é que o processo está a ser bem mais lento do que o esperado pela própria Anacom. O presidente, João Cadete de Matos, chegou a considerar haver condições para concluir o processo em janeiro. Estamos na segunda metade de abril de 2021 e a venda das frequências parece longe de estar concluída.

Pisar o pedal do acelerador

No setor das telecomunicações, ninguém assume responsabilidades por Portugal ser um dos três países sem ofertas comerciais de 5G. As operadoras acusam a Anacom de incompetência, a Anacom acusa as operadoras de licitarem baixinho e o Governo tem feito poucos comentários sobre o processo (e, quando os fez, acabou por expor claras divergências com a Anacom e até dentro do próprio Executivo).

Neste momento, a administração do regulador, que negou que houvesse qualquer atraso no 5G, já considera haver risco de o país ficar para trás em relação aos pares. Por isso, João Cadete de Matos disse “basta”. A 8 de abril de 2021, o regulador anunciou a intenção de mudar o regulamento do leilão para acelerar o fim do processo, acusando indiretamente as operadoras de estarem a fazer arrastar a venda com licitações de apenas 1%.

O anúncio surpreendeu o mercado, e talvez até o próprio Governo. Dias antes, o ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, afirmava não haver “nenhum problema” com a operação: “Que continuem a aumentar as licitações porque nós precisamos de dinheiro que, depois, vamos investir noutro objetivo”, disse.

Durante algum tempo, a Anacom recusou existir qualquer atraso no lançamento do 5G. Agora, o presidente João Cadete de Matos já vê risco de Portugal ficar para trás.MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

Ao verem um pedido de alteração do regulamento ao 60.º dia de licitações, as empresas de telecomunicações recuperaram a mesma postura que tiveram no início do leilão: partiram para tribunal. Em concreto, a Nos interpôs uma nova providência cautelar contra a Anacom, depois de o ter feito, também, para tentar travar o arranque do leilão, ainda que sem sucesso.

Não se sabe qual vai ser o desfecho de mais esta providência cautelar. As primeiras forçaram a Anacom a ter de invocar “interesse público” para o leilão poder ir para a frente e não ser travado na justiça. E já em pleno processo, têm sido vários os pedidos de operadoras para o suspender: é o caso do pedido da Vodafone, motivado pelo novo confinamento, e do pedido da Altice Portugal, que quer que a Anacom investigue primeiro os rumores de que uma potencial fusão envolvendo a Másmóvil e a Vodafone em Espanha.

É neste contexto que continuam as licitações na fase principal do leilão de 5G. Nesta altura, a disputa gira à volta das frequências mais relevantes para a quinta geração. O processo prossegue a passo de caracol e, a 15 de abril, terminou o prazo para as operadoras responderem à intenção da Anacom de alterar o regulamento. É provável que surja agora uma consulta pública mais formal. Enquanto isso, 24 outros países da UE continuam a desenvolver as suas redes 5G, em benefício dos seus cidadãos e empresas.

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Lay-off deu 127 milhões de euros à TAP no ano passado

Companhia aérea aderiu aos apoios do Estado para empresas afetadas pela pandemia e beneficiou da redução de encargos com salários e impostos, bem como do auxílio direto da Segurança Social.

O recurso ao lay-off simplificado e ao regime de apoio extraordinário à retoma progressiva permitiu à TAP poupar 127 milhões de euros em 2020. A companhia aérea — que está atualmente sob regime de lay-off tradicional — conseguiu assim libertar liquidez tanto graças ao dinheiro que recebeu da Segurança Social como do não pagamento da Taxa Social Única (TSU).

“No exercício de 2020, e em resultado da adesão aos regimes de apoio acima identificados, registou-se uma poupança estimada dos custos com pessoal de 127 milhões de euros, incluindo o efeito do não pagamento da Taxa Social Única, o apoio financeiro suportado pela Segurança Social e a redução dos custos com salário em função do regime de lay-off adotado para cada trabalhador”, explica a TAP, no relatório anual publicado esta sexta-feira na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O montante representa quase 10% da totalidade do lay-off simplificado disponibilizado para todo o país em 2020. Segundo dados em contabilidade pública da Direção-Geral do Orçamento, o lay-off teve um custo de 823,2 milhões de euros, enquanto a isenção de pagamento da TSU é estimada em 508,7 milhões de euros (pela perda de receita).

Entre abril e junho de 2020, a TAP aderiu ao lay-off simplificado “como medida excecional e temporária de proteção dos postos de trabalho, no âmbito da pandemia Covid-19″, o que traduziu na redução temporária do período normal de trabalho ou na suspensão do contrato de trabalho. Entre 1 de agosto de 2020 e até 30 de novembro de 2020, a empresa aderiu ao novo mecanismo que sucede ao lay-off simplificado, o apoio extraordinário à retoma progressiva.

Em grande parte graças a estas medidas, os custos da TAP com o pessoal situaram-se em 419,7 milhões de euros em 2020, o que significa uma diminuição de 258,9 milhões de euros face a 2019. Além do lay-off, a quebra é também “resultado da menor atividade da empresa” e da “redução do quadro de trabalhadores pela não renovação de contratos a termo”.

Já em 2021, a TAP anunciou a adesão ao lay-off clássico a partir de dia 1 de março e durante um período estimado de 12 meses. Apesar de ter algumas diferenças face ao simplificado, este regime passa também por por uma redução dos períodos normais de trabalho ou suspensão de contratos. A escolha do período e dos trabalhadores abrangidos é feita individualmente.

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Presidência portuguesa do Conselho da UE já gastou 9 milhões, mas deve ficar abaixo do orçamentado

A despesa da presidência portuguesa com bens e serviços já ultrapassou os nove milhões de euros, mas caminha para ficar abaixo do orçamentado.

A presidência portuguesa do Conselho de União Europeia gastou nove milhões de euros até ao momento, de acordo com os contratos publicados no Portal Base. No total já foram firmados 208 contratos através de ajuste direto, sendo que todos têm um valor inferior a 750 mil euros. O orçamento total da presidência portuguesa para 2021 era de 41 milhões de euros.

A Estrutura de Missão para a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia em 2021 (PPUE2021) efetuou uma despesa de 9.018.332,25 euros até ao momento, segundo o Portal Base, com a aquisição de serviços ou bens para os já quase quatro meses de Portugal à frente da União Europeia, um período que acabará em junho.

No seu orçamento, de acordo com o Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021), a estrutura de missão tinha 29,8 milhões de euros para gastar na aquisição de bens e serviços com o “objetivo é preparar, coordenar e organizar a presidência portuguesa do conselho da UE que irá ocorrer no primeiro semestre de 2021”. No total, o OE2021 prevê uma verba de 41 milhões de euros, o que deverá incluir também os custos de pessoal. Em 2020 tinham sido orçamentados cerca de 20 milhões de euros.

Ao ritmo atual, o orçamento da presidência portuguesa deverá ficar abaixo do orçamentado, mas ainda não é garantido uma vez que ainda faltam grandes eventos como a cimeira social no Porto. O ECO questionou o Ministério dos Negócios Estrangeiros, mas não obteve resposta até ao momento. O objetivo do Governo era garantir uma diminuição de 10% dos gastos face à presidência portuguesa de 2007 (67 milhões de euros, o que significa uma redução para pelo menos cerca de 60,3 milhões de euros).

Uma das formas de poupar dinheiro nas presidências do Conselho da UE tem sido através de patrocínios. No caso de Portugal, há o patrocínio da Delta, Sumol+Compal e Navigator com estas empresas a fornecerem serviços a custo zero nos vários eventos da presidência.

Neste momento, o maior contrato (709 mil euros) da estrutura de missão foi com a Smart Choice – Audiovisuais para a aquisição de serviços de utilização em regime de aluguer e operação de Equipamento Audiovisual Equipamento Áudio/ Interpretação Digital para as Salas Sophia de Mello Breyner.

O tema dos gastos da presidência portuguesa criou alguma polémica no início de março na sequência de uma notícia do Politico.eu. O jornal europeu apelidava a presidência de “fantasma” e questionava o gasto de milhares de euros. Em resposta, o ministro dos Negócios Estrangeiros assegurou no Diário de Notícias, desde logo, que o custo total desta presidência ficará mais de 10% abaixo da de 2007.

“Já então [em 2019] se fixava o objetivo de reduzir o seu custo global em 10%, face ao total gasto na presidência de 2007. Este objetivo será largamente ultrapassado”, garantia Santos Silva, explicando que a cimeira internacional com a Índia terá uma dimensão “significativamente inferior” face à de 2007 e que o facto de “parte importantes” dos eventos serem virtuais gera “poupanças óbvias”. Porém, uma “presidência híbrida também obriga a custos adicionais em certas áreas“, admitiu, referindo o caso da sala de imprensa que teve de ser preparada para estar operacional para a possibilidade de haver reuniões presidenciais, o que o ministro perspetiva que aconteça no segundo trimestre (tendo já acontecido no início de janeiro).

Quanto aos ajustes diretos firmados entre a presidência portuguesa e várias empresas, Augusto Santos Silva justificou o recurso a essa opção pela “especificidade de muitos serviços, que limita a disponibilidade no mercado, aliás agravada pela pandemia” e pelas restrições temporais, “sendo inimaginável que a PPUE pudesse ficar refém da morosidade e da litigância tantas vezes associadas à contratação por concurso público“. O ministro explicou ainda que os poucos meses de existência das empresas contratadas pela presidência são explicados pela “transformação da natureza societária de um prestador já com atividade anterior (um prestador individual que passou a empresa unipessoal e uma empresa que entretanto alargou a sua base societária)”.

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Dividendos caem metade dos lucros. Há 1,8 mil milhões para dar aos acionistas

Os dividendos vão ressentir-se da quebra nos resultados das cotadas do PSI-20, mas a redução da remuneração acionista será menos acentuada. As cotadas têm 1,8 mil milhões para distribuir.

2020 foi um ano de forte contração económica. A pandemia arrasou a economia mundial, europeia e a nacional, que registou a maior contração em democracia. O confinamento passou uma fatura elevada às empresas e famílias, levando os lucros das cotadas a registarem uma quebra acentuada, algumas delas registando mesmo prejuízos. Os dividendos vão, por isso, ressentir-se, mas a quebra é apenas metade da registada nos resultados líquidos.

Praticamente todas as empresas do PSI-20 que revelaram as contas de 2020 — só falta conhecer os resultados anuais da Ibersol — apresentaram quebras, se não mesmo resultados negativos. Galp Energia, Mota-Engil e Pharol passaram de lucros para prejuízos, enquanto as restantes revelaram quebras dos 8% aos mais de 60%, sendo a EDP e a EDP Renováveis as exceções. Ambas as cotadas conseguiram, apesar do contexto de crise, aumentar os lucros em 56% e 17%, respetivamente.

No total, os resultados das maiores empresas portuguesas encolheram em 27,1%, caindo dos 3.283 milhões de euros alcançados em 2019 para os 2.393 milhões em 2020, de acordo com os dados recolhidos pelo ECO junto dos resultados comunicados pelas empresas à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Lucros do PSI-20 caem 27%

Esta evolução negativa dos resultados passou fatura aos dividendos, mas acabou por não ser tão pesada quanto poderia ser já que muitas empresas optaram por manter o valor a entregar aos acionistas (havendo casos em que a remuneração até foi revista em alta). O “bolo” dos dividendos encolheu metade dos lucros, recuando em apenas 15% face aos 2,22 mil milhões entregues no ano passado.

O montante total a distribuir este ano pelas cotadas do PSI-20 é de 1,8 mil milhões de euros. São muitos euros, sendo que boa parte deles serão entregues por uma pequena “fatia” de empresas, cabendo à EDP a maior parte. A elétrica liderada por Miguel Stilwell vai entregar aos acionistas cerca de 750 milhões de euros, depois de receber grande parte dos 70 milhões que serão pagos pela EDP Renováveis.

Dividendos encolhem, mas menos que os lucros

Atrás da EDP surge a Galp Energia, com um “bolo” de 270 milhões de euros, aqui com a particularidade de este dinheiro ser entregue aos investidores apesar de a empresa ter registado prejuízos em 2020. Mantém, desta forma, a “prata” no ranking dos dividendos a pagar, sendo que o “bronze” fica para a Nos que vai pagar 143 milhões.

Estas três cotadas serão responsáveis por quase dois terços dos dividendos totais das cotadas do PSI-20, embora existam ainda mais cotadas que vão passar “cheques” de nove dígitos. É o caso da Jerónimo Martins, da REN e também da Navigator.

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Estas são as cotadas com os dividendos mais atrativos em Lisboa<span class='tag--premium'>premium</span>

É preciso olhar para a rentabilidade do dividendo, a dividend yield, para encontrar os dividendos mais interessantes. E em Lisboa são vários. A Ramada lidera o ranking.

São muitos os que procuram ganhar com o sobe e desce das bolsas, mas são muitos mais os que esperam pelo momento em que as empresas começam a distribuir dividendos para tentarem arrecadar mais alguns euros. Esta é, portanto, um altura de grande euforia à volta das cotadas nacionais, com todos a tentarem apanhar as remunerações acionistas mais atrativas.Dividendos "chorudos" não são obrigatoriamente os mais atrativos. É preciso olhar sempre para a rentabilidade do dividendo, a dividend yield, para encontrar aqueles que podem ser efetivamente mais interessantes. Ou seja, é preciso ver qual o retorno que se obtém em função do investimento necessário para o obter. A bolsa de Lisboa tem sido invariavelmente das mais generosas com os investidores, no contexto europeu. E há várias cotadas

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Há meia dúzia de cotadas que vão dar em dividendos mais do que tiveram de lucros

Na bolsa de Lisboa, há várias cotadas que vão dar aos acionistas mais do que o que lucraram ao longo de um ano. E há até uma, a Galp Energia, que vai dar dividendos depois de apresentar prejuízos.

Regra geral, uma empresa que tem resultados líquidos procura entregar parte desses lucros aos investidores sob a forma de dividendos. Mas, como em tudo, há exceções. Há algumas que vão além da parte, mas também do todo, chegando a distribuir pelos acionistas mais do que o que lucraram ao longo de um ano. Este ano, são várias assim em Lisboa.

2020 foi um ano desafiante para muitas empresas. A crise pandémica travou a fundo a atividade, refletindo-se negativamente nos resultados que têm vindo a ser conhecidos nas últimas semanas. E isso levou a uma redução do valor a entregar em dividendos. Mas mesmo assim, entre as 18 cotadas do PSI-20, há seis em que o payout será superior a 100%.

A Ramada destaca-se claramente entre as cotadas que dão mais do que o que lucraram. A empresa constituída no âmbito do projeto de reorganização empresarial do Grupo Altri interrompeu em 2020 o pagamento de dividendos. Não deu nada no ano passado, mas este ano, com base nas contas de 2020, vai pagar 60 cêntimos por cada ação.

A cotada liderada por Borges de Oliveira vai pagar 15,4 milhões de euros em dividendos com base em lucros de apenas 6,9 milhões, ou seja, mais do triplo dos resultados líquidos. Apresenta um payout de 222%, o maior de entre todas as cotadas do índice de referência da bolsa de Lisboa, acima dos 146% da Altri. A empresa que deu origem à Ramada vai pagar 61 milhões em dividendos apesar de ter obtido apenas 35 milhões em lucros.

A Nos vai fazer o mesmo, ou seja, pagar mais do que lucrou. Manteve o dividendo de 27,8 cêntimos por ação mesmo num ano em que os resultados líquidos encolheram para 92 milhões de euros. O resultado é um payout de 155%, sendo que neste caso é já habitual que assim seja. Desde 2015 que a operadora tem seguido esta lógica.

Nos vai para o sexto ano a dar mais dividendos que lucros

A Nos não é, contudo, a única a seguir esta prática há anos. Também a REN tem vindo a entregar regularmente aos acionistas uma remuneração superior à dos resultados obtidos. E este ano não será diferente, tendo em conta que a cotada liderada por Rodrigo Costa se prepara para pagar 114 milhões em dividendos depois de lucros de 109 milhões. Ou seja, tem um payout de 104%.

Galp dá dinheiro, apesar de perder dinheiro

Entregar mais em dividendos do que se obtém em lucros resulta, muitas vezes, da distribuição de reservas que foram sendo acumuladas ao longo dos anos. É dinheiro que foi sendo retido para eventualidades, ou mesmo para aproveitar oportunidades de crescimento, mas que acabou por não ser utilizado, fazendo sentido entregá-lo aos investidores.

Outras vezes, é resultado do negócio em si. Empresas que geram elevado cash flow tendem a ter capacidade de o libertar através de dividendos, mesmo sem lucros para os sustentar. Contudo, regra geral, são cotadas com resultados positivos.

Mas também há empresas com prejuízos a pagarem dividendos. É o caso, este ano, da Galp Energia. “O Concelho de Administração da Galp irá propor na Assembleia Geral de Acionistas em abril um dividendo por ação de 0,35 euros/ação, relativo ao exercício de 2020, a ser pago em maio”, referiu a empresa no comunicado de apresentação de resultados enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários, isto depois de apresentar um resultado líquido negativo de 42 milhões. A Galp Energia cortou o dividendo face ao ano anterior, prevendo agora pagar 269 milhões de euros.

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