Moderna anuncia que a vacina contra a Covid-19 é 100% eficaz em crianças entre os 12 e os 17 anos

  • ECO
  • 25 Maio 2021

Segundo o Miami Herald, um ensaio clínico veio mostrar que após a administração de apenas uma dose da vacina, os riscos de contágio eram reduzidos em 93% em crianças desta faixa etária.

A vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Moderna reduz em 100% o risco de infeção em crianças de idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos de idade, anunciou a empresa esta terça-feira. De acordo com o Miami Herald (acesso livre, conteúdo em inglês), as conclusões derivam de um ensaio clínico que veio mostrar que, após a administração de apenas uma dose da vacina, os riscos de contágio eram reduzidos em 93%.

Nenhuma das 3.732 crianças englobadas neste estudo experimental, depois de ter recebido as duas doses da vacina da Moderna, foi infetada após contacto com o novo coronavírus, na fase final do ensaio. Esta vacina surge assim como a segunda vacina, depois da Pfizer, a mostrar-se capaz de conferir uma proteção adequada a crianças contra a doença.

A eficácia detida por esta vacina na faixa etária dos 12 aos 17 anos mostrou-se ainda mais elevada do que no caso dos adultos, que em 94% das vezes se encontram imunes contra a Covid-19 após tomarem as duas doses da vacina da Moderna, adiantou também a biotecnológica.

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Portugal está na liderança na UE na descida de preços nas comunicações

  • Lusa
  • 25 Maio 2021

Portugal está "na liderança da descida dos preços das comunicações" na União Europeia. Nos últimos 12 meses, o índice de preços reduziu em 0,9% em Portugal quando na UE a desceu 0,2%, avança APRITEL.

A Associação de Operadores de Comunicações Eletrónicas (APRITEL) disse esta terça-feira, em comunicado, que Portugal está “na liderança da descida dos preços das comunicações” na União Europeia (UE), baseando-se em dados do Eurostat de abril.

Segundo a APRITEL, os dados mais recentes do gabinete de estatísticas da União Europeia (Eurostat), referentes a abril, “demonstram mais uma vez a forte dinâmica competitiva do mercado português de comunicações eletrónicas”, referindo que, em média, nos últimos 12 meses, o índice de preços se reduziu em 0,9% em Portugal quando na UE a 27 desceu 0,2%.

Já nos serviços em pacote, que no final de 2020 já eram subscritos por 88 em cada 100 famílias em Portugal, de acordo com a APRITEL Portugal é o segundo país onde os preços mais baixaram nos últimos 12 meses, menos 2,5% (após a queda de preços registada na Grécia, de 3,2%).

O preço das telecomunicações praticado em Portugal é um assunto que tem sido alvo de discórdia entre os operadores de telecomunicações e o regulador, a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), que tem alertado para o aumento dos preços das comunicações em Portugal.

Os comparativos de evolução de preços suportados pelos dados do Eurostat não comparam níveis de preços entre países, mas a evolução dos preços, diz ainda a APRITEL.

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“Remendar o que a pandemia provocou é curto”, avisa Marcelo

Presidente da República considera necessárias reformas estruturais para impulsionar o investimento e o financiamento no mercado de capitais. Lembra que é preciso aproveitar o dinheiro da Europa.

Marcelo Rebelo de Sousa alerta para a necessidade de a economia não se limitar a recuperar do impacto da pandemia, mas sim que aproveite o momento para ir mais longe. Entre as reformas estruturais que o Presidente da República considera que poderão impulsionar a retoma prende-se com a dinamização do mercado de capitais.

“Temos à nossa frente dois caminhos: recuperar ou reconstruir. Podemos ficar pelo recuperar, que significa voltar a 2019 ou perto disso. Tentar remendar aquilo que a pandemia provocou no nosso tecido económico, social e institucional, é curto. É curto para os fundos disponíveis. É curto para a oportunidade vivida na Europa, que pode ser irrepetível. É curto para a oportunidade vivida na nossa sociedade”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, numa conferência online organizada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários em relação à literacia sobre mercados de capitais em Portugal.

“A alternativa é reconstruir. Reconstruir é ir mais além, ir à estrutura e não apenas à conjuntura. Não é remendar, é procurar novos horizontes de médio e longo prazo. E nesses horizontes de médio e longo prazo entra o problema da capitalização das nossas empresas, entra a questão da vivificação do nosso mercado de capitais“, continuou Marcelo Rebelo de Sousa.

O chefe de Estado falava na sessão de apresentação de um estudo sobre a literacia, que revelou um aumento dos conhecimentos financeiros dos cidadãos em Portugal e da capacidade de poupar, mas também que estes continuam a ser avessos ao risco, o que estará ainda relacionado com traumas da última crise financeira.

Temos um mercado de capitais ainda muito fraco, muito frágil e muito débil, como que é próprio de uma sociedade que tem enfrentado os desafios que temos enfrentado. Múltiplos no espaço de poucas décadas, adensados pelo período pandémico que estamos a viver”, reconheceu o Presidente. “No entanto, todos temos a consciência da importância das alternativas de financiamento para quem delas mais precisa, em particular as empresas”.

O objetivo é que este estudo (realizado por duas consultoras internacionais a pedido da CMVM) venha a ser a base um programa de literacia financeira a nível nacional. Marcelo sublinhou que, após o diagnóstico, o maior desafio é avançar com reformas que permitam captar mais investidores e mais empresas para o financiamento em mercado, num momento “crucial” para o tecido empresarial.

Diz que este é um momento que requer ímpeto reformista no que respeita ao verde, ao digital e às qualificações. E estamos “perante um tema de cruzamento destas três dimensões”: a dimensão da qualificação da literacia financeira, da transição energética e a dimensão da transição digital.

“A literacia financeira não é apenas responsabilidade dos reguladores ou dos investidores, envolve os intermediários financeiros, todos os operadores de mercado. Em conjunto devem comunicar de forma simples e esclarecedora para fortalecer as relações de confiança entre elas e dos cidadãos nos produtos financeiros oferecidos. Só uma atitude responsável por parte de quem oferece aliado ao conhecimento de quem procura contribuirá para a promoção do mercado de capitais e a diversificação das possibilidades de investimento. Isso é muitíssimo importante em Portugal”, acrescentou.

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Mais um país aprova sistema de recursos próprios da UE

O primeiro-ministro português sublinha que a emissão de dívida pela Comissão Europeia é "essencial para financiar a retoma europeia".

O Senado dos Países Baixos aprovou a decisão relativa ao sistema de recursos próprios da União Europeia (UE). A aprovação por parte deste Estado-membro é mais um passo para que a Comissão Europeia possa ir aos mercados endividar-se em nome da UE para financiar o fundo de recuperação, de resposta à pandemia.

O primeiro-ministro português já reagiu, escrevendo no Twitter que saúda “a aprovação da Decisão relativa ao sistema de recursos próprios da UE pelo Senado dos Países Baixos”. “Estamos cada vez mais perto da emissão de dívida pela Comissão Europeia, essencial para financiar a retoma europeia”, acrescenta António Costa.

Até 20 de maio, 22 Estados-membros tinham já ratificado a decisão de recursos próprios da UE, segundo dados do Parlamento Europeu, número que sobe para 23 com os Países Baixos. Nessa data, os países onde o processo ainda decorria, para além dos Países Baixos, eram Áustria, Hungria, Polónia e Roménia.

Na maioria dos Estados-membros, os Parlamentos nacionais são responsáveis ​​pela ratificação da decisão. Noutros, o Governo sozinho decide sobre a aprovação desta decisão. Em causa estão os 750 mil milhões de euros em nome da UE, os quais irão financiar a #PróximaGeraçãoUE, o nome dado ao fundo de recuperação europeu.

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Webcast: A formação como um processo contínuo de evolução

  • Trabalho
  • 25 Maio 2021

A importância da formação nos dias de hoje e as adaptações necessárias às novas realidades foram alguns dos temas debatidos pelos responsáveis da Amorim Cork Composites, da CEGOC e da IKEA Industry.

As skills de hoje vão continuar a fazer sentido no futuro? Qual a importância do reskilling e do upskilling dentro das empresas? E quanto à digitalização? Quais os desafios e as vantagens?

No webcast “A importância da formação nos dias de hoje” estas e outras questões estão respondidas e esclarecidas por João Braz Pereira, head of costumer performance development na CEGOC, Daniel Silva, diretor de recursos humanos na Amorim Cork Composites, e Alberto Rendo, diretor de recursos humanos na IKEA Industry Portugal.

O webcast “A importância da formação nos dias de hoje” contou com o apoio da CEGOC.

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Sodim prolonga OPA sobre a Semapa até 4 de junho

A Sodim decidiu alargar o prazo da OPA sobre a Semapa. Solicitou à CMVM o adiamento do prazo final da OPA até 4 de junho, com sessão especial de apuramento de resultados a 7 de junho.

A OPA da Sodim sobre a Semapa vai ser prolongada. Deveria terminar esta quarta-feira, 26 de maio, mas o prazo para aceitação, ou não, da oferta vai agora ser adiado até 4 de junho, permitindo assim que os investidores possam conhecer as contas da “holding”, mas também da Navigator, que é controlada por ela.

“O período da oferta decorrerá entre as 8h30 do dia 27 de abril de 2021 e as 15h00 do dia 4 de junho de 2021 (horas de Lisboa), podendo as respetivas ordens de aceitação ser recebidas até ao termo deste prazo”, refere uma adenda à OPA da Sodim, publicada na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Inicialmente, a OPA estava em vigor até 26 de maio. Esta data gerou críticas por parte dos pequenos acionistas, levando-os a acusar as duas empresas de quererem “esconder do mercado os resultados” antes da conclusão da OPA.

A CMVM solicitou a divulgação de perspetivas financeiras da Semapa e Navigator, cujas datas estavam previstas para dia 26 no caso da Navigator e dia 31 Semapa. E foi neste sentido que a Sodim solicitou o adiamento do prazo final da OPA, não mexendo assim nos calendários de divulgação das contas trimestrais.

A Sodim, que detém (através da sua subsidiária Cimo – Gestão de Participações) 71,906% do capital social da Semapa, correspondentes a 73,167% dos direitos de voto, definiu como condição de sucesso da oferta atingir pelo menos 90% dos direitos de voto na Semapa.

Nesta OPA, está a oferecer aos investidores 11,66 euros por cada ação. “O valor final a pagar por ação na oferta é de 11,66 euros, em dinheiro, o qual corresponde ao valor da contrapartida da oferta de 12,17 euros por ação deduzido do dividendo já pago pela Semapa de 0,512 euros por ação, nos termos constantes do prospeto da oferta”, diz a Sodim.

(Notícia em atualizada com mais informação)

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Municípios pedem celeridade no concurso público para distribuição de baixa tensão

  • Lusa
  • 25 Maio 2021

A Associação Nacional de Municípios Portugueses pediu a celeridade ao Governo para se avançar com o concurso público de concessão de distribuição de eletricidade em baixa tensão.

A Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) pediu esta terça-feira celeridade ao Governo para se avançar com o concurso público de concessão de distribuição de eletricidade em baixa tensão para todo o território continental.

“Não há tempo a perder”, afirmou o presidente da ANMP, Manuel Machado, que falava em conferência de imprensa, em Coimbra.

O presidente da ANMP e também da Câmara de Coimbra lembrou que o concurso público deveria ser lançado antes do verão, face à morosidade que este tipo de procedimentos acarreta.

No final de uma reunião do Conselho Diretivo da ANMP, aquele responsável recordou que a concessão de distribuição de eletricidade em baixa tensão é “uma atribuição municipal”, notando que os contratos de concessão em São João da Madeira e em Lisboa já caducaram em 2016 e 2017, respetivamente, e, em 2021, 228 municípios vão ver as suas concessões cessar.

Numa das últimas reuniões com o Governo, a ANMP “admitiu a possibilidade de ser feito um procedimento concursal para todo o território continental português”, mas o processo “não teve ainda o andamento que tem que ter”.

“É problemático este assunto, na medida em que já com os contratos caducados há procedimentos legais e de transparência que têm que ser desenvolvidos“, alertou, chamando ainda a atenção que o concurso deveria ser feito a tempo de se poder mobilizar financiamento disponível quer no PT2030, quer no Plano de Recuperação e Resiliência.

De acordo com Manuel Machado, a ANMP decidiu solicitar mais uma reunião ao Ministério do Ambiente e Ação Climática para manifestar as suas preocupações, nomeadamente com prazos do concurso e formalidades relacionadas com o processo.

Para o também presidente da Câmara de Coimbra, “é essencial que o tarifário seja mantido homogéneo no todo nacional” e “fundamental que os municípios com menor capacidade ou menor densidade sejam igualmente tratados com os devidos cuidados”.

Para além disso, o futuro concessionário “tem de manter os bens da concessão devidamente modernizados”, nomeadamente acrescentando inovação tecnológica aplicada, apontou.

O atraso na resolução deste problema tem implicações na eficiência do sistema de distribuição, assim como “na fatura da eletricidade”, alertou.

Com um novo contrato de concessão para todo o território continental e com a salvaguarda da necessidade de modernização das infraestruturas, Manuel Machado acredita que será “possível e desejável baixar o preço da fatura”.

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Wall Street começa o dia em terreno positivo puxada pelas tecnológicas

As bolsas norte-americanas abrem esta terça-feira com um sentimento positivo. É no tecnológico Nasdaq que se regista a maior subida, na ordem dos 0,43%, para os 13.720,11 pontos.

Depois de ter fechado a última sessão em alta, Wall Street inicia esta terça-feira com os principais índices a seguirem a mesma tendência, num dia em que os ganhos são liderados pelas empresas do setor da tecnologia e em que os rendimentos dos títulos do Tesouro americano estão, por sua vez, em quebra pelo quarto dia consecutivo.

O cenário vivido nas bolsas norte-americanas assemelha-se ao europeu, num dia em que as principais praças europeias demonstraram uma tendência positiva na abertura. Com um melhor desempenho encontra-se o tecnológico Nasdaq, que subiu 0,43%, para os 13.720,11 pontos.

Dentro deste setor, a Moderna é uma das empresas a registar ganhos, na ordem dos 2%, depois de ter surgido um estudo experimental que veio mostrar que a sua vacina contra a Covid-19 é ainda mais eficaz em crianças com idades compreendidas entre os 12 e os 17, quando comparando com os adultos, noticia o Miami Herald.

Tudo isto num dia em que, por sua vez, as yields da dívida soberana a 10 anos atingiram o valor mais baixo das últimas duas semanas. Também o índice de referência S&P 500 subiu nesta abertura do mercado 0,26%, para os 4.207,99 pontos. Já o industrial Dow Jones cresceu 0,18%, para 34.455,13 pontos.

Os comentários de alguns oradores da Reserva Federal — que, como diz Hugh Gimber, estratega do J.P. Morgan Asset Management, citado pelo The Wall Street Journal, mostra que a instituição não está “preocupada com os dados da inflação” — estão também a ter a sua influência nas bolsas norte-americanas. Isto porque ajudaram, de certa forma, a dissipar algumas das preocupações acerca de um eventual endurecimento da política do Banco Central.

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Advocatus Summit: “Sem apoio do Governo, 32% das empresas não teriam aguentado seis meses”, diz PLMJ

Duarte Schmidt Lino, sócio de M&A, Joaquim Shearman de Macedo, sócio de Resolução de Litígios da PLMJ e João Sousa Leal, partner de Advisory da KPMG fizeram parte desta talk.

Com o tema “Reestruturações e Insolvências”, a PLMJ patrocina esta talk da 4ª edição da Advocatus Summit Lisboa. Com Duarte Schmidt Lino, sócio co-coordenador de Corporate M&A da PLMJ, Joaquim Shearman de Macedo, sócio co-coordenador de Resolução de Litígios da PLMJ, e João Sousa Leal, partner de Advisory da KPMG.

Joaquim Shearman de Macedo começou por salientar que os setores do alojamento e restauração tiveram redução no volume de negócios de 96% e 76%, respetivamente. E salientou que 78% das empresas demonstraram uma redução do seu volume de negócios. E adiantou que sem as medidas de apoios do Governo, 32% das empresas não teriam aguentado estes seis meses.

As quedas das exportações e das importações de 2019 para 2020 foram de 58% e 48%. O que faz com que o sócio da PLMJ defenda que “estamos perante um panorama devastador, após esta pandemia”, disse, na introdução da conversa a três.

João Sousa Leal, partner de Advisory da KPMG defendeu que “o conjunto de medidas do Governo anunciadas e aplicadas poderão dar suporte a uma retoma rápida”. Em termos de M&A, João Sousa Leal admitiu que de facto, “vimos um impacto negativo nessa área” mas também vimos que os investidores assumiram “que a crise poderia ser mais conjuntural e vimos alguns investidores com alguns perfis específicos a apostarem em Portugal. E continuamos a ver no início de 2021 a ver o mesmo dinamismo”, explica na talk patrocinada pela PLMJ.

Por ouro lado, João Sousa Leal admite que os apoios públicos “fruto do PRR e do Portugal 2030 “não serão suficientes e por isso prevejo que o mercado de M&A tenha aqui uma fase de crescimento que nunca vimos em Portugal, porque até aqui a banca não estava preparada”. Por isso, o partner da KPMG acredita que “podemos ter um momento de viragem”. “Há várias mudanças que se podem fazer na economia, nomeadamente uma regeneração, e tornar Portugal mais dinâmico e promover bons negócios”.

Duarte Schimdt Lino, sócio de M&A da PLMJ, defende que o que foi implementado até agora “permitiu que se aguentasse muitas aspetos como seja a tesouraria das empresas”.

E salientou que há muitas empresas que continuam a operar e há setores mais marginalizados. “Tudo o que usamos na nossa vida confinada acabou por ter um aumento importante”. Defendendo que isso “evitou um pico de aumento da taxa de desemprego”.

Numa análise mais crítica, Duarte Schmidt Lino garante que “há uma parte dos problemas do setor corporativo que vem de trás”. Assumindo que estas medidas preservam “a manutenção de empresas no nosso tecido que já cá não deviam estar há muito tempo. E cuja decisão já está a ser adiada há muito tempo”.

“O sistema pode funcionar se se juntarem um conjunto de circunstâncias favoráveis”, explica o sócio. “Esta calamidade vai gerar um aumento de situações que precisam de uma resolução. Com o aumento do fluxo que vai acontecer, isto tem de ser olhado com muita atenção e muita inteligência”.

A conversa entre os três intervenientes já está disponível. Veja aqui o vídeo.

Até dia 31 de maio, será lançado no site da Advocatus e ECO, diariamente, dois novos painel.

Esta iniciativa é considerada o principal evento que liga a advocacia de negócios aos agentes empresariais e da economia e contou com o patrocínio de Abreu Advogados, CMS Rui Pena & Arnaut, Cuatrecasas, Miranda & Associados, Morais Leitão, PLMJ, PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados, Serra Lopes, Cortes Martins & Associados, Sérvulo & Associados, SRS Advogados e Vieira de Almeida, e ainda a Moneris.

Conheça aqui o programa da Advocatus Summit

Painel 1 – Entrevista “Patentes e desenvolvimento económico”

  • Com José Luís Arnaut, managing partner da CMS Rui Pena & Arnaut, entrevistado por Filipa Ambrósio de Sousa, diretora executiva da Advocatus. Vídeo aqui.

Painel 2 – Talk sobre “Hidrogénio e descarbonização”

  • Com Nuno Antunes, sócio da Miranda & Associados, Ana Quelhas, managing director H2BU (Business Unit for Hydrogen) da EDP Renováveis e Luís Delgado, administrador da Bondalti. Vídeo aqui.

Painel 3 – Transição digital e pandemia: o futuro que se impôs”

  • Com Vanda de Jesus, diretora executiva da Portugal Digital, e Gonçalo Machado Borges, sócio da Morais Leitão, moderado por Flávio Nunes, coordenador do ECO. Vídeo aqui.

Painel 4 – Talk sobre “Reestruturações e Insolvências”

  • Com Duarte Schmidt Lino, sócio co-coordenador de Corporate M&A da PLMJ, Joaquim Shearman de Macedo, sócio co-coordenador de Resolução de Litígios da PLMJ, e João Sousa Leal, partner de Advisory da KPMG.

Painel 5 –Talk sobre “Contratos e Pandemia – Resolução, suspensão e modificação dos contratos em tempos de pandemia”

26 de maio

  • Com Alexandra Nascimento Correia, sócia da Abreu Advogados, Gonçalo Malheiro, sócio contratado da Abreu Advogados, e Luís Castanheira Lopes, presidente do Grupo Pestana Pousadas.

Painel 6 – “Fundos Europeus – Novos Desafios”

26 de maio

  • Com Catarina Pinto Correia, sócia da Viera de Almeida, e Gonçalo Regalado, diretor coordenador de marketing de empresas e negócios do Millennium BCP, moderado por Mónica Silvares, editora do ECO.

Painel 7 – “Sustentabilidade e obrigações verdes”

27 de maio

  • Com Manuel Requicha Ferreira, sócio da Cuatrecasas, Ana Spratley, Head of Corporate & Investment Banking do BPI, e Luís Neves, CEO da Global Enabling Sustainability Initiative.

Painel 8 Entrevista sobre “Transparência Fiscal e sociedades multidisciplinares”

27 de maio

  • Com Pedro Raposo, chairman da PRA-Raposo, Sá Miranda & Associados, entrevistado por Filipa Ambrósio de Sousa, diretora executiva da Advocatus.

Painel 9 – “Teletrabalho e o direito a desligar”

28 de maio

  • Com Ana Luísa Beirão, sócia da SRS Advogados, e Francisco Fernandes, partner da área de recursos humanos da Moneris, moderado por Frederico Pedreira, jornalista do ECO/Advocatus.

Painel 10 – Talk sobre “As escolhas sustentáveis das empresas”

28 de maio

  • Com Ana Luísa Guimarães, sócia da Sérvulo & Associados, Vera Pinto Pereira, administradora executiva da EDP Energias de Portugal SA, e CEO EDP Comercial, e Ricardo Mourinho Félix, vice-presidente do BEI.

Painel 11 – “A Fiscalidade na Economia Digital – Desafios da Regulação e da Tributação”

31 de maio

  • Com Armando Serapicos, Tax Manager Moneris, Pedro Cruz Gonçalves, advogado sénior da Morais Leitão e Pedro Lomba, sócio da PLMJ, e moderado por Paulo Moutinho, editor executivo do ECO.

Painel 12 – Talk sobre “Banca, NPLs e o pós-pandemia”

31 de maio

  • Com Rafael Lucas Pires, sócio da Serra Lopes, Cortes Martins & Associados, Francesco Franco, senior adviser da LX Partners e professor de economia da NOVA SBE, e Miguel Manso, Risk Officer do BCP.

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Santander Totta volta atrás e não paga dividendo à casa-mãe em Espanha

Banco liderado por Pedro Castro e Almeida tencionava distribuir parte dos lucros de 295,6 milhões de euros em 2020 pelo acionista. Mas voltou atrás com a intenção seguindo recomendação do BCE.

O Santander Totta registou lucros de 295,6 milhões de euros no ano passado e tencionava distribuir parte deste resultado pela casa-mãe. Contudo, o banco liderado por Pedro Castro e Almeida voltou atrás com essa intenção, seguindo a recomendação do Banco Central Europeu (BCE).

“Foi aprovada a não distribuição de dividendos correspondentes ao exercício de 2020, de acordo com os termos previstos na recomendação do BCE de 15 de dezembro de 2020”, anunciou o banco em comunicado sobre a assembleia geral que teve lugar nesta terça-feira.

A 5 de março, a instituição tinha adiantado ao ECO que a intenção era pagar dividendos ao acionista “de acordo com os limites definidos pelos reguladores”. No final do ano passado, o BCE abriu a porta aos dividendos, mas com condições: os bancos não podem ir além dos 15% dos lucros e desde que não excedessem os 20 pontos base do rácio CET1.

Sem qualquer dividendo, a assembleia geral do banco votou a favor da aplicação dos resultados de 275 milhões de euros da seguinte forma: transferir 27,5 milhões para reservas legais e 247,67 milhões para resultados transitados.

Na banca portuguesa, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai levar à assembleia geral uma proposta para distribuir cerca de 85 milhões de euros em dividendos ao Estado, enquanto o BPI vai distribuir 13 milhões ao CaixaBank em outubro. O BCP congelou o dividendo, mas admite rever a posição em setembro.

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Portugueses têm mais capacidade de poupar, mas um terço teme o risco da bolsa

Apenas 30% dos adultos em Portugal investem em ativos financeiros. Relatório conhecido esta terça-feira vai servir de base a um novo programa para reforçar a literacia financeira no país.

A capacidade para poupar dos portugueses tem vindo a aumentar nos últimos anos, mas apenas 30% da população investe o dinheiro que põe de parte. Falta de confiança, medo de arriscar e ausência de confiança são as principais razões que afastam os portugueses do mercado de capitais, de acordo com os resultados de um estudo apresentado esta terça-feira pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“Cada vez mais portugueses indicam ter capacidade de poupar dinheiro: em comparação com os resultados de anteriores inquéritos à literacia financeira, a parcela dos que não poupam decresceu continuamente de 48% em 2010 para 41% em 2015 e 38% em 2020“, revela estudo Financial literacy for investors in the securities market in Portugal conduzido pela Valdani Vicari & Associati e pela KPMG para o supervisor nacional. Em comparação com a União Europeia, Portugal continua abaixo da média.

O inquérito revela que, da população adulta no país, 30% são investidores, sendo a percentagem mais elevada nas cidades e zonas com maior densidade populacional, bem como entre pessoas com mais qualificações académicas. Também em termos de género há diferenças: as mulheres estão “subrepresentadas”, o que pode ser explicado por “menor apetite pelo risco” ou “menor nível de confiança nos próprios conhecimentos”.

“Em comparação com os homens, menos mulheres responderam corretamente às perguntas de educação financeira. No entanto, isso pode significar que estas tendem a avaliar os conhecimentos próprios de forma mais realista e não que têm baixa confiança de forma geral”, explica o estudo. “As mulheres tendem a confiar mais em pessoas que lhes são próximas no que diz respeito a tomada de decisões e informações, incluindo funcionários do banco ou familiares e amigos. Também negociam com menos frequência do que os homens e verificam o valor das suas carteiras com menos frequência”.

Inversão do mercado, mau aconselhamento ou azar explicam perdas

Entre quem não investe, há alguns que nunca o fizeram e outros que já o fizeram e deixaram. “Mais de um terço dos não-investidores que já o foram no passado indicam que a razão para não investirem em valores mobiliários é não confiarem nestes investimentos (37%) e não gostarem de assumir riscos (36%), enquanto um terço não tem conhecimentos suficientes sobre o assunto (30%)”.

Os investidores passados que perderam dinheiro nos mercados rejeitam quaisquer culpas: 62% considera que perdeu dinheiro por mudanças no mercado, 26% a mau aconselhamento e 13% a má sorte. Os não investidores que não querem investir veem falta de recursos (47%), falta de confiança (24%) e aversão ao risco (23%) como principais razões. Já quem nunca o fez, mas até consideraria, precisava de ter mais recursos (69% em todas as idades e 80% entre os jovens), mas também mais conhecimentos.

Neste momento, as decisões relativas a investimentos financeiros são principalmente influenciadas por terceiras pessoas. A principal fonte de informação das pessoas inquiridas são os funcionários de bancos (46%), seguidos de família e amigos (38%). Aliás, 42% dos que investem revelam que o fizeram por recomendação do banco ou de gestores de conta.

"A questão do risco parece ser um fator importante para a população portuguesa. Reconhecer o nível geral de aversão ao risco e, ao mesmo tempo, melhorar a compreensão das oportunidades por meio da diversificação e de outros benefícios do investimento pode ser incluído num programa.”

Financial literacy for investors in the securities market in Portugal

Após terem dado esse passo, as decisões de investimento são tomadas essencialmente por comparação, com 40% a dizer que considerou vários produtos antes de avançar com uma aquisição e a maioria destes a explicar que foi o banco que recomendou a escolha. Embora menos (eram 81% em 2015), ainda 75% das pessoas não lê os contratos antes de assinar.

“Há frequentemente um foco superior nos lucros face a outros aspetos. Olhando para uma série de declarações, 54% dos investidores preferiram investir numa empresa que com resultados positivos, em vez de investir noutra que está a minimizar o impacto no ambiente. A percentagem é comparativamente maior do que a registado entre não investidores (32%) e entre aqueles que nunca investiram (31%)”, refere.

CMVM vai usar recomendações para desenvolver programa de literacia

“Estes resultados ou conclusões listados acima servem para orientar a próxima parte do projeto sobre o apoio ao desenvolvimento de um projeto de programa de educação financeira para investidores e não investidores”, revela o relatório, que traz quatro recomendações preliminares para serem desenvolvidas e implementadas pelas autoridades portuguesas.

A primeira recomendação é que o programa possa ter como objetivo a melhoria do conhecimento, por exemplo, por meio da atualização e adaptação do material educacional existente sobre o mercado financeiro, visando a melhoria dos níveis de educação financeira. “A questão do risco parece ser um fator importante para a população portuguesa. Reconhecer o nível geral de aversão ao risco e, ao mesmo tempo, melhorar a compreensão das oportunidades por meio da diversificação e de outros benefícios do investimento pode ser incluído num programa”, aponta.

Em termos de conteúdos, o programa pode ter também como objetivo aumentar a consciência geral e o comportamento do mercado de valores mobiliários como oportunidade para uma oportunidade de economia consciente, mas também cobrindo aspetos como finanças sustentáveis.

Já no que diz respeito ao público-alvo, as recomendações referem que as ações poderiam ser cobertas para diferentes grupos específicos como mulheres ou jovens, além dos esforços para abordar a população em geral com um programa de educação financeira sobre investimento. Por último, recomenda que o seja vinculado a uma cooperação (mais forte) com outras organizações e instituições, como universidades.

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G20 quer acordo em julho sobre imposto mínimo global para multinacionais

  • Lusa
  • 25 Maio 2021

Os ministros das Finanças do G20 trabalham para chegar a um acordo sobre um imposto mínimo global para as multinacionais na reunião prevista para julho em Veneza, avança ministro da Economia italiano.

Os ministros das Finanças do G20 trabalham para chegar a um acordo sobre um imposto mínimo global para as multinacionais na reunião prevista para julho em Veneza, disse esta terça-feira o ministro da Economia e Finanças italiano, Daniele Franco.

“Como presidência italiana do G20 vamos nessa direção, o nosso objetivo é chegar a um acordo na reunião ministerial de julho, que vai estabelecer as linhas gerais”, explicou Franco num evento sobre finanças sustentáveis, organizado pela agência italiana Ansa.

Franco referia-se à proposta norte-americana de estabelecer a nível global uma taxa mínima de 15% para as grandes empresas, um assunto que também vai ser abordado pelos ministros das Finanças do G7 nos dias 04 e 05 de junho em Londres.

O ministro italiano reconheceu que alguns países “europeus e não europeus” podem querer uma solução diferente, talvez mais ambiciosa, mas admitiu que o facto de a administração liderada por Joe Biden ter avançado com a proposta “é muito importante”.

Na semana passada, o Tesouro norte-americano formalizou a proposta de acordo para um imposto mínimo global para as empresas de pelo menos 15%, mas indicou que o valor é uma base para continuar as conversações com a ideia de poder ser alcançada uma taxa de imposto mais elevada.

Na ocasião, Franco também se referiu à economia global e argumentou que está a recuperar, mas ainda há “elementos de incerteza”, o que se deve, entre outros motivos, à evolução desigual da pandemia.

“No G20 há acordo para evitar uma interrupção prematura das políticas de apoio”, sustentou, ao mesmo tempo que se avança com outras medidas, como o imposto sobre o carbono para fomentar a transição ecológica e combater a crise climática.

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