Banca pode aproveitar pandemia para reduzir custos imobiliários e em consumíveis
"Bancos precisam de pensar de forma diferente sobre a transformação de custos; não apenas lidar com despesas discricionárias, mas considerar como deve ser uma base de custos futuros", diz EY.
O setor bancário pode aproveitar as circunstâncias relacionadas com a pandemia de Covid-19, como o teletrabalho e a banca eletrónica, para reduzir custos imobiliários e em consumíveis, de acordo com um relatório da consultora EY divulgado esta sexta-feira.
De acordo com o estudo “Conhecer os desafios ajuda a encontrar o caminho?”, a banca tem “a oportunidade de reduzir os custos imobiliários, e custos de consumíveis, mesmo que isso crie desafios noutras áreas, incluindo apoio à força de trabalho à distância, tecnologia, e experiência do cliente”.
Para a EY, “os bancos precisam de pensar de forma diferente sobre a transformação de custos; não apenas lidar com despesas discricionárias, mas considerar como deve ser uma base de custos futuros”.
“A eficiência nos custos é talvez um dos temas na vanguarda das preocupações dos banqueiros na Europa. A combinação de crescimento reduzido, margens baixas e uma oferta excessiva de serviços bancários, deixa o custo como principal alavanca que os bancos podem usar para melhorar a rentabilidade, de uma forma global”, entende a consultora.
No texto elaborado por Rita Costa, da EY, é afirmado que a consolidação na banca oferece “oportunidades de sinergias reais”.
“Embora as fusões transfronteiriças possam estar longe, mesmo com mais progressos na União Europeia Bancária, o apetite já está a aumentar para as fusões e aquisições no mercado”, de acordo com a consultora.
A EY antevê ainda que “haverá um maior enfoque por parte dos bancos sobre como podem ajudar a construir um mundo mais resistente e sustentável”, já que a pandemia “tem funcionado como um catalisador de mudança e intensificou o enfoque nesta área tanto por parte dos bancos, reguladores, como dos governos”.
Do lado dos clientes, a EY refere que a banca está a ser pressionada para “reverem, desenvolverem e inovarem nos seus produtos e serviços”, tanto a nível empresarial como particular.
Nas empresas, os clientes “estão a procurar apoio para reimaginar modelos de negócio, incluindo aconselhamento sobre parcerias industriais, prevenção de fraudes e cobertura de riscos”.
Já os clientes particulares “querem cada vez mais serviços de subscrição, seguros de rendimento e produtos de gestão de risco”.
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