A fibra ótica não chega à sua porta? Conheça as alternativas
Se não tem cobertura de fibra ótica em casa, existem alternativas que podem valer a pena explorar. Do 4G ao ADSL, passando pela internet por satélite, conheça outras opções.
Quase 90% das famílias portuguesas têm banda larga fixa em casa, mais de metade por fibra ótica. Porém, a tecnologia não chega a todo o lado. As operadoras têm vindo a investir na cobertura de norte a sul do país e ilhas, mas existem regiões onde a baixa rentabilidade inviabiliza o investimento privado.
O Governo está consciente do problema. Em maio, Pedro Nuno Santos, o ministro responsável pela pasta das infraestruturas, disse que se o país quer “atrair pessoas” para o interior e combater a desertificação, “todo o território tem de estar ligado com fibra ótica”.
A fibra ótica é o meio mais privilegiado para o acesso à internet. Mas não é o único. Desde logo, a rede móvel é uma alternativa. Assim como o acesso à internet via satélite. Se ainda não tem cobertura de fibra ótica na sua região, poderá querer conhecer estas alternativas.
Rede móvel 4G e 3G
A rede móvel é a alternativa mais óbvia aos acessos por fibra ótica. No caso concreto do mercado português, grande parte dos portugueses contratam pacotes de telecomunicações. Por isso, as operadoras costumam vender o acesso à internet via 4G apenas nas zonas onde só exista televisão via satélite.
Estes acessos caracterizam-se por velocidades até 40 Mbps, abaixo da velocidade da fibra, e dependem muito da zona específica em que se encontra o ponto de acesso.
Por exemplo, num dado sítio da casa, a cobertura pode ser bem melhor do que noutro. Mas esta forma de acesso tem uma vantagem: a instalação é rápida e não exige mais do que ligar o router à tomada elétrica. Se o aparelho está na cozinha e o Wi-Fi não chega à sala, basta desligar e ligar noutro local mais próximo.
No entanto, em algumas zonas do país, o acesso por 4G não é possível, por não haver cobertura de rede móvel de quarta geração. Nesses casos, a cobertura pode ser de 3G, mas é mais lenta e terá impacto nos débitos. Ou até inexistente.
Acesso ADSL
O velhinho ADSL não desapareceu por completo e pode ser uma alternativa para os casos em que não exista fibra e rede móvel. O acesso à internet via ADSL é feito por cabo, geralmente através da ficha do telefone fixo. Se usa telefone fixo em casa, não há problema: por norma, aplica-se um microfiltro que divide as duas ligações.
Aceder à internet via ADSL proporciona débitos de 24 Mbps. O “A” em ADSL significa “assimétrico”, o que significa que, neste tipo de acessos, a velocidade de download tende a ser superior à velocidade de upload.
É uma tecnologia mais cara, que algumas operadoras estão já a tentar descontinuar. Um pacote triple play de ADSL pode chegar a custar 37,99 euros na Meo.
Acesso via satélite
No passado, nem valia a pena falar em aceder à internet via satélite. Mas os tempos são outros. A tecnologia está mais avançada e as velocidades de download podem chegar aos 100 Mbps por segundo.
O problema é sempre o upload. Como é mais complicado fazer com que o sinal chegue ao espaço, o débito é sempre inferior a 6 Mbps no envio de informação.
Nem por isso estas ofertas deixam de ser uma alternativa à fibra. Aliás, em abril, a Anacom emitiu um comunicado para destacar que existem várias empresas a prestar este tipo de serviço no mercado português, podendo ser uma opção para as zonas onde não há cobertura de redes terrestres de nova geração.
Existem ofertas com vários preços e feitios. Umas exigem a instalação por técnicos, outras permitem que seja o cliente a fazer tudo. Mas terá de optar por empresas com nomes pouco conhecidos para o português comum: Eutelsat (Konnect), Greenmill (Tooway), Nextweb (Onesat) e Satélite da Sabedoria (Bigblu) são algumas delas.
Além disso, se quiser esperar mais um pouco, é público que Elon Musk, patrão da Tesla, criou em Portugal a empresa SXPT, para fornecer no país o serviço de internet por satélite da Starlink.
Em breve: rede 5G
A Anacom está a vender às operadoras as licenças que vão permitir lançar o 5G em Portugal. Espera-se que venha a substituir o 4G e, quiçá, até a própria fibra. Mas o país e a Lituânia são os dois únicos da União Europeia que ainda não têm ofertas comerciais de quinta geração.
Ainda não há data para o lançamento do 5G — espera-se que seja “em breve”. Mas as operadoras vão estar sujeitas a obrigações de cobertura, que poderão fazer com que a rede de quinta geração, no futuro, chegue a algumas zonas onde ainda não exista cobertura de nenhuma outra alternativa.
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