Mês de julho foi o segundo mais quente na Europa desde que há registos

  • Lusa
  • 5 Agosto 2021

Ainda assim, o mês de julho foi um pouco mais frio do que a média de 1991-2020 na zona que vai de Portugal à Alemanha.

O mês de julho deste ano foi o segundo mais quente na Europa desde que há registos, indica o boletim mensal sobre o clima publicado esta quinta-feira pelo Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas do programa Copernicus (C3S), da União Europeia.

Ao mesmo tempo foram registadas precipitações muito superiores à média, no mesmo mês, nas zonas ocidentais da Europa central. A zona oriental teve, ao contrário, “condições predominantemente secas”, segundo o documento.

A nível mundial julho de 2021 foi, em conjunto com o mesmo mês de 2020, o terceiro julho mais quente registado, ligeiramente mais frio (menos de 0,1 graus celsius) do que os julhos de 2019 e 2016.

O mês passado foi em particular “consideravelmente mais quente” do que a média na maior parte do norte e este da Europa. A temperatura geral esteve muito acima da média de 1991-2020 na região do Mar Báltico.

Helsínquia (capital da Finlândia) teve o segundo julho mais quente depois de 2010. Na Irlanda do Norte bateu-se o recorde histórico de temperatura máxima diária e as temperaturas também estiveram muito acima da média a este da Islândia e em zonas da Groenlândia.

Ao contrário, o mês foi um pouco mais frio do que a média de 1991-2020 na zona que vai de Portugal à Alemanha e em zonas do noroeste da Rússia. No Ártico a extensão de gelo marinho foi a segunda mais pequena de julho. Mas a extensão de gelo marinho antártico esteve acima da média geral.

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Paulo Leite ainda não desistiu da Groundforce e fala em “novo rumo”

Ex-CEO da Groundforce diz que a decisão do tribunal demonstra que "não há caminho para Casimiro" na Groundforce. Abre um "rumo" para a empresa, mas é preciso capital. E Paulo Leite diz que tem.

A Groundforce foi declarada insolvente. Paulo Neto Leite, ex-CEO da Groundforce, considera que a decisão do Juízo de Comércio do Tribunal da Comarca de Lisboa vem demonstrar que “não há caminho para Alfredo Casimiro”. Diz, em declarações ao ECO, que fica “feliz” por a empresa de handling estar a ter um rumo, lembrando a importância que tem para o país. E que ainda pode ser parte da solução para a Groundforce, embora “haja opções que outros preferem”.

“Quando a TAP avançou com o pedido de insolvência, aquele era o retrato” da empresa de handling, que tinha dívidas avultadas. Mas alerta que “fez-se uma fotografia no pior momento”, salientando que o retrato foi em maio, antes daqueles que habitualmente são os melhores meses para o negócio da Groundforce. Diz que já foram pagos os montantes em dívida à TAP, mas também à ANA.

Neste sentido, diz que este “processo não acabou” com a decisão do tribunal. Lembra que Alfredo Casimiro já disse que vai recorrer, ainda que o recurso não tenha efeitos suspensivos da decisão, mas admite estar “feliz” que a empresa “esteja a ter um rumo e um fim”. E nota que “não há caminho para Alfredo Casimiro”.

O importante é que haja uma solução” para a companhia, diz Neto Leite, lembrando que esta “é uma empresa fundamental para o setor — 67% dos passageiros que aterram em Lisboa são atendidos pela Groundforce”. E admite vir, ainda, a fazer parte da solução, apesar do processo de insolvência que retira poder ao Montepio, que tinha penhor sobre os 50,1% da Pasogal na Groundforce, com quem o empresário tem estado a negociar.

"Há soluções em cima da mesa, e há opções que outros preferem. Entendo que todos queiram um player internacional [para a Groundforce].”

Paulo Neto Leite

Empresário

Neto Leite reconhece que com a insolvência a empresa “deixa de ser dos acionistas, passa a ser dos credores”, mas lembra que será necessário capitalizá-la. E diz que tem capital para isso. Afirma que a solução que encabeça “tem capital” e “tem o apoio dos trabalhadores”, que nos últimos meses viveram momentos de aflição, com salários em dúvida ou pagos a prestações.

“Há soluções em cima da mesa. E há opções que outros preferem”, atira. “Entendo que todos queiram um player internacional” para tomar conta da Groundforce, até porque “ninguém vai apontar o dedo a ninguém se daqui a um ano correr mal com uma Swissport”. Mas lembra que com o contrato de concessão existente, que tem um ano de validade, uma “empresa internacional não vai querer”.Só estendendo o contrato” será atrativo.

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Portugal é o 3.º país da zona euro com menos capital de risco nas empresas

  • Lusa
  • 5 Agosto 2021

Em 2020 o capital privado em empresas portuguesas pesou 0,026% do Produto Interno Bruto português. Com piores resultados ficaram apenas Grécia e Roménia.

Portugal é o terceiro país de 26 europeus com menos capital de risco nas empresas, segundo um estudo da Invest Europe, divulgado pela Associação Portuguesa de Capital de Risco, que considera que este é dos principais problemas da economia portuguesa.

Segundo o estudo da Invest Europe (associação europeia que representa os setores de ‘private equity’ e capital de risco), em 2020 o capital privado em empresas portuguesas pesou apenas 0,026% do Produto Interno Bruto (PIB) português. Com piores resultados ficaram apenas Grécia e Roménia.

Segundo a associação, este é um dos principais problemas da economia portuguesa, estando o crescimento da economia portuguesa “prejudicado por não ter uma aplicação de capitais privados nas empresas suficiente para promover a reestruturação de pequenas e médias empresas, para desenvolver ‘startups’ inovadoras ou dar condições a empresas sólidas para aumentarem as suas exportações e os contratos internacionais”.

“A anemia da nossa economia passa por aqui”, afirmou o presidente da Associação Portuguesa de Capital de Risco, Luís Santos Carvalho, citado em comunicado, defendendo ainda que Governo e parlamento reduzam os entraves que impedem os investidores institucionais de pôr mais capital nas empresas.

Questionada pela Lusa sobre que medidas defende, a APCRI disse que seria importante uma mudança regulatória nos investimentos de fundos de pensões e seguradoras de modo que não penalizem os seus rácios de capital. Com a mudança, essas entidades poderiam investir mais em empresas.

“Estas entidades são investidores naturais em ‘private equity’ e ‘venture capital’ em grande parte da Europa. Acontece que em Portugal, com o atual enquadramento, é-lhes exigido que qualquer investimento nesta classe de ativos seja contabilizado como capital perdido, pressionando assim os seus rácios de capital. Bastaria uma mudança simples nesta matéria regulatória para ter mais parceiros de investimento”, defende a APCRI.

A associação afirmou ainda que o Estado só deveria investir em empresas em que os privados também investissem, pois isso também significaria que se trata de empresas viáveis.

“Esta é uma medida simples, de coinvestimento, que não só alavanca o esforço público como introduz a capacidade de seleção que o Estado compreensivelmente não tem”, segundo a APCRI.

Segundo a APCRI, os 0,026% do PIB que representou o investimento de ‘private equity’ nas empresas portuguesas, foi, em proporção, 13 vezes inferior ao capital investido nas empresas de Espanha (0,358% do PIB) e 19 vezes menos do que a média europeia (0,512%). No Reino Unido, o capital privado investido nas empresas foi 1,394% do PIB, proporcionalmente 53 vezes superior ao registado em Portugal.

A associação diz ainda que a falta de capitalização das empresas faz com que, em Portugal, dois terços dos balanços sejam compostos por dívida e apenas um terço por capitais próprios. Na Alemanha, acrescentam, a proporção é exatamente a oposta.

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Moody’s compra líder de modelação de risco por 1,68 mil milhões de euros

  • ECO Seguros
  • 5 Agosto 2021

Com a aquisição da RMS, especialista em soluções para (re)seguros gerais, a Moody’s prevê impulsionar as receitas do seu negócio de data analytics até cerca de 500 milhões de dólares.

A Moody’s Corporation, companhia norte-americana mais conhecida pela unidade de notação financeira (Moody’s Investors), acordou a compra da RMS, líder global em modelação de risco, por 1 425 milhões de libras esterlinas (1 675 milhões de euros ou 2 mil milhões de dólares), em dinheiro.

Com a aquisição da RMS, uma tecnológica SaaS (Software-as-a-Service) cuja carteira inclui mais de 400 modelos de risco cobrindo 120 países, a Moody’s concretiza manobra estratégica para ascender a uma posição de liderança na avaliação integrada de risco, salienta um comunicado.

Desde 1998 pertença do grupo editorial britânico Daily Mail and General Trust Plc (DMGT), a Risk Management Solutions (RMS) é uma empresa com 30 anos que desde a origem, na Universidade de Stanford, constrói e distribui – à indústria de (re)seguros, governos e empresas – software de modelação e análise de biliões de dados para gestão de riscos de catástrofes naturais, eventos climáticos extremos e outros, como a crescente ameaça de ciberataques.

A plataforma Risk Intelligence, uma das primeiras no mundo a integrar cientistas de data analytics no desenvolvimento de soluções de modelação de risco de catástrofes, consolidou a RMS como uma das SaaS líderes do setor.

A integração na Moddy’s “é excecional para a RMS e os seus clientes”, considerou a CEO da RMS. “Os riscos globais são agora mais complexos, interligados e sistémicos. As alterações climáticas e os eventos catastróficos como eventos meteorológicos extremos, pandemias e ciberataques têm impactos mais amplos e mais prejudiciais em praticamente todas as indústrias.,” complementou Karen White.

Confiando que a aquisição garante incremento no potencial de negócio da plataforma Moody’s Analytics, ajudando a melhorar resiliência dos seus clientes, a adquirente conta que o negócio esteja concluído até final de setembro de 2021 e adianta que, para o exercício fiscal com termo precisamente em setembro, a RMS deverá gerar 320 milhões de dólares em receitas e lucro operacional ajustado de 55 milhões de dólares.

A venda da RMS, que desde 2018 é dirigida por Karen White, era uma das pré-condições colocadas pela família Rothermere – fundadora e ainda principal acionista do grupo britânico (com 28% do capital da DMGT) – para concretizar um plano que pretende transformar o grupo presidido por Jonathan Harmsworth, visconde de Rothermere.

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Messi está de saída do Barcelona

  • Carolina Bento
  • 5 Agosto 2021

Lionel Messi não vai continuar na equipa do FC Barcelona, revela o clube espanhol em comunicado.

“Obstáculos económicos e estruturais” determinaram a saída do argentino Lionel Messi do FC Barcelona, refere o clube espanhol em comunicado, divulgado esta quinta-feira. Estas barreiras estão ligadas às regras da LaLiga que limitam o dinheiro que o clube pode gastar.

O pai e representante do jogador, Jorge Messi, esteve presente esta quinta-feira em Barcelona para assinar o décimo contrato do filho com o clube espanhol mas, esta tarde, foi anunciado que Lionel Messi não iria continuar a sua carreira no FC Barcelona.

Embora tenha sido alcançado um acordo entre o FC Barcelona e Leo Messi e com a clara intenção de ambas as partes de assinarem hoje um novo contrato, não será possível formalizá-lo devido a obstáculos económicos e estruturais (regulamento da Liga Espanhola)“, explica o clube, em comunicado. Devido a estas regras, o jogador tinha aceitado que o seu salário fosse reduzido para metade, no qual 20 milhões seriam pagos na primeira temporada. Em troca, o clube assinaria com o jogador para as próximas cinco temporadas, segundo o mesmo jornal.

Esta notícia surge na mesma semana do investimento do CVC na LaLiga, perante o qual o FC Barcelona se mostrou cético. “Trata-se de vender os direitos de TV por 40 anos. Não sabemos se estaremos na Superliga ou onde estaremos”, referem fontes do clube, citadas pelo jornal espanhol El País (acesso livre, em espanhol).

“Diante desta situação, Lionel Messi não permanecerá vinculado ao FC Barcelona. Ambos os lados lamentam profundamente que, no final, os desejos do jogador e do clube não possam ser atendidos. O Barça agradece ao jogador o seu contributo para a expansão da instituição e deseja-lhe o melhor na sua vida pessoal e profissional”, lê-se no comunicado. Messi esteve 20 anos no FC Barcelona, o único clube para o qual jogou.

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Apoio ao salário mínimo custou metade do que o Governo previa

O pagamento do apoio desenhado para compensar os empregadores pela subida do salário mínimo já foi processado. Custou mais de 33 milhões. Governo previa gastar 60 milhões ou "talvez um pouco mais".

O apoio excecional desenhado para compensar os empregadores pela subida do salário mínimo em plena pandemia já está na fase de pagamento. Segundo indicou ao ECO fonte do Ministério da Economia, já foram processadas transferências para 80.407 empresas, estando em causa mais de 33 milhões de euros. Em maio, Pedro Siza Vieira tinha avançado que esta medida deveria custar cerca de 60 milhões de euros.

“Os pagamentos da compensação à atualização do salário mínimo já foram processados, abrangendo 80.407 empresas, num total superior a 33 milhões de euros”, adiantou fonte do Ministério da Economia, detalhando que agora apenas estão pendentes (ou seja, não foram processados) os pagamentos relativos a processos que estão dependentes de confirmação do IBAN ou da regularização da situação contributiva ou tributária.

Em julho, Pedro Siza Vieira avançou, em declarações aos jornalistas, que cerca de 96 mil empresas pediram este apoio, o que significa que — se todas essas requerentes tiverem efetivamente direito à compensação — devem agora estar pendentes os pagamentos relativos a mais de 15 mil empregadores.

Por outro lado, em maio, em entrevista ao Público, o ministro da Economia indicou que o Governo previa gastar “cerca de 60 milhões de euros, talvez um pouco mais” com esta medida. Os dados agora conhecidos mostram, assim, que esta compensação acabou por custar pouco mais de metade do inicialmente projetado. No entanto, como ainda há processos pendentes, o valor em causa pode vir a ser revisto em alta.

Esta compensação ao aumento do valor da retribuição mínima mensal destina-se aos empregadores e pessoas singulares que tenham um ou mais trabalhadores a receberem hoje o salário mínimo nacional (665 euros) e cuja remuneração, em dezembro de 2020, tenha sido igual ou superior a 635 euros, mas inferior a 665 euros.

O apoio — cuja pagamento é da responsabilidade do IAPMEI e do Turismo de Portugal — varia entre 42,25 euros e 84,5 euros. No caso da remuneração base declarada em dezembro ter sido 635 euros, o subsídio pecuniário para as empresas é de 84,5 euros por trabalhador. Já se a remuneração tiver sido, nesse mês, superior a 635 euros, mas inferior a 665 euros, o subsídio é de 42,25 euros por trabalhador.

As empresas interessadas nesta compensação tiveram de se registar numa plataforma desenhada especificamente para este fim até 9 de julho. Segundo alertou a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), várias empresas não estavam, no entanto, a conseguir fazer esse registo e pedir a compensação por estar a enfrentarem diversos “constrangimentos” na referida plataforma, nomeadamente a “não consideração da totalidade dos trabalhadores abrangidos por esta medida, a exclusão de empresas que cumprem com todos os requisitos, bem como a exclusão de trabalhadores por faltas ao trabalho em dezembro 2020, por motivos alheios à empresa”.

Este apoio foi desenhado para ser pago numa só vez, não sendo repetível, nem abrindo precedente, ou seja, não voltará a ser disponibilizado em 2022, mesmo que a remuneração mínima garantida volte a subir.

O salário mínimo nacional aumentou, em 2021, para 665 euros mensais. De acordo com a informação partilhada pelo Governo com os parceiros sociais, 21,2% dos trabalhadores portugueses recebem hoje a retribuição mínima garantida.

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Negócio das encomendas leva CTT de prejuízos a lucros de 17,2 milhões no semestre

Os CTT melhoraram de forma expressiva o resultado líquido do semestre, passando de prejuízos de 2 milhões para lucros de 17,2 milhões de euros até junho de 2021.

O resultado líquido dos CTT CTT 0,00% disparou na primeira metade do ano, passando de prejuízos de 2 milhões de euros no primeiro semestre de 2020 para lucros de 17,2 milhões de euros no primeiro semestre de 2021. O grupo registou um crescimento generalizado nas várias rubricas de receita, especialmente a do negócio de Expresso e Encomendas.

Num comunicado com os resultados semestrais, a empresa presidida por João Bento explica que esta melhoria foi impulsionada “principalmente pelo crescimento no EBIT [lucro antes de juros e impostos] recorrente”, que se multiplicou por cinco no semestre, para 28,7 milhões de euros. Mas o resultado líquido também inclui um efeito não recorrente no valor de 2,3 milhões de euros.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) dos CTT, por sua vez, cresceu 60,6% no semestre, para 57,3 milhões de euros.

Do lado dos rendimentos operacionais, estes aumentaram 18,2% como um todo, para 412,8 milhões de euros. O correio, o principal negócio do grupo, cresceu 6,6%, para 216,1 milhões de euros em receitas, à boleia do aumento dos rendimentos com o correio transacional, “cuja receita beneficiou do aumento do contributo dos produtos de maior valor acrescentado” e maior valor unitário”.

Mas foram as receitas de Expresso e Encomendas que mais cresceram semestralmente. Aumentaram 47,8% entre o primeiro semestre de 2020 e o primeiro semestre de 2021, para 125,8 milhões de euros, o que já é mais de metade das receitas do correio. A empresa ressalva que este segmento “continua a atingir novos máximos de rendimentos no semestre, impulsionados pelo forte desempenho da região ibérica”, sobretudo Espanha, que já representa 45,5% das receitas deste segmento.

Os resultados dos Correios no primeiro semestre “são bons” e “em linha com a rota de crescimento da receita e de rentabilidade”, disse à Lusa o presidente executivo dos CTT, João Bento, antes de acrescentar que a empresa continuou a “contribuir para o crescimento do ‘ecommerce’ em Portugal e com isso a conseguir que a área de Expresso esteja a crescer bastante” no mercado nacional.

Quanto ao Banco CTT, os rendimentos operacionais aumentaram 19%, para 45,7 milhões de euros, com o contributo positivo do crescimento da margem financeira, que atingiu 25,7 milhões, mais 20,4% do que na primeira metade de 2020.

“De facto, o nosso portfólio de negócios hoje em dia, versus ao que era há uns anos, tem um pendor muito mais em áreas que tem forte crescimento, que é o banco e o Expresso, com crescimentos muito significativos, acima de 10%, e o correio, sendo menos significativo, também tem tido uma ‘performance’ de alguma resiliência, o que tem ajudado”, reforçou o administrador financeiro, Guy Pacheco, em declarações à Lusa.

A instituição bancária conseguiu, no primeiro semestre, 2 milhões de euros com juros do crédito ao consumo (+12,4%). A empresa tem uma carteira de crédito automóvel e leasing, líquida de imparidades, de 602,3 milhões de euros, um aumento de 6,1%. No crédito à habitação, os juros obtidos estabilizaram face ao ano passado, mas a carteira aumentou 7,5% face a dezembro do ano passado, para 564 milhões de euros.

Por fim, no que toca aos serviços financeiros e retalho, os CTT geraram rendimentos operacionais de 23,7 milhões de euros, um crescimento de 10,3% face ao semestre homólogo.

Do lado das despesas, os CTT registaram gastos operacionais nos seis meses no valor de 381,1 milhões de euros, um agravamento de 37,5 milhões de euros (10,9%). A pressionar esteve, sobretudo, os gastos com fornecimentos e serviços técnicos, mas também mais gastos com pessoal.

A 30 de junho de 2021, os CTT tinham uma dívida líquida de 61,7 milhões de euros. Encolheu 9,8 milhões face a 31 de dezembro de 2020.

Nova concessão chega antes do fim do ano, acreditam os CTT

No comunicado, os CTT mostram-se confiantes de que o novo contrato de concessão do serviço postal universal será negociado com o Estado com sucesso antes do fim do ano.

“Na sequência dos desenvolvimentos recentes do processo conducente ao novo contrato de concessão, reafirmamos a confiança de que o mesmo será formalizado dentro do prazo da prorrogação em vigor”, lê-se no comunicado.

Os CTT estão ainda confiantes de que o novo contrato terá objetivos mais leves do que o atual, apesar de a Anacom os querer apertar ainda mais. “Tal deverá melhorar a capacidade de os CTT cumprirem as obrigações do serviço universal num enquadramento mais sustentável”, lê-se no documento.

(Notícia atualizada pela última vez às 21h57, com declarações do CEO e CFO dos CTT)

Evolução das ações dos CTT em Lisboa:

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SATA única concorrente às rotas açorianas interilhas

  • Lusa
  • 5 Agosto 2021

O concurso público em que a SATA foi a única concorrente a apresentar uma proposta prevê um contrato de cinco anos, “pelo valor máximo de 140.000.000 de euros”.

A SATA foi a única empresa a concorrer ao contrato de concessão do serviço público de transporte aéreo regular interilhas nos Açores, anunciou esta quinta-feira o Governo Regional.

A SATA, segundo uma nota de imprensa do executivo açoriano, apresentou uma proposta de 139.999.590,00 euros para os cinco anos do contrato.

“Decorrido o prazo para apresentação das propostas, que terminou quarta-feira às 23:59 [hora de Lisboa], apenas a SATA Air Açores – Sociedade Açoriana de Transportes Aéreos, S.A., apresentou proposta, apesar de cinco empresas se terem mostrado interessadas no procedimento”, é referido na nota.

Após esta fase, caberá ao júri analisar a proposta apresentada pela SATA e submeter ao secretário Regional dos Transportes, Turismo e Energia, Mário Mota Borges, um “relatório fundamentado para efeitos de adjudicação”.

Em 02 de junho de 2021, foi publicada no Jornal Oficial uma resolução do Conselho do Governo sobre o contrato de concessão celebrado entre a região e a SATA em 01 de outubro de 2020, após o termo do contrato anterior.

Segundo a resolução, com o surgimento da pandemia de Covid-19 e face ao “enorme impacto no setor aeronáutico e no mundo em geral, e a impossibilidade de antever a totalidade das consequências desse impacto”, foi celebrado em 01 de outubro de 2020 entre a região e a SATA Air Açores, mediante ajuste direto, um contrato de concessão do serviço público aéreo regular interilhas, por um período de seis meses.

O ajuste direto foi fundamentado com a “situação de urgência resultante da necessidade de assegurar a continuidade da existência de serviços aéreos regulares interilhas, mantendo-se os moldes em que a prestação de serviços vinha sendo prestada”

Posteriormente, devido à continuação da pandemia e também à realização das eleições regionais, foi celebrado um segundo ajuste direto, por seis meses, com início em 01 de abril de 2021.

O concurso público em que a SATA foi a única concorrente a apresentar uma proposta prevê um contrato de cinco anos, “pelo valor máximo de 140.000.000 de euros”.

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Portugal recebe mais 1,2 milhões de vacinas adicionais em agosto

Este mês, Portugal espera receber mais 1,2 milhões de doses de vacinas extra contra a Covid-19. Desde o início da campanha de vacinação, já foram administradas 12 milhões de doses no continental.

Portugal espera receber mais de 1,2 milhões doses de vacinas adicionais, durante o mês de agosto, que se vão juntar às 1,6 milhões de doses inicialmente previstas, anunciou esta quinta-feira o Ministério da Saúde.

Desde o arranque da campanha de vacinação contra a Covid-19, já foram administradas 12 milhões de doses de vacinas em Portugal Continental, “permitiram vacinar mais de 6,8 milhões de pessoas, pelo menos com uma dose, das quais mais de 6,1 milhões têm o esquema vacinal completo”, informa o gabinete de Marta Temido, em comunicado.

O Ministério da Saúde destaca “o marco”, assinalando que este só foi possível devido ao “compromisso de todos os envolvidos no processo”, que vão desde os profissionais de saúde às forças de segurança, passando pelas autarquias, mas também do Governo na negociação com as farmacêuticas e os Estados-Membros, no que toca à entrega de vacinas adicionais àquelas que já estavam contratualizadas.

Nesse contexto, a tutela informa ainda que Portugal deverá receber “mais de 1,2 milhões de vacinas adicionais, durante o mês de agosto”, que se irão juntar às 1,6 milhões de doses já previstas e contratualizadas anteriormente.

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DGS atualizou regras para utilização dos transportes públicos

  • Lusa
  • 5 Agosto 2021

A DGS atualizou as regras para frequência dos transportes públicos no âmbito da Covid, estabelecendo, por exemplo, a lotação recomendada e medidas para o funcionamento da restauração nos comboios.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou esta quinta-feira as regras para frequência dos transportes públicos no âmbito da pandemia, estabelecendo, por exemplo, a lotação recomendada e medidas para o funcionamento da restauração nos comboios de longo curso.

O novo documento atualiza um outro publicado em maio de 2020 e surge uma semana depois de o Governo ter anunciado que a limitação de lotação nestes transportes deve terminar no início de setembro.

A DGS mantém que cada operadora de transporte público coletivo (terrestre, fluvial, marítimo e ferroviário) é responsável por determinar a lotação máxima preconizada para cada meio de transporte, embora reitere que a lotação recomendada para a utilização dos transportes coletivos onde o transporte se faça em lugares sentados e em pé é de dois terços da capacidade dos veículos, “mas com possibilidade de [este limite] ser ajustado caso sejam implementadas medidas de melhor controlo de transmissão de infeção”.

No entanto, “quando o transporte público coletivo é assegurado exclusivamente através de lugares sentados”, como acontece com os comboios de longo curso da CP Alfa Pendular ou intercidades, ou com os autocarros da Rede Expressos, por exemplo, “é permitida a utilização da lotação máxima nesses meios de transporte”, destacou a DGS no documento.

Reconhecendo que, “pelas suas características, os transportes podem ser locais de transmissão da infeção por SARS-CoV-2”, a DGS mantém as medidas preventivas que já estão em vigor, designadamente, o cumprimento de planos de contingência, da etiqueta respiratória, “de distanciamento físico mínimo entre pessoas, de uso adequado e obrigatório de máscara, de limpeza e de desinfeção de mãos e de superfícies e de arejamento de espaços”, e de limpeza e desinfeção de instalações sanitárias.

O consumo de alimentos e bebidas no interior dos meios de transporte “é desaconselhado”, e há uma exceção para a venda de alimentos nos transportes públicos ferroviários. Aqui, “a venda e consumo de bens alimentares deve ser efetuado em local próprio, identificado com a devida sinalética, que permita o distanciamento físico de dois metros entre pessoas não coabitantes, tal como o distanciamento entre mesas para consumo dos bens alimentares”, destaca a autoridade de saúde no documento, realçando que estes locais “devem cumprir com os procedimentos de limpeza e desinfeção”.

Cabe às empresas operadoras seguir recomendações de testagem dos seus trabalhadores, disponibilizar produtos de limpeza e desinfeção de superfícies pelos colaboradores e colocar produtos de desinfeção de mãos à entrada e saída dos veículos, em locais visíveis e acessíveis pelos utentes, assim como sinalizar os circuitos de entrada e saída.

Para o pagamento dos serviços, as empresas e os clientes devem preferir o uso de vias sem contacto, através da internet, de aplicações informáticas ou de cartões contactless.

Estas medidas também se aplicam, de uma forma geral, aos transportes públicos de uso individual, como táxis e veículos para transporte a partir de plataformas eletrónicas (TVDE).

Nestes casos, a DGS realça que as empresas devem fornecer aos colaboradores materiais de limpeza para as superfícies internas do veículo, que devem ser “preferencialmente de uso único”.

Além do uso de máscaras e das etiquetas de higiene, em táxis e TVDE “os passageiros devem ser transportados apenas nos bancos traseiros”, sempre que possível as bagagens devem ser colocadas pelo cliente na bagageira, e, “se possível”, manter as janelas abertas durante o transporte, “para promover o arejamento adequado do espaço interior do veículo”.

A DGS relembrou ainda que os fatores associados ao aumento do risco de transmissibilidade e infeção nos transportes públicos “são a exposição prolongada, contacto próximo entre utilizadores e a ausência ou ventilação inadequada do espaço físico fechado”.

Na semana passada, o Governo anunciou que a limitação de lotação dos transportes públicos deve terminar no início de setembro, enquadrando-se numa segunda fase de alívio das restrições para controlar a pandemia, aplicada em função da vacinação contra a Covid-19, que deve então atingir os 70% da população com vacinação completa.

No âmbito do plano de desconfinamento, desde 10 de junho que os transportes públicos podem circular com lotação de dois terços ou com a totalidade da lotação no caso de terem exclusivamente lugares sentados (táxis e viaturas de transporte em veículos descaracterizados a partir de plataformas eletrónicas – TVDE – com lotação limitada aos bancos traseiros).

A informação sobre o plano de desconfinamento do Governo no âmbito da pandemia de covid-19 está disponível em https://covid19estamoson.gov.pt/.

A pandemia de covid-19 fez pelo menos 4.247.424 mortos em todo o mundo, entre mais de 200,1 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, desde que a OMS detetou a doença na China em finais de dezembro de 2019, segundo o balanço da AFP com base em dados oficiais.

Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.422 pessoas e foram registados 979.987 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.

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“Há abertura das empresas” para receber trabalhadores da Dielmar. Mas prioridade é continuar a trabalhar, diz autarca

Os esforços estão a ser concentrados em encontrar uma solução e que a Dielmar volte ao trabalho com os mesmos colaboradores. Ainda assim, se for necessário, há abertura para recolocar trabalhadores.

O presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, José Alves, garante que, “se for necessário, há abertura” das empresas do concelho para recolocar os 300 trabalhadores da Dielmar. No entanto, sublinha, ao ECO, que a prioridade neste momento é ter a empresa a trabalhar, com os mesmos colaboradores.

Atualmente, está a ser colocado “todo o esforço no sentido” de ter a Dielmar a trabalhar, com os mesmos colaboradores, sendo que a empresa é das maiores empregadoras da região. Já “se eventualmente acontecer uma situação em que a fábrica não possa laborar, aí teremos que jogar na antecipação”, admitiu o autarca.

Os contactos “foram feitos no concelho e não para a mesma área”, detalhou José Alves. O Sindicato Têxtil da Beira Baixa já sinalizou que “não existe essa capacidade” das empresas da região receberem os trabalhadores, mas o autarca defende que “se for necessário, há abertura” por parte das empresas.

Neste momento, o ponto de situação da empresa continua sensivelmente o mesmo, sendo que “agora há todo um trabalho a fazer”. “O tempo da administração da Dielmar já terminou. Agora é tempo do administrador da insolvência, Governo e Câmara Municipal”, reiterou o autarca. Depois de mais uma reunião com o Ministério da Economia, a visão é a mesma, ter a Dielmar a trabalhar, assegurou.

O presidente da Câmara garante que está a ser feito o acompanhamento da situação da empresa, sendo que estão tomar lugar reuniões com entidades “que devem contribuir”, na procura de uma solução.

Depois do pedido de insolvência, o Juízo de Comércio do Tribunal Judicial da Comarca de Castelo Branco declarou insolvente a Dielmar. O anúncio da sentença de declaração de insolvência foi publicado dia 3 de agosto e qualquer credor tem 30 dias para reclamar os créditos.

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Encargos com Parcerias Público-Privadas aumentam 8 milhões de euros no 1.º semestre

  • Lusa
  • 5 Agosto 2021

O aumento deveu-se, sobretudo, ao setor rodoviário, já que "os encargos líquidos aumentaram 86 milhões de euros (+13,8%) no 1.º semestre de 2020, face ao período homólogo".

Os encargos do Estado com Parcerias Público-Privadas (PPP) aumentaram oito milhões de euros no primeiro semestre de 2020, sobretudo devido ao setor rodoviário, segundo a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO).

“No primeiro semestre de 2020 os encargos líquidos com PPP ascenderam a 868 ME [milhões de euros], tendo registado um acréscimo homóloga de 8,0 ME (+0,9%)”, pode ler-se num relatório da UTAO acerca das parcerias público-privadas de 2020, divulgado esta quinta-feira.

Nos primeiros seis meses do ano passado, “o volume de encargos líquidos globais com todas as PPP ficou acima do duodécimo correspondente a metade do ano, tendo-se executado 59,7% da dotação orçamental prevista”. O aumento deveu-se, sobretudo, ao setor rodoviário, já que “os encargos líquidos aumentaram 86 ME (+13,8%) no 1.º semestre de 2020, face ao período homólogo”.

“O aumento dos encargos líquidos no setor rodoviário ficou a dever-se ao crescimento dos encargos brutos em 6,3% e à diminuição da receita de portagens em 21,1%”, refere a UTAO acerca dos primeiros seis meses do ano passado, influenciados pelo confinamento devido à pandemia de covid-19.

No que diz respeito a outros setores, “os encargos com as parcerias no setor da saúde ascenderam a 151 ME, registando-se uma redução homóloga de 33,7% (– 77 ME)”.

Na saúde, tratou-se de uma redução “superior à prevista na POE/2020 para o conjunto do ano e ficou a dever-se ao efeito combinado da diminuição dos encargos com as Entidades Gestoras dos Estabelecimentos Hospitalares (componente clínica) em 36,2% (diminuição de 73 ME), e da redução dos encargos com as Entidades Gestoras dos Edifícios Hospitalares em 13,6% (diminuição de 3,0 ME)”.

Quanto ao setor ferroviário, as PPP também registaram uma redução homóloga no primeiro semestre do ano passado, “em resultado da diminuição dos pagamentos à Subconcessionária do Metro do Porto (– 13,2%) e à Concessionária do Metro Sul do Tejo (– 12,0%).”

As PPP portuárias também passaram a integrar a análise da UTAO, que destaca que “no primeiro semestre de 2020 as Administrações Portuárias registaram uma receita com as PPP deste setor de 13,6 ME, uma diminuição homóloga de 10,6% (– 1,6 ME)”.

No total do ano, segundo a Conta Geral do Estado (CGE), os encargos públicos com PPP “ascenderam a 1.475,3 milhões de euros, situando-se 0,5% (7,7 milhões de euros) abaixo do montante estimado no Relatório do Orçamento do Estado para 2020 (Relatório do OE2020)”. Nos setores rodoviários e ferroviários registou-se uma redução face ao valor orçamentado em 3,6 milhões de euros e 7,2 milhões de euros, respetivamente.

“No que se refere ao setor da saúde, é de registar um incremento de 1% (3,1 milhões de euros) face ao Relatório do OE2020, essencialmente concentrado nas Entidades Gestoras do Estabelecimento (EGEst)”, de acordo com a Conta Geral do Estado.

Quanto à comparação com o ano de 2019, “os encargos líquidos com as parcerias do setor rodoviário ascenderam, em 2020, a 1.110,3 milhões de euros, o que representou um aumento de 69,4 milhões de euros (6,7%) face ao ano anterior”.

No setor ferroviário, “o valor dos encargos incorridos pelo parceiro público, em 2020, foi de 47,2 milhões de euros, montante inferior ao registado no ano anterior”. O setor da saúde “apresentou uma redução de 109,8 milhões de euros (25,7%) dos encargos incorridos com as respetivas parcerias, os quais ascenderam, em 2020, a 317,7 milhões de euros”.

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