Sindicato interpõe providência cautelar para suspender despedimento coletivo na TAP

  • Joana Abrantes Gomes
  • 5 Agosto 2021

A providência cautelar do sindicato deu entrada no Juízo do Trabalho de Loures a 2 de agosto, sendo que a audiência final deverá ter lugar no prazo de 15 dias pela "natureza urgente" do processo.

O Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves (Sitema) interpôs uma providência cautelar para suspender o despedimento coletivo de trabalhadores da TAP seus associados, que deu entrada no Juízo do Trabalho de Loures, em 02 de agosto, foi anunciado esta quinta-feira.

“O Sitema – Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves – avança para a primeira fase da disputa judicial com a TAP, através da interposição de uma providência cautelar que visa a suspensão de despedimento coletivo dos associados do Sitema”, informou a estrutura sindical, em comunicado.

O sindicato dá ainda conta de que “a providência cautelar deu entrada no Juízo do Trabalho de Loures no dia 02 de agosto, aguardando-se a todo o momento a designação da data para a audiência final, que deverá ter lugar no prazo de 15 dias a contar da data da sua entrada, por se tratar de um processo de natureza urgente”.

A TAP iniciou em 26 de julho um processo de despedimento coletivo de 124 trabalhadores, que abrange 35 pilotos, 28 tripulantes de cabina, 38 trabalhadores da manutenção e engenharia e 23 funcionários da sede.

O despedimento coletivo abrange sete associados do Sitema.

“Além da providência cautelar para travar o despedimento coletivo fundamentada no incumprimento, por parte da TAP, do Acordo Temporário de Emergência, o Sitema pode ainda recorrer a outras vias legais, tendo em conta a situação específica de cada trabalhador associado deste sindicato e envolvido no processo de despedimento coletivo”, acrescentou o sindicato.

O Sitema defende que a inclusão de técnicos de manutenção de aeronaves no despedimento coletivo “viola o Acordo Temporário de Emergência celebrado entre ambas as partes a 06 de Fevereiro de 2021”, em particular no que diz respeito à cláusula que define que aqueles profissionais “aceitaram uma redução extraordinária do período normal de trabalho”, além da redução de 25% da remuneração, “a troco da garantia, assumida livremente e de boa fé pela TAP, da salvaguarda dos postos de trabalho dos associados do Sitema”.

“Quando negociámos o Acordo Temporário de Emergência o nosso objetivo não era só ter um acordo assinado. Negociámos, num processo muito exigente, uma metodologia que nos retira vencimento para salvaguardar postos de trabalho e para permitir que a empresa possa sobreviver. Fizemo-lo de boa-fé”, referiu, na mesma nota, o presidente do Sitema, Paulo Manso.

O dirigente sindical disse ainda que não imaginavam vir a ter de “lidar com a violação do espírito e da letra desse acordo”. “Quando assim é, restam-nos os tribunais. É o que estamos a fazer”, acrescentou.

Várias estruturas sindicais que representam os trabalhadores da TAP anunciaram, em 27 de julho, que iam avançar com ações legais para travar o despedimento coletivo que a empresa iniciou e que abrange 124 profissionais.

“Até agora houve conversa, a partir de agora as conversas vão fazer-se nos tribunais. Também da parte do Sitava vamos, obviamente, contestar o despedimento de forma coletiva e impugnaremos individualmente os despedimentos de todos aqueles que quiserem impugná-los nos tribunais”, disse, na ocasião, aos jornalistas o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava), José Sousa.

O anúncio foi feito em conferência de imprensa à porta das instalações da TAP, no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, convocada pela Comissão de Trabalhadores (CT) da TAP, que contou com a presença de dirigentes do Sitava, do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) e do Sitema.

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Corticeira Amorim avança com financiamento verde de 20 milhões de euros

  • Joana Abrantes Gomes
  • 5 Agosto 2021

A taxa de juro das emissões ao abrigo deste programa está ligada à evolução de indicadores ambientais como "o consumo de energia proveniente de fontes renováveis controladas".

A Corticeira Amorim concretizou um primeiro programa de emissões de papel comercial Sustainability Linked no montante de 20 milhões de euros, com vencimento até 2024, sendo o segundo financiamento sustentável da holding portuguesa.

Após a emissão de obrigações verdes de 40 milhões de euros em 3 de dezembro de 2020, a Corticeira Amorim reafirmou esta quinta-feira, num comunicado enviado à CMVM, o compromisso com a aplicação dos princípios e melhores práticas dos indicadores ESG (Environmental, Social and Governance).

A taxa de juro das emissões ao abrigo deste novo programa está ligada à evolução de indicadores ambientais como “o consumo de energia proveniente de fontes renováveis controladas” e “a proporção de resíduos (não cortiça) enviados para valorização“. Estes indicadores integram um conjunto de indicadores-chave de performance (KPI, na sigla em inglês) de referência ESG, “assumidos pela Corticeira Amorim e objeto de reporte e certificação anual por entidade externa”.

De acordo com a Corticeira Amorim, a Sustainalytics, uma empresa especializada em pesquisa, classificações e informação ESG, confirmou o alinhamento desta operação com as quatro componentes dos Princípios de Crédito Ligados à Sustentabilidade 2020, da Loan Market Association (LMA). “O programa permitirá alongar a estrutura de maturidades do financiamento da Corticeira Amorim, reforçando os seus capitais permanentes, bem como reforçar a componente de financiamento sustentável”, refere ainda o comunicado.

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IEFP admite atrasos no incentivo pós lay-off e reforça equipas para “minimizar demoras”

O IEFP admite que a resposta a algumas candidaturas ao novo incentivo à normalização empresarial chegou depois do prazo estipulado na legislação, mas não revela quantas empresas estão nessa situação.

O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) admite atrasos na resposta às candidaturas ao novo incentivo à normalização empresarial, apesar de terem sido mobilizados recursos humanos de “áreas menos prioritárias” para a análise e pagamento dos apoios. O “enorme volume” de pedidos explica a demora, explica fonte dessa entidade, em declarações ao ECO.

Em causa está uma medida desenhada para os empregadores que estiverem em lay-off simplificado ou no apoio à retoma progressiva, no primeiro trimestre, e que tenham, entretanto, saído desses regimes de apoio ao emprego. A medida garante-lhes até dois salários mínimos por trabalhador, se tiver sido pedida até 31 de maio. Até essa data, deram entrada mais de 40 mil candidaturas ao novo incentivo à normalização, conforme escreveu o ECO.

No final de julho, a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) divulgou um boletim, no qual alertava, contudo, para atrasos na resposta por parte do IEFP a algumas dessas candidaturas. “Dois meses depois do período de candidaturas ao novo incentivo à normalização da atividade empresarial, são muitas as empresas que ainda não receberam qualquer resposta à sua candidatura“, escrevia a associação.

É importante explicar que a legislação publicada pelo Governo estipula que o IEFP tem de emitir a decisão de atribuição ou não de apoio no prazo de 15 dias úteis a contar da data de apresentação do requerimento. Tal significa que mesmo as empresas que pediram o incentivo em questão no último de maio já deveriam ter recebido resposta por parte do instituto. “O atraso é já bastante significativo“, sublinhava, assim, a AHRESP.

Questionado pelo ECO, o IEFP explica, esta quarta-feira, que registou um “enorme volume de candidaturas“, que aconteceu “em simultâneo com toda a demais atividade” e que levou a que algumas candidaturas tenham recebido resposta já depois do prazo fixado na legislação. “Existem algumas candidaturas em que o prazo de resposta foi superior ao que estava estipulado”, esclarece fonte oficial do instituto. Isto “não obstante terem sido mobilizados recursos humanos de áreas menos prioritária para as tarefas de análise e pagamento” dos apoios.

O instituto garante, ainda, que “monitoriza diariamente todo o processo e trabalho das equipas, procurando, sempre que possível, identificar recursos adicionais para minizar as demoras“. Em declarações ao ECO, fonte oficial do IEFP remata dizendo que “todas as situações estão a ser acompanhadas para terem resolução o mais rapidamente possível“, ainda que não especifique quantas empresas estão nessa situação.

O novo incentivo à normalização é pago em duas tranches às empresas. A primeira já começou a ser paga a alguns empregadores e a segunda deverá ser transferida até seis meses após a aprovação do pedido de apoio.

Os empregadores que adiram a esta medida têm de manter, comprovadamente, as situações contributiva e tributária regularizadas, não podem fazer cessar contratos de trabalho por despedimento coletivo, despedimento por extinção do posto de trabalho e despedimento por inadaptação e têm de manter o nível de emprego observado no mês anterior ao da apresentação do requerimento. Isto durante todo o período de concessão (seis meses), bem como nos 90 dias seguintes. O incumprimento destes deveres implica a cessação dos apoios e a restituição dos montantes já pagos.

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Mário Ferreira paga 3,2 milhões de euros por mais 5,16% da dona da TVI

O empresário Mário Ferreira conseguiu adquirir mais 5,16% das ações da Media Capital através da OPA obrigatória. Fica com 35,38% após a liquidação da operação. Abanca vendeu posição.

A Pluris Investments vai adquirir mais 5,16% da Media Capital ao abrigo da OPA obrigatória sobre o grupo, posição que lhe custará mais de 3,2 milhões de euros. Após liquidação da operação, no próximo dia 9 de agosto, a holding do empresário Mário Ferreira passará a deter 35,38% da dona da TVI.

Os resultados da Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Media Capital foram divulgados esta quinta-feira e mostram que, dos 5,31% que eram alvo da oferta, Mário Ferreira conseguiu adquirir 5,16%, o equivalente a pouco menos de 4,4 milhões de títulos. A contrapartida foi de 73,95 cêntimos.

“Fica agora definitivamente estabilizada a estrutura acionista” da Media Capital, sublinhou Mário Ferreira, em reação à operação. Em comunicado, o presidente do Conselho de Administração da Pluris Investments afirmou que “agora é tempo de olhar em frente” e focar no “desenvolvimento da empresa”. O responsável deixou ainda a garantia de que acionistas, colaboradores e públicos “podem contar com a forte ambição e o empenho diligente da Pluris no desenvolvimento de um projeto pluralista, livre, diversificado e inovador que prestigia o setor e o país”.

Esta aquisição, forçada pela CMVM depois de ter concluído que houve concertação entre a Pluris e a Prisa (antiga acionista principal da Media Capital), acontece mais de um ano depois de Mário Ferreira ter pagado 10,2 milhões de euros por 30,22% da mesma empresa.

Atualmente, a estrutura acionista da Media Capital é mais diversificada e 64,47% das ações “escaparam” à OPA, por terem sido alvo de ordens de bloqueio por parte dos respetivos titulares.

Para o resultado da OPA, contribuiu de forma determinante a venda da posição de 5,05% que o Abanca tinha na Media Capital. Contactada pelo ECO, a instituição confirmou a alienação das ações na OPA da Pluris.

Resultados da OPA sobre a Media Capital:

Fonte: Euronext via CMVM

De recordar que a Pluris, que também é acionista do ECO, informou, no âmbito da OPA, não ter intenções de retirar a Media Capital da bolsa. Além disso, assumiu compromissos de continuidade da atividade da Media Capital, respeito pelas linhas de programação, estatutos editoriais e autonomia editorial das marcas de comunicação social do grupo.

(Notícia atualizada pela última vez na sexta-feira, às 10h44)

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BCP e Galp animam Lisboa. Família EDP trava maiores ganhos

Bolsa nacional encerrou com ganhos, impulsionada pela Galp Energia e pelo BCP. Família EDP travou subida mais acentuada do índice.

A bolsa nacional encerrou em terreno positivo, impulsionada pelas ações do BCP e da Galp Energia. A travar uma subida mais acentuada do índice estiveram as cotadas da família EDP, com perdas superiores a 1%. Lisboa acompanhou, assim, a tendência de ganhos do resto da Europa.

O PSI-20 valorizou 0,39% para 5.132,02 pontos, recuperando da queda da última sessão. A dar força ao índice de referência nacional esteve o BCP, que avançou 1,64% para 0,1237 euros, subindo pela terceira sessão consecutiva. Destaque ainda para as ações da Galp Energia que ganharam 1,11% para 8,418 euros, no dia em que o preço do barril de petróleo valorizou nos mercados internacionais.

Ainda nas subidas, as papeleiras também brilharam. A Altri avançou 1,59% para 5,115 euros, enquanto a Navigator somou 0,86% para 11,78 euros. A Semapa não se deixou ficar e subiu 0,35% para 11,44 euros. Destaque ainda para a Sonae que ganhou 0,18% para 0,829 euros, enquanto a Jerónimo Martins valorizou 0,14% para 17,295 euros.

No lado oposto, a travar uma subida mais acentuada do índice, estiveram as ações da família EDP. Os títulos da EDP Renováveis caíram 1,16% para 20,4 euros, enquanto a EDP recuou 0,11% para 4,485 euros.

Lisboa conseguiu, assim, acompanhar as subidas do resto da Europa, num dia em que o índice de referência europeu, Stoxx-600, valorizou 0,37% para 469,96 pontos. Bolsas como a espanhola subiram 0,44% e a francesa avançaram 0,52%.

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Vacina da Moderna é 93% eficaz até seis meses após a segunda dose

A vacina contra a Covid-19 da Moderna demonstrou ter uma eficácia de 93% até seis meses após a administração da segunda dose, bem como uma eficácia de 98% na prevenção do risco de hospitalização.

A vacina desenvolvida contra a Covid-19 pela Moderna revelou ter uma eficácia de 93% até seis meses após a administração da segunda dose, segundo os ensaios clínicos divulgados esta quinta-feira pela farmacêutica norte-americana.

A vacina da Moderna mostrou ter 93% de eficácia na prevenção de infeção por Covid até seis meses após a administração da segunda dose, bem como uma eficácia de 98% no que toca à prevenção do risco de hospitalização, segundo os dados divulgados pela empresa durante a apresentação de contas referentes ao segundo trimestre e citados pelo Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Estes dados estão, portanto, em linha com os apresentados no ensaio clínico original, que apontavam para uma eficácia de 94% na prevenção da doença. Não obstante, a farmacêutica norte-americana defende que poderá ser necessária uma dose de reforço antes do inverno, já que os níveis de anticorpos tendem a diminuir e dada a “ameaça” da variante Delta.

Estes resultados comparam com os divulgados na semana passada pela Pfizer/BioNTech, que revelou que a eficácia da vacina diminui cerca de 6% a cada dois meses, caindo para cerca de 84% seis meses após a segunda inoculação.

A vacina contra a Covid-19 da Moderna gerou vendas na ordem dos 4,2 mil milhões de dólares, o que ajudou a empresa a ter lucros de 2,8 mil milhões de euros. Estes resultados estão em linha com as expectativas dos analistas e acima dos 1,2 mil milhões de dólares de lucros registados nos primeiros três meses deste ano.

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Marcelo insiste na vacinação de crianças entre os 12 e 15 anos

  • Carolina Bento
  • 5 Agosto 2021

O Presidente da República espera que a vacinação de jovens entre os 12 e 15 anos comece também nos Açores e no Continente, à semelhança do que está a acontecer na Madeira.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, enfatizou esta quinta-feira a importância da vacinação cobrir cada vez mais pessoas, e insistiu na importância de estender a vacinação às crianças entre os 12 e os 15 anos para o continente e Açores, tal como está a acontecer na Madeira.

“Espero que a vacinação vá avançando, de acordo com as prioridades que forem definidas e cobrindo até ao limite possível a população portuguesa”, começou Marcelo, em discurso no Palácio de Belém, salientando que a população vacinada vai “aumentando em percentagem há medida que desce a idade ainda não coberta”. O presidente disse esperar que a vacinação dos adolescentes entre os 16 e os 17 anos seja rápida para “seja possível ulteriormente chegar-se àquilo que ainda não é para agora”, mas que espera que “venha acontecer no futuro nas idades entre os 12 e os 15 anos”.

Questionado sobre as dúvidas sobre a vacinação de crianças e adolescentes, frisou a necessidade de ter “paciência”, recordando o ceticismo que existia em torno da eficácia do uso de máscara no início da pandemia, que mais tarde se provou ser fundamental no combate à pandemia. “Tudo a seu tempo”, afirmou Marcelo, frisando que a vacinação está a correr bem. “As dúvidas não são de princípio, mas de momento. Diz-se que nesta fase ainda não, mas temos de ter paciência”.

Em resposta às perguntas dos jornalistas, Marcelo confessou não prever recuos na abertura económica e social, decidida pelo Governo no último Conselho de Ministros. “A economia está a provar muito melhor do que nós temíamos que provasse, largamente devido à construção civil, indústria exportadora, agricultura, setor agroalimentar, uma parte do comércio e dos serviços” e o que está a reabrir rapidamente, “portanto não acho que haja o risco de recuos no que importa a todos”, afirmou. O Presidente da República elogiou ainda a decisão do Governo, justificada pelos números que se têm verificado, nomeadamente, pelo R(t) que “tem vindo a cair de forma praticamente consistente”.

O judoca português, Jorge Fonseca conquistou a medalha de bronze na categoria de -100 kg, nos Jogos Olimpicos de Tóquio2020, no Nipon Budokan de Tóquio, Japão, 29 de julho de 2021. JOSÉ COELHO/LUSAJOSÉ COELHO/LUSA

PR com “orgulho português não xenófobo” pelas medalhas olímpicas

Marcelo Rebelo de Sousa começou o discurso desta quinta-feira no Palácio de Belém com uma mensagem de congratulação aos atletas nacionais que receberam medalhas nos Jogos Olímpicos de 2021. Recordou que “dos quatro medalhados, três são origem direta ou indireta africana: um afro-cubano português, uma angolana portuguesa, outro são-tomense português”. Para o Presidente, “isto mostra que Portugal é grande quando consegue a integração efetiva daqueles que de fora vêm, cá nasceram ou não nasceram cá mas cá chegaram no percurso das suas vidas”.

O Presidente aproveitou para deixar uma mensagem às “pessoas no nosso país que têm na cabeça fantasmas de discriminação étnica e racial”: “É bom que pensem que quando se orgulham de medalhas nas olimpíadas, a todos eles portugueses hoje, mas de várias origens e várias etnias. Esta é a uma mensagem forte de alegria por esta delegação olímpica, mas também de orgulho português não xenófobo, não racista, não limitativo, mas abrangente. É essa a riqueza de Portugal”.

Marcelo deixou ainda o apelo: “Temos de avançar esta riqueza noutros domínios onde tem sido mais difícil fazer chegar ao topo aqueles que vêm de origens diversas daquelas que muitas vezes são consideradas como as únicas verdadeiramente nacionais”.

Em relação a Pedro Pablo Pichardo, que venceu o ouro na final de triplo salto em Tóquio, e que recebeu críticas por ser cubano mas competir por Portugal nos Jogos Olímpicos, o Presidente alertou para o facto de “uma forma de xenofobia, uma forma de racismo, uma forma de discriminação” ser “acharmos que bons são só os brancos, bons são só os nacionais de origem e não os que têm outras origens, tendo nascido ou não em território nacional”.

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Dormidas de estrangeiros no Algarve descem 76% em julho face a 2019

  • Lusa
  • 5 Agosto 2021

Dados indicam uma taxa de ocupação global média por quarto de 49,5% em julho, 40,6% abaixo do valor registado no mesmo mês de 2019.

As dormidas de turistas estrangeiros nos hotéis do Algarve diminuíram 76% em julho, face ao mesmo mês de 2019, mas o mercado nacional aumentou 40%, segundo dados divulgados esta quinta-feira por uma associação do setor.

De acordo com a Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), os dados gerais indicam uma taxa de ocupação global média por quarto de 49,5% em julho, 40,6% abaixo do valor registado no mesmo mês de 2019. Apesar da descida a nível global, as unidades de alojamento do Algarve registaram um aumento de 40% por parte do mercado nacional, face a julho de 2019, contrapostos por uma queda de 76% por parte do mercado externo.

Em valores acumulados, desde o início do ano, a ocupação por quarto regista uma descida média de 68,9% e o volume de vendas uma descida de 68,6% face ao mesmo período de 2019, acrescenta. Por zonas geográficas, relativamente a julho de 2019, as descidas variaram entre menos 53,2% em Albufeira e menos 24,3% em Tavira.

A AHETA estabelece uma comparação com o período homólogo de 2019, e não do ano passado, por ser um período em que o setor não tinha ainda sido atingido pelo impacto da pandemia. Em termos acumulados, em 2020, de janeiro a julho, a taxa de ocupação média baixou 17,4% e volume de vendas baixou 18,7%, conclui.

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Roca vende divisão de cerâmica ao grupo mexicano Lamosa por 219 milhões

A transação inclui duas fábricas no Brasil, localizadas em Campo Largo e São Mateus do Sul, bem como a fábrica espanhola Cerâmicas Belcaire.

O grupo Roca, que se dedica à produção e comercialização de produtos para espaços de banho, vendeu a sua divisão de cerâmica ao grupo mexicano Lamosa por 260 milhões de dólares (219 milhões de euros). A transação inclui duas fábricas no Brasil, localizadas em Campo Largo e São Mateus do Sul, bem como a fábrica espanhola Cerâmicas Belcaire.

As três fábricas, cuja produção de cerâmica plana alcançou, no total, os 23,4 milhões de metros quadrados em 2020, exportam para todo o mundo, sendo os principais mercados os Estados Unidos da América, Brasil e Espanha.

“No Grupo Roca, estamos muito satisfeitos por a nossa divisão de cerâmica plana ser adquirida pelo Grupo Lamosa, uma empresa industrial líder de grande prestígio neste setor de atividade que é o seu core business, com uma complementaridade geográfica total e com planos para o futuro promissores para este negócio”, explica Albert Magrans, CEO do Grupo Roca, citado em comunicado.

O Grupo Lamosa dedica-se ao fabrico e comercialização de revestimentos e adesivos cerâmicos, conta com vendas superiores a mil milhões de dólares (843 mil milhões de euros) e com presença assídua no continente americano. Este grupo conta com uma história de mais de 130 anos no setor dos materiais para construção.

Para o CEO e presidente do Grupo Lamosa, Federico Toussaint, esta operação “potencia ainda mais a forte presença do Grupo Lamosa no continente americano, onde já opera em vários países, e permite a sua expansão para a Europa”.

Esta operação enquadra-se na estratégia do Grupo Roca de reforçar o seu posicionamento no segmento de espaços de banho, em linha com as operações corporativas realizadas este ano. Em janeiro, o Grupo Roca adquiriu 75% do Grupo Royo, criando, assim, um dos líderes mundiais em móveis para espaços de banho, e incorporou uma fábrica de loiça sanitária no nordeste do Brasil, para suprir o aumento da procura nesta região e fortalecer a sua presença na América Central e América do Norte.

Recentemente, adquiriu também a empresa alemã Sanit, um dos fornecedores líderes na Europa de sistemas de instalação em parede e componentes de montagem de espaços de banho.

O Grupo Roca fechou o exercício de 2020 com uma faturação de 1.684 milhões de euros, o que representa menos 9,5% em relação a 2019. Em contrapartida, o grupo mexicano apresentou receitas no valor de 1.063 milhões de dólares (últimos 12 meses, com fecho a junho de 2021), com um crescimento de 14% em relação ao ano anterior. A compra da divisão de cerâmica plana do Grupo Roca permitirá aumentar os resultados consolidados do Grupo Lamosa em aproximadamente 20%.

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Venezuela elimina seis zeros à moeda e cria o bolívar digital

  • Lusa
  • 5 Agosto 2021

“A introdução do bolívar digital não afeta o valor da moeda, ou seja, o bolívar não terá mais ou menos valor", garante o banco central da Venezuela.

A Venezuela vai eliminar seis zeros ao bolívar soberano, a moeda local, a partir do próximo mês de outubro, e entrará em vigor o novo bolívar digital, anunciou esta quinta-feira o Banco Central da Venezuela (BCV).

A partir de 01 de outubro de 2021, o Bolívar Digital entrará em vigor, aplicando uma escala monetária que elimina seis zeros à moeda nacional. Ou seja, todos os valores monetários e tudo o que se expressa em moeda nacional vai ser dividido por um milhão (1.000.000)”, explica um comunicado do BCV.

O BCV detalha que “conviverão o bolívar físico (notas e moedas) e o bolívar digital” como expressão da economia venezuelana e que a taxa de câmbio (cotação) “continuará a ser determinada pelo Sistema de Mercado de Câmbio da Venezuela e calculada com base nas transações cambiais realizadas por indivíduos e empresas através das mesas de câmbio dos bancos”.

A introdução do bolívar digital não afeta o valor da moeda, ou seja, o bolívar não terá mais ou menos valor, apenas a facilidade de utilização está a ser levada a uma escala monetária mais simples”, explica-se ainda no comunicado.

O comunicado, divulgado pelo ministro venezuelano da Comunicação e Informação através das redes sociais, explica que o câmbio “se apoia no aprofundamento e desenvolvimento da economia digital” e “constitui um marco histórico necessário” no caminho par recuperação económica “após a crise produzida por um ataque brutal à economia e moeda nacional e (após) a aplicação criminosa de um bloqueio económico e financeiro”.

Segundo o Banco Central da Venezuela “a transformação da moeda nacional (venezuelana) ao formato digital, a sua utilização e popularização através de meios de pagamento eletrónicos” permitirá “avançar na construção de uma visão moderna da moeda nas transações quotidianas. Por outro lado, “facilitará uma maior conexão da população com o seu signo monetário” e “reduzirá os custos por transações na economia”.

O BCV afirma ainda que “a Venezuela está num processo progressivo de modernização dos seus sistemas de pagamento” e que em data recente começou a funcionar o novo “Sistema de Troca de Mensagens Financeiras” feito localmente, “por venezuelanos, promovendo a independência de sistemas estrangeiros para operações bancárias nacionais na consolidação da utilização efetiva da nossa moeda legal”.

“A modernização dos sistemas de pagamento tem como propósito expandir imediatamente a utilização do bolívar digital, facilitando as transferências entre clientes de diferentes bancos, que passam a ser recebidas em poucos segundos com os mais elevados padrões internacionais de qualidade”, afirma.

No documento, o BCV explica que a instituição e o Governo venezuelano “continuarão a proteger e a garantir a soberania monetária a fim de promover a recuperação da nossa economia e de tornar inexpugnável a independência do nosso país (Venezuela) contra fatores locais e estrangeiros que atacam a Venezuela”.

Entretanto, foram divulgadas imagens, de novas notas de cinco, 10, 20 e 50 bolívares, e uma moeda de um bolívar digital. Em 2008 a Venezuela eliminou três zeros ao bolívar e introduziu o bolívar forte (BsF). Em 2018 eliminou cinco zeros à moeda e lançou o atual bolívar soberano (BsS). Em 2020 a inflação anual na Venezuela, segundo o BCV, foi de 2.959,8%, um valor inferior aos 3.713% apontado pela oposição.

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Quer provar uma barra proteica de inseto com sabor a laranja? Já está à venda

Comercialização deste tipo de produtos com base em farinha de inseto surge depois da Direção-Geral da Alimentação e Veterinária ter autorizado o consumo de sete espécies de insetos no País.

Vai uma trinca numa barra proteica à base de inseto com sabor a laranja e figo? E que tal um snack de inseto desidratado com sal marinho? Agora já pode encontrar esta oferta nos supermercados nacionais, pelo menos, em alguns hipermercados Continente. A cadeia da Sonae MC é o primeiro retalhista alimentar nacional a comercializar produtos alimentares à base de insetos, após a Direção-Geral da Alimentação e Veterinária (DGAV) ter autorizado o consumo de sete espécies de insetos no País, anunciou a empresa.

“O investimento em produtos inovadores é uma aposta constante do Continente. Pretendemos dar a conhecer novos produtos e sensibilizar os clientes para os benefícios de uma alimentação saudável e sustentável, promovendo, sempre que possível, produtos nacionais. Esperamos uma reação de grande interesse por parte dos nossos clientes. Os portugueses têm vindo a mudar a sua alimentação e isso vê-se na alteração de padrões de consumo. O consumo de insetos é uma tendência mundial, com propriedades nutritivas muito interessantes e com custos de produção inferiores, além da redução de impacto ambiental”, explica Paula Jordão, diretora comercial da Sonae MC, citada em comunicado.

Os produtos, produzidos pela startup Portugal Bugs de Matosinhos, têm por base a farinha feita a 100% a partir de Tenebrio Molitor (larva da farinha) “rica em proteína e fonte de fibra e pode ser utilizada para enriquecer receitas de pão, bolachas, bolos, panquecas, batidos”, informa o Continente. Começam a ser comercializados depois de a DGAV ter dado luz verde para consumo humano de alguns insetos em Portugal seguindo uma tendência mundial de consumo, num momento em que a atenção dos consumidores com a sustentabilidade ambiental tem aumentado.

Consumidos por cerca de um terço da população mundial, os “insetos constituem uma fonte proteica sustentável, são ricos em fibra, vitaminas, minerais e em ácidos gordos essenciais”, refere a cadeia. “Estes produtos podem causar reações alérgicas a consumidores com alergia conhecida a crustáceos e produtos derivados e aos ácaros do pó”, alerta.

“Quando comparada com outras fontes proteicas animais, a produção de insetos tem menor impacto ambiental devido à menor pegada hídrica, menor emissão de gases com efeito de estufa, menor consumo de ração e menor exigência de solo fértil”, destaca.

No Continente os produtos vão ser comercializadas com selo Continente Food Lab, entre 1,79 euros (barra proteica de inseto com sabor chocolate e amêndoa; figo e laranja, maçã e canela ou manteiga de amendoim e mel) e 9,95 euros, caso da farinha de inseto, com os snacks de inseto desidratado (com pimenta cayenne ou com sal marinho) à venda por 4,55 euros, nos corner do Continente Food Labs presentes em 10 hipermercados da cadeia – em Matosinhos, Colombo, Gaia Shopping, Gaia Jardim, Telheiras, Oeiras, Vasco da Gama, Cascais, Antas e CoimbraShopping – estando também cobertas as zonas da Grande Lisboa e Porto através do Continente Online. Brevemente, estarão também disponíveis na loja Continente Labs, localizada no centro de Lisboa, informa a marca.

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Queda nos pedidos de subsídio de desemprego coloca Wall Street no verde

Após um dia misto nos mercados norte-americanos, o sentimento voltou a ser positivo, com os dados a revelarem uma redução nos pedidos de subsídio de desemprego.

As bolsas norte-americanas arrancaram a penúltima sessão da semana em alta. Num dia marcado pela apresentação de resultados de várias empresas, foram também revelados dados relativos ao desemprego, que mostram que menos pessoas recorreram ao subsídio, o que animou o sentimento quanto à situação do país.

O número de norte-americanos que entraram no desemprego e tiveram de recorrer ao subsídio continuou a recuar, segundo os dados divulgados esta quinta-feira. Os pedidos iniciais de subsídio de desemprego caíram em 14 mil para 385.000, ajustados sazonalmente, para a semana que terminou a 31 de julho.

No arranque da sessão, o S&P 500 segue a subir 0,14% para 4.408,86 pontos, acompanhado pelo industrial Dow Jones que avança 0,07% para 34.815,61 pontos. No setor tecnológico, também o Nasdaq segue a valorizar 0,09% para 14.794,08 pontos.

O destaque nesta quinta-feira vai para a Uber, cujos títulos avançam 1,36% para os 42,38 dólares. Isto apesar de a empresa de mobilidade ter revelado perdas no segundo trimestre do ano, à medida que gastou mais para atrair os motoristas a regressar à plataforma.

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