Já foram distribuídas mais de 66 mil doses da vacina contra a Covid-19 em Portugal

A ministra da Saúde, Marta Temido, sublinhou que até ao momento “mais de 66.700 doses" da vacina desenvolvida pela Pfizer/BioNTech "foram distribuídas” em Portugal.

Num novo balanço, a ministra da Saúde adiantou que, até esta terça-feira, já tinham sido distribuídas mais de 66 mil doses de vacina da Pfizer/ BioNTech em Portugal. A segunda dose da vacina vai começar a ser administrada a 17 de janeiro.

“Das cerca de 140.400 doses que até ao momento Portugal continental recebeu, mais de 66.700 doses já foram distribuídas e ontem [terça-feira] às 17h30 já tinham sido administradas mais de 32.000 doses”, disse a ministra da Saúde, Marta Temido, em declarações transmitidas pela RTP3.

Tal como aconteceu em simultâneo na maioria dos países europeus, a vacinação contra a Covid-19 arrancou a 27 de dezembro. Neste início da vacinação, a task force, responsável por definir os grupos prioritários, delineou que os profissionais de saúde iriam ser os primeiros a receber as vacinas, seguidos pelos trabalhadores e residentes em lares. Nesse sentido, Marta Temido referiu ainda que na segunda fase de vacinação, iriam “avançar para outros grupos populacionais”, justificando que a decisão se deveu ao facto de o Governo estar “ainda a gerir um número de vacinas, que ainda é relativamente limitado”.

Quanto à vacina desenvolvida pela farmacêutica Moderna que deverá ser aprovada esta quarta-feira pela Agência Europeia do Medicamento, a ministra da Saúde aponta que está “muito expectante no trabalho” do regulador, nomeadamente na “avaliação de outras vacinas”. Em causa poderá estar um aumento das vacinas recebidas por Portugal.

Também esta quarta-feira, em entrevista à Antena 1, o coordenador responsável pelo Plano Nacional de Vacinação sublinhou que o que está previsto, neste momento, é que a segunda dose da vacina comece a ser dada no próximo dia 17. Na terça-feira, a diretora-geral da Saúde tinha aberto a porta ao possível alargamento do prazo de administração entre as duas doses, que segundo o regulador do medicamento europeu deverá acontecer no espaço de 21 dias. Isto no dia em que a Organização Mundial de Saúde reforçou que o intervalo entre a primeira e a segunda toma não deve ser superior a 28 dias.

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Bancos emprestam 1.113 milhões para comprar casa, um máximo de um ano

Voltou a subir o montante de financiamento às famílias para a compra de casa. Em novembro, os bancos concederam 1.113 milhões de euros em empréstimos à habitação.

O crédito concedido para a aquisição de nova habitação voltou a subir em novembro, pelo terceiro mês consecutivo. Os bancos financiaram as famílias portuguesas em 1.113 milhões de euros para a compra de casa, um aumento de 137 milhões de euros face ao mês anterior. Foi o valor mais alto desde dezembro de 2019, de acordo com os dados do Banco de Portugal.

Já no que toca à taxa de juro média para novos empréstimos à habitação, esta desceu três pontos base, fixando-se nos 0,84%, dando assim origem a um novo mínimo histórico pelo quarto mês consecutivo. Esta quebra relaciona-se com a política monetária do BCE mas também com a guerra de spreads que tem existido entre alguns dos principais bancos. Há já várias instituições com taxas de apenas 1%.

De forma contrastante, o montante concedido a particulares para consumo baixou dos 391 milhões para os 357 milhões de euros relativos ao passado mês de novembro. Também o juro médio dos empréstimos ao consumo sofreu uma quebra, à semelhança do que tinha ocorrido em outubro, baixando assim para os 6,24%.

Considerando a totalidade do dinheiro concedido às famílias para as diversas finalidades (casa, consumo e outros fins) em novembro, este valor fixou-se nos 1.659 milhões de euros, valor que supera os 1.523 milhões pedidos à banca no mês anterior. Isto tendo em conta os 189 milhões de euros que, no mês em causa, foram pedidos pelos portugueses para “outros fins”, cuja taxa de juro média se reduziu para os 3,24%.

Crédito às empresas em queda

Ao contrário do que aconteceu com os empréstimos para os particulares, os novos empréstimos concedidos às empresas voltaram a cair em novembro de 2020, para 1.982 milhões de euros, o valor mais baixo desde fevereiro de 2018.

Os 1.982 milhões de euros de crédito concedido às sociedades não financeiras em novembro passado comparam com os 2.027 milhões de euros do mês anterior e os 2.471 milhões de euros de novembro de 2019.

O juro médio destes novos empréstimos reduziu-se. “Em novembro, a taxa de juro média dos novos empréstimos concedidos a sociedades não financeiras diminuiu 8 pontos base (pb) face a outubro, para 1,99%“, pode ler-se no comunicado do Banco de Portugal.

(Notícia atualizada às 12h09 com mais informação)

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Afinal, salários da Função Pública até 792 euros também vão ter aumentos de 10 euros

O Governo propôs aos sindicatos da Função Pública aumentar também em dez euros os salários entre 693 euros e 792 euros, alargando as atualizações ao sexto e sétimo nível da TRU.

Afinal, os funcionários públicos com salários até 693 euros não serão os únicos a ter aumentos este ano. Na reunião com os sindicatos desta quarta-feira, o Governo “melhorou” a proposta, tendo anunciado aumentos também para os trabalhadores do sexto e sétimo nível da Tabela Remuneratória Única (TRU), segundo disse aos jornalistas o líder da Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP). Tudo somado, o “salário mínimo” do Estado aumenta, em 2021, 20 euros para 665 euros e as remunerações até 791,91 euros sobem 10 euros. As demais ficam “congeladas”.

De acordo com o líder da FESAP, José Abraão, o Governo apresentou, esta quarta-feira, uma proposta diferente daquela que tinha sido colocada em cima da mesa no início da mesa, tendo anunciado que também os salários entre os 693 euros e os 792 euros vão beneficiar de aumentos de dez euros.

Na segunda-feira, o secretário de Estado da Administração Pública tinha admitido aos sindicatos a possibilidade de “melhorar ligeiramente” a proposta então em cima da mesa, o que se veio a concretizar agora com o alargamento do universo de beneficiários das atualizações salariais.

Aos jornalistas, o líder da FESAP adiantou que, com esta alteração, o total de funcionários públicos que beneficiarão de aumentos sobe para 148 mil, deixando 550 mil trabalhadores sem atualizações em 2021.

Contas feitas, em 2021, o “salário mínimo” da Função Pública (o quarta nível da TRU) subirá 20 euros para 665 euros, igualando o salário mínimo nacional, o que tem gerado fortes críticas por parte dos sindicatos. Já as remunerações entre 665 euros e 791,91 (isto é, a quinta, sexta e sétima “posições” da TRU) sobem 10 euros. E os demais ordenados ficam “congelados”, não estando prevista qualquer atualização nestes casos.

A FESAP continua a criticar duramente a escolha do Governo de aplicar o salário mínimo nacional à Administração Pública e já está, por isso, a ponderar pedir uma reunião suplementar sobre esta matéria, ou seja, este processo negocial poderá ainda não está fechado. A estrutura liderada por José Abraão salienta que, uma vez que o salário mínimo nacional aumentou 30 euros, seria compreensível que a remuneração base da Administração Pública beneficiasse da mesma subida e não dos 20 euros anunciados.

Antes da crise pandémica, o Governo tinha prometido aumentos de 1% a todos os funcionários públicos, em 2021, mas o impacto da Covid-19 na economia fez cair essa promessa. Em vez disso, o Executivo optou por fazer atualizações apenas nas primeiras quatro posições da TRU.

Política de baixos salários “é errada”

À saída da reunião com o Governo, o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) criticou também os aumentos anunciados esta quarta-feira e sublinhou que o Governo não quis dizer que “retorno terá o Estado” através de impostos e contribuições sociais.

“Percebemos o momento, a crise, mas dissemos ao Governo que uma política de baixos salários é errada. Não conseguiremos atrair para a Administração Pública trabalhadores altamente qualificados, porque tenderão a partir para outras paragens”, disse Helena Rodrigues aos jornalistas.

(Notícia atualizada às 13h10)

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ERSE devolve um milhão de euros aos consumidores de eletricidade

A última vez que isto aconteceu foi em 2018, quando a ERSE movimentou 3 milhões de euros dos saldos de gerência para abater às tarifas de gás natural e de eletricidade.

A Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) informou esta quarta-feira que vai transferir 1 milhão de euros dos seus saldos de gerência para as tarifas elétricas de 2021, contribuindo assim para a redução dos preços pagos pelos consumidores. A autorização foi dada pelo Ministério das Finanças, disse o regulador, em comunicado.

A última vez que isto aconteceu foi em 2018, quando a ERSE movimentou 3 milhões de euros dos saldos de gerência para abater às tarifas de gás natural e de eletricidade.

“A devolução aos consumidores dos saldos de gerência acumulados pela ERSE é uma preocupação constante desta entidade e, igualmente exigida, ao longo dos últimos anos, pelos seus Conselhos Consultivo e Tarifário, justificada pela proveniência das receitas do orçamento da ERSE. Os estatutos da ERSE estipulam que, quando se verifiquem saldos de gerência, os mesmos devem reverter para os consumidores através da tarifa de acesso, uma vez que se trata de uma verba que lhes pertence”, disse o regulador em comunicado.

A ERSE informou ainda que, embora as suas receitas não tenham qualquer dotação do Orçamento de Estado, sendo exclusivamente constituídas por transferências das concessionárias de transporte de energia elétrica e de gás natural, incluídas nas tarifas e, como tal, suportadas pelos consumidores de eletricidade e gás natural, os saldos encontram-se depositados numa conta titulada pela ERSE, no IGCP – Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública. A movimentação desta conta no IGCP carece de autorização do Ministério das Finanças.

“A ERSE continuará a prosseguir esforços no sentido de obter autorização para a devolução às tarifas do restante saldo de gerência”, rematou o regulador.

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É possível poupar mais de 230 euros na fatura de energia este ano

A poupança pode começar logo pelo simples facto de mudar de tarifário ou de comercializador de luz e gás: em média são menos 163 euros por ano na fatura. Mas é possível poupar ainda mais.

De acordo com os estudos mais recentes do Payper, aplicação independente especializada na comparação de tarifários de eletricidade, gás, água e telecomunicações, o ano de 2021 poderá ser bastante favorável no que diz respeito ao impacto dos gastos com energia no orçamento doméstico.

Para este ano, em matéria de impostos, a empresa prevê que a redução do IVA para 13% para os clientes domésticos com potência contratada até 6,9 kWh, em vigor desde 1 de dezembro de 2020, aplicada no consumo dos primeiros 100 kWh do consumo mensal, deverá permitir uma poupança mensal de, em média, de 1,6 euros por mês e de 19,2 euros por ano.

Para as famílias numerosas também haverá vantagens a partir de março de 2021, altura em que entra em vigor um desconto específico, que permitirá beneficiar de um desconto na taxa intermédia de IVA nos consumos mensais até 150kWh, ou seja, uma poupança de, em média, 2,23 euros/mês e de 26,76 euros/ano.

Outra forma de reduzir a fatura da luz passa por reduzir o valor da potência contratada do contrato de eletricidade para 3,45 kVA para beneficiar do IVA a 6%, medida esta que permite uma poupança anual média de 41 euros, diz o Payper.

No entanto, revela o Payper, a poupança pode começar logo pelo simples facto de mudar de tarifário ou de comercializador de luz e gás: em média são menos 163 euros por ano na fatura.

Relativamente aos novos tarifários para 2021, o estudo do comparador revela ainda que este ano seguirá a tendência de 2020, com a entrada de novos comercializadores com ofertas mais competitivas e a mudança progressiva dos clientes para tarifários mais competitivos. A EDP, por exemplo, já anunciou que os seus tarifários vão descer em média 1% este ano.

Desconfinamento em 2021 também pode ajudar a baixar fatura da luz

Em 2020, a pandemia de Covid-19 alterou radicalmente os padrões de consumo de eletricidade dos portugueses na habitação e nos locais de trabalho, revela um outro estudo do Payper realizado com base num algoritmo de inteligência artificial aplicado a 388 mil faturas submetidas na plataforma, abrangendo um total de 95 mil locais de consumo.

O consumo de eletricidade nas habitações, nos meses de março a junho de 2020, comparativamente com 2019, terá subido em média cerca de 23%, devido ao número significativo de pessoas em teletrabalho, em confinamento, em telescola ou abrangidos por programas de lay-off.

Desta forma, a despesa média mensal paga por habitação em 2020 ascendeu a 70,55 euros por mês. O que significa que, em caso de desconfinamento progressivo em 2021, esse valor poderá vir a baixar 13,5%, para os 61 euros/mês em 2021.

Tudo somado, entre a descida do IVA da luz, mudança de tarifário, ofertas mais competitivas dos comercializadores, o Payper dá conta de uma possível poupança na fatura de energia que pode chegar aos 232,75 euros este ano.

“Os portugueses gastam demasiado em eletricidade por não estarem informados e não compararem as ofertas comerciais disponíveis. Acreditamos que se ajustassem o tarifário ao seu consumo em 2020 cada consumidor poderia ter poupado cerca de 100 euros”, explica Nuno Costa, Data Analyst do Payper.

A Entidade Reguladora dos serviços Energéticos (ERSE), recomenda que todos os anos os consumidores usem os simuladores disponíveis online para verificarem se têm contratado o tarifário que melhor se aplica ao seu perfil de consumo e a trocarem de plano e/ou de empresa, caso se justifique. Segundo os dados mais atuais da ERSE, existem atualmente 34 diferentes comercializadores de eletricidade e 16 de gás em Portugal Continental, contando com 3.289 diferentes tarifários de eletricidade e 350 tarifários de gás canalizado.

No entanto, uma análise feita a 390 mil faturas mostra que 72% dos consumidores não mudam os seus tarifários de energia há dois anos e continuam a pagar valores muito superiores às atuais ofertas. Se mudassem, indica o Payper, podiam gerar poupanças acumuladas de 645 milhões de euros no espaço de um ano.

Em termos de despesa doméstica mensal com eletricidade por distrito, o top 3 é liderado por Bragança onde mais se paga em termos médios por mês (107,59 euros), seguido de Leiria (81,97 euros) e de Beja (79,85 euros), enquanto o distrito mais barato do país é o da Guarda (55,09 euros).

O distrito do Porto (77,50 euros) é 6º dos 18 distritos onde a despesa mensal com eletricidade na habitação é mais elevada enquanto o distrito de Lisboa (64,47 euros) é o 4º onde estas despesas mensais são menores do país.

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BCP dispara 9,5% em bolsa para níveis pré-pandemia da Covid

Títulos do banco negoceiam em forte alta esta quarta-feira na bolsa de Lisboa.

O BCP dispara 9,5% na bolsa de Lisboa, limpando toda a perda gerada pela pandemia. Num dia positivo para o mercado europeu, que reflete a perspetiva de “onda azul” nos Estados Unidos, a o setor da banca está a ser especialmente beneficiado. E o banco português liderado por Miguel Maya atinge assim o valor mais elevado desde 6 de março do ano passado.

As bolsas europeias acordaram animadas pela notícia de que o Partido Democrata dos Estados Unidos está próximo de controlar o Senado e o Congresso do país. Os democratas conquistaram um dos dois lugares que estavam a votação para o Senado e está próxima da “onda azul”, que dará mais poder ao presidente-eleito Joe Biden.

Vai tornar-se mais fácil para o Partido Democrata fazer mudanças mais significativas na política económica” como “aumentos de impostos e mais investimento nas energias renováveis”, segundo explica o analista Mikael Olai Milhoj, do Danske Bank, numa nota citada pela Reuters.

Esta é a principal razão para o impulso nas ações europeias, com o Stoxx 600 a subir cerca de 1% e os bancos europeus — um setor que beneficia por ser cíclico, mas também por ter sido dos mais penalizados na pandemia — a somarem mais de 4%. Portugal não ficou à margem do otimismo e o índice de referência PSI-20 ganha 2,5% para 5.132,50 pontos, em máximos de final de fevereiro do ano passado e com apenas duas das 18 cotadas no vermelho.

A estrela é o BCP, que chegou a subir 9,5% para 0,1438 euros por ação. Além do sentimento positivo generalizado, é também um dia cheio de notícias sobre o banco. Após ter fechado a venda de uma nova carteira de malparado, o BCP está a tentar travar judicialmente a multa milionária da Autoridade da Concorrência.

Desempenho do BCP no PSI-20

A Galp Energia está também entre as cotadas que mais sobem na bolsa de Lisboa, com um ganho de 3,81% para 9,326 euros. A petrolífera acompanha o desempenho do petróleo nos mercados internacionais: o brent de referência europeia sobe 1,4% para 54,37 dólares por barril, enquanto o crude WTI avança 0,9% para 50,39 dólares após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e parceiros da OPEP+ terem chegado a acordo para um ligeiro aumento da produção de petróleo em fevereiro e março, evitando assim um conflito como o vivido no ano passado.

Entre os restantes pesos-pesados do PSI-20, é também a energia que está em destaque. A EDP Renováveis sobe 1,28% para 23,60 euros, a EDP ganha 1% para 5,354 euros e a REN sobe 0,42% para 2,39 euros. A Nos avança 1,42% e a Jerónimo Martins 1,24%.

(Notícia atualizada às 10h55)

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Preços da produção industrial caem 1,9% na Zona Euro em novembro

  • Lusa
  • 6 Janeiro 2021

A contribuir para esta queda homóloga na zona euro está, principalmente, o setor energético, no qual os preços na produção industrial desceram 7,5%, avança o Eurostat.

Os preços na produção industrial caíram 1,9% na Zona Euro e 1,8% na União Europeia (UE) em novembro de 2020, em comparação com o período homólogo do ano anterior, impulsionados pelo setor energético, anunciou esta quarta-feira o Eurostat.

Os dados divulgados pelo gabinete estatístico comunitário revelam que, em novembro de 2020, os preços na produção industrial diminuíram 1,9% na Zona Euro e 1,8% na UE, em comparação com o mesmo mês de 2019.

A contribuir para esta queda homóloga na Zona Euro está, principalmente, o setor energético, no qual os preços na produção industrial desceram 7,5%, juntamente com os bens intermédios (-0,5%).

Por seu lado, os preços na produção industrial na Zona Euro subiram 0,1% para bens de consumo não duradouros, 0,9% para bens de capital e 1,5% para bens de consumo duradouros.

No conjunto da UE, as maiores descidas homólogas nos preços na produção industrial foram observadas na Lituânia (-7,3%), Grécia (-6,8%) e Chipre (-6,1%), enquanto que os únicos aumentos foram registados em Malta (+1,8%), Hungria e Eslovénia (ambos +1,1%).

Na variação em cadeia, os preços na produção industrial aumentaram 0,4% em novembro passado, tanto na Zona Euro, como na UE, em comparação com o mês anterior.

Também aqui, a subida mensal foi impulsionada na Zona Euro pelo setor energético, no qual os preços subiram 1,3%, bem como pelos dos bens intermédios (0,3%) e bens de consumo duradouros (0,1%), enquanto que os preços permaneceram estáveis para bens de capital e bens de consumo não duradouros.

No conjunto da UE, os maiores aumentos mensais de preços na produção industrial foram registados na Dinamarca e França (ambos +1,7%), Estónia (+1,2%) e Roménia (+1,1%), enquanto as maiores descidas foram observadas na Irlanda (-1,4%), Eslováquia (-0,7%) e República Checa (-0,5%).

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Queda do emprego foi maior nos precários, jovens e menos instruídos

  • Lusa
  • 6 Janeiro 2021

O emprego dos "trabalhadores com um alto nível de educação não foi praticamente afetado pela pandemia", com os menos instruídos a sofrerem uma quebra superior a 7%, avança o BCE.

A queda do emprego na zona euro observada até final do primeiro semestre do ano passado, foi maior nos trabalhadores com vínculos mais precários, nos mais jovens e menos instruídos, segundo o Banco Central Europeu (BCE).

“O declínio no emprego foi mais forte para os empregados temporários, os mais jovens e trabalhadores com baixos níveis de educação” até junho de 2020, período de maior impacto da pandemia de Covid-19, pode ler-se num artigo publicado pelo BCE no seu Boletim Económico, divulgado esta quarta-feira.

Segundo o documento, o emprego “dos trabalhadores com um alto nível de educação foi praticamente não afetado pela pandemia, ao passo que os trabalhadores com um baixo nível de educação viram um declínio agudo no seu emprego“.

“Do mesmo modo, os trabalhadores jovens foram desproporcionalmente afetados quando comparados com trabalhadores mais velhos. O emprego também declinou mais para as mulheres do que para os homens, embora a diferença seja relativamente pequena”, pode ler-se no artigo redigido pelos economistas Robert Anderton, Vasco Botelho, Agostino Consolo, António Dias da Silva, Claudia Foroni, Matthias Mohr e Lara Vivian.

Nos gráficos presentes no documento, pode observar-se que face ao quarto trimestre de 2019, em termos de grau de instrução dos trabalhadores, aqueles com um grau mais baixo registaram queda no emprego superior a 7% e os com médio superior a 4%, tendo os de nível de instrução mais alto aumentado ligeiramente o emprego, mas abaixo de 1%.

No mesmo período, o impacto da queda do emprego foi maior nos jovens entre os 15 e 24 anos (superior a 12%), seguidos da faixa etária entre os 25 e 49 anos (quase 4%) e entre os 50 e 74 anos (inferior a 1%).

Por tipo de emprego, os trabalhadores temporários viram o seu emprego reduzido em quase 18%, ao passo que os trabalhadores por conta de outrem o viram reduzido em 4% e os trabalhadores por conta própria viram-no baixar menos de 1%.

No total, o BCE dá conta que “havia menos 5,2 milhões de pessoas empregadas no segundo trimestre de 2020 que no final de 2019, uma queda de 3,2%”.

“O declínio no número de pessoas empregadas na primeira metade de 2020 corresponde a cerca de 44% do aumento no número de pessoas empregadas desde o segundo trimestre de 2013”, pode ler-se no documento hoje conhecido.

De acordo com o documento, “no segundo trimestre de 2020, o mais afetado pelas medidas de contenção, o total de horas trabalhadas declinou 16,8% e a média de horas trabalhadas 14,3% em termos anuais”.

O BCE dá também conta que a reação da taxa de desemprego à quebra de atividade foi menos pronunciada que a do emprego e o total de horas trabalhadas, com o desemprego da zona euro “a cair só 1,2 pontos percentuais para 8,4%, apesar da grande queda do emprego”, muito devido aos sistemas de manutenção de emprego, como o ‘lay-off’, que não conta para a taxa de desemprego.

No entanto, a menor reação da taxa de desemprego comparativamente, por exemplo, aos Estados Unidos (onde o ‘lay-off’ conta para a taxa), deve-se também ao alto número de trabalhadores que transitaram para a inatividade, resultando em contrações agudas na participação na força de trabalho”, segundo o documento.

Os economistas do BCE alertam que, apesar dos sistemas de manutenção do emprego “terem ajudado a estabilizar o emprego, tais políticas podem também dificultar a eficiente realocação dos trabalhadores entre os setores”, processo que deverá ser “maior quanto maior se mantiver a pandemia”.

Por setores, os mais afetados em termos de horas trabalhadas foi o da recriação e comércio e transportes.

“Face ao trimestre anterior, o declínio no total das horas trabalhadas em serviços de recriação no segundo trimestre de 2020 foi 40 vezes maior que o declínio correspondente no primeiro trimestre de 2009, enquanto no setor de comércio e transportes o declínio foi 15 vezes maior”, pode ler-se no documento.

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Gestores ganham 10 vezes mais que os trabalhadores

  • Lusa e ECO
  • 6 Janeiro 2021

Os homens lideram os cargos de topo em Portugal, com um salário superior em 20% ao das mulheres. Já a diferença salarial entre CEO e os colaboradores é, em termos médios, de 10 vezes, revela a Mercer.

85% dos membros dos órgãos de administração e de fiscalização em Portugal são homens, o que demonstra que as mulheres continuam sub-representadas nos papéis de liderança e com salários mais baixos. O estudo “Remuneração de Executivos de Topo”, divulgado esta quarta-feira pela consultora de recursos humanos Mercer, refere ainda que a diferença salarial na amostra entre a remuneração fixa do CEO e os restantes colaboradores nas organizações é, em termos médios, de 10 vezes.

A Mercer atenta em Portugal para a lei 62/2017, segundo a qual existe uma obrigatoriedade de cumprir os requerimentos dos reguladores que definem a proporção das pessoas de cada sexo designadas em razão das suas competências, aptidões, experiência e qualificações para os órgãos de administração e de fiscalização do setor público empresarial e das empresas cotadas em bolsa.

De acordo com o estudo, das empresas portuguesas cotadas participantes são identificados rácios entre 20% e 30%, sendo que em alguns casos não existe representação de ambos os sexos nos órgãos de administração. De referir que a proporção de pessoas de cada sexo designadas para cada órgão de administração e de fiscalização de cada empresa não pode ser inferior a 33,3 %. Esta regra aplica-se a partir de 1 de janeiro de 2018 para organizações do setor público empresarial e a partir de 1 de janeiro de 2020 para empresas cotadas em bolsa.

Cargos de administração ganham mais 20% do que as mulheres

No que diz respeito à remuneração fixa, em Portugal os homens em funções de administração e de fiscalização ganham em média mais 20%, relativamente às mulheres. Esta diferenciação verifica-se também ao incluir a remuneração variável, onde o gap aumenta para 30%.

Relativamente às diferentes componentes de remuneração, os administradores executivos representam, em média, uma remuneração variável anual com um peso de 45% face à remuneração fixa. Já para os colaboradores, a componente variável não representa, em média, mais do que 13% da respetiva remuneração fixa.

Relativamente ao gap salarial de remuneração fixa entre CEO e a média de colaboradores (exceto Comissão Executiva), verifica-se um rácio médio de 10 vezes, isto é, os gestores ganham 10 vezes mais que os trabalhadores. Para esta análise, foram inquiridas 55 organizações, sendo que oito integram o PSI-20.

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Trump bloqueia oito apps de pagamento chinesas nos EUA

  • ECO
  • 6 Janeiro 2021

A ordem restritiva defende que os Estados Unidos devem tomar "ações agressivas" contra os responsáveis pelo desenvolvimento de apps de software chinesas.

O ainda Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na terça-feira uma ordem executiva que proíbe a realização de transações com recurso a oito aplicações chinesas que oferecem serviços de pagamento. Entre elas, destacam-se a Alipay, a WeChat Pay e a QQ Wallet, avança a Reuters.

Esta decisão, tomada numa altura em que faltam apenas duas semanas para que Joe Biden assuma o cargo que é atualmente ocupado por Donald Trump, surge com o objetivo de reduzir a ameaça que as apps chinesas representam, na ótica da Casa Branca, para os norte-americanos. Isto porque, como relata um alto funcionário do governo à Reuters, estas aplicações têm vastas bases de utilizadores e acesso a dados de natureza delicada.

A ordem restritiva refere ainda que os Estados Unidos devem tomar “ações agressivas” contra os responsáveis pelo desenvolvimento de apps de software chinesas, de forma a protegerem a segurança nacional. CamScanner, SHAREit, Tencent QQ, VMate e WPS Office tratam-se das restantes aplicações visadas por esta medida.

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Bitcoin bate novo máximo ao cotar acima dos 35.000 dólares

A moeda virtual bateu um novo máximo. Esta quarta-feira chegou a cotar acima dos 35 mil dólares, acima do anterior recorde atingido a 3 de janeiro.

A Bitcoin soma e segue, voltando a tocar máximos de sempre. Em plena pandemia, a moeda virtual mais conhecida do mundo chegou a cotar acima dos 35 mil dólares, um valor superior ao anterior máximo de 34.630 dólares que foi alcançado a 3 de janeiro.

Apenas dois dias depois de ter registado a maior queda desde março, esta quarta-feira, o preço da bitcoin disparou para os 35.842 dólares. Nas últimas 24 horas a moeda registou um ganho de 6%. Pelas 9h04, de Lisboa, a Bitcoin estava a cotar nos 34.466,36 dólares. Só no ano passado, a Bitcoin quadruplicou o seu valor, segundo a Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

O JPMorgan acredita que a criptomoeda pode continuar a escalar em bolsa, apontando para um “preço-alvo” de 146 mil dólares, no longo prazo, à medida que compete com outros ativos, nomeadamente com o ouro.

A Bitcoin foi criada em 2007/2008 por Satoshi Nakamoto, cuja verdadeira identidade (ou identidades) ainda é desconhecida. O seu funcionamento assenta numa tecnologia designada blockchain, que permite manter um registo inviolável de transações desde o começo, garantindo que a oferta de moedas virtuais é limitada.

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Michelin vai cortar até 2.300 postos de trabalho em França

  • Lusa
  • 6 Janeiro 2021

Em três anos, fabricante de pneus prevê "uma redução de até 2.300 postos de trabalho", entre os 21.000 que a Michelin tem em França.

O grupo Michelin, um dos líderes mundiais de produção de pneus, anunciou que vai cortar até 2.300 postos de trabalho em França, sem saídas forçadas, como parte de um “plano de simplificação e competitividade”.

A fabricante de pneus pretende “melhorar a sua competitividade em até 5% ao ano” em atividades terciárias e na indústria, o que pode significar “em três anos uma redução de até 2.300 postos de trabalho”, entre os 21.000 que a Michelin tem em França.

O grupo já cortou quase 1.500 empregos desde 2017 como parte da sua reorganização, em particular na sua sede histórica em Clermont-Ferrand (centro de França) e nos Estados Unidos. Também fechou as fábricas de La Roche sur Yon (Vendée, França) e Bamberg (Alemanha).

Em 2024, “quase 60% das saídas previstas serão por reforma antecipada e o resto serão saídas voluntárias”, explicou a Michelin em comunicado.

De Clermont-Ferrand a Epinal via Troyes, esta nova reorganização diz respeito a “todos os centros franceses do grupo”, disse à AFP Florent Menegaux, presidente do grupo Clermont-Ferrand.

“A Michelin está empenhada em recriar tantos empregos quantos forem eliminados”, acrescentou.

O número de saídas em cada centro será especificado nos próximos meses.

A direção do grupo deseja abrir “rapidamente” negociações com os sindicatos em torno de um “acordo-quadro por um período de três anos”.

Nos últimos 10 anos, o grupo tem enfrentado “profundas mudanças estruturais no mercado mundial de pneus, marcadas em particular pela chegada massiva de produtos de baixo custo”.

Segundo o presidente do grupo, este deve “apoiar as mudanças estratégicas nas suas atividades para se preparar para o futuro”.

”É particularmente o caso de França, onde a vitalidade das suas posições exige um reforço significativo da sua competitividade”, sublinha.

“A Michelin não abandona a França” e “reinvestirá parte das poupanças conseguidas no desenvolvimento de novas atividades”, acrescentou Florent Menegaux.

As 15 unidades industriais em França especializaram-se gradualmente em pneus agrícolas, industriais e de competição de alta qualidade.

Ao mesmo tempo, a Michelin segue “a sua estratégia de localizar novas atividades de alto valor agregado em França”, como o hidrogénio, a impressão 3D e a reciclagem de resíduos plásticos.

Em 2030, a Michelin pretende que 30% da sua faturação seja gerado fora do setor dos pneus.

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