Rio acusa Van Dunem de mentir: “Todos os dias a ministra se enterra mais”

O social-democrata acusa a ministra da Justiça de mentir, afirmando que, se fosse num Governo seu, Francisca Van Dunem teria de se demitir ou seria demitida.

Rui Rio acusa a ministra da Justiça de mentir sobre o caso do currículo com dados falsos de José Guerra. Todos os dias “se enterra mais”, atira, defendendo que Francisca Van Dunem tem de se demitir ou ser mesmo demitida. Se António Costa não afastar a ministra, continuou o líder social-democrata, é porque “considera isto um padrão de normalidade”.

É absolutamente inequívoco que a ministra da Justiça mentiu claramente quando disse, por exemplo, que não conhecia a carta que tinha as falsidades para influenciar o Conselho [da União Europeia] a decidir em favor do Procurador [Europeu] que pretende”, disse o presidente do PSD esta terça-feira, em declarações aos jornalistas transmitidas pela RTP3.

Em causa está o facto de o currículo de José Guerra — indicado pela ministra da Justiça para Procurador Europeu — conter informações falsas, sobrevalorizando o seu percurso, algo que o primeiro-ministro classificou de “lapsos sem relevância”.

“Na minha opinião isto é gravíssimo. Eu não tenho de pedir a demissão da ministra. [Mas], para mim, uma pessoa que se comportou da forma como a ministra da Justiça se comportou e tem comportado, não tem condições para exercer o cargo. Se fosse ministra de um Governo meu, neste momento ou se demitia ou tinha de ser demitida. Para mim isso é claro“, continuou Rui Rio.

Francisca Van Dunem vai ser ouvida no Parlamento, no âmbito de uma audição pedida pelo PSD, mas Rui Rio diz já não precisar de ouvir muito mais. “Aquilo que eu sei todo o país sabe e é evidente que o comportamento não é minimamente aceitável”, disse, acrescentando: “Todos os dias tem havido uma reação da ministra que é pior do que a anterior. Como se costuma dizer, ainda se enterra mais”.

Numa carta enviada para à União Europeia (UE), e a que o ECO teve acesso, o Governo indicou informações falsas sobre José Guerra, nomeadamente que este é “Procurador-Geral Adjunto” (quando é apenas Procurador) e que teve uma participação de “liderança investigatória e acusatória” no processo UGT, o que também não é verdade, dado que foi o magistrado escolhido pelo Ministério Público para fazer o julgamento e não a acusação.

Esta polémica levou à demissão do diretor da Direção Geral da Política de Justiça (DGPJ), Miguel Romão, que aconteceu esta segunda-feira. Ainda no mesmo dia, a ministra da Justiça enviou nova carta ao Embaixador Representante Permanente de Portugal (REPER) junto da UE, afirmando que a carta enviada a 29 de novembro tem “dois lapsos evidentes”.

Esta segunda-feira, o primeiro-ministro reuniu-se com Francisca Van Dunem, afirmando, no final deste encontro, que se trataram de “dois lapsos sem relevância, aliás, para o processo de seleção” e, “além do mais, o Curriculum Vitae do candidato proposto, que consta do processo submetido ao Conselho da União Europeia, não contém qualquer incorreção”. António Costa reafirmou total confiança na ministra, descartando a sua demissão.

(Notícia atualizada às 12h51 com mais informação)

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Goldman Sachs espera retoma das petrolíferas em 2021. Vê potencial de 14% na Galp

As preferidas do banco de investimento são a BP, a Repsol, a Shell, a Eni e a Total, sobre as quais recomenda a "compra". Já em relação à Galp Energia, o Goldman Sanchs tem uma posição "neutral".

Após um ano marcado pela “tempestade perfeita” para as petrolíferas, 2021 será de recuperação para o setor, segundo esperam os analistas do Goldman Sachs. Desde os mínimos de abril, as empresas do petróleo na Europa recuperaram 35% e o banco de investimento espera uma subida de 20% ao longo deste ano. Sobre a portuguesa Galp Energia, mantém o preço-alvo, com um potencial de valorização de 14%.

“O quarto trimestre de 2020 fecha um ano marcado pela tempestade perfeita de ventos contrários macroeconómicos para as maiores empresas integradas de petróleo e gás, com uma combinação de baixos preços das matérias-primas, desafiantes margens e volumes no downstream e disrupções operacionais relacionadas com a Covid”, começa por dizer o Goldman Sachs.

Os primeiros sinais de retoma chegaram ainda no final do ano passado, com a recuperação dos preços e fluxos de caixa positivos para as empresas. À medida que entramos em 2021, o banco de investimento vê um potencial de cerca de 20% para as empresas que beneficiem dos cinco “R”: recuperação económica, revisões em alta de resultados, reestruturação, retornos acionistas e redefinição de modelos de negócio face às alterações climáticas.

As preferidas do banco de investimento são a BP, a Repsol, a Shell, a Eni e a Total, sobre as quais recomenda aos clientes que “comprem” ações.

Já em relação à Galp Energia, o Goldman Sachs tem uma recomendação “neutral”, apontando para um preço alvo das ações nos 10 euros (inalterado face à última avaliação), o que lhe dá um potencial de valorização de 14% face aos 8,754 euros, em que fechou 2020. Esta cotação representa uma perda anual de 41% e, desde então, a empresa liderada por Carlos Gomes da Silva deslizou mais ainda.

Preços mais altos do petróleo ou mais exploração que o esperado poderão gerar surpresas positivas no crescimento ou no capex da Galp Energia, mas o contrário também pode acontecer, segundo aponta o Goldman Sachs nos principais riscos para a empresa.

O banco estima que o lucro ajustado da Galp Energia tenha caído 65% no quarto trimestre, para 65 milhões de euros. Em relação aos resultados operacionais aponta uma quebra de 61%.

Desempenho da Galp Energia no PSI-20

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Porto e Lisboa são “muito pouco acessíveis” para o arrendamento jovem

A pandemia pressionou ainda mais os jovens a adiarem a compra de uma casa, optando pelo arrendamento. Mas em muitas cidades europeias o esforço é ainda elevado.

Se antes da pandemia os jovens já sentiam dificuldade em comprar casa, este ano essa dificuldade aumentou ainda mais. De acordo com um estudo da consultora imobiliária JLL, a pandemia veio pressionar os jovens a adiar a compra de habitação, optando pelo mercado de arrendamento. Contudo, em muitas cidades europeias os preços estão longe de ser acessíveis.

De acordo com o relatório European City Dynamics, o novo coronavírus “alterou muitos aspetos da vida dos jovens europeus”, desde a forma como gerem a sua educação superior, à entrada no mercado de trabalho e às necessidades habitacionais. A faixa etária dos 20 aos 34 anos é aquela que tem maior probabilidade de viver sozinho, reforçando, assim, a importância que tem no mercado de arrendamento da maioria das cidades.

Mas, embora importantes, isso não quer dizer que seja fácil ter acesso a esse mercado de rendas. O mesmo estudo mostra que, apesar de serem o grupo com “menor probabilidade de escapar aos impactos económicos da pandemia”, os jovens “enfrentam agora uma acrescida incerteza no emprego, desafios na capacidade financeira para aceder a uma habitação e mobilidade reduzida“.

Isto significa que mais jovens adultos irão continuar a arrendar uma casa, atrasando, assim, a compra de uma habitação. Um inquérito feito pela JLL no Reino Unido mostra que o montante cobrado em rendas pelos proprietários institucionais está em cerca de 96% do valor cobrado no ano passado, “concluindo que os fluxos de rendas gerados mantiveram os níveis normais mesmo no contexto de pandemia”.

“Perceber esta procura dos jovens residentes, nomeadamente aquilo que querem da sua casa, deverá traduzir-se num crescimento de contratos de arrendamento e de compras de imóveis que respondam a estas preferências“, diz Tom Colthorpe, autor do estudo e analista da JLL. “A natureza abrangente da atual crise irá influenciar profundamente os estilos de vida e as decisões financeiras dos jovens nos próximos anos”, acrescenta.

Há “apetência crescente dos jovens portugueses para o arrendamento”

A JLL nota que, em território nacional, há uma “apetência crescente dos jovens portugueses para o arrendamento, num mercado onde não existe atualmente oferta disponível”, lê-se em comunicado. Se por um lado preferem “soluções mais flexíveis”, por outro sabem que “em resultado da atual crise, irá haver maior dificuldade em aceder ao financiamento para aquisição de habitação“.

Mas importa referir um outro aspeto importante: a falta de “oferta adequada às suas [dos jovens] necessidades para arrendar”. O estudo da JLL concluiu que Porto e Lisboa estão entre as cidades “muito pouco acessíveis” para arrendar casa, com 25% a 30% do rendimento médio disponível das famílias a ser alocado à renda de uma habitação. Ambas as cidades estão sinalizadas entre aquelas onde este rácio tende a agravar-se.

Mas há ainda muitas cidades na Europa consideradas mesmo “inacessíveis” para arrendar uma casa, onde a renda de uma habitação consome mais de 30% do rendimento médio disponível. Aqui incluem-se cidades como Londres, Paris, Amesterdão, Barcelona, Dublin, Copenhaga, Varsóvia e Budapeste.

Fernando Ferreira, head of capital markets da JLL, nota, em comunicado, que “os millenialls não querem necessariamente possuir uma casa, querem usá-la e ter flexibilidade e mobilidade nas suas opções de vida”. “Para estes jovens, arrendar não é só uma questão financeira”, conclui.

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Candidata à Procuradoria Europeia diz que processo de seleção põe em causa Estado de Direito

  • Lusa
  • 5 Janeiro 2021

Ana Carla Almeida, preterida para o cargo de procurador europeu, considera que as informações sobre a forma como decorreu o processo de seleção colocam em causa Estado de Direito.

A procuradora Ana Carla Almeida, preterida para o cargo de procurador europeu, considera que as informações sobre a forma como decorreu o processo de seleção, “em nada contribuem” para o regular funcionamento do Estado de Direito.

“Como magistrada e como cidadã tenho consciência que as informações que têm vindo a público sobre a forma como decorreu o processo de seleção, em nada contribuem” para a “independência da Procuradoria Europeia, o regular funcionamento do Estado de Direito, o direito que os cidadãos têm à boa administração e ao respeito pelo princípio da transparência no funcionamento das instituições que os governam”, afirmou Ana Carla Almeida, numa resposta escrita enviada à agência Lusa.

A magistrada do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) foi preteria na escolha para ocupar um cargo na Procuradoria Europeia, depois de um comité de peritos europeus a ter considerado a melhor candidata para o cargo, sendo este ocupado por José Guerra, após indicação do Conselho Superior do Ministério Público, num processo que gerou polémica e que levará a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, a dar explicações ao parlamento.

À Lusa, a procuradora aponta como “absolutamente fundamental” o respeito pela independência da Procuradoria Europeia, o regular funcionamento do Estado de Direito, o direito que os cidadãos têm à boa administração e ao respeito pelo princípio da transparência no funcionamento das instituições que os governam, acrescentando que todos os procedimentos que adotou e está disponível para continuar a adotar “sempre estarão enquadrados por estes valores” que, entende, “se sobrepõem a concretos interesses pessoais”.

Além da polémica sobre a escolha do procurador europeu, indicado por Portugal, juntaram-se recentemente as notícias sobre os erros que constavam numa nota enviada pelo Governo em novembro de 2019 o Conselho Europeu sobre o currículo de José Guerra.

O Ministério da Justiça disse que está em curso uma averiguação para apurar as circunstâncias em que foi elaborada a nota que continha lapsos sobre o percurso profissional de José Guerra, que sobrevalorizavam o seu currículo, tendo, na segunda-feira a ministra da Justiça enviado uma correção.

Os dois lapsos diziam respeito à categoria profissional de Paulo Guerra no Ministério Público, que não é de procurador-geral adjunto, mas sim procurador da República e sobre a sua participação no processo UGT, tendo acompanhado a fase de julgamento e não a investigação/acusação.

A polémica em redor dos lapsos cometidos na transmissão de informação sobre o currículo de José Guerra levaram também à saída do diretor-geral da Política de Justiça, Miguel Romão, que, após ter colocado o lugar à disposição, garantiu que a informação com lapsos foi “preparada na sequência de instruções recebidas” e o seu teor era do conhecimento do gabinete da ministra da Justiça.

Na noite de quinta-feira, o primeiro-ministro manifestou “total confiança política” na ministra da Justiça e defendeu que os “lapsos” no currículo do procurador europeu José Guerra tiveram origem numa nota da Direção-Geral de Política de Justiça.

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Putin e Merkel discutem possibilidade de produção conjunta de vacinas contra a Covid-19

  • Lusa
  • 5 Janeiro 2021

"Ficou acordado continuar os contactos sobre este assunto entre os Ministérios da Saúde e outras estruturas especializadas dos dois países", lê-se numa nota enviada pelo Kremlin.

O Presidente russo, Vladimir Putin, discutiu com a chanceler alemã, Angela Merkel, a possibilidade de uma “produção conjunta de vacinas” contra o novo coronavírus, anunciou esta terça-feira o Kremlin, enquanto Moscovo procura aumentar as suas capacidades nesta área.

Numa conversa telefónica, os dois líderes abordaram “questões de cooperação na luta contra a pandemia do novo coronavírus” e “a ênfase foi colocada nas possíveis perspetivas de produção conjunta de vacinas”, segundo um comunicado de imprensa do Kremlin.

“Ficou acordado continuar os contactos sobre este assunto entre os Ministérios da Saúde e outras estruturas especializadas dos dois países”, acrescentou a nota.

A vacina russa contra o novo coronavírus, chamada de “Sputnik V”, em homenagem ao primeiro satélite lançado pela URSS em 1957, foi recebida com ceticismo na comunidade internacional.

O anúncio da sua aprovação, em agosto, antes mesmo do início de ensaios clínicos em grande escala (da fase 3) e da publicação de resultados científicos, foi considerado prematuro.

A vacinação da população russa com a Sputnik V começou no início de dezembro e foram enviados lotes para a Bielorrússia, Sérvia e Argentina, mas Moscovo admitiu que não tinha recursos de produção suficientes para fabricá-los rapidamente e em quantidade necessária.

A Índia deverá ajudar a produzir 100 milhões de doses da Sputnik V e parcerias foram firmadas com o Brasil, a China e a Coreia do Sul.

De acordo com o comunicado do Kremlin, Vladimir Putin e Angela Merkel também discutiram a resolução do conflito entre as forças de Kiev e separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, em grande parte congelado desde acordos de paz assinados em 2015, mas cujo componente político está estagnado.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.843.631 mortos resultantes de mais de 85 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 7.186 pessoas dos 431.623 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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PLMJ contrata José Pedro Anacoreta como sócio

A PLMJ contratou José Pedro Anacoreta como sócio da área de Laboral, para integrar o escritório do Porto.

A PLMJ contratou José Pedro Anacoreta como sócio da área de Laboral, para integrar o escritório do Porto. José Pedro Anacoreta tem mais de 15 anos de experiência na área do Direito Laboral e vem do Grupo Sonae, onde desempenhava as funções de head of Legal da Worten, depois de ter ocupado posições de liderança na área de Recursos Humanos do Grupo Sonae na última década.

Para Bruno Ferreira, managing partner da PLMJ, “o José Pedro Anacoreta traz uma experiência corporativa muito valiosa e está especialmente preparado para responder aos desafios que se colocam hoje e no futuro ao tecido económico nacional. Estamos certos de que este é um passo muito importante no projeto de continuidade da afirmação da liderança da PLMJ nesta área”.

Para José Pedro Anacoreta, “a integração na PLMJ é um desafio que encaro com enorme entusiasmo. Trata-se de um dos grandes escritórios nacionais de referência, com um posicionamento muito forte junto das grandes empresas, para o qual venho contribuir com a minha experiência num grupo empresarial de vanguarda”.

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Secretário de Estado acusa diretor demissionário no caso do currículo falso de gerir “quinta privada”

O secretário de Estado Adjunto e da Justiça, Mário Belo Morgado, já reagiu ao caso do procurador europeu e defende que é “inqualificável” o sugerido pelo ex-diretor-geral no comunicado.

O caso das informações falsas no currículo do procurador europeu, João Guerra, continua a dar que falar. Desta vez, Mário Belo Morgado, secretário de Estado Adjunto e da Justiça, utilizou as suas redes sociais para se pronunciar sobre o sucedido.

Sobre a retirada do comunicado de Miguel Romão, diretor-geral da DGPPJ que se demitiu, do site do ministério da Justiça, Mário Belo Morgado afirma que as plataformas e serviços públicos não podem ser usados como “quintas privadas”.

O comunicado em questão, enviado logo após o anúncio da demissão de Miguel Romão, segundo a DGPJ refere que a informação que constava na carta “foi preparada na sequência de instruções recebidas e o seu conteúdo integral era do conhecimento do Gabinete da senhora Ministra da Justiça desde aquela data”, responsabilizando desta forma a titular da pasta da Justiça.

Para o secretário de Estado os ministérios são estruturas complexas que compreendem três “camadas”: os membros do Governo, os gabinetes e os diferentes serviços/departamentos e dessa forma são “incontornáveis” os lapsos.

Todos os dias são produzidos inúmeros documentos, muitos dos quais não chega ao conhecimento efetivo dos governantes. E, incontornavelmente, em maior ou menor medida, há erros e lapsos”, refere na sua página do Facebook.

Mário Belo Morgado qualifica como “inqualificável” o sugerido pelo ex-diretor-geral no comunicado publicado em relação à ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, em que diz que esta saberia do conteúdo do currículo.

“Foi emitido um comunicado em que, alijando-se as responsabilidades momentos antes assumidas, também se cavalga a onda politico-mediática que nos últimos dias tem explorado e empolado tais lapsos”, escreveu.

Esta segunda-feira, o diretor da Direção Geral da Política de Justiça (DGPJ), Miguel Romão, demitiu-se do cargo e garantiu que a ministra da Justiça tinha conhecimento do conteúdo integral do currículo do procurador José Guerra. A comunicação essa acusação foi, mais tarde, apagada pelo Ministério da Justiça.

Já o lugar da ministra da Justiça não está em risco, garantiu o primeiro-ministro após se ter encontrado com Francisco Van Dunem na segunda-feira. António Costa desvalorizou o caso das informações falsas no currículo do procurador europeu, que apelidou de “lapsos sem relevância”.

Numa carta enviada para a União Europeia (UE), o executivo apresenta dados falsos sobre o magistrado preferido do Governo para procurador europeu, José Guerra, depois de um comité de peritos ter considerado Ana Carla Almeida a melhor candidata para o cargo.

Na carta, a que os dois órgãos tiveram acesso, e que o ECO também já consultou, José Guerra é identificado com a categoria de “procurador-geral-adjunto”, que não tem, sendo apenas procurador, e como tendo tido uma participação “de liderança investigatória e acusatória” no processo UGT, o que também não é verdade, porque foi o magistrado escolhido pelo Ministério Público para fazer o julgamento e não a acusação.

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Altice Empresas promove debate sobre cibersegurança

  • ECO + Altice Empresas
  • 5 Janeiro 2021

No primeiro evento do ciclo "Altice Empresas Live", o tema em debate foi segurança. Conheça a visão de alguns especialistas face aos desafios e às soluções a que as empresas têm de estar atentas hoje.

A crescente evolução tecnológica e a utilização de aplicações online colocam a atividade das empresas em risco de ciberataques. É, por isso, fundamental definir estratégias de prevenção para que as empresas possam operar em segurança no mundo digital.

Com esta premissa em mente, a Altice Empresas dedicou o primeiro evento do ciclo Altice Empresas Live ao tema da cibersegurança. A sessão, que decorreu no passado dia 24 de novembro, contou com a participação de Alexandre Fonseca, Presidente Executivo da Altice Portugal, José Alegria, Chief Information Security Officer & Head of Cybersecurity da Altice Portugal e Rui Rodrigues, Global Information Systems Director da BIAL.

De acordo com Alexandre Fonseca, “estes fóruns de discussão têm como objetivo mostrar o importante papel que a Altice Empresas tem vindo a assumir como parceiro preferencial da transformação digital do tecido empresarial português”.

José Alegria teve oportunidade de resumir a doutrina de cibersegurança ativa da Altice Portugal, enaltecendo a importância de ter um modelo de governança eficaz e enumerando alguns dos desafios atuais. “Existe neste momento um tipo de ataque com características catastróficas“, que de uma só vez avança com a “extração de informação confidencial da organização ou de clientes” e, de seguida, “é lançado um processo de ransomware para encriptar todos os ficheiros vitais da organização”.

A segurança como enabler da transformação digital” foi o tema do debate principal, contando com Rui Duro, Country Manager da Check Point Software Technologies, Marcelo Carvalheira, Country Manager da Fortinet Portugal, e Paulo Vieira, Sales Manager da Palo Alto Networks, como oradores. A moderação ficou a cargo de David Antunes, Consultor de Cibersegurança da Altice Empresas. A sessão encerrou com a intervenção de Nuno Nunes, Chief Sales Officer B2B da Altice Portugal.

O exemplo da BIAL

Rui Rodrigues apresentou na sessão algumas das práticas da BIAL em matéria de cibersegurança e a sua perspetiva enquanto Global Information Systems Director. “A segurança é uma preocupação transversal e crescente” e que, tendo em conta os contextos de cada empresa, “é um problema que nunca está completamente resolvido e um tema que devemos encarar com muita humildade”, começa por explicar.

A experiência da BIAl em matéria de segurança começou há muito tempo, com uma abordagem mais transversal, naquilo a que chamam de validações. “Isto passou pela adoção de um conjunto de práticas de gestão de infraestruturas, de processos e onde se incluía também a segurança.” Este documento foi evoluindo, integrando, mais recentemente, as questões de RGPD e foi complementado com diretrizes do Centro Nacional de Cibersegurança.

Algumas das iniciativas praticadas pela farmacêutica neste contexto passam por “políticas claras escritas para todos os colaboradores”, que incluem formações no onboarding e durante o ano; auditorias regulares; a produção e revisão constante de “guidelines de procedimentos seguros“; e “um Data Center relevante, neste caso a Altice”. A BIAL conta também com “gestão de contas de acesso privilegiado”, com mecanismos que tentam maximizar a proteção, e “contas segregadas”, para minimizar, por exemplo, ataques de phishing, revelou Rui Rodrigues.

Além de todos estes aspetos, o responsável realça ainda a importância de terem um SOC (Security Operation Center), neste caso externo, que faz a gestão dos incidentes, e um serviço de gestão de vulnerabilidades.

A segurança como enabler da transformação digital

Que desafios nos trazem a Cloud e que soluções existem para continuarmos a colocar informação na Cloud de forma segura? Para Rui Duro, da Check Point Software Technologies, “a falta de controlo, de visibilidade, de governança” são os principais desafios que o uso da Cloud coloca às empresas. A um nível mais complexo da Cloud, “temos de gerir identidades, permissões, e num ambiente novo não temos essa capacidade”. Temos, por isso, de ter “tecnologia que nos dê esse controlo e visibilidade”, como por exemplo “governança sobre a Cloud que dê possibilidade de implementar políticas de RGPD e outras regulamentações”, adiantou Rui Duro.

Numa altura em que o teletrabalho se generalizou por força das circunstâncias, o Security Access Service Edge (SASE) é uma arquitetura que pode fazer a diferença. Tal como explicou Marcelo Carvalheira, da Fortinet Portugal, trata-se de “um modelo de serviços emergente que combina funções de rede de segurança com funcionalidades do WAN para suportar as necessidades das organizações no contexto atual” no âmbito de “acesso dinâmico e seguro”.

Isto significa que o SASE permite aplicar um acesso seguro independentemente da localização dos seus utilizadores, fluxo de dados ou dispositivos. “Isto é uma vantagem extremamente importante à medida que se juntam mais utilizadores à força de trabalho remoto”, referiu Marcelo Carvalheira. “Este sistema inovador é adequado quando se pretende simplicidade, escalabilidade, flexibilidade, baixa latência e segurança generalizada. É uma arquitetura de extrema importância para o processo da transformação digital“, adiantou.

Esta questão liga-se diretamente à mobilidade. Paulo Vieira, da Palo Alto Networks, acredita estarmos a viver aquela que é “a 4ª revolução na forma de trabalhar” e que”o SASE veio trazer essa flexibilidade ao mercado”.

No que respeita às soluções de segurança para aplicar à Cloud, Rui Duro explicou o contexto. À medida que vamos aprofundando a complexidade da Cloud, com microserviços ou funções, “vamos aumentando a exposição, perdendo o controlo” e, por outro lado, “vamos aumentando a flexibilidade e a velocidade”. Nestes casos, “a própria segurança transformou-se na Cloud”. É necessário inspecionar “permanentemente o código que está a ser desenvolvido”, participar no seu desenvolvimento ao nível da segurança, “aplicar políticas de governança a todos os dados, saber quem são as entidades” externas e internas que acedem aos dados e “garantir claramente as permissões desses mesmos serviços”, explicou o country manager da Check Point Software Technologies. Isto tudo garantindo uma manutenção “dos ritmos de desenvolvimento”.

“A velocidade é muito importante” para as empresas, concluiu Rui Duro. E Paulo Vieira, da Palo Alto Networks, confirmou. “A segurança é tipicamente vista como entropia”. É, por isso, necessário inserir a “tecnologia de segurança dentro daquelas ferramentas com que os developers estão habituados a trabalhar”. Só assim se consegue manter “a velocidade e a componente tecnológica a funcionar”. As ferramentas suportadas em Inteligência Artificial como, por exemplo, dar a visão do atacante num momento particular, “é o drive a introduzir dentro do ciclo de desenvolvimento”, acrescentou.

Outra solução que traz importantes benefícios de segurança é o SOAR – Security Orchestration Automation and Response. “À medida que a velocidade da informação aumenta, todos recebemos uma enorme pressão para agir e responder rapidamente”. O tempo de resposta a uma situação é cada vez mais curto e a probabilidade de errar aumenta. É neste contexto que surgem as soluções de SOAR”, explicou Marcelo Carvalheira. Os grandes benefícios para as empresas é uma “maior agilidade nas operações de segurança, maior velocidade de resposta face às ameaças, melhor capacidade de análise – mais rápida e apoiada – e uma otimização de custos”, adiantou.

Como saber, então, qual é o parceiro certo na área da cibersegurança? Todos os convidados do painel destacam a especialização, certificação e conhecimento como fatores-chave nessa escolha. “É muito importante um parceiro que cubra todo o ciclo de venda” e que consiga “identificar e interpretar as necessidades do cliente, e apresentar a solução mais adequada”, adiantou Marcelo Carvalheira.

Para o country manager da Check Point Software Technologies, “a capacidade financeira e a estabilidade” também são cruciais. “Ter um conjunto alargado de equipas multidisciplinares e ter a capacidade de fornecer serviços de prevenção e de suporte 24×7 a nível nacional é outro aspeto muito importante”, acrescentou.

No encerramento da sessão, Nuno Nunes, Chief Sales Officer B2B da Altice Portugal, teve oportunidade de esclarecer que durante o último ano, a Altice construiu “equipas técnicas certificadas” nos diferentes parceiros, e um “SOC que está integrado no backbone”, com seis Data Centers, “e que assenta nas melhores tecnologias e líderes de mercado”, operando através de uma visão holística, correlacionando eventos e estabelecendo procedimentos de segurança a seguir, realçou.

Neste vídeo, fique a conhecer em resumo a visão dos diferentes intervenientes face aos atuais desafios da cibersegurança para as empresas.

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Reino Unido dá 4,5 mil milhões em apoios a empresas afetadas pela Covid-19

As empresas britânicas dos setores mais afetados pela pandemia, nomeadamente do retalho, alojamento e lazer, vão ter acesso a apoios a fundo perdido até 9 mil libras.

Numa altura em que o Reino Unido avança para seis semanas de confinamento total, o Governo britânico decidiu dar subsídios a alguns dos setores mais afetados, no valor total de 4,5 mil milhões de libras (o equivalente a cerca de cinco mil milhões de euros). Os beneficiários serão empresas de retalho, alojamento e lazer, segundo adiantou o chanceler, Rishi Sunak.

Os apoios a atribuir deverão ter um máximo de 9 mil libras (cerca de 10 mil euros), para as maiores empresas, e rondarão as 6 mil libras para as médias empresas e as 4 mil para os pequenos negócios, de acordo com o Huffington Post (acesso livre, conteúdo em inglês). O objetivo é que a medida chegue a cerca de 600 mil negócios no Reino Unido.

Além destes subsídios, Rishi Sunak anunciou também um fundo de 594 milhões de libras para concelhos e locais atribuírem às empresas de outros setores, que não estão abrangidas por estes apoios. Estas medidas juntam-se ao regime de lay-off que está ainda em vigor no país, depois de ter sido prolongado até abril.

“A nova estirpe do vírus apresenta a todos nós um enorme desafio e, enquanto a vacina está a ser lançada, precisamos de apertar ainda mais as restrições”, reiterou o político britânico. Boris Johnson anunciou esta segunda-feira um confinamento de seis semanas para conter a aceleração da pandemia, nomeadamente para travar o avanço da nova variante do coronavírus, considerada mais infecciosa.

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Emissão conjunta de dívida da UE deverá acontecer até ao “início do segundo trimestre”, revela Santos Silva

No dia em que acontece a cerimónia inaugural da presidência portuguesa da UE, o ministro dos Negócios Estrangeiros revela ao ECO que a emissão conjunta de dívida deverá acontecer no início de abril.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, está confiante de que a Comissão Europeia terá condições para ir aos mercados e emitir dívida em nome da União Europeia o mais tarde no início do segundo trimestre. Até lá, os 27 Estados-membros têm de ratificar a legislação necessária. No dia em que decorre a cerimónia inaugural da presidência portuguesa do Conselho da UE, Augusto Santos Silva diz ao ECO que é “exequível” ter alguns Planos Nacionais de Recuperação e Resiliência aprovados até junho.

Esta segunda-feira arrancou a primeira semana oficial da presidência portuguesa e esta terça-feira decorre a cerimónia inaugural, a qual contará com a presença do presidente do Conselho Europeu, Charles Michel. “A sua presença tem um duplo significado: permitir um encontro presencial entre o presidente do Conselho Europeu e o primeiro-ministro português e o de marcar o momento inaugural da presidência portuguesa”, explica Augusto Santos Silva, argumentando que Portugal terá “visibilidade acrescida evidente” com esta presidência, apesar das restrições da pandemia.

Na reunião entre Michel e Costa serão tratados vários temas, mas há uma corrida contra o tempo que ganha destaque na presidência portuguesa. Fechado o acordo no Conselho Europeu e no Parlamento Europeu sobre o fundo de recuperação europeu, agora colocá-lo no terreno e o desafio é complexo. O primeiro passo será a aprovação da legislação dos recursos próprios da UE nos 27 Estados-membros (no caso de Portugal será o Parlamento), a qual permitirá aumentar o teto de endividamento do bloco. O Governo espera ter “esse processo concluído ao longo do primeiro trimestre de 2021”, mas não se exclui o cenário de um potencial bloqueio num dos parlamentos nacionais, o que iria atrasar o processo.

Concluído este processo, a Comissão Europeia poderá ir pela primeira vez — pelo menos com esta dimensão — aos mercados financeiros para endividar-se em 750 mil milhões de euros em nome da UE, os quais irão financiar a #PróximaGeraçãoUE, o nome dado ao fundo de recuperação europeu. “Nós esperamos que no fim do primeiro trimestre ou no início do segundo trimestre a emissão conjunta de dívida se possa fazer“, estima o ministro dos Negócios Estrangeiros. O próximo passo será concluir a aprovação dos regulamentos para estes entrarem em vigor.

O principal instrumento desse fundo será o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) de cada país. A partir do momento em que o regulamento estiver pronto cada Estado-membro pode apresentar formalmente a versão final desse documento, sendo que depois Bruxelas tem dois meses para o avaliar e o Conselho Europeu um mês. Contudo, como existe um diálogo prévio com a Comissão Europeia — Portugal, por exemplo, apresentou um esboço logo em outubro de 2020 –, Augusto Santos Silva prevê que os prazos não sejam utilizados na sua totalidade e o processo possa ser acelerado.

É exequível que ao longo do primeiro semestre de 2021 os primeiros planos nacionais sejam aprovados“, diz, admitindo que possa haver países a várias velocidades no arranque do PRR. “Não temos de esperar uns pelos outros”, aponta. A partir do momento em que o PRR for aprovado nas instituições europeias, já haverá condições para que seja desembolsada a primeira tranche de subvenções e empréstimos deste fundo europeu, a qual corresponde a 13% de 70% da “fatia” que é certa para cada país. Os restantes 30% do “bolo” dependerão da evolução dos indicadores económicos em 2020 e 2021.

Na prática, se este calendário for cumprido, a presidência portuguesa terá lançado a “bazuca” europeia, o nome dado em Portugal ao fundo de recuperação. Recorde-se que, mesmo que chegue quase um ano depois de haver um acordo inicial sobre este fundo de recuperação, este dinheiro europeu é elegível para despesas que estejam relacionadas de alguma com a pandemia desde fevereiro de 2020, mês em que a Covid-19 começou a afetar os países europeus. No Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021), o Governo português indicava que esperava receber ao longo deste ano 500 milhões de euros relativos ao PRR nacional.

Para marcar este momento em que a presidência portuguesa espera que os planos nacionais sejam aprovados e em que comecem a ser utilizadas as verbas europeias, será organizada em junho uma Conferência de Alto Nível sobre a Recuperação, em Lisboa, para discutir a situação económica e financeira da União Europeia.

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Novos canais da RTP na TDT só depois da renegociação do contrato de concessão do serviço público

A possibilidade de se acabar com a RTP Memória na TDT está também a ser considerada, ponderando-se a sua substituição por um canal público infantil ou juvenil.

Em dezembro, foi aprovada em Conselho de Ministros a integração da RTP África na programação da Televisão Digital Terrestre (TDT), bem como de um novo canal da RTP, “dedicado ao conhecimento”. No entanto, esta extensão da oferta acontecerá só depois da renegociação do contrato de concessão do serviço público de rádio e de televisão.

Durante este processo de renegociação, estará também em cima da mesa a possibilidade de se acabar com a RTP Memória na TDT ou de, pelo menos, se reduzir a programação dedicada ao arquivo histórico da concessionária, avança a Resolução do Conselho de Ministros divulgada esta terça-feira a propósito do tema.

E, caso tal venha mesmo a acontecer, “a concessionária deverá iniciar um novo serviço de programas dedicado aos públicos infantis e juvenis, que ocupará, total ou parcialmente, a reserva de capacidade até aqui atribuída ao serviço de programas RTP Memória”, esclarece o documento.

Neste momento, a oferta da TDT é composta por apenas sete canais: RTP1, RTP2, SIC, TVI, RTP Memória, RTP3 e Canal Parlamento. Este número subirá para nove, com a introdução da RTP África e do novo canal destinado à divulgação científica, o qual está ainda para ser criado, “desde que reunidas as necessárias condições financeiras para o efeito”, e com a eventual substituição da RTP Memória por um canal dedicado ao público infantil ou juvenil.

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Bitcoin pode continuar a bater recordes até aos 146 mil dólares, diz o JPMorgan

JPMorgan acredita que muito do dinheiro que atualmente é direcionado para o ouro pode ser atraído pela divisa virtual. Isso pode fazer disparar a coação.

A bitcoin quadruplicou de valor no ano passado. E já depois do Ano Novo, o valor da criptomoeda continua a disparar para um patamar acima dos 30.000 dólares. É um recorde absoluto, mas este pode ser apenas o início de uma escalada ainda mais impressionante.

O JPMorgan acredita que a criptomoeda pode continuar a escalar em bolsa, apontando para um “preço-alvo” de 146 mil dólares, no longo prazo, à medida que compete com outros ativos, nomeadamente com o ouro.

De acordo com uma nota de research citada pela Bloomberg (acesso pago, conteúdo em inglês), o banco de investimento norte-americano acredita que muito do dinheiro que atualmente é direcionado para o ouro pode ser atraído pela divisa virtual.

Atualmente com uma capitalização bolsista de cerca de 575 mil milhões de dólares, o valor de mercado da bitcoin teria de multiplicar-se por 4,6 vezes de forma a igualar o investimento realizado através de ETFs (Exchange Traded Funds) em barras e moedas de ouro, diz a equipa de analistas liderada por Nikolaos Panigirtzoglou.

Poderia, assim, chegar aos tais 146 mil dólares por moeda, ou até a um valor superior, mas essa progressão vai depender da volatilidade que a divisa virtual venha a apresentar. É que para convencer muitos dos grandes investidores, a bitcoin precisa de ser mais estável. E isso poderá demorar algum tempo a acontecer.

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