Petróleo continua a subir e atinge máximos de 2018
A cotação do petróleo está a subir há oito semanas consecutivas, levando o preço do barril para máximos de 2018, no caso do brent, e máximos de 2014, no caso do WTI.
O petróleo negociado em Londres, o brent, atingiu um máximo de outubro de 2018 numa altura em que a procura continua a recuperar do impacto da crise pandémica. Neste início de segunda-feira, a cotação do “ouro negro” está a subir cerca de 1% para os 85,73 dólares. Os analistas antecipam que os preços não deverão inverter nos próximos tempos.
No caso do petróleo negociado em Nova Iorque, o WTI, a subida é de 1,4% para os 83,4 dólares, a cotação mais elevada desde outubro de 2014. Na semana passada, tanto o brent como o WTI valorizaram mais de 3%, acumulando já oito semanas consecutivas de ganhos. No caso do brent, é o maior ciclo de ganhos desde 2015.
Os analistas do banco ANZ, citados pela Reuters, atribuem esta valorização à retirada das restrições da pandemia, o que influencia a procura por petróleo e que no ano passado levou a cotação do barril a valores negativos. Um exemplo recente desta mudança é o mercado de jet fuel (combustível dos aviões) que está a ser impulsionado pela reabertura das viagens para os Estados Unidos.
Além disso, há cada vez mais produtores de energia a substituir o gás e carvão, cujos preços têm subido, por gasolina e diesel — esta substituição pode levar a um aumento da procura na ordem dos 450 mil barris por dia no quarto trimestre deste ano.
A contrabalançar este efeito está o aumento da oferta de petróleo nos Estados Unidos, com as empresas a acrescentar plataformas de petróleo e gás natural pela sexta semana consecutiva devido ao aumento dos preços.
Apesar disso, não se espera que tal seja suficiente para contrabalançar o aumento da procura uma vez que as temperaturas vão baixar no hemisfério norte, contribuindo para intensificar o problema de défice da oferta de petróleo.
“À medida que a falta de carvão, eletricidade e gás natural levam à procura adicional por petróleo, parece que tal não será acompanhado por barris extra significativos [oferta] da parte da OPEP+ (cartel do petróleo) ou os Estados Unidos”, antecipa Edward Moya, analista da OANDA.
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