Crescimento chinês abranda com crise na construção e na energia

  • Lusa
  • 18 Outubro 2021

Setor transformador foi prejudicado pela escassez de chips de processador e outros componentes, devido à pandemia. Face ao trimestre anterior, a produção entre julho e setembro praticamente estagnou.

O ritmo de crescimento da economia chinesa abrandou, no terceiro trimestre, com a crise na construção e as restrições oficiais sobre o uso de energia pelas fábricas a pesarem na recuperação do país.

A segunda maior economia do mundo cresceu 4,9%, em relação ao mesmo período do ano anterior, nos três meses entre junho e setembro, quando no trimestre anterior tinha registado uma subida de 7,9%, de acordo com os dados do Governo chinês divulgados esta segunda-feira.

A produção nas fábricas, as vendas no retalho e o investimento na construção e em outros ativos fixos abrandou.

O crescimento enfrenta pressão devido a uma vasta campanha reguladora, à medida que Pequim tenta tornar a economia chinesa energeticamente mais eficiente e reduzir o galopante aumento da dívida, pública e privada, para evitar problemas financeiros.

O setor transformador foi prejudicado pela escassez de ‘chips’ de processador e outros componentes, devido à pandemia da Covid-19.

Na comparação com o trimestre anterior, a produção no período entre julho e setembro praticamente estagnou, expandindo-se apenas 0,2%. Este valor foi inferior ao registado no período entre abril e junho, de 1,2%, um dos mais fracos dos últimos dez anos.

“O crescimento vai desacelerar ainda mais”, disse Louis Kuijs, da consultora Oxford Economics, num relatório. O analista argumentou que os “números de crescimento fracos” devem levar Pequim, nos próximos meses, a aliviar o controlo sobre o crédito e a impulsionar a atividade económica, incentivando a construção de infraestruturas.

A construção, que sustenta milhões de empregos na China, desacelerou, desde que os reguladores aumentaram o controlo, no ano passado, sobre o endividamento das empresas. Uma das maiores construtoras, a Evergrande Group, está a lutar para cumprir o pagamento de juros sobre títulos de dívida que ascendem a milhares de milhões de dólares. Isto alimentou receios de que o colapso da empresa se possa alastrar a outras construtoras, embora economistas tenham afirmado que a ameaça para os mercados financeiros globais é pequena.

O setor manufatureiro foi prejudicado pela redução no fornecimento de energia, imposto por algumas províncias, para evitar exceder as metas oficiais de eficiência energética. A produção nas fábricas abrandou, em setembro, ao expandir apenas 0,05%, em comparação com o mês anterior. Isto ficou abaixo do crescimento de 7,3% nos primeiros nove meses do ano.

Os analistas do setor privado reduziram as perspetivas de crescimento da economia chinesa, para este ano, embora ainda esperem um aumento de cerca de 8%, o que estaria entre os mais fortes do mundo. A meta oficial do Partido Comunista Chinês é “acima de 6%”, o que deixa espaço para Pequim manter a campanha reguladora.

“A perspetiva de curto prazo para a economia da China, no quarto trimestre, continua a ser difícil, devido ao impacto da contínua escassez de energia no inverno e à desaceleração contínua no setor imobiliário”, disse Rajiv Biswas, da consultora IHS Market, num relatório. “O setor imobiliário continua a ser atingido por incertezas, relacionadas com problemas de dívida da Evergrande e temores de contágio noutras empresas de imobiliário”.

Os números deste ano são exagerados pela comparação base com 2020, quando fábricas e retalhistas foram fechados, devido às medidas de confinamento. No primeiro trimestre de 2021, a economia chinesa cresceu um recorde de 18,3%. Em setembro, o crescimento das vendas do retalho abrandou 4,4%, em relação ao ano anterior.

Os investimentos em imóveis, fábricas, habitação e outros ativos fixos aumentaram 0,17%, em setembro, depois de terem aumentado 7,3%, nos primeiros nove meses. As vendas de automóveis caíram 16,5%, em setembro, em relação ao mesmo mês do ano anterior, de acordo com a Associação de Fabricantes de Automóveis Chinesa.

O grupo afirmou que a produção foi interrompida pela falta de ‘chips’ de processador.

As importações, um indicador da procura interna chinesa, aumentaram 17,6%, em setembro, em relação ao ano anterior, mas isso representou apenas metade do crescimento de 33% registado no mês anterior.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Facebook anuncia criação de 10.000 novos empregos na UE nos próximos 5 anos

  • Lusa
  • 18 Outubro 2021

A rede social salienta que a Europa é "extremamente importante" para a empresa e "este é um momento emocionante para a tecnologia europeia".

O Facebook anunciou esta segunda-feira que vai criar 10.000 novos empregos na União Europeia (UE) nos próximos cinco anos e colocar a região no centro dos seus planos para ajudar a construir o metaverso.

“O Facebook encontra-se no início de uma jornada para ajudar a construir a próxima plataforma de computação” e “juntamente com outras pessoas e entidades” está “a desenvolver o que é chamado de metaverso: trata-se de um projeto ambicioso que pretende criar espaços virtuais para pessoas que não estão juntas fisicamente se reunirem, através da utilização de tecnologias como a realidade virtual e aumentada“.

No centro do metaverso, explica a rede social, “está a ideia de que, ao criar um maior senso de ‘presença virtual’, a interação ‘online’ pode tornar-se muito mais próxima da experiência de interação pessoal”. Para a rede social, o metaverso “tem o potencial de ajudar a desbloquear o acesso a novas oportunidades criativas, sociais e económicas” e o Facebook acredita que os europeus vão moldar o metaverso desde o início.

“Nenhuma empresa será proprietária e operará o metaverso”, acrescenta, adiantando que, “tal como a Internet, a sua principal característica será a sua abertura e interoperabilidade”. Dar vida a isso “irá exigir colaboração e cooperação entre empresas, ‘developers’, criadores e legisladores” e para a rede social irá também exigir “um investimento contínuo em produto e talento tecnológico, bem como no crescimento em toda a empresa”.

Por isso, “hoje anunciamos um plano para criar 10.000 novos empregos altamente qualificados na União Europeia (UE) nos próximos cinco anos”, afirma Javier Olivan, vice-presidente para área de ‘central product services’ do Facebook, na publicação sobre o anúncio. “Este investimento é um voto de confiança na indústria tecnológica europeia e no potencial do talento tecnológico europeu“, salienta.

A rede social salienta que a Europa é “extremamente importante” para a empresa e “este é um momento emocionante para a tecnologia europeia”. O Facebook salienta que a UE tem “uma série de vantagens que a tornam num ótimo lugar para as empresas de tecnologia investirem – um grande mercado de consumo, universidades de topo e, principalmente, talentos de alta qualidade“.

Aponta que as empresas europeias “estão na vanguarda de vários campos, seja a biotecnologia, alemã que ajudou a desenvolver a primeira vacina MRNA, ou a coligação de neobancos europeus que lideram o futuro das finanças”. Por exemplo, “Espanha conta com níveis recorde de investimento em ‘startups’ que tudo resolvem, desde a entrega ‘online’ de mercearia à neuroeletrónica, enquanto a Suécia caminha para se tornar na primeira sociedade do mundo sem dinheiro em 2023“, exemplifica.

“Há muito tempo que o Facebook acredita que o talento europeu é líder mundial e é por isso que investiu tanto nele ao longo dos anos – desde o financiamento de bolsas na Universidade Técnica de Munique até à abertura do seu primeiro grande laboratório europeu de pesquisa de IA e programa acelerador FAIR em França, e à estreia do escritório do Facebook Reality Labs em Cork”, recorda a rede social.

O Facebook salienta também que a UE tem um “papel importante a desempenhar na definição das novas regras da Internet” e que os legisladores europeus “estão a liderar o caminho para ajudar a incorporar valores europeus como a liberdade de expressão, privacidade, transparência e os direitos dos indivíduos no trabalho diário da Internet”.

A rede social diz que “partilha desses valores e realizou medidas consideráveis ao longo dos anos para defendê-los”, esperando “ver a conclusão do Mercado Único Digital para apoiar as vantagens existentes na Europa, bem como a estabilidade dos fluxos de dados internacionais, que são essenciais para uma economia digital próspera”.

Destacando como urgente a necessidade de engenheiros altamente especializados, o Facebook afirma-se “ansioso para trabalhar com governos em toda a União Europeia de forma a encontrar as pessoas certas e os mercados certos para levar isso adiante, como parte de um próximo esforço de recrutamento em toda a região”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Arranca vacinação simultânea contra gripe e novo coronavírus

  • ECO e Lusa
  • 18 Outubro 2021

Os portugueses que forem vacinados em simultâneo podem ser aconselhados a tomar paracetamol, tendo em conta a possibilidade de existirem mais reações adversas.

A administração em simultâneo das vacinas contra a gripe e a Covid-19 arranca esta segunda-feira em Portugal continental, com a Direção-Geral da Saúde (DGS) a prever vacinar cerca de dois milhões de pessoas nessa modalidade.

A diretora-geral da Saúde Graça Freitas garantiu, na sexta-feira, que está “tudo preparado” para a coadministração das duas vacinas a pessoas com 65 ou mais anos a partir de hoje, uma prática realizada em Portugal e no mundo, no âmbito dos programas nacionais de vacinação, que visa otimizar os esquemas vacinais recomendados.

Os portugueses que forem vacinados em simultâneo podem ser aconselhados a tomar paracetamol, avança a TSF (acesso livre) tendo em conta a possibilidade de existirem mais reações adversas provocadas pela administração conjunta. Este risco está expressamente previsto nas duas normas da vacinação contra a Covid-19 e contra gripe atualizadas nos últimos dias pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Apesar disso, a diretora-geral da saúde, Graça Freitas, adiantou que a população deve ficar “tranquila”, dado que “não há um aumento assinalável das reações adversas pelo facto de serem dadas em simultâneo”.

A DGS avançou que os dados disponíveis analisados pela Comissão Técnica de Vacinação contra a Covid-19, que incluem os resultados da reunião do grupo de peritos da Organização Mundial da Saúde em matéria de vacinação, mostram que existe um perfil de segurança aceitável após a toma das duas vacinas.

Além disso, a informação disponível sugere a manutenção da eficácia de ambas as vacinas, uma vez que, até à data, não existe evidência de alteração da resposta imunológica.

A administração da terceira dose da vacina contra a Covid-19 está a decorrer em Portugal, com prioridade aos idosos com 80 e mais anos e utentes de lares e de cuidados continuados e abrangendo, nesta fase, as pessoas com 65 ou mais anos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Nas notícias lá fora: China, Facebook e vacinas

  • ECO
  • 18 Outubro 2021

As empresas Boscalt e Edmond de Rothschild vão investir 500 milhões em hotéis, incluindo em Portugal. Na Suécia, decisão de um tribunal pode levar à importação de cimento de empresas mais poluentes.

Esta segunda-feira os mercados acordaram com a notícia de que o crescimento chinês abrandou por causa da crise na construção e na energia e a escassez de ‘chips’. No setor tecnológico, o Facebook vai criar dez mil novos empregos na União Europeia (UE) nos próximos cinco anos para trabalharem num novo projeto de realidade virtual. Ainda sobre a pandemia, as farmacêuticas Pfizer e Moderna esperam quase duplicar as vendas de vacinas contra a Covid-19 em 2022.

The Wall Street Journal

Crescimento da China abranda com crise na construção e na energia

O ritmo de crescimento da economia chinesa abrandou, no terceiro trimestre, com a crise na construção e as restrições oficiais sobre o uso de energia pelas fábricas a pesarem na recuperação do país. A segunda maior economia do mundo cresceu 4,9%, em relação ao mesmo período do ano anterior, nos três meses entre junho e setembro, quando no trimestre anterior tinha registado uma subida de 7,9%, de acordo com os dados do Governo chinês. A produção nas fábricas, as vendas no retalho e o investimento na construção e em outros ativos fixos enfraqueceram. O crescimento enfrenta pressão devido a uma vasta campanha reguladora, à medida que Pequim tenta tornar a economia chinesa energeticamente mais eficiente e reduzir o galopante aumento da dívida, pública e privada, para evitar problemas financeiros. O setor transformador foi prejudicado pela escassez de ‘chips’ de processador e outros componentes, devido à pandemia.

Leia a notícia completa no The Wall Street Journal (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Le Monde

Facebook anuncia criação de dez mil novos empregos na UE

O Facebook anunciou que vai criar dez mil novos empregos na União Europeia (UE) nos próximos cinco anos e colocar a região no centro dos seus planos para ajudar a construir o metaverso. “O Facebook encontra-se no início de uma jornada para ajudar a construir a próxima plataforma de computação” e “juntamente com outras pessoas e entidades” está “a desenvolver o que é chamado de metaverso: trata-se de um projeto ambicioso que pretende criar espaços virtuais para pessoas que não estão juntas fisicamente se reunirem, através da utilização de tecnologias como a realidade virtual e aumentada”. No centro do metaverso, explica a rede social, “está a ideia de que, ao criar um maior senso de ‘presença virtual’, a interação ‘online’ pode tornar-se muito mais próxima da experiência de interação pessoal”.

Leia a notícia completa no Le Monde (acesso livre, conteúdo em francês)

Financial Times

Pfizer e Moderna esperam quase duplicar as vendas de vacinas em 2022

A BioNTech/Pfizer e a Moderna vão dominar o mercado das vacinas Covid-19 no próximo ano, gerando uma venda combinada de 93,2 mil milhões de dólares, quase o dobro do registado em 2021, de acordo com as novas previsões agora divulgadas. A Airfinity, uma empresa de análise de dados da saúde, antecipa que as duas empresas vão controlar, no próximo ano, três quartos do mercado de vacinas não chinesas. As rivais AstraZeneca, Johnson&Johnson, a russa Sputnik V e as vacinas mais recentes como a Novavax vão disputar o resto do mercado que também ele deverá duplicar de valor para 124 mil milhões de dólares em 2022.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês)

Expansión

Boscalt e Edmond de Rothschild vão investir 500 milhões em hotéis

A empresa de capitais Boscalt vai juntar-se à Edmond de Rothschild para lançar em Espanha um novo veículo que, em joint-venture com um fundo luxemburguês, lhes permitirá ter disponíveis 500 milhões de euros para a compra e renovação de hotéis nas principais cidades. Os sócios fundadores da Boscalt explicam que o objetivo é captar entre 250 e 300 milhões de liquidez, o que, juntamente com a dívida associada, lhes permitirá ter uma carteira com oito a 12 hotéis na Europa. A estratégia passa por investir em hotéis urbanos localizados nas principais praças europeias, como Londres, Roma e até o Porto.

Leia a notícia completa no Expansión (acesso pago, conteúdo em espanhol)

Reuters

Decisão de tribunal pode levar empresa sueca a deixar de exportar cimento

Recentemente, um tribunal sueco ordenou que a maior fabricante de cimento do país parasse com a extração de calcário na enorme fábrica na ilha de Gotland. Para além de proteger a vida selvagem e o abastecimento de água, a fábrica — que produz 75% do cimento da Suécia e é a segunda maior emissora de carbono do país — pode procurar matéria-prima para extrair noutro lugar ou encerrar totalmente. E isso, apesar de ser bom para as metas de emissões da Suécia, não é uma boa notícia para o resto do planeta, uma vez que poderá levar a que a Suécia importe cimento com custos de carbono mais elevados.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso condicionado, conteúdo em inglês)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lisboa no vermelho com EDP e Galp Energia a pressionar

Bolsa nacional segue em queda na primeira sessão da semana, penalizada pelas ações da EDP e Galp Energia. EDP Renováveis e BCP travam descida mais acentuada.

A bolsa de Lisboa abriu a semana em terreno negativo, penalizada, sobretudo, pela EDP e pela Galp Energia. No lado oposto, a travar uma descida mais acentuada, estão as ações da EDP Renováveis e do BCP. No resto da Europa o sentimento é igualmente de perdas.

O PSI-20 segue a desvalorizar 0,2% para 5.650,47 pontos, ao fim de quatro sessões consecutivas a valorizar. O cenário em Lisboa está praticamente inalterado, com cerca de metade das cotadas no verde e a outra metade no vermelho.

Os títulos da Galp Energia estão a penalizar o índice ao caírem 0,4% para 9,91 euros, no dia em que o preço do barril de petróleo está em máximos. O Brent, que serve de referência à Europa, valoriza 0,73% para 85,48 dólares, enquanto o WTI, negociado no Texas, soma 1% para 82,55 dólares.

Destaque também para a EDP, que está a manter o PSI-20 no vermelho ao recuar 0,06% para 4,666 euros. Ainda nas perdas, a Jerónimo Martins perde 0,68% para 19,105 euros, acompanhada pela REN que desce 0,94% para 2,64 euros.

No lado oposto, a travar uma descida mais acentuada da bolsa de Lisboa, estão as ações da EDP Renováveis, que ganham 0,45% para 22,10 euros, acompanhadas pelas do BCP que ganham 0,9% para 0,1564 euros. Destaque ainda para a Semapa que valoriza 1,13% para 12,48 euros, representando a maior subida desta sessão, enquanto a GreenVolt sobe 1,25% para 6,46 euros.

Esta tendência de perdas está, assim, em linha com o resto da Europa, no dia em que o índice de referência europeu, Stoxx-600, segue a perder 0,32% para 467,90 pontos. Outros índices, como o espanhol e o francês, também recuam 0,44% e 0,84%, respetivamente.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Petróleo continua a subir e atinge máximos de 2018

A cotação do petróleo está a subir há oito semanas consecutivas, levando o preço do barril para máximos de 2018, no caso do brent, e máximos de 2014, no caso do WTI.

O petróleo negociado em Londres, o brent, atingiu um máximo de outubro de 2018 numa altura em que a procura continua a recuperar do impacto da crise pandémica. Neste início de segunda-feira, a cotação do “ouro negro” está a subir cerca de 1% para os 85,73 dólares. Os analistas antecipam que os preços não deverão inverter nos próximos tempos.

No caso do petróleo negociado em Nova Iorque, o WTI, a subida é de 1,4% para os 83,4 dólares, a cotação mais elevada desde outubro de 2014. Na semana passada, tanto o brent como o WTI valorizaram mais de 3%, acumulando já oito semanas consecutivas de ganhos. No caso do brent, é o maior ciclo de ganhos desde 2015.

Os analistas do banco ANZ, citados pela Reuters, atribuem esta valorização à retirada das restrições da pandemia, o que influencia a procura por petróleo e que no ano passado levou a cotação do barril a valores negativos. Um exemplo recente desta mudança é o mercado de jet fuel (combustível dos aviões) que está a ser impulsionado pela reabertura das viagens para os Estados Unidos.

Fonte: Reuters.

Além disso, há cada vez mais produtores de energia a substituir o gás e carvão, cujos preços têm subido, por gasolina e diesel — esta substituição pode levar a um aumento da procura na ordem dos 450 mil barris por dia no quarto trimestre deste ano.

A contrabalançar este efeito está o aumento da oferta de petróleo nos Estados Unidos, com as empresas a acrescentar plataformas de petróleo e gás natural pela sexta semana consecutiva devido ao aumento dos preços.

Apesar disso, não se espera que tal seja suficiente para contrabalançar o aumento da procura uma vez que as temperaturas vão baixar no hemisfério norte, contribuindo para intensificar o problema de défice da oferta de petróleo.

“À medida que a falta de carvão, eletricidade e gás natural levam à procura adicional por petróleo, parece que tal não será acompanhado por barris extra significativos [oferta] da parte da OPEP+ (cartel do petróleo) ou os Estados Unidos”, antecipa Edward Moya, analista da OANDA.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portal Base com contratos inacessíveis há duas semanas

  • ECO
  • 18 Outubro 2021

Além de ter contratos inacessíveis, o portal está com dificuldades técnicas que limitam as pesquisas por contratos. O Governo diz que a situação é transitória e que está a resolver o problema.

Há duas semanas que não é possível aceder aos ficheiros que detalham os contratos públicos publicados no portal Base por causa do bloqueio decidido pelo Governo na sequência da violação do Regulamento Geral da Proteção de Dados (RGPD), recorda esta segunda-feira o Observador (acesso pago). Além disso, a pesquisa no portal está com limitações e dificuldades técnicas que o IMPIC, a entidade que gere o portal dos contratos públicos, justifica com “uma maior afluência dos utilizadores” e uma “sobrecarga pontual”.

Sobre o regresso da informação disponibilizada anteriormente, o Ministério das Infraestruturas e da Habitação não se compromete com datas, mas diz que disponibilizará no portal “o mais breve possível” os contratos “celebrados desde 1 de janeiro de 2021 e progressivamente os mais antigos”. O objetivo é voltar a ter os contratos todos públicos, mas sem a informação sensível como moradas, números de telefone e documentos pessoais que levaram à sua desativação.

Apesar de especialistas em contratação pública mostrarem-se preocupados com a perda de transparência, o ministério liderado por Pedro Nuno Santos assegura que este é um problema passageiro. “Não está a ser dado qualquer passo atrás, uma vez que a não visualização do texto dos contratos é, como supra referido, uma situação meramente transitória, permanecendo públicos os dados dos contratos celebrados na área pública do portal, em campos estruturados, permitindo-se realizar todas as pesquisas que qualquer cidadão entenda fazer”, garante.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Um quarto dos trabalhadores tem qualificações a mais para o emprego que tem

  • ECO
  • 18 Outubro 2021

Estudo indica que, para além de características específicas dos trabalhadores diplomados, há também dificuldade em encontrar empregos adequados ao nível de qualificação.

Portugal registava, em 2016, cerca de um quarto dos trabalhadores (23,6%) com qualificações mais elevadas do que as necessárias para o trabalho que efetivamente desempenhavam. De acordo com um estudo do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, citado pelo Público (acesso condicionado), para além de a área de estudos dificultar na procura de emprego, fatores relacionados com o lado da procura também são um obstáculo.

O estudo, que vai ser apresentado esta segunda-feira durante o lançamento do Observatório do Emprego Jovem (OEJ), em Lisboa, conclui que Portugal é o segundo país europeu com o nível mais elevado de sobrequalificação dos trabalhadores, ficando apenas atrás da Grécia (23,7%). As conclusões dizem que o mercado de trabalho nacional não tem conseguido absorver o elevado número de jovens que nos últimos anos saíram das universidades.

As principais razões têm a ver com o peso reduzido das indústrias e dos serviços de alta tecnologia na economia — dos mais baixos da União Europeia –, mas também com a fraca capacidade de contratação do setor público, muito limitada pela políticas de austeridade.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Englobamento previsto no OE2022 “repõe alguma justiça fiscal”, diz Mendonça Mendes

  • ECO
  • 18 Outubro 2021

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais defende o englobamento porque "os rendimentos passivos não devem ter um nível de tributação mais baixo do que os rendimentos de trabalho".

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais defende que o englobamento obrigatório para as mais-valias de curto prazo previsto no OE 2022 não vai ter um efeito nocivo no mercado de capitais. “Não prejudica o mercado de capitais, antes pelo contrário, não faz uma sobretaxação, repõe alguma justiça fiscal nos rendimentos especulativos, neste caso, porque são rendimentos de curto prazo“, diz António Mendonça Mendes em entrevista esta segunda-feira ao Jornal de Negócios e à Antena 1.

Sobre eventuais mexidas na medida, o governante diz que não quer “nem fechar nem abrir nenhuma porta”, mas garante que a opção do Governo nunca passou pelo englobamento obrigatório dos rendimentos prediais (rendas). “O Governo propôs e a Assembleia da República aprovou benefícios fiscais ao arrendamento de longa duração. Portanto, não iríamos fazer uma medida em sentido contrário àquela que é importante para dinamizar o mercado de arrendamento“, explica.

Mendonça Mendes faz a defesa da medida, argumentando que a discussão do englobamento obrigatório é feita “de forma muito desfasada porque o englobamento é algo que é positivo”. “Acho que todos concordam com a ideia de que os rendimentos passivos não devem ter um nível de tributação mais baixo do que os rendimentos de trabalho, que tem um grau de penosidade ou de sacrifício maior“, considera, argumentando que o desenho da medida proposta pelo Governo é “equilibrada” e “perfeitamente adequada”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hoje nas notícias: Qualificações, englobamento e IRS

  • ECO
  • 18 Outubro 2021

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Esta segunda-feira é apresentado um estudo do ISCTE que mostra que 25% dos trabalhadores tem qualificações a mais para o posto de trabalho que tem. Sobre a proposta do Governo para o Orçamento do Estado para 2022 (OE 2022), o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais defende o englobamento obrigatório de mais-valias especulativas por “repor alguma justiça fiscal”. Nota ainda para o portal Base que tem contratos inacessíveis desde que o Executivo os desativou por revelar dados pessoais.

Um quarto dos trabalhadores tem qualificações a mais para o emprego que tem

Em 2016, cerca de um quarto dos trabalhadores portugueses (23,6%) tinham qualificações mais elevadas do que as necessárias para o trabalho que efetivamente desempenhavam, colocando Portugal como o segundo país europeu com o nível mais elevado de sobrequalificação. Um estudo do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa mostra que, embora seja comum associar esse problema a características específicas dos trabalhadores, há outros fatores relacionados com o lado da procura que explicam a dificuldade que, sobretudo os jovens, têm em encontrar empregos adequados ao seu nível de qualificação.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Englobamento previsto no OE2022 “repõe alguma justiça fiscal”, diz Mendonça Mendes

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais defende que o englobamento obrigatório para as mais-valias de curto prazo previsto no OE 2022 não vai ter um efeito nocivo no mercado de capitais. “Não prejudica o mercado de capitais, antes pelo contrário, não faz uma sobretaxação, repõe alguma justiça fiscal nos rendimentos especulativos, neste caso, porque são rendimentos de curto prazo“, diz António Mendonça Mendes em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1. Sobre eventuais mexidas na medida, o governante diz que não quer “nem fechar nem abrir nenhuma porta”, mas garante que a opção do Governo nunca passou pelo englobamento obrigatório dos rendimentos prediais (rendas).

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Quase 100 mil pessoas já pediram este ano para pagar IRS a prestações

Este ano, 97.993 contribuintes pediram para pagar o IRS a prestações. Só em setembro, “foram criados 41.212 planos de pagamentos a prestações”, para um “montante global de dívida que se cifra nos 50,03 milhões de euros”. Uma vez enviadas as notas de liquidação aos contribuintes, se estes não as saldarem, criam-se “planos de pagamento a prestações oficiosos”. Só em 2021, o Fisco procura recuperar mais de 161,2 milhões de euros através desta medida voluntária, permitida a quem deve menos de 5.000 euros e não tenha dívidas às Finanças. Às prestações acrescem juros de mora, que este ano são de 4,705%.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Portal Base com contratos inacessíveis há duas semanas

Há duas semanas que não é possível aceder aos ficheiros que detalham os contratos públicos publicados no portal Base por causa do bloqueio decidido pelo Governo na sequência da violação do Regulamento Geral da Proteção de Dados (RGPD). O Ministério das Infraestruturas e da Habitação não se compromete com datas, mas diz que disponibilizará no portal “o mais breve possível” os contratos “celebrados desde 1 de janeiro de 2021 e progressivamente os mais antigos”. O objetivo é voltar a ter os contratos todos públicos, mas sem a informação sensível como moradas, números de telefone e documentos pessoais que levaram à sua desativação.

Leia a notícia completa no Observador (acesso pago)

DGS admite reações adversas na toma de vacinas em simultâneo e aconselha paracetamol

Os portugueses que a partir desta segunda-feira recebam em simultâneo as vacinas contra a Covid-19 (terceira dose) e contra a gripe podem ser aconselhados a tomar paracetamol tendo em conta a possibilidade de existirem mais reações adversas provocadas pela administração conjunta. Este risco está expressamente previsto nas duas normas da vacinação contra a Covid-19 e contra gripe atualizadas nos últimos dias pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Apesar disso, a diretora-geral da saúde, Graça Freitas, adiantou que a população deve ficar “tranquila”, dado que “não há um aumento assinalável das reações adversas pelo facto de serem dadas em simultâneo”.

Leia a notícia completa na TSF (acesso livre)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 coisas que vão marcar o dia

Carlos Moedas vai tomar posse enquanto presidente da Câmara Municipal de Lisboa, no dia em que o Eurostat atualiza os dados sobre o PIB nos Estados-membros da UE.

A semana arranca com a tomada de posse em várias Câmaras Municipais pelo país, após as eleições autárquicas de 26 de setembro, nomeadamente do novo presidente da autarquia lisboeta, Carlos Moedas. O dia será também marcado pela divulgação de dados europeus sobre o PIB e o emprego, bem como da economia chinesa. Há ainda um novo evento da Apple, onde a tecnológica deverá revelar novidades para a linha de computadores Mac.

Eurostat atualiza PIB e emprego na UE

O Eurostat vai divulgar esta segunda-feira os dados relativos ao PIB e principais agregados dos Estados-membros da União Europeia, no segundo trimestre de 2021. Para além disso, o gabinete de estatísticas europeu fará também uma atualização dos dados do emprego durante o segundo trimestre deste ano.

Moedas toma posse à frente da Câmara de Lisboa

Após as eleições autárquicas de 26 de setembro terem dado a vitória a Carlos Moedas na capital, retirando o socialista Fernando Medina da liderança da autarquia, ocorre esta segunda-feira a tomada de posse dos órgãos municipais de Lisboa. A cerimónia será de instalação e posse do presidente e vereadores eleitos para a Câmara Municipal de Lisboa, bem como dos deputados municipais eleitos para a Assembleia Municipal de Lisboa. Tomam também posse os presidentes de Juntas de Freguesia eleitos.

Apple revela mais novidades

A Apple vai realizar um novo evento esta sexta-feira, depois de já ter lançado a nova linha do iPhone 13, bem como novas versões de Apple Watch, iPad e iPad Mini. A expectativa entre o setor é que a marca da maçã apresente, neste evento, que tem o mote “Unleashed”, a nova geração de computadores Mac.

Eurodeputados discutem políticas sociais e do emprego

Arranca esta segunda-feira a sessão plenária do parlamento europeu, em Estrasburgo. Na agenda deste dia encontra-se a discussão de políticas sociais e do emprego na Zona Euro em 2021, bem como da situação dos artistas e a recuperação cultural na União Europeia. Será ainda feita uma apresentação de um relatório sobre a eficácia da utilização pelos Estados-Membros das verbas da UE canalizadas através do Fundo de Solidariedade em caso de catástrofes naturais.

Economia chinesa continua a abrandar?

Serão revelados esta segunda-feira dados sobre a evolução do PIB da China, no acumulado do ano atual bem como no terceiro trimestre de 2021, que deverão mexer com as bolsas. No segundo trimestre deste ano, a economia chinesa cresceu 7,9% um aumento que ficou ligeiramente abaixo das estimativas e que se traduziu num abrandamento.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Retalhistas reforçam contratações para “salvar o Natal”

Só a Worten e o El Corte Inglés têm mais de mil vagas para preencher. Fnac recruta até mais 15% e Ikea identifica reforços desde o verão. Retalhistas confiam na recuperação das vendas natalícias.

Depois de um Natal de 2020 que ficou marcado pelas restrições da pandemia, com limites à ocupação das lojas e os consumidores desconfiados sobre o impacto da crise que aí vinha, este ano os retalhistas acreditam na recuperação das vendas e já estão a reforçar as equipas para este período de festas, que arranca em novembro com a Black Friday e se prolonga até ao Natal. em duas cadeias, há mais de mil vagas por preencher.

Na Worten são “cerca 500 novos contratados, maioritariamente para as funções de vendedor e operador de logística”, adianta António Fuzeta da Ponte, diretor de marca e comunicação da cadeia de retalho especializado. A empresa do grupo Sonae diz que “o objetivo é corresponder a um maior fluxo de clientes, expectável nesta altura do ano, que também inclui a época de Black Friday, continuando a prestar um serviço e atendimento de qualidade”.

“A vacinação irá trazer, certamente, uma maior tranquilidade aos consumidores, que, ao contrário do Natal passado, deverão sentir-se mais à vontade para fazer as suas compras nas lojas físicas e isso será positivo para o negócio da Worten, que tem cerca de 200 lojas físicas por todo o país”, aponta o gestor, notando ainda o “crescimento exponencial” da loja online nos últimos dois anos e confiando manter o tráfego digital nesta reta final do ano.

O objetivo é corresponder a um maior fluxo de clientes, expectável nesta altura do ano, que também inclui a época de Black Friday, continuando a prestar um serviço e atendimento de qualidade.

António Fuzeta da Ponte

Diretor de marca e comunicação da Worten

O El Corte Inglés também já anunciou a contratação de mais de 600 pessoas para diferentes cargos. Os novos funcionários vão desempenhar funções de vendas e atendimento ao cliente e serão integrados nas áreas de moda, acessórios, decoração e casa, eletrónica, brinquedos, lazer, desporto e alimentação, além de serviços especiais para essas datas, como o embrulho de presentes.

Na Fnac, que no último Natal precisou de reforçar também a operação de e-commerce e logística devido ao aumento das compras via Internet, o reforço neste ano “ronda os 10% a 15%”, sobretudo para dar apoio em loja. O número exato vai “depender essencialmente do regresso à normalidade em termos de tráfego e do crescimento do online”, prometendo “agilidade” para manter o nível de serviço aos clientes.

Já em termos de negócio, fonte oficial da Fnac diz que espera crescer nas vendas em relação a 2019, embora tudo dependa do contexto em que o país chegará ao Natal, em particular, a situação da Covid-19. “Será fundamental [ter] a confiança da população e um sentimento de recuperação económica, mas também não existirem restrições legais para o acesso aos shoppings e às lojas”, ressalva.

Planear e recrutar para vender mais

Com um total de cinco lojas – Alfragide, Braga, Loures, Loulé e Matosinhos – e três pontos de estúdios de planificação (Cascais, Seixal e Sintra) – está prevista a abertura de outros três em Setúbal, Coimbra e Leiria –, a Ikea Portugal diz que tem processos de recrutamento “contínuos” e, neste momento, está focada “em processos mais internos por todo o país”, com incidência na zona de Lisboa: centro de apoio ao cliente e lojas de Alfragide e Loures.

Ainda assim, o recrutamento de Natal este ano será “menos significativo” do que o processo que decorreu durante o verão, pois já foram “identificados alguns colaboradores no período anterior que irão garantir a resposta às necessidades [da empresa] e dos clientes nesta fase”, indica Cláudia Domingues, diretora de comunicação da Ikea Portugal.

Cláudia Domingues, responsável de comunicação da IKEA Portugal.IKEA Portugal

As vendas da Ikea em Portugal subiram 5%, para 462 milhões de euros, no ano fiscal terminado em agosto, impulsionadas pela performance online. A pouco mais de dois meses do Natal, a porta-voz indica ao ECO/Pessoas que a multinacional de origem sueca mantém-se “aberta às mudanças e a aprender a conviver com previsões muito incertas”, mas acredita que tem “condições para continuar a crescer e a desenvolver a estratégia” desenhada para Portugal.

No processo que decorreu durante o verão já foram identificados alguns colaboradores que irão garantir a resposta às nossas necessidades e dos nossos clientes nesta fase do Natal.

Cláudia Domingues

Diretora de comunicação da Ikea Portugal

Quem também está a “adequar – e sempre que necessário a reforçar – a composição e dimensionamento das equipas que suportam as operações de loja e logística” é a Sonae MC, que descreve um planeamento em atualização contínua para “[garantir] que, nomeadamente nesta época festiva, nada faltará aos clientes”.

Confiante de que as melhores perspetivas ao nível do controlo da pandemia vão ajudar à retoma da atividade e à “crescente normalização do consumo das famílias”, a dona do Continente assegura que está a “preparar afincadamente a próxima época festiva, com criatividade e capacidade de ajuste às restrições da pandemia, (…) comprometida em proporcionar o melhor Natal possível às famílias portuguesas”.

Outubro, novembro e dezembro são meses críticos e em que se recuperam muitas das vendas que não se fizeram durante o ano. Estamos a encarar este período com bastante otimismo.

Gonçalo Lobo Xavier

Diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição

Do vestuário ao mobiliário, passando pelos brinquedos ou pela área desportiva, o retalho especializado, que foi o que mais sofreu com os confinamentos, está a registar uma recuperação, atesta o diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED). Em alguns destes segmentos, a faturação do terceiro trimestre já ficou acima do nível anterior à pandemia e Gonçalo Lobo Xavier conta fechar o ano da melhor forma, apesar do “cocktail explosivo” que pode esvaziar algumas prateleiras em Portugal.

Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da APED.Paula Nunes/ECO 18 junho, 2018

“Tradicionalmente, outubro, novembro e dezembro são críticos para distribuição e para o retalho, sobretudo o especializado. São meses em que se recuperam muitas das vendas que não se fizeram durante o ano. Se juntarmos o facto de estarmos a sentir níveis de confiança muito interessantes da parte do consumidor e também níveis de poupança relevantes e que se vão manifestar naturalmente no aumento do consumo, estamos a encarar este período com bastante otimismo”, remata o diretor-geral da APED.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.