Costa não exclui acordo escrito com BE

  • Lusa
  • 15 Outubro 2021

“Se quiserem um acordo escrito, esse não é o problema. Não vamos perder-nos aqui em questões de forma", disse o primeiro-ministro.

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu esta sexta-feira que a aprovação do Orçamento do Estado não se prende em questões formais, sem excluir um “acordo escrito”, como pediu o BE, e recusou dramas, lembrando o “inferno” da covid.

“Se quiserem um acordo escrito, esse não é o problema. Não vamos perder-nos aqui em questões de forma. A construção de um orçamento não é um debate entre partidos, é um debate entre quem governa, quem legisla e o conjunto da sociedade portuguesa, o conjunto dos cidadãos. E a preocupação fundamental que temos de ter é ter um bom orçamento, que responda aquilo que são as prioridades do país”, defendeu António Costa.

O chefe de Governo, que falava aos jornalistas numa escola em Benfica do Ribatejo, no concelho de Almeirim, distrito de Santarém, recusou dramatizações: “Não vale a pena procurarmos o drama, vale a pena é concentrarmo-nos naquilo que é essencial”.

“Com toda a franqueza, drama já tivemos o suficiente durante o último ano e meio. São perdas de mais de 18 mil vidas, mais de um milhão e meio e portugueses que esteve infetado, convém não esquecer o inferno que vivemos durante este ano e meio. Querem mais drama? Eu não quero”, defendeu.

Para António Costa, agora é tempo de “aproveitar o sucesso deste processo de vacinação” e “acelerar o processo de vacinação nas outras áreas do mundo”, para garantir uma “vacinação global antes que surjam novas variantes que não estejam cobertas pela atual vacina”,

Não perder tempo, por o país a andar para frente. Acho que é esse o espírito que todos têm de ter, uns pensarão isto outros pensarão aquilo, com certeza, temos de fazer todos um esforço para encontrar o maior denominador comum das posições entre todos”, afirmou.

“Fazer figas para que tudo corra bem”, disse, em jeito de brincadeira no final das declarações aos jornalistas.

Em entrevista ao Público, a deputada e dirigente do BE Mariana Mortágua aludiu à necessidade de um acordo político para a viabilização do Orçamento do Estado para 2022, detalhando que “esse acordo político inclui medidas orçamentais, mas inclui medidas da organização da sociedade e da economia”.

As restantes medidas “não têm que estar no Orçamento, mas têm que estar acordadas”, declarou ao jornal.

“Não basta o Partido Socialista e o primeiro-ministro dizerem que têm disponibilidade para discutir. O que nós queremos é que as três propostas que colocámos em cima da mesa – os dias de férias que foram cortados durante a ‘troika’, a questão da indemnização por despedimento que foi cortada durante a ‘troika’ e a questão da contratação coletiva que impede a subida dos salários – sejam aprovadas”.

Após a entrega da proposta de OE para 2022 pelo Governo na Assembleia da República PCP e BE anunciaram, que, como está o documento merecerá o voto contra daqueles partidos. O BE votou contra o OE para 2021 no ano passado.

Sobre as prioridades do país que devem ser a preocupação principal para a aprovação do orçamento, o primeiro-ministro reiterou que são a recuperação da economia, o reforço dos serviços públicos na educação e na saúde.

“As prioridades são certas, as medidas são as adequadas, conjugam-se bem com os outros instrumentos de política, desde o estatuto do SNS, à agenda do trabalho digno, à execução do Plano de Recuperação e Resiliência”, afirmou.

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Governo propõe suspender caducidade das convenções coletivas por mais 12 meses

  • Lusa
  • 15 Outubro 2021

O Governo justifica a medida com o "prolongamento da situação de pandemia e os seus impactos diretos no condicionamento da atividade económica".

O Governo propôs aos parceiros sociais a suspensão da caducidade das convenções coletivas por mais 12 meses, o que significa que esta medida poderá manter-se em vigor até março de 2024.

O prolongamento da suspensão dos prazos de caducidade integra um documento enviado na quinta-feira aos parceiros sociais, a que a Lusa teve acesso, para discussão na próxima reunião da Concertação Social, marcada para dia 20, no âmbito da Agenda do Trabalho Digno.

O tema da caducidade das convenções coletivas é também uma das matérias centrais das negociações no Parlamento sobre o Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) entre o Governo, o BE e o PCP.

No documento, o Governo propõe “prolongar por 12 meses adicionais a suspensão transitória dos prazos associados à caducidade e sobrevigência das convenções coletivas atualmente em vigor”. A medida é justificada com “o prolongamento da situação de pandemia e os seus impactos diretos no condicionamento da atividade económica e do mercado de trabalho até setembro do presente ano”.

Os prazos da sobrevigência e caducidade das convenções coletivas estão suspensos desde março deste ano, por dois anos (até março de 2023), tendo esta sido uma das medidas centrais das negociações entre o Governo e os partidos à esquerda do PS, para o Orçamento do Estado para 2021 (OE2021). Porém, tanto o PCP como o BE exigem que o Governo vá mais longe, exigindo o fim da caducidade das convenções coletivas.

Outra das medidas propostas no documento novo do Governo é o reforço da arbitragem necessária, tal como anunciou, na semana passada, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, no final da reunião com os parceiros sociais.

Agora, o Governo detalha a medida, ao propor que, quando não houver acordo sobre a revisão total ou parcial de uma convenção coletiva, qualquer uma das partes possa requerer a arbitragem necessária, ficando suspenso o prazo de sobrevigência até à decisão arbitral. Ou seja, deixa de ser preciso esperar 12 meses após a caducidade da convenção para pedir a arbitragem necessária.

Neste sentido, pode ler-se no documento que o Governo pretende “reforçar a arbitragem necessária prevista nos artigos 510.º e seguintes do Código de Trabalho, permitindo que seja mobilizada por qualquer uma das partes, após mediação sem êxito no âmbito da arbitragem para a suspensão do período de sobrevigência e mediação prevista no Artigo 501.º-A, com suspensão dos prazos de sobrevigência e maior efetividade na prevenção da produção de vazios de cobertura de IRCT [Instrumento de Regulamentação Coletiva de Trabalho]”.

O Governo admite que a arbitragem “tem tido escassa utilização, situação que se verifica também na arbitragem especificamente vocacionada para lidar com situações de caducidade (“arbitragem necessária”)”.

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Concelhos com maior risco de Covid sobem para 26. Veja como está o seu

Em 26 municípios do país, a incidência da Covid-19 ultrapassa os 240 casos por 100 mil habitantes. Destes, 11 registam incidências acima de 480.

Há apenas 26 concelhos do país com uma incidência cumulativa da Covid-19 acima dos 240 casos por 100 mil habitantes. São mais quatro do que na semana passada, segundo os dados divulgados esta sexta-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Face à semana passada, há agora mais um concelho em risco extremamente elevado, sendo agora três: Alvito, com uma incidência cumulativa de 2.958 novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias, Penedono, com uma incidência de 1.166, e Cuba, com uma incidência de 968 casos.

No segundo nível mais alto de risco, mais precisamente em risco “muito elevado” estão atualmente oito concelhos, isto é, o dobro face ao balanço anterior. São agora Campo Maior (886 por 100 mil habitantes a 14 dias), Ferreira do Alentejo (820 casos), Pedrógão Grande (732 casos), Arganil (701 casos), Arouca (548 casos), Proença-a-Nova (525 casos), Reguengos de Monsaraz (524 casos) e Castelo Branco (485 casos).

Já em risco “elevado”, entre 240 a 480 casos, estão 15 municípios, ou seja, menos um face ao anterior balanço. Já em risco “moderado”, ou seja, entre 120 e 240 casos por 100 mil habitantes, estão 43, ou seja, mais três face ao balanço anterior.

Por fim, em risco “baixo a moderado”, entre zero a 120 casos, estão 239 concelhos, isto é, menos sete face ao último balanço e representa 77,6% de todo o território nacional (um aumento de cerca de dois pontos percentuais face à semana passada). Neste patamar está o Porto com uma incidência de 109 casos por cada 100 mil habitantes, e Lisboa, com 96 casos por 100 mil habitantes.

Veja em que escalão está o seu concelho:

Risco Extremo (> 960 casos):

Alvito
Cuba
Penedono

Risco muito elevado (entre 480 e 960 casos):

Arganil
Arouca
Campo Maior
Castelo Branco
Ferreira do Alentejo
Pedrógão Grande
Proença-a-Nova
Reguengos de Monsaraz

Risco elevado (entre 240 e 480 casos):

Alcoutim
Alijó
Barrancos
Beja
Bombarral
Lagos
Mértola
Mesão Frio
Portimão
Porto Moniz
Resende
Ribeira Grande
Rio Maior
Santa Marta de Penaguião
São Pedro do Sul

Risco moderado (entre 120 e 240 casos):

Abrantes
Albufeira
Almeirim
Alter do Chão
Arcos de Valdevez
Caldas da Rainha
Covilhã
Elvas
Estremoz
Fafe
Lagoa
Lamego
Manteigas
Miranda do Douro
Mirandela
Moimenta da Beira
Monção
Monchique
Montemor-o-Novo
Mora
Moura
Nazaré
Nordeste
Oliveira do Hospital
Penamacor
Peso da Régua
Ponta Delgada
Redondo
Sabugal
Santarém
São João da Madeira
Seia
Serpa
Sertã
Silves
Tondela
Torres Vedras
Viana do Alentejo
Vidigueira
Vila de Rei
Vila Pouca de Aguiar
Vila Real
Vila Verde

Risco baixo a moderado (entre 0 e 120 casos):

Águeda
Aguiar da Beira
Alandroal
Albergaria-a-Velha
Alcácer do Sal
Alcanena
Alcobaça
Alcochete
Alenquer
Alfândega da Fé
Aljezur
Aljustrel
Almada
Almeida
Almodôvar
Alpiarça
Alvaiázere
Amadora
Amarante
Amares
Anadia
Angra do Heroísmo
Ansião
Armamar
Arraiolos
Arronches
Arruda dos Vinhos
Aveiro
Avis
Azambuja
Baião
Barcelos
Barreiro
Batalha
Belmonte
Benavente
Borba
Boticas
Braga
Bragança
Cabeceiras de Basto
Cadaval
Calheta [R.A. Açores]
Calheta [R.A. Madeira]
Câmara de Lobos
Caminha
Cantanhede
Carrazeda de Ansiães
Carregal do Sal
Cartaxo
Cascais
Castanheira de Pêra
Castelo de Paiva
Castelo de Vide
Castro Daire
Castro Marim
Castro Verde
Celorico da Beira
Celorico de Basto
Chamusca
Chaves
Cinfães
Coimbra
Condeixa-a-Nova
Constância
Coruche
Corvo
Crato
Entroncamento
Espinho
Esposende
Estarreja
Évora
Faro
Felgueiras
Ferreira do Zêzere
Figueira da Foz
Figueira de Castelo Rodrigo
Figueiró dos Vinhos
Fornos de Algodres
Freixo de Espada à Cinta
Fronteira
Funchal
Fundão
Gavião
Góis
Golegã
Gondomar
Gouveia
Grândola
Guarda
Guimarães
Horta
Idanha-a-Nova
Ílhavo
Lagoa [R.A. Açores]
Lajes das Flores
Lajes do Pico
Leiria
Lisboa
Loulé
Loures
Lourinhã
Lousã
Lousada
Mação
Macedo de Cavaleiros
Machico
Madalena
Mafra
Maia
Mangualde
Marco de Canaveses
Marinha Grande
Marvão
Matosinhos
Mealhada
Mêda
Melgaço
Mira
Miranda do Corvo
Mogadouro
Moita
Mondim de Basto
Monforte
Montalegre
Montemor-o-Velho
Montijo
Mortágua
Mourão
Murça
Murtosa
Nelas
Nisa
Óbidos
Odemira
Odivelas
Oeiras
Oleiros
Olhão
Oliveira de Azeméis
Oliveira de Frades
Oliveira do Bairro
Ourém
Ourique
Ovar
Paços de Ferreira
Palmela
Pampilhosa da Serra
Paredes
Paredes de Coura
Penacova
Penafiel
Penalva do Castelo
Penela
Peniche
Pinhel
Pombal
Ponta do Sol
Ponte da Barca
Ponte de Lima
Ponte de Sor
Portalegre
Portel
Porto
Porto de Mós
Porto Santo
Póvoa de Lanhoso
Póvoa de Varzim
Povoação
Ribeira Brava
Ribeira de Pena
Sabrosa
Salvaterra de Magos
Santa Comba Dão
Santa Cruz
Santa Cruz da Graciosa
Santa Cruz das Flores
Santa Maria da Feira
Santana
Santiago do Cacém
Santo Tirso
São Brás de Alportel
São João da Pesqueira
São Roque do Pico
São Vicente
Sardoal
Sátão
Seixal
Sernancelhe
Sesimbra
Setúbal
Sever do Vouga
Sines
Sintra
Sobral de Monte Agraço
Soure
Sousel
Tábua
Tabuaço
Tarouca
Tavira
Terras de Bouro
Tomar
Torre de Moncorvo
Torres Novas
Trancoso
Trofa
Vagos
Vale de Cambra
Valença
Valongo
Valpaços
Velas
Vendas Novas
Viana do Castelo
Vieira do Minho
Vila da Praia da Vitória
Vila do Bispo
Vila do Conde
Vila do Porto
Vila Flor
Vila Franca de Xira
Vila Franca do Campo
Vila Nova da Barquinha
Vila Nova de Cerveira
Vila Nova de Famalicão
Vila Nova de Foz Côa
Vila Nova de Gaia
Vila Nova de Paiva
Vila Nova de Poiares
Vila Real de Santo António
Vila Velha de Ródão
Vila Viçosa
Vimioso
Vinhais
Viseu
Vizela
Vouzela

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Ryanair culpa TAP por cancelar 700 voos e 3 rotas para Lisboa

A companhia aérea irlandesa low cost acusa a TAP de estar a "açambarcar" faixas horárias no aeroporto de Lisboa e prejudicar a recuperação pós-covid.

A Ryanair diz que teve de cancelar 700 voos e três rotas para Lisboa porque a TAP está a “açambarcar” slots no aeroporto de Lisboa que não consegue usar. Em questão estão as rotas para Tours, Oujda e Bari este inverno, refere a companhia aérea low-cost num comunicado divulgado esta sexta-feira.

“Lamentamos profundamente estas interrupções desnecessárias para os passageiros destas rotas e voos cancelados, causadas pelo bloqueio de slots pela TAP, que não está a utilizá-los. Este bloqueio anticoncorrencial de slots obstrui o crescimento das companhias aéreas e a recuperação do tráfego, turismo e emprego no Aeroporto da Portela de Lisboa, em detrimento dos consumidores portugueses”, acusa Michael O’Leary, CEO da Ryanair Group, citado em comunicado.

A Ryanair afirmou hoje ter sido “obrigada a cancelar 700 voos e três rotas de Lisboa (para Tours, Oujda e Bari) neste inverno devido ao contínuo açambarcamento de slots de descolagem e aterragem (que a TAP não utiliza) no Aeroporto da Portela em Lisboa”, explicou a empresa em comunicado, lembrando que “o plano da TAP de reduzir a sua frota em 20% significa que simplesmente não pode utilizar todos os slots que detém”. Uma situação que irá “prejudicar a ligação a Lisboa e a recuperação pós-Covid”, lamenta a companhia área.

“É essencial que a infraestrutura nacional crítica de Portugal seja utilizada para apoiar a economia local e não abusada para proteger uma companhia aérea zombie ineficiente, na qual o governo português já gastou 3 mil milhões de euros do dinheiro dos contribuintes”, criticou a companhia aérea.

Apesar do sucedido, a Ryanair assegurou que manterá “os sete aviões (um investimento de 700 milhões de dólares) e a tripulação em Lisboa neste inverno para assegurar que está pronta e em condições de restabelecer todos os voos se forem libertadas slots suficientes”.

A Ryanair tem contestado a ajuda de Estado à TAP em Bruxelas. Apresentou um recurso no Tribunal de Justiça da União Europeia contra o financiamento de 1,2 mil milhões concedido ainda em 2020, que aquela entidade chumbou, obrigando a Comissão Europeia a reaprovar aquela injeção.

Mais recentemente, a companhia irlandesa contestou o plano de recuperação da TAP junto da Comissão Europeia, na sequência da abertura de uma investigação aprofundada aos auxílios de Estado.

(última atualização às 16h29)

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Portugal Sotheby’s Realty avança com masterclass gratuita para setor imobiliário

Portugal Sotheby’s Realty lançou masterclasses abertas a todos os profissionais interessados em temas relevantes para o mercado imobiliário. A próxima é sobre LinkedIn para o mercado imobiliário.

A Portugal Sotheby’s Realty vai realizar no dia 20 de outubro uma masterclass gratuita sobre LinkedIn para o mercado imobiliário, dirigida a profissionais do setor, com Pedro Caramez, especialista nesta plataforma social.

“A formação é aberta a todos os profissionais que estejam interessados nos temas de maior relevância para o mercado imobiliário”, informa a Portugal Sotheby’s Realty, marca de imobiliário residencial de luxo.

A Portugal Sotheby’s Realty lançou este ano estas masterclasses abertas a todos os profissionais interessados em temas relevantes para o mercado imobiliário.

A primeira foi dedicada às redes sociais e lecionada pelo especialista Frederico Carvalho, segue-se no próximo dia 20 de outubro, pelas 10h30, uma segunda dedicada ao LinkedIn para o mercado imobiliário, lecionada pelo formador Pedro Caramez, um dos únicos consultores dedicados exclusivamente à rede profissional LinkedIn em Portugal e autor do livro “Como Ter Sucesso no LinkedIn”.

Para assistir à masterclass, os interessados têm apenas de preencher o formulário de inscrição disponível neste link.

A Sotheby’s International Realty opera em Portugal desde 2007 com a abertura do seu primeiro escritório no Estoril e, dois anos depois, dois novos espaços em Lisboa e Oeiras. Atualmente, tem 10 agências espalhadas pelo país e conta com cerca de 200 colaboradores.

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📹 Reveja a entrevista do ECO ao ministro das Finanças na íntegra

  • ECO
  • 15 Outubro 2021

O ministro do Estado e das Finanças, João Leão, foi entrevistado pelo ECO no ISEG, onde explicou a proposta de Orçamento do Estado para 2022. Reveja o vídeo na íntegra.

O ministro de Estado e das Finanças deu uma entrevista ao ECO no ISEG para explicar a proposta de Orçamento do Estado para 2022. Numa altura em que a aprovação do documento não está garantida — depois de o PCP e BE terem admitido votar contra se o Governo não fizer mais cedências –, João Leão admitiu que um Orçamento em duodécimos “cria dificuldades na execução do PRR”. Além disso, o governante referiu que o Governo não está disponível para deixar derrapar a meta do défice, fixada em 3,2%.

Reveja a entrevista na íntegra:

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Resultados da banca e vendas a retalho puxam por Wall Street

As bolsas norte-americanas arrancaram em terreno positivo, com o sentimento dos investidores a ser influenciado pela apresentação de resultados da banca e pelos dados das vendas a retalho.

As bolsas norte-americanas somam e seguem, numa altura em que os investidores aplaudem os dados económicos relativos às vendas a retalho, bem como a apresentação de resultados de várias empresas.

Os resultados acima do esperado pelos analistas de várias instituições financeiras, como o Goldman Sachs e o Morgan Stanley, bem como a empresa de saúde UnitedHealth, estão a animar os investidores.

O índice de referência S&P 500 ganha 0,49%, para 4.459,91 pontos, enquanto o industrial Dow Jones valoriza 0,57%, para 35.112,96 pontos. Ao mesmo tempo, o tecnológico Nasdaq avança 0,43%, para 14.886,56 pontos.

O sentimento dos investidores também está a ser influenciado pelos últimos dados económicos conhecidos. As vendas a retalho aumentaram 0,7% em setembro, segundo os dados divulgados pelo Departamento do Comércio dos EUA. A subida superou a estimativa dos analistas, que apontavam para uma queda de 0,2% nesse período, segundo a Reuters.

Os dados relativos a agosto foram também revistos em alta, tendo sido revelado que as vendas a retalho aumentaram 0,9% nesse mês, ao invés dos 0,7% anteriormente divulgados. Não obstante, existem receios de que a escassez de produtos, provocada pela escalada de preços das matérias-primas e constrangimentos nos portos e contentores marítimos, possam dificultar as compras da época natalícia.

As cotadas que apresentaram resultados positivos destacam-se assim nos ganhos desta sessão. O Goldman Sachs avança 1,72%, para 397,93 dólares; o Morgan Stanley sobe 1,50%, para 102,61 dólares; e a UnitedHealth ganha 0,64%, para 423,03 dólares.

Nota ainda para as cotadas ligadas ao setor petrolífero, que estão a beneficiar da subida das cotações do barril nos mercados internacionais. A título de exemplo, a Chevron Corp soma 0,85%, para 109,79 dólares, enquanto a Exxon Mobil avança 1,42%, para 62,91 dólares.

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Porto ataca líder da TAP e insiste na extinção da companhia

A Associação Comercial do Porto critica a recusa de Christine Ourmières-Widener em ter mais voos fora de Lisboa, reafirmando que intervenção do Estado “não vai resolver problemas estruturais” da TAP.

A Associação Comercial do Porto não gostou de ouvir a presidente da TAP dizer que tinha ficado “surpreendida com a magnitude da reação” dos empresários nortenhos relativamente à escassez de serviço da transportadora aérea na região, reiterando a oposição à intervenção do Estado na companhia, que “obedece a uma estratégia irracional de investimento público, contrária aos interesses económicos do país e que não assegura a viabilidade futura da empresa”.

“A atual TAP devia ser extinta e, no seu lugar, criada uma nova companhia aérea, que salvaguardasse os ativos existentes e prestasse um melhor serviço ao país, em linha com as opções tomadas noutros países europeus, como Suíça (Swissair), Bélgica (Sabena) e Itália (Alitalia), este último caso com a particularidade de ter sido hoje [sexta-feira] decretada a extinção”, sublinha a associação de comércio e indústria liderada por Nuno Botelho.

Numa entrevista ao Expresso, a presidente da TAP, Christine Ourmières-Widener, reconhece a “frustração” dos operadores da região e diz que está “a tentar dar o mais que [pode] ao Porto numa base sustentável”, assegurando que “se pudesse fazer mais voos para o Porto, com um bom caso de negócio, claro que gostaria de os fazer”.

“É óbvio que é impossível ter dois hubs, até porque não iria funcionar de um ponto de vista de rentabilidade e eficiência. (…) Entendo o desapontamento do Porto, mas fizemos muitos estudos baseados em números e factos e tentámos explicar a situação”, sinalizou a gestora, argumentando igualmente com o facto de a tripulação da TAP estar “essencialmente baseada em Lisboa”.

Esta sexta-feira, a ACP emitiu um comunicado a manifestar a sua “preocupação” com estas afirmações de Christine Ourmières-Widener, que “reforçam a ideia, já diversas vezes manifestada por esta associação, de que a intervenção do Estado na TAP é um processo mal conduzido e que não vai resolver os problemas estruturais que, há décadas, tornam a companhia aérea numa empresa inviável”.

Nuno Botelho, presidente da Associação Comercial do Porto

Recusando “qualquer tentativa de menorização do seu papel” e prometendo não abdicar da intervenção nesta matéria, lembra que alertou há mais de um ano para a “irracionalidade” deste dossiê, a nível político e económico. Em julho de 2020 interpôs mesmo uma providência cautelar contra a injeção de 1,2 mil milhões de euros na TAP, que acabou por ser rejeitada pelo tribunal, mas “alertou os portugueses para a necessidade de um maior escrutínio sobre esta aplicação de dinheiro público”.

Já em setembro deste ano, Nuno Botelho dirigiu uma carta à Direção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia, fundamentando que a melhor solução passaria pela extinção da TAP e pela criação de uma nova companhia aérea.

Como seria essa empresa de “base zero”? Conservaria os ativos estratégicos — hub da Portela e ligações ao Brasil, EUA e África lusófona — e asseguraria as rotas intercontinentais a partir de Lisboa, mas de forma complementar, visando o equilíbrio territorial, seriam disponibilizados apoios à criação de rotas nacionais e europeias noutros aeroportos portugueses, “devidamente geridos pelas entidades regionais de promoção externa”.

Esta semana, o ministro das Infraestruturas voltou a sublinhar a importância de o Estado ajudar a TAP, explicando o papel que a companhia aérea tem no desenvolvimento da economia nacional, sobretudo no que toca às exportações. Pedro Nuno Santos referiu que é “fácil e tentador” discutir o dinheiro que vai ser investido na TAP, mas alertou que “muitos querem ficar com o negócio” da empresa portuguesa, referindo-se às companhias aéreas internacionais.

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Há mais sete óbitos e 766 casos de Covid-19. Rt sobe para 1

Desde o início da pandemia, o país detetou 1.078.729 casos e registou 18.078 mortes por Covid-19.

A Direção-Geral da Saúde identificou 766 novos casos de Covid-19, elevando o número total de infetados desde o início da pandemia para 1.078.729. O boletim diário desta sexta-feira revela ainda mais sete mortes nas últimas 24 horas, perfazendo um total de 18.078 óbitos.

A incidência média no território nacional subiu para 84,2 casos por 100 mil habitantes, enquanto o risco de transmissibilidade (Rt) aumentou também para 1. Já no continente, a incidência é de 84,4 casos de infeção por 100 mil habitantes, e o Rt fixa-se também em 1. Com estes valores, o país encontra-se na linha entre a zona verde e a laranja, na matriz de risco.

A maioria dos infetados continua a recuperar em casa, sendo que volta a diminuir o número de pessoas hospitalizadas com a doença. Atualmente, 301 doentes estão internados em unidades hospitalares (menos 20 nas últimas 24 horas), dos quais 55 em unidades de cuidados intensivos (menos um).

Em termos regionais, a maioria das novas infeções foi identificada em Lisboa e Vale do Tejo. Dos 766 novos casos confirmados, 230 localizam-se nesta região, seguindo-se a região Norte, que contabilizou 226 novas infeções e o Centro 171. Já o Alentejo identificou 37 novos casos e o Algarve 62. Nas ilhas, os Açores registam 28 casos, enquanto a Madeira regista 12.

Boletim epidemiológico de 15 de outubro:

O boletim da DGS dá também conta de um total de 1.030.439 recuperados, mais 624 do que no balanço anterior. Há, neste momento, 30.212 casos ativos em Portugal, mais 135 face a quinta-feira.

Há ainda 21.426 pessoas sob vigilância das autoridades de saúde, por terem tido contacto com casos confirmados de Covid-19, ou seja, menos 160 face ao último balanço.

(Notícia atualizada às 14h45)

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Banco central chinês diz que riscos da Evergrande são “administráveis”

  • Lusa
  • 15 Outubro 2021

O banco central da China considera que os riscos que a dívida da construtora Evergrande acarreta para o sistema financeiro chinês são "administráveis".

O banco central da China considerou esta sexta-feira “administráveis” os riscos que a dívida da construtora Evergrande acarreta para o sistema financeiro chinês, numa altura em que o conglomerado ameaça entrar em incumprimento.

A maior imobiliária da China soma quase 260 mil milhões de euros em dívidas, valor superior ao Produto Interno Bruto (PIB) de Portugal.

A queda da construtora pode ter um efeito dominó no resto da economia: o imobiliário é o veículo de investimento favorito das famílias chinesas, pelo que uma crise sistémica no setor poderia ter fortes repercussões.

A Evergrande “tem sido muito mal administrada”, observou um alto quadro do Banco Popular da China, Zou Lan, citado pela imprensa local.

O grupo luta há várias semanas para honrar o pagamento de juros e entregar apartamentos aos seus clientes. “No geral, o risco de contágio para o sistema financeiro é administrável”, disse Zou.

As autoridades “instaram a Evergrande a aumentar os seus esforços para se desfazer de ativos e acelerar a retomada das obras”, acrescentou.

Vários fornecedores subcontratados pela empresa reclamaram que não estão a ser pagos e alguns levaram os seus casos a tribunal.

Além do setor imobiliário, a empresa investiu nos setores turismo, tecnologia digital, seguros, saúde e até veículos elétricos.

Fundada em 2019, a construtora automóvel Evergrande Auto tinha como ambição revolucionar o setor e competir com a norte-americana Tesla. Zou considerou agora que a empresa diversificou “às cegas”.

O setor imobiliário tem sido um dos motores da economia chinesa, devido à rápida urbanização do país, até há poucos anos maioritariamente rural. O setor é estimulado, em particular, pela necessidade da maioria dos chineses de ter acesso à propriedade, uma etapa quase obrigatória no avanço social.

Mas, face à crescente dívida das imobiliárias, os reguladores impuseram ao setor “três linhas vermelhas”, visando aumentar a liquidez das construtoras e reduzir a sua dependência de crédito.

Desde então, as mais vulneráveis têm lutado para se manterem à tona, enquanto as vendas e os preços dos imóveis caíram drasticamente nos últimos meses.

No mês passado, a Evergrande admitiu que pode não ser capaz de honrar todos os seus compromissos, mas afirmou que não está à beira da falência.

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Rio anuncia voto contra do PSD ao OE2022

O presidente do PSD vai propor à direção nacional que os social-democratas votem contra a proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE 2022).

Após ser ouvido pelo Presidente da República, Rui Rio anunciou esta sexta-feira que já “viu o suficiente do Orçamento” para estar “em condições” de propor à direção nacional do PSD que o partido vote contra a proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE 2022). Em declarações transmitidas pela SIC Notícias, o líder social-democrata criticou a falta de estratégia de longo prazo por parte do Governo e atacou a política orçamental por “não privilegiar o que é importante, ou seja, apoiar o tecido produtivo”.

“Não fico admirado se houver uma crise e o PS resistir a estas fortíssimas exigências do Partido Comunista, mas também não fico admirado se o PS, para se segurar no poder e o Governo, resolver ceder ao PCP”, disse Rui Rio, questionado sobre a hipótese de haver eleições legislativas antecipadas, calculando “em 50%” as probabilidades de haver uma crise política. O líder do PSD remeteu a responsabilidade da negociação para o PS, voltando a relembrar as palavras do primeiro-ministro, que disse que o Governo cai caso dependa do PSD para governar.

Porém, o presidente do PSD fez questão de dramatizar o que está em cima da mesa entre o Governo e o PCP para viabilizar o OE2022, nomeadamente a hipótese de os socialistas cederem na caducidade dos contratos coletivos, de acordo com o Público desta sexta-feira. “Muito pior é aquilo que se ouve como reivindicação do PCP“, disse Rio, referindo-se às alterações na legislação laboral, de que é contra, numa altura em que a economia está a recuperar do impacto da crise pandémica.

“Se ao lado do OE [na lei laboral], o PCP tem uma influência tal que vai aí influenciar de forma decisiva, nós já não temos um Governo socialista de influência comunista no OE e passamos a ter um Governo socialista de forte influência comunista”, disse Rio, acrescentando que “só falta o PCP ter ministros lá dentro”. Para o social-democrata, estas são “reivindicações pesadas” do PCP que tornariam o Governo “completamente encostado à esquerda”.

Ainda assim, mesmo sem se saber que cedências haverá nos próximos dias, Rio critica o Orçamento pelas opções do Governo, seja a falta de estratégia de longo prazo, seja a falta de apoios às empresas. “Há algum dinheiro [para as empresas], mas é o do PRR [Plano de Recuperação e Resiliência]. Do Orçamento propriamente dito é muito escasso“, criticou.

Há ainda três “aspetos muitos relevantes” que justificam o “cartão vermelho” do PSD: a ausência de uma proposta para baixar a carga fiscal sobre os combustíveis, a falta da redução temporária do IVA na restauração e a injeções de mil milhões de euros na TAP.

No caso dos combustíveis, Rio indicou que, uma vez que os preços estão “muito elevados”, deve haver uma redução da carga fiscal que incide sobre a gasolina e o gasóleo, mesmo que temporária, para dar “resposta” a esse problema dos portugueses. O social-democrata atribuiu a diferença de preços dos combustíveis entre países aos impostos que se pagam para atestar.

No caso da restauração, a descida do IVA por dois anos é uma “resposta conjuntural” para um setor particularmente afetado pela pandemia, argumentou Rio, repetindo uma ideia que tem vindo a sugerir desde o verão. O PSD estima que a medida custe 150 milhões de euros por ano.

Em último lugar, Rui Rio voltou a atacar fortemente a decisão do Governo de injetar dinheiro na TAP para salvar a companhia aérea. “A TAP é o novo Novo Banco“, disse, falando de dossiers que “massacram” os orçamentos todos os anos. “Não se vê quando é que isto acabe e não há um plano que a maioria das pessoas nem conhece”, concluiu.

CDS vai votar contra “bazuca de impostos”

O CDS vai “dar um voto de esperança aos portugueses” votando contra a proposta de Orçamento do Estado para 2022. Depois do encontro com o Presidente da República para discutir a proposta orçamental, o líder do partido, Francisco Rodrigues dos Santos, elencou aos jornalistas “três ordens de razão” que justificam o voto contra “esta bazuca de impostos”.

A primeira de todas prende-se com a previsão de um aumento da receita fiscal em impostos em mais de 3 mil milhões de euros. É “um assalto à carteira dos portugueses e das empresas“, disse Rodrigues dos Santos, em declarações transmitidas pela RTP3. Para o líder dos centristas, o desdobramento dos escalões do IRS torna Portugal “campeão na discriminação entre ‘muito muito pobres’, ‘muito pobres’, ‘pobres’ e ‘remediados'”.

As críticas de Francisco Rodrigues dos Santos ao Executivo continuaram com referências ao “assalto à mão armada” sobre os contribuintes através do preço dos combustíveis. “Também nada faz, e venda os olhos, perante a brutalidade do preço da eletricidade“, acrescentou.

A falta de uma “reforma estrutural para o país que permita o progresso económico e social” foi a segunda razão elencada pelo líder do CDS para o voto contra a proposta do OE2022. “Mais grave” do que ser ultrapassado pela Roménia nos principais indicadores macroeconómicos ao nível da União Europeia, é a perspetiva de que, em 2022, a dívida pública atinja 125% do PIB, considerou.

A terceira e última justificação para o voto contra do CDS é a impossibilidade, face às razões explicadas, de “aliviar a fatura do Estado na vida das empresas e das famílias”. “Este Orçamento do Estado continua a tratar as nossas empresas, ventiladores da nossa economia, como o parente pobre do país“, concluiu.

IL e Marcelo falaram sobre falta de “reflexo pleno” de temas estruturais e estratégicos do país nas escolhas orçamentais

Após a reunião com o Presidente da República, o deputado da Iniciativa Liberal, que já adiantou que votará contra o OE, sublinhou algumas visões partilhadas que falaram, nomeadamente não desperdiçar a “oportunidade que a recuperação pós-pandemia representa”, bem como que “os temas estruturais e estratégicos do país não estão a ter reflexo pleno nas escolhas orçamentais”.

“Partilhamos a visão de que é crucial para futuro de Portugal que esta oportunidade que a recuperação pós-pandemia representa não seja desperdiçada, seja por más escolhas públicas como por um contexto político em que partidos privilegiem conjuntura em detrimento da estratégia”, reiterou João Cotrim de Figueiredo.

O deputado especificou ainda que o Presidente partilhou que “já sente há mais tempo que os temas estruturais e estratégicos do país não estão a ter reflexo pleno nas escolhas orçamentais que são feitas ano após ano”. Esta visão “corresponde à leitura que temos feito, há demasiada negociação dos aspetos conjunturais, e pouca estratégia e ambição”, defendeu Cotrim Figueiredo.

Quanto à possibilidade de uma crise política, que tem sido levantada nos últimos dias nomeadamente para Marcelo, o deputado aponta que este cenário “depende zero da IL”, nomeadamente pela sua dimensão e peso, mas assegura que o partido “aqui estará para desempenhar o seu papel político”.

Ventura também vai votar contra OE

O líder do Chega adiantou, à saída da reunião com o Presidente da República, que o partido “votará contra o OE”. No entanto, perante a possibilidade de um chumbo do documento, sublinha que a “responsabilidade política não é da direita porque não teve nenhum papel nesta governação”.

O Chega junta-se assim ao PSD e à IL, que também deverão votar contra o Orçamento do Estado. André Ventura sublinha ainda que “não se compreenderia” que PCP e Bloco conseguissem suportar este OE, que dizer ser, provavelmente, “o pior OE do Governo de António Costa”, em declarações transmitidas pelas televisões.

Tendo em conta as críticas que os partidos da esquerda têm feito, Vetura aponta que “afigura-se uma série de coligações negativas no Parlamento”. O líder do Chega defende ainda que a “responsabilidade nesta situação é da esquerda”, sendo que acaba por ocorrer quando a direita está “no período mais fragmentado da sua história”.

(Notícia atualizada às 16h00 com mais informação)

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Cinco têxteis portuguesas voam até Londres para conquistar mercado britânico

Entusiasmadas pela recuperação gradual dos indicadores do consumo de moda a nível mundial, cinco têxteis portuguesas vão marcar presença na London Textile Fair.

Depois da Première Vision em Paris e da Munich Fabric Start, cinco empresas portuguesas voam até Londres para marcar presença em mais uma edição da London Textile Fair, que decorre de 19 a 20 de outubro. A Burel Factory, Fitecom, Le Europe / La Estampa, TMG Lab e Adalberto vão levar à capital britânica as últimas novidades de um dos clusters mais antigos de Portugal.

A participar no certame londrino desde 2014, a Burel Factory considera a London Textile Fair “uma feira pequena mas com clientes e designers certos”. Quem o diz é a CEO da empresa, Isabel Costa, que vai levar à capital britânica novos padrões na expectativa de “reencontrar vários clientes neste mercado”.

Já a Adalberto tem como missão “reforçar e ampliar a presença no mercado inglês”. Tâmara Martins, do departamento de vendas da empresa, sublinha que a edição de julho “teve poucos clientes, mas foram clientes de qualidade, muito focados e direcionados no que queriam”. A Adalberto ruma até Londres para dar a conhecer ao mundo a coleção Outono Inverno 22-23 e para exibir a coleções cápsula de artigos com tecnologias inovadoras.

A La Europe /Le Estampa, que vai marcar presença no evento pela primeira vez, acredita que as feiras presenciais “são a melhor porta de entrada” “Estamos à procura de agentes no mercado do Reino Unido e também clientes finais”, conta Joana Silva.

A indústria está a recuperar da pandemia e dos prejuízos avultados. As exportações portuguesas de têxteis e vestuário reforçaram em agosto a tendência de crescimento, somando 3.582 milhões de euros no acumulado desde janeiro, mais 1,2% do que no mesmo período de 2019, de acordo com dados da ATP.

nos primeiros oito meses do ano, o setor exportou um total de 3.582 milhões de euros, registando um aumento de 1,2% face aos 3.540 milhões de euros do mesmo período de 2019 e subindo 16,8% relativamente aos 3.067 milhões de 2020.

De janeiro a agosto deste ano, o mercado do Reino Unido ocupa a quinta posição nos principais destinos de exportações portuguesas de têxtil. Entre 2019 e 2021, está entre os destinos com maior crescimento em termos absolutos, de acordo com dados da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP).

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