Regulador aprova rotas da Ryanair para Marrocos, após polémica

Companhia irlandesa acusou o Governo de bloquear a autorização das novas ligações. Regulador apontou falhas no pedido, mas já deu luz verde.

O despacho da Autoridade Nacional de Aviação Civil que aprova as novas rotas da Ryanair para Marrocos foi publicado esta sexta-feira em Diário da República. A companhia aérea irlandesa vai passar a ligar Lisboa a Marraquexe, Agadir e Fez e o Porto a estas duas últimas cidades.

A aprovação chega depois de a Ryanair ter acusado o Ministério das Infraestruturas e a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) de bloquearem as suas rotas para o país do norte de África. Num comunicado divulgado a 30 de outubro, a companhia diz que foi “ilegalmente impedida pelo Ministério das Infraestruturas de Portugal e pela ANAC de abrir três novas rotas para Marrocos, causando o cancelamento totalmente desnecessário de voos para mais de 3000 passageiros portugueses que deviam viajar de Lisboa, este domingo, 31 de outubro”.

O diretor comercial da Ryanair, Jason McGuinness, considerou, citado na mesma nota, “ultrajante que burocratas sem rosto do Ministério das Infraestruturas se tenham recusado a permanecer nos seus escritórios na sexta-feira para resolver o assunto, partindo para o fim de semana do feriado enquanto destruíam os planos de feriado para mais de 3.000 dos seus concidadãos”.

A agência Lusa questionou o regulador, que respondeu que a “Ryanair não instruiu o pedido conforme estabelecido na lei, quer quanto ao prazo quer quanto ao cumprimento dos requisitos legais, entregando todos os documentos necessários para a análise do pedido, tendo a ANAC solicitado por diversas vezes”. “Ilegal seria conceder a autorização violando a lei em vigor”, acrescentou.

Impedimentos que ficarão entretanto resolvidos, levando à luz verde do regulador, cujos despachos foram esta sexta-feira publicados. A Ryanair lançou já este mês uma campanha promocional para estes destinos com preços a partir de cinco euros.

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Estratégia anticorrupção acordada entre PS e PSD vai hoje a votos no Parlamento

  • Lusa
  • 19 Novembro 2021

O Parlamento vai votar esta sexta-feira as medidas previstas na estratégia nacional anticorrupção do Governo. O regime de proteção dos denunciantes ficou de fora da votação.

O Parlamento vota esta sexta-feira diversas medidas previstas na estratégia nacional anticorrupção do Governo, numa versão concertada entre PS e PSD para garantir a viabilização antes da dissolução da Assembleia da República.

O diploma passou sem votação no plenário para sede de especialidade na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, onde foi atualizado com um texto de substituição coordenado entre os dois maiores partidos, num trabalho essencialmente desenvolvido pelas deputadas Cláudia Santos (PS) e Mónica Quintela (PSD).

O texto de substituição aprovado vai traduzir-se em mudanças no Código Penal, no Código de Processo Penal e em leis conexas, sendo sujeito a votação final global.

Antes de chegar a esta etapa, a estratégia anticorrupção do executivo já havia sido alvo de alterações sobre algumas matérias que suscitaram maior controvérsia, nomeadamente os acordos de sentenças, que os socialistas anunciaram antecipadamente que iriam deixar cair em nome de um consenso, numa decisão que foi saudada pelos sociais-democratas.

Por outro lado, PS e PSD chegaram a um entendimento para que os titulares de cargos políticos que cometam crimes de natureza corruptiva possam ser impedidos pelo tribunal de vir a exercer um cargo político até 10 anos após o cumprimento da pena a que possam ter sido condenados.

Fora das votações desta sexta-feira ficou o regime de proteção dos denunciantes – que serve para corporizar a transposição de uma diretiva europeia para o ordenamento jurídico nacional -, cuja discussão ainda será feita na próxima semana na primeira comissão parlamentar, num derradeiro esforço de concluir esse processo legislativo até à anunciada dissolução da Assembleia da República e a tempo do prazo definido para a respetiva transposição: 17 de dezembro.

Embora não estivesse incluído na estratégia anticorrupção, a criminalização do enriquecimento injustificado vai igualmente ser votada esta sexta-feira, na sequência do trabalho feito na comissão de transparência e estatuto dos deputados.

Entretanto houve já diversas matérias presentes na estratégia nacional anticorrupção 2020-2024 que avançaram no parlamento, nomeadamente a alteração à organização do sistema judiciário ou a fusão no Tribunal Central de Instrução Criminal das competências nacionais que já eram deste tribunal com as competências próprias do juízo de instrução criminal de Lisboa.

Inicialmente apresentada em abril, após aprovação da resolução em Conselho de Ministros, o chamado pacote anticorrupção tinha cinco prioridades para o governo: melhorar o conhecimento e as práticas institucionais em matéria de transparência e integridade; prevenir e detetar os riscos de corrupção na ação pública; comprometer o setor privado na prevenção, deteção e repressão; reforçar a articulação entre instituições públicas e privadas; e garantir uma aplicação mais eficaz e uniforme dos mecanismos legais.

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Integração da CPAS na Segurança Social vai a votos no Parlamento

O Bloco de Esquerda vai levar a votação no Parlamento um projeto de lei que propõe a integração da Caixa de Previdência de Advogados e Solicitadores na Segurança Social.

Foi em janeiro que o Bloco de Esquerda (BE) entregou um projeto de lei que propõe a integração da Caixa de Previdência de Advogados e Solicitadores (CPAS) na Segurança Social. Quase um ano depois, o partido liderado por Catarina Martins vai levar a votos o projeto que pretende que os mais de 35 mil advogados e solicitadores fiquem sujeitos ao regime geral de um trabalhador e não à sua caixa de previdência própria.

“O Bloco leva esta sexta-feira a votos o projeto de integração da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores na Segurança Social. Não seria aceitável que deixássemos terminar a legislatura sem o parlamento tomar decisões sobre a proteção social dos advogados. Assumimos as nossas responsabilidades. Esperamos que todos o façam”, disse José Manuel Pureza do BE, na sua página de Facebook.

A discussão sobre o regime de previdência tem sido recorrente ao longo dos anos, mas face ao período de estado de emergência que o país enfrentou, intensificou-se. Durante este período os tribunais estiveram encerrados impedindo que os advogados tivessem direito a qualquer apoio social por parte da CPAS.

Uma vez que os advogados não descontam para a Segurança Social, mas antes para a CPAS, estes profissionais não têm direito aos apoios do Estado. Face à pandemia Covid-19, a Ordem dos Advogados por várias vezes alertou a direção da CPAS para a adoção de algumas medidas, de forma a garantir o apoio aos beneficiários. Ainda assim, a Caixa de Previdência recusou-se a isentar os associados.

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Áustria vai voltar a confinar e torna vacina obrigatória

  • Lusa e ECO
  • 19 Novembro 2021

A partir de segunda-feira, a Áustria vai voltar a impor o confinamento de toda a população, tornando-se no primeiro país da UE a fazê-lo. A 1 de fevereiro a vacina contra a Covid torna-se obrigatória.

A Áustria vai impor, a partir de segunda-feira, o confinamento de toda a sua população e tornar a vacinação obrigatória a partir de 1 de fevereiro, anunciou hoje o chanceler austríaco, Alexander Schallenberg.

Áustria é o primeiro país da União Europeia a regressar ao confinamento da população face ao ressurgimento dos casos de Covid-19, numa altura em que vários países europeus apertam nas restrições. A medida será imposta poucos dias depois de o país ter decidido confinar as pessoas que não foram vacinadas.

A decisão sobre a vacinação obrigatória foi tomada depois de discussões com todos os governadores regionais. “Não conseguimos convencer pessoas suficientes a serem vacinadas“, disse o chanceler austríaco, Alexander Schallenberg, acrescentando que a vacinação vai tornar-se obrigatória a partir de 1 de fevereiro.

Na Áustria dois terços da população têm a vacinação completa contra a Covid-19, o que representa uma das taxas de inoculação mais baixas da Europa Ocidental. Esta decisão foi tomada na sequência de um aumento significativo de infeções, sendo que atualmente o país está com uma incidência de 991 casos por 100 mil habitantes a sete dias, segundo a Reuters.

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BCP cai mais de 4% e pesa no PSI-20

Depois de um arranque com ganhos ligeiros, o índice de referência nacional cai agora cerca de 1%, penalizado pelas desvalorizações do BCP e da energia.

A praça lisboeta começou o dia com ganhos ligeiros, impulsionada pela valorização da Altri após os resultados trimestrais, mas encontra-se agora no vermelho, com as quedas dos “pesos pesados” da bolsa. O BCP cai mais de 4%, a EDP Renováveis recua quase 2% e a Galp Energia desvaloriza perto de 1%.

O banco liderado por Miguel Maya afunda 4,03% para os 0,1478 euros, atingindo mínimos de 27 de setembro. Já na sessão passada, a banca foi um dos setores mais castigados, “perante o recuo das yields de dívida soberana europeia”, segundo explicavam os analistas do BCP.

BCP desvaloriza 4%

Já a subsidiária EDP Renováveis cai 1,88% para os 21,88 euros, enquanto a casa-mãe EDP perde 0,44% para 4,773 euros. Quanto à Galp Energia, os títulos recuam 1,10% para os 8,60 euros. O setor energético tem estado sob pressão, depois de uma nota da Reuters “apontar que os EUA estão a organizar uma venda organizada das reservas estratégicas de diversos países para baixar os preços do petróleo”, sinalizavam os analistas.

Nos mercados internacionais, o petróleo recua. O barril de Brent, negociado em Londres, cai 1,18% para os 80,28 dólares, enquanto o crude WTI, cotado no Texas, perde 1,19% para 77,48 dólares.

Entre as maiores desvalorizações do PSI-20 encontra-se também a Mota-Engil, que perde 2,59% para 1,242 euros.

Com as desvalorizações de cotadas de peso, o índice de referência nacional segue agora a perder 0,90% para os 5.528,03 pontos. Apenas três cotadas negoceiam em “terreno” verde, enquanto duas se mantêm inalteradas e as restantes registam quedas.

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E-book: tudo o que deve saber sobre o seguro de saúde

  • Conteúdo Patrocinado
  • 19 Novembro 2021

O que é um bom seguro de saúde? Qual a diferença entre cartão de saúde e seguro de saúde? Esclareça todas as dúvidas neste e-book sem o "segurês" a atrapalhar e invista no seu bem-estar.

A saúde e bem-estar são pilares essenciais da nossa vida. O acesso aos melhores serviços de saúde é algo que todas as famílias desejam e procuram. Na prática, se temos um problema de saúde, queremos resolvê-lo com todo o conforto e rapidez. O mesmo é dizer que exigimos os melhores especialistas quando quisermos. Infelizmente, se não
temos um bom seguro de saúde temos de nos sujeitar a filas de espera intermináveis no Serviço Nacional de Saúde.

Quais as vantagens do seguro de saúde? Qual a diferença entre ter um seguro de saúde ou um cartão de saúde? O que devo ter em conta ao analisar uma apólice de seguro? Quais as coberturas mais procuradas? Como escolher o melhor seguro de saúde para mim e para a minha família? No e-book “Invista no seu bem-estar com um seguro de saúde”, criado pela Una Seguros em parceria com o ECOseguros, encontrará tudo o que deve saber sobre seguros de saúde, dicas para tomar a melhor decisão e respostas às dúvidas mais frequentes. Tudo isto sem o habitual “segurês” a atrapalhar.

Descarregue já o seu!

 

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Mais resistentes e sustentáveis, são assim as malas de viagem do futuro

  • Capital Verde
  • 19 Novembro 2021

Uma mala de viagem com garantia de 20 anos? E feita com materiaias mais sustentáveis? Este é o novo compreomisso da Samsonite

As malas de viagem da nova coleção lançada pela Samsonite estão preparadas para serem reequipadas quando demonstrarem sinais de uso e são feitas com materiais recicláveis.

A Samsonite lançou a Proxis, uma nova coleção de malas rígidas, que integra o compromisso da marca rumo a um futuro mais sustentável, uma vez que podem ser reaproveitadas e/ou recicladas quando o seu ciclo de vida chegar ao fim.

Estas novas malas, que custam entre 379 a 479 euros, também são caracterizadas pela sua rigidez, criada com material Roxkin, com o objetivo de torná-las mais resistentes aos anos de utilização, de forma a aumentar a sua durabilidade e diminuir o seu impacto ecológico.

A Samsonite decidiu, também, incluir as malas Proxis num novo plano de serviço global: o Samsonite Wecare, que oferece um acompanhamento personalizado durante os 10 anos de garantia do produto, bem como nos 10 anos seguintes.

O serviço garante a recolha de todas as malas após cinco ou mais anos de uso, se o consumidor quiser, a fim de lhes dar uma nova vida, seja através de um restauro ou da reutilização dos seus materiais para fazer outros produtos.

Para incentivar a adesão a esta iniciativa, a Samsonite está a oferecer um voucher de 10% de desconto a quem decidir dar uma segunda vida à sua mala de viagem. O voucher deve ser usado até 12 meses em todas as lojas Samsonite ou loja online.

Além de promover a sustentabilidade, este serviço oferece outras vantagens, tais como a personalização gratuita da mala, com as iniciais do nome de quem a usa, e ainda dá prioridade de reparação a todas as malas Proxis que estiverem registadas no site.

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“É preciso vontade política para avançar nas cidades inteligentes”, diz o GeSI

  • Fatima Ferrão
  • 19 Novembro 2021

Ambição, visão, diálogo, inovação, parcerias público-privadas e envolvimento de todos os stakeholders são os ingredientes para construir cidades inteligentes. O digital será o facilitador da inovação.

A fórmula parece simples, mas envolve um conjunto de agentes, públicos e privados, que obrigatoriamente têm que trabalhar em prol do objetivo comum de tornar as cidades mais eficientes e sustentáveis, com vista a melhorar a qualidade de vida das populações. Mas, para avançar, “é preciso vontade política”, desafia Luís Neves. Para o CEO do GeSI (Global Enabling Sustainability Initiative), associação empresarial mundial dedicada ao setor das TIC, e que visa responder a um conjunto de desafios globais, a tecnologia existe e tem o poder e a capacidade de ajudar a reduzir as emissões de CO2, “mas é preciso ser implementada”.

O responsável falava durante a sessão de encerramento do Smart Cities Summit, que decorreu esta semana na FIL, em Lisboa, fazendo um apanhado dos três dias de debate, e apelando à mobilização de todos os players que podem fazer a diferença na transformação das cidades tal como hoje as conhecemos. “Esta mudança é urgente e exige políticas integradas que melhorem a vida dos cidadãos”, acrescenta, lembrando que, hoje, 55% da população mundial vive em áreas urbanas e que as previsões apontam para que, em 2050, sejam 78%.

Ao longo do dia estiveram em debate outros temas incontornáveis na construção e gestão das cidades inteligentes, como a água, os resíduos, o ambiente, e a sustentabilidade nos edifícios ou na mobilidade. Não faltou a discussão sobre a importância da descarbonização, essencial para a eficiência energética, das casas ou dos transportes, ou o 5G, o facilitador que chega agora a Portugal, sob a forma de “uma verdadeira disrupção”, como disse Manuel Ramalho Eanes, administrador da NOS.

“Estamos a entrar na era do 5G”

Uma revolução tecnológica, mas também social, é a forma como Manuel Ramalho Eanes classifica a chegada do 5G que terá um impacto em diferentes vertentes da sociedade e da economia. Segundo um estudo do GeSI, o 5G terá um impacto de 15% na diminuição das emissões de CO2 no mundo, permitirá aumentar a produtividade e a produção industrial entre 20 e 30%, e contribuirá para uma redução de 25% no tráfego das cidades. Números que tornam a tecnologia apelativa e que lhe conferem uma possibilidade de implementação global muito elevada.

"O 5G é uma tecnologia que permite criar sociedades e cidades superinteligentes.”

Manuel Ramalho Eanes

Administrador executivo da Nos

Manuel Eanes aponta ainda a vantagem na redução do consumo energético associado às telecomunicações que, gastando menos, terão maior capacidade de oferta e de gestão de serviços. “É uma tecnologia que permite criar sociedades e cidades superinteligentes”, acredita. Basta considerar que tem dez vezes mais velocidade, um décimo do tempo de resposta, e que permite ligar até um milhão de objetos por quilómetro quadrado. A juntar a isso, completa, “a sua super-resiliência é ideal para setores como a indústria ou a saúde, porque a rede ajusta-se conforme o serviço”.

De entre as vantagens diretas para os utilizadores, o administrador da NOS, destaca a possibilidade de otimizar o tráfego, ajudando a gerir a mobilidade nas cidades, a capacidade de otimizar recursos variados para uma maior eficiência nos meios urbanos, criar novos serviços que, entre outras coisas, permitam às pessoas mais idosas manterem-se, de forma segura, nas suas casas até mais tarde, ou facilitar o acesso à cultura.

Melhor mobilidade exige descarbonização

Durante o primeiro estado de emergência, em março de 2020, a quebra na mobilidade foi de 70% na região da Grande Lisboa, revela um estudo da NOS, citado por Pedro Machado, responsável de novos negócios B2B da operadora, que moderou esta tarde o debate sobre “Mobilidade: Transição Progressiva”.

Esta reação a uma situação extrema acabou por provocar uma mudança geral nas opções de mobilidade dos cidadãos. “Num ano alterou-se tudo”, diz Paulo Rodrigues, fundador e CEO da MOB. No fundo, acrescenta Paulo Humanes, “foi a confirmação de que não precisamos sempre do mesmo modo para as deslocações”. O responsável de mobilidade do CEEIA acredita que este foi o primeiro passo para a micromobilidade, na qual a bicicleta desempenha um papel essencial. Agora, revela, o trabalho do centro de investigação será compreender como funciona o ecossistema da mobilidade e de que forma “podemos usar os dados para geri-la da melhor maneira”.

No entanto, para que a intermodalidade entre diferentes formas de transporte possa ser uma realidade, é preciso descarbonizar. Em representação da Galp no debate sobre “Energia – a revolução urbana inevitável”, Teresa Abecassis destacou o trabalho que a empresa tem vindo a desenvolver ao nível da transição energética, com impacto também na oferta de produtos e serviços essenciais nas cidades. “Usar um carro elétrico não pode ser um pesadelo”, aponta, salientando a importância de aumentar o número de carregadores disponíveis nas cidades.

Até ao fim do ano, a Galp tem como meta instalar mil pontos de carregamento em todo o país, número de deverá chegar aos dez mil em 2025. Em simultâneo, a energética está a investir em empresas de tecnologia – como a Go With Flow, na gestão da mobilidade, ou a EI (Energia Independente) para a comercialização de soluções solares -, com vista a ter ‘em casa’ os dados e o conhecimento essenciais para o negócio. “Hoje ninguém tem dúvidas de que o caminho é o da transição energética, da descarbonização, e da eficiência energética”, diz a administradora para a área comercial.

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Vão abrir concursos para 2.160 postos em carreiras especiais da saúde

A maior parte das vagas que poderão ser preenchidas diz respeito às categorias de enfermeiro gestor e de enfermeiro especialista.

O Governo deu “luz verde” ao preenchimento de 2.160 postos de trabalho para categorias superiores de carreiras especiais da saúde, para os quais poderão agora abrir concursos. As vagas que vão ficar disponíveis neste conjunto são nas carreiras de enfermagem, farmacêuticas e técnicos superiores de saúde.

Em enfermagem e farmacêutica, estão em causa 522 postos de trabalho nas categorias de enfermeiro gestor, 1.383 para enfermeiro especialista, 20 para farmacêutico assessor sénior e 80 para farmacêutico assessor. Já para técnicos superiores de saúde, são 25 postos para categorias de assessor superior, 40 para assessor e 90 para assistente principal.

A medida tem como objetivo “permitir o gradual reequilíbrio da hierarquia interna das carreiras, conferindo aos respetivos trabalhadores uma perspetiva de futuro no seio do Serviço Nacional de Saúde, retomando-se o normal desenvolvimento das carreiras”, defende o Ministério da Saúde, em comunicado.

Os despachos referentes a estes postos vão ser depois publicados pela área governativa da saúde, “para cada um dos grupos de pessoal atrás identificados, com a distribuição das vagas a preencher, por estabelecimento de saúde, em função das necessidades dos diversos serviços e estabelecimentos de saúde”, explicitam.

De recordar que o Orçamento do Estado para 2022, que foi chumbado, previa criar as condições para concursos de promoção das carreiras especiais da saúde no próximo ano. O Governo decidiu, ainda assim, avançar já com esta autorização.

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Nestlé promove agroempreendedorismo junto de futuros agricultores

No final do open day, na fábrica de Avanca da Nestlé, dois jovens terão a oportunidade de fazer um de estágio três meses na companhia e num dos seus fornecedores.

A fábrica de Avanca da Nestlé vai abrir portas esta sexta-feira, 19 de novembro, para um open day, destinado a estudantes de agronomia da Faculdade de Ciência do Porto e da Escola Superior Agrária de Beja, que querem fazer da agricultura o seu futuro. No final do dia, dois jovens terão a oportunidade de fazer um de estágio três meses na Nestlé e num dos fornecedores da companhia. O open day marca o arranque em Portugal da “Generation Regeneration”, uma nova plataforma de formação para atrair e formar a próxima geração de agricultores.

“O open day na fábrica de Avanca marca o arranque do projeto ‘Agripreneurship’ em Portugal. Com o objetivo de ajudar a desenvolver os jovens agricultores do futuro, a Nestlé tem previstas diferentes iniciativas na área de agricultura, nomeadamente programas de estágio em parceria com os fornecedores, ações de formação para jovens agricultores, academias agripreneurship para alunos universitários e open days na fábrica de Avanca”, lê-se em comunicado.

Neste primeiro open day, os jovens universitários vão ser conduzidos pela história de uma das matérias-primas mais importantes: o trigo, utilizado na confeção da papa Cerelac. “É uma matéria-prima historicamente produzida em Portugal, nos campos do Alentejo, por produtores com quem trabalhamos há vários anos, através de práticas tradicionais, respeitando a natureza”, detalha a empresa.

A ação pretende que os alunos compreendam todo o ciclo do trigo para a alimentação infantil e possam perceber onde poderão vir a acrescentar valor no futuro. Além da visita à fábrica, os jovens vão também ouvir os testemunhos e as dicas de responsáveis pela direção de recursos humanos e agrónomos da Nestlé, produtores nacionais de trigo e fornecedores de matérias-primas.

No final do dia, os jovens vão ser desafiados a exporem as suas ideias sobre a questão: “Se tivesses todos os meios disponíveis, como te dedicarias à área da agricultura em Portugal?”. Após a realização de um pitch a um comité de especialistas, os dois melhores poderão ganhar um estágio de três meses, a realizar em 2022, na Nestlé (na fábrica de Avanca) e num dos fornecedores da marca, a Carneiro Campos e a Germen – Moagem de Cereais.

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Van Dunem diz que não será ministra da Justiça num próximo Governo

  • Lusa
  • 19 Novembro 2021

A ministra da Justiça, Francisca Van Dunem disse que não fará parte do próximo Governo se o PS ganhar as eleições. "Temos de dar lugar a outras pessoas", disse.

A ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, disse ao jornal Público que não fará parte do próximo Governo se o Partido Socialista (PS) ganhar as eleições e António Costa assumir a função de primeiro-ministro.

Eu já estava neste Governo até final da Presidência portuguesa da União Europeia, era a combinação que tínhamos. Porque era suposto que houvesse uma remodelação a seguir”, afirmou ao jornal.

A presidência portuguesa do Conselho da União Europeia decorreu entre 01 de janeiro e 30 de junho. Estas declarações da ministra da Justiça contrariam afirmações do primeiro-ministro, António Costa, em setembro, nas quais afastava qualquer remodelação do seu Governo.

Questionada pelo Público sobre a sua decisão de não assumir nenhum cargo num próximo Governo, Francisca Van Dunem disse: “Acho que sou neste momento a pessoa que mais tempo esteve na pasta da justiça”.

Temos de dar lugar a outras pessoas. E depois o meu lugar não é aqui, a minha profissão não é esta. Acho que tenho de ir para o meu lugar”, sublinhou.

“Só estive num lugar mais tempo do que este, que foi na Procuradoria-Geral da República, nove anos. Sempre estive cinco/seis anos no mesmo lugar porque chega uma altura em que já não temos capacidade de ver de fora, e isso é importante. Quando ficamos no mesmo núcleo, falamos entre nós, não há respiração. E isto é uma democracia. Tem que vir para cá outra pessoa. Vim na altura porque achei que era uma proposta importante, trabalhar com António Costa, confiava nele, e achei que era um projeto de trabalho interessante”, disse.

Francisca Van Dunem esteve no gabinete do procurador-geral da República entre 1999 e 2001 e, entre outros cargos, foi procuradora-geral distrital de Lisboa de 2007 até integrar o Governo de António Costa em 2015.

Em setembro, o primeiro-ministro afastou qualquer remodelação do seu Governo na sequência das eleições autárquicas, contrapondo que remodelações acontecerão entre os autarcas, mas foi enigmático quando disse que “refrescar” acontece com o período de inverno.

Estas palavras de António Costa foram proferidas em declarações aos jornalistas, após a sessão em que foi anunciado o fim da missão da equipa coordenadora do processo de vacinação contra a covid-19, liderada pelo vice-almirante Gouveia e Melo.

Julgava que a questão da remodelação do Governo tinha ficado esclarecida e ultrapassada em julho. Não está nenhuma remodelação prevista. A única remodelação que as eleições autárquicas determinaram é a remodelação dos autarcas”, respondeu.

Minutos depois, no entanto, ainda em resposta a questões dos jornalistas, António Costa foi interrogado se não poderia fazer “um refrescamento” do seu executivo.

O primeiro-ministro disse então o seguinte: “Naturalmente, o outono vai começar a arrefecer o clima”.

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Nas notícias lá fora: origem da Covid-19, BBVA e Amazónia

  • ECO
  • 19 Novembro 2021

Afinal, a Covid-19 terá tido início no mercado chinês de Wuhan. O banco espanhol BBVA quer aumentar a rentabilidade em 14% até 2024. A desflorestação amazónica está no ritmo mais rápido em 15 anos.

Um estudo da revista Science mostra que, afinal, o primeiro caso de Covid-19 terá surgido mesmo no mercado de Wuhan, na China. No Japão, vai ser anunciado um pacote recorde de estímulo à economia do país. E, nos EUA, foi leiloada por um preço recorde uma cópia rara da Constituição norte-americana. Conheça estas e outras notícias da atualidade internacional desta sexta-feira.

Fortune

Mercado de Wuhan ressurge como origem do primeiro caso de Covid-19 em novo estudo

Um contabilista de Wuhan, na China, que se pensava ser a primeira pessoa infetada com Covid-19, apenas desenvolveu sintomas oito dias mais tarde do que inicialmente relatado, fazendo de uma vendedora de marisco no mercado Huanan o primeiro caso conhecido da doença, conclui um estudo publicado na quinta-feira na revista Science. A confusão ter-se-á devido a complicações após um tratamento dentário, que fizeram adoecer o contabilista no dia 8 de dezembro. Febre e outros sintomas associados ao coronavírus atingiram o homem, de 41 anos, somente a partir de 16 de dezembro, quando já vários trabalhadores do mercado chinês mostravam sinais de infeção.

Leia a notícia completa na Fortune (acesso livre, conteúdo em inglês)

Cinco Días

BBVA aumenta dividendo e quer aumentar rentabilidade 14%

O BBVA decidiu reforçar a remuneração dos acionistas. A nova política do banco passa por dividir anualmente 40% a 50% do lucro consolidado, contra os anteriores 35% a 40%. Esta foi uma das alterações que o BBVA apresentou no Dia do Investidor, aquando da divulgação do plano estratégico para 2021-2024. A nova política de dividendos vai ser implementada de imediato, previsivelmente em outubro, havendo depois lugar a um complemento em abril. O plano inclui ainda um programa de recompra de ações de 3.500 milhões de euros, sendo que a primeira tranche será lançada já na próxima semana e decorrerá ao longo de três meses. A previsão é de alcançar, em 2024, uma rentabilidade de 14%. Durante a apresentação do plano, as ações do banco caíram 5%.

Leia a notícia completa no Cinco Días (acesso livre, conteúdo em espanhol)

Reuters

Japão vai revelar pacote de estímulos recorde

O Japão deve anunciar um pacote de despesas recorde de 490 mil milhões de dólares para amortecer o impacto económico da pandemia, contrariando uma tendência global de retirar as medidas de estímulo desenhadas para a crise. Para financiar parte dos custos deste novo pacote, o Governo vai avançar com um orçamento suplementar.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês)

Financial Times

Desflorestação da Amazónia está no ritmo mais rápido de 15 anos

O Instituto Nacional de Estudos Espaciais (INPE), órgão governamental, revelou que a Amazónia brasileira perdeu 13.235 quilómetros quadrados de cobertura vegetal entre agosto de 2020 e julho de 2021, a maior área degradada num período de doze meses dos últimos 15 anos. Segundo organizações ecologistas, o Governo já tinha conhecimento dos dados sobre o agravamento da desflorestação desde meados de outubro, mas só autorizou a sua divulgação após a conclusão da COP26. Horas depois da revelação, o Governo brasileiro afirmou que vai usar “força total” para reduzir a desflorestação ilegal no país.

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CNN

Venda de cópia da Constituição dos EUA em leilão atinge recorde

Uma rara cópia da Constituição original dos EUA, assinada a 17 de setembro de 1787, na Filadélfia, foi vendida em leilão por 43 milhões de dólares (37,9 milhões de euros). É um “preço recorde mundial para um documento histórico em leilão”, disse um porta-voz da Sotheby’s, precisando que custou exatamente “43,2 milhões de dólares”, incluindo comissões. De acordo com a Sotheby’s, restam apenas “13 cópias conhecidas” da primeira impressão da Constituição dos EUA, embora 500 tenham sido provavelmente impressas na altura. O documento – um dos dois únicos ainda pertencentes a particulares – tinha sido estimado, em setembro, num máximo de 20 milhões de dólares. A Sotheby’s não divulgou o nome do comprador.

Leia a notícia completa na CNN (acesso livre, conteúdo em inglês)

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