Imparidades e vendas de malparado determinaram perdas do Novo Banco em 2019

  • Lusa
  • 9 Abril 2021

As perdas do Novo Banco em 2019, que originaram o pedido de 1.037 milhões de euros ao Fundo de Resolução, deveram-se a imparidades e vendas de crédito malparado, segundo a auditoria da Deloitte.

As perdas do Novo Banco em 2019, que originaram o pedido de 1.037 milhões de euros ao Fundo de Resolução, deveram-se a imparidades e vendas de crédito malparado, segundo a auditoria da Deloitte consultada pela Lusa.

“Destaca-se o efeito no ano de 2019 de perdas em crédito de clientes e imóveis de montante relevante, resultantes da atualização do processo de determinação de imparidade/valorização”, pode ler-se no sumário do relatório a que a Lusa teve acesso e que contém informação confidencial rasurada.

A Deloitte destaca “a realização de uma inspeção do supervisor que incidiu sobre NPL [crédito malparado] e ativos recuperados, da qual resultou a identificação de necessidade do reforço de imparidades”.

É ainda assinalado que as perdas de 2019 também tiveram origem em “três operações de venda de carteiras, no âmbito do processo de redução de ativos não produtivos já em curso em anos anteriores, enquadrado pelas exigências regulatórias de redução a esses ativos e pelos compromissos previstos no plano de reestruturação acordado com a Comissão Europeia”.

A Deloitte afirma que em 2019 também se destacam “perdas em fundos”, cuja identificação está rasurada, “resultantes da aplicação pelo banco, pela primeira vez em 2019, de um ajustamento ao respetivo net asset value [valor patrimonial líquido]”.

“De referir que uma parte muito substancial das perdas registadas em 2019 resulta de ativos originados maioritariamente em período anterior à constituição do Novo Banco e que já apresentavam perdas ou desvalorizações relevantes de anos anteriores”, pode ainda ler-se no documento.

Nas perdas por imparidade analisadas, que se cifraram em 369 milhões de euros, 354 foram “relativos a imparidade para crédito”, e a sua maioria “já apresentava incumprimentos em anos anteriores e níveis de imparidade elevados”.

“A título ilustrativo, verifica-se cerca de 203 milhões do reforço de 2019 em devedores cuja taxa de imparidade era já superior a 50% em 31 de dezembro de 2018, e cerca de 101 milhões referem-se a devedores que em 31 de dezembro de 2018 apresentavam taxas de imparidade entre 10% e 50%”, pode ler-se no documento.

Já relativamente às perdas com crédito malparado, “as operações de alienação de carteiras analisadas apresentam perdas substanciais em proporção do valor líquido contabilístico dos ativos à data da venda”.

A carteira que gerou maiores perdas foi a Sertorius (220,7 milhões de euros), com perdas face ao valor contabilístico de 64,8% e 64,7%, respetivamente em terrenos e imóveis industriais.

A segunda carteira que gerou a segunda maior perda foi a Nata II, no valor de 84 milhões de euros, segundo o documento.

A auditoria da Deloitte ao Novo Banco, realizada depois da injeção de capital de 2020, relativa às contas de 2019, foi recebida pelo Banco de Portugal no dia 01 de abril.

O Novo Banco afirmou então em comunicado ter tomado conhecimento da auditoria, congratulando-se pela inexistência de “desconformidades relevantes” no seu conteúdo.

No mesmo dia, o Governo anunciou a entrega ao parlamento e ao Tribunal de Contas do relatório da auditoria, afirmando que “exigirá uma análise exaustiva por parte de todos os destinatários”.

O Fundo de Resolução divulgou, também na altura, com base na auditoria da Deloitte, que o valor injetado no banco em 2020 relativo às contas de 2019 foi inferior em 640 milhões de euros às perdas abrangidas pelo Acordo de Capitalização Contingente (ACC).

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Nos instala infraestrutura de 5G no estádio do Benfica

  • ECO
  • 9 Abril 2021

O estádio da Luz está agora preparado para ter cobertura de rede móvel de quinta geração assim que as ofertas comerciais estejam disponíveis.

O estádio do Benfica tem agora infraestrutura para rede 5G, estando, por isso, preparado para a cobertura de quinta geração assim que as licenças sejam atribuídas. A tecnologia foi instalada ao abrigo de uma parceria entre o Benfica e a operadora Nos.

“O 5G, a nova revolução tecnológica, vai permitir aos mais de 65 mil adeptos que o Estádio do Sport Lisboa e Benfica comporta uma experiência de acesso à internet móvel em média dez vezes mais rápida, com velocidades superiores a 1 Gbps. Isto significa downloads e uploads de fotografias ou vídeos de forma quase instantânea, ou videochamadas sem qualquer interrupção, com o estádio na sua máxima capacidade”, anunciou a empresa de telecomunicações num comunicado.

Na visão da operadora, o 5G “vai transformar radicalmente a experiência de quem assiste aos jogos do Benfica, através do acesso a conteúdos de forma totalmente imersiva, graças à combinação do 5G com tecnologias como realidade virtual ou aumentada”. “Acesso a estatísticas do jogo ou dos jogadores em tempo real, possibilidade de escolher o ângulo a partir do qual se quer ver o jogo, ativando em tempo real uma das muitas câmaras que estão a ser utilizadas na emissão, ou a possibilidade de fazer streaming de vídeo em direto, em alta qualidade e definição, são algumas das inúmeras experiências que os amantes do futebol poderão viver no primeiro estádio 5G”, acrescenta a Nos.

Citado em comunicado, o administrador executivo da Nos Manuel Ramalho Eanes afirmou: “Quando o 5G for uma realidade, queremos ser os primeiros a entregá-lo às pessoas e às empresas, e sendo o futebol um território natural para a tecnologia se desenvolver.” Do lado do Benfica, Rui Costa, vice-presidente do clube, considerou que este é “um projeto transformador”. “Esta tecnologia irá aproximar ainda mais o Benfica dos seus Sócios, adeptos e simpatizantes”, sublinhou.

A rede 5G ainda não está comercialmente disponível em Portugal, encontrando-se em curso o leilão de frequências às operadoras. A fase principal dura há 60 dias e, na quinta-feira, a Anacom anunciou a intenção de alterar o regulamento para acelerar o fim do leilão. Esta sexta-feira, a Nos insurgiu-se contra a decisão, sugerindo a “demissão” do Conselho de Administração da Anacom, que é presidido por João Cadete de Matos.

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Sete desinvestimentos do Novo Banco foram feitos sem documentação completa

  • Lusa
  • 9 Abril 2021

A auditoria especial da Deloitte ao Novo Banco dá conta que sete desinvestimentos de subsidiárias e associadas do banco foram feitos sem a documentação necessária estar completa.

A auditoria especial da Deloitte ao Novo Banco dá conta que sete desinvestimentos de subsidiárias e associadas do banco foram feitos sem a documentação necessária estar completa.

“As sete exceções identificadas para os atos de gestão de desinvestimento encontram-se exclusivamente relacionadas com falta de documentação completa para a tomada de decisão”, pode ler-se no documento a que a Lusa teve acesso e no qual consta informação rasurada.

A amostra relativa a subsidiárias e associadas totalizou 15 milhões de euros na análise feita pela Deloitte, com perdas de 12 milhões de euros em 2019.

Segundo a Deloitte, em três situações “não foi efetuada análise de contrapartes e/ou de conflitos de interesses à entidade contraparte em momento anterior a uma estipulação contratual, ou esta não foi realizada a todas as entidades relevantes e respetivos órgãos de gestão“.

"As sete exceções identificadas para os atos de gestão de desinvestimento encontram-se exclusivamente relacionadas com falta de documentação completa para a tomada de decisão.”

Auditoria especial da Deloitte

Numa situação, “a prova de fundos da entidade compradora não cumpriu com o estabelecido na ‘process letter’ [dossiê do concurso] do processo de venda, tendo sido entregue de forma incompleta”.

Noutra situação “não foi realizado um exercício de valorização que permitisse enquadrar as propostas recebidas e aferir a sua razoabilidade”.

Num outro caso, de acordo com o mesmo documento, não “se verificou a documentação apropriada do racional subjacente à definição de um mecanismo compensatório por prorrogação da data-limite para conclusão da transação”.

Finalmente, noutra situação “não foi realizado acompanhamento da evolução do preço da transação que se encontrava sujeito a um mecanismo de ajustamento”.

Numa questão de investimento, a Deloitte não encontrou “evidência na redação das atas do CGS [Conselho Geral de Supervisão] da prestação do consentimento prévio para o processo de aumento de capital a realizar num fundo de investimento (FIIF Amoreiras), não obstante ter sido obtida evidência da apresentação a este órgão da evolução do processo”.

Quanto a deficiências em matéria de gestão de acompanhamento, foram encontradas 11 exceções, tendo a Deloitte verificado que “não foram elaborados os relatórios periódicos de acompanhamento para fundos de investimento definidos em normativo interno”, duas das quais em 2019.

Em quatro situações (uma em 2019) “não foi obtida evidência documental de acompanhamento ao nível de CA [Conselho de Administração], CE [Comissão Executiva], CAE [Conselho de Administração Executivo]”, destacando a Deloitte que “em duas dessas situações o CA da entidade participada analisada era composto por membros do CA da acionista”.

Em três situações anteriores a 2019 “não foi obtida evidência documental de acompanhamento por parte do departamento com a atribuição formal de acompanhamento”, adianta também a Deloitte.

A auditoria da Deloitte ao Novo Banco, realizada depois da injeção de capital de 2020, relativa às contas de 2019, foi recebida pelo Banco de Portugal no dia 01 de abril.

O Novo Banco afirmou então em comunicado ter tomado conhecimento da auditoria, congratulando-se pela inexistência de “desconformidades relevantes” no seu conteúdo.

No mesmo dia, o Governo anunciou a entrega ao parlamento e ao Tribunal de Contas do relatório da auditoria, afirmando que “exigirá uma análise exaustiva por parte de todos os destinatários”.

O Fundo de Resolução (FdR) divulgou, também na altura, com base na auditoria da Deloitte, que o valor injetado no banco em 2020 relativo às contas de 2019 foi inferior em 640 milhões de euros às perdas abrangidas pelo Acordo de Capitalização Contingente (ACC).

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Ironhack abre candidaturas para bootcamp de data analytics

Pode candidatar-se ao curso até 15 de maio e escolher o regime de full-time, que dura nove semanas, ou o regime de part-time, de 14 semanas. Curso custa 6.000 euros.

É a era dos dado. Há quem diga até que os dados são o novo “ouro”. A crescente procura por profissionais especializados nesta área levou a Ironhack a identificar o cargo de analista de dados como uma das profissões do futuro e a abrir candidaturas para a nova edição do seu bootcamp de data analytics, que arranca a 31 de maio de forma presencial. Pode inscrever-se até 15 de maio, através deste link.

O curso da escola tecnológica, que pode realizar-se em regime de full-time, durante nove semanas, ou em regime de part-time, durante 24 semanas, foca-se na aprendizagem de “python”, uma das linguagens de programação que mais cresce e com mais saídas no mercado de trabalho, segundo a Stackoverflow.

Os candidatos devem ter mais de 18 anos, um domínio intermédio da língua inglesa e cumprir o trabalho prévio de preparação. O curso tem um custo de 6.000 euros e não exige experiência prévia no mundo da tecnologia. Os alunos vão aprender a compilar, avaliar e interpretar dados para fazer previsões de tendências do mundo real, desenvolvendo competências de programação e estatística, bem como fundamentos de machine learning e business intelligence, avança a escola em comunicado.

Após a conclusão do curso, os formandos terão ainda acesso a uma semana de preparação para o mercado de trabalho, que consiste na simulação de entrevistas pessoais e técnicas. Além desta preparação, a escola conecta os alunos com as empresas da área. De acordo com os dados da Ironhack, dos alunos formados em data analytics no mês de dezembro, mais de 90% já se encontra empregado.

“A necessidade de analisar e interpretar os dados que são gerados no dia-a-dia é fundamental para todos os setores a nível mundial, desde a banca, a indústria, os serviços, o turismo, o entretenimento, entre outros. Ou seja, praticamente todos exigirão, no futuro, especialistas que os ajudem a converter todas as informações geradas pelas suas operações em ferramentas que permitam uma otimização de recursos ou o aumento da produtividade e do número de vendas”, começa por explicar Munique Martins, responsável pelo campus de Lisboa da Ironhack, citada em comunicado. Com este bootcamp, a escola de formação em tecnologia quer, assim, ser “a solução para as pessoas que ficaram sem emprego e que querem apostar num novo percurso profissional”.

Analista de dados? O que é?

Segundo a Ironhack, um analista de dados é um profissional com a capacidade de recolher, interpretar e analisar dados, transformando-os em ferramentas úteis que permitam otimizar as operações e as tomadas de decisão das empresas. É considerada pelo LinkedIn uma da 15 profissões emergentes mais importantes do futuro, devido à necessidade de tratar as informações geradas pelos mais de 40 mil milhões de dispositivos que estarão conectados à internet até 2025.

Além disso, é também um das profissões mais bem pagas. O salário médio de um aluno recém-formado pode chegar aos 35.000 euros por ano, segundo dados da Ironhack, e o salário médio de um profissional sénior pode ir até aos 200.000 euros por ano, segundo dados da americana PayScale.

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Costa revela que fez teste serológico e está imune à Covid-19

  • ECO
  • 9 Abril 2021

Primeiro-ministro revela que fez teste serológico e está imune à Covid-19.

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou esta sexta-feira que fez um teste serológico e está imune à Covid-19, avançou o Correio da Manhã.

A revelação foi feita no final de uma visita de mais de uma hora por todos os espaços em que estão a decorrer obras de restauro e de conservação no Teatro Nacional de São Carlos (TNSC).

António Costa foi vacinado em fevereiro com a vacina da AstraZeneca e disse estar ansioso pela segunda toma da vacina mesmo depois de toda a polémica em torno da mesma. “Estou convosco, também tomei a primeira dose da vacina. Anseio pela segunda”, disse. Mas, mesmo sem a segunda dose já estará imune à doença.

O primeiro-ministro ficou em isolamento profilático no Natal, embora tenha testado negativo à Covid-19, depois de ter contactado com o presidente de França, Emmanuel Macron, que testou positivo ao novo coronavírus.

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Francisco Gomes da Silva assume direção da Celpa

O novo diretor geral da Celpa tem dividido a sua atividade profissional pelas áreas da docência universitária e da consultadoria e gestão de empresas agrícolas e florestais.

Francisco Gomes da Silva, diretor geral da Celpa

Francisco Gomes da Silva acaba de ser nomeado para diretor geral da Celpa – Associação da Indústria Papeleira, que engloba as mais relevantes empresas do setor da pasta de papel, papel, tissue e cartão a operar em Portugal. O engenheiro agrónomo de 57 anos prevê uma liderança repleta de desafios.

“Assumir a responsabilidade de liderar a Celpa enquanto seu diretor geral é, antes de mais, um desafio, num contexto muito complexo. A floresta tem vindo a ser olhada com um viés ideológico que não corresponde aos anseios e às necessidades de toda a fileira, desde a produção até à indústria e a Celpa tem estado sempre no terreno, desenvolvendo programas de incentivo às boas práticas, ao aumento da produtividade da floresta plantada e à promoção da sustentabilidade ambiental, social e económica”, começa por dizer Francisco Gomes da Silva, citado em comunicado.

“Também ao nível industrial os desafios são muitos, com as questões da circularidade e da sustentabilidade ambiental e climática em cima da mesa, com metas e compromissos exigentes e, por isso mesmo, estimulantes”, acrescenta.

"A floresta tem vindo a ser olhada com um viés ideológico que não corresponde aos anseios e às necessidades de toda a fileira, desde a produção até à indústria.”

Francisco Gomes da Silva

Diretor geral da Celpa

O novo diretor geral da Celpa tem dividido a sua atividade profissional pelas áreas da docência universitária, no Instituto Superior de Agronomia, da consultadoria agrícola e florestal e da gestão de empresas agrícolas e florestais.

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Príncipe Filipe de Inglaterra morreu aos 99 anos

  • Lusa
  • 9 Abril 2021

O príncipe ia completar 100 anos a 10 de junho. Tinha saído recentemente do hospital, onde foi submetido a uma intervenção cirúrgica a problemas cardíacos.

O duque de Edimburgo, príncipe consorte da Rainha Isabel II, morreu esta sexta-feira aos 99 anos, anunciou o Palácio de Buckingham.

“É com profunda tristeza que Sua Majestade, a Rainha, anunciou a morte de seu amado marido, Sua Alteza Real, o Príncipe Filipe, Duque de Edimburgo. Sua Alteza Real faleceu pacificamente esta manhã no Castelo de Windsor”, comunicou através da rede social Twitter.

O príncipe, que ia completar 100 anos em 10 de junho, tinha saído recentemente do hospital, onde foi submetido a uma intervenção cirúrgica a problemas cardíacos, e regressado ao Palácio de Windsor.

Conhecido pelo seu sentido de humor particular, Filipe de Mountbatten, nascido com o título de príncipe da Grécia e da Dinamarca, é o consorte mais antigo da história da monarquia britânica.

Depois de ter servido na Marinha durante a Segunda Guerra Mundial, casou-se em 20 de novembro de 1947 com a então princesa Elizabeth, filha do rei George VI.

Como consorte mais antigo da Grã-Bretanha, Filipe realizou mais de 22.000 compromissos públicos individuais, mas muitas vezes se descreveu de forma bem-humorada como “o inaugurador de placas mais experiente do mundo”.

Afastou-se das funções púbicas em 2017 e tornou-se cada vez mais raro ver o príncipe Filipe em público, exceto quando participou de grandes eventos familiares.

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Suspender AstraZeneca “significa deixar de vacinar” milhões de portugueses mais velhos

A ministra da Saúde lembrou que há mais de dois milhões de portugueses com mais de 60 anos por vacinar contra a Covid-19, pelo que está fora de questão suspender totalmente a vacina da AstraZeneca.

A ministra da Saúde, Marta Temido, recordou esta sexta-feira que ainda faltam vacinar dois milhões de portugueses com mais de 60 anos, pelo que está fora de questão suspender totalmente a administração da vacina da AstraZeneca.

“Temos ainda por vacinar mais de dois milhões de pessoas acima dos 60 anos. Não utilizar a vacina da AstraZeneca significa deixar de vacinar [uma parte destas pessoas]”, disse a governante, em declarações a partir de Odemira e transmitidas pela RTP3.

Esta semana, a Agência Europeia do Medicamento (EMA) admitiu que os casos de coágulos no sangue observados em poucas dezenas de pessoas em várias partes do mundo podem, efetivamente, estar relacionados com a toma da vacina da AstraZeneca contra a Covid-19. O número de casos é extremamente raro face às dezenas de milhões de pessoas que já foram vacinadas. Face ao anúncio, Portugal decidiu restringir a toma da vacina em pessoas com menos de 60 anos, visto ser abaixo desta faixa que se registou o grosso dos casos.

Referindo-se, assim, aos portugueses mais velhos, Marta Temido referiu que “essas pessoas são aquelas que, se contraírem Covid, têm maior probabilidade de ter doença grave e de ter um efeito fatal. Por isso, é preciso ter esta ponderação bem presente”, reforçou.

Nós temos ainda por vacinar mais de dois milhões de pessoas acima dos 60 anos. Não utilizar a vacina da AstraZeneca significa deixar de vacinar [uma parte destas pessoas].

Marta Temido

Ministra da Saúde

Dito isto, Marta Temido rematou: “Eu, como ministra da Saúde, aquilo que posso dizer é que, face às escolhas que temos de fazer, a opção pela toma da vacina é a melhor opção.” Quanto à toma dessa vacina por pessoas com menos de 60 anos, suspendida em Portugal por decisão dos peritos, a governante, recordando que não foi a opção tomada por todos os países, afirmou: “Como sempre, confiamos nos nossos técnicos”.

Na mesma ocasião, Marta Temido afirmou ainda ter-se alcançado um dia com mais de 72 mil testes, o 11.º dia com mais testes realizados desde o início da pandemia. E avisou que mesmo as pessoas vacinadas devem “continuar a ter precauções”.

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Governo quer anualizar avaliação dos funcionários públicos mas não vai eliminar quotas

Arrancaram esta sexta-feira as negociações sobre a avaliação dos funcionários públicos. Governo apresentou "linhas gerais", sinalizando vontade de anualizar o sistema, mas manter quotas.

As negociações sobre a avaliação de desempenho dos funcionários públicos arrancaram esta sexta-feira com o Governo a sinalizar a vontade de anualizar esse sistema e, a par disso, criar níveis intermédios na Tabela Remuneratória Única (TRU), segundo adiantou ao ECO o líder da Frente Comum. Sebastião Santana lamenta, contudo, que o Executivo pretenda manter as quotas e critica a falta de propostas mais concretas e detalhadas por parte do Ministério da Administração Pública. O Executivo sugere também que a avaliação de serviços passe a ter impacto nas notas atribuídas aos trabalhadores, mas os sindicatos contestam a ideia.

Criado em 2004, o sistema integrado de gestão e avaliação do desempenho da Administração Pública (SIADAP) prevê, atualmente, que, a cada dois anos, os trabalhadores sejam alvo de avaliação. Ainda assim, independentemente do seu desempenho, apenas uma parte dos funcionários público pode receber as notas mais altas, isto é, só 25% dos funcionários num serviço podem receber a qualificação de “relevante” e só 5% de “excelente”.

Em causa estão as chamadas quotas, que têm sido muito criticadas pelos sindicatos — que reivindicam a sua eliminação. Isto porque, uma vez que as qualificações ditam a atribuição dos pontos que guiam as progressões na carreira, essas limitações significam que a generalidade dos trabalhadores leva dez anos progredir.

A própria ministra da Administração Pública já disse considerar esses dez anos excessivos, tendo o Governo sinalizado, esta sexta-feira, aos sindicatos a vontade de anualizar os ciclos avaliativos, de acordo com o líder da Frente Comum. O Executivo não deu, contudo, detalhes de como tal será concretizado, mas indicou que, a par disso, deverão ser criados níveis intermédios na TRU. “Resta perceber em que moldes”, atirou Sebastião Santana, em declarações ao ECO.

Em entrevista ao ECO, no início do ano, a ministra da Administração Pública já tinha adiantado que estavam a ser ponderadas alterações nesse sentido. Alexandra Leitão sublinhou, na altura, que a anualização será dificilmente sinónimo de uma redução dos tais dez anos para cinco anos, mas também ainda não está claro qual será o período que passará a ser normal entre saltos na carreira.

Sobre as tão críticas quotas, o Governo tem dito que a revisão do SIADAP não deverá passar pela sua eliminação. “À partida não serão para eliminar”, avança o líder da Frente Comum, explicando que, ainda assim, a questão poderá ser revista “serviço a serviço”.

De acordo com Sebastião Santana, as negociações sobre o sistema de avaliação devem estender-se até ao final do ano e só ter efeitos em 2023, altura em que termina o atual ciclo avaliativo. A próxima reunião sobre esta questão ficou agendada para daqui a 15 dias.

O secretário de Estado da Administração Pública esteve reunido também esta sexta-feira com o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE) e com a Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP).

Em declarações aos jornalistas, a líder do STE começou por sublinhar que, atualmente, apenas 50% dos trabalhadores da Administração Pública (assistentes operacionais, assistentes técnicos e técnicos superiores) são sujeitos a avaliação em sede de SIADAP, quando deveriam ser todos.

A sindicalista mostrou-se ainda receosa quanto às propostas do Governo, por sinalizarem, por um lado, a intenção de focar mais a avaliação nas competências dos funcionários públicos, a “parte mais subjetiva” do sistema, o que que pode levar ao seu enviesamento, afirmou. E, por outro, por pretender incluir na avaliação dos trabalhadores a avaliação dos próprios serviços, quando esses trabalhadores não são responsáveis pelos meios financeiros e materiais que “permitem uma atuação bem sucedida”.

O SIADAP está a servir única e exclusivamente para a contenção do salário. Se continuar a ser como tem sido até aqui, não há direito a uma carreira”, frisou a líder do STE. Maria Helena Rodrigues atirou ainda que esta revisão parece ter sido desenhada “para facilitar a vida aos dirigentes“.

(Notícia atualizada às 12h39 com mais informação)

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Adiamento de pagamento de fundos seria catástrofe económica para a Europa, diz BCE

  • Lusa
  • 9 Abril 2021

Isabel Schnabel pediu que o dinheiro do fundo fosse distribuído rapidamente, só uma pequena parte para impulsionar o consumo a curto prazo e o resto investir para tornar a Europa mais competitiva.

Isabel Schnabel, membro do comité executivo do Banco Central Europeu (BCE), acredita que “seria uma catástrofe económica para a Europa se o pagamento de fundos” fosse adiado indefinidamente.

Numa entrevista ao semanário alemão Der Spiegel, Schnabel acrescentou que, “nesse caso, a Europa deveria pensar em soluções alternativas”, afirmando que isso “poderia levar muito tempo”.

Schnabel respondeu desta forma quando questionada sobre a ação judicial apresentada no Tribunal Constitucional alemão por Bernd Lucke, o fundador do partido alemão de extrema-direita AfD (Alternativa para a Alemanha), o primeiro partido da oposição no Bundestag (Câmara Baixa do Parlamento), para suspender temporariamente a legislação alemã que ratifica o fundo de recuperação.

No entanto, Schnabel recusou pronunciar-se sobre o Tribunal Constitucional Alemão.

A economista alemã disse que “é muito importante que a Europa dê uma forte resposta orçamental com o fundo de recuperação“. “Desta forma, a Europa demonstra, por um lado, solidariedade para com os países que foram duramente atingidos pela crise, mas têm pouco espaço orçamental.”.

“Por outro lado, é importante para a economia europeia como um todo e, portanto, para a Alemanha como país exportador”, acrescentou.

Schnabel instou a que o dinheiro do fundo fosse distribuído rapidamente, apenas uma pequena parte do qual deveria impulsionar o consumo a curto prazo e a maior parte deveria ser investido para tornar a Europa permanentemente mais competitiva, digital e amiga do ambiente.

Schnabel considerou também que é “inevitável” que as dívidas públicas subam, dada a situação de crise sem precedentes, e que o endividamento também faz sentido, desde que as despesas impulsionem o crescimento de uma forma sustentável.

Sublinhou ainda que é crucial a curto prazo acelerar as campanhas de vacinação para poder impulsionar o crescimento.

O Tribunal Constitucional alemão proibiu o Presidente, Frank-Walter Steinmeier, de assinar a ratificação do fundo de recuperação.

A decisão foi conhecida um dia depois de o parlamento alemão, o Bundestag, ter aprovado a lei que permite o aumento dos recursos próprios do bloco europeu com vista à emissão de 750 mil milhões de euros de dívida comum que financiarão esta ajuda.

Em causa está um recurso apresentado pelo grupo “Bündnis Bürgerwille”, em nome de 2.200 cidadãos, “animado” pela AfD, a questionar a sua constitucionalidade, argumentando que o plano viola os tratados europeus ao abrir a porta para empréstimos conjuntos pelos Estados membros.

O Tribunal Constitucional alemão tem até três meses para tomar uma decisão.

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Auditora PwC descarta responsabilidades no capital inicial do Novo Banco

Audição a responsáveis da PwC começou por ser à porta fechada devido a questões de sigilo. Mas deputados abriram sessão ao público depois de descobrirem autorização do Novo Banco.

Já vários ex-responsáveis do Novo Banco adiantaram que a instituição nasceu com capital “demasiado à pele”, de acordo com a expressão usada por Vítor Bento. No entanto, a PwC, responsável pela abertura do balanço, descarta responsabilidades na capitalização inicial do banco, embora admita que isso tenha deixou a gestão limitada. A auditora também disse que fez uma avaliação correta dos ativos, justificando as perdas do Novo Banco com as vendas em pacote e feitas à pressa.

“O nosso trabalho foi de validação de ativos e passivos para o Novo banco, usando os procedimentos de auditoria normais. É um trabalho de análise factual que nada diz se o capital é suficiente ou não. Limita-se a avaliar se a avaliação é factual ou não à luz da IFRS”, disse José Bernardo, sócio da PwC, na comissão de inquérito ao Novo Banco.

O auditor admitiu, ainda assim, que a folga de capital que o banco teve no arranque deixava a gestão limitada. “Se tivermos em conta os rácios mínimos, havia folga de mais de 1%. Isso condicionaria o banco no futuro. (…) Ter mais ou menos capital condiciona a gestão”, disse em resposta ao deputado do PCP Duarte Alves.

A audição aos responsáveis da PwC (também António Brochado Correia, partner da empresa em Portugal, está presente) arrancou com percalços. Começou por ser à porta fechada e sem transmissão no canal do Parlamento devido a questões de sigilo profissional. Porém, os deputados descobriram que o Novo Banco autorizou a auditora a falar publicamente e, passado uma hora após o início da sessão, lá começou a transmissão da audição.

Além da questão da capitalização inicial, os deputados deixaram várias questões sobre a avaliação que foi dada aos ativos e queriam saber como é que o Novo Banco veio a registar perdas tão acentuadas em operações de venda realizadas desde 2017 e que tiveram de ser cobertas pelo Fundo de Resolução.

Quando estamos forçados a vender num horizonte temporal mais curto, o preço tende a descer e a não ser consistente com o que diz a IFRS 5 [norma contabilística]”, explicou José Bernardo. Neste ponto, António Brochado Correia também interveio: “Eu percebo a questão: porque é que haá perdas? Elas poderão ser originadas, em abstrato, se em determinada altura tenho de vender ou legalmente tenho de vender. Se juntar num pacote e vender no mercado, é natural que o investidor procure desconto“. A PwC foi auditor do Novo Banco até 2017, antes de o banco ter acelerado as vendas de ativos em grandes carteiras.

José Bernardo também rejeitou a ideia de que o Novo Banco tenha registado mais imparidades no crédito após 2017. “De 2014 a 2017, em termos de imparidades, a quantia é muito substancial e arrisco dizer, sem grandes bases, foram superiores às imparidades que foram feitas de 2017 para a frente”. E citou os números de imparidades líquidas em cada ano, que disse estarem em linha com o setor: 378 milhões de euros em 2014, 377 milhões em 2015, 673 milhões em 2016 e 1.229 milhões em 2017.

Em relação ao disparo das imparidades em 2017, José Bernardo mencionou uma “série de fatores” que levaram a reconhecer perdas com empréstimos a grandes clientes, incluindo a Sogema (Moniz da Maia) que “teve derrocada” com um projeto de floresta que ardeu naquele ano, a MSF que abandonou obras que tinha em vários países como o Qatar, Gana e Sierra Leoa, e o Grupo Lena, cuja atividade na Venezuela implicou revisão dos negócios em vários bancos.

(Notícia atualizada às 13h28)

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Bosch atinge vendas de quatro mil milhões com indústria 4.0 em dez anos

Em dez anos, a Bosch gerou vendas de mais de quatro mil milhões de euros com a indústria 4.0. Grupo acredita que esta aposta irá gerar uma economia de quase mil milhões nos próximos cinco anos.

A indústria 4.0 está a atingir a maturidade. Desde 2011, a Bosch gerou vendas de mais de quatro mil milhões de euros com a Indústria 4.0 e só em 2020 angariou mais de 700 milhões de euros com soluções de fabricação conectadas.

As fábricas da Bosch em todo o mundo têm mais de 120 mil máquinas e 250 mil dispositivos que possuem conectividade como por exemplo câmaras integradas ou robots conectados. O membro do conselho de administração da Bosch, responsável por tecnologia industrial, Rolf Najork, destaca que o grupo “reconheceu o potencial da Indústria 4.0 desde o início e são pioneiros neste campo” e “agora estão a colher os frutos”, afirma em comunicado.

A Bosch combina software inteligente para controlo de produção, monitorização e planeamento logístico numa plataforma de fabricação própria, que se conecta a um banco de dados maior que simplifica e melhora tarefas como análises de Inteligência Artificial (IA) para a deteção de falhas. A implementação da nova plataforma de fabricação e logística da Bosch terá início no final de 2021.

“Oferecemos às nossas cerca de 240 fábricas uma caixa de ferramentas da Indústria 4.0 padronizada, que pode ser expandida e implementada conforme necessário”, explica Najork. A Bosch acredita que isso irá gerar uma economia de quase mil milhões de euros nos próximos cinco anos, após um investimento de cerca de 400 milhões de euros.

A Bosch usa as próprias academias e cursos de formação para preparar os colaboradores para a Indústria 4.0, disponibilizando também essa oferta aos clientes. Najork está convencido de que “a Indústria 4.0 não é um fim em si mesma. É uma forma de manter a competitividade. No futuro, nada será possível sem digitalização.” Para o responsável por tecnologia industrial, “os projetos da Bosch oferecem benefícios mensuráveis: as soluções conectadas aumentam a produtividade em até 25%, aumentam a disponibilidade da máquina em até 15% e reduzem os custos de manutenção em até 25%.

“Se quisermos explorar o potencial da Indústria 4.0, temos de abandonar as soluções isoladas. Sistemas técnicos que funcionam apenas dentro dos seus próprios limites inibem o progresso”, reforça Najork.

O objetivo da Bosch é combinar a Indústria 4.0 com outras tecnologias. “O foco é aproveitar e combinar o poder de diferentes tecnologias. A Bosch está a tornar-se uma empresa AIoT. Estamos a juntar a Inteligência artificial e a Internet das coisas”, diz Najork.

Graças às novas tecnologias, no futuro, as interações entre humanos e máquinas serão ainda mais seguras e eficientes: o 5G promete uma troca fiável de dados sem fio em tempo quase real. Najork evidencia que nesse campo a Bosch “está a assumir um papel pioneiro”. No final de 2020, a empresa colocou a sua primeira rede de campus em operação na sua fábrica líder da Indústria 4.0 em Estugarda-Feuerbach. A Bosch está atualmente a testar aplicações 5G em cerca de dez fábricas em todo o mundo. Além disso, a empresa está também a fabricar produtos compatíveis com 5G.

No futuro, o novo Centro de Inovação da Bosch Rexroth em Ulm será onde a empresa irá trabalhar em abordagens progressivas e ideias de negócios, bem como em desenvolvimentos com clientes e parceiros. A expansão do local está planeada para o verão de 2021.

Na Hannover Messe que irá decorrer em formato digital (12 a 16 de abril de 2021), a Bosch vai traçar o desenvolvimento de “dez anos de Indústria 4.0” e apresentar também aquela que será a fábrica do futuro: “tecnologicamente flexível, conectada de forma inteligente, ecologicamente sustentável — e economicamente bem-sucedida”, explica a Bosch em comunicado.

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