Iberdrola mais do que duplica investimento e aposta 450 milhões em eólicas no Tâmega

No espaço de 15 meses, as ambições da Iberdrola para a energia eólica no Tâmega mais do que duplicaram: o investimento que no início de 2020 era de 200 milhões passou agora a 450 milhões para 450 MW.

Além das três barragens praticamente construídas e quase a entrar em operação, a Iberdrola quer também apostar em força na energia eólica no Alto Tâmega. O anúncio foi feito há mais de um ano, pelo próprio presidente da Iberdrola, Ignacio Galán, em janeiro de 2020, após a visita à barragem de Daivões e sub-estação de Gouvães, no distrito de Vila Real, inseridas no Sistema Eletroprodutor do Tâmega, que a elétrica espanhola está a fazer nascer em Portugal.

“Estamos a promover outros novos projetos eólicos nesta mesma área [Alto Tâmega] que significarão um investimento de 200 milhões de euros”, disse nessa altura Galán, acompanhado na visita pelo primeiro-ministro António Costa.

No entanto, no espaço de 15 meses as ambições da Iberdrola cresceram e muito. O investimento previsto mais do que duplicou, e é agora de aproximadamente 450 milhões de euros para uma potência estimada a ser instalada é de 450 MW, tal como avançou o Expresso.

Ao ECO/Capital Verde, a Iberdrola confirmou os valores de investimento e potência a instalar e garantiu que “pretende instalar parques eólicos nas áreas que circundam os aproveitamentos do Sistema Eletroprodutor do Tâmega com a solução conhecida como hibridização“. Na região, a empresa está a desenvolver desde 2014 um dos maiores projetos hidroelétricos na Europa, nos últimos 25 anos, que diz respeito a um investimento de 1.500 milhões de euros.

De acordo com o Expresso, a empresa iniciou já o processo de licenciamento ambiental dos parques eólicos Tâmega Norte e Tâmega Sul, que ocuparão terrenos em Boticas, Cabeceiras de Basto, Mondim de Basto, Montalegre, Ribeira de Pena, Vila Pouca de Aguiar e Vila Real.

No início de 2020, o presidente da Iberdrola dava conta que o investimento previsto nessa altura de 200 milhões de euros em “novos projetos eólicos” na região do Alto Tâmega permitiria fornecer energia limpa aos 800 mil clientes da empresa em Portugal.

Quanto à “cascata” de barragens do Tâmega, “uma vez concluída, esta infraestrutura renovável terá capacidade de armazenamento suficiente para fornecer energia limpa a dois milhões de casas portuguesas durante um dia inteiro, o que contribuirá para os objetivos de redução de emissões fixados pelo governo português”, disse Galán.

No solar, a Iberdrola vai construir nova central fotovoltaica no Algarve com uma capacidade instalada de 83 MW e 14 MW de armazenamento (a antrar em funcionamento até 2024), na sequência da segunda ronda de leilões solares realizada em agosto de 2020. A nova central vai juntar-se os 172 MW de tecnologia fotovoltaica que a empresa ganhou no primeiro leilão realizado em 2019.

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DGS recomenda vacina da AstraZeneca só para pessoas com mais de 60 anos

As autoridades de saúde portuguesas decidiram recomendar a administração da vacina da AstraZeneca a maiores de 60 anos. Em causa está relação da vacina com a formação de coágulos sanguíneos.

Portugal, à semelhança de vários países europeus, recomenda a administração da vacina da AstraZeneca só a pessoas com mais de 60 anos. A decisão surge depois de o regulador europeu ter admitido que existe uma possível ligação entre a administração desta vacina e a formação de coágulos sanguíneos.

A Direção-Geral da Saúde recomenda, até estar disponível informação adicional, a administração da vacina da AstraZeneca a pessoas com mais de 60 anos”, disse Graça Freitas, em conferência de imprensa esta quinta-feira. Ao mesmo tempo, a diretora-geral da Saúde sublinha que as pessoas que já foram vacinadas com esta vacina devem sentir-se “tranquilas”, dado que “estas reações adversas que foram notificadas são extremamente raras”.

No entanto, Graça Freitas aponta ainda que “nos sete a 14 dias” após a vacinação as pessoas devem estar atentas aos sintomas, nomeadamente de “dores de cabeças persistentes, hematomas, manchas persistentes ou sintomas semelhantes a um AVC”, tal como o regulador tinha recomendado.

Até agora, foram registados em Portugal dois casos de eventos tromboembólicos associados à administração desta vacina e nenhuma morte. Segundo explicou o presidente do Infarmed, estes casos podem ter alguma relação com os casos reportados noutros países europeus, mas que não são totalmente iguais.

Além disso, Graça Freitas garantiu aindaque vai “ser encontrada uma solução” para as pessoas que já tenham tomado uma dose da vacina da AstraZeneca, lembrando que “daqui a três meses vai chegar informação adicional” sobre esta vacina, e que as autoridades vão “agir em conformidade.” De sublinhar que o intervalo de administração desta vacina é de 12 semanas, cerca de três meses.

Face a esta decisão, o plano de vacinação vai ser ajustado, mas o coordenador da task force aponta que o “impacto vai ser pequeno”. “Vamos adiar uma semana a vacinação do pessoal docente e não docentes, que serão vacinados não neste fim de semana, mas no outro com as vacinas que forem apropriadas”, disse o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo. “Não vai haver um impacto para além disto”, garante, acrescentando que se espera que “no fim de maio, a população com mais de 60 anos esteja praticamente toda vacinada com a primeira dose“.

Num balanço relativamente ao plano de vacinação em Portugal, o vice-almirante Gouveia e Melo destacou que Portugal atingiu esta quinta-feira o patamar de “dois milhões de inoculações”, o que permite que cerca de 15% da população tenha recebido a primeira dose da vacina contra Covid-19 e 6% estejam já totalmente vacinadas. Especificamente relativamente à vacina da AstraZeneca já foram administradas 400 mil doses da AstraZeneca e estão 200 mil de reserva. Para o segundo trimestre, Portugal espera receber 8,8 milhões de vacinas, das quais 1,4 milhão da AstraZeneca.

Esta decisão surge depois de a Agência Europeia do Medicamento (EMA) ter admitido na quarta-feira que há uma possível relação entre a formação de coágulos sanguíneos e a vacina da AstraZeneca. Face a esta conclusão, além de Portugal mais de 10 países já suspenderam a administração desta vacina a determinadas faixas etárias.

(Notícia atualizada)

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REN avança com emissão de 300 milhões em green bonds

  • ECO
  • 8 Abril 2021

Dona das redes energéticas mandatou o ING, BBVA, CaixaBI, JP Morgan, Millennium BCP, Santander e SMBC para trabalharem a colocação destes títulos de dívida "amigos do ambiente".

A REN vai aderir às green bonds. A empresa liderada por Rodrigo Costa está a preparar-se colocar no mercado até 300 milhões de euros em títulos de dívida destinada a financiar projetos “amigos do ambiente”.

De acordo com a Bloomberg, citada pelo Jornal de Negócios, a dona das redes energéticas mandatou o ING, BBVA, CaixaBI, JP Morgan, Millennium BCP, Santander e SMBC para trabalharem a colocação destes títulos. A operação deverá estar no mercado esta sexta-feira, 9 de abril.

O objetivo da REN, que ainda recentemente tinha feito um road show para testar o apetite dos investidores pelas green bonds que poderia vir a emitir, passa pela obtenção de até 300 milhões de euros com este financiamento. Os títulos terão uma maturidade de 8 anos.

A empresa recebeu, em fevereiro, o certificado internacional por parte da ISS para realizar emissões de green bonds. A classificação atribuída à empresa foi de “B Prime”. À data, Gonçalo Morais Soares, CFO da REN, salientou que a empresa estava “finalmente em condições de diversificar a nossa base de investidores, atraindo quem já via a REN como uma empresa verde, mas que agora poderá investir numa futura emissão de obrigações verdes”.

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Anacom quer mudar regulamento para acelerar leilão do 5G

A Anacom vai mudar o regulamento do leilão do 5G para acelerar o fim do processo. Operação caminha para o 60.º dia de licitações e quase 350 rondas.

A Anacom vai dar início a um procedimento de alteração do regulamento do leilão do 5G, para acelerar o fim da venda das licenças, informou o regulador num comunicado. Entre as mudanças admitidas pela entidade está o aumento do número diário de rondas de licitação e, “se necessário”, aumentar o valor mínimo que as empresas podem licitar pelas frequências.

As empresas interessadas vão ter cinco dias úteis, até 15 de abril, para remeterem à Anacom “contributos” e “sugestões” que devam ser “considerados na elaboração do projeto de alteração do regulamento”. Avançando, o novo projeto de regulamento deve ainda ser sujeito a uma consulta pública antes de poder entrar em vigor, informa a entidade liderada por João Cadete de Matos.

Este desenvolvimento surge depois de vários dias sem qualquer novidade digna de nota num processo que a Anacom previa concluir no primeiro trimestre. Desta forma, o regulador “considera relevante prevenir um eventual prolongamento excessivo do leilão do 5G” e anunciou a intenção de rever as regras do jogo, possibilitando a introdução do que apelidou de “mecanismos de agilização procedimental”.

Com efeito, o regulador considera que as alterações que agora propõe “não desvirtuam o procedimento de leilão nem comprometem as estratégias de licitação das empresas envolvidas”. Antes, “podem acelerar o seu desfecho, com benefício para o país e para a sociedade em geral”, indica a Anacom.

“A eventual delonga na conclusão do leilão poderia originar um inevitável retardamento no desenvolvimento e entrada em funcionamento das redes, em prejuízo dos cidadãos e das empresas, impossibilitando-os de obter todos os benefícios económicos e sociais decorrentes da transição digital impulsionada pelo 5G”, lê-se num comunicado divulgado esta quinta-feira.

De forma a prevenir um eventual prolongamento excessivo da duração do leilão do 5G e de outras faixas relevantes, a Anacom decidiu iniciar um procedimento de alteração do respetivo regulamento que possibilite a introdução de mecanismos de agilização procedimental (…).

Fonte oficial da Anacom

Regulador vê uso “reiterado” de licitações mínimas pelas operadoras

Dia após dia, o leilão do 5G evolui ligeiramente, com aumentos marginais de poucos milhares de euros nos valores das frequências. Segundo números da Anacom, há um máximo de seis rondas por dia, com as empresas envolvidas a adotarem uma estratégia de “sucessivo e reiterado recurso à licitação com os incrementos de preços mais baixos, recorrentemente de 1%, o que torna a progressão do leilão particularmente lenta”.

Para a entidade liderada por Cadete de Matos existem, por isso, “sérios riscos, caso se mantenha o padrão de licitações até agora observado, de o mesmo perdurar por um período largamente superior ao que era antecipável”. Além do atraso no desenvolvimento do 5G, tal poderia ainda ter impacto “nos benefícios que podem ser retirados do reforço das redes 3G ou 4G existentes”.

Uma das formas que a Anacom coloca em cima da mesa para evitar estas licitações marginais é “inibir a utilização dos incrementos mínimos que os licitantes podem escolher numa dada ronda (1% e 3%)”, assume. “Na fase de licitação principal que está a decorrer, o incremento de 1% tem sido amplamente utilizado, traduzindo-se numa evolução do preço dos lotes muito lenta, sem ganhos evidentes no que à descoberta do preço diz respeito, adiando a conclusão da fase de licitação principal e, consequentemente, do leilão”, acrescenta o regulador.

A alternativa será manter apenas os incrementos remanescentes, de 5%, 10%, 15% e 20%. Tal forçará as operadoras a realizarem um procedimento mais “célere”.

Esta é a primeira vez que a Anacom se pronuncia publicamente sobre o decurso do leilão desde que o procedimento teve início em dezembro do ano passado, com uma fase exclusiva para empresas que ainda não tenham presença no setor português das comunicações eletrónicas. A sugestão do regulador surge depois de vários episódios de polémica ao longo do ano passado: Meo, Nos e Vodafone sempre criticaram duramente o regulamento do leilão do 5G, chegando a recorrer à via judicial na tentativa de travarem o procedimento. Mas sem sucesso.

O ECO contactou a Altice Portugal, Nos, Dense Air e a associação setorial Apritel no sentido de obter um comentário a este anúncio da Anacom, encontrando-se a aguardar resposta. Contactada, a Vodafone Portugal não quis fazer comentários.

Não é certo que venha a acontecer qualquer mudança ao regulamento em vigor, sendo que, se houver, é provável que todo o processo venha a durar mais de um mês. Além disso, a Anacom destaca que, “tendo em consideração a suspensão dos prazos para a prática de atos em procedimentos administrativos, no que respeita à prática de atos por particulares, a Anacom entende que só com a cessação da suspensão dos prazos se encontram reunidas as condições para iniciar formalmente este procedimento de alteração, possibilitando que os interessados se pronunciem”, indica na mesma nota.

(Notícia atualizada pela última vez às 19h07)

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Madeira prolonga recolher obrigatório até 19 de abril

  • Lusa
  • 8 Abril 2021

Recolher obrigatório mantém-se entre as 19:00 e as 05:00 do dia seguinte, durante a semana, e entre as 18:00 e as 05:00, ao fim de semana e feriados.

O Governo da Madeira decidiu, esta quinta-feira, prolongar até 19 de abril o recolher obrigatório e as medidas sanitárias de controlo da Covid-19, em vigor desde janeiro, indicou o executivo.

A medida foi anunciada após a reunião do Conselho do Governo, de coligação PSD/CDS-PP, que decorreu na Quinta Vigia, sede da presidência do executivo, no Funchal, quando a região regista 342 casos ativos de infeção pelo novo coronavírus.

Assim, continua em vigor até às 23:59 do dia 19 de abril o recolher obrigatório entre as 19:00 e as 05:00 do dia seguinte, durante a semana, e entre as 18:00 e as 05:00, ao fim de semana e feriados.

No arquipélago, as atividades comerciais, industriais e de serviços, tal como a restauração, encerram durante a semana às 18:00 e aos fins de semana às 17:00, sendo que o horário de entrega de refeições ao domicílio decorre até às 22:00, todos os dias da semana.

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Partidos com 15 dias para tentar acordo na lei eleitoral autárquica

  • Lusa
  • 8 Abril 2021

Na Assembleia da República, os deputados debateram, na generalidade, os nove projetos de lei de sete partidos e concordaram não votar os diplomas esta quinta-feira.

Os partidos vão tentar, nas próximas duas semanas, chegar a um acordo para rever a lei eleitoral autárquica, contestada pelo movimento de autarcas independente que se queixam de ter dificultado as candidaturas.

Esta quinta-feira, na Assembleia da República, em Lisboa, os deputados debateram, na generalidade, os nove projetos de lei, de sete partidos, e apesar das críticas e de culparem o bloco central (PS e PSD) pela lei que dificulta as candidaturas, puseram-se de acordo em não votar os diplomas esta quinta-feira.

 

Recorrendo a uma disposição do regimento, todas as propostas serão agora discutidas, na especialidade, na comissão de Assuntos Constitucionais, para se tentar um texto comum.

Todos, do Bloco de Esquerda ao CDS, prometeram trabalhar nesse consenso, apesar de serem muitas as propostas e muitos diferentes entre si.

O prazo de 15 dias para o debate dos projetos, em comissão, pode ser extensível e terá ainda de ser confirmado na sessão de votações, no final da tarde, no parlamento.

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Fundo de Resolução também pediu auditoria específica aos créditos de José Guilherme no Novo Banco

Além da Promovalor de Vieira, o Fundo de Resolução pediu ao Novo Banco mais auditorias específicas a grandes devedores, incluindo aos créditos do constutor José Guilherme, disse ex-diretor do banco.

O Fundo de Resolução pediu ao Novo Banco mais auditorias específicas a grandes devedores da instituição além da Promovalor de Luís Filipe Vieira, revelou esta quinta-feira o antigo diretor do departamento de auditoria interna na comissão de inquérito ao banco. Luís Seabra adiantou aos deputados que a entidade liderada por Máximo dos Santos (e que controla 25% do banco) também pediu análise concreta à situação da Invesfundo II de José Guilherme, o construtor que deu uma “prenda” de 15 milhões de euros a Ricardo Salgado. Mas houve mais pedidos.

O ex-diretor do Novo Banco referiu que tanto em relação à Promovalor como em relação à Investfundo o Fundo de Resolução optou por realizar auditorias externas.

No caso dos créditos de José Guilherme, Luís Seabra disse que o banco chegou a iniciar os trabalhos de auditoria internamente antes de o Fundo de Resolução ter indicado que seria coberto pela auditoria especial da Deloitte por uma questão de “eficiência e de oportunidade”.

“Chegou a ser iniciado um processo de auditoria interna, quando, através de contactos com o Fundo de Resolução, foi tornado claro que por uma questão de oportunidade devia ser coberta pela auditoria especial. (…) O trabalho que tínhamos feito era muito pouco. Não tínhamos chegado a qualquer conclusão, o trabalho estava em fase embrionária”, disse o antigo responsável.

Luís Seabra revelou que o Fundo de Resolução foi “bastante prescritivo” nas orientações dadas ao Novo Banco para a realização das auditorias específicas. “No caso de José Guilherme, penso que a auditoria devia avaliar o processo de concessão e recuperação de crédito da Invesfundo”.

Quanto à Promovalor, o ex-diretor do departamento de auditoria interna do Novo Banco contou que a auditoria tinha duas dimensões: uma dimensão tinha a ver com a concessão de crédito e que foi abrangida pela auditoria especial da Deloitte; e a outra dimensão dizia respeito à operação de reestruturação e que, citando uma notícia do ECO, está a prestes a ser concluída pela BDO.

O antigo responsável do banco deu conta ainda de mais dois outros casos de auditorias pedidas pelo Fundo de Resolução: ao grupo Tricos e a Arnaldo Dias. “Se houve mais… estou a responder dentro de o que me recordo. E estes dois nomes carecem de confirmação do Novo Banco”, sublinhou Luís Seabra.

“Não detetamos transações com partes relacionadas”

Um mês depois do arranque das audições, a comissão de inquérito às perdas do Novo Banco parece ter deixado passado do BES para trás e já começou a tratar de temas mais recentes, como as vendas de carteiras de ativos problemáticos que vieram a dar perdas avultadas e que tiveram de ser cobertas pelo Fundo de Resolução. O antigo diretor do departamento de auditoria interna do Novo Banco disse não ter detetado que o banco tenha feito qualquer venda de carteiras a partes relacionadas. “Nas auditorias que fizemos, do Nata 1 e à venda de imóveis, não detetámos transações com partes relacionadas”, indicou Luís Seabra.

E é possível ou detetou que tenha havido compra de dívida por parte dos titulares com desconto? “Não detetámos. Não tínhamos detetado situações de partes relacionadas”, reforçou o antigo responsável do banco.

Luís Seabra referiu, contudo, que não havia, na altura do processo Nata 1, uma norma específica para regular transações de NPA em base portefólio com partes relacionadas, existindo antes uma norma genérica. Mesmo assim, assegurou o ex-diretor: “Não identificámos que tenha havido uma violação da norma genérica”.

O tema foi recorrente ao longo de toda a audição. Já no final, a deputada do PSD Filipa Roseta queria estar segura que nenhuma operação foi feita com o fundo Lone Star, que detém 75% do banco. Luís Seabra respondeu que não e frisou que todos dentro do banco, desde logo o CEO António Ramalho, “queriam ter todas as garantias de que não havia transações com partes relacionadas”.

(Notícia atualizada às 19h14)

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#13 Os ricos é que vão pagar a crise? O Banco de Fomento é o novo banco mau?

  • ECO
  • 8 Abril 2021

A proposta do FMI para aumentar os impostos sobre grandes rendimentos é para levar a sério? E o Banco de Fomento é na verdade um novo "banco mau"? Ouça o episódio #13 d'O Mistério das Finanças.

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“Portugal pode precisar de ajuda externa?” É com esta pergunta que arranca o episódio desta semana d’O Mistério das Finanças, podcast semanal do ECO apresentado pelos jornalistas António Costa e Pedro Santos Guerreiro. É uma pergunta do passado, na semana em que faz dez anos que Portugal pediu um resgate financeiro – mas é também uma pergunta para o futuro, depois da pandemia.

Os dois mistérios principais da semana são, no entanto, outros: A análise da proposta do FMI e de Vítor Gaspar de aumento de impostos sobre rendimentos e património mais elevados; E o caso do Banco de Fomento, depois de o ECO ter noticiado que a garantia de 63 milhões de euros a um empréstimo bancário à Efacec já pode estar a ser dada como perdida. Um perdão de dívida? Um risco moral, uma vez que outras empresas não têm a mesma disponibilidade? Ou um estranho futuro para o Banco de Fomento, que pode servir de “banco mau” para salvar empresas com problemas de crédito?

Espaço ainda para o Boa e a Má Moeda: Jorge Coelho e João Rendeiro. E para a “manchete dos leitores” do ECO, que leram e partilharam notícias como a do arranque dos Censos 2021.

Este é o episódio #13 d’O Mistério das Finanças, podcast disponível nas plataformas habituais, o Spotify e Apple Podcasts.

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Há cinco jovens portugueses na Forbes 30 under 30

Os jovens portugueses destacam-se nas áreas de "Finance", "Science & Healthcare" e "Technology".

Na edição do ano passado, o número foi maior, mas Portugal continua representado na lista 30 under 30 da Forbes. A edição europeia da Forbes que distingue os jovens com menos de 20 anos e mais prometedores do continente, revelada esta quinta-feira, conta com cinco nomes portugueses.

A lista da revista norte-americana divide-se em várias categorias, desde “Art & Culture” a “Retail & Ecommerce” ou “Social Impact”. Os jovens portugueses destacam-se nas áreas de “Finance”, “Science & Healthcare” e “Technology”.

Os cofundadores da Hunter Board, Miguel e Morgado e Pedro Andrade, de 29 e 24 anos, respetivamente, entram para a lista distinguidos na categoria de “Technology”, graças trabalho que têm vindo a desenvolver na startup de skates elétricos. Foi em setembro do ano passado que foram vendidas as primeiras unidades da Hunter Board, um skate com suspensão e elétrico, totalmente feito de alumínio espacial. A ideia surgiu para garantir maior estabilidade e, ao mesmo tempo, reduzir o risco dos adeptos da “tábua”.

Quem também faz parte dos nomes portugueses destacados no setor tecnológico é Carlos Lei Santos, cofundador e CEO da HypeLabs. Fundada em 2016, no Porto, a HypeLabs desenvolve um software de comunicação em redes mesh (rede sem fios em malha, que substitui a que é criada por um router), funcionando com qualquer sistema operativo e canal de transporte, através de Bluetooth e Wi-Fi. No final de 2019, a startup portuguesa fechou uma ronda de investimento de 3 milhões de dólares (cerca de 2,7 milhões de euros).

Madalena Godinho Ramos, que trabalha no The Blackstone Group, foi selecionada para fazer parte da lista na categoria de “Finance”. É, para a revista Forbes, uma jovem promissora nas finanças, destacada pelas mais de 60 transações nas quais esteve envolvida numa posição de destaque na equipa europeia. Além disso, Madalena Godinho Ramos esteve, recentemente, envolvida no investimento de mil milhões de dólares na Datasite. A trabalhar neste momento a partir de Londres, no Reino Unido, a profissional soma já cinco anos na Blackstone, onde agora assume o título de principal.

A fechar a lista dos nomes portugueses está Frederico Carpinteiro, CEO e cofundador da Adapttech, destacado no setor de “Science & Healthcare”. Recentemente, a startup levantou uma nova ronda de capital de risco no valor de 2,3 milhões de euros, que será investido no sentido de desenvolver novos produtos e aumentar as vendas a nível mundial do seu sistema INSIGHT, um novo dispositivo médico que permite melhorar a adaptação das próteses em amputados dos membros inferiores. O sistema INSIGHT combina um scanner 3D, sensores, tecnologia wearable e uma aplicação móvel, e permite conseguir um encaixe correto das próteses de membros inferiores ao membro residual (coto), assim como monitorizar o processo de reabilitação destes pacientes.

“O mundo mudou drasticamente, mas uma coisa não mudou: a nossa história a detetar jovens inovadores”, escreve a revista. “Pelo sexto ano, a lista da Forbes under 30 Europe está a provar que os jovens não estão a desperdiçar a sua juventude. Eles são o resultado de milhares de nomeações internacionais, meses de relatórios de investigação e o selo de aprovação do nosso painel de juízes”, acrescenta. A lista completa pode ser consultada aqui.

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Diogo Plantier Santos nomeado sócio da Linklaters

Diogo Plantier Santos integra o departamento de corporate e real estate da Linklaters desde 2004 e conta com uma vasta experiência em temas de direito societário e imobiliário.

A Linklaters elegeu Diogo Plantier Santos como sócio da firma. O advogado integra o departamento de corporate e real estate desde 2004 e conta com uma vasta experiência em temas de direito societário e imobiliário, sendo atualmente o responsável pela área de real estate em Portugal.

Para António Soares, national managing partner da Linklaters em Portugal, esta nomeação “constitui um justo reconhecimento de todo o trabalho que o Diogo desenvolveu na Linklaters ao longo da sua carreira e é mais um exemplo da aposta que a Linklaters tem continuadamente vindo a fazer no mercado português”.

“Estamos muito satisfeitos com esta eleição, que consagra o Diogo como um advogado com os atributos que colegas, contrapartes e clientes há muito lhe reconhecem: um advogado de excelência que transporta os valores, o compromisso e a qualidade que queremos ver num sócio que representa a cultura certa no presente e para o futuro da Linklaters”, nota Marcos de Sousa Monteiro, sócio responsável pelo grupo de corporate em Lisboa.

No geral, foram eleitos 35 novos sócios de 15 jurisdições – incluindo o Reino Unido, Europa continental, Ásia, Médio Oriente e América do Norte –, representando 11 áreas de prática dos grupos de Corporate (14), Finance (17) e Dispute Resolution (4). 40% dos novos sócios eleitos são mulheres, ultrapassando a meta de 30% proposta pela Linklaters no ano anterior.

“A diversidade de talento que vemos nestas promoções, incluindo ao nível das áreas de prática e jurisdições, demonstram a força da nossa rede global e da capacidade da Linklaters em atrair, reter e investir nos nossos advogados. Estamos confiantes de que os novos sócios irão continuar a promover a cultura e os valores da sociedade e a dar aos nossos clientes segurança jurídica num mundo em mudança”, sublinha Charlie Jacobs, senior partner e chairman da Linklaters,

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EDP dá energia ao ciclo de ganhos do PSI-20

JP Morgan divulgou esta quinta-feira um relatório em que destaca a francesa Neoen como beneficiária das políticas verdes na Europa, mas diz que é cara face a outros players como a EDPR.

O ciclo de ganhos no PSI-20 soma já oito sessões consecutivas em alta, com a família a EDP a impulsionar esta quinta-feira o índice de referência nacional. A bolsa de Lisboa fechou com uma valorização de 0,09% para 5.029,88 pontos, com 11 das 18 cotadas no verde e a acompanhar o sentimento positivo nas principais praças europeias.

A EDP subiu 1,84% para 5,202 euros por ação, enquanto a EDP Renováveis ganhou 0,75% para 18,79 euros por ação, no dia em que o JP Morgan divulgou um relatório sobre os beneficiários europeus de políticas direcionadas à transição energética. Aponta para a francesa Neoen, mas diz que esta é ainda cara face a outros players europeus onde vê mais oportunidades como a Orsted ou a EDPR.

Os ganhos do grupo liderado por Miguel Stilwell d’Andrade foram apenas superados pela Novabase, que subiu 1,87% para 3,82 euros. Em terreno positivo fecharam os CTT (1,6% para 3,515 euros), a Sonae (0,9% para 0,7935 euros) ou a REN (0,41% para 2,44 euros).

No papel, a Semapa somou 0,16% para 12,32 euros e a Navigator ganhou 0,14% para 2,842 euros. A Altri subiu 0,7% para 6,44 euros depois de ter anunciado que os acionistas vão votar, em assembleia-geral no dia 30 de abril, o pagamento de um dividendo de 25 cêntimos por ação.

No mesmo dia, vai ainda deliberar sobre o IPO da Greenvolt, sendo que os atuais acionistas da cotada poderão vir a receber até 5% do capital da cotada que será liderada por Manso Neto através sob a forma de dividendos em espécie. O ECO noticiou esta quinta-feira que a Altri fez um aumento de capital da Greenvolt de 69,95 milhões de euros.

A travar os ganhos do PSI-20 estiveram os pesos-pesados Nos, que perdeu 0,45% para 3,084 euros, BCP, que recuou 0,17% para 0,1195 euros ou a Jerónimo Martins, que cedeu 0,94% para 14,29 euros. A Galp Energia desvalorizou 1,95% para 9,84 euros, num dia misto para o petróleo. Enquanto o Brent negociado em Londres valoriza 0,16% para 63,26 dólares por barril, o crude WTI cede 0,22% para 59,64 dólares.

Ainda assim, o índice português acabou por ficar acima da linha d’água, a acompanhar a Europa. O Stoxx 600 ganhou 0,5%, tal como o espanhol IBEX 35. O alemão DAX subiu 0,1% e o francês CAC 30 valorizou 0,6%.

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Governo flexibiliza condição de recursos do apoio para trabalhadores sem proteção

O Governo decidiu fazer três alterações ao apoio ao rendimento dos trabalhadores, flexibilizando o acesso e alargando o universo de potenciais beneficiários.

O Governo aprovou, esta quinta-feira, várias alterações ao apoio extraordinário ao rendimento dos trabalhadores (AERT), alargando a sua abrangência. Tal como a ministra do Trabalho já tinha adiantado no Parlamento, o acesso a esta medida passa a ser poder ser feito mediante apresentação de quebras de faturação registadas no primeiro trimestre de 2021. Além disso, esta prestação passará a ficar disponível para trabalhadores que não tinham atividade aberta em 2019. E o Executivo decidiu flexibilizar a condição de recursos, ditando que não seja considerado para esse fim o património imobiliário até 450 vezes o valor do Indexante dos Apoios Sociais (IAS), além da habitação própria, isto é, segundos imóveis até 197.464,5 euros.

Criado no âmbito do Orçamento do Estado para 2021, o AERT abrange os trabalhadores (por conta de outrem, independentes, estagiários, informais, sócios-gerentes e empresários em nome individual) que estejam em situação de desproteção económica, por terem perdido a proteção no emprego este ano, por estarem em desemprego involuntário sem acesso a proteção ou por registarem quebras significativas de faturação.

Até aqui estava previsto que uma das “vias” de acesso a esta medida para os trabalhadores independentes e os trabalhadores do serviço doméstico (que tenham, pelo menos, três meses de contribuições nos 12 meses imediatamente anteriores ao requerimento) era apresentar uma quebra do rendimento relevante médio mensal superior a 40%, no período de março a dezembro de 2020, face ao rendimento relevante médio mensal de 2019 e, cumulativamente, entre a última declaração trimestral disponível à data do requerimento do apoio e o rendimento relevante médio mensal de 2019.

O Governo decidiu mudar essa “via”, flexibilizando-a. “Este diploma [aprovado esta quinta-feira] visa alargar o número de beneficiários do apoio extraordinário ao rendimento dos trabalhadores, passando a abranger [também] as pessoas que tenham tido quebra de rendimento no primeiro trimestre de 2021″, explica o Governo, em comunicado.

Outra das mudanças ao AERT anunciadas pelo Governo irá permitir o acesso aos trabalhadores independentes sem atividade aberta ou sem atividade em 2019.

Além disso, o Governo decidiu flexibilizar a condição de recursos, que o requerente precisa de cumprir para ter acesso a esta prestação; Isto é, a Segurança Social verifica que a média dos rendimentos e património do agregado não ultrapassa o limiar da pobreza. A partir de agora, para efeitos da condição de recursos, deixa de ser considerado o valor do património imobiliário, além da habitação própria, até 450 IAS“, avança o Executivo.

Estas alterações terão efeitos retroativos a janeiro, pelo que os pedidos que se encontram pendentes (são cerca de 21 mil, segundo disse Ana Mendes Godinho, no início da semana) serão revistos de acordo com os novos critérios. Caso haja deferimento dos pedidos, os valores serão pagos com retroativos ao início do ano.

Questionada sobre o número de trabalhadores que o Governo estima que passarão, assim, a ser abrangidos por esta medida e sobre o custo para a Segurança Social deste alargamento, a ministra do Trabalho frisou que dependerá dos rendimentos apresentados relativamente ao primeiro trimestre de 2021.

O Governo aprovou, também esta quinta-feira, em Conselho de Ministros uma cláusula de salvaguarda no valor do apoio extraordinário à redução da atividade de trabalhador, para garantir que nenhum beneficiário ficará prejudicado, no valor da ajuda, pela alteração aprovada pelo Parlamento, ou seja, que nenhum passe a receber um valor mais baixo.

À revelia do Governo, a oposição deu “luz verde” um diploma que dita que o apoio seja calculado não a partir da base de incidência registada nos últimos 12 meses, mas do rendimento anual médio mensualizado. O Executivo entende que tal desliga o apoio das contribuições sociais, mas os deputados garantem que a intenção foi apenas mudar o ano de referência e não o tipo de rendimento considerado para o cálculo (faturação versus rendimento relevante para a Segurança Social). No Parlamento, Ana Mendes Godinho apelou à clarificação desta mudança na legislação e, esta quinta-feira, assegurou que a Segurança Social aplicará o que decorre da lei, ou seja, que o cálculo deve ser feito com base na faturação total.

(Notícia atualizada às 17h14)

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