PPR europeu vai fornecer indicação de desempenho ESG

  • ECO Seguros
  • 24 Março 2021

Os PPR europeus já têm um modelo de informação a cumprir. A uniformização da informação a prestar aos aforradores maximiza requisitos de qualidade e transparência.

Os documentos de informação que servem de suporte à comercialização dos PEPP “são elementos fundamentais” do quadro normativo deste produto de poupança, pois permitem “fornecer informações importantes aos consumidores num formato que facilite a compreensão e comparabilidade dos PEPP e, ainda, a comparabilidade destes com diferentes opções de investimento”, assume a Comissão Europeia num regulamento que resulta de trabalho prévio desenvolvido pela Autoridade Europeia dos Seguros e Pensões Complementares de Reforma (EIOPA).

A Comissão Europeia (CE) aprovou e fez publicar no Jornal Oficial da União Europeia (JO-UE) um regulamento que define os requisitos aplicáveis aos documentos de informação e outros aspetos do Produto Individual de Reforma Pan-Europeu (PEPP – Pan-European Personal Pension Products), também conhecido como “PPR europeu”. O Regulamento UE 2019/1238 – designado ‘Regulamento PEPP’ e agora complementado pelo novo Regulamento Delegado 2021/473 da Comissão Europeia – estabelece “regras uniformes relativamente ao registo, criação, distribuição e supervisão de produtos individuais de reforma que são distribuídos na União sob a designação «Produto Individual de Reforma Pan-Europeu (PEPP)», introduz texto do diploma aprovado pela instituição de Bruxelas.

O novo regulamento da instituição presidida por Ursula Von Der Leyen consagra a possibilidade de o aforrador se inteirar se o seu dinheiro é investido de forma sustentável: “As informações relacionadas com o desempenho dos investimentos do prestador de PEPP em termos de fatores ambientais, sociais e de governo («fatores ESG»), fornecidas na secção intitulada «Em que consiste este produto?» no DIF [Documento de Informação Fundamental] do PEPP” (DIF PEPP), devem incluir “explicações descritivas e informações quantitativas, quando disponíveis, sobre o modo como a integração de fatores ESG afeta o desempenho real e previsto dos investimentos do prestador de PEPP”.

Além de definir requisitos e modelos aplicáveis aos documentos de informação, o Regulamento Delegado da CE vem estabelecer normas técnicas de regulamentação relativas aos “custos e às taxas incluídas no limite máximo dos custos e às técnicas de redução de risco do PEPP”, sintetiza uma nota de informação da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF).

O DIF PEPP deve responder a questões que interessam aos aforradores:

«Em que consiste este produto?»: Nesta secção abordam-se aspetos contratuais, identificação do prestador e detalhes como: “É um PEPP base ou uma opção de investimento alternativa?”;

«Quais são os riscos e qual poderá ser o meu retorno?»: esta secção inclui elementos de estocástica, clarifica perfis de risco e projeções sobre o desempenho da poupança em função de diferentes períodos de acumulação. O regulamento impõe que as informações sejam “apresentadas de forma sucinta, clara e facilmente compreensível” pelo aforrador;

«Quais são os custos?»: administrativos e de custódia (comissões e juros), bem como os da gestão dos investimentos do produto. Os custos e as taxas, tanto pontuais como recorrentes, devem ser apresentadas como “custos totais por ano”;

Defendendo o estabelecimento de um modelo de informação para o produto de poupança pan-europeu, a Comissão afirma: “Tal modelo deve ser de fácil compreensão e centrar-se em informações úteis que ajudem os consumidores a tomar decisões sobre o investimento das suas poupanças num PEPP, bem como a minimizar potenciais distorções comportamentais.”

No mesmo sentido, os indicadores fundamentais sobre riscos e custos “devem ser concebidos tendo em vista a sua aplicação, de forma coerente e consistente, a potenciais opções de investimento em PEPP diferentes. A divulgação dos custos deve basear-se em valores monetários concretos e garantir a comparabilidade com o limite máximo de custos e taxas do PEPP Base”, determina o regulamento da Comissão.

Modelos DIF para diferentes níveis de acesso e atualização, em especial o digital

No mesmo regulamento são apresentados modelos de disposição gráfica normalizada do referido DIF PEPP, em particular para a informação fornecida em formato digital, os quais devem responder a outras questões como, por exemplo, «Quanto poupei no meu PEPP?»; «O que irei receber quando me reformar?»; «Que alterações sofreu o meu PEPP nos últimos 12 meses?».

Além de estabelecer os requisitos relativos aos documentos de informação, o instrumento legislativo europeu inclui, em diversos anexos, os modelos obrigatórios do Documento de Informação Fundamental relativo ao PEPP (DIF PEPP) e da declaração sobre os benefícios do PEPP. O regulamento da CE inclui templates para modelos DIF, como o seguinte:


Fonte: Jornal Oficial da UE, 22-03-2021. Parte de Anexo ao Regulamento Delegado 2021/473 CE


São ainda definidos os requisitos aplicáveis aos casos em que as informações sejam apresentadas em f
ormato eletrónico e disponibilizadas em diferentes níveis. Quanto ao modelo DIF (KIDKey Information Document no acrónimo em inglês), também se incluem formulários das instruções de preenchimento.

Noutro anexo é apresentada metodologia subjacente à informação relativa ao risco e remuneração do PEPP Base e opções de investimento alternativas (individuais) para quatro categorias distintas. Por exemplo, o risco de não recuperação das contribuições ajustadas à inflação de cada opção de investimento deve ser classificado de acordo com as seguintes categorias:

Fonte: Jornal Oficial da UE, 22-03-2021. Parte de Anexo ao Regulamento Delegado 2021/473 CE.


O presente regulamento da CE entra em vigor ao 20º dia após publicação no Jornal Oficial da UE, embora com aplicabilidade a partir de 22 de março de 2022. O Regulamento Delegado 2021/473 da CE, aprovado a 18 de dezembro de 2020 pode ser
consultado aqui.

A criação dos PEPP é um projeto com alguns anos de desenvolvimento no quadro da União Europeia e tem o objetivo de “melhorar a qualidade dos produtos de reforma e a contribuir para o desenvolvimento de regimes complementares mais seguros, mais eficientes em termos de custos e que facilitem ainda mais a mobilidade dos trabalhadores dentro da União Europeia.

O que é o PEPP ?

O acervo normativo desenvolvido para o PEPP (Pan-European Personal Pension Product), no âmbito do Espaço Económico Europeu (União dos Mercados de Capitais), visa criar um quadro legislativo para um novo produto individual de reforma que, em complementaridade com os regimes nacionais de pensões, ofereça soluções ou alargue o leque de escolha dos aforradores no que respeita à poupança voluntária para a reforma.

O regulamento europeu considerado pilar do PEPP – Regulamento (UE) 2019/1238 – prevê um conjunto harmonizado de características fundamentais do produto, designadamente em matéria de conteúdo mínimo de natureza contratual, registo, tipo de prestadores, prestação de informação e distribuição, política de investimento, mudança de prestadores e portabilidade.

“Cada PEPP pode disponibilizar, no máximo, seis opções de investimento, incluindo uma opção de investimento por default, designada por PEPP Base. O PEPP Base deve ser uma opção simples, segura e eficiente em termos de custos, podendo ter subjacente a aplicação de técnicas de mitigação do risco compatíveis com o objetivo de assegurar a proteção do capital ou oferecer uma garantia do capital investido”.

Segundo explica o site da Supervisão nacional (ASF), na secção Fundos de Pensões, “os PEPP encontram-se sujeitos a um pedido de registo junto das autoridades nacionais competentes” (estando previsto o registo público central na estrutura organizacional da EIOPA), podendo ser oferecidos por instituições financeiras de diferentes setores, incluindo empresas de seguros que operam no ramo Vida e instituições de realização de planos de pensões profissionais (IORPs) que estejam autorizadas, ao abrigo do direito nacional, a gerir produtos individuais de reforma.

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Grupo Generali estuda aquisição na Rússia

  • ECO Seguros
  • 24 Março 2021

De três alvos possíveis para uma operação que pode chegar a 2000 milhões de euros, o que melhor serve a estratégia do grupo dono da Tranquilidade é a RESO Garantia, avançou imprensa italiana.

A Generali SpA tem um dossiê de dois mil milhões na mesa da administração relacionado com possível operação de aquisição de uma companhia russa, adiantou o jornal Il Sole 24 Ore.

Na Rússia, a Generali já é acionista da Ingosstrakh, detendo uma posição que, apesar de tentativas diversas ao longo do tempo, a instituição italiana nunca conseguiu desbloquear face às barreiras que tem enfrentado nas tentativas de reforço da sua participação. Por isso, “o alvo agora terá de ser outro”, afirma o meio de imprensa.

Os planos para a eventual transação de compra consideram três hipóteses como potenciais alvos: a VTB Insurance, a Rosgosstrakh e a RESO-Garantia, todas seguradoras relevantes no mercado russo. A edição eletrónica do ilSole24ore, fonte da notícia (em conteúdo de acesso pago), afirma que o potencial target da aquisição já foi identificado.

O projeto para a investida encontra-se ainda numa fase bastante preliminar, mas já foi apresentado por Philippe Donnet, CEO da Generali, à comissão de investimentos do grupo, sabendo-se também que alguns dos principais acionistas representados no comité da SpA expressaram preocupações com o perfil de risco país que é atribuído à Rússia.

Enquanto a companhia recusa fazer comentários sobre o assunto, sabe-se que a Generali conhece o mercado russo por via dos 38,5% que detém na Ingosstrakh desde 2013. Para o possível negócio da nova campanha russa, o grupo italiano tem em vista um alvo bem posicionado no negócio não Vida e, nesta perspetiva, a candidata mais provável para a eventual transação seria a RESO-Garantia.

A Generali é uma das três maiores na indústria europeia de seguros e vem reiterando ambição de consolidar como líder. Numa sessão com investidores (em novembro de 2020), a companhia apresentou argumentos: com boa parte do plano estratégico (“Generali 2021”) concretizado antes do prazo, nomeadamente em termos de redução de dívida e custos, a seguradora de Trieste assumiu boa posição de capital (rácio de solvência de 203% reportado a setembro de 2020) e, pela voz de Frederic de Courtois, Diretor-Geral, afirmou: “Temos 2500 milhões de euros para mais aquisições.”

Em janeiro de 2021, o grupo italiano reforçou posição na Grécia, com a aquisição dos negócios da francesa AXA naquele mercado. Conforme noticiou ECO Seguros, a Generali pagou 165 milhões de euros (em numerário) pela operação da Axa na Grécia (ramos Vida, planos de Poupança e seguros de Danos não Vida).

Em Portugal, anos antes, através de transação com processo de integração ativos concluído já em 2020, a companhia italiana comprou a então designada Seguradoras Unidas, entidade que agregava as marcas Tranquilidade, Açoreana e LOGO.

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Allianz Portugal abre canal de assistência aos clientes via WhatsApp

  • ECO Seguros
  • 24 Março 2021

Inserido numa estratégia omnicanal, o novo serviço é gratuito e constitui mais um passo no caminho da digitalização e da aproximação aos clientes da seguradora.

A Allianz Portugal passou a disponibilizar a todos os seus clientes um novo serviço de assistência através da aplicação móvel WhatsApp.

Para a Allianz “a acessibilidade e a proximidade no atendimento aos nossos clientes é fundamental. Procuramos em permanência encontrar as melhores soluções para responder e superar as expectativas dos nossos segurados”, afirmou Gonçalo Melo, Diretor Gestão Cliente, citado em comunicado.

O Whatsapp Allianz estará a funcionar 24h por dia, 7 dias por semana, e vem aumentar o número de canais de comunicação já existentes disponibilizados aos clientes para uma interação cada vez mais direta e próxima com a sua seguradora”, explicou a companhia.

O serviço terá por base a utilização de um sistema de assistência virtual, que vai permitir aos clientes Allianz a obtenção de “respostas em tempo real sobre a utilização dos seguros, contactos de assistência, contratação, simulação e novos produtos”, explica a seguradora. O cliente pode ainda “solicitar a opção de ser contactado por um operador especializado, preparado para conversar em tempo real, garantindo-se assim que a experiência corresponde às suas expectativas e que os clientes conseguem ver esclarecidos os motivos de contacto”, refere a seguradora.

O lançamento do novo “serviço gratuito é mais um passo no caminho da digitalização e da aproximação aos clientes que a Allianz Portugal tem vindo a fazer”, nomeadamente através da implementação de uma estratégia omnicanal.

“Na Allianz procuramos sempre ir de encontro às expectativas dos nossos clientes (…). Queremos acompanhar as principais tendências e como tal este serviço inovador é de enorme importância para nós uma vez que vem reforçar os canais já existentes e permitir uma interação com o cliente mais ágil e em tempo real”, salientou Tiago Pinheiro, Diretor de Marketing da Allianz Portugal.

Alinhada com as novas tendências de consumo, e com o facto de no último ano o contacto digital com os segurados ter aumentado exponencialmente, a Allianz Portugal reforça a resposta às principais questões dos clientes através de um serviço “prestado com base em inteligência artificial e apoio humano”, acrescenta a companhia.

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CIP saúda Portugal no domínio dos fundos europeus, mas pede avanços “noutras frentes”

  • Lusa
  • 24 Março 2021

CIP alertou para a “necessidade de desenvolver, a nível nacional, mas também europeu, instrumentos capazes de reforçar os capitais permanentes das empresas”.

O presidente da CIP, António Saraiva, considerou esta quarta-feira que presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE) “cumpriu o seu papel” no domínio dos fundos europeus, mas avisou que ainda “é necessário avançar noutras frentes”.

António Saraiva, que participava no painel “Fim de Tarde online sobre a presidência portuguesa da UE”, organizado pela Ordem dos Economistas, defendeu que, “em suma”, no domínio dos fundos europeus, “a presidência portuguesa cumpriu o seu papel, contribuindo para que o processo legislativo tenha sido concluído com sucesso”, tanto em relação ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) como ao Quadro Financeiro Plurianual (QFP), o que permitirá que os fundos “cheguem à economia real com a brevidade possível”.

Em relação ao PRR, referiu, “em 12 de fevereiro este regulamento entrou em vigor, passando o jogo para os Estados-membros, que já podem apresentar os respetivos planos”.

Também no que diz respeito aos fundos relacionados com a política de coesão, “coube já à presidência portuguesa concluir as negociações com o Parlamento Europeu e, no início de março, o Conselho aprovou todo o pacote legislativo que rege estes fundos”. Contudo, “só em junho é que se prevê que as redações finais destes regulamentos estejam ultimadas”.

“Também se registaram progressos noutras frentes”, notou o responsável, salientando o programa Horizonte Europa, dotado de 95 mil milhões de euros para atividades de investigação e inovação para 2021-2027, bem como a conclusão do acordo final relativo ao regulamento do InvestEU.

Para António Saraiva, este último instrumento assume uma “grande importância pela alavancagem que proporcionará ao investimento e pelas novas oportunidades que abre em complemento com o PRR e com os acordos de parceria para o apoio à capitalização das empresas” europeias. Contudo, “é necessário avançar noutras frentes”, apontou, considerando que “não basta injetar dinheiro nos Estados-membros se não se criar simultaneamente condições para a recuperação ou crescimento”.

Neste sentido, o dirigente da CIP adiantou que teve a oportunidade de “chamar a atenção” do Governo, hoje mesmo, na reunião com os parceiros sociais de preparação do Conselho Europeu de quinta e sexta-feira, para a “necessidade de desenvolver, a nível nacional, mas também europeu, instrumentos capazes de reforçar os capitais permanentes das empresas”.

Além disso, o responsável lamentou que “a Comissão Europeia tenha adiado uma vez mais a sua comunicação sobre a revisão da política industrial europeia”, afirmando não ter dúvidas de que “o reforço de uma base industrial europeia é fundamental para atingir os grandes objetivos europeus, nomeadamente o da transição digital e ecológica”.

Para tal, “é necessário evitar dependências excessivas, que se tornaram bem visíveis com a pandemia”, defendeu, sublinhando que a UE deve seguir uma abordagem industrial “que favoreça a diversificação e o encurtamento das cadeias de valor sob o impulso das próprias empresas”.

Embora reconheça que, nestas matérias, as responsabilidades estejam sobretudo do lado da Comissão Europeia, António Saraiva sublinhou que “a presidência portuguesa terá certamente oportunidade de fazer exercer a sua influência” nas instâncias europeias.

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Tecnológicas pesam em Wall Street. Nasdaq cai 2%

O dia foi de perdas nas bolsas norte-americanas, particularmente para as cotadas de tecnologia. Apple, Facebook e Netflix registaram quedas de 2%.

Wall Street prolongou as perdas nesta sessão, penalizado pelas fortes quedas das cotadas do setor tecnológico. Declarações do presidente da Reserva Federal norte-americana de que a economia norte-americana deve registar um crescimento superior em 2021 não foram suficientes para animar os investidores.

“Vai ser um ano muito, muito forte no caso mais provável”, disse Jerome Powell, no Senado. “É claro que há riscos para o lado positivo e negativo, mas deve ser um ano muito forte do ponto de vista do crescimento. Num prazo mais longo, temos de aumentar a receita para apoiar os gastos permanentes que queremos fazer”, alertou o presidente da Fed.

O industrial Dow Jones recuou 0,02%, para os 32.418,15 pontos, passando para “terreno” vermelho no final da sessão, enquanto o financeiro S&P 500 perdeu 0,55%, para os 3.889,15 pontos. Já o tecnológico Nasdaq caiu 2,01%, para os 12.961,89 pontos.

Nas quedas, destaque para o setor tecnológico, onde gigantes registaram perdas de 2%. A Apple perdeu 2% para os 120,09 dólares, o Facebook recuou 2,92% para 282,14 dólares e a plataforma de streaming Netflix viu os títulos cair 2,67% para os 520,81 dólares.

Já a Tesla perdeu 4,82% para os 630,27 dólares, no dia em que Elon Musk, “patrão” da Tesla, anunciou no Twitter que a empresa já aceita pagamentos com Bitcoin.

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Casimiro rejeita números de Pedro Nuno Santos. Diz que “nunca enganou o Governo”

O acionista privado da Groundforce, Alfredo Casimiro, rejeita ter tentado enganar o Governo e o Estado português nas negociações.

O acionista privado da Groundforce, Alfredo Casimiro, rejeita ter tentado enganar o Governo e o Estado português nas negociações. A acusação foi feita esta quarta-feira pelo ministro das Infraestruturas e da Habitação, no Parlamento, onde Pedro Nuno Santos denunciou ainda que o empresário pagou a compra da empresa de handling apenas seis anos depois e já com um encaixe financeiro de 7,6 milhões de euros em comissões. Casimiro diz que tudo foi feito de acordo com o contrato e defende que os números não são esses.

Alfredo Casimiro nunca enganou o Governo e esteve sempre comprometido com uma solução para a Groundforce“, começa por dizer fonte oficial do empresário, ao ECO, em reação à audição parlamentar do ministro. Apesar de não haver “grosseiras mentiras”, diz que as palavras de Pedro Nuno Santos estão “repletas de meias-verdades”.

No processo de negociação de uma solução para os problemas financeiros da empresa de handling, que passaram por várias opções e acabaram por resultar numa venda de equipamentos à TAP, Pedro Nuno Santos acusa Alfredo Casimiro de não ter sido “sério” e de ter tentado “enganar” o Estado e o Governo. O empresário nega, dizendo que o ministro omite que a empresa, entre 2007 e junho de 2012, durante a gestão pública, perdeu 156 milhões de euros.

Por outro lado, o ministro “preferiu referir-se apenas ao valor do fee de gestão” pago pela TAP à empresa de Casimiro. “Outra meia-verdade é o valor do fee de gestão — inferior ao anunciado pelo governante em sede de Comissão Parlamentar: não foram 7,6 milhões, mas sim 5,453 milhões de euros. O Senhor Ministro também preferiu omitir o valor dos impostos entregues ao Estado durante a gestão de Alfredo Casimiro: um total de 170,5 milhões de euros”, defende.

De acordo com o dono da Pasogal e chairman da Groundforce, o contrato de compra e venda celebrado com a TAP foi aprovado pela Autoridade da Concorrência, que impôs um incentivo, para garantir uma gestão “independente da TAP, idónea e capaz de desenvolver a empresa de forma viável e competitiva” devido aos prejuízos dos cinco anos anteriores. “Os pagamentos do fee de gestão foram, portanto, devidamente estipulados no contrato de aquisição“, diz.

Já em relação ao montante pago no negócio, Casimiro valida o número avançado por Pedro Nuno Santos e revela ter pago 3,74 milhões de euros. Confirma ainda que só o fez em 2018, apesar de ter fechado a aquisição em 2012, porque “o contrato previa que só depois da emissão das licenças a garantia bancária on first demand, que existia desde 2012, fosse efetivamente transformada em pagamento”.

(Notícia atualizada às 20h40)

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Seguro britânico regularizou 19% menos sinistros automóveis em 2020

  • ECO Seguros
  • 24 Março 2021

O impacto da pandemia de Covid-19 refletiu-se, no Reino Unido, num decréscimo dos sinistros e indemnizações pagas no ramo automóvel. O valor médio pago por danos corporais aumentou.

O total de indemnizações pagas pelas companhias que operam no mercado do seguro automóvel diminuiu 6%, no Reino Unido, para 8,3 mil milhões de libras esterlinas (cerca de 9,66 mil milhões de euros), indicam estatísticas da Associação dos Seguradores Britânicos (ABI) relativas a 2020.

O gasto das seguradoras decorre de quebra anual de 19% no número de sinistros, para 2,1 milhões de participações, em parte a corresponder a um declínio de 14% no volume de tráfego rodoviário, conforme dados oficiais até junho. Por seu lado, o valor médio das indemnizações por danos corporais cresceu 13%, elevando-se a 12,1 mil libras (cerca de 14 mil euros), estima a associação.

Laura Hughes, responsável pela área de seguros gerais da ABI, observou que a pandemia forçou muitos automobilistas a mudarem os seus hábitos de condução e o impacto dos períodos de confinamento resultante da crise sanitária ficou demonstrado no declínio de sinistros automóveis.

Durante 2020, o preço médio do seguro automóvel (particulares) rondou 465 libras, mantendo-se em mínimos de quatro anos.

James Blackham, CEO e co-fundador da seguradora By Miles, comentou a estatísticas da ABI afirmando que apesar da redução significativa das participações de sinistro devido a uma alteração nos hábitos de condução, muitas seguradoras demoram a indemnizar os segurados. Com o total de pagamentos a descer 6%, face a 2019, Blackham estima que as seguradoras terão poupado perto de 530 milhões de libras ao longo do ano, enquanto apenas um em cada cinco condutores recebeu um reembolso.

Ainda, de acordo com indicadores da ABI relativos aos últimos três meses de 2020, o número de sinistros regularizados caiu 13% em relação ao trimestre anterior para 468 mil processos.

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Marcelo quer medidas para travar especulação nos preços dos testes ao Covid-19

No decreto presidencial, Marcelo Rebelo de Sousa propõe à Assembleia da República a renovação do estado de emergência até 15 de abril.

Marcelo Rebelo de Sousa propôs à Assembleia da República a renovação do estado de emergência por mais 15 dias, ou seja, até 15 de abril. Caso seja aprovada pelo Parlamento, será a 14.ª renovação deste regime excecional em Portugal. O decreto presidencial, já enviado à Assembleia da República, prevê medidas para controlar os preços dos testes ao covid-19 e para o “tratamento de dados pessoais” necessários para os contactos de vacinação.

Com a “situação a evoluir favoravelmente, fruto das medidas tomadas ao abrigo do estado de emergência”, o Presidente da República quer “acautelar os passos a dar no futuro próximo” e, assim, estender o “estado de emergência por mais 15 dias“, lê-se na nota publicada no site da Presidência.

O decreto parlamentar conhecido esta quarta-feira é praticamente idêntico ao do anterior estado de emergência, apresentando algumas nuances. Entre elas, destaca-se o facto de poderem ser adotadas medidas para travar a especulação nos preços dos testes à Covid-19.

“Podem ser adotadas medidas de controlo de preços e combate à especulação ou ao açambarcamento de determinados produtos ou materiais, designadamente testes ao SARS-Cov-2 e outro material médico-sanitário“, refere o decreto.

Esta recomendação pode ser lida à luz das medidas tomadas para acelerar a testagem em massa. Há cerca de duas semanas, o Governo autorizou a venda de testes rápidos de antigénio em farmácias e noutros locais autorizados à venda de medicamentos não sujeitos a receita médica, como, por exemplo, parafarmácias e alguns espaços de bem-estar dos hiper e supermercados.

Estes testes permitem detetar possíveis casos de infeção por Covid-19 através da recolha de uma amostra de fluido das fossas nasais e cuja colheita é feita através de uma zaragatoa (mais pequena do que a utilizada nos testes PCR). Apesar de terem uma sensibilidade inferior aos testes de referência (os PCR), estes testes permitem obter resultados mais rápidos, entre 10 a 30 minutos, pelo que são aconselhados principalmente para rastreio comunitário.

Assim, com esta medida excecional, o Executivo deu “luz verde” a que estes testes possam ser feitos pela população em geral, sem supervisão de um profissional de saúde, como acontecia até agora. Contudo, apesar de Infarmed, INSA e Direção-Geral de Saúde já terem divulgado as orientações relativas à sua comercialização e sobre a comunicação dos resultados, os autotestes ainda não começaram a ser vendidos, já que o Infarmed ainda não publicou a lista sobre os testes autorizados.

Recorde-se que no início da pandemia, a procura por máscaras e geles desinfetantes disparou, e, consequentemente, os preços dispararam também, pelo que para evitar a especulação de preço o Governo decretou a imposição de um limite máximo de 15% na percentagem de lucro destes artigos. Ao mesmo tempo, o Executivo acatou também a recomendação do presidente do PSD, Rui Rio, para reduzir a taxa de IVA de 23% para 6% sobre estes equipamentos de proteção, bem como gel desinfetante.

Presidente prevê tratamento de dados pessoais para a vacinação

A segunda nuance neste decreto prevê medidas também no âmbito da proteção de dados pessoais. O “tratamento de dados pessoais” necessários para a “concretização de contactos para vacinação, entre os serviços de saúde e os serviços municipais ou das freguesias”, está salvaguardado no projeto de decreto enviado ao Parlamento por Marcelo Rebelo de Sousa.

Uma vez mais, o Presidente da República dá atenção à questão da limitação do ruído, a qual não tem tido o devido acompanhamento do Executivo. Assim, propõe que possam “ser determinados”, “níveis de ruído mais reduzidos em decibéis ou em certos períodos horários, nos edifícios habitacionais, de modo a não perturbar os trabalhadores em teletrabalho”.

A insistência num “plano faseado de reabertura”, baseado em “critérios objetivos”, volta a existir da parte de Marcelo Rebelo de Sousa. Uma vez mais, defende que este deverá sempre ser articulado com “testagem, rastreamento e vacinação”. Isto porque, tal como afirma, existem “sinais externos ainda complexos”, razão que motiva o prolongamento deste estado de exceção.

Entre terça e quarta-feira, o Presidente da República esteve a ouvir a posição de todos os partidos, com assento parlamentar, sobre a renovação do estado de emergência. O novo estado de emergência deverá vigorar, segundo a proposta do chefe de Estado, entre os dias 1 de abril e 15 de abril.

(Notícia atualizada às 20h39 com mais informação)

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Margarida Madeira é a nova diretora de people & culture da Nhood Portugal

Margarida Madeira fica responsável pela criação e adoção da cultura da empresa, bem como pelo desenvolvimento de estratégias para integrar os valores da organização ao longo de toda a estrutura.

Margarida Madeira é diretora de people & culture da Nhood Portugal.

Margarida Madeira vai passar a assumir a direção da área de people & culture da Nhood Portugal. A licenciada em Gestão e Administração de Empresas pela Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais da Universidade Católica Portuguesa fica, assim, responsável pela criação e adoção da cultura da empresa, bem como pelo desenvolvimento de estratégias para integrar os valores da organização ao longo de toda a estrutura empresarial.

A atração e gestão de talento será também uma das suas prioridades, nomeadamente através da aposta no bem-estar e no desenvolvimento dos colaboradores, potenciando a gestão da sua carreira e da sua performance, assim como o desenvolvimento das pessoas através da formação contínua. Nesta lógica, a empresa espera “fortalecer o engagement e a lógica pessoa-empresa-comunidade”, lê-se em comunicado.

“Assumir este cargo, no momento de pandemia que vivemos, representa um duplo desafio. Por um lado, é necessário criar uma cultura organizacional numa empresa muito recente no mercado, com uma equipa com backgrounds diversos, sendo necessário alinhar uma cultura comum a todos, privilegiando e promovendo a diversidade como fator diferenciador. Por outro lado, é necessário fazer esta transformação em regime remoto“, diz Margarida Madeira.

Nesse sentido, é fulcral, repensar também o futuro conceito de workplace, redesenhando a experiência do colaborador, determinantes na interação no pós-pandemia”, acrescenta, sublinhando o compromisso da Nhood Portugal na criação de um impacto positivo, interno e externo, em que se assegura a proximidade e a criação de valor para e com as pessoas que compõem a empresa.

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Webhelp abre 150 vagas em Braga para fluentes em francês

"Ultrapassámos os 500 colaboradores nesta região e, de acordo com o nosso plano de investimento, esperamos criar 300 novos postos de trabalho a médio prazo", diretor o diretor regional norte.

A Webhelp Portugal está a recrutar para 150 vagas nos seus escritórios de Braga. Para este processo, que deverá estar concluído até ao final de maio, a empresa está à procura de candidatos fluentes em francês. No entanto, a médio prazo deverão ser criados mais postos de trabalho nesta região portuguesa.

Para Benoist Voidie, diretor regional norte, este é mais um sinal evidente da aposta estratégica do grupo francês em Braga. “Este processo de recrutamento exemplifica o grau de importância que esta zona do país representa para o negócio da Webhelp em Portugal. Tal como adiantámos em 2020, já ultrapassámos os 500 colaboradores nesta região e, de acordo com o nosso plano de investimento, esperamos criar 300 novos postos de trabalho a médio prazo“, afirma, citado em comunicado.

Desde que se instalou em território nacional, em 2015, a Webhelp já investiu mais de oito milhões de euros em infraestruturas, sobretudo nas regiões de Lisboa e Braga. Ainda recentemente, o grupo anunciou a abertura de dois novos escritórios nestas cidades e comunicou a ambição de chegar aos 3000 colaboradores a operar em Portugal durante os próximos três anos.

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Programa de Arrendamento Acessível só celebrou 367 contratos

Quase dois anos depois de ter arrancado, o ministro da Habitação nota que não é neste programa que o Governo está focado para dar resposta ao arrendamento acessível

O Programa de Arrendamento Acessível (PAA) foi lançado no verão de 2019 mas, desde então, os números têm demonstrado pouco sucesso. Isto porque a iniciativa conta com os proprietários privados e a adesão tem sido baixa. Nestes quase dois anos de PAA, foram celebrados apenas 367 contratos de arrendamento, a maioria com rendas entre 20% a 40% abaixo às praticadas no mercado.

Do universo de contratos assinados, contam-se ainda 33 contratos com reduções de renda superiores a 41%, adiantou esta quarta-feira o ministro da Habitação, durante uma audição no Parlamento.

Os números são baixos, mas Pedro Nuno Santos afirma: “Não é neste programa que estamos focados para dar resposta ao arrendamento acessível”, disse, referindo que em andamento está um “projeto muito mais ambicioso de construção e reabilitação de imobiliário” do Estado.

Antes desta atualização, a secretária de Estado da Habitação tinha adiantado ao ECO, em dezembro, que nessa altura havia 250 contratos de arrendamento celebrados no âmbito do PAA. Nessa altura, Marina Gonçalves disse não estar satisfeita com estes números, mas admitiu que o próprio programa “não é o ideal, mas é o possível”.

Ainda em dezembro, a secretária de Estado adiantou ao ECO que se contavam 900 imóveis de privados inscritos. O PAA conta com a colocação no mercado de imóveis pertencentes a privados, mas cujas rendas sejam 20% inferiores às praticadas no mercado.

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Espanha “não tem revelado interesse na ligação” com Huelva, diz Pedro Nuno Santos

O Governo, e sobretudo os algarvios, querem Vila Real de Santo António ligada a Huelva, mas Espanha não vê muito interesse nessa ligação, adiantou Pedro Nuno Santos.

A inclusão de Portugal no Corredor Mediterrâneo é um desejo do Governo, mas sobretudo dos algarvios. O Executivo afirma ser “fundamental” ligar Vila Real de Santo António a Huelva, mas Espanha não partilha da mesma opinião. Pedro Nuno Santos disse esta quarta-feira que esse é um “trabalho que vai demorar”, devido à falta de vontade do país vizinho.

“Temos aqui um problema com a inclusão de Portugal no corredor mediterrâneo. Somos completamente a favor disso. E achamos incompreensível que o Corredor Mediterrâneo termine em Huelva e não se estenda ao Algarve“, disse o ministro das Infraestruturas, durante uma audição no Parlamento. “O problema é que os espanhóis não têm revelado nenhum interesse e isso dificuldade muito o nosso trabalho”, acrescentou.

A extensão deste corredor ao Algarve é pedida por muitos espanhóis, nomeadamente a Câmara de Comércio de Huelva que, segundo o jornal Diário de Huelva, “proporcionaria benefícios acrescidos a todo o comunidade Autónoma”. O mesmo acontece com as associações empresariais algarvias e da região da Andaluzia, que pedem a criação de uma linha de alta velocidade entre Huelva e Faro, segundo o Dinheiro Vivo.

Contudo, o ministro das Infraestruturas nota que não será possível fazer esta ligação “porque os espanhóis não querem”. E que, assim, esse “trabalho vai demorar”. “Os espanhóis, por várias vezes, deram a entender que não está nos planos a ligação de Huelva a Vila Real de Santo António. E isso é um problema, porque achamos essa ligação fundamental”, continuou Pedro Nuno Santos.

Outro entrave que está a ser colocado por Espanha tem a ver com o “restabelecimento das ligações internacionais dos comboios noturnos”. “É um problema, porque os espanhóis não querem. Não podemos contar com a RENFE e isso levanta problemas de financiamento da nossa operação. É possível de ser enquadrada no Contrato de Serviço Público, mas só até à fronteira”, explicou o ministro.

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