Emissões de gases com efeito de estufa aumentaram 18% na UE

Os responsáveis pela maior parte das emissões de gases com efeito de estufa foram a indústria e construção (34%), o fornecimento de eletricidade (19%) e agricultura (14%), divulga o Eurostat.

As emissões de gases com efeito de estufa aumentaram 18% nos Estados-membros da União Europeia (UE) no segundo trimestre de 2021 em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, segundo os dados do Eurostat publicados esta segunda-feira, refletindo a recuperação económica depois da quebra abrupta verificada em igual trimestre homólogo do ano passado devido à pandemia.

No segundo trimestre de 2021, os setores económicos responsáveis pela maior parte das emissões de gases com efeito de estufa foram a indústria e construção (34% do total), o fornecimento de eletricidade (19%), a agricultura (14%), os serviços de transporte (8%) e os outros serviços que não os transportes (8%).

Os agregados familiares emitiram 101 milhões de toneladas de CO2 no que respeita ao uso de transportes (12%) mais 52 milhões de toneladas de CO2 para aquecimento e outros fins (6%).

As emissões de gases com efeito de estufa no segundo trimestre de 2021 aumentaram em comparação com o mesmo período do ano anterior em todos os setores.

As emissões das famílias para aquecimento aumentaram em 42% e para transporte dispararam 25%. As emissões na indústria e construção subiram 22%, os serviços de transporte 18%, o fornecimento de eletricidade 17% e os serviços que não os transportes 13%. As emissões do setor agrícola permaneceram quase inalteradas (+0,2%).

Apesar do aumento das emissões de gases entre os segundos trimestres de 2020 e 2021 — resultante da recuperação económica — a tendência a longo prazo das emissões de gases com efeito de estufa da UE mostra uma redução constante.

No segundo trimestre de 2021, as emissões de gases com efeito de estufa da UE totalizaram 867 milhões de toneladas de equivalentes de CO2, abaixo dos níveis pré pandemia de qualquer trimestre. O valor mais baixo de sempre foi registado no segundo trimestre de 2020, com a eclosão do surto da Covid-19.

Os dados mais recentes, estabelecidos de acordo com as regras da Convenção das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (UNFCCC), mostram que em 2020, as emissões internas de gases com efeito de estufa da UE27 diminuíram 31% em relação aos níveis de 1990.

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Ex-deputada do CDS Ana Rita Bessa é a nova CEO da LeYa Portugal

Isaías Gomes Teixeira, Tiago Morais Sarmento e Pedro Marques Guedes mantêm-se com funções não executivas na gestão do grupo que inclui as editoras D. Quixote, ASA, Caminho, Texto ou Oficina do Livro.

A ex-deputada do CDS-PP, Ana Rita Bessa, é a nova CEO da LeYa Portugal, substituindo no cargo Isaías Gomes Teixeira, anunciou esta segunda-feira o grupo editorial. A nova presidente executiva, de 48 anos, tinha sido diretora da LeYa Educação entre 2010 e 2015.

Isaías Gomes Teixeira, que até agora atuava como CEO, bem como Tiago Morais Sarmento e Pedro Marques Guedes, até agora, respetivamente, COO e CFO da LeYa SA, passam a administradores não-executivos. Isaías Gomes Teixeira mantém-se como presidente do conselho de administração.

Licenciada em Economia e com mestrado em Ciências Educativas, a nova CEO do grupo editorial — além de Portugal, tem também operações em países africanos de expressão portuguesa e uma outra no Brasil, de ensino universitário à distância — foi deputada nas duas últimas legislaturas pelo CDS-PP, tendo feito a sua última intervenção parlamentar, a 30 de setembro, e falado nessa altura de um “bom combate”.

O grupo — que inclui editoras como D. Quixote, a ASA, a Caminho, a Oficina do Livro, a Casa das Letras, a Gailivro e a Texto — foi comprado em 2019 anos por Isaías Gomes Teixeira, Tiago Morais Sarmento e Pedro Marques Guedes (passando a deter 50,1%), apoiados pelo fundo de investimento Atena Equity Partners. Adquiriram a totalidade do grupo aos ingleses da Trilantic Capital Partners, acionista desde 2010 e que, desde julho de 2018, detinha a totalidade do capital.

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Oxy Capital compra grupo vidreiro na Batalha

Poucos dias após fechar a aquisição da Vidraria Mortágua, a sociedade de private equity notifica a Autoridade da Concorrência de outra operação neste setor, relativa à Vidros Cerejo e Batalhatempra.

A Oxy Capital vai avançar para a compra da totalidade do capital da Vidros Cerejo e da Batalhatempra, fundadas pelo empresário José Cerejo, instaladas na Zona Industrial da Batalha e que operam no mercado internacional com a marca Vitrer, com presença em França, Bélgica, Suíça, Inglaterra e em vários países do Magrebe.

A operação de concentração e a mudança acionista nestas duas unidades industriais especializadas na moldagem e na transformação de produtos de vidro foi notificada à Autoridade da Concorrência no final da semana passada e publicada esta segunda-feira nos jornais.

Fundada em 1991 por José Pinheiro Cerejo da Silva, que soma mais de quatro décadas de experiência na indústria vidreira, a Vidros Cerejo reclama a posição de liderança no mercado nacional, através da transformação e comercialização de vidro plano, nomeadamente vidro duplo e vidro temperado.

Para a Batalhatempra, que iniciou a atividade em janeiro de 2008, o empresário chamou outros quatro sócios experientes neste setor – Paulo Nuno, João Peixe, Fernando Oliveira e José Gonçalves –, criando a primeira empresa “totalmente autónoma” na região Centro do país para prestar serviços de tratamento térmico do vidro.

Num espaço de apenas duas semanas, esta é a segunda operação comunicada pela Oxy Capital à Autoridade da Concorrência neste mesmo setor de atividade, depois da notificação feita a 15 de novembro relativa à aquisição da Vidraria Mortágua – Vidros e Espelhos, situada no distrito de Viseu.

A Oxy Capital, que no primeiro trimestre deste ano chegou a apresentar uma proposta não vinculativa para a compra da Efacec, é liderada por Miguel Lucas e tem escritórios em Lisboa e Milão, contando atualmente com uma equipa de investimento com quase 30 profissionais divididos por Portugal e Itália.

Além do setor vidreiro, em que está agora a apostar, a sociedade gestora de fundos de private equity controla empresas em vários setores de atividade, como o ramo hoteleiro, as tecnologias de informação, a produção de cabos elétricos, de telecomunicações e para automóveis, a extração e comercialização de argilas, caulinos e areias, ou a produção e comercialização de pastas cerâmicas.

A Cabelte, a Feedzai, a Bliss, a Aleluia Cerâmicas, o Casino de Tróia e os hotéis Marriott Praia d’el Rey (Óbidos), Quinta das Lágrimas (Coimbra) ou Vilarara Thalassa Resort (Algarve) são alguns dos ativos no portefólio da Oxy Capital, com sede na torre de escritórios das Amoreiras, em Lisboa.

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Liga de Clubes reúne hoje de emergência para analisar Belenenses SAD-Benfica. DGS demarca-se da situação

A Liga de Clubes vai reunir-se esta segunda-feira para analisar o polémico encontro entre a Belenenses SAD e Benfica. A DGS também já reagiu, afirmando que não se pronuncia sobre realização de jogos.

A Liga de Clubes vai reunir-se extraordinariamente esta segunda-feira para abordar a polémica situação ocorrida no encontro entre o Belenenses SAD e o Benfica, que foi interrompido aos 48 minutos da partida por falta de jogadores do lado dos ‘azuis’. O clube orientado por Filipe Cândido foi afetado por um surto de Covid-19 em que 13 atletas testaram positivo à doença e foi assim obrigado a ir a jogo com apenas nove jogadores dentro de campo.

A Liga Portugal convocou uma reunião de direção extraordinária para esta segunda-feira, após a qual será divulgada uma nota oficial sobre toda a matéria envolvendo os episódios verificados no jogo entre a Belenenses SAD e o SL Benfica, referente à jornada 12 da Liga Portugal bwin”, pode ler-se na nota emitida no domingo pela Liga.

A nota acrescenta que “foi também solicitada uma reunião, com caráter de urgência, à Secretaria de Estado da Saúde, Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto e à Direção-Geral da Saúde, com o propósito de obter esclarecimentos claros sobre o protocolo de contingência sanitária em vigor nas competições profissionais de futebol, em concreto quais foram os procedimentos e critérios adotados neste caso pelo delegado de saúde local para determinar contactos de alto risco dentro do plantel da Belenenses SAD”.

No caso da Direção-Geral da Saúde (DGS), a entidade tutelada por Graça Freitas também já reagiu à situação ocorrida, demarcando-se do episódio através de um comunicado, frisando que, juntamente com a autoridade de saúde local, não se pronuncia sobre realização de encontros de futebol.

A DGS indica que “a defesa e proteção da Saúde Pública, compete à Autoridade de Saúde local a investigação epidemiológica de casos de infeção por SARS CoV-2/Covid-19 para a implementação de medidas de prevenção e controlo, de modo a interromper cadeias de transmissão da infeção”, acrescentando que a Autoridade de Saúde e a DGS “não se pronunciam sobre a realização de jogos, quer sejam de futebol ou de outro desporto”.

Belenenses SAD culpa Liga de Clubes pelo polémico jogo

Após todo o aparato a envolver o jogo de sábado, a Belenenses SAD decidiu vir novamente público e apontar o dedo à Liga de Clubes, afirmando que o adiamento do encontro com o Benfica, que considerava “lógico e inevitável”, “inseria-se e insere-se plenamente na esfera da responsabilidade da Liga Portugal” de futebol.

A SAD esclarece em comunicado que entende que o adiamento do jogo com o Benfica, da 12.ª jornada da I Liga, “não tinha de ser formalmente pedido pelas partes, uma vez que resultava de um problema de saúde pública”.

“Na noite de sexta-feira, informámos a Liga que tínhamos realizado testes antigénio internamente, na sequência de sintomas apresentados por alguns jogadores, dos quais 16 testaram positivo à Covid-19”, refere-se na nota.

O Belenenses SAD salienta também que informou a Direção Geral de Saúde (DGS) e que esta solicitou uma “lista de contactos considerados de alto risco, classificou o ocorrido como ‘surto’ e enviou uma lista de critérios genéricos de isolamento que teriam de ser escrupulosamente cumpridos”.

“Acresce ainda que a DGS mostrou preocupação pelos riscos associados a uma nova variante, e decretou que fossem realizados testes PCR a todos os que estavam em isolamento”, adianta o comunicado.

No mesmo comunicado, a Belenenses SAD entende que “cabia à Liga Portugal, com a qual esteve sempre em contacto, o poder de adiar o jogo por razões desportivas e de saúde pública”.

É à Liga Portugal que cumpre salvaguardar a integridade da competição e a verdade desportiva. Além das considerações desportivas, graves, a situação médica de todas as pessoas da Belenenses SAD assumiu-se, para nós, como absolutamente prioritária”, finaliza o comunicado.

Benfica vence 7-0 a uma Belenenses SAD com apenas nove jogadores

A partida entre a Belenenses SAD e o Benfica terminou aos 48 minutos, por os ‘azuis’ terem ficado sem o número mínimo de futebolistas, depois de ter começado apenas com nove, devido a um surto de Covid-19.

Depois de terem entrado com apenas nove jogadores para o início da partida da 12.ª jornada, os ‘azuis’ recomeçaram com apenas sete após o intervalo, com a lesão de um elemento a obrigar ao fim do encontro.

Aquando do final antecipado, o Benfica vencia por 7-0, com golos de Kau, na própria baliza, Seferovic, Weigl, Darwin, naquele que foi o jogo 600 de Jorge Jesus na I Liga.

É preciso recuar até ao ano de 2012 para recordar a última vez que uma situação semelhante aconteceu no campeonato nacional de futebol. Em abril desse mesmo ano, num duelo a contar para a 28ª jornada da Liga, o União de Leiria enfrentou o Feirense com apenas oito jogadores de campo.

É verdade que na altura ainda não existiam as implicações provocadas pelo Covid-19, no entanto, por questões relacionados com salários em atraso, inúmeros atletas do emblema de Leiria decidiram faltar ao encontro, como forma de protesto, e o clube foi obrigado a entrar em campo com apenas oito jogadores. O Feirense acabou por ganhar o duelo por 4-0.

Imprensa estrangeira reage com choque à realização da partida

Além fronteiras, também ninguém ficou indiferente ao encontro de sábado entre Belenenses SAD e Benfica. Jornais um pouco por toda a Europa, como os casos da Marca, L’Équipe ou Guardian, demonstraram perplexidade pela realização do duelo.

“O jogo que nunca se devia jogar: vergonha mundial em Portugal”, lê-se na página de abertura do sítio do jornal espanhol Marca, com uma imagem dos instantes iniciais da partida, em que as águias deram o pontapé de saída no Estádio Nacional, em Oeiras.

Em França, o jornal L’Équipe questiona como é que a partida decorreu numa “noite tão triste quanto incompreensível”, enquanto a estação televisiva inglesa Sky Sports lembra que os “lutadores” jogadores de Filipe Cândido “foram forçados a nomear uma equipa”.

A expressão “farsa” é partilhada por outros dois jornais britânicos, com o Guardian a resumir as incidências de um “início caótico” do jogo e o Daily Mail a sublinhar o quão “constrangido” ficou o Belenenses SAD ao “ser forçado a alinhar com nove homens”.

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ECO do Dinheiro. Contribuintes vão ter conta-corrente com o Estado

  • ECO
  • 29 Novembro 2021

A partir de 1 de julho, pode fazer acerto de contas com o Fisco. Segurança Social fica de fora.

Sabe que a partir do dia 1 de julho pode pedir uma compensação de créditos ao Fisco? O Parlamento aprovou esta semana, por proposta do CDS, um regime denominado de conta-corrente. Então, o que é isto? A Administração Fiscal passa a ter uma conta-corrente com os contribuintes, assim, se tiver uma dívida ao Fisco, por exemplo em sede de IRS, e um crédito a receber de um qualquer outro imposto, poderá pedir uma compensação entre os respetivos valores.

http://videos.sapo.pt/v6uvcHiL1111ioPqHGfW

Esse acerto de contas terá de ser pedido pelo próprio contribuinte num requerimento eletrónico dirigido ao dirigente máximo da Autoridade Tributária, que terá dez dias para responder. Ainda assim, o Fisco poderá reverter o processo, durante um ano.

Tome note: Este acerto de contas só vale para as dívidas e créditos fiscais, a Segurança Social ficou de fora desta concorrente.

 

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Vai nascer na Madeira a maior Área Marinha de Proteção Total do Atlântico Norte

A declaração desta nova área marinha de proteção total abrange um território de 2.677 km2, numa área de 12 milhas náuticas ao redor das Ilhas Selvagens.

O Governo Regional da Madeira anunciou esta segunda-feira a criação da Maior Área Marinha Protegida com Proteção Total da Europa e de todo o Atlântico Norte, através da aprovação de um novo regime jurídico sobre a Reserva Natural das Ilhas Selvagens, ampliando significativamente a proteção das águas deste Arquipélago.

Tudo isto acontece o ano em que se assinalam os 50 anos da constituição desta Reserva. Esta decisão é suportada por estudos científicos, jurídicos e por dados recolhidos em expedições realizadas nos últimos anos.

De acordo com o Governo Regional, o alargamento desta Reserva vem fortalecer o compromisso no “reforço da proteção daquele que é o ecossistema mais intacto do Atlântico Nordeste”.

A declaração desta área marinha de proteção total abrange um território de 2.677 km2, numa área de 12 milhas náuticas ao redor das Ilhas Selvagens. É nesta extensão que todas as espécies aí existentes passam a estar totalmente protegidas de atividades extrativas, como a pesca ou a exploração de inertes.

A Madeira tem sido uma referência mundial em matéria de políticas de Conservação da Natureza, ficando este aspeto ainda mais reforçado com esta medida. Espera servir de inspiração para que outros decisores tomem medidas semelhantes, no sentido da preservação dos nossos oceanos., disse Miguel Albuquerque, Presidente do Governo Regional da Madeira, em comunicado.

Esta medida conta com o apoio direto da Fundação Oceano Azul, da National Geographic e do Waitt Institute, entidades que contribuíram para a obtenção de dados que, entre outros, sustentam cientificamente a decisão agora anunciada. Para José Soares dos Santos, Presidente da Fundação Oceano Azul, “o valor natural da biodiversidade das ilhas Selvagens é incalculável. Tendo por base vários estudos científicos e as expedições realizadas, a decisão do Governo Regional reforça o posicionamento da Madeira na conservação e valorização do oceano”.

O reforço da proteção das Ilhas Selvagens irá então:

  • Contribuir para o aumento da diversidade marinha, da riqueza genética e da capacidade reprodutiva das espécies, incluindo muitas com interesse comercial.
  • Assegurar a integridade dos ecossistemas, contribuindo para uma melhor conservação marinha de todo o Atlântico Nordeste. Esta decisão
  • Permitir a promoção do desenvolvimento económico da Região Autónoma da Madeira, através da valorização do seu capital natural.

“Os atuais desafios mundiais da emergência climática e da crise de extinção de espécies requerem ações exemplares a nível europeu e mundial, sendo esta decisão do Governo Regional da Madeira uma resposta a esses desafios. Num contexto em que o Oceano é um dos ecossistemas mais afetados pelas alterações climáticas e pela sua sobre-exploração, esta decisão reforça o compromisso assumido por Portugal na Conferência das Nações Unidas dos Oceanos de 2017, no sentido de aumentar consideravelmente as suas áreas
marinhas protegidas, e contribui para a implementação da Estratégia da Biodiversidade da União
Europeia para 2030″, remata o comunicado.

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PRR

Mário Centeno alerta para curta janela de tempo de execução do PRR

  • Lusa
  • 29 Novembro 2021

"Perder esta oportunidade é desperdiçar um momento de integração europeia mais relevante desde a criação do euro", afirmou o presidente do Banco de Portugal, Mário Centeno.

O governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, alertou esta segunda-feira para a “janela curta” de tempo de execução do PRR e avisou que perder tal oportunidade é desperdiçar o momento mais relevante desde a criação do euro.

“Além do impacto estrutural no crescimento económico, o PRR [Plano de Recuperação e Resiliência] realiza investimentos públicos e privados sem onerar no curto prazo as contas públicas. No entanto, na execução do PRR, deve ser tomada atenção aos desafios inerentes à muito curta janela temporal da utilização dos fundos”, afirmou o governador do Banco Central, num encontro em Lisboa sobre os desafios da economia portuguesa no pós-pandemia, organizado pelo Banco de Portugal e pelo semanário Expresso.

Mário Centeno salientou que os recursos europeus “devem ser utilizados para consolidar o crescimento” económico sustentável e financiar a transição digital e climática, e defendeu que esta transição deve ser apoiada na “utilização eficiente” dos fundos do PRR que foram disponibilizados a fundo perdido.

“Perder esta oportunidade é desperdiçar um momento de integração europeia mais relevante desde a criação do euro”, afirmou Mário Centeno, enaltecendo a contribuição do PRR para a redução do rácio da dívida pública no Produto Interno Bruto (PIB).

O governador defendeu ainda que, neste momento de disrupção pandémica, o elemento chave é a estabilidade e previsibilidade das políticas públicas nacionais e europeias, e enalteceu o contributo do PRR para diminuir a dívida.

Mário Centeno lembrou ainda que é “fundamental” diminuir o rácio da dívida pública, uma redução que defende dever ser sustentada por um plano credível de redução orçamental, e considerou “evidente” que os setores privado e público “devem iniciar a desalavancagem” para Portugal poder enfrentar futuras crises.

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O futuro das cidades inteligentes já começou

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  • 29 Novembro 2021

Mais de 70 oradores debateram o caminho para a criação de cidades mais inteligentes e sustentáveis e as potencialidades do 5G no Portugal Smart Cities Summit, evento que contou com o apoio da NOS.

“O 5G será a tecnologia que vai materializar e concretizar muitas das ideias e expectativas que alimentamos há vários anos”. As palavras são de João Ricardo Moreira, administrador da NOS Comunicações, proferidas no Portugal Smart Cities Summit. Energia, ciência, saúde, mobilidade, recursos naturais e resíduos — algumas das principais componentes de uma cidade inteligente foram alvo de discussão por parte de especialistas das diferentes áreas. O contexto pós-COP 26 foi apontado como razão acrescida para a urgência de uma gestão bem-sucedida do crescimento urbano, num contexto em que se prevê que, até 2030, 50% da população humana viva em áreas urbanas e existam 43 megacidades com mais de 10 milhões de habitantes.

Ao longo de três dias, mais de 70 oradores levaram a debate os principais temas no âmbito da criação de cidades mais inteligentes e sustentáveis em mais uma edição do Portugal Smart Cities. A NOS, enquanto patrocinadora oficial do evento, teve oportunidade de participar em vários painéis e de dar a conhecer as potencialidades do 5G nas suas diferentes áreas de atuação, nomeadamente Ambiente, Energia, Resíduos, Mobilidade, Gestão Operacional, Turismo, Saúde e Segurança.

Do futuro ao presente

“As cidades inteligentes constroem-se com base na otimização de sistemas”, enfatizou Luís Neves, do GEsI na sessão de encerramento do Portugal Smart Cities. Foi precisamente como coadjuvante destes processos de otimização que foi apresentado, pela NOS, o papel da tecnologia 5G: “A mesma rede pode servir diferentes propósitos, podem ser configuradas diferentes aplicações”, explicou Manuel Ramalho Eanes na sessão ​​”A Era do 5G — É tempo de fazer”, defendendo que as características de “velocidade ultrarrápida, latência reduzida, segurança, fiabilidade e conectividade” lhe conferem a capacidade de “mudar vidas, sociedades e negócios”.

“Se soubermos a todo o momento que recursos estão a ser usados e pudermos atuar em tempo real, seguramente o desperdício é minimizado“, concretizou, exemplificando com drones que ajudam na movimentação de barcos dentro de portos com maior eficácia ou cirurgias remotas. Foram vários os exemplos concretos que o administrador da NOS deu durante a sessão, nomeadamente: a 1ª fábrica 5G, em Almeirim, com recurso a realidade aumentada e inteligência artificial para otimização da manutenção das máquinas; a 1ª praia 5G, na Costa da Caparica, onde é garantida maior segurança com menos recursos; a 1ª escola 5G, em Matosinhos, onde são possíveis visitas guiadas a monumentos em Lisboa em tempo real.

Manuel Eanes falou ainda da parceria com o CEiiA, incluindo a plataforma que está a ser desenvolvida que permite a possibilidade de saber, em tempo real, o estado do tráfego e de escolher o melhor meio de transporte “com máxima eficiência e poupança ambiental”. “Isto não é uma coisa que vai acontecer, é uma coisa que está a acontecer e que irá acontecer na medida que quisermos”, concluiu.

O caso da mobilidade

Nas sessões relativas à mobilidade, com o mote “Mais Acesso, Menos Carbono”, a mesa redonda “Mobility as a service” contou com a participação de João Ricardo Moreira, administrador da NOS Comunicações, Paulo Humanes, do CEiiA – Centro de Engenharia e Desenvolvimento de Produto, Faustino Gomes, da Transportes Metropolitanos de Lisboa, e Manuel Pina, da Uber. Ali falou-se da importância de ter nas cidades (e na ligação das cidades com as periferias) rotas otimizadas com a ajuda da tecnologia e um ecossistema de mobilidade bem integrado como as soluções para serviços mais sustentáveis.

Pilotos 5G
Rega, iluminação, gestão de resíduos e controlo de consumos são algumas das soluções já disponíveis.

“O 5G será a tecnologia que vai materializar e concretizar muitas das ideias e expectativas que alimentamos há vários anos”, referiu João Ricardo Moreira. Sobre o papel da NOS Comunicações no apoio aos serviços de mobilidade, o administrador referiu-se à “rede que não se vê”, mas que continua “a oferecer soluções de ponta para alcançar os objetivos da descarbonização”. Há, no entanto, o desafio dos dados e a informação que se extrai a partir deles, que será determinante para o futuro das cidades e um elemento diferenciador entre países, acrescentou.

“A transição progressiva” foi o tema de outro dos painéis em discussão, que contou com a moderação de Pedro Machado, da NOS, e a participação de Pedro Barradas, da ARMIS, Paulo Rodrigues, da MOB, e Paulo Humanes, do Ceiia. Foi referido que os perfis de mobilidade mudaram radicalmente com a pandemia. Por exemplo, houve quebras de até 70% da mobilidade entre Lisboa e Cascais durante o primeiro estado de emergência e, desde então, nunca subiram acima de 35%.

Outra tendência acelerada é a diversificação das formas como as pessoas se deslocam na cidade — carros, bicicletas, transportes públicos —, o que cria a necessidade de otimização do ecossistema para uma melhor integração entre diferentes meios de transporte. Também aqui foi reconhecido o papel do 5G, a nova tecnologia de comunicações móveis, como coadjuvante na gestão dos dados e infraestruturas — e enfatizada a necessidade de atuar em toda a cadeia de valor para que os benefícios prometidos ao nível da eficiência energética e sustentabilidade passem de potenciais a reais.

Um propósito comum

Na GeSI Pitch Area, destaque para o momento dedicado ao movimento “Digital with Purpose” e entrega de certificados digitais. Esta é uma iniciativa do Global Enabling Sustainability Initiative (GeSI), da qual a NOS faz parte desde o início, que junta parceiros públicos e privados de várias partes do mundo com a ambição de promover a sustentabilidade através da tecnologia e acelerar o cumprimento dos objetivos do Acordo de Paris e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas até 2030.

Manuel Ramalho Eanes, administrador executivo da NOS, participou ainda no painel “Talks with Purpose”, juntamente com André de Aragão Azevedo, Secretário de Estado para a Transição Digital Fernando Reino da Costa, CEO da Unipartner e João Nascimento, Diretor Global de Digital/IT EDP. E também na sessão “Portugal with Purpose”, em conjunto com outos parceiros, como CMAS.Systems, Unipartner, DNS.PT e Huawei.

Da teoria à prática

Bem ao lado do Auditório NOS, onde decorreram as conferências, foi possível visitar a Sala de Comando e Controlo real e perceber, na prática, como funciona a inteligência que dá nome às smart cities. Aparentemente, nada mais do que um conjunto de ecrãs planos, apresentando um conjunto de gráficos com diferentes funcionalidades; na realidade, plataformas que permitem agregar e fazer a gestão de toda a informação gerada numa cidade inteligente.

Nesta Sala de Comando e Controlo, deu-se a conhecer aos visitantes as principais soluções 5G que a operadora já dispõe em cinco áreas: no Ambiente, com soluções de Rega Inteligente, Gestão Resíduos e Contadores Inteligentes; na Mobilidade, com Passadeiras Inteligentes, Estacionamento Inteligente, Monitorização de Mobilidade, Bike Sharing e soluções de Analytics; na Energia, com soluções de Eficiência Energética em Edifícios e Iluminação Inteligente; na Cidadania e Segurança, com Video Analytics, Suporte Remoto, Gestão de Ocorrências, Gestão Urbanística e de Deteção de Incêndios; e na Saúde e Educação, com a Monitorização de Segurança nos Domicílios e Monitorização de Segurança e Saúde de Idosos.

Albufeira, Seixal, Lagoa ou Vila Nova de Famalicão são municípios que adotaram soluções globais e integradas, desenvolvidas em parceria com a NOS, com especial enfoque na gestão urbana eficiente: Lagoa, Famalicão, Seixal e Albufeira têm em funcionamento salas de planeamento e controlo e plataformas integradoras; Águeda implementou soluções de rega inteligente; e Seixal dispõe de uma solução de gestão de resíduos inteligente. Soluções que a NOS desenvolve com parceiros como a EDP, Bright City ou CEiiA, a maioria das quais já disponíveis em pilotos 5G.

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Portugal é o país europeu com maior atraso no pagamento de faturas

Em Portugal, os pagamentos das faturas demoram, em média, 26,64 dias, quando na Europa a média é de 14,41 dias. Contas feitas, Portugal tem um atraso de 12,23 dias.

Portugal lidera o atraso no pagamento de faturas quando comparado com outros países da Europa. Os pagamentos demoram, em média, 26,64 dias, quando na Europa a média é de 14,41 dias, de acordo com o relatório da Informa D&B.

No entanto, Portugal tem vindo a diminuir este prazo, já que no início de 2020 o atraso da média de pagamento situava-se em 28,04 dias. Quando comparado com os restantes países da Europa, Portugal tem um atraso de 12,23 dias.

As três principais razões para o atraso são: a fatura não chegar ao destino, a existência de discrepâncias ou erros na fatura e, por fim, o não cumprimento atempado do pagamento por parte da empresa que tem de pagar, de acordo com a Seres, uma empresa especialista em serviços de intercâmbio eletrónico seguro de documentos. Quase 50% dos atrasos ocorrem no âmbito das duas primeiras condições.

Para colmatar esta problemática, a Seres aponta a faturação eletrónica como um fator-chave. “A faturação eletrónica, através da automatização e digitalização de processos, é fundamental para contribuir a redução dos prazos de pagamento, pois torna todo o processo mais ágil, mais rápido e com menos possibilidade de enganos ou extravios. A simplificação de processos gera, obviamente, uma maior autonomia em todo o sistema de pagamentos”, refere Alberto Redondo, CMO da Seres Iberia, num comunicado enviado às redações.

Para além de permitir encurtar os prazos de pagamentos, a e-faura tem vantagens para o meio ambiente, entre elas a redução de custos e eliminação de todos os processos mecânicos relacionados com o uso do papel.

“A transição da faturação manual para a faturação eletrónica deveria ser uma prioridade paras as empresas portuguesas, pois é uma rampa de lançamento para que Portugal comece a diminuir o prazo de pagamentos e deixe de estar no último lugar deste ranking a nível europeu”, conclui Alberto Redondo.

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Avaliação bancária bate novo recorde de 1.251 euros por metro quadrado em outubro

O valor mediano a que a banca está a avaliar os imóveis para efeitos de concessão de crédito subiu para 1.251 euros por metro quadrado em outubro, atingindo um novo máximo histórico.

O valor a que os bancos avaliam os imóveis para efeitos de concessão de crédito à habitação voltou a subir em outubro, pelo segundo mês consecutivo. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) publicados esta segunda-feira, este indicador está nos 1.251 euros por metro quadrado, o valor mais alto de sempre e que corresponde a uma subida de 15 euros face a setembro.

Entre setembro e outubro, o valor mediano subiu 1,2%, com o maior aumento a registar-se na Região Autónoma da Madeira e no Norte (1,5%), tendo o Centro apresentado a única descida (-1,7%). Se a comparação for feita com outubro do ano passado, o valor médio das avaliações cresceu 10,6%.

Valor Mediano de Avaliação Bancária de Habitação (€/m2).INE

No mês em análise, o valor mediano de avaliação bancária de apartamentos foi 1.385 euros por metro quadrado, uma subida de 11,8% face ao período homólogo. Comparativamente a julho, o valor de avaliação dos apartamentos subiu 1,2%, tendo a Região Autónoma dos Açores apresentado a maior subida (4%) e o Alentejo a única descida (-0,4%), destaca o INE.

O valor mediano da avaliação para apartamentos T2 subiu dez euros, para 1.412 euros por metro quadrado, tendo os T3 subido oito euros, para 1.229 euros por metro quadrado. No seu conjunto, estas tipologias representaram 80,3% das avaliações de apartamentos.

Já no que diz respeito a moradias, o valor mediano da avaliação bancária foi de 1.010 euros por metro quadrado, o que representa um acréscimo de 6,7% em relação a outubro do ano passado. Comparando com setembro, o valor de avaliação das moradias aumentou 1,2%. A Região Autónoma da Madeira apresentou o aumento mais acentuado (3,6%), enquanto a única descida aconteceu na Região Autónoma dos Açores (-1,2%).

Comparando com setembro, os valores das moradias T2, T3 e T4, tipologias responsáveis por 89,3% das avaliações, atingiram os 956 euros por metro quadrado (mais 26 euros), 997 euros por metro quadrado (mais nove euros) e 1.078 euros por metro quadrado (mais 29 euros), respetivamente.

Valor Mediano de Avaliação Bancária das Moradias por Tipologia (Valores em euros/m2).INE

O INE destaca que, de acordo com o Índice do valor mediano de avaliação bancária, o Algarve, a Área Metropolitana de Lisboa, a Região Autónoma da Madeira, o Alentejo Litoral e a Área Metropolitana do Porto apresentaram valores de avaliação superiores à mediana do país (34%, 33%, 3%, 2% e 1% respetivamente). Beiras e Serra da Estrela foram as regiões que apresentaram o valor mais baixo em relação à mediana do país (-45%).

Em outubro foram realizadas 28.009 avaliações bancárias — 17.741 apartamentos e 10.268 moradias —, o que representa uma subida de 13,7% face ao mesmo período do ano passado. Em comparação com setembro, foram feitas menos 292 avaliações, o equivalente a uma descida de 1%.

Em setembro, a avaliação bancária tinha subido, fixando-se nos 1.236 euros por metro quadrado. A última vez que este indicador cedeu foi em setembro de 2020, tendo o valor ficado semelhante a agosto de 2020.

(Notícia atualizada às 11h31 com mais informação)

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Mercadona prepara entrada em Sintra e está a recrutar. Tem 65 vagas

Depois de Montijo, Setúbal e Santarém, Sintra é a nova localização conhecida da cadeia espanhola na Grande Lisboa, região onde conta abrir em 2022.

A Mercadona está a preparar a entrada no concelho de Sintra e tem 65 vagas para a futura loja da cadeia de supermercados em Mem Martins. Depois de Montijo, Setúbal e Santarém, Sintra é a nova localização conhecida da cadeia espanhola na Grande Lisboa, região onde conta abrir em 2022.

As vagas para a loja de Mem Martins são as “primeiras ofertas de emprego para operadores de supermercado no distrito de Lisboa“, informa a cadeia que, tem disponíveis ofertas para várias funções, em regime part-time e tempo inteiro. A cadeia promete um “salário atrativo e contrato de efetividade desde o primeiro dia”, evolução dentro da empresa “recorrendo a políticas de formação constante e adaptada ao posto a desempenhar”.

“Os candidatos deverão ter disponibilidade para realizar a sua formação na zona norte de Portugal, num período de seis a dez meses”, refere a cadeia espanhola.

A entrada na Grande Lisboa — onde a cadeia está a construir o segundo centro logístico em Almeirim — faz parte do plano de expansão da cadeia para 2022.

Em paralelo, também para lojas com abertura prevista para 2022, a cadeia tem em curso recrutamentos nas cidades de Guimarães, Braga, Póvoa de Varzim, Montijo, Setúbal e Santarém. Os interessados podem apresentar a sua candidatura no site da Mercadona, acedendo à secção “Emprego” e verificando as ofertas disponíveis.

Atualmente, a Mercadona tem 28 lojas em Portugal, nos distritos do Porto, Braga, Aveiro e Viana do Castelo, e vai abrir, dia 13 de dezembro, em Santa Maria da Feira a última loja prevista para 2021. A empresa conta com 2.300 colaboradores em Portugal distribuídos entre supermercados, escritórios e bloco logístico.

Em 2020, a empresa fechou o ano com um total de 20 supermercados no país, gerou vendas de 186 milhões de euros, criou 800 novos empregos finalizando o ano com uma equipa de 1.700 colaboradores e um investimento de 113 milhões de euros.

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Corte nas novas pensões antecipadas recua para 14,06% em 2022

As pensões antecipadas que vierem a ser iniciadas no próximo ano vão sofrer cortes menores do que este ano. O fator de sustentabilidade deverá descer para 14,06%.

As pensões antecipadas que vierem a ser iniciadas no próximo ano vão ser sujeitas a cortes menos significativos do que até aqui, por força do impacto da pandemia na esperança média de vida aos 65 anos. Os dados publicados, esta segunda-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) permitem antecipar que a penalização implicada no fator de sustentabilidade irá recuar, de forma inédita, para 14,06%, em 2022.

O fator de sustentabilidade é calculado com base no rácio entre a esperança média de vida aos 65 anos em 2000 (16,63 anos) e a esperança média de vida no ano anterior ao início da pensão. Esta segunda-feira, o INE revelou que, para o triénio compreendido entre 2019 e 2021, o valor provisório desse último indicador foi estimado em 19,35 anos, o que permite perceber, segundo os cálculos do ECO, que as pensões antecipadas atribuídas ao longo de 2022 sofrerão um corte à cabeça de 14,06%, exceto as que estão abrangidas por regimes especiais.

Em comparação, as pensões antecipadas iniciadas em 2021 sofreram um corte de 15,5% por via do fator de sustentabilidade. Ou seja, no próximo ano, a penalização será menos significativa do que a que foi aplicada este ano, o que se explica pelo impacto da mortalidade causada pela crise pandémica na evolução da esperança média de vida.

Os demógrafos ouvidos pelo ECO já tinham sinalizado que este recuo da esperança média de vida (e, por conseguinte, do fator de sustentabilidade) poderia acontecer, tendo em conta os óbitos causados pela pandemia de coronavírus. A professora Maria João Valente Rosa frisava, a propósito, que tal redução do corte do fator de sustentabilidade poderá ser problemática para as contas da Segurança Social, na medida em que poderá abrir a porta “a um aumento dos pedidos antecipados de reforma” ao mesmo tempo que faz aumentar os gastos com pensões.

Além deste corte, as pensões antecipadas são sujeitas, regra geral, a uma penalização de 0,5% por cada mês antecipado face à idade legal da reforma. Quem tem mais de 40 anos de descontos tem direito à “idade pessoal de acesso à pensão de velhice”, que prevê a redução da idade normal em quatro meses por cada ano acima dos 40 anos. Logo, no limite, pode ser mesmo possível seguir para a reforma antes dos 65 anos, sem qualquer corte.

Isentos destes cortes estão os portugueses que peçam a antecipação da reforma aos 60 anos de idade, tendo pelo menos 48 de descontos, ou que o peçam aos 60 anos, se contarem com 46 anos de contribuições e se tiverem iniciado a sua carreira aos 16 anos ou em idade inferior. O mesmo “alívio” é aplicado aos portugueses de profissionais consideradas de desgaste rápido.

Já se os beneficiários pedirem a reforma antecipada aos 60 anos com 40 de descontos, ficam isentos do fator de sustentabilidade, mas continuam a sofrer o corte de 0,5% por cada mês antecipado face à idade da reforma.

A informação divulgada esta segunda-feira pelo INE permite perceber também, calculou o ECO, que a idade de acesso à pensão irá recuar para 66 anos e quatro meses em 2023.

(Notícia atualizada às 11h47)

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