Fundadora da Didimo está entre as 21 empreendedoras mais inspiradoras da Europa

O "EU Prize for Women Innovators 2021" celebra as conquistas de empreendedoras que gerem empresas inovadoras.

A líder da startup portuguesa Didimo, Veronica Orvalho, está entre as 21 empreendedoras mais inovadoras da Europa, segundo o Conselho Europeu de Inovação. As 21 finalistas destacaram-se entre as mais de 260 candidatas, sendo que as vencedoras do “EU Prize for Women Innovators” serão conhecidas a 24 e 25 de novembro. É a única representante de Portugal entre as finalistas.

“Fazer parte desta lista é, mais do que tudo, uma motivação para continuar a crescer enquanto profissional e para inspirar outros a lutar por avanços que ajudem as pessoas. É uma honra partilhar isto com mais mulheres do setor tecnológico e penso que as jovens que sonhem em trabalhar nesta área vão olhar para estes exemplos como um impulso”, afirma Veronica Orvalho, citada em comunicado.

“O futuro do trabalho é digital e é importante partilhar os melhores exemplos do que fazemos para inspirar as novas gerações a seguirem-nos e a ambicionarem fazer mais e melhor com as novas tecnologias. Acredito que a educação de um jovem só fica completa com a complementaridade entre a vertente académica e a experiência profissional, e fico feliz por existirem iniciativas que demonstrem a importância de ir mais além e de inovar em tudo o que fazemos”, acrescenta a fundadora da startup que desenvolve avatars 3D que se assemelham a humanos em apenas 90 segundos.

De raízes argentinas, Veronica Orvalho — nomeada para o “EU Prize for Women Innovators” — dedica-se ao estudo das “ciências das caras” há mais de 18 anos, tendo participado no desenvolvimento de videojogos, como o “The Simpsons Ride”.

O futuro do trabalho é digital e é importante partilhar os melhores exemplos do que fazemos para inspirar as novas gerações a seguirem-nos e a ambicionarem fazer mais e melhor com as novas tecnologias.

Veronica Orvalho

Fundadora da Didimo

A empreendedora e também professora na Universidade do Porto está atenta às oportunidades que o mundo digital traz, não tem dúvidas de que o conhecimento deve ser partilhado e que a educação é a maior arma para combater a pobreza. É por esse motivo que desenvolve a tecnologia, acreditando que os “didimos”, os humanos digitais, poderão contribuir para uma aproximação de culturas e conhecimentos e um maior desenvolvimento humano no mundo virtual.

Veronica Orvalho, 44 anos, é licenciada em engenharia de software pela Universidade de Belgrado, mestre em desenvolvimento de videojogos pela Universitat Pompeu Fabra e completou ainda o doutoramento em ciências da computação na Universidade da Catalunha.

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Bloco acusa Governo de “querer eleições antecipadas”, uma “tremenda irresponsabilidade”

Catarina Martins lamenta que "não haja vontade" política para "construir uma solução" para o Orçamento do Estado para 2022 e acusa o Governo de "irresponsabilidade" por "querer eleições antecipadas".

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) lamenta que “não haja vontade” política para “construir uma solução” para o Orçamento do Estado (OE) para 2022 e acusou o Governo de “tremenda irresponsabilidade” por “querer eleições antecipadas”.

A líder dos bloquistas reiterou que o BE demonstrou “disponibilidade” para negociar o OE para 2022, tendo chegado a apresentar “nove propostas básicas”, muitas das quais que o Partido Socialistas (PS) já tinha apresentado “em tempos”, pelo que lamenta que o Executivo tenha recusado chegar a um acordo.

O Governo disse que não a cada uma das propostas que o BE apresentou. Não consigo compreender qual é a estratégia do Governo a não ser querer eleições antecipadas, e eu acho isso de uma tremenda, de uma tremenda, irresponsabilidade”, disse a líder do BE em declarações transmitidas pelas televisões.

Nesse contexto, Catarina Martins lamentou que “não haja vontade” política “para construir uma solução” para viabilizar o OE para o próximo ano. “O BE fez um enorme trabalho de aproximação, abandonámos propostas que são nossas desde sempre em nome de podermos ter um entendimento”, sublinhou, reiterando que, na sua visão, a falta de entendimento não se deveu a “falta de vontade” dos bloquistas.

Além disso, a bloquista acusou ainda o Governo de ter votado “as leis estruturais quase todas ao lado da direita” e depois vir “negociar orçamento à esquerda que não cumpre“. Um dos exemplos dados por Catarina Martins foi o estatuto dos cuidadores informais, que “não sai do papel”. “Queremos soluções para que a política seja a sério e não um jogo”, apontou a líder do BE.

Os partidos com assento parlamentar votam na quarta-feira a proposta do Orçamento de Estado para 2022 (OE2022) na generalidade. O documento está na iminência de ser chumbado, dado que o documento deverá contar apenas com os votos a favor do PS, abstenção do PAN e das deputadas não inscritas Cristina Rodrigues e Joacine Katar Moreira e votos contra do PSD, CDS, PCP, PEV e Bloco de Esquerda. A confirmar-se, o Presidente da República já avisou que vai dissolver de imediato Assembleia da República e convocar eleições antecipadas.

(Notícia em atualizada pela última vez às 11h44)

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Exportações caíram 10% e importações afundaram quase 15% em 2020, o ano da pandemia

Pandemia diminui as exportações de bens em mais de 10% e as importações em quase 15% em 2020, de acordo com os dados finais do INE.

As exportações portuguesas de bens caíram 10,3%, para um total de 53,8 mil milhões de euros, enquanto as importações recuaram 14,8%, para um total de 68,1 mil milhões de euros, mostram os dados finais do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativos ao ano de 2020, fortemente marcado pela chegada da pandemia. O maior défice comercial manteve-se com Espanha e o maior excedente registou-se com a França.

No ano passado, as exportações de bens diminuíram 10,3% face a 2019, atingindo 53.757 milhões de euros. Por sua vez, as importações encolheram 14,8%, para 68.146 milhões de euros, refere o INE. Foram evoluções contrárias às observadas em 2019 (+3,5% nas exportações e +6% nas importações), que são “resultado da pandemia”, que arrancou no país no início de março.

Durante 2020, o domínio dos países Intra-UE nas transações de bens de Portugal com o exterior aumentou para 71,4% nas exportações (+0,7 pontos percentuais face a 2019) e 74,7% nas importações (+0,9 pontos percentuais). Excluindo os combustíveis e lubrificantes, as exportações decresceram 8,9% e as importações diminuíram 12,3% (+4,4% e +6,8%, respetivamente em 2019).

Evolução da taxa de variação anual das exportações e importações, 2011-2020.Fonte: INE

Ainda no mesmo período, a balança comercial de bens registou uma diminuição do défice de 5.686 milhões de euros, atingindo um saldo negativo de 14.388 milhões de euros, refere o INE. Esta evolução favorável, contrariando o observado nos quatro anos anteriores, deveu-se sobretudo ao comércio Intra-UE, que registou um decréscimo do défice de 4.105 milhões de euros, enquanto no comércio Extra-UE o défice diminuiu 1.581 milhões de euros.

Excluindo os combustíveis e lubrificantes, o saldo comercial totalizou -10.936 milhões de euros no ano passado, representando um decréscimo do défice em 3.699 milhões de euros relativamente a 2019.

Espanha, França e Alemanha continuaram a ser os principais clientes e fornecedores externos de bens a Portugal, concentrando conjuntamente mais de metade das exportações, referem os dados do INE. Espanha manteve-se como principal parceiro (peso de 25,4% nas exportações e 32,4%), mas o défice comercial das transações com o país vizinho diminuiu 1.142 milhões de euros.

Em simultâneo, as transações com Espanha, Alemanha e China continuaram a apresentar os principais saldos deficitários. O maior excedente verificou-se nas trocas com a França, que registaram o maior aumento do saldo na globalidade dos países parceiros (+2.319 milhões de euros). Os segundo e terceiro maiores excedentes ocorreram nas transações com os Estados Unidos e o Reino Unido.

No que diz respeito aos bens transacionados, as máquinas e aparelhos continuaram a ser o segundo grupo mais exportado e o principal grupo de produtos nas importações, mantendo-se os veículos e outro material de transporte como principal grupo exportado e segundo nas importações. O maior défice comercial continuou a registar-se nas máquinas e aparelhos, enquanto o maior excedente foi nas transações de minerais e minérios.

Importações de produtos relacionados com a Covid dispararam 17%

Analisando os produtos relacionados com a pandemia (excluindo as vacinas), verifica-se que, em 2020, as importações destes produtos no seu conjunto aumentaram 17% (+725 milhões de euros) para um total de 4.977 milhões de euros, refere o INE.

O grupo dos “Equipamentos de proteção” observou o maior aumento das importações (+402 milhões de euros, correspondente a +63,8%), sobretudo devido à importação de máscaras provenientes da China. Seguiu-se o acréscimo das importações de “Produtos químicos/Testes” (+12,2%, +293 milhões de euros), sobretudo devido a medicamentos incluindo os usados no tratamento da Covid e a reagentes de diagnóstico.

Importações de produtos relacionados com a Covid, 2019-2020.INE

As importações de “Aparelhos/Instrumentos médicos” registaram um aumento de 2,4% (+29 milhões de euros) face a 2019, sendo que, neste grupo, o INE destaca o acréscimo nas importações de Aparelhos de ozonoterapia, de oxigenoterapia, de aerossolterapia, aparelhos respiratórios de reanimação e outros aparelhos de terapia respiratória provenientes sobretudo da China.

Analisando o período acumulado de janeiro a agosto de 2021, observa-se que as importações de produtos relacionados com a pandemia diminuíram 2,9% (-97 milhões de euros) face ao mesmo período do ano passado. Esta evolução resultou da diminuição das importações de “Equipamentos de proteção” (-24,5%, -178 milhões de euros), com destaque nas importações de máscaras da China.

(Notícia atualizada às 11h49 com mais informação)

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Após verbas esgotadas, AHRESP pede “reforço significativo” do programa Adaptar Turismo

Após duas dotações de verbas esgotadas em dois dias, a associação que representa a restauração e a hotelaria pede um "reforço significativo" do programa Adaptar Turismo.

As candidaturas ao programa Adaptar Turismo arrancaram na semana passada, a 21 de outubro. No dia seguinte, a dotação orçamental tinha sido atingida. Após um reforço desta dotação em cinco milhões de euros, bastou novamente mais um dia para as verbas acabarem. Agora, a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) pede ao Governo um “reforço significativo” deste programa, alertando para os “múltiplos empresários” que “não conseguiram submeter a sua candidatura”.

A 21 de outubro, as micro, pequenas e médias empresas do setor do turismo puderam candidatar-se aos apoios a fundo perdido – até um máximo de 20 mil euros – que o Adaptar Turismo disponibilizou para o setor, numa dotação total de cinco milhões de euros. Contudo, no dia seguinte essa dotação tinha sido esgotada, levando o Governo a reforçar em mais cinco milhões de euros o programa.

Mas, mais uma vez, em poucas horas essa verba foi esgotada e as candidaturas encerradas, refere a AHRESP num comunicado divulgado esta terça-feira, notando a “elevada procura” por parte das empresas do setor e uma “manifesta insuficiência dos fundos alocados a este programa”.

“Devido a várias dificuldades no acesso à plataforma nos meros dois dias em que o programa esteve aberto, múltiplos empresários não conseguiram submeter a sua candidatura”, diz a associação, sublinhando que, por isso, é “absolutamente essencial que a dotação do programa seja rapidamente reforçada de forma significativa”, de forma a responder às necessidades do setor.

A AHRESP afirma que “a elevada procura pelo programa Adaptar Turismo demonstra a resiliência e determinação da atividade turística, bem como a propensão para o investimento, numa tentativa de melhorar a competitividade das empresas”.

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Moderna disponibiliza até 110 milhões de doses de vacinas da Covid a África

  • Lusa
  • 26 Outubro 2021

A Moderna deverá entregar as primeiras 15 milhões de doses até ao final deste ano, 35 milhões no primeiro trimestre de 2022 e até 60 milhões no segundo trimestre ao preço mais baixo que pratica.

A Moderna vai disponibilizar aos países africanos até 110 milhões de doses da sua vacina contra a Covid-19 ao preço mais baixo, anunciou esta terça-feira a farmacêutica.

A empresa diz que está preparada para entregar as primeiras 15 milhões de doses até ao final deste ano, com 35 milhões no primeiro trimestre de 2022 e até 60 milhões no segundo trimestre “ao preço mais baixo” que a Moderna pratica.

A empresa refere que este é “o primeiro passo” na sua parceria a longo prazo com a União Africana.

África, com 1,3 mil milhões de pessoas, continua a ser a região menos vacinada do mundo contra a Covid-19, com pouco mais de 5% totalmente vacinados.

A Moderna acrescenta que este acordo é separado do compromisso que tem com o projeto global Covax para fornecer até 500 milhões de doses desde final deste ano até 2022. A Covax é uma iniciativa que visa fornecer doses a países de rendimento baixo e médio.

África regista quase 217 mil mortes devido à Covid-19 e 8,46 milhões de infetados com o novo coronavírus.

A Covid-19 provocou pelo menos 4.945.746 mortes em todo o mundo, entre mais de 243,56 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.

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Grupo europeu Isagri compra portuguesa CentralGest

  • Lusa
  • 26 Outubro 2021

Com esta aliança, os agricultores passam a ter “um produto que gere a sua contabilidade, que emite a faturação, a parte dos ativos”, ou seja, que junta “a parte administrativa e a gestão agrícola".

O grupo europeu Isagri adquiriu a CentralGest, o que permitirá ter “uma solução completamente integrada” para o setor agrícola em Portugal, disse esta terça-feira à agência Lusa o diretor da empresa da Mealhada, Tiago Carreira.

“Com este negócio, vamos liderar o setor agrícola em Portugal, com uma solução completamente integrada que inclui a gestão e a parte agrícola”, avançou Tiago Carreira, acrescentando que o objetivo é também serem “líderes em Portugal no setor da contabilidade”.

Os agricultores passam assim a ter “um produto que gere a sua contabilidade, que emite a sua faturação, a parte dos ativos”, ou seja, que junta “a parte administrativa e de gestão com a parte agrícola”, frisou.

O grupo Isagri é o principal editor europeu de software para a agricultura, para o setor dos gabinetes de contabilidade e seus clientes, enquanto a CentralGest é uma editora portuguesa de software de gestão para a área contabilística e empresas.

“A partir do próximo ano, em junho, as duas empresas serão fundidas numa só”, avançou Tiago Carreira.

O responsável explicou que este passa a ser “o único negócio em Portugal que verdadeiramente está integrado entre um sistema de gestão administrativo puro (CentralGest) e toda a parte agrícola, que é o que a Isagri tem, porque é líder europeu na área agrícola”.

“Mais nenhum outro software em Portugal consegue esta integração tão grande. Existem algumas integrações mas só especificamente de um produto. A ideia com este negócio é que a Isagri passe a ser líder nacional”, acrescentou.

Segundo Tiago Carreira, a Isagri Luso já tem 650 clientes e a CentralGest “acrescenta cerca de 5.500 clientes novos ao grupo Isagri”.

A CentralGest é uma empresa com 50 colaboradores e temos uma das soluções mais evoluídas, se não a mais evoluída, para os gabinetes de contabilidade. Temos mais de mil gabinetes de contabilidade a trabalhar connosco, de muito grande dimensão, e estes têm clientes que podem ser clientes em potencial para a Isagri”, frisou.

Sem querer referir valores, Tiago Carreira referiu que este negócio envolveu um “investimento relevante”.

Vamos passar a ter 2,5 milhões de euros de negócios. A CentralGest tem dois milhões, a Isagri Luso tem meio milhão, mas a perspetiva é de crescimento muito rápido”, avançou.

O responsável contou que “o crescimento da CentralGest é sempre de dois dígitos para cima, mais de 20%”, até no ano passado, apesar da pandemia.

“Vamos expandir-nos brutalmente na área de software para empresas, porque aumenta-nos a notoriedade, e também na área de gabinetes de contabilidade, porque vamos estar integrados com uma empresa que é um dos líderes no setor em França”, acrescentou.

Na área agrícola, é esperada uma liderança incontestável, porque “a Isagri já tem uma posição muito boa em Portugal, mas passa a ser a única solução com integração total em várias áreas de negócio na área agrícola e não só num”.

Segundo Tiago Carreira, “o que existiam eram integrações feitas pontualmente numa área agrícola”, como, por exemplo, os vinhos.

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Eurostat alerta para “volatilidade extrema” nos preços dos combustíveis na UE

"Os preços dos combustíveis e lubrificantes para transporte pessoal na UE têm sido extremamente voláteis, com taxas de inflação anuais que variam entre  -20% e +20%", aponta o Eurostat.

Numa altura em que a subida das cotações do petróleo e derivados nos mercados internacionais está resultar em aumentos expressivos nos preços de combustíveis, ameaçando a retoma económica em vários setores, o Eurostat alertou esta terça-feira para um cenário de “volatilidade extrema” dos preços dos combustíveis rodoviários e lubrificantes na União Europeia (UE).

Nos últimos 20 anos, “os preços dos combustíveis e lubrificantes para transporte pessoal na UE têm sido extremamente voláteis, com taxas de inflação anuais que variam entre -20% e +20%”, indica o gabinete de estatísticas.

Neste contexto, o Eurostat sinaliza que esta volatilidade tem sido cada vez mais pronunciada nos últimos meses, com a taxa de variação anual a disparar de uma queda de 20% em maio de 2020, na sequência dos lockdowns provocados pela pandemia de Covid-19, para uma subida de 23% em setembro de 2021.

Em setembro de 2021, o Luxemburgo registou a maior taxa de variação anual entre os países da UE (+30,7%) no preço dos combustíveis e lubrificantes, seguido pela Roménia (+29,3%) e pela Eslovénia (+28,7%). Quanto a Portugal, está na 19.ª posição, com a taxa de variação a registar um aumento de 19,5% no preço dos combustíveis e lubrificantes.

Taxa de variação anual do preço dos combustíveis e lubrificantes em setembro de 2021Fonte: Eurostat

A taxa de variação anual do preço dos combustíveis e lubrificantes em território nacional está, assim, abaixo da média dos países do bloco comunitário (+22,9%), bem como de países como a Alemanha (+28,2%) e Espanha (+22,5%).

De recordar que, perante a subida do preço dos combustíveis, o governo português anunciou novas medidas. Assim, a partir de novembro o Executivo vai devolver aos portugueses 10 cêntimos por litro de combustível, até um máximo de 50 litros por mês, através do IVAucher. A medida vai vigorar até março de 2022 e é tomada depois de o Governo ter decidido decidiu devolver a receita extraordinária que o Estado está a receber em IVA sobre o ISP.

Em contrapartida, as taxas de inflação anuais mais baixas na UE foram registadas na Irlanda (+15%), seguidas por Itália (+17,5%) e pela Finlândia (+17,8%).

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CEO da Blackrock vê petróleo a custar 100 dólares o barril

Preço do "ouro negro" já esteve a cotar a 86 dólares nos mercados internacionais, em máximos desde 2018, mas há quem acredite que possa subir muito mais.

O preço do barril de petróleo tem estado em máximos, mas há quem acredite que a subida pode ir bastante mais longe. Atualmente, tanto o Brent como o WTI estão a cotar acima dos 80 dólares (o Brent já chegou mesmo a passar os 86), mas o CEO da Blackrock considera ser altamente provável que o preço chegue mesmo aos 100 dólares.

O barril de Brent, que serve de referência às importações nacionais, está atualmente a desvalorizar 0,28%, para 84,93 dólares, enquanto o WTI, negociado em Nova Iorque, recua 0,5%, para 83,34 dólares. Apesar destas descidas ligeiras, o “ouro negro” tem estado a subir, cotando em máximos de 2018.

Mas as subidas poderão não ficar por aqui. Larry Fink, o presidente executivo da maior gestora de ativos do mundo e um dos nomes mais influentes nos mercados, disse esta terça-feira, durante uma conferência na Arábia Saudita, que o preço da matéria-prima tem uma alta probabilidade de alcançar os 100 dólares por barril.

De recordar que, há dias, Vladimir Putin também admitiu esta escalada de preços. “É bem possível”, disse o presidente russo a 13 de outubro, durante uma sessão na Semana da Energia da Rússia, referindo-se ao petróleo a valer 100 dólares o barril. E explicou que o país e os parceiros na OPEP+ “estão a fazer tudo o que é possível para estabilizar totalmente o mercado de petróleo”.

Esta terça-feira, durante a conferência Future Investment Initiative, o CEO da Blackrock aproveitou para pedir mais colaboração entre o setor público e o setor privado para enfrentar os problemas mundiais, como as mudanças climáticas. “Ao juntar os setores público e privado, grandes mudanças globais podem ser feitas”, disse Larry Fink, citado pelo Alarabiya News.

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Congelar renda ou subir até 10% a troco de um contrato longo. Espanha apresenta nova Lei do Arrendamento

Governo espanhol vai apresentar hoje a nova Lei do Arrendamento, com uma série de medidas pensadas para proprietários e inquilinos. Isto é o que já se sabe.

O Governo espanhol vai apresentar esta terça-feira — com mais de um ano de atraso — o projeto da nova Lei do Arrendamento, diz o jornal Expansión. Deste documento fazem parte uma série de medidas pensadas tanto para senhorios como para inquilinos. Embora ainda não tenha sido apresentado oficialmente, algumas já são conhecidas.

A principal novidade mais parece uma espécie de “doce ou travessura” para os senhorios, tendo em conta que está próximo o Halloween. Empresas com mais de dez imóveis terão de estender o contrato de arrendamento por mais três anos ou assinar um novo. Contudo, ao assinarem um novo, devem fazê-lo com uma renda controlada — congelam ou baixam o valor.

Para os restantes proprietários, há também duas opções: estender o contrato por mais três anos, congelando as rendas, ou assinar um novo mais longo. Nesta segunda hipótese, a renda pode subir 10% caso se verifiquem uma destas condições: contrato com duração de dez ou mais anos; obras de melhoria na casa; reabilitação energética que permita poupar 30% no consumo de energia ou obras para melhorar os acessos à habitação.

A nova Lei do Arrendamento prevê que haja um controlo das rendas, sem que chame a isso efetivamente um controlo. Isto é, nas zonas de pressão urbanística, o inquilino pode ver o contrato estendido por mais três anos, sem haver alteração da renda. Atualmente, os contratos têm a duração de cinco anos (sete anos se o proprietário for uma empresa), mas poderão ser estendidos por mais três anos se ambos concordarem.

Além dos 30% de novos empreendimentos habitacionais que terão de ser destinados a habitação social, o documento prevê que os promotores imobiliários indemnizem os clientes ou seguradoras em caso de atraso nas obras.

Outra das medidas previstas na nova Lei do Arrendamento diz respeito às deduções. Atualmente, os proprietários podem deduzir 60% do lucro líquido auferido do imposto de renda pelo arrendamento de um imóvel para primeira habitação. Mas a proposta do Governo prevê um corte nessa dedução para menos de 50%, podendo haver aumentos em alguns casos.

Em Espanha, as autarquias poderão penalizar em até 150% os imóveis devolutos para uso residencial, diz o Expansión. Qualquer proprietário que ficar com a casa vazia por dois anos e possuir mais de quatro casas pode sofrer essa sobretaxa (que já existia, mas que era apenas de 50%).

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Solvência II: UE quer flexibilizar medidas para seguradoras

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  • 26 Outubro 2021

A União Europeia quer baixar os requisitos da Solvência II para as seguradoras. O objetivo é liberar recursos para fornecer mais seguros às empresas e aumentar a atividade económica.

A Solvência II é uma diretiva da União Europeia, em vigor desde 2016, que visa manter a estabilidade do sistema financeiro, mas, para isso, obriga as seguradoras a aumentarem o seu capital de forma a garantir que, a todo o momento, estejam resguardadas contra qualquer risco frente às apólices emitidas.

Apesar de ajudar na estabilidade, o requisito de aumento de capital para as seguradoras constitui uma limitação, uma vez que retira recursos do mercado. Assim, para ajudar a combater isso, Bruxelas está a elaborar um plano que visa flexibilizar alguns dos requisitos da Solvência II e facilitar às seguradoras a emissão de mais garantias.

Com a flexibilização dos requisitos de capital, as seguradoras poderiam emitir mais apólices com prémios previsivelmente mais baixos para os seus clientes. Isto ajudaria a atividade empresarial, incluindo a participação em mais concursos, com a finalidade de evitar uma possível estagnação da economia da UE.

Neste âmbito, os seguros de caução destacam-se dentro das opções disponíveis, já que não comprometem recursos financeiros e oferecem às empresas a possibilidade de participarem em mais concursos, o que possibilita o aumento do seu volume de negócios.

A longo prazo, as mudanças planeadas pela UE, com implementação gradual, libertariam cerca de 120 mil milhões de euros para dois objetivos principais: assegurar que a Europa lidere o caminho em direção a uma economia mais verde e que os seus mercados se recuperem o mais rápido possível da Covid-19.

Nesse sentido, os fundos europeus Next Generation vão disponibilizar 30 mil milhões de euros a Portugal, precisamente para serem investidos nas áreas de infraestruturas e transição energética. As empresas que queiram aproveitar esta oportunidade devem contar com um broker internacional de confiança para as ajudar no processo.

A Sammy Free, sendo um broker wholesale que atua em 27 países do EEE e focada unicamente no ramo dos seguros de caução para empresas, está apta para ajudar as companhias interessadas e garantir a sua participação num número maior de concursos, cumprindo os prazos estabelecidos.

Ao substituir garantias bancárias por seguros de caução, a Sammy Free pode auxiliar as empresas a reduzir o seu risco bancário, a aumentar a sua tesouraria, e, consequentemente, a incrementar a sua solvência.

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Nas notícias lá fora: “Chips”, Economist e rendas em Espanha

  • ECO
  • 26 Outubro 2021

Fabricantes automóveis não podem depender tanto dos "chips" asiáticos. Revista Economist põe capa à venda na internet. Governo espanhol prepara nova Lei do Arrendamento.

O presidente da Associação Europeia de Construtores Automóveis (ACEA) defende que as fabricantes devem tomar medidas para não estarem tão dependentes do mercado asiático, prevenindo uma nova crise de falta de chips. Em Espanha, o Governo vai dar a conhecer aos cidadãos a nova Lei do Arrendamento — e já se conhecem alguns pormenores. Estas e outras notícias estão a marcar a atualidade internacional esta terça-feira.

Reuters

Larry Fink vê petróleo chegar aos 100 dólares por barril

Larry Fink, o presidente executivo da maior gestora de ativos do mundo (a Blackrock), acredita que existe uma grande probabilidade de o preço do petróleo chegar aos 100 dólares por barril. Estas declarações foram feitas durante a conferência Future Investment Initiative, que decorreu esta terça-feira na Arábia Saudita, onde o responsável aproveitou para pedir mais colaboração entre os setores público e privado para enfrentar os desafios globais, como as mudanças climáticas. O barril de petróleo está em máximos de 2018 e a cotação recente superou os 86 dólares.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso pago, conteúdo em inglês).

Financial Times

Setor automóvel arrisca nova crise de chips no futuro

As fabricantes europeias de automóveis devem reduzir a sua dependência do mercado asiático no que toca à produção de semicondutores. Caso contrário, arriscam enfrentar uma nova crise como aquela que está a levar ao encerramento de fábricas de automóveis em todo o continente, avisa o presidente da Associação Europeia de Construtores Automóveis (ACEA) numa carta endereçada à Comissão Europeia. “Esta crise sem precedentes revela o quão inesperadamente vulnerável é a cadeia de fornecimento de semicondutores atual e como é urgente minimizar a nossa dependência dos mercados estrangeiros, especialmente da Ásia, para esses componentes vitais”, disse Oliver Zipse, que também é CEO da BMW.

Leia a notícia completa no Financial Times (acesso pago/conteúdo em inglês).

The Economist

Revista The Economist vende a própria capa num NFT

Quando um jornal é notícia, alguma coisa se passa. É o caso da britânica The Economist. A revista está a tentar vender a capa de uma edição recente para pôr à prova a tecnologia NFT. A capa é dedicada, precisamente, a essa inovação do universo dos criptoativos e a revista espera doar a receita a uma fundação do setor da educação. A tecnologia NFT permite gerar “escassez” digital, o que não era possível até há bem pouco tempo. Por volta das 8h50 desta terça-feira, a capa estava avaliada em 10 ETH, uma criptomoeda, o que equivale a mais de 42 mil euros. Mas o preço deverá continuar a subir.

Leia a notícia completa na The Economist (acesso pago/conteúdo em inglês).

Expansión

Governo espanhol apresenta hoje Lei do Arrendamento

O Governo espanhol vai dar a conhecer aos cidadãos esta terça-feira a nova Lei do Arrendamento — com mais de um ano de atraso –, que deverá incluir uma série de medidas pensadas para o setor. Entre as principais decisões que foram tomadas estão duas condições impostas aos proprietários: congelar o valor das rendas por três anos ou aumentar as rendas até 10%, mas assinando um novo contrato de arrendamento com a duração de dez anos, ou realizando obras no imóvel. Já para as empresas com mais de dez imóveis, será exigido que congelem ou baixem mesmo o valor das rendas nas zonas de maior pressão.

Leia a notícia completa no Expansión (acesso pago/conteúdo em espanhol).

Reuters

EUA muda regras nas viagens para vacinados

O presidente dos EUA assinou uma ordem executiva que impõe novas regras para as viagens internacionais para a China, Índia e grande parte da Europa a partir de 8 de novembro. Com esta atualização, todos os viajante que tenham a vacinação completa contra a Covid-19 vão poder viajar para território norte-americano sem qualquer restrição, desde que tenham recebido uma das vacinas aprovadas pela Organização Mundial da Saúde. “É do interesse dos Estados Unidos acabar com as restrições ‘país a país’ aplicadas durante a pandemia e adotar uma política de viagens aéreas que se baseie principalmente na vacinação, para avançar na retoma segura das viagens aéreas internacionais para os EUA”, sublinhou Joe Biden.

Leia a notícia completa na Reuters (acesso condicionado/conteúdo em inglês).

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Só um país cumpre as metas do Acordo de Paris

  • Lusa
  • 26 Outubro 2021

Somente um país, a Gâmbia, cumpre o acordo de Paris sobre redução de emissões. A União Europeia, analisada em bloco, encontra-se na "lista laranja".

A poucos dias da cimeira do clima de Glasgow, onde é esperado que os países anunciem cortes nas emissões de gases com efeito de estufa, apenas um, a Gâmbia, cumpre o acordo de Paris sobre redução de emissões.

De acordo com estimativas independentes e científicas, referentes a este mês, das organizações que elaboram o índice Climate Action Tracker (CAT), só o pequeno país africano está no caminho de cumprir as metas definidas no Acordo de Paris, alcançado em 2015, para evitar um aquecimento do planeta superior a 1,5 graus celsius (ºC) acima dos valores da era pré-industrial.

Há dois anos a Gâmbia já estava na linha da frente da luta contra as alterações climáticas, a par de Marrocos, que está agora no grupo de países com metas quase suficientes para cumprir o acordo de Paris, a par da Costa Rica, Etiópia, Quénia, Nepal, Nigéria e Reino Unido.

A União Europeia – na escala de cores do CAT em que a verde aparece apenas a Gâmbia e os “quase lá” estão a amarelo – aparece no grupo dos países cor de laranja, com metas insuficientes e no mesmo grupo de países como o Chile, o Japão, o Peru, a África do Sul ou os Estados Unidos, entre outros. Os Estados Unidos estavam há dois anos na lista negra, que representa os piores países do mundo em termos de metas para evitar um aquecimento global que os cientistas consideram catastrófico para a humanidade.

O CAT é produzido por duas organizações, a Climate Analytics e o New Climate Institute, e rastreia as promessas e políticas climáticas de 37 países/regiões, cobrindo cerca de 80% das emissões globais de gases com efeito de estufa.

O Acordo de Paris, assinado por praticamente todos os países do mundo em 12 de dezembro de 2015, pretende ser um plano de ação, assente em compromissos concretos dos países, para limitar o aquecimento global a menos de 2ºC, de preferência menos de 1,5ºC, acima dos valores médios da era pré-industrial.

Segundo o CAT, as medidas da União Europeia são insuficientes, permitem um aumento de temperatura que ultrapassa os 2ºC, mas ainda assim o bloco está no bom caminho.

A vermelho, com medidas altamente insuficientes, estão 15 países, entre eles grandes economias e grandes emissores de gases com efeito de estufa, como a Argentina, Austrália, Brasil, Canada, China, Índia, Indonésia, México ou Ucrânia estão neste grupo, cujos compromissos de redução de emissões resultam num aumento do aquecimento global que ultrapassa os 3ºC.

Em situação crítica, na lista negra do CAT, estão seis países, praticamente sem medidas para conter as emissões de gases com efeito de estufa. A Federação Russa, a Arábia Saudita, o Irão, Singapura, Tailândia e Turquia estão neste grupo, e pelas suas políticas diz o CAT que a temperatura global aumentaria 4ºC.

O CAT foi atualizado há menos de duas semanas, mas a Climate Analytics e o New Climate Institute dizem que desde maio, quando foi feita a ultima atualização, quase nada mudou em relação às promessas de redução de emissões de gases com efeito de estufa. Desde novembro do ano passado um reduzido número de países concluiu as suas propostas de redução de emissões para 2030.

Por isso as duas organizações consideram ser “absolutamente necessário” que mais governos aumentem as chamadas “contribuições nacionalmente determinadas” (NDC na sigla original) de redução de gases com efeito de estufa. “Há demasiados, especialmente entre os grandes emissores e países desenvolvidos, que ainda não o fizeram. Cerca de 70 países não atualizaram de todo as suas NDC”, segundo a organização.

O esquema de classificação do CAT foi alterado e tornado mais abrangente, juntando as políticas, a ação e as metas de cada país/região, classificando agora 37 países/regiões, mais quatro do que anteriormente: Nigéria, Irão, Tailândia e Colômbia.

Dos 37, apenas a Gâmbia tem uma ação climática global compatível com o Acordo de Paris, em sete píses a ação climática global é quase suficiente, o que significa que ainda não são compatíveis com o limite de 1,5ºC, mas podem alcançar esse patamar com pequenas melhorias, e os restantes três quartos dos países analisados têm “lacunas significativas” na ação climática. Portugal não é analisado individualmente, apenas a União Europeia em bloco.

No CAT a União Europeia deu “grandes passos” na mitigação das alterações climáticas em 2020, como o chamado “Green Deal”, ou a aprovação já este ano da Lei Europeia do Clima.

No entanto, a ação climática da União Europeia, segundo as organizações que compilam o índice, ainda pode melhorar, “especialmente em torno da aceleração da eliminação gradual do carvão, aumentando o financiamento da ação climática no estrangeiro, e indo além do atual objetivo de redução das emissões” de gases com efeito de estufa em 55% até 2030.

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