Cerca de 67.500 espetadores vão poder assistir ao MotoGP em Portimão em novembro

  • Lusa
  • 31 Agosto 2021

Em novembro, embora a lotação seja de 100%, vai ser reduzida para 75% por precaução contra o risco de infeção com a Covid-19, alertou o administrador do Autódromo Internacional do Algarve.

Cerca de 67.500 pessoas poderão assistir finalmente ao vivo ao Grande Prémio de MotoGP no Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em Portimão, entre 05 e 07 de novembro, foi anunciado esta terça-feira.

Na apresentação do evento em Portimão, o administrador do AIA revelou que em novembro a lotação dos eventos deverá estar nos “100%”, mas por “precaução”, a organização irá disponibilizar apenas “75% dos lugares”, o que se traduz em cerca de 67.500 espetadores, cumprindo as regras sanitárias em vigor.

Esta é a terceira vez que o Moto GP marca presença no circuito algarvio num espaço de um ano, mas a primeira em que o público poderá assistir a “uma das últimas provas” do lendário Valentino Rossi e ver o piloto português Miguel Oliveira (KTM), “a lutar por uma vitória”. Algo que Paulo Pinheiro classificou com “único”.

Para o responsável, esta prova é o reconhecimento de uma “longa caminhada” do projeto que possibilita a realização de três provas do MotoGP e duas de Fórmula 1 “no espaço de 12 meses”, às quais se soma quase uma dezena de outros eventos.

epa08616070 Portuguese MotoGP rider Miguel Oliveira of Red Bull KTM Tech 3 in action during first training session of the Motorcycling Grand Prix of Styria at the Red Bull Ring in Spielberg, Austria, 21 August 2020. EPA/CHRISTIAN BRUNAEPA/CHRISTIAN BRUNA

Presente na apresentação, o piloto Miguel Oliveira recordou a primeira corrida oficial no Algarve, em novembro de 2020, que acabou por vencer, e revelou a “felicidade” que sentiu quando soube que o MotoGP iria regressar em abril deste ano, mas será ainda melhor agora com público.

Faltava esse ingrediente especial que tanto os pilotos e toda a organização gostam de ter que é o calor dos fãs”, assumiu, algo que irá acontecer na prova em novembro. Na componente competitiva mostrou a esperança que seja “mais risonha” que a prova de abril e espera um “grande resultado”. Questionado sobre o segredo de correr naquela que é apelidada de montanha-russa algarvia, o piloto português presente no Mundial de MotoGP avançou que é “desfrutar dela” para que se possa “apreciar” uma volta a 300 quilómetros hora”.

A presidente da Câmara de Portimão, Isilda Gomes, também presente na apresentação, realçou os “40 milhões de euros de retorno” previstos para a região com esta prova. Isilda Gomes revelou que muitos hoteleiros estão a ponderar “não fechar os hotéis” no mês de outubro, procurando mantê-los abertos “até novembro”. A responsável mostrou-se satisfeita por “finalmente” haver uma prova com o nome “Algarve”, que vem “dar força” à ideia de que esta é uma “verdadeira região”.

Já para o presidente da Região de Turismo do Algarve (RTA), João Fernandes, esta é uma prova “importantíssima para o Algarve” com a capacidade que tem para “atrair público” para a região na época baixa, somada à possibilidade de “promover a imagem do Algarve a nível internacional”.

Segundo a organização, uma das novidades desta corrida é a montagem de uma bancada num dos locais mais marcantes do circuito, junto à curva Craig Jones. Como complemento ao espetáculo das motos a rolarem a alta velocidade, o AIA tem também agendadas outras iniciativas de entretenimento do público, entre as quais atividades em pista e demonstrações aéreas.

O Autódromo Internacional do Algarve vai voltar a receber uma etapa do Mundial de MotoGP, em 07 de novembro, após o cancelamento da etapa australiana. O circuito algarvio, que acolheu o Grande Prémio de Portugal, em 18 de abril, na terceira etapa do campeonato do mundo de motociclismo de velocidade, vai acolher a 17.ª prova do ano. Esta vai ser a terceira vez que a categoria ‘rainha’ do motociclismo de velocidade passa pelo Autódromo Internacional do Algarve, depois da estreia em 2020, com a vitória de Miguel Oliveira.

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Gulbenkian tem 1,85 milhões para Cidadãos Ativ@s. Candidaturas abrem em setembro

ONG podem candidatar-se a quatro eixos do programa. Cada projeto poderá ser apoiado com um valor entre 20.000 e 75.000 euros, por um período máximo de 20 meses.

O programa Cidadãos Ativ@s, gerido pelas fundações Gulbenkian e Bissaya Barreto, tem 1,85 milhões de euros disponíveis para apoiar ONG com iniciativas que visam o reforço da cidadania ativa e o empoderamento dos grupos mais vulneráveis. As candidaturas arrancam a 1 de setembro.

As ONG podem candidatar-se a quatro eixos — fortalecer a cultura democrática e a consciência cívica; apoiar e defender os direitos humanos; empoderar os grupos vulneráveis e reforçar a capacidade e sustentabilidade da sociedade civil –, sendo que, cada projeto apresentado poderá ser apoiado com um valor entre 20.000 e 75.000 euros, por um período máximo de 20 meses.

Estes quatro concursos surgem na sequência de outros, lançados em 2018, 2019 e 2020, que já permitiram apoiar um total 122 projetos com um valor global de 8,1 milhões de euros.

Amanhã, 1 de setembro, dia do arranque das candidaturas, os interessados podem, através de uma sessão de esclarecimento (presencial, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, ou online nas plataformas digitais), colocar questões à equipa do Programa Cidadãos Ativ@s.

“A sessão de esclarecimento é seguida de um workshop de casos práticos e preenchimento do formulário de candidatura (apenas presencial). O acesso à sessão online é feito no próprio dia e não exige pré-inscrição”, informa nota de imprensa.

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Saint-Gobain Sekurit propõe indemnização 50% acima da lei aos 130 trabalhadores despedidos

  • Lusa
  • 31 Agosto 2021

Embora ainda sem acordo, a fábrica de vidros para automóveis quer compensar os 130 trabalhadores que despediu com um valor "superior em 50% ao valor previsto na lei".

A Saint-Gobain Sekurit Portugal propõe indemnizar os 130 trabalhadores abrangidos pelo despedimento coletivo em curso com um valor “superior em 50% ao valor previsto na lei”, mas a primeira reunião de negociação terminou na segunda-feira sem acordo.

Em comunicado, a fabricante de vidros para automóveis de Santa Iria da Azoia – que no passado dia 24 anunciou a decisão de encerramento da atividade produtiva e o consequente despedimento coletivo dos 130 trabalhadores – considera tratar-se de uma “proposta justa e viável”.

Segundo acrescenta, “para além desta compensação monetária, a empresa comprometeu-se ainda a contratar uma empresa especializada em recolocações para apoiar os trabalhadores a encontrarem um novo emprego no mercado de trabalho, bem como a conseguir colocar alguns trabalhadores noutras empresas Saint-Gobain em Portugal”.

Contudo, avançou, “como é habitual nestes processos negociais, a reunião terminou sem qualquer acordo”, estando o próximo encontro marcado para 08 de setembro.

Na reunião de segunda-feira, que a Saint-Gobain Sekurit Portugal diz ter decorrido “num ambiente de total normalidade”, participaram (conforme previsto no Código do Trabalho em situações de despedimento coletivo) um representante da Direção-Geral do Emprego e Relações de Trabalho (DGERT) e representantes dos trabalhadores e da empresa.

“Os representantes da empresa expuseram as razões que levaram à cessação da atividade industrial em Portugal, devido aos prejuízos acumulados e à impossibilidade de reversão dos problemas estruturais da empresa”, refere a Saint-Gobain.

De seguida, diz, foram os representantes dos trabalhadores a “apresentar os seus argumentos”, após o que a Saint-Gobain Sekurit Portugal informou que “está disposta a oferecer aos trabalhadores da empresa uma compensação superior em 50% ao valor previsto na lei relativamente às indemnizações individuais”.

Segundo a empresa, “os problemas da Saint-Gobain Sekurit Portugal têm mais de uma década”, tendo a companhia sido “alvo de várias restruturações na tentativa de minimizar os gastos de estrutura e operacionais”.

“Até agora, tinha sido possível manter a empresa em laboração com a compreensão e o envolvimento dos trabalhadores e por via da constante capitalização da empresa por parte dos sócios. Porém, a pandemia de covid-19 agravou uma situação já de si frágil, aumentando substancialmente a retração do mercado automóvel (a empresa transforma vidro para os automóveis, sendo essa a sua única atividade), sem possibilidades de recuperação a curto, médio e longo prazo”, argumenta.

Os sindicatos da indústria vidreira já exigiram, contudo, a “intervenção do Governo” para “impedir” o despedimento coletivo, que consideram “inadmissível” e um “atentado”.

Manifestando a “mais firme oposição” à anunciada intenção da Saint-Gobain Sekurit de encerrar a produção de vidro automóvel em Portugal, as estruturas sindicais anunciaram que vão realizar plenários com os trabalhadores “para decidir as medidas a tomar” e solicitar reuniões, nomeadamente aos ministros da Economia e do Trabalho. “É preciso impedir o despedimento coletivo na Saint-Gobain Sekurit”, sustentam, considerando tratar-se de “um crime”.

Em Portugal o grupo Saint-Gobain emprega cerca de 800 colaboradores distribuídos por 11 empresas e oito fábricas, tendo um volume de faturação de 180 milhões de euros.

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Governo “atento à subida de preços” da luz no Mibel, mas sem alarmismos

Madrid já avisou que os recordes no Mibel podem fazer disparar faturas da luz até 25%. Em Portugal, o Governo "está atento" mas descarta aumentos e fala em "medidas em benefício dos consumidores".

A alta de preços da eletricidade no mercado grossista ibérico (Mibel) está já a ter consequências económicas em Espanha e a atirar a taxa de inflação para os 3,3% em agosto, o valor mais elevado registado desde 2012. Com o preço por MWh a passar hoje os 130 euros, a ministra espanhola da Transição Ecológica, Teresa Ribera, foi ao Parlamento avisar que a fatura da eletricidade pode disparar 25% este ano: dos 512 euros em 2020 para 644 euros em 2021, em termos médios anuais.

Por cá, o Governo diz-se “atento à subida de preços”, mas parece estar mais descansado e confiante de que os oito recordes de preços no Mibel em agosto não terão grande impacto na conta da luz dos portugueses este ano, nem em 2022. Isto depois de em junho ter admitido que os preços grossistas que se têm verificado no Mibel causam “apreensão, atendendo ao quadro macroeconómico de recuperação pós-pandemia”. Mas já nessa altura prometia potenciais reduções nos preços da luz por via de novas políticas que estão a ser implementadas.

Agora, em resposta ao ECO/Capital Verde, fonte oficial do Ministério do Ambiente e da Ação Climática (MAAC) lembrou que, ao contrário do que se verifica em Espanha, “as tarifas de eletricidade do mercado regulado português não estão indexadas diretamente ao preço horário do Mibel”.

Ou seja, apesar do mercado grossista e dos preços serem os mesmos, o aumento de 25% nas faturas da luz que Madrid prevê não se verificará do lado de cá da fronteira. Isto porque só a 15 de outubro, quando a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos revelar a sua proposta tarifária para o próximo ano se ficará a saber o verdadeiro impacto dos máximos históricos no Mibel no preço regulado da eletricidade em Portugal.

Já no mercado livre, onde está a maioria dos consumidores portugueses, o Governo destaca que “os comercializadores com as maiores carteiras de clientes não preveem alterar os seus preços até ao final do ano, dada a sua política de atualizações anuais de preço”. Com 74% dos clientes em mercado livre, a EDP decidiu “manter inalterados os preços para os clientes domésticos ao longo de 2021”. A Galp diz que até agora não refletiu o custo da energia nas ofertas.

Ainda assim, e para travar o impacto do Mibel, o Governo garante que “implementou e está a trabalhar num conjunto de medidas em benefício dos consumidores de eletricidade”. Destas, o MAAC destaca:

  • A “efetiva consignação das receitas arrecadadas da CESE, do ISP e da taxa de adicionamento de CO2 para redução da dívida tarifária do sistema elétrico nacional;
  • A transferência das receitas provenientes da venda de licenças de emissão de CO2 nos leilões CELE (Comércio Europeu de Licenças de Emissão de CO2), que irão ter um aumento significativo face às previsões iniciais, o que permitirá reduzir o sobrecusto das renováveis e as tarifas de acesso às redes;
  • Os leilões solares fotovoltaicos;
  • A revogação do incentivo ao investimento (componente remanescente do incentivo de garantia de potência);
  • A reversão do valor apurado por atuação indevida no mercado de serviços de sistema;
  • Revisão em baixa dos limiares das tarifas garantidas aplicáveis aos centros eletroprodutores eólicos, o que gerará uma poupança para os consumidores até 372 milhões de euros;
  • A reversão total das mais-valias líquidas obtidas com a alienação de imóveis afetos à concessão da Rede Nacional de Distribuição em alta tensão e média tensão;
  • As receitas dos leilões de Garantias de Origem;

“O Governo está atento à subida de preços, mas também está ciente que este comportamento no mercado grossista ibérico (e não só) tem um duplo efeito em Portugal que não se verifica em Espanha, nem no resto da Europa, no preço final pago pelas empresas e famílias: agrava a componente de energia, mas também alivia a componente de acesso às redes a qual, relembra-se, representa cerca de 60% do preço final da eletricidade antes de impostos”, sublinha fonte do MAAC.

Na prática, os atuais preços estratosféricos do Mibel vão de facto agravar a tarifa de Energia mas, por outro lado, o facto de Portugal ter muita produção de eletricidade “verde” e o sobrecusto pago pela Produção em Regime Especial (renováveis) acabam por ter um “efeito amortecedor” nas tarifas de acesso às redes e, por consequência, na tarifa final apurada pelo regulador.

"O Governo está atento à subida de preços, mas também está ciente que este comportamento no mercado grossista ibérico (e não só) tem um duplo efeito em Portugal que não se verifica em Espanha, nem no resto da Europa, no preço final pago pelas empresas e famílias.”

Ministério do Ambiente e da Ação Climática

“O efeito global no custo da energia elétrica só será quantificável aquando da definição, pela ERSE, das tarifas e preços para a energia elétrica em 2022, no final deste ano”, reforça o MAAC.

Em 2022, diz o Governo, as tarifas de acesso às redes irão ainda beneficiar da entrada em exploração das centrais solares resultantes do leilão de 2019 e lembra a entrada em vigor, a 1 de dezembro de 2020, da descida da taxa de IVA de 23% para 13% na componente do consumo. “Esta medida fiscal é permanente ao contrário das medidas implementadas em Espanha que são de natureza temporária (aplicáveis somente até ao final do ano) e em função do preço da eletricidade verificado no Mibel”, reforça fonte oficial do MAAC.

Em junho o Conselho de Ministros espanhol aprovou até ao fim de 2021 uma redução do IVA da luz para 10% para todos os consumidores com uma potência contratada de até 10 quilowatts (kW), desde que o preço médio mensal do mercado grossista seja superior a 45 euros/MWh.

Além das famílias, o Governo diz estar também a preparar um pacote de medidas para reduzir os custos da fatura de eletricidade dos consumidores industriais: um mecanismo de compensação dos custos indiretos de CO2; o estatuto dos consumidores eletrointensivos, que dará um tratamento específico e diferenciado no regime do autoconsumo; e o desenho de um produto específico, no seio do mercado de serviços de sistema, que abrange este tipo de consumidores.

Quanto ao facto de cada vez mais empresas estarem a apostar em contratos de longo prazo para se protegerem dos preços do Mibel, o Governo diz que “esta estratégia de atuação é expectável, considerando que estes consumidores, ao contrário dos domésticos, têm algum poder negocial junto dos comercializadores, o que lhes permite mitigar os efeitos decorrentes da normal volatilidade no mercado grossista através da contratação de instrumentos de cobertura de risco de preço da eletricidade que consomem”.

Tanto em Portugal como em Espanha, os governos descartam uma intervenção pública na fixação de preços máximos ou mínimos de qualquer tipo de energia no mercado. Em Madrid, Ribera disse mesmo que existe “uma proibição expressa” nas leis da União Europeia para fixar os preços nos mercados grossistas. Ainda assim, assegurou que Madrid dará “luta política” em Bruxelas para ter mecanismos que permitam baixar a fatura da luz aos consumidores, mesmo às custas dos lucros das empresas.

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Governo vai lançar três novos avisos para promover eficiência energética

Um primeiro aviso de 40 milhões será para os edifícios da Administração Pública central, outro para o autoconsumo em comunidades de energia renovável e o terceiro para serviços.

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, Matos Fernandes, anunciou esta terça-feira que o Governo vai lançar ainda este ano três novos avisos no âmbito do pacote de 610 milhões de euros para eficiência energética previstos no Plano de Recuperação e Resiliência.

Um primeiro aviso de 40 milhões para o apoio à renovação energética dos edifícios da Administração Pública central, outro para a instalação da capacidade em autoconsumo em comunidades de energia renovável e ainda um terceiro para edifícios de serviços, que terão uma taxa de comparticipação menor do que no segmento residencial.

A garantia foi deixada pelo ministro na apresentação formal do programa Vales Eficiência, que decorreu esta terça-feira, em Lisboa, no mesmo dia em que foram abertas as candidaturas para os beneficiários a receberem à cabeça um cheque do Governo para realizar obras em casa. Numa primeira fase este programa contará com 20 mil vales de 1.300 euros cada, aos quais acresce o valor do IVA.

Matos Fernandes frisou também que assim que se esgotem estes primeiros 20 mil vales, será lançado um novo aviso de mais 20 mil destinados a famílias carenciadas para continuar a combater a pobreza energética em Portugal. No total, o Governo tem 100 mil cheques destes para dar até 2025.

Fora isso, o ministro aproveitou para anunciar que o primeiro aviso do Programa Edifícios Mais Sustentáveis, lançado há dois meses e com cerca de 35 milhões de dotação (de um total de 300 milhões do PRR), conta já com 2.000 candidaturas aprovadas e 3,1 milhões e euros pagos.

“Sabemos bem que existem em Portugal situações de pobreza energética, muitas delas antigas e ligadas à falta de rendimentos das famílias. 30% do consumo de energia acontece nos edifícios e por isso é da maior importância investir na sua eficiência energética e criar condições para que as pessoas o façam. Os Vales Eficiência têm esse objetivo”, disse Matos Fernandes, sublinhando que “nunca antes o Governo pagou o investimento das famílias a 100% e à anteriori”.

“Estamos a dirigir-nos a famílias que não têm capacidade financeira para fazer a obras primeiro e receber o dinheiro depois“, como acontece no Programa Edifícios Mais Sustentáveis, disse. Aqui, as famílias estão a receber, em média, 1500 euros (sem IVA) pelo investimento em eficiência energética, enquanto os Vales Eficiência vão pagar 1300 euros, acrescidos do IVA.

“É o valor que entendemos como mais justo, mais certo, para que as mais de 700 mil famílias em situação de pobreza energética e que beneficiam da tarifa social de eletricidade possam concorrer e ter nas suas casas janelas mais eficientes, melhorar o isolamento das paredes e coberturas, ter equipamentos melhores para aquecer a casa e as águas sanitárias, instalar painéis solares”, e com isso baixar a conta da luz e melhorar o conforto térmico, disse o ministro.

Salientou ainda que os 1300 euros não serão entregues em dinheiro mas sim em “vales”, porque senão “seria impossível o controlo”. Esses cheques poderão ser usados junto de 62 fornecedores, sendo que as inscrições continuam abertas e a lista deverá aumentar para os 200 fornecedores no final de setembro, disse o ministro.

Anunciado pelo Governo a 6 de agosto, o Programa Vale Eficiência propõe-se sobretudo a combater a pobreza energética e melhorar o conforto térmico das habitações. A sessão de apresentação formal do programa “Vales de Eficiência Energética” decorreu no Bairro Fonsecas e Calçada, na Azinhaga dos Barros, cujos habitantes integram o público alvo de candidatos aos cheques de 1.300 euros. Com 335 habitações, cuja construção remonta a 1975, este foi o primeiro bairro de autoconstrução do pós 25 de abril, na capital, regularizado apenas em 2016.

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Crescimento da produção industrial abranda para 0,5% em julho

  • Lusa
  • 31 Agosto 2021

De acordo com os dados do INE, todos os grandes agrupamentos industriais apresentaram variações homólogas inferiores às observadas em junho, à exceção dos bens de investimento.

O índice de produção industrial aumentou 0,5% em julho, face ao período homólogo, abrandando em relação à subida de 10,8% registada em junho, indicou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

No caso de se excluir o agrupamento de energia, o índice de produção industrial registou uma subida de 0,8% no mês de julho, contra um aumento homólogo de 10,9% no mês anterior, lê-se num destaque do INE.

Este indicador registou um aumento homólogo de 0,5%, inferior em 10,3 pontos percentuais (p.p.) ao verificado em junho, explica o INE, justificando que, em termos homólogos, continua a ser afetado por “um efeito de base” uma vez que a comparação incide em meses de 2020 afetados pela pandemia de Covid-19, com “intensidades distintas”.

De acordo com os dados do INE, todos os grandes agrupamentos industriais apresentaram variações homólogas inferiores às observadas em junho, à exceção dos bens de investimento.

Os agrupamentos de bens intermédios e de bens de investimento contribuíram com 2,6 p.p. e 0,2 p.p., respetivamente, em resultado dos aumentos homólogos de 7,8% e 1,7%, contra a subida 16,6% e queda de 2,5% no mês de junho, pela mesma ordem.

Quanto aos agrupamentos de bens de consumo e de energia, apresentaram contributos negativos, de -2,1 p.p. e -0,2 p.p., pela mesma ordem, originados por quedas de 6% e 1%, contra aumentos, respetivos, de 9,8% e 13,7% no mês anterior.

Em termos mensais, o índice agregado de produção industrial aumentou 3,4% em julho, contra uma queda de 2,2% no mês de junho, segundo o INE.

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Fábrica de calçado Armando Silva vai encerrar e deixa sem emprego 60 pessoas

  • Lusa
  • 31 Agosto 2021

A fábrica decidiu fechar, depois de anos de dificuldades, agravadas pela pandemia. Sem vendas, a administração escolheu encerrar enquanto ainda tem dinheiro para pagar aos trabalhadores.

A fábrica Armando Silva, que há 75 anos vem produzindo calçado masculino de gama alta em São João da Madeira, vai encerrar até final do ano e dispensar cerca de 60 pessoas, revelou esta terça-feira o sindicato do setor.

Segundo Fernanda Moreira, dirigente da distrital de Aveiro do Sindicato Nacional dos Profissionais da Indústria e Comércio do Calçado, Malas e Afins, todos os funcionários da empresa estão devidamente informados sobre a situação e, no regresso das férias, deverão cumprir as últimas semanas de trabalho de acordo com a sua antiguidade contratual – o que, “em alguns casos, ainda representa 75 dias, porque há pessoas que estão há mais de 30 anos na fábrica”.

A mesma diretora sindical disse à Lusa que “em 2019 a situação já não estava fácil” para a firma e que a crise gerada pela pandemia de Covid-19 veio agravar-lhe os problemas e reduzir ainda mais a procura, pelo que, “sem encomendas”, a administração “decidiu encerrar em definitivo enquanto ainda tem dinheiro para pagar os direitos todos aos trabalhadores”.

“Este não é um daqueles casos em que a empresa diz que vai fechar para depois se reestruturar e aparecer com outro nome. Eles estão a fazer tudo dentro da lei e, pelo menos por enquanto, os trabalhadores até dispensaram a intervenção do sindicato”, realçou.

Quanto às futuras perspetivas laborais dos profissionais agora dispensados, a sindicalista acredita que essas vão depender da evolução regional da generalidade do setor.

Muitos destes trabalhadores não vão arranjar mais emprego porque já estão quase na idade da reforma, mas outros são muito bons cortadores, por exemplo, e, com sorte, devem ser chamados para outras fábricas”, explicou.

A Lusa já contactou a empresa Armando Silva S.A., mas a respetiva administração ainda não prestou esclarecimentos sobre o assunto. No seu site oficial, a firma informa que “foi fundada em 1946 por Armando Luís da Silva numa pequena oficina de calçado, com um sistema de produção artesanal e 12 trabalhadores”. Em 1968, quando a unidade se mudou para instalações maiores, já empregava quase 30 funcionários.

“Em 1975 transformou-se numa sociedade por quotas, com a entrada para a sociedade de mais um sócio, Manuel Adriano da Silva, adotando a denominação social Armando Silva, Lda.”, lê-se na mesma página. A empresa passou entretanto a sociedade anónima, fabricando atualmente as marcas Yucca, Gino Bianchi e Di Stilo, além da própria Armando Silva. Detém também o site de e-commerce Stepforward, exclusivo para artigos da sua própria produção.

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Madeira já está a preparar administração da terceira dose da vacina

  • Lusa
  • 31 Agosto 2021

A Madeira já está a preparar a administração da terceira dose da vacina contra a Covid-19.Miguel Albuquerque anunciou que não vai esperar pela decisão da DGS para adquirir mais vacinas.

A Madeira já está a preparar a administração da terceira dose da vacina contra a covid-19 sem aguardar pela decisão das autoridades nacionais, anunciou na segunda-feira o presidente do Governo Regional.

Vamos iniciar e preparar – não vamos ficar à espera que eles [autoridades nacionais de Saúde] demorem uma eternidade para decidir coisas que são óbvias – a terceira vacinação, sobretudo para os grupos de primeira linha, como Israel já está a fazer”, afirmou Miguel Albuquerque à margem da visita às obras de renovação do relvado sintético do campo de futebol de Câmara de Lobos.

O chefe do executivo madeirense, de coligação PSD/CDS, adiantou que a Madeira vai “começar já a tratar de adquirir vacinas para fazer a terceira vacinação” na região.

O Governo da Madeira tem autonomia para adotar algumas medidas nesta área, de que é exemplo a obrigatoriedade do uso de máscaras, manter as medidas restritivas e implementar uma operação de rastreio a viajantes que entrem na região, nos aeroportos.

“Quando acabar os seis meses, nos grupos de risco, vamos avançar com a vacinação”, sublinhou.

O governante social-democrata madeirense reforçou que esta região “vai conseguir, sem problemas”, atingir os 85% da população vacinada até final de setembro, cumprindo o objetivo estabelecido.

Miguel Albuquerque recordou que a Madeira recebeu no passado dia 28 mais 35.000 vacinas da Pfizer, estando prevista a chegada de outros três lotes: 17.000 (8 de setembro), 11.700 (13 de setembro) e 23.400 (dia 20). “Isto significa que temos todas as condições para concretizar o objetivo de vacinação de 213 mil residentes na Madeira, 85% da população, até o fim do mês de setembro”, vincou.

O presidente do Governo Regional ainda considerou que o número de pessoas que têm rejeitado a administração da vacina contra a Covid-19 na Madeira “é residual”. “Obviamente que não podemos obrigar as pessoas a serem vacinadas, mas isso comporta um risco para elas e para os outros”, realçou.

O contador ao minuto da vacinação da Madeira indicava que, cerca das 17h00 de segunda-feira, a região tem mais de 181 mil pessoas com a vacinação completa.

De acordo com os últimos dados divulgados no domingo pela Direção Regional da Saúde, a Madeira registou 24 novos casos de Covid-19 e mais 57 recuperações, somando um total de 270 infeções ativas, com cinco doentes hospitalizados.

A Covid-19 provocou pelo menos 4.500.620 mortes em todo o mundo, entre mais de 216,34milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde março de 2020, morreram 17.730 pessoas e foram contabilizados 1.036.019 casos de infeção confirmados, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.

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UE atinge meta dos 70% da população adulta totalmente vacinada, mas quer mais

  • Lusa
  • 31 Agosto 2021

A União Europeia atingiu, esta terça-feira, o marco dos 70% da população adulta totalmente vacinada contra a Covid-19. Mas a Comissão Europeia avisa que é necessário “ir além” devido às variantes.

A União Europeia (UE) atingiu esta terça-feira um “marco importante” de 70% da população adulta totalmente vacinada contra a Covid-19, anunciou a Comissão Europeia, vincando porém ser necessário “ir além” desta meta devido às variantes, admitindo terceiras doses.

“Em janeiro comprometemo-nos a atingir o objetivo de vacinar totalmente 70% da população adulta da UE contra a Covid-19 até ao final do verão e hoje [terça-feira, 31 de agosto] podemos orgulhar-nos de que a nossa estratégia de vacinação tenha permitido cumprir este objetivo, com a plena participação dos Estados-membros e dos cidadãos”, anuncia a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, numa declaração enviada à agência Lusa.

Para a responsável, este é “um marco importante nos esforços para pôr fim à pandemia que perturbou sociedades e economias e custou tantas vidas”. Porém, “não podemos ficar por aqui”, salienta Stella Kyriakides, vincando que “as novas variantes tornam necessário ir além dos 70% para garantir segurança”.

“Temos de estar um passo à frente. Temos de abordar urgentemente a preocupante lacuna nas taxas de vacinação entre os nossos Estados-membros e estar prontos para implementar vacinas de reforço se as provas científicas demonstrarem que este é o caminho a seguir”, acrescenta a comissária europeia da tutela, numa alusão à possível administração da terceira dose da vacina anticovid-19 (em ciclos de vacinação de duas), já admitido por países como Portugal para as pessoas mais vulneráveis.

Segundo Stella Kyriakides é ao mesmo tempo necessário “continuar a aumentar a sensibilização, combatendo a desinformação, e mobilizar todos os cidadãos para este esforço global sem precedentes”, dado estar comprovado que “as vacinas estão a salvar vidas todos os dias em todos os Estados-membros”.

Ainda assim, “a vacinação por si só não pode acabar com a pandemia, [pelo que] precisamos de continuar a manter-nos mutuamente seguros e fechar as portas às variantes”, adianta a responsável.

Aqui entra a “solidariedade em matéria de vacinas”, que Stella Kyriakides diz ser e assim continuará uma “marca registada” da UE, nomeadamente através da exportação de vacinas no âmbito do mecanismo Covax.

Atualmente, estão aprovadas quatro vacinas anticovid-19 pelo regulador da UE: a Comirnaty (nome comercial da vacina Pfizer/BioNTech), Spikevax (nome comercial da vacina da Moderna), Vaxzevria (novo nome do fármaco da AstraZeneca) e Janssen (grupo Johnson & Johnson).

Inicialmente, a campanha de vacinação da UE foi marcada por atrasos na entrega das vacinas e em quantidades aquém das contratualizadas por parte da farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca, bem como pela deteção de casos raros de efeitos secundários como coágulos sanguíneos após toma deste fármaco e do da Johnson & Johnson.

Também anunciando o cumprimento desta meta, através da rede social Twitter, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reforça ser necessário “ir mais longe”. “Precisamos de mais europeus para vacinar e também precisamos de ajudar o resto do mundo a vacinar-se”, adianta a líder do executivo comunitário, prometendo que a UE irá “continuar a apoiar os [seus] parceiros”.

Antes, no final de julho, a UE chegou ao marco dos 70% de adultos vacinados com a primeira dose contra a covid-19, em linha com o ambicionado pela Comissão Europeia.

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Portugueses já fazem tanto turismo cá dentro como antes da pandemia

Setor turístico recuperou em julho, embora continue abaixo de níveis pré-pandemia. Hóspedes portugueses deram o principal impulso, contribuindo com 2,7 milhões de dormidas.

Os alojamentos turísticos nacionais receberam 1,6 milhões de hóspedes em julho, uma subida de 60% face ao ano passado, o que mostra que o setor continuou a recuperar, embora se mantenha abaixo dos níveis pré-pandemia, indica a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE). O destaque no sétimo mês do ano foram os turistas nacionais, que contribuíram com 2,7 milhões de dormidas, uma subida de 6,4% face a julho de 2019.

Os 1,6 milhões de turistas que passaram pelos alojamentos turísticos nacionais no sétimo mês do ano totalizaram 4,5 milhões de dormidas. Estes números representam aumentos de 59,6% e 71,9%, respetivamente, face a julho de 2020. Ainda assim, apesar de mostrarem uma forte recuperação (iniciada em abril), continuam abaixo dos números de 2019.

Resultados gerais do setor de alojamento turístico em julho | Fonte: INE

Numa análise mais fina aos hóspedes, o mercado interno (peso de 59%) contribuiu com 2,7 milhões de dormidas, enquanto as dormidas dos hóspedes internacionais totalizaram 1,9 milhões. As dormidas dos turistas internacionais caíram 67,6% face julho de 2019, mas o destaque são as dormidas dos turistas nacionais, que superaram os níveis pré-pandemia ao crescerem 6,4% face a julho de 2019.

Dentro do mercado internacional, os britânicos representaram 13,1% do total de dormidas, seguindo-se os mercados espanhol (16,9%), francês (14,8%) e holandês (6,3%). A totalidade dos dezassete principais mercados emissores registou aumentos em julho, tendo representado 87,5% das dormidas de não residentes nos estabelecimentos de alojamento turístico neste mês.

No que toca às localizações mais procuradas, o Algarve concentrou 34,5% das dormidas naquele mês, seguido do Norte (15,5%), da Área Metropolitana de Lisboa (14,6%) e da Madeira (12,1%), refere o INE. A estada média nos estabelecimentos turísticos (2,76 noites) aumentou 7,8%. Na hora de escolher onde passar a noite, a hotelaria concentrou 80% das dormidas, seguindo-se os estabelecimentos de alojamento local (13,8% do total) e o turismo no espaço rural e de habitação (6,1%).

(Notícia atualizada às 11h31 com mais informação)

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Valor dos créditos em moratória cai para 36,8 mil milhões de euros

Montante de crédito em moratória já encolheu em mais de 11,3 mil milhões face ao máximo de 48,1 mil milhões de euros registado em agosto do ano passado.

O crédito bancário em situação de moratória baixou em mais 700 milhões de euros em julho face ao mês anterior, para um montante total de 36,8 mil milhões, de acordo com os dados do Banco de Portugal. Já se reduziu em mais de 11,3 mil milhões de euros face ao recorde.

“No final de julho de 2021, o montante global de empréstimos abrangidos por moratórias era de 36,8 mil milhões de euros, menos 700 milhões do que em junho”, diz o supervisor do sistema financeiro.

Esta variação resulta do “decréscimo tanto dos empréstimos concedidos a particulares como a sociedades não financeiras, que diminuíram 200 e 500 milhões de euros, respetivamente”.

A redução foi menos expressiva que a quebra registada no mês anterior. Mantém-se, contudo, a tendência decrescente, isto quando se está a aproximar o fim deste regime.

O valor registado em julho representa uma redução de 11,3 mil milhões de euros face ao verão do ano passado, altura em que o montante em moratória chegou aos 48,1 mil milhões.

Empresas têm 59% do total

As moratórias estão a chegar ao fim. No final de setembro, o regime de moratórias públicas expira, sendo que no caso das famílias o Governo definiu que os bancos terão de procurar apresentar soluções que permitam a estas evitarem situações de incumprimentos. A avaliação dos vários é feita até 31 de agosto, tendo de ser apresentadas as soluções até 15 de setembro.

Se no caso das famílias, estas passam a estar defendidas pelos regimes especiais para evitar incumprimento nos créditos, ou resolver situações em que já houve falha no pagamento, como o PARI e o PERSI, relativamente às empresas foi anunciada uma garantia de até 25% dos valores em dívida junto da banca.

O Banco de Portugal salienta que os “empréstimos das sociedades não financeiras em moratória decresceram em todos os setores de atividade, totalizando, no final de julho, 21,8 mil milhões de euros”. Este valor corresponde a 59% do total em moratória em Portugal.

(Notícia atualizada às 11h27 com mais informação)

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75% dos jovens entre os 12 e os 17 anos já recebeu a primeira dose da vacina contra a Covid

Só no último fim de semana, cerca de 86 mil jovens entre os 12 e os 17 anos foram vacinados com a primeira dose da vacina contra a Covid-19. Ao todo, há já 75% dos jovens com uma vacina.

Cerca de 86 mil jovens entre os 12 e os 17 anos foram vacinados com a primeira dose da vacina contra a Covid-19 no último fim de semana. Neste contexto, nos três fins de semana de vacinação desta faixa etária, 75% dos jovens entre os 12 e os 17 anos já têm a primeira dose da vacina, revelou fonte oficial da task force.

“No último fim de semana foram vacinados cerca de 86 mil jovens na faixa dos 12 aos 17. Desta forma, após 3 fins de semana de vacinação das faixas etárias entre os 12 e os 17, encontram-se vacinados com a primeira dose cerca de 75% do universo estimado“, informou esta terça-feira a entidade liderada por Henrique Gouveia e Melo, em comunicado.

Segundo o calendário divulgado pela task force, as segundas doses estas serão administradas nos fins de semana de 11 e 12 de setembro e de e 18 e 19 de setembro, respetivamente. O objetivo é garantir que faixa etária possa concluir o processo de vacinação antes do arranque do novo ano letivo.

Desde o final da semana passada, a task force decidiu permitir que pessoas possam vacinar-se em qualquer centro de vacinação de Portugal continental desde que obtenham uma senha digital para a modalidade “Casa Aberta” (sem marcação por autoagendamento). Além disso, passou a ser possível escolher o centro de vacinação para a toma da segunda dose da vacina, mas essa opção tem de ser feita logo no dia em que se recebe a primeira dose.

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