Negócio das encomendas leva CTT de prejuízos a lucros de 17,2 milhões no semestre

Os CTT melhoraram de forma expressiva o resultado líquido do semestre, passando de prejuízos de 2 milhões para lucros de 17,2 milhões de euros até junho de 2021.

O resultado líquido dos CTT CTT 0,00% disparou na primeira metade do ano, passando de prejuízos de 2 milhões de euros no primeiro semestre de 2020 para lucros de 17,2 milhões de euros no primeiro semestre de 2021. O grupo registou um crescimento generalizado nas várias rubricas de receita, especialmente a do negócio de Expresso e Encomendas.

Num comunicado com os resultados semestrais, a empresa presidida por João Bento explica que esta melhoria foi impulsionada “principalmente pelo crescimento no EBIT [lucro antes de juros e impostos] recorrente”, que se multiplicou por cinco no semestre, para 28,7 milhões de euros. Mas o resultado líquido também inclui um efeito não recorrente no valor de 2,3 milhões de euros.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) dos CTT, por sua vez, cresceu 60,6% no semestre, para 57,3 milhões de euros.

Do lado dos rendimentos operacionais, estes aumentaram 18,2% como um todo, para 412,8 milhões de euros. O correio, o principal negócio do grupo, cresceu 6,6%, para 216,1 milhões de euros em receitas, à boleia do aumento dos rendimentos com o correio transacional, “cuja receita beneficiou do aumento do contributo dos produtos de maior valor acrescentado” e maior valor unitário”.

Mas foram as receitas de Expresso e Encomendas que mais cresceram semestralmente. Aumentaram 47,8% entre o primeiro semestre de 2020 e o primeiro semestre de 2021, para 125,8 milhões de euros, o que já é mais de metade das receitas do correio. A empresa ressalva que este segmento “continua a atingir novos máximos de rendimentos no semestre, impulsionados pelo forte desempenho da região ibérica”, sobretudo Espanha, que já representa 45,5% das receitas deste segmento.

Os resultados dos Correios no primeiro semestre “são bons” e “em linha com a rota de crescimento da receita e de rentabilidade”, disse à Lusa o presidente executivo dos CTT, João Bento, antes de acrescentar que a empresa continuou a “contribuir para o crescimento do ‘ecommerce’ em Portugal e com isso a conseguir que a área de Expresso esteja a crescer bastante” no mercado nacional.

Quanto ao Banco CTT, os rendimentos operacionais aumentaram 19%, para 45,7 milhões de euros, com o contributo positivo do crescimento da margem financeira, que atingiu 25,7 milhões, mais 20,4% do que na primeira metade de 2020.

“De facto, o nosso portfólio de negócios hoje em dia, versus ao que era há uns anos, tem um pendor muito mais em áreas que tem forte crescimento, que é o banco e o Expresso, com crescimentos muito significativos, acima de 10%, e o correio, sendo menos significativo, também tem tido uma ‘performance’ de alguma resiliência, o que tem ajudado”, reforçou o administrador financeiro, Guy Pacheco, em declarações à Lusa.

A instituição bancária conseguiu, no primeiro semestre, 2 milhões de euros com juros do crédito ao consumo (+12,4%). A empresa tem uma carteira de crédito automóvel e leasing, líquida de imparidades, de 602,3 milhões de euros, um aumento de 6,1%. No crédito à habitação, os juros obtidos estabilizaram face ao ano passado, mas a carteira aumentou 7,5% face a dezembro do ano passado, para 564 milhões de euros.

Por fim, no que toca aos serviços financeiros e retalho, os CTT geraram rendimentos operacionais de 23,7 milhões de euros, um crescimento de 10,3% face ao semestre homólogo.

Do lado das despesas, os CTT registaram gastos operacionais nos seis meses no valor de 381,1 milhões de euros, um agravamento de 37,5 milhões de euros (10,9%). A pressionar esteve, sobretudo, os gastos com fornecimentos e serviços técnicos, mas também mais gastos com pessoal.

A 30 de junho de 2021, os CTT tinham uma dívida líquida de 61,7 milhões de euros. Encolheu 9,8 milhões face a 31 de dezembro de 2020.

Nova concessão chega antes do fim do ano, acreditam os CTT

No comunicado, os CTT mostram-se confiantes de que o novo contrato de concessão do serviço postal universal será negociado com o Estado com sucesso antes do fim do ano.

“Na sequência dos desenvolvimentos recentes do processo conducente ao novo contrato de concessão, reafirmamos a confiança de que o mesmo será formalizado dentro do prazo da prorrogação em vigor”, lê-se no comunicado.

Os CTT estão ainda confiantes de que o novo contrato terá objetivos mais leves do que o atual, apesar de a Anacom os querer apertar ainda mais. “Tal deverá melhorar a capacidade de os CTT cumprirem as obrigações do serviço universal num enquadramento mais sustentável”, lê-se no documento.

(Notícia atualizada pela última vez às 21h57, com declarações do CEO e CFO dos CTT)

Evolução das ações dos CTT em Lisboa:

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SATA única concorrente às rotas açorianas interilhas

  • Lusa
  • 5 Agosto 2021

O concurso público em que a SATA foi a única concorrente a apresentar uma proposta prevê um contrato de cinco anos, “pelo valor máximo de 140.000.000 de euros”.

A SATA foi a única empresa a concorrer ao contrato de concessão do serviço público de transporte aéreo regular interilhas nos Açores, anunciou esta quinta-feira o Governo Regional.

A SATA, segundo uma nota de imprensa do executivo açoriano, apresentou uma proposta de 139.999.590,00 euros para os cinco anos do contrato.

“Decorrido o prazo para apresentação das propostas, que terminou quarta-feira às 23:59 [hora de Lisboa], apenas a SATA Air Açores – Sociedade Açoriana de Transportes Aéreos, S.A., apresentou proposta, apesar de cinco empresas se terem mostrado interessadas no procedimento”, é referido na nota.

Após esta fase, caberá ao júri analisar a proposta apresentada pela SATA e submeter ao secretário Regional dos Transportes, Turismo e Energia, Mário Mota Borges, um “relatório fundamentado para efeitos de adjudicação”.

Em 02 de junho de 2021, foi publicada no Jornal Oficial uma resolução do Conselho do Governo sobre o contrato de concessão celebrado entre a região e a SATA em 01 de outubro de 2020, após o termo do contrato anterior.

Segundo a resolução, com o surgimento da pandemia de Covid-19 e face ao “enorme impacto no setor aeronáutico e no mundo em geral, e a impossibilidade de antever a totalidade das consequências desse impacto”, foi celebrado em 01 de outubro de 2020 entre a região e a SATA Air Açores, mediante ajuste direto, um contrato de concessão do serviço público aéreo regular interilhas, por um período de seis meses.

O ajuste direto foi fundamentado com a “situação de urgência resultante da necessidade de assegurar a continuidade da existência de serviços aéreos regulares interilhas, mantendo-se os moldes em que a prestação de serviços vinha sendo prestada”

Posteriormente, devido à continuação da pandemia e também à realização das eleições regionais, foi celebrado um segundo ajuste direto, por seis meses, com início em 01 de abril de 2021.

O concurso público em que a SATA foi a única concorrente a apresentar uma proposta prevê um contrato de cinco anos, “pelo valor máximo de 140.000.000 de euros”.

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Portugal recebe mais 1,2 milhões de vacinas adicionais em agosto

Este mês, Portugal espera receber mais 1,2 milhões de doses de vacinas extra contra a Covid-19. Desde o início da campanha de vacinação, já foram administradas 12 milhões de doses no continental.

Portugal espera receber mais de 1,2 milhões doses de vacinas adicionais, durante o mês de agosto, que se vão juntar às 1,6 milhões de doses inicialmente previstas, anunciou esta quinta-feira o Ministério da Saúde.

Desde o arranque da campanha de vacinação contra a Covid-19, já foram administradas 12 milhões de doses de vacinas em Portugal Continental, “permitiram vacinar mais de 6,8 milhões de pessoas, pelo menos com uma dose, das quais mais de 6,1 milhões têm o esquema vacinal completo”, informa o gabinete de Marta Temido, em comunicado.

O Ministério da Saúde destaca “o marco”, assinalando que este só foi possível devido ao “compromisso de todos os envolvidos no processo”, que vão desde os profissionais de saúde às forças de segurança, passando pelas autarquias, mas também do Governo na negociação com as farmacêuticas e os Estados-Membros, no que toca à entrega de vacinas adicionais àquelas que já estavam contratualizadas.

Nesse contexto, a tutela informa ainda que Portugal deverá receber “mais de 1,2 milhões de vacinas adicionais, durante o mês de agosto”, que se irão juntar às 1,6 milhões de doses já previstas e contratualizadas anteriormente.

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DGS atualizou regras para utilização dos transportes públicos

  • Lusa
  • 5 Agosto 2021

A DGS atualizou as regras para frequência dos transportes públicos no âmbito da Covid, estabelecendo, por exemplo, a lotação recomendada e medidas para o funcionamento da restauração nos comboios.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou esta quinta-feira as regras para frequência dos transportes públicos no âmbito da pandemia, estabelecendo, por exemplo, a lotação recomendada e medidas para o funcionamento da restauração nos comboios de longo curso.

O novo documento atualiza um outro publicado em maio de 2020 e surge uma semana depois de o Governo ter anunciado que a limitação de lotação nestes transportes deve terminar no início de setembro.

A DGS mantém que cada operadora de transporte público coletivo (terrestre, fluvial, marítimo e ferroviário) é responsável por determinar a lotação máxima preconizada para cada meio de transporte, embora reitere que a lotação recomendada para a utilização dos transportes coletivos onde o transporte se faça em lugares sentados e em pé é de dois terços da capacidade dos veículos, “mas com possibilidade de [este limite] ser ajustado caso sejam implementadas medidas de melhor controlo de transmissão de infeção”.

No entanto, “quando o transporte público coletivo é assegurado exclusivamente através de lugares sentados”, como acontece com os comboios de longo curso da CP Alfa Pendular ou intercidades, ou com os autocarros da Rede Expressos, por exemplo, “é permitida a utilização da lotação máxima nesses meios de transporte”, destacou a DGS no documento.

Reconhecendo que, “pelas suas características, os transportes podem ser locais de transmissão da infeção por SARS-CoV-2”, a DGS mantém as medidas preventivas que já estão em vigor, designadamente, o cumprimento de planos de contingência, da etiqueta respiratória, “de distanciamento físico mínimo entre pessoas, de uso adequado e obrigatório de máscara, de limpeza e de desinfeção de mãos e de superfícies e de arejamento de espaços”, e de limpeza e desinfeção de instalações sanitárias.

O consumo de alimentos e bebidas no interior dos meios de transporte “é desaconselhado”, e há uma exceção para a venda de alimentos nos transportes públicos ferroviários. Aqui, “a venda e consumo de bens alimentares deve ser efetuado em local próprio, identificado com a devida sinalética, que permita o distanciamento físico de dois metros entre pessoas não coabitantes, tal como o distanciamento entre mesas para consumo dos bens alimentares”, destaca a autoridade de saúde no documento, realçando que estes locais “devem cumprir com os procedimentos de limpeza e desinfeção”.

Cabe às empresas operadoras seguir recomendações de testagem dos seus trabalhadores, disponibilizar produtos de limpeza e desinfeção de superfícies pelos colaboradores e colocar produtos de desinfeção de mãos à entrada e saída dos veículos, em locais visíveis e acessíveis pelos utentes, assim como sinalizar os circuitos de entrada e saída.

Para o pagamento dos serviços, as empresas e os clientes devem preferir o uso de vias sem contacto, através da internet, de aplicações informáticas ou de cartões contactless.

Estas medidas também se aplicam, de uma forma geral, aos transportes públicos de uso individual, como táxis e veículos para transporte a partir de plataformas eletrónicas (TVDE).

Nestes casos, a DGS realça que as empresas devem fornecer aos colaboradores materiais de limpeza para as superfícies internas do veículo, que devem ser “preferencialmente de uso único”.

Além do uso de máscaras e das etiquetas de higiene, em táxis e TVDE “os passageiros devem ser transportados apenas nos bancos traseiros”, sempre que possível as bagagens devem ser colocadas pelo cliente na bagageira, e, “se possível”, manter as janelas abertas durante o transporte, “para promover o arejamento adequado do espaço interior do veículo”.

A DGS relembrou ainda que os fatores associados ao aumento do risco de transmissibilidade e infeção nos transportes públicos “são a exposição prolongada, contacto próximo entre utilizadores e a ausência ou ventilação inadequada do espaço físico fechado”.

Na semana passada, o Governo anunciou que a limitação de lotação dos transportes públicos deve terminar no início de setembro, enquadrando-se numa segunda fase de alívio das restrições para controlar a pandemia, aplicada em função da vacinação contra a Covid-19, que deve então atingir os 70% da população com vacinação completa.

No âmbito do plano de desconfinamento, desde 10 de junho que os transportes públicos podem circular com lotação de dois terços ou com a totalidade da lotação no caso de terem exclusivamente lugares sentados (táxis e viaturas de transporte em veículos descaracterizados a partir de plataformas eletrónicas – TVDE – com lotação limitada aos bancos traseiros).

A informação sobre o plano de desconfinamento do Governo no âmbito da pandemia de covid-19 está disponível em https://covid19estamoson.gov.pt/.

A pandemia de covid-19 fez pelo menos 4.247.424 mortos em todo o mundo, entre mais de 200,1 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, desde que a OMS detetou a doença na China em finais de dezembro de 2019, segundo o balanço da AFP com base em dados oficiais.

Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.422 pessoas e foram registados 979.987 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.

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“Há abertura das empresas” para receber trabalhadores da Dielmar. Mas prioridade é continuar a trabalhar, diz autarca

Os esforços estão a ser concentrados em encontrar uma solução e que a Dielmar volte ao trabalho com os mesmos colaboradores. Ainda assim, se for necessário, há abertura para recolocar trabalhadores.

O presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco, José Alves, garante que, “se for necessário, há abertura” das empresas do concelho para recolocar os 300 trabalhadores da Dielmar. No entanto, sublinha, ao ECO, que a prioridade neste momento é ter a empresa a trabalhar, com os mesmos colaboradores.

Atualmente, está a ser colocado “todo o esforço no sentido” de ter a Dielmar a trabalhar, com os mesmos colaboradores, sendo que a empresa é das maiores empregadoras da região. Já “se eventualmente acontecer uma situação em que a fábrica não possa laborar, aí teremos que jogar na antecipação”, admitiu o autarca.

Os contactos “foram feitos no concelho e não para a mesma área”, detalhou José Alves. O Sindicato Têxtil da Beira Baixa já sinalizou que “não existe essa capacidade” das empresas da região receberem os trabalhadores, mas o autarca defende que “se for necessário, há abertura” por parte das empresas.

Neste momento, o ponto de situação da empresa continua sensivelmente o mesmo, sendo que “agora há todo um trabalho a fazer”. “O tempo da administração da Dielmar já terminou. Agora é tempo do administrador da insolvência, Governo e Câmara Municipal”, reiterou o autarca. Depois de mais uma reunião com o Ministério da Economia, a visão é a mesma, ter a Dielmar a trabalhar, assegurou.

O presidente da Câmara garante que está a ser feito o acompanhamento da situação da empresa, sendo que estão tomar lugar reuniões com entidades “que devem contribuir”, na procura de uma solução.

Depois do pedido de insolvência, o Juízo de Comércio do Tribunal Judicial da Comarca de Castelo Branco declarou insolvente a Dielmar. O anúncio da sentença de declaração de insolvência foi publicado dia 3 de agosto e qualquer credor tem 30 dias para reclamar os créditos.

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Encargos com Parcerias Público-Privadas aumentam 8 milhões de euros no 1.º semestre

  • Lusa
  • 5 Agosto 2021

O aumento deveu-se, sobretudo, ao setor rodoviário, já que "os encargos líquidos aumentaram 86 milhões de euros (+13,8%) no 1.º semestre de 2020, face ao período homólogo".

Os encargos do Estado com Parcerias Público-Privadas (PPP) aumentaram oito milhões de euros no primeiro semestre de 2020, sobretudo devido ao setor rodoviário, segundo a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO).

“No primeiro semestre de 2020 os encargos líquidos com PPP ascenderam a 868 ME [milhões de euros], tendo registado um acréscimo homóloga de 8,0 ME (+0,9%)”, pode ler-se num relatório da UTAO acerca das parcerias público-privadas de 2020, divulgado esta quinta-feira.

Nos primeiros seis meses do ano passado, “o volume de encargos líquidos globais com todas as PPP ficou acima do duodécimo correspondente a metade do ano, tendo-se executado 59,7% da dotação orçamental prevista”. O aumento deveu-se, sobretudo, ao setor rodoviário, já que “os encargos líquidos aumentaram 86 ME (+13,8%) no 1.º semestre de 2020, face ao período homólogo”.

“O aumento dos encargos líquidos no setor rodoviário ficou a dever-se ao crescimento dos encargos brutos em 6,3% e à diminuição da receita de portagens em 21,1%”, refere a UTAO acerca dos primeiros seis meses do ano passado, influenciados pelo confinamento devido à pandemia de covid-19.

No que diz respeito a outros setores, “os encargos com as parcerias no setor da saúde ascenderam a 151 ME, registando-se uma redução homóloga de 33,7% (– 77 ME)”.

Na saúde, tratou-se de uma redução “superior à prevista na POE/2020 para o conjunto do ano e ficou a dever-se ao efeito combinado da diminuição dos encargos com as Entidades Gestoras dos Estabelecimentos Hospitalares (componente clínica) em 36,2% (diminuição de 73 ME), e da redução dos encargos com as Entidades Gestoras dos Edifícios Hospitalares em 13,6% (diminuição de 3,0 ME)”.

Quanto ao setor ferroviário, as PPP também registaram uma redução homóloga no primeiro semestre do ano passado, “em resultado da diminuição dos pagamentos à Subconcessionária do Metro do Porto (– 13,2%) e à Concessionária do Metro Sul do Tejo (– 12,0%).”

As PPP portuárias também passaram a integrar a análise da UTAO, que destaca que “no primeiro semestre de 2020 as Administrações Portuárias registaram uma receita com as PPP deste setor de 13,6 ME, uma diminuição homóloga de 10,6% (– 1,6 ME)”.

No total do ano, segundo a Conta Geral do Estado (CGE), os encargos públicos com PPP “ascenderam a 1.475,3 milhões de euros, situando-se 0,5% (7,7 milhões de euros) abaixo do montante estimado no Relatório do Orçamento do Estado para 2020 (Relatório do OE2020)”. Nos setores rodoviários e ferroviários registou-se uma redução face ao valor orçamentado em 3,6 milhões de euros e 7,2 milhões de euros, respetivamente.

“No que se refere ao setor da saúde, é de registar um incremento de 1% (3,1 milhões de euros) face ao Relatório do OE2020, essencialmente concentrado nas Entidades Gestoras do Estabelecimento (EGEst)”, de acordo com a Conta Geral do Estado.

Quanto à comparação com o ano de 2019, “os encargos líquidos com as parcerias do setor rodoviário ascenderam, em 2020, a 1.110,3 milhões de euros, o que representou um aumento de 69,4 milhões de euros (6,7%) face ao ano anterior”.

No setor ferroviário, “o valor dos encargos incorridos pelo parceiro público, em 2020, foi de 47,2 milhões de euros, montante inferior ao registado no ano anterior”. O setor da saúde “apresentou uma redução de 109,8 milhões de euros (25,7%) dos encargos incorridos com as respetivas parcerias, os quais ascenderam, em 2020, a 317,7 milhões de euros”.

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Sindicato interpõe providência cautelar para suspender despedimento coletivo na TAP

  • Joana Abrantes Gomes
  • 5 Agosto 2021

A providência cautelar do sindicato deu entrada no Juízo do Trabalho de Loures a 2 de agosto, sendo que a audiência final deverá ter lugar no prazo de 15 dias pela "natureza urgente" do processo.

O Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves (Sitema) interpôs uma providência cautelar para suspender o despedimento coletivo de trabalhadores da TAP seus associados, que deu entrada no Juízo do Trabalho de Loures, em 02 de agosto, foi anunciado esta quinta-feira.

“O Sitema – Sindicato dos Técnicos de Manutenção de Aeronaves – avança para a primeira fase da disputa judicial com a TAP, através da interposição de uma providência cautelar que visa a suspensão de despedimento coletivo dos associados do Sitema”, informou a estrutura sindical, em comunicado.

O sindicato dá ainda conta de que “a providência cautelar deu entrada no Juízo do Trabalho de Loures no dia 02 de agosto, aguardando-se a todo o momento a designação da data para a audiência final, que deverá ter lugar no prazo de 15 dias a contar da data da sua entrada, por se tratar de um processo de natureza urgente”.

A TAP iniciou em 26 de julho um processo de despedimento coletivo de 124 trabalhadores, que abrange 35 pilotos, 28 tripulantes de cabina, 38 trabalhadores da manutenção e engenharia e 23 funcionários da sede.

O despedimento coletivo abrange sete associados do Sitema.

“Além da providência cautelar para travar o despedimento coletivo fundamentada no incumprimento, por parte da TAP, do Acordo Temporário de Emergência, o Sitema pode ainda recorrer a outras vias legais, tendo em conta a situação específica de cada trabalhador associado deste sindicato e envolvido no processo de despedimento coletivo”, acrescentou o sindicato.

O Sitema defende que a inclusão de técnicos de manutenção de aeronaves no despedimento coletivo “viola o Acordo Temporário de Emergência celebrado entre ambas as partes a 06 de Fevereiro de 2021”, em particular no que diz respeito à cláusula que define que aqueles profissionais “aceitaram uma redução extraordinária do período normal de trabalho”, além da redução de 25% da remuneração, “a troco da garantia, assumida livremente e de boa fé pela TAP, da salvaguarda dos postos de trabalho dos associados do Sitema”.

“Quando negociámos o Acordo Temporário de Emergência o nosso objetivo não era só ter um acordo assinado. Negociámos, num processo muito exigente, uma metodologia que nos retira vencimento para salvaguardar postos de trabalho e para permitir que a empresa possa sobreviver. Fizemo-lo de boa-fé”, referiu, na mesma nota, o presidente do Sitema, Paulo Manso.

O dirigente sindical disse ainda que não imaginavam vir a ter de “lidar com a violação do espírito e da letra desse acordo”. “Quando assim é, restam-nos os tribunais. É o que estamos a fazer”, acrescentou.

Várias estruturas sindicais que representam os trabalhadores da TAP anunciaram, em 27 de julho, que iam avançar com ações legais para travar o despedimento coletivo que a empresa iniciou e que abrange 124 profissionais.

“Até agora houve conversa, a partir de agora as conversas vão fazer-se nos tribunais. Também da parte do Sitava vamos, obviamente, contestar o despedimento de forma coletiva e impugnaremos individualmente os despedimentos de todos aqueles que quiserem impugná-los nos tribunais”, disse, na ocasião, aos jornalistas o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava), José Sousa.

O anúncio foi feito em conferência de imprensa à porta das instalações da TAP, no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, convocada pela Comissão de Trabalhadores (CT) da TAP, que contou com a presença de dirigentes do Sitava, do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) e do Sitema.

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Corticeira Amorim avança com financiamento verde de 20 milhões de euros

  • Joana Abrantes Gomes
  • 5 Agosto 2021

A taxa de juro das emissões ao abrigo deste programa está ligada à evolução de indicadores ambientais como "o consumo de energia proveniente de fontes renováveis controladas".

A Corticeira Amorim concretizou um primeiro programa de emissões de papel comercial Sustainability Linked no montante de 20 milhões de euros, com vencimento até 2024, sendo o segundo financiamento sustentável da holding portuguesa.

Após a emissão de obrigações verdes de 40 milhões de euros em 3 de dezembro de 2020, a Corticeira Amorim reafirmou esta quinta-feira, num comunicado enviado à CMVM, o compromisso com a aplicação dos princípios e melhores práticas dos indicadores ESG (Environmental, Social and Governance).

A taxa de juro das emissões ao abrigo deste novo programa está ligada à evolução de indicadores ambientais como “o consumo de energia proveniente de fontes renováveis controladas” e “a proporção de resíduos (não cortiça) enviados para valorização“. Estes indicadores integram um conjunto de indicadores-chave de performance (KPI, na sigla em inglês) de referência ESG, “assumidos pela Corticeira Amorim e objeto de reporte e certificação anual por entidade externa”.

De acordo com a Corticeira Amorim, a Sustainalytics, uma empresa especializada em pesquisa, classificações e informação ESG, confirmou o alinhamento desta operação com as quatro componentes dos Princípios de Crédito Ligados à Sustentabilidade 2020, da Loan Market Association (LMA). “O programa permitirá alongar a estrutura de maturidades do financiamento da Corticeira Amorim, reforçando os seus capitais permanentes, bem como reforçar a componente de financiamento sustentável”, refere ainda o comunicado.

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IEFP admite atrasos no incentivo pós lay-off e reforça equipas para “minimizar demoras”

O IEFP admite que a resposta a algumas candidaturas ao novo incentivo à normalização empresarial chegou depois do prazo estipulado na legislação, mas não revela quantas empresas estão nessa situação.

O Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) admite atrasos na resposta às candidaturas ao novo incentivo à normalização empresarial, apesar de terem sido mobilizados recursos humanos de “áreas menos prioritárias” para a análise e pagamento dos apoios. O “enorme volume” de pedidos explica a demora, explica fonte dessa entidade, em declarações ao ECO.

Em causa está uma medida desenhada para os empregadores que estiverem em lay-off simplificado ou no apoio à retoma progressiva, no primeiro trimestre, e que tenham, entretanto, saído desses regimes de apoio ao emprego. A medida garante-lhes até dois salários mínimos por trabalhador, se tiver sido pedida até 31 de maio. Até essa data, deram entrada mais de 40 mil candidaturas ao novo incentivo à normalização, conforme escreveu o ECO.

No final de julho, a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) divulgou um boletim, no qual alertava, contudo, para atrasos na resposta por parte do IEFP a algumas dessas candidaturas. “Dois meses depois do período de candidaturas ao novo incentivo à normalização da atividade empresarial, são muitas as empresas que ainda não receberam qualquer resposta à sua candidatura“, escrevia a associação.

É importante explicar que a legislação publicada pelo Governo estipula que o IEFP tem de emitir a decisão de atribuição ou não de apoio no prazo de 15 dias úteis a contar da data de apresentação do requerimento. Tal significa que mesmo as empresas que pediram o incentivo em questão no último de maio já deveriam ter recebido resposta por parte do instituto. “O atraso é já bastante significativo“, sublinhava, assim, a AHRESP.

Questionado pelo ECO, o IEFP explica, esta quarta-feira, que registou um “enorme volume de candidaturas“, que aconteceu “em simultâneo com toda a demais atividade” e que levou a que algumas candidaturas tenham recebido resposta já depois do prazo fixado na legislação. “Existem algumas candidaturas em que o prazo de resposta foi superior ao que estava estipulado”, esclarece fonte oficial do instituto. Isto “não obstante terem sido mobilizados recursos humanos de áreas menos prioritária para as tarefas de análise e pagamento” dos apoios.

O instituto garante, ainda, que “monitoriza diariamente todo o processo e trabalho das equipas, procurando, sempre que possível, identificar recursos adicionais para minizar as demoras“. Em declarações ao ECO, fonte oficial do IEFP remata dizendo que “todas as situações estão a ser acompanhadas para terem resolução o mais rapidamente possível“, ainda que não especifique quantas empresas estão nessa situação.

O novo incentivo à normalização é pago em duas tranches às empresas. A primeira já começou a ser paga a alguns empregadores e a segunda deverá ser transferida até seis meses após a aprovação do pedido de apoio.

Os empregadores que adiram a esta medida têm de manter, comprovadamente, as situações contributiva e tributária regularizadas, não podem fazer cessar contratos de trabalho por despedimento coletivo, despedimento por extinção do posto de trabalho e despedimento por inadaptação e têm de manter o nível de emprego observado no mês anterior ao da apresentação do requerimento. Isto durante todo o período de concessão (seis meses), bem como nos 90 dias seguintes. O incumprimento destes deveres implica a cessação dos apoios e a restituição dos montantes já pagos.

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Mário Ferreira paga 3,2 milhões de euros por mais 5,16% da dona da TVI

O empresário Mário Ferreira conseguiu adquirir mais 5,16% das ações da Media Capital através da OPA obrigatória. Fica com 35,38% após a liquidação da operação. Abanca vendeu posição.

A Pluris Investments vai adquirir mais 5,16% da Media Capital ao abrigo da OPA obrigatória sobre o grupo, posição que lhe custará mais de 3,2 milhões de euros. Após liquidação da operação, no próximo dia 9 de agosto, a holding do empresário Mário Ferreira passará a deter 35,38% da dona da TVI.

Os resultados da Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a Media Capital foram divulgados esta quinta-feira e mostram que, dos 5,31% que eram alvo da oferta, Mário Ferreira conseguiu adquirir 5,16%, o equivalente a pouco menos de 4,4 milhões de títulos. A contrapartida foi de 73,95 cêntimos.

“Fica agora definitivamente estabilizada a estrutura acionista” da Media Capital, sublinhou Mário Ferreira, em reação à operação. Em comunicado, o presidente do Conselho de Administração da Pluris Investments afirmou que “agora é tempo de olhar em frente” e focar no “desenvolvimento da empresa”. O responsável deixou ainda a garantia de que acionistas, colaboradores e públicos “podem contar com a forte ambição e o empenho diligente da Pluris no desenvolvimento de um projeto pluralista, livre, diversificado e inovador que prestigia o setor e o país”.

Esta aquisição, forçada pela CMVM depois de ter concluído que houve concertação entre a Pluris e a Prisa (antiga acionista principal da Media Capital), acontece mais de um ano depois de Mário Ferreira ter pagado 10,2 milhões de euros por 30,22% da mesma empresa.

Atualmente, a estrutura acionista da Media Capital é mais diversificada e 64,47% das ações “escaparam” à OPA, por terem sido alvo de ordens de bloqueio por parte dos respetivos titulares.

Para o resultado da OPA, contribuiu de forma determinante a venda da posição de 5,05% que o Abanca tinha na Media Capital. Contactada pelo ECO, a instituição confirmou a alienação das ações na OPA da Pluris.

Resultados da OPA sobre a Media Capital:

Fonte: Euronext via CMVM

De recordar que a Pluris, que também é acionista do ECO, informou, no âmbito da OPA, não ter intenções de retirar a Media Capital da bolsa. Além disso, assumiu compromissos de continuidade da atividade da Media Capital, respeito pelas linhas de programação, estatutos editoriais e autonomia editorial das marcas de comunicação social do grupo.

(Notícia atualizada pela última vez na sexta-feira, às 10h44)

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BCP e Galp animam Lisboa. Família EDP trava maiores ganhos

Bolsa nacional encerrou com ganhos, impulsionada pela Galp Energia e pelo BCP. Família EDP travou subida mais acentuada do índice.

A bolsa nacional encerrou em terreno positivo, impulsionada pelas ações do BCP e da Galp Energia. A travar uma subida mais acentuada do índice estiveram as cotadas da família EDP, com perdas superiores a 1%. Lisboa acompanhou, assim, a tendência de ganhos do resto da Europa.

O PSI-20 valorizou 0,39% para 5.132,02 pontos, recuperando da queda da última sessão. A dar força ao índice de referência nacional esteve o BCP, que avançou 1,64% para 0,1237 euros, subindo pela terceira sessão consecutiva. Destaque ainda para as ações da Galp Energia que ganharam 1,11% para 8,418 euros, no dia em que o preço do barril de petróleo valorizou nos mercados internacionais.

Ainda nas subidas, as papeleiras também brilharam. A Altri avançou 1,59% para 5,115 euros, enquanto a Navigator somou 0,86% para 11,78 euros. A Semapa não se deixou ficar e subiu 0,35% para 11,44 euros. Destaque ainda para a Sonae que ganhou 0,18% para 0,829 euros, enquanto a Jerónimo Martins valorizou 0,14% para 17,295 euros.

No lado oposto, a travar uma subida mais acentuada do índice, estiveram as ações da família EDP. Os títulos da EDP Renováveis caíram 1,16% para 20,4 euros, enquanto a EDP recuou 0,11% para 4,485 euros.

Lisboa conseguiu, assim, acompanhar as subidas do resto da Europa, num dia em que o índice de referência europeu, Stoxx-600, valorizou 0,37% para 469,96 pontos. Bolsas como a espanhola subiram 0,44% e a francesa avançaram 0,52%.

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Vacina da Moderna é 93% eficaz até seis meses após a segunda dose

A vacina contra a Covid-19 da Moderna demonstrou ter uma eficácia de 93% até seis meses após a administração da segunda dose, bem como uma eficácia de 98% na prevenção do risco de hospitalização.

A vacina desenvolvida contra a Covid-19 pela Moderna revelou ter uma eficácia de 93% até seis meses após a administração da segunda dose, segundo os ensaios clínicos divulgados esta quinta-feira pela farmacêutica norte-americana.

A vacina da Moderna mostrou ter 93% de eficácia na prevenção de infeção por Covid até seis meses após a administração da segunda dose, bem como uma eficácia de 98% no que toca à prevenção do risco de hospitalização, segundo os dados divulgados pela empresa durante a apresentação de contas referentes ao segundo trimestre e citados pelo Financial Times (acesso condicionado, conteúdo em inglês).

Estes dados estão, portanto, em linha com os apresentados no ensaio clínico original, que apontavam para uma eficácia de 94% na prevenção da doença. Não obstante, a farmacêutica norte-americana defende que poderá ser necessária uma dose de reforço antes do inverno, já que os níveis de anticorpos tendem a diminuir e dada a “ameaça” da variante Delta.

Estes resultados comparam com os divulgados na semana passada pela Pfizer/BioNTech, que revelou que a eficácia da vacina diminui cerca de 6% a cada dois meses, caindo para cerca de 84% seis meses após a segunda inoculação.

A vacina contra a Covid-19 da Moderna gerou vendas na ordem dos 4,2 mil milhões de dólares, o que ajudou a empresa a ter lucros de 2,8 mil milhões de euros. Estes resultados estão em linha com as expectativas dos analistas e acima dos 1,2 mil milhões de dólares de lucros registados nos primeiros três meses deste ano.

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